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Direito Administrativo I
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Grupos humanos que o Estado não criou, mas limitou-se a reconhecê-
los e a dotá-los de um estatuto jurídico público, como é o caso dos
Municípios;
Entes públicos, que resultam de meras decisões estratégicas do
Estado, cuja finalidade é de garantir a prossecução de certos
interesses públicos através de entidades formalmente situadas fora da
sua organização.
1.2.1 Classificação
As pessoas colectivas públicas podem ser classificadas segundo duas
correntes de pensamento jurídico-administrativo:
Na primeira corrente, classificam-se em cinco espécies de pessoas
colectivas públicas:
Estado-Administração (Administração Pública em sentido restrito);
As pessoas colectivas de população e território, isto é, Autarquias
Locais e regiões Autónomas;
As pessoas colectivas de natureza institucional, abarcando os
institutos públicos, que podem ser serviços personalizados, fundações
públicas e estabelecimentos públicos;
As pessoas colectivas de natureza empresarial, correspondentes às
empresas públicas;
As pessoas colectivas públicas de natureza associativa,
correspondendo às associações públicas.
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pessoas colectivas públicas autónomas de base corporativa, como é o
caso de muitas associações públicas.
Pessoas colectivas instrumentais, aquelas que são criadas pelo Estado
para a prossecução dos fins públicos. Subdividem-se em pessoas
colectivas instrumentais de fim lucrativo, como são as empresas
públicas, pessoas colectivas públicas de fim não lucrativo, como é o
caso dos institutos públicos.
1.3.1 Classificação
1a Classificação: baseada no critério do número de titulares dos
órgãos, caso em que temos por um lado órgãos singulares e, por
outro, órgãos colegiais;
2a Classificação: baseada no critério do tipo de funções exercidas,
caso em que temos: órgãos activos - também chamados órgãos
decisórios ou executivos, cujas funções se traduzem na tomada de
decisões; órgãos consultivos – cujas funções se resumem na emissão
de pareceres para os órgãos decisórios; órgãos de controle - cujas
funções têm a ver com a fiscalização de actividade administrativa.
3a Classificação: baseada no critério de forma de designação dos
titulares dos órgãos, caso em que temos, por um lado, órgãos
representativos, aqueles que são eleitos, e órgãos não
representativos, aqueles que são nomeados.
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significa isto dizer que as pessoas colectivas públicas compõem-se por um
lado se serviços públicos, seus suportes funcionais, e por outro de órgãos
que agem em nome delas.
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3º Missões – são tarefas desenvolvidas pelos diversos serviços públicos.
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1.4.5 Espécies de competência
a) Quanto ao modo de atribuição legal da competência: Competência
explícita – quando a lei a confere por forma clara e directa; Competência
implícita – que é deduzida de outras determinações legais ou certos
princípios gerais do direito público, como por exemplo o do quem pode ou
mais pode menos, a lei que confia determinados fins a determinado órgão
atribui-lhe os meios para os realizar.
b) Quanto aos termos do exercício da competência: Competência
condicionada – se estiver dependente de limitações específicas impostas
por lei ou ao abrigo da lei; Competência livre – no caso inverso.
c) Quanto à substância e efeitos da competência: Competência
dispositiva – que é o poder.
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Vantagens da desconcentração
Permite aumentar a eficiência e a eficácia dos serviços públicos, dado
que através dela se imprime maior rapidez de resposta às solicitações
dirigidas à Administração Pública;
Viabiliza a especialização de funções, assegurando um conhecimento
mais profundo dos assuntos a resolver. Como consequência permite
melhorar a qualidade do serviço prestado pela Administração Pública
aos cidadãos ou administrados;
Liberta os superiores hierárquicos da tomada de uma multiplicidade
de decisões de menor complexidade. Como consequência, cria-lhes
condições para se ocuparem da resolução de questões mais relevantes
e mais complexas e, por isso, de maior responsabilidade.
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quaisquer outras pessoas colectivas públicas incumbidas do exercício
da função administrativa.
A administração descentralizada ou descentralização
administrativa é o sistema em que a função administrativa está
conferida não apenas ao Estado (Estado-Administração), mas também
a outras pessoas colectivas de população e território, nomeadamente
autarquias locais.
De reter que a tutela administrativa é uma espécie de limite que a lei
estabelece à descentralização administrativa. Trata-se de limite ao exercício
dos poderes transferidos.