1ª Mostra de Iniciação Científica

1ª Jornada de Pós-graduação
O TRABALHO INFANTIL EM TORNO DE GRANDES EVENTOS
1Ana Paula Costa de Jesus
2 Graziele Dall Omo Puiatti
3 Pedro Gabriel da Silva Fua
4 Sthefany Vasconcellos da Silva Geyer
5 Rafael Bueno da Rosa Moreira

Introdução http://www.fenatracoop.com.br/site/wp-content/uploads/2009/03//2014/08/trabalho-infantil.jpg

O trabalho infantil é um problema que afeta o Brasil e o mundo.

Desde o ano de 1988, com a redemocratização do país, o Brasil
vem enfrentando a exploração de crianças e adolescente em
atividades de trabalho infantil. A proteção jurídica nacional foi
influenciada por convenções internacionais de proteção à infância,
dentre elas a Convenção sobre Direitos da Criança, do ano de 1989,
da Organização das Nações Unidas – ONU e as Convenções
138/1973, sobre idade mínima para iniciar a trabalhar, e 182/1999,
sobre as piores formas de trabalho infantil e ação imediata para o
seu enfrentamento. Porém, em decorrência da desigualdade social,
existem crianças e adolescentes que se encontram em situação de
vulnerabilidade e que, consequentemente, são exploradas
exercendo atividades de trabalho infantil. Em torno de grandes
eventos, as crianças e adolescentes, devido às necessidades
econômicas para sobrevivência, são alvos fáceis de toda forma de
exploração de mão de obra infantil. O enfrentamento ao trabalho
infantil em torno de grandes eventos, atualmente, no Brasil, se dá
com políticas públicas executadas durante a realização do evento.
No entanto, estas atividades são insuficientes, se perpetuando a
exploração de crianças e adolescentes em torno de grandes
eventos.
Objetivo
O objetivo da presente pesquisa consiste na análise do trabalho
infantil existente em eventos de grande porte no país e a
existência de políticas públicas no seu enfrentamento.
Metodologia.
A pesquisa foi bibliográfica e o método utilizado foi o dedutivo.
1 Bacharel em Direito pelo Curso de Direito da Universidade da Região da
Campanha – URCAMP/Alegrete. Endereço eletrônico:
anacosta92@gmail.com
2 Acadêmica do Curso de Direito da Universidade da Região da Campanha
– URCAMP/Alegrete. Endereço eletrônico: grazielepuiatti@hotmail.com.
3 Acadêmico do Curso de Direito da Universidade da Região da Campanha
– URCAMP/Alegrete. Endereço eletrônico: pedro1903@bol.com.br.
4 Acadêmica do Curso de Direito da Universidade da Região da Campanha
– URCAMP/Bagé. Endereço eletrônico: sthefanyvg@urcamp.edu.br.
5 Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da
Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC. Endereço eletrônico:
rafaelbmoreira2@yahoo.com.br.
Resultados
A Constituição Federal em seu artigo 227 assegurou inúmeros
direitos fundamentais a crianças e adolescentes, garantindo
proteção integral durante a infância, tendo em vista a situação
peculiar de pessoa em desenvolvimento, e assegurando
proteção contra todas as formas trabalho infantil, de acordo com
o artigo 7º, XXXIII. Em consonância com o dispositivo
constitucional há dispositivos infraconstitucionais que protegem
contra o trabalho infantil, dentre eles o Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA, que assegura proteção integral ao
desenvolvimento na infância e o desenvolvimento de políticas
públicas de garantia de direitos a crianças e adolescentes, e a
Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, que assegura uma
idade mínima para se iniciar a trabalhar.
Conclusão
A exploração infantil é facilitada nos períodos em que o país
comporta eventos de grande porte devido à maior circulação de
pessoas e menor atenção voltada especificamente à crianças e
adolescentes. O ordenamento jurídico atual propicia o cuidado
aos direitos fundamentais da criança e do adolescente. No
entanto, além da proteção normativa, é necessária a
implementação de políticas públicas para a efetividade dessas
garantias. Não obstante, a família e a sociedade também têm
parte importante no combate ao trabalho e exploração infantil,
vez que está mais próxima da realidade e pode orientar e
contribuir para a inserção adequada da criança e do
adolescente no meio social. Daí porque a Constituição Federal
estabeleceu a tríplice responsabilidade compartilhada de
proteção à criança e ao adolescente.
Referências
•CUSTÓDIO, André Viana. As atribuições dos Conselhos de
Direitos da Criança e do Adolescente para controle e efetivação
de Políticas Públicas. In COSTA, Marli da; LEAL, Mônia Clarissa
Hennig. Direitos Sociais e Políticas Públicas: Desafios
Contemporâneos, Tomo 15. Edunisc, Santa Cruz do Sul, 2015.
•CUSTÓDIO, André Viana; MOREIRA, Rafael Bueno da Rosa.
Exploração sexual comercial de crianças e adolescentes:
Reflexões contemporâneas no contexto do Brasil, da
Argentina e do Uruguai. Curitiba: Multideia, 2015.

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