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As Sete Dispensações

Pela ordem dos acontecimentos, este capítulo deveria


ser ocupado pelo Milênio. Porém, para uma melhor
compreensão do significado do pensamento, estudaremos
antes: As Dispensações e As Alianças.
Uma “ dispensação” é um período de tempo em que o
homem é experimentado em relação à sua obediência a
alguma revelação especial da vontade tanto permissiva
como diretiva de Deus, ou seja, são períodos de tempo em
que Deus estabelece diferentes maneiras de tratar
com seu povo, sendo que em cada uma delas há a pactos
estabelecidos por Deus em que são feitas promessas que
foram ou serão cumpridas e também exigências como
condições para que as alianças ou parte delas sejam
concluídas.

É interessante ressaltar que as alianças ou pactos tinham


características diferentes relativas ao seu cumprimento,
algumas eram totalmente condicionais, onde, aquela
pessoa ou nação com quem foi feita a aliança,
deveria cumprir alguns pormenores para sua realização.
As incondicionais ao contrário, não estavam
dependentes da pessoa ou grupo com que a aliança era
feita, Deus prometia e independente de qualquer coisa
ele se comprometia a fazer.

O dispensacionalismo apresenta todo o plano de Deus


através dos séculos por períodos, como se fossem
capítulos de um livro, embora sejam distintos têm o
mesmo contexto, ou seja, mesmo as dispensações sendo
diferentes estão interligadas e elas tratam do mesmo
contexto, que é a revelação de Deus ao homem e
também o desenvolvimento deste relacionamento.

De acordo com o dispensacionalismo tradicional, estas são


as “sete” dispensações:
1 - Da Inocência.
2 - Da Consciência.
3 - Do Governo Humano.
4 - Da Promessa
5 - Da Lei.
6 - Da Graça.
7? - Do Reino.

Porém, a dispensação da promessa, que de acordo com a


visão tradicional foi feita com Abraão, não é bíblia, porque
não houve dispensação estabelecida no pacto feito com pai
dos judeus, visto que o pacto feito com Abraão NÃO FOI
CONDICIONAL, e sim PACTO ETERNO,
INCODICIONAL.

Veja=>E disse o Senhor a Abrão, depois que Ló


se apartou dele: Levanta agora os teus olhos,
e olha desde o lugar onde estás, para o lado
do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente;
Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a
ti, e à tua descendência, PARA SEMPRE.
Gênesis 13:14,15

E te farei frutificar grandissimamente, e de ti


farei nações, e reis sairão de ti;
E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti
e a tua descendência depois de ti em suas
gerações, por ALIANÇA PERPÉTUA, para te
ser a ti por Deus, e à tua descendência depois
de ti.
Gênesis 17:6,7

E disse: POR MIM MESMO JUREI, diz o


Senhor: Porquanto fizeste esta ação, e não me
negaste o teu filho, o teu único filho,
Que deveras te abençoarei, e
grandissimamente multiplicarei a tua
descendência como as estrelas dos céus, e
como a areia que está na praia do mar; e a tua
descendência possuirá a porta dos seus
inimigos;
E em tua descendência serão benditas todas
as nações da terra; porquanto obedeceste à
minha voz.
Gênesis 22:16-18

Percebam as expressões: PARA SEMPRE (Gn 13:15);


ALIANÇA PERPETUA (Gn 17:6)
POR MIM MESMO JUREI (Gn 22:16).

Portanto, NÃO EXISTE a dispensação da promessa


(patriarcal) porque um dispensação é baseada em alianças
condicionais, ou seja, se uma das partes quebrar esta aliança,
a outra não tem obrigação de cumprir. Diferentemente com
as alianças eternas, que independentemente de uma das
partes quebrar, ela permanecerá valendo, e isso veremos em
um outro estudo.
Estas são as dispensações mais coerentes com a Bíblia:
1 - Da Inocência.
2 - Da Consciência.
3 - Do Governo Humano.
4 - Da Lei.
5 - Da Graça.
6 - Do Reino.
7 – Do Estado Eterno.

1-Dispensação da Inocência (Gn 1.28-30; 2:15-17)


Aliança Edêmica (feita no jardim do Éden)

Nesta aliança encontramos as seguintes regras:

a) reprodução
b) domínio
c) alimentação
d) obediência

A primeira dispensação é a da inocência. Ela teve início na


criação e se estendeu até a queda de Adão. O tempo
não nos foi revelado.
Gênesis 1.28, mostra-nos as condições desta dispensação. O
homem foi colocado num ambiente perfeito, sujeito
a uma lei simples, e advertido das consequências da
desobediência. Nesta dispensação, como pode ser visto em
outras que se seguem, não podemos fixar uma data precisa
na escala do tempo.
Adão e sua esposa eram como crianças no que diz respeito à
“malícia e à maldade”, antes de despertarem para
a concepção do “EU”. Ela terminou com o julgamento e
expulsão do casal do Jardim do Éden (Gn 3.24).
Evidentemente, esta dispensação terminou sua ação em
Gênesis 3.7, mas seu efeito, continuou até Gênesis 3.24.

2-Dispensação da Consciência (Gn 3:14-19)


Aliança Adâmica.

Nesta aliança encontramos as seguintes regras:

a) Maldição
b) Enfado
c) Inimizade
d) Morte
e) Promessa do Redentor

Esta dispensação começou em Gênesis. E, durou cerca


de 1.656 anos: de “O” (zero) a 1656 a.C., abrangendo o
período desde a queda do homem até o Dilúvio
(Gn 7.21,22). Pela sua desobediência, o homem agora
chegou a ter
um conhecimento pessoal e experimental do bem e do
mal, do bem como a obediência e do mal como a
conhecida vontade de Deus, pois, fora dela, seria então, o
terreno do mal. Mediante esse conhecimento, a sua
consciência acorda. Expelido do Éden, e posto sob a
segunda Aliança, a Adâmica, 0 homem era responsável
para fazer todo o bem que conhecia, e de abster-se de
todo o mal que lhe cercava, e de aproximar-se de Deus
mediante o sacrifício. O resultado desta segunda prova do
homem é declarada em Gênesis 6.5, e a dispensação da
Consciência terminou com o julgamento do Dilúvio sobre
o mundo dos ímpios.
3-Dispensação do Governo Humano (Gn 9:1-17)
Aliança Noética.

Nesta aliança encontramos as seguintes regras:

a) Reprodução
b) Domínio
c) Alimentação
d) Obediência
e) Promessa de preservação

Esta aliança perdura de Noé ATÉ Moisés,


Durou 857 anos.

Sob a Inocência, como sob a Consciência, o homem


fracassou inteiramente, e o julgamento do Dilúvio marca o
fim da segunda dispensação e o começo da terceira. A
declaração da Aliança com Noé sujeita a humanidade a uma
prova. Ele, Noé, o sobrevivente do Dilúvio, era o pai do
Século Pós-diluviano e do mundo presente. Embora sendo
da
décima geração depois de Adão, ele nasceu apenas 14 anos
depois da morte de Sete.
Durante essas 8 gerações e por mais de 350 anos ele viveu
entre os homens daquela nova geração depois do Dilúvio. O
novo mundo, portanto, teve um pai piedoso.
4-Dispensação da Lei (Êx 20:1-17; Dt 28-29)
Aliança Mosaica.

Nesta aliança encontramos as seguintes regras:

a) Decálogo (os Dez mandamentos)


b) Sacrifícios
c) Obediência
d) Festas
e) Bênçãos
f) Maldições

“Esta dispensação perdurou cerca de 1430 anos: do Êxodo do


Egito até a crucificação de Cristo. Ela teve início em Êxodo 19.8:
contextuada em João 1.17 que diz: “...a lei
foi dada por Moisés”. Aqui começa a quinta dispensação, a
da Lei. Esta se estende do Sinai ao Calvário; do Êxodo à
Cruz. “A história de Israel no deserto e na terra da promissão é
um a longa história da violação da Lei. A prova da nação
terminou no julgamento dos Cativeiros, m as a dispensação
propriamente dita terminou na cruz”. Em Gálatas 3.24,25, Paulo
diz que a dispensação da
lei teve um caráter prospectivo e apontava para Cristo. “De
maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir
a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que a
fé veio, já não estamos debaixo de aio.
5-Dispensação da Graça / Igreja (Jr 31:31-37; Mt
16:18; At 15:14-18; Rm 16:26)
Nova aliança.

Nesta aliança encontramos as seguintes regras:


a) Evangelho de Cristo
b) Salvação para todo o povo, tribo, língua, e nação.

Esta aliança é a única das dispensações que é eterna, ela


valera para sempre.
Esta dispensação começou com a morte e ressurreição
de nosso Senhor Jesus Cristo. Se ela foi implantada como
sacrifico eterno de Cristo, logo ela também é eterna.
N esta dispensação contamos também com a nova
aliança no sangue de Cristo. Tal qual Moisés foi mediador
da aliança mosaica, assim Cristo é Mediador da nova
aliança (Hb 8.6; 9.15; 12.24). Com a vinda de Cristo, a velha
aliança, a mosaica, terminou, como Paulo afirma em
Romanos 10.4; Gálatas 3.19. N esta dispensação e aliança, há um
peso de promessas e glórias.
Existe, portanto, contraste entre a dispensação da lei
e da graça: A graça de Deus em Jesus Cristo encontra os
pecadores e os justifica - perdão dos pecados - justificação,
redenção (Cl 2.13). P ara este alvo Jesus Cristo deu sua
vida (2 Co 8.9; 1 T m 1.14). A graça, neste sentido, é mais
frequentemente mencionada em oposição a outro meio de
salvação: a circuncisão e a observação da própria lei e
ss). As obras da lei (Rm 11.6). Neste sentido, porém, a graça não
anulou a Lei, mas
antes, cumpriu-a.
Os m andamentos, com exceção do quarto, 0 sábado, foram
repetidos na nova aliança do Evangelho, da seguinte
maneira: l 1(Mt 4.10); 2(Jo 5.21); 3? (Mt 5.34-37). O sábado é
mencionado nos atos somente com referência aos judeus, e no
resto do Novo Testamento só duas
vezes como citações e não como observação. (Cl 2.16; H b
4.4): portanto, o quarto não consta (Rm 14.5); 5■ (Ef 6.1);
6" (G1 5.21): 7(‫״‬G1 5.19); 8‘· (Ef 4.28); 9" (Ef 4.25); 10? (Ef
5.3)

6-Dispensação do Reino. (Is 11:1-16; Ap 20:1-6)


Nova Aliança.

Nesta aliança encontramos as seguintes benefícios:


a) Messias Reinando sobre a Terra
b) Paz
c) Justiça
d) Santidade
e) Criação restaurada.
Esta dispensação terá, de acordo com a própria Escritura a
duração de 1000 anos (Ef 1.9,10; Ap 10.7; 11.15; 20.1-6.
É a dispensação da plenitude dos tempos. P ara ela
convergem todos os tempos, alianças e profecias da Bíblia
que, no decorrer dos séculos, foram vaticinadas pelos profetas,
pelos apóstolos e pelo próprio Senhor. Esta dispensação é também
chamada de “a dispensação do governo divino”, isto é. segundo se
diz, pelo fato de que. Durante sua existência. Deus estabelecerá
seu governo teocrático na terra.

7-Dispensação do Estado Eterno. (Is 65:17; Ap 21:1-22:5)

Nesta aliança encontramos as seguintes benefícios:


a) Vida eterna
b) Novos céus e nova terra
c) Santidade
d) Alegria
e) Justiça
f) Paz
g) Amor
h) Deus viverá para sempre com os homens.

Nesta dispensação, Terra e Céu será um mesmo ambiente, a


nova Jerusalém descerá do Céus, trazendo assim o ambiente
celestial para a terra.

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