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O verde
Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível. Na época
da floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o passeio
um verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do
concreto, do cimento, os elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a árvore
começava a morrer. Secava lentamente, até que amanheceu inerte, sem folha. É um ciclo, ela
renascerá, comentávamos no bar ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que
analisasse a árvore, e o técnico concluiu: fora envenenada. Surpresos, nós, os moradores da
rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha
de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador. Cheios de
suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos brilhando,
agressivos e irritados:
— Por quê?
— Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas flores
desgraçadas.
Exercícios:
1) Por que, no começo do texto, o narrador afirma que "Estranha é a cabeça das pessoas.".
2) Observe a frase: "Na época da floração, ela enchia a calçada de cores." (2º parágrafo).
a) Qual é a época da floração?
b) O que significa a expressão "enchia a calçada de flores"?
3) Observe a frase: [...] esquecíamos o cinza que nos envolvia [...]" (2º parágrafo). Que cinza
era esse ao qual o autor se referia?
TEXTO I:
Você vai ler um trecho do romance A ilha do tesouro, do autor escocês Robert Louis
Stevenson (1850-1894). Escrito em 1883, o livro é destinado ao público infanto-juvenil e conta
as aventuras do menino Jim em busca do tesouro de um pirata, o capitão Flint.
O primeiro golpe
Fiquei tão satisfeito de ter escapado de Long John que comecei a desfrutar e olhar com
interesse a terra estranha onde me encontrava. (...) Tinha atravessado um trecho pantanoso
cheio de salgueiros, juncos e estranhas árvores de pântano. (...)
Agora eu sentia pela primeira vez o júbilo da exploração. A ilha era desabitada; meus
companheiros de navio tinham ficado para trás e nada vivia à minha frente a não ser animais e
pássaros. Virei-me de um lado para o outro entre as árvores. Aqui e ali havia plantas com
flores, desconhecidas para mim. (...)
Outra voz respondeu; e então a primeira voz, que agora reconheci como de Silver, de
novo tomou a história, e seguiu durante longo tempo num jorro, apenas de vez em quando
interrompida pela outra. Pelo som, deviam estar falando sério, quase ferozmente; mas
nenhuma palavra nítida me alcançava.
Finalmente os dois pareciam ter parado, e talvez se sentado; porque não somente
deixaram de se aproximar como os próprios pássaros começaram a ficar mais quietos e a se
acomodar de novo em seus lugares no pântano.
(STEVENSON, Robert Louis)
Glossário
Colmo. Caule herbáceo e cilíndrico, cuja palha comprida serve para atar feixes, cobrir cabanas
etc.
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. 2. No terceiro parágrafo do texto o autor usou dois tipos de classe gramatical para determinar
o substantivo BOSQUE. Indique estas classes e discorra o porquê delas serem
determinantes.
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_________________ 4. Na primeira
fala da tirinha da personagem Mafalda
encontra-se determinantes de dois
substantivos. Cite estes substantivos,
os seus determinantes e explique a
função que eles têm na tira.
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TEXTO III:
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mário Quintana
a) Dez orações.
b) Onze orações.
c) Nove orações.
d) Doze orações.
e) Oito orações.
a) Sujeito simples.
b) Sujeito indeterminado.
c) Sujeito desinencial.
d) Oração sem sujeito.
e) Sujeito composto.
7. (Acafe-SC) Identifique no conjunto de orações a que não tem sujeito, ou seja, oração sem
sujeito.
9. (PUC-SP) Modificada: Nas orações: “O meu filho é muito esperto” e “Nós estamos no
apartamento. Temos, respectivamente:
TEXTO IV:
11. No último quadrinho da tira, do texto IV, há duas falas. Quantos determinantes do
substantivo o autor fez uso?
a) Dois determinantes.
b) Quatro determinantes.
c) Três determinantes.
d) Cinco determinantes.
e) Um determinante.