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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA


ENGENHARIA MECÂNICA

KEVIN CRISTIAN MAUKO


NATHALIA RADECK MALAQUIAS
SAMUEL HEUSI MOREIRA
WELLINGHTON TOMAZELA DE JESUS

NEUTRALIZADORES

PROJETO

PONTA GROSSA
2018
KEVIN CRISTIAN MAUKO
NATHALIA RADECK MALAQUIAS
SAMUEL HEUSI MOREIRA
WELLINGHTON TOMAZELA DE JESUS

NEUTRALIZADORES

Projeto requerido como avaliação


semestral da disciplina de Vibrações, do
8° período do curso de Engenharia
Mecânica, da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná.

Orientador: Dr. Eng. Felipe Barreto


Campelo Cruz

PONTA GROSSA
2018
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO

A vibração é um fenômeno natural, que pode ser observado em diversos


contextos. O fenômeno vibracional ocorre devido a uma interação entre a
energia cinética e a energia potencial do sistema mecânico. O conhecimento
de metodologias para o controle de vibrações é fundamental para o projeto de
qualquer máquina e/ou estrutura. Isto evita que a mesma possa entrar em
colapso devido a uma excitação que coincida com uma de suas frequências
naturais.
A maioria das atividades humanas envolve vibração de uma forma ou outra.
Industrialmente analisando, algumas vezes as vibrações mecânicas, podem
caracterizar um efeito danoso, bem como em outras, podem ser pode ser
utilizado a favor. Caracterizando as formas positivas da vibração, é perceptível
o aumento do uso de equipamentos vibratórios, como em peneiras,
compactadores ou tremonhas. Sobre os efeitos prejudiciais da vibração,
apresenta-se alguns exemplos comuns e bastante críticos: motores de
acionamento tem problemas de vibração em razão do desbalanceamento
inerente do motor, o que pode ser causado por falho no projeto ou na
manutenção, sendo que esse tipo de vibração pode causar onde terrestres de
potência suficiente para causa incomodo em áreas urbanas. Também comum e
muito prejudicial são as vibrações das pás e rotores das turbinas, entre muitos
outros exemplos prejudiciais das vibrações.
Nessa linha da situação, são muitos os estudos para diminuir a incidência, ou
os prejuízos das vibrações, sendo os neutralizadores dinâmicos dispositivos
simples utilizados para reduzir os níveis de vibrações e ruídos irradiados de
estruturas, ou seja, são dispositivos de controle de vibração (RAO, 2011).
Os neutralizadores dinâmicos, ou também conhecidos como absorvedores
dinâmicos, são sistemas ressonantes simples, que funcionam quando
acoplados a outro sistema ou estrutura mecânica (que é o sistema primário
SP), vão reduzir os níveis de vibração a valores aceitáveis.
Os sistemas mecânicos apresentam uma impedância relativamente
baixa na sua frequência natural ( n ), então os neutralizadores, quando

devidamente projetados, injetam nesse sistema uma elevada impedância


mecânica. Assim, um ou vários neutralizadores são utilizados para controlar, na
banda de frequências de interesse, uma ou várias frequências naturais,
ressaltando ainda, que no controle em banda larga, o amortecimento é
fundamental.
O campo dos neutralizadores é bastante diverso, podendo variar em
relação da sua construção física, tendo cada um sua aplicação bem especifica.
Dos principais neutralizadores, os que mais se destacam em número de
aplicações, são os neutralizadores hidráulicos, eletromecânicos e os visco
elásticos. Os neutralizadores hidráulicos são bastante usados em prédios e em
grandes estruturas, já que ele atua bem para em baixas frequências e grandes
massas. Já os neutralizadores eletromecânicos são mais indicados para
dispositivos onde é necessária boa adaptabilidade, sendo possível variar as
características dinâmicas através dos parâmetros elétricos RLC, esse
neutralizador, praticamente não se agrega massa ao sistema primário, mas ás
vezes torna-se necessária uma estrutura adicional. Os neutralizadores visco
elásticos são provavelmente os neutralizadores mais empregados nas
aplicações de engenharia, os quais permitem uma grande versatilidade,
podendo ser projetados de vários tamanhos, á partir de gramas até o para
massas de toneladas. Exemplificando essa versatilidade, os neutralizadores
visco elásticos podem ser usados em linhas aéreas de energia, estruturas
metálicas de grande porte, ferramentas de corte para torneamento interno e
unidades hidráulicas de geração de energia.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONTROLE PASSIVO DE VIBRAÇÃO

O controle passivo de vibrações é realizado diretamente sobre as


propriedades físicas da estrutura como massa, amortecimento e rigidez.
Basicamente, o controle passivo opera a partir de uma mudança estrutural
básica, por exemplo, com a adição de um elemento passivo ou a utilização de
outros materiais diretamente na estrutura do sistema, sem depender de energia
externa.
2.2 CONTROLE ATIVO DE VIBRAÇÃO

Quando se é utilizado uma fonte de energia externa para manter um


controle de vibração de um sistema, esse é denominado de controle de
vibração ativo. Esse controle se dá através do uso de sensores, tratamento de
sinais elétricos e estratégias de controle atreladas aos atuadores do sistema.
Atuadores induzidos por pneumáticos, hidráulicos, motores elétricos,
são exemplos de atuadores utilizados para o controle de vibração.

2.3 NEUTRALIZADORES DINÂMICOS DE VIBRAÇÃO

Neutralizadores ou absorvedores dinâmicos de vibração são sistemas


ressonantes simples, que consistem basicamente de outro sistema massa
mola, que ao serem fixados a uma estrutura mecânica reduzem os níveis de
vibração a valores aceitáveis. Em geral, uma estrutura mecânica apresenta
impedância mecânica baixa ao redor de suas frequências naturais. Os
neutralizadores, quando devidamente projetados, injetam na estrutura, naquela
faixa de frequência que o sistema precisa, uma elevada impedância mecânica.
Desta forma, um ou vários neutralizadores podem ser utilizados para controlar,
na banda de frequências de interesse, uma ou várias frequências naturais
(Neves, et al, 2010).
Na maioria das aplicações em engenharia são utilizados
neutralizadores dinâmicos viscoelásticos, projetados com diferentes tamanhos,
a partir de umas poucas gramas até toneladas, graças às características que
confere estes materiais. Esta versatilidade na construção prática junto à grande
dissipação de energia conseguida pelas características dinâmicas do material
viscoelástico permite seu emprego em aplicações tão diversas quanto: linhas
aéreas de energia, estruturas metálicas de grande porte, ferramentas de corte
para torneamento interno e unidades hidráulicas de geração de energia, entre
outras aplicações (Bagley e Torvik, 1986, Pritz, 1996).
2.3.1 Absorvedor dinâmico de vibração não amortecido

Considerando uma estrutura mecânica com um grau de liberdade, ao


anexarmos um absorvedor dinâmico de vibrações, obteremos um sistema com
dois graus de liberdade.
Considerando que ao fazermos isso, ligamos uma massa auxiliar 𝑚2 a
uma máquina de massa 𝑚1 por meio de uma mola de rigidez 𝑘2 , o sistema será
similar ao da Figura 1 , abaixo. (RAO, 2011)

Figura 1 – Absorvedor dinâmico de vibração não amortecido.


Fonte: Rao, 2009.

Sendo as equações de movimento de 𝑚1 e 𝑚2 :

𝑚1 𝑥̈ 1 = −𝑘1 𝑥1 + 𝑘2 (𝑥2 − 𝑥1 ) + 𝑓(𝑥)


Equação 2.3.1

𝑚2 𝑥̈ 2 = −𝑘2 (𝑥2 − 𝑥1 )
Equação 2.3.2

Tendo que:
𝑥(𝑡) = 𝑋 𝑠𝑒𝑛 (𝜔 𝑡)
Equação 2.3.3

𝑥̇ (𝑡) = 𝑋 𝜔 𝑐𝑜𝑠 (𝜔 𝑡)
Equação 2.3.4

𝑥̈ (𝑡) = −𝑋 𝜔2 𝑠𝑒𝑛 (𝜔 𝑡)
Equação 2.3.5

𝑓(𝑥) = 𝐹0 𝑠𝑒𝑛(𝜔 𝑡)
Equação 2.3.6

Pode-se assim obter as amplitudes de regime permanente das massas


𝑚1 e 𝑚2 como na Equação 2.3.7e na Equação 2.3.8:

𝐹0 (−𝑚2 𝜔2 + 𝐾2 )
𝑋1 =
(𝑚1 𝑚2 𝜔 4 − 𝑚1 𝑘2 𝜔 2 − 𝑚2 𝑘1 𝜔 2 + 𝑘1 𝑘2 − 𝑚2 𝑘2 𝜔 2 )
Equação 2.3.7

𝐹0 𝑘2
𝑋2 =
(𝑚1 𝑚2 𝜔 4 − 𝑚1 𝑘2 𝜔 2 − 𝑚2 𝑘1 𝜔 2 + 𝑘1 𝑘2 − 𝑚2 𝑘2 𝜔 2 )
Equação 2.3.8

Visando a neutralização das vibrações na máquina, deve-se então


reduzir a amplitude da mesma (𝑋1), portanto, igualando o numerador a zero,
temos:

𝐹0 (−𝑚2 𝜔2 + 𝑘2 ) = 0
Equação 2.3.9

𝑘2 𝑘1
𝜔𝑛 2 = =
𝑚2 𝑚1
Equação 2.3.10
Definindo:

𝐹0 𝐹0
𝛿𝑠𝑡 = =
𝑘1 𝑘2
Equação 2.3.11
Substituindo em 𝑋1 e 𝑋2,e dividindo ambos os termos por 𝑘1 𝑘2 , tem-se
a Equação 2.3.12 e a Equação 2.3.13.

𝜔 2
1 − (𝜔 ) 𝛿𝑠𝑡
2
𝑋1 =
𝑘 𝜔 2 𝜔 2 𝑘
[1 + 2 − (𝜔 ) ] [1 − (𝜔 ) ] − 2
𝑘1 1 2 𝑘1
Equação 2.3.12

𝛿𝑠𝑡
𝑋2 =
𝑘2 𝜔 2 𝜔 2 𝑘
[1 + − (𝜔 ) ] [1 − (𝜔 ) ] − 2
𝑘1 1 2 𝑘1
Equação 2.3.13

Podendo essas equações serem reescritas como:

𝜔 2
𝑋1 1 − (𝜔 )
2
=
𝛿𝑠𝑡 𝑘 𝜔 2 𝜔 2 𝑘
[1 + 2 − (𝜔 ) ] [1 − (𝜔 ) ] − 2
𝑘1 1 2 𝑘1
Equação 2.3.14

𝑋2 𝛿𝑠𝑡
=
𝛿𝑠𝑡 𝑘2 𝜔 2 𝜔 2 𝑘
[1 + − (𝜔 ) ] [1 − (𝜔 ) ] − 2
𝑘1 1 2 𝑘1
Equação 2.3.15

Então, considerando que os valores de 𝑋1 tendem a zero, e que as


frequências sejam iguais:

𝑘1
𝑋2 = − 𝛿
𝑘2 𝑠𝑡
Equação 2.3.16

𝑘2 𝑋2 = −𝐹0
Equação 2.3.17

Assim, pode-se ver que a força exercida pela mola, é oposta a força
exercida aplicada, neutralizando assim o sistema.
Finalmente, para se determinar o tamanho do absorvedor dinâmico,
têm-se a Equação 2.3.18.
𝑘2 𝑋2 = −𝐹0 = 𝑚2 𝜔22 𝑋2
Equação 2.3.18

2.4 CONSTANTE DE RIGIDEZ

A Constante Elástica, mas conhecida como Constante de rigidez, é


usualmente relacionado com molas, mas especificamente com a rigidez da
mesma, ou seja, representa uma medida de sua dureza. Essa constante está
relacionada com material de que a mesma é feita, do número de espiras, das
dimensões, traduz a capacidade desta de, quando uma força externa é
aplicada, realizar uma força contrária ao movimento provocado pela força
externa.
O cálculo da constante de rigidez pode ser visualizado na Equação
2.4.1.

𝑚𝑔
𝑘=
𝛿𝑠𝑡
Equação 2.4.1

Em que:
 𝑘: constante de rigidez (N/m);
 𝑚: massa (kg);
 𝑔: aceleração da gravidade (9,81 m/s);
 𝛿𝑠𝑡 : deflexão estática da mola (m);

2.5 FREQUÊNCIA NATURAL

A frequência natural é definida como a frequência particular de um


corpo em vibração, onde essa pode ser determinada através do tamanho,
forma e composição. Esta frequência pode ser calculada pela Equação 2.5.1.
𝑘
𝜔𝑛 = √
𝑚
Equação 2.5.1

Onde:
 𝜔𝑛 : Frequência natural (rad/s);
 𝑘: Constante de rigidez (N/m);

2.6 DEFLEXÃO ESTÁTICA

Sistemas mecânicos vibratórios, representado pela Figura 2, possuem


elementos elásticos que estão sujeitos a forças quando sistema está em
equilíbrio. A deflexão resultante no elemento elástico é chamada de deflexão
estática, geralmente representada por 𝛿𝑠𝑡 . O efeito de deflexão estática de um
elemento elástico em um sistema linear não tem efeito na rigidez equivalente
do sistema (SILVA, 2009).

FIGURA 2 - Exemplo de Sistema mecânico e seus elementos.

Em um sistema mecânico vibratório, a deflexão estática pode ser


calculada pela Equação 2.6.1 (RAO,2011).

𝐹0
𝛿𝑠𝑡 =
𝑘
Equação 2.6.1

Onde:
 𝐹0 : força (estática) constante (N);
 𝑘: constante de rigidez (N/m);
 𝛿𝑠𝑡 : deflexão estática (m);

2.7 RESSONÂNCIA

É o fenômeno que acontece quando um sistema físico recebe energia


por meio de excitações de frequência igual a uma de suas frequências naturais
de vibração. Assim, o sistema físico passa a vibrar com amplitudes cada vez
maiores.
A ressonância pode ser reconhecida quando a razão r, que é a razão
entre a frequência de excitação e a frequência natural, se aproxima de 1. A
razão r é representada pela Equação 2.7.1.

𝜔
𝑟=
𝜔𝑛
Equação 2.7.1

Onde:

 𝜔𝑛 : frequência natural (rad/s);


 𝜔: frequência de excitação (rad/s) e 𝜔 = 2𝜋𝑓;

3 METODOLOGIA

3.1 DETERMINAÇÃO DA DEFLEXÃO ESTATICA E COEFICIENTE DE


RIGIDEZ DOS NEUTRALIZADORES

Para dar início a determinação da deflexão estática dos neutralizadores


e posteriormente determinar o Coeficiente de Rigidez k (N/m) dos mesmos
foram utilizadas quatro massas pré-definidas que geram uma deflexão possível
de ser mensurada utilizando-se uma régua em milímetros. A tabela abaixo
apresenta a nomenclatura adotada para cada massa e seu respectivo peso.
Tabela 1 - Pesos de amostras
Pesos Massa (kg)
P1 0,698
P2 0,031
P3 0,416
P4 0,135
P1+P3 0,832

A figura abaixo demonstra como foi realizado a determinação da


deflexão dos neutralizadores.

Figura 2 - Deflexão dos neutralizadores

A figura abaixo apresenta todas as chapas que foram analisadas para


serem utilizadas como um possível neutralizador neste trabalho.
Figura 3 - Neutralizadores disponiveis

Além da deflexão estática foram mensuradas as massas de cada


chapa para que fossem utilizadas posteriormente no cálculo da frequência
natural dos neutralizadores. A tabela abaixo traz a nomenclatura na ordem da
foto acima e a massa de cada chapa.

Tabela 2 - Massa dos Neutralizadores


Neutralizador Massa (g) Massa (kg)
A1 394 0,394
A2 261 0,261
A3 128 0,128
A4 269 0,269
B1 83 0,083
B2 55 0,055
B3 28 0,028
C1 128 0,128
C2 86 0,086
C3 43 0,043
D1 229 0,229

A relação entre os pesos utilizados e as deflexões nos neutralizadores


estão apresentados na tabela abaixo.
Tabela 3 - Deflexão dos Neutralizadores
Deflexão
Neutralizador Pesos
(m)
A1 P1+P3 0,002
A2 P1+P3 0,005
A4 P1+P3 0,311
B1 P2 0,02
B2 P2 0,022
C1 P3 0,026
C2 P4 0,014
D1 P3 0,036

Com os dados obtidos nas medições da deflexão estática dos


neutralizadores, foram calculados os valores das constantes de rigidez dos
mesmos pela equação:

𝑚∗𝑔
𝑘= Equação 1
𝛿𝑠𝑡

Onde:

 k: coeficiente de de rigidez [N/m];

 m: massa do neutralizador [kg];

 g: aceleração da gravidade [9,81 m/s²];

 𝛿𝑠𝑡 : deflexão estática do neutralizador [m].

Os valores calculados dos coeficientes de rigidez de cada


neutralizador, estão apresentados na tabela abaixo.

Tabela 4 - Coeficiente de Rigidez dos Neutralizadores


Deflexão
Neutralizador k (N/m)
(m)
A1 0,002 4080,96
A2 0,005 1632,38
A4 0,311 26,24
B1 0,02 15,21
B2 0,022 13,82
C1 0,026 156,96
C2 0,014 94,60
D1 0,036 36,79

Com os valores dos coeficientes de rigidez dos neutralizadores, as


frequências naturais de cada um puderam ser calculadas através da equação:

𝑘
𝑤𝑛 = 2 ∗ √ 𝑚 Equação 2
2

Onde:

 wn: frequência natural do neutralizador [rad/s];

 k: coeficiente de rigidez médio do neutralizador [N/m];

 m: massa do neutralizador [kg].

As medições das deflexões estáticas dos neutralizadores foram


realizadas com apenas metade de seus respectivos comprimentos. Então é
necessário dividir a sua massa em dois para achar a frequência natural correta
do neutralizador. A fixação do neutralizador foi realizada na região central do
mesmo, fazendo com que possa ser considerado dois neutralizadores agindo
sobre o sistema. Pode-se observar este caso na figura 4. Isso justifica o
coeficiente 2 multiplicado na equação.
Figura 4 - Neutralizador acoplado ao sistema

Os resultados obtidos para as frequências naturais de cada neutralizador


estão representados na tabela abaixo:

Tabela 5 - Frequência natural dos Neutralizadores


Deflexão Wn
Neutralizador k (N/m)
(m) (rad/s)
A1 0,00 4080,96 287,86
A2 0,01 1632,38 223,68
A4 0,31 26,24 27,94
B1 0,02 15,21 38,28
B2 0,02 13,82 44,84
C1 0,03 156,96 99,05
C2 0,01 94,60 93,81
D1 0,04 36,79 35,85

3.2 DETERMINAÇÃO DA DEFLEXÃO ESTÁTICA E COEFICIENTE DE


RIGIDEZ DA VIGA ENGASTADA.

Para determinar a deflexão estática da viga engastada, utilizou-se o


mesmo método do procedimento realizado nos neutralizadores. A viga foi
fixada primeiramente em quatro pontos distintos, sendo em cada caso utilizado
pesos diferentes para que a deflexão pudesse ser percebida na escala utilizada
da régua.
Para determinar o coeficiente de rigidez da viga engastada, utilizou-se
os pesos P1 e P3 somados. Essa massa gera uma força perpendicular a viga,
fazendo com que esta deflita. E com esta relação, o coeficiente de rigidez pode
ser determinado pela Equação 1.
Com o auxílio de uma amostra de mesmo material ao da viga em
questão, foi possível calcular a densidade (Equação 3) e em seguida, a massa
da viga em determinado comprimento.

𝑚𝑣 = 𝜌. 𝑉 Equação 3

Posteriormente, com a massa encontrada utilizou-se da Equação 4 para


determinar a frequência natural da viga engastada nos diferentes pontos de
fixação.

𝑘
𝑤𝑛 = √ Equação 4
𝑚 𝑣

A tabela abaixo demonstra os valores obtidos para cada variável:

Tabela 6 - Valores das variáveis do sistema


Comprimento (m) Volume (m3) Massa (kg) P1 + P3(kg) δ_st (m) k (N/m) Wn (rad/s)
0,36 0,00001368 1,076635514 0,832 0,025 326,4768 17,41373021
0,30 0,0000114 0,897196262 0,832 0,0175 466,3954 22,79992481
0,20 0,0000076 0,598130841 0,832 0,0055 1483,985 49,8100209
0,15 0,0000057 0,448598131 0,832 0,002 4080,96 95,37892849

3.3 DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA MÁXIMA DE OPERAÇÃO DA FONTE


EXCITADORA.
Utilizando-se de vídeos do sistema em operação com uma tensão
máxima de 12V, calculou-se a frequência máxima de operação do motor para
cada distância de fixação da viga engastada.
Com uma redução inicial de 1:6 na velocidade do vídeo e posterior
redução de 1:4, foi possível analisar a rotação do motor contando-se as voltas
da massa em um determinado tempo. Repetiu-se três vezes este experimento
para cada comprimento de viga, e chegou-se a uma rotação máxima média.
A tabela abaixo apresenta os valores encontrados de frequência
máxima e frequência de excitação máxima.

Tabela 7 - Frequência máxima e Frequência de Excitação máxima.


Comprimento Tempo Frequência
Rotações Frequência (Hz) W (rad/s)
(m) (s) média (Hz)
4 1,475 2,711864407
0,36 4 1,51 2,649006623 2,693986488 16,92681632
4 1,47 2,721088435
4 2,73 1,465201465
0,30 4 2,6 1,538461538 1,524096818 9,576182735
4 2,55 1,568627451
3 2,7 1,111111111
0,20 3 2,59 1,158301158 1,129605085 7,097518072
3 2,68 1,119402985
3 4,95 0,606060606
0,15 3 4,85 0,618556701 0,608205769 3,821469552
3 5 0,6

4 RESULTADO E DISCUSSÃO

Analisando as frequências de excitação da fonte pode-se concluir que a faixa


de operação do motor não satisfaz a condição de operação necessária para se
alcançar a frequência natural de vibração do sistema.
A frequência natural de vibração calculada para cada neutralizador está
acima da faixa de alcance da fonte excitadora, portanto não se pode igualar a
frequência natural de vibração do sistema com a frequência natural de vibração
do neutralizador e com a frequência de excitação do sistema, para que a
neutralização efetiva do sistema fosse observada. Contudo, por
experimentação, adicionando um neutralizador ao sistema pode-se observar
que a variação de amplitude de vibração da máquina em relação à velocidade
da máquina aumentou, como descrito teoricamente pelo autor Singiresu Rao,
2011.

Figura 5 -Efeito de um Neutralizador não amortecido sobre a resposta da máquina

Devido a não ser possível perceber uma neutralização por completo, utilizou-
se de mais uma ferramenta disponível na bancada de testes, a captação de
vibração por sensores atrelados a um software que em menos de um milésimo
de segundo calcula a vibração da mesa em um determinado ponto. Levou-se
em consideração que uma variação na vibração do sistema geraria uma
variação relativa da vibração da mesa.
Então, com esses dados em mãos, foi feito uma média de cada sensor nas
três diferentes situações, sem neutralizador, com o neutralizador A4 e, por final,
com o neutralizador B2. Os dados estão apresentados na tabela abaixo.
Tabela 8 - Média de vibração captada por sensores

Como a frequência natural do neutralizador A4 é a mais próxima da


frequência natural de excitação e da frequência natural do sistema, pode-se
observar que em três dos quatro sensores há uma redução da amplitude de
vibração, demonstrando que o sistema com neutralizador está na faixa de
transição entre um sistema absorvido e um não absorvido.

4 CONCLUSÃO

Com esse experimento, pode se concluir que de acordo com os dados


obtidos não há nenhum neutralizador que possa entrar em ressonância com o
sistema a qual está sofrendo uma excitação com frequência muito baixa se
comparada a dos neutralizadores.
Uma possível melhora na obtenção dos dados de rotação do motor e
frequência de excitação do sistema, geraria dados mais confiáveis e com um
grau de acerto mais elevado para análise do problema proposto.
REFERÊNCIA

RAO, S. S. Mechanical Vibrations. 5. ed.. Prentice Hall: Pearson, 2011.

SILVA, Prof. Dr. Samuel. Vibrações Mecânicas. Foz do Iguaçu: Centro de


Engenharias e Ciências Exatas -UNIOESTE, 2009. 151 p.

NEVES JUNIOR, Paulo de Tarso; PEREIRA, Jucélio T.; BRONKHORST, Klaas


B.. Controle passivo de vibrações em noch type spring utilizando
neutralizadores dinâmicos viscoelásticos e flitros eletrônicos.
ASOCIACIÓN ARGENTINA DE MECÁNICA COMPUTACIONAL, 2010, Buenos
Aires. Mecánica Computacional Vol XXIX. Buenos Aires: Aamc, 2010. p. 625
– 645.

Bagley, R. L.; Torvik, P. J. On the fractional derivative model of real solid


materials. Journal of Rheology, v. 30, n. 1, p. 133–155, 1986.

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