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PREFEITURA DE DUMONT

PROFESSOR PEB I
.LÍNGUA PORTUGUESA/MATEMÁTICA
. LEGISLAÇÃO/PEDAGÓGIGO
. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

 DICAS PARA RESOLUÇÃO DE QUESTÕES


PREFÁCIO

Agradecemos por confiar e adquirir o nosso material!


Nesta Apostila você tem os conteúdos importantes para o seu Concurso. Lembre-se de que você não pode estudá-
los apenas ―decorando‖ regras, sem entendê-las, pois se o fizer, não conseguirá resolver as questões, por isso,
seguem algumas dicas importantes:
DICAS PARA RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES E DE ESTUDO
LÍNGUA PORTUGUESA
1) Na Interpretação de texto, não resolva a questão buscando a resposta correta, mas sim, eliminando as erradas,
ou seja, aquelas que não têm nada a ver com o texto. Geralmente, os examinadores elaboram as questões com
palavras, expressões ou até trechos inteiros do texto, mas com um sentido diferente, outras vezes, elaboram-nas
com situações em que nós acreditamos (juízo de valor), mas que não foi o que o autor colocou. Por isso, para evitar
essas pegadinhas, só assinale uma alternativa como correta se você conseguir comprová-la com uma passagem do
texto ou pelo menos não conseguir achar um trecho que diz o contrário. Na maioria das vezes, você chegará à
resposta não porque a encontrou, mas porque você conseguiu eliminar as erradas.
2) Nas questões de Gramática, leia o enunciado, entenda o que você tem que procurar e só depois comece a ler as
alternativas. Por exemplo: ―Assinale a alternativa correta quanto à Concordância‖. Nesse caso, você deve se
concentrar apenas nos nomes e verbos das alternativas para ver se eles estão concordando com o sujeito, ou se é
alguma regra especial, como é o caso do verbo ―haver‖. Isso impedirá que você fique analisando se uma vírgula
está correta ou outra situação, quando na verdade você só precisa se preocupar com a concordância das palavras. É
preciso se concentrar naquilo que você tem que analisar, entender e, somente depois disso, começar a ler as
alternativas.
DIREITO
1) Neste conteúdo você não pode estudar aleatoriamente ou tentando apenas decorar (o que não é possível tendo em
vista a quantidade de matéria). É preciso que você perceba em cada leitura o que a banca poderia fazer para te
―enganar‖, por exemplo, se na lei fala ―inclusive‖ a Vunesp pode colocar na questão, ―exceto‖ e vice-versa. Por
isso, tomar cuidado com expressões do tipo somente, apenas, inclusive, exceto, desde que, ainda que, salvo,
vedado (proibido) e assim por diante.
2) Nos resumos de direito constantes desta apostila, você vai perceber que existem várias palavras em negrito e, às
vezes, em negrito e sublinhadas. Isso foi cuidadosamente feito para que você se concentre nelas, pois é possível
que a banca faça uma questão e troque os sentidos como uma espécie de ―armadilha‖.
3) É interessante que você anote em um caderno, à medida que for estudando, as situações que aparecem e que
pode te confundir na hora da prova, ou a Vunesp trocar uma pela outra, a exemplo, no estatuto do servidor, das
situações em que é um dever e nas que são proibidas ao funcionário. A Vunesp costuma trocar uma pela outra e o
candidato na hora nem percebe. Isso ocorre em vários outros pontos das leis.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES
Resolva as provas anteriores por parte, não deixe para o final (às vésperas da prova), porque além de você não
resolver muitas (porque fazer a prova inteira cansa), você não aprenderá tanto. O legal é você resolvê-las por
partes. Imprima ou salve no computador várias provas (de preferência da mesma Instituição) e as resolva por parte
(não se esqueça do gabarito). Salve assim Prova 01, Gabarito 01, Prova 02, Gabarito 02, etc. Ex: estude
Interpretação de textos e pronomes, aí, pegue a primeira prova, resolva as questões de Interpretação e Pronomes
que houver, corrija-as e, depois, caso tenha errado ou ―chutado‖, volte à matéria e descubra o porquê errou. Resolva
esses conteúdos na segunda, terceira, etc, realizando o mesmo processo para todos os demais conteúdos que
estudar. No site www.pciconcursos.com.br você consegue provas anteriores de várias instituições. Procure pegar
também as mais recentes. Essa orientação vale para todas as matérias da prova. Em direito, por exemplo, estude
direito constitucional, pegue as provas que separou e resolva somente direito constitucional, depois os demais
direitos e assim por diante.
Gislany Gomes Ferreira
Oferecemos Cursos Preparatórios para Concursos e Apostilas. Caso queira maiores informações, consulte-
nos. Telefones ou whatsapp: 16-9-9149-7090-9-9342-4627 (Gislany ou Izael).
E-mail: cursospreparatorios.dragislany@gmail.com. Endereço da Escola: Rua Dr. Pio Dufles, 1426 – Centro –
Sertãozinho - SP

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LÍNGUA
PORTUGUESA

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COMPREENSÃO DE TEXTO

Compreensão e interpretação de textos é um tema que, geralmente, está presente em todos os concursos
públicos. Porém, a maioria não atenta para a diferença que há entre compreensão de texto e interpretação de
texto. Compreensão e interpretação de textos são duas coisas completamente diferentes. Quando o comando da
questão trabalha a área de compreensão, aquela informação está no texto. Diante disso, você terá alguns enunciados
básicos de questões de compreensão. Porém, se a informação estiver além do texto, fora do texto, trata-se de uma
questão de interpretação.

A questão é que é uma informação que, além de estar fora do texto, tem conexão com o texto. É a chamada
inferência textual, dedução textual. Ao ler o texto, o leitor consegue inferir, tirar conclusões a partir de ideias que
foram explicitadas no texto. Basta ao leitor passar a ter a visão qualificada e apurada de, no enunciado, conseguir
visualizar e identificar, qualificar, caracterizar o comando, se é de compreensão (informação que está no texto) ou
de interpretação (informação que não está no texto, mas está atrelada ao texto).

• Compreensão de texto – consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto.
Os comandos de compreensão (está no texto) são:
o Segundo o texto...
o O autor/narrador do texto diz que...
o O texto informa que...
o No texto...
o Tendo em vista o texto...
o De acordo com o texto...
o O autor sugere ainda...
o O autor afirma que...
o Na opinião do autor do texto...

• Interpretação de texto – consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. Os comandos de
Interpretação (está fora (além) do texto) são:

o Depreende-se/infere-se/conclui-se do texto que...


o O texto permite deduzir que...
o É possível subentender-se a partir do texto que...
o Qual a intenção do autor quando afirma que...
o O texto possibilita o entendimento de que...
o Com o apoio do texto, infere-se que...
o O texto encaminha o leitor para...
o Pretende o texto mostrar que o leitor...
o O texto possibilita deduzir-se que...
"Entenda: Enquanto a compreensão de texto trabalha com as frases e ideias escritas no texto, ou seja, aspectos
visíveis, a interpretação de textos trabalha com a subjetividade, com o SEU entendimento do texto."

ERROS DE INTERPRETAÇÃO
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do
tema quer pela imaginação.
b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias,
o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e,
consequentemente, errando a questão.

OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa
prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais.

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TIPOS DE TEXTOS

Os tipos de textos, são classificados de acordo com sua estrutura, objetivo e finalidade. De maneira geral, a
tipologia textual é dividida em: texto narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo.
Texto Narrativo
A marca fundamental do texto narrativo é a existência de um enredo, do qual se desenvolvem as ações das
personagens, marcadas pelo tempo e pelo espaço. Assim, a narração possui um narrador (quem apresenta a trama),
as personagens (principais e secundárias), o tempo (cronológico ou psicológico) e o espaço (local que se
desenvolve a história). Sua estrutura básica é: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.
Texto Descritivo
O texto descritivo expõe apreciações e observações, de modo que indica aspectos, características, detalhes
singulares e pormenores, seja de um objeto, lugar, pessoa ou fato. Dessa maneira, alguns recursos linguísticos
relevantes na estruturação dos textos descritivos são: a utilização de adjetivos, verbos de ligações, metáforas e
comparações.
Texto Dissertativo
O texto dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na argumentação e no desenvolvimento de um
tema. Para tanto, sua estrutura, dividida em três partes fundamentais, tese (introdução), antítese (desenvolvimento)
e nova tese (conclusão), define o modelo básico para apresentar uma tese (ideia, tema, assunto), explorar
argumentos contra e a favor (antítese) e, por fim, sugerir uma nova tese, ou seja, uma nova ideia para concluir sua
fundamentação. Os textos dissertativos-argumentativos, além de ser um texto opinativo, busca persuadir o leitor.

ORTOGRAFIA
1) Emprego do x e ch.
Emprega-se a letra x nos seguintes casos:
a) depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa.
b) depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar, enchumaçar e seus derivados).
c) depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados).
d) palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô.

2) Emprego do g ou j
Emprega-se a letra g : a) nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio.
b) nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem.
Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana: pajé, canjica, jirau.

3) Sufixo Zinho e inho


a) Qdo a palavra primitiva terminar em ―s‖ ou ―z‖, basta acrescentar o sufixo inho; EX: burguês – burguesinho,
chinês – chinesinho, nariz-narizinho
b) Qdo apresentar outra terminação, acrescenta-se Zinho EX: pão-pãozinho, mãe-mãezinha

4) Isar/Izar
Se a palavra primitiva apresentar ―s‖, grafa-se com isar, se não apresentar izar
EX: aviso-avisar, improviso-improvisar, canal-canalizar, atual-atualizar, humano-humanizar-humanização.

EXCEÇÃO: Catequese-catequizar

5) Verbo querer e pôr: grafados em todos os tempos com ―s‖


EX: quis – quiser – quisesse – quisera – pus – puser – pusesse – pusera

6) As letras e e i:
a) Os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra.
b) Os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue.
c) Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.

Atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i: área (superfície), ária
(melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que
anda a pé), pião (brinquedo)/ iminente (prestes a ocorrer), eminente (grande, importante)/ vadiar (andar à toa),
vadear (andar a pé)

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USOS ORTOGRÁFICOS ESPECIAIS

1) POR QUE – PORQUE – POR QUÊ - PORQUÊ


a) POR QUE – separado e sem acento: Nas interrogativas diretas ou indiretas: Por que você não veio ontem?
Quero saber por que você não veio ontem. Quando puder ser substituído por pelo qual (a) (s): Este é o caminho por
que passo todos os dias. Sei bem por que motivo permaneci neste lugar.
b) POR QUÊ – separado e com acento: quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação:
Vocês não comeram tudo? Por quê? Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.
c) PORQUE – junto e sem acento: com valor aproximado de ―pois‖, ―uma vez que‖, ―para que‖: Não fui ao
cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois) Não vá fazer intrigas porque prejudicará você.
d) PORQUÊ – junto e com acento: É substantivo e tem significado de ―o motivo‖, ―a razão‖. Vem acompanhado
de artigo, pronome, adjetivo ou numeral: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada.
(motivo). Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão). Ele não veio ontem e não sei o porquê.

2) MAL OU MAU
Mau: opõe-se a bom e pode ser utilizada no plural e no feminino, segundo a necessidade. Exemplos:
Você é um mau aluno. Vocês são muito más. Aqueles garotos são maus.
Mal: Opõe-se a bem: Mal saiu de férias, já deve voltar para a escola. Aquele garoto saiu mal na prova de ontem.
Você não sabe o mal que me fez.

3) HÁ – A
Há : Indica sempre tempo passado : · Há tempo não ouço Roberto Carlos. Chegou há duas horas.
A: Em situações que indicam futuro, distância ou espaço temporal: Daqui a pouco ele chegará. · Foi atingido a
trinta metros do local do acidente. · O candidato chegou a 2 minutos do encerramento do prazo.

4 – SE NÃO – SENÃO
Se não: indica condição: Se não chover, muitos morrerão. (caso não chova...).
Senão: Pode ser substituído por: do contrário, de outra forma: Corra, senão perderemos a prova.

5 - A fim de/afim
A fim de : equivalente a para: Chegou cedo, a fim de fazer o trabalho.
Afim corresponde a semelhante ou parente por afinidade : · Os dois têm pensamentos afins. O sogro é afim da
nora. (isto é, tem parentesco sem laço sanguíneo)
Obs: não confundir com um uso coloquial do a fim de com o sentido de estar interessado. Este uso torna-se a cada
dia mais comum: · Ele está a fim de você.

6 - Mas/mais
Mas : É conjunção adversativa, com o sentido de idéia contrária: Chegou cedo, mas não conseguiu ser atendido.
(Chegou cedo, porém...). Obs: A vírgula deve ser usada antes de mas.
Mais: indica intensidade: Ela é a mais bonita da turma.

7) SEÇÃO (SECÇÃO) – CESSÃO - SESSÃO


SEÇÃO dignifica corte, segmento, setor (setor de esportes): Visitei a seção de roupas infantis.
CESSÃO é o ato de ceder (transferir ou doar algo): O Prefeito fez a cessão das terras aos desabrigados.
SESSÃO (com três esses) significa intervalo de tempo de uma reunião para determinado fim: Assisti a uma sessão
de cinema. A sessão da Câmara demorou para terminar. Fiz uma sessão de fisioterapia.

Hífen – “r” e “s”


Nova regra
O hífen não será mais utilizado em prefixos terminados em vogal seguida de palavras iniciadas com ―r‖ ou ―s‖.
Nesse caso, essas letras deverão ser duplicadas.
Como é: ante-sala, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-rival, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-
senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, supra-renal.
Como será: antessala, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirrival, autorregulamentação, autossugestão,
contrassenso, contrarregra, contrassenha, extrarregimento, infrassom, ultrassonografia, semirreal, suprarrenal.

Hífen – mesma vogal


Nova Regra: O hífen será utilizado quando o prefixo terminar com uma vogal e a segunda palavra começar com a
mesma vogal.
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Como é: antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade,
microondas, microônibus.
Como será: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade,
micro-ondas, micro-ônibus.
Hífen – vogais diferentes
Nova regra: O hífen não será utilizado quando o prefixo terminar em vogal diferente da que inicia a segunda
palavra.
Como é: auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, co-autor,
contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-
uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático
Como será: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor,
contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino,
neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiárido, semiautomático.
Obs: A regra não se encaixa quando a palavra seguinte começar com h: anti-herói, anti-higiênico, extra-humano,
semi-herbáceo.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

REGRAS BÁSICAS

Proparoxítonas - são todas acentuadas. Têm a antepenúltima sílaba tônica e, nesse caso, é a sílaba que leva
acento. É o caso de: lâmpada, relâmpago, Atlântico, trôpego, Júpiter, lúcido, ótimo, víssemos, flácido.
Paroxítonas - são as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que recebem menos acentos. Têm
a penúltima sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em: a) i, is: táxi, beribéri, lápis, grátis, júri. b) u, us,
um, uns, on, ons: vírus, bônus, álbum, parabélum, álbuns, parabéluns, nêutron, prótons. c) l, n, r, x, ps: incrível,
útil, ágil, fácil, amável, éden, hífen, pólen, éter, mártir, caráter, revólver, tórax, ônix, fênix, bíceps, fórceps, d) ã,
ãs, ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos. e) ditongo oral, crescente ou decrescente,
seguido ou não de s: água, árduo, pônei, cáries, mágoas, jóquei, jóqueis.
Oxítonas - Têm a última sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em: a) a, as: Pará, vatapá, estás, irás, cajá.
b) e, es: você, café, Urupês, jacarés. c) o, os: jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, cipó, mocotó. d) em, ens: alguém,
armazéns, vintém, parabéns, também, ninguém.
Monossílabos tônicos - são acentuados os terminados em: a) a, as: pá, vá, gás, Brás, cá, má. b) e, es: pé, fé, mês,
três, crê. c) o, os: só, xô, nós, pôs, nó, pó, só.
Ditongo - abertos tônicos: quando em palavras oxítonas: a) éi: anéis, fiéis, papéis – b) éu: céu, troféu, véu – c) ói:
constrói, dói, herói Obs: O acento de ÉI, ÉU nas paroxítonas caiu. Assim não terão mais acento no ÉI, ÓI
(mesmo abertos) palavras como: ideia, assembleia, estreia, jiboia, paranoico, porque são paroxítonas. Assim
o acento agudo do ÉI, ÓI que caiu é o das palavras paroxítonas.

hiato - i e u nas condições: a) formem sílabas sozinhos ou com s na mesma sílaba; b) não sejam seguidas pelo
dígrafo nh. ex.: aí: a-í; balaústre: ba-la-ús-tre; egoísta: e-go-ís-ta; faísca: fa-ís-ca; viúvo; vi-ú-vo; heroína: he-ro-í-
na; saída: sa-í-da; saúde: sa-ú-de, mas ra-i-nha; ba-i-nha.

OBS: Não se acentuam as palavras oxítonas terminadas em i ou u (seguidos ou não do s). Palavras como baú, saí,
Anhagabaú, etc., são acentuadas não por serem oxítonas, mas por o i e o u formarem sílabas sozinhos, num hiato.

Acento diferencial
O acento diferencial (o qual foi abolido de acordo com a nova regra ortográfica) é utilizado para diferenciar
palavras de grafia semelhante. Usamos o acento diferencial - agudo ou circunflexo - nos vocábulos da coluna
esquerda para diferenciar dos da direita:
pôde (pret. perf. do ind. de poder) - pode (pres. do ind. de poder)
pôr (verbo) - por (preposição)
têm (terceira pessoa do plural do verbo ter) - tem (terceira pessoa do singular do verbo ter) vêm (terceira pessoa do
plural do verbo vir) – vem (terceira do singular).
Os derivados do verbo ter e vir têm na terceira pessoa do singular um acento agudo "´", já a terceira pessoa do
plural tem um acento circunflexo "^" mantém - mantêm – convém - convêm
fôrma (substantivo) - forma (substantivo e verbo)(opcionalmente)
O acento em "fôrma" pode ser considerado opcional.

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Obs: Os verbos crer, dar, ler e ver, continuam com a duplicação do “e” no plural, porém, não mais se
acentua o primeiro “e” como era antes. EX: Ele crê – eles creem – ele lê – eles leem – que ele dê – que eles
deem – ele vê – eles veem. (antes crêem – lêem – vêem – dêem). Não confundir o plural do verbo ver (veem) com
o verbo vir (vêm).

MORFOLOGIA
Estudo dos Substantivos

Classificação:
a) Comuns - aplicados a todos os seres de uma espécie: Ex.: mesa - homem - árvore
b) Próprios - aplicados a um único ser de toda uma espécie: Ex.: Benedito - Brasil
c) Concretos – o que não for estado, qualidade, sentimento, ações: caneta - Deus - fada – porta- saci pererê, Maria,
Sertãozinho.
d) Abstratos - nomeando estados, qualidades, sentimentos, ações: Ex.: ódio - gratidão - amor – tristeza, esperança
e) Primitivos - quando não originados de outra palavra: Ex.: flor, pedra
f) Derivados - quando originados de outra palavra portuguesa: Ex.: floricultura, floreira, pedraria, pedreira
g) Simples - quando formados por um único radical: Ex.: banana, couve
h) Compostos - quando formados de mais de um radical: Ex.: banana-maçã, couve-flor.
i) Coletivos - quando nomeiam agrupamentos de seres da mesma espécie: Ex.: arquipélago - flora - fauna

Classificação dos substantivos quanto ao número; atribuem-se regras:


1- Plural dos substantivos simples:
a) singular terminados em M, faz plural com NS: Ex.: homem - homens
b) singular terminado em vogal, ditongo oral ou N, faz plural somando-se S: Ex.: hífen - hifens; pai - pais
c) singular terminado em AL, EL, OL, ou UL, faz plural na troca do L pelo IS : Ex.: animal - animais; farol - faróis
d) singular terminado em R ou Z, faz plural somando-se ES: pomar - pomares; juiz - juízes
e) singular terminado em IL, faz plural em IS quando oxítono e em EIS quando paroxítono: Ex.: fóssil - fósseis;
canil - canis
f) singular de monossílabos tônicos ou oxítonos terminados em S, fazem plural somando-se ES: Ex.: ás - ases; mês
– meses.
g) singular terminado em ÃO, faz plural em ÃOS, ÃES ou ÕES: Ex.: pão - pães; órgão – órgãos; cidadão -
cidadãos
h) plural de diminutivos – regra: coloca-se a palavra no plural, tira-se o ―s‖ e acrescenta-se zinhos: Ex.: pão –
pães – paezinhos – coração – coraçoes - coraçoezinhos

2) Plural dos substantivos compostos:


a) Flexão dos dois elementos para o plural quando formados de:
. substantivos + substantivos - Ex.: couve-flor - couves-flores
. substantivos + adjetivos - Ex.: amor-perfeito - amores-perfeitos
. adjetivos +substantivos - Ex.: gentil-homem - gentis-homens
. numerais + substantivos - Ex.: Quinta-feira - quintas-feiras

b) Flexão apenas do substantivo quando formado de:


. verbo + substantivo: guarda-roupa – guarda-roupas
. preposição + substantivo: contra-ataque – contra-ataques

c) Flexão do primeiro elemento para o plural quando formados de:


. substantivos + preposições + substantivos
Ex.: pé-de-moleque - pés-de-moleque

3) Classificação dos substantivos quanto ao grau: ( aumentativo e diminutivo)


1) Aumentativo: a) Aumentativo analítico: (2 palavrinhas): casa grande – mesa grande
b) Aumentativo sintético (1 palavrinha – sufixos especiais): casona, mesona, homenzarrão, vidraça, homezarrão

2) Diminutivo: a) Diminutivo sintético: (1 palavrinha): casinha – mesinha-corpúsculo, vidrinho, homenzinho,


casebre
b) Diminutivo analítico: (2 palavrinhas): casa pequena – mesa pequena

Observação importante: a) Nem sempre o grau dos substantivos indica tamanho (aumento ou diminuição).
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Às vezes pode indicar carinho, desprezo, ironia, intensidade, etc. Exs: Ela era uma ―gracinha‖, nunca mordeu
ninguém. (ironia) – Joãozinho era um espertalhão. (intensidade (muito esperto) – Mãezinha, venha cá. (carinho)
Fique aí, filhinho. (carinho). - Escrevia para um jornaleco qualquer. (desprezo). Que roupinha mais mixuruca
essa que você está usando. (desprezo). Lá só existe gentalha. (desprezo).
b) Muitas vezes, os sufixos aumentativos e diminutivos perdem o valor original: cartão, portão, sinhozinho.

Estudo dos Adjetivos


Quanto a sua formação, os adjetivos podem ser:
a) Primitivos - quando não se originam de outra palavra portuguesa: Ex.: bom - belo
b) Derivados - quando originados de outra palavra portuguesa: Ex.: róseo - carinhoso
c) Simples - quando formados de um só radical: Ex.: róseo
d) Compostos - quando formados por mais de um radical: Ex.: rosa-escuro

Quanto ao número, atribuem-se regras:


a) Adjetivos simples - seguem as regras dos substantivos: camisa azul – camisas azuis
b) Adjetivos compostos - seguem suas próprias regras, sendo:

1) Se for adjetivo + adjetivo, somente o segundo elemento irá para o plural:Exemplos: Lutas greco-romanas -
Turistas luso-brasileiros - Entidades sócio-econômicas - Olhos verde-claros
Observações: existem algumas exceções no plural dos adjetivos compostos, como por exemplo:
a) Azul-marinho/azul celeste » permanecem sempre invariáveis;
b) Surdo-mudo » flexiona-se os dois elementos; EX: Crianças surdas-mudas - Meninos surdos-mudos

2) Adjetivos que se referem a cor e o segundo elemento é um substantivo permanecem invariáveis.


Exemplos: Calças vermelho-sangue - Cortinas verde-garrafa -- Tintas branco-gelo - Camisas verde-limão

3) Permanecem, também, invariáveis adjetivos com a composição COR + DE + SUBSTANTIVO.


Exemplo: Blusa cor-de-rosa - Blusas cor-de-rosaQuanto ao grau, os adjetivos se flexionam indicando
intensidade, podendo ser comparativos ou superlativos, tendo como:
a) Graus comparativos: (vai haver dois seres sendo comparados)
. grau comparativo de igualdade – tanto...quanto: Ex.: Ela é tão jovem quanto ele
. grau comparativo de superioridade – mais...que: Ex.:Ele é mais franco que ela
. grau comparativo de inferioridade – menos...que: Ex.:Ela é menos astuta que ele

b) Graus superlativos:
1) Absoluto (1 ser sozinho, por isso absoluto)
. grau superlativo absoluto analítico (2 palavrinhas (um ser sozinho apenas). Ex.: O homem é muito alto - A flor é
muito pequena.
. grau superlativo absoluto sintético – com as palavras ótimo, péssimo, altíssimo, etc.(1 palavrinha só) Ex.: O
rapaz era vigorosíssimo. João é inteligentíssimo.

2) Relativo (1 ser em relação a um conjunto de seres, por isso, relativo)


. grau superlativo relativo de superioridade - o mais...que. Ex.: Ele era o mais sabido deles.
. grau superlativo relativo de inferioridade - o menos...que. Ex.: Ela foi a menos senil das senhoras. 3) Quanto ao
gênero os adjetivos podem ser:
a) Biformes: uma forma para cada sexo: Homem mau – mulher má
c) Uniformes: uma única forma para os dois sexos: mulher gentil – homem gentil

Estudo dos Pronomes


1) Emprego dos Pronomes Pessoais

Pronomes Pessoais:
Número Pessoa Pronomes retos Pronomes oblíquos
Singular primeira Eu Me, mim, comigo
segunda Tu Te, ti, contigo
terceira Ele/ela Se, si, consigo, o, a, lhe
Plural primeira nós Nos, conosco
segunda vós Vos, convosco
terceira eles/elas Se, si, consigo, os, as, lhes
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A) se, si, consigo, funcionam como reflexivos, ou seja, têm como referência o sujeito, são usados quando a ação se
refere à própria pessoa, somente neste caso.
EX: O avalista enganou-se. Manuel trouxe o livro consigo (com ele). Maria gosta muito de si. (dela mesma). João
falou consigo à noite. (com ele mesmo). Assim, é errado: Maria, quero falar consigo correto: Maria, quero falar
com você. Maria gosta muito de si (dela mesma). Você viu Maria, João? Ela gosta muito de si (errado) (Ela gosta
muito de ti (do João).

B) Eu e Tu não podem ser usados quando houver preposição (entre, para, etc). Neste caso uso o Mim (no lugar
do eu) e Ti (no lugar do tu)
Exs: Isto é para eu? certo: Isto é para mim? Nada há entre eu e tu (errado) correto: Nada há entre mim e ti. Ficou
entre mim e ela (e não entre eu e ela).
Mas: Isto é para eu ler? Está correto pois, após vem o verbo ler. Este livro é para tu leres. Este livro é para ti (e não
tu, pois não vem nenhum verbo depois). João disse para eu correr, mas não será bom para mim isso. Traga o
trabalho para eu fazer. Traga o filme para eu ver (e não mim ver). No final da oração uso mim ou ti. Traga o livro
para mim. Traga o livro para ti.

C) Sua – falar de/ Vossa – falar com: Vossa Santidade aceita um café? (falando com a autoridade) Sua Santidade
mandou avisar que não aceita o café. (falando da autoridade).

D) conosco e convosco: são utilizados na forma sintética, exceto se vierem seguidos de outros, todos, mesmos:
Queriam falar conosco. Queriam falar com nós mesmos.

E) Verbos terminados em a) r, s ou z: assumem as formas: lo, la, los e las.


Exs: Vou dar um presente – Vou dá-lo/ Fiz uma torta deliciosa – Fi-la./Quis os doces – Qui-los.

b) terminados em forma nasal: no, na, nos e nas


Exs: Chamem Maria – Chamem-na/Compraram a casa – Compraram-na/Põe o casaco – Põe-no
c) se não terminarem nem em r, s ou z e nem em som nasal, substituo o termo por: a) o, a, os ,as: se for verbo sem
preposição b) lhe, lhes : se for verbo que pede preposição:
Exs: Quero sorvete – Quero-o/ Quero a Pedro – Quero-lhe/ Obedeço a meu pai – Obedeço-lhe/ Entreguei os
cartões para José – Entreguei-lhe os cartões. Amo Maria – Amo-a

2) Pronomes Demonstrativos - que demonstram o ser: este(a) (s), esse(a) (s), isso, aquele (a) (s), aquilo.
Emprego
1) Este, esta, isto : usados quando a coisa estiver perto da pessoa que está falando
Exs: Esta minha blusa está apertada/ Este sapato que estou usando é lindo.
2) Esse, essa, isso: perto da pessoa com quem se fala
Exs: Essa blusa que você está é linda!/ Esse sapato que você comprou é bonito.
3) Aquele, aquela, aquilo: longe de quem fala e da pessoa com quem se fala
Exs: Aquele garoto que está atravessando a rua é legal.
4) Uso o esse e suas variações para indicar algo que já foi mencionado e este para algo que ainda vai ser. Ex: Ser
feliz. É isso que quero. Quero só isto: ser feliz. A verdade é esta: a crise está aumentando. A crise aumentou. Essa
é a verdade.
5) No contexto, o este e variações retoma o termo mais próximo e aquele e variações, o termo mais distante. Ex:
Paula (Português) e Ana (Matemática) são professoras. Aquela de Português e esta de Matemática. Carla e Antonia
são médicas. Esta cardiologista (Antonia) e aquela ginecologista (Carla)3) Pronomes Relativos - que agem
relacionando um ser dentre outros em relação ao tempo, espaço ou quantidade. Esta é a casa. Comprei a casa. Esta
é a casa que comprei.Os pronomes relativos são os seguintes:

Variáveis O qual, a qual


Os quais, as quais
Cujo, cuja
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas

Invariáveis
Que (quando equivale a o qual e flexões)
Quem (quando equivale a o qual e flexões)
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Onde (quando equivale a no qual e flexões)
Emprego:

1) Onde: usado somente para indicar lugar: Nasci onde nasceste. Onde você colocou os livros? Sertãozinho é
onde me sinto super bem. São erradas: Fez várias declarações de amor, onde fica evidente o desejo de reatar o
namoro. Quais são as modalidades onde seu filho é campeão?

2) Cujo: a) não admitem Artigo após eles b) Sempre estabelecem uma relação de posse com o termo anterior e c)
sempre vão concordar com o termo que vier após eles em número e gênero.
Exs: Esta é a sala cujas as cortinas são azuis. (errado) – Esta é a sala cujas cortinas são azuis/ Ela é a mulher cujo
sorriso me encanta/Esta é a fazenda cujos pastos secaram.

3) Sempre que o verbo que aparecer após o pronome relativo pedir uma preposição, esta deve obrigatoriamente vir
antes do pronome relativo:
Exs: Ela é a mulher que eu gosto (errada, pois quem gosta, gosta de) – Ela é a mulher de que eu gosto. Ela é a
mulher em quem eu confio/Corte fora as músicas de que você não gosta/Os produtos de que o Brasil precisa. Estes
são os relatórios de que preciso. Ela é a mãe com cuja filha eu simpatizo/Ela é a mãe por cuja filha me
apaixonei/Ela é a mãe contra cujos filhos eu lutei/Ela é a mãe cujo filho foi reprovado.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

É a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem. São
pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos.

O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração em relação ao verbo:
1. próclise: pronome antes do verbo 2. ênclise: pronome depois do verbo 3. mesóclise: pronome no meio do
verbo
Próclise
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
• Palavras com sentido negativo: Nada me faz querer sair dessa cama. Ninguém me falou que tinha prova.
• Advérbios: Nesta casa se fala alemão. Naquele dia me falaram que a professora não veio.
• Pronomes relativos: A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. Não vou deixar de estudar os conteúdos de
que me falaram.
• Pronomes indefinidos: Todos se comoveram durante o discurso de despedida. Alguém nos visitou ontem.
• Pronomes demonstrativos: Isso me deixa muito feliz! Aquilo me constrangeu a mudar de atitude!
• Preposição seguida de gerúndio: Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa
escolar.
• Conjunção subordinativa: Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
Ênclise
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos
átonos. A ênclise vai acontecer quando:
• Verbo estiver no imperativo afirmativo: Amem-se uns aos outros. Sigam-me e não terão derrotas.
• O verbo iniciar a oração: Diga-lhe que está tudo bem. Chamaram-me para ser sócio.
• O verbo estiver no infinitivo: Eu não quis vangloriar-me. Gostaria de elogiar-te hoje pelo bom trabalho.
• O verbo estiver no gerúndio: Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada. Despediu-se,
beijando-me a face.
• Houver vírgula ou pausa antes do verbo: Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
Mesóclise
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro do presente ou no futuro do pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. Far-lhe-ei uma proposta irrecusável.

ESTUDO DOS VERBOS

É uma palavra que indica uma ação (O menino correu), estado (O menino está triste) ou fenômeno (Choveu demais
aqui), situando-os no tempo.
MODO
Os modos verbais indicam diferentes maneiras de um fato ser expresso. É dividido em:
MODO INDICATIVO: Indica um fato certo. Exemplo: Ele canta no teatro hoje à noite.
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MODO SUBJUNTIVO: Indica um fato duvidoso, hipotético. Exemplo: Espero que ele volte cedo.
MODO IMPERATIVO: Indica ordem, proibição, pedido, conselho, etc. Exemplo: Fique aqui. (ordem) Não entre
na sala. (pedido)
TEMPO
Os tempos verbais dividem-se em:
Modo Indicativo
PRESENTE: Indica que os fatos acontecem no instante da fala: Nós recebemos nossas provas de matemática.
PRETÉRITO PERFEITO: Expressam fatos conclusos. Exemplo: Daniel pintou a casa.
PRETÉRITO IMPERFEITO: Expressa fatos ou acontecimentos que não foram concluídos no momento em que
estavam sendo observados.Exemplo: Daniel pintava a casa, quando Júlia chegou.
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO: Expressa fatos concluídos, mas que aconteceram antes de outros fatos
concluídos.(terminação ra) Exemplo: Daniel pintara a casa, quando Júlia chegou.
FUTURO: Expressa fatos que acontecem depois do momento da fala ou um fato futuro, mas ligado a um outro, no
passado.
FUTURO DO PRESENTE: Expressa fatos que acontecem após o momento da fala. Daniel pintará a casa.
FUTURO DO PRETÉRITO: Indica um fato futuro, mas que já fica no passado antes mesmo de chegar a data do
evento, por isso, futuro do pretérito. Daniel pintaria a casa no ano que vem, se tivesse dinheiro.

Modo Subjuntivo
PRESENTE: para conjugar esse tempo usa-se o ―que‖. Ex: Que eu compre, que tu compres, que ele compre, que
nós compremos, que vós compreis, que eles comprem.
Dica: os verbos em ―ar‖ se transformam em ―e‖ e os em ―er‖ e ―ir‖, transformam-se em a: Que eu bata, que tu
batas, que ele bata, que nós batamos, que vós batais, que eles batam (verbo bater).
PRETÉRITO IMPERFEITO: para conjugar esse tempo usa-se o “se”. Ex: Se eu comprasse, se tu comprasses, se
ele comprasse, se nós comprássemos, se vós comprasseis, se eles comprassem.
FUTURO: para conjugar esse tempo usa-se o ―quando‖. Ex: Quando eu comprarm quando tu comprares, quando
ele comprar, quando nós comprarmos, quando vós comprardes, quando eles comprarem.

VOZES VERBAIS: o verbo é flexionado pelas vozes verbais que indicam se o sujeito pratica, recebe ou pratica e
recebe a ação.
VOZ ATIVA: Na voz ativa o sujeito pratica a ação. A torcida aplaudiu a Seleção Brasileira.
VOZ PASSIVA: Na voz passiva o sujeito é paciente, ou seja, recebe a ação verbal. A Seleção Brasileira foi
aplaudida pela torcida.
A voz passiva é dividida em: Voz passiva analítica (2 verbos) A Seleção Brasileira foi aplaudida pela torcida. As
provas serão corrigidas pelo professor.
Voz passiva sintética (1 verbo + a partícula ―se‖). Pintam-se casas. Vendem-se vestidos. Aluga-se casa.
VOZ REFLEXIVA: Na voz reflexiva o sujeito pratica e recebe a ação ao menos tempo, ou seja, o sujeito é agente
e paciente simultaneamente. Exemplo: O menino feriu-se na perna. A garota penteou-se.
Modo Imperativo
Há o imperativo afirmativo e o imperativo negativo.
Formação do Imperativo Afirmativo: as segundas pessoas (tu e vós) são tiradas do presente do indicativo, sem
o ―s‖ e as demais do presente do subjuntivo. Imperativo Negativo: todas as pessoas são tiradas do presente do
subjuntivo sem nenhuma alteração.

Exemplo: verbo cantar


Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo
Eu canto Que eu cante ------------ --------------
Tu cantas Que tu cantes Canta tu Não cantes tu
Ele canta Que ele cante Cante você Não cante você
Nós cantamos Que nós cantemos Cantemos nós Não cantemos nós
Vós cantais Que vós canteis Cantai vós Não canteis vós
Eles cantam Que eles cantem Cantem vocês Não cantem vocês
OBS: Quando for resolver exercícios de verbos na prova, não responda tentando achar a alternativa que mais
“combine” e sim analisando a oração cuidadosamente: se está no imperativo, no subjuntivo, a pessoa, etc.
Ex: Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da oração:
Todos esperam que nós___________ o trabalho. a) faremos b) façam c) façamos d) fizemos e) fizeram
Se ela ___________ de tudo, teria contado. a) sabesse b) sabe c) saber d) soubesse e) saber
Quando eu _______ a tarefa, que todos querem que eu _____, avisarei. a) fizer-faça b) fazer-faça c) fazer-faz
―_______, não ______e vencerás‖ a) lute-desista; b) lutai–desisti; c) luta–desistas; d) lutas–desiste; e) lutai –
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desista.

ESTUDO DOS ADVÉRBIOS

Obs: Nas provas em geral caem os advérbios de acordo com a relação, ideia que exprimem nas orações. Ex; Ele
saiu agora. (tempo). Provavelmente ele virá. (dúvida)
1) Classificação: a) de lugar - Ex.: perto, longe, aqui, acolá, lá...
b) de tempo - Ex.: ainda, jamais, nunca, sempre...
c) de modo - Ex.: bem, mal, assim, calmamente...
d) de intensidade - Ex.: muito, pouco, grandemente...
e) de negação - Ex.: não, nem...
f) de afirmação - Ex.: sim, certamente...
g) de dúvida - Ex.: talvez, porventura, quiçá...
2) Locuções Adverbiais - são as que correspondem a um advérbio (possuem a mesma classificação) Ex.: de
repente, com certeza, à noite, às claras, às ocultas, por aqui...

CONJUNÇÃO

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos de uma mesma oração.
Joaquim escorregou e machucou a cabeça. Luana trouxe comida e refrigerante. Eu sei que você não foi à aula hoje
Classificação das conjunções
a) Conjunções coordenativas: Ligam duas orações independentes. São elas:
» aditivas: quando estabelecem uma relação de soma entre dois termos ou duas orações. São elas: e, nem, não só...
mas também. Carlos não veio à reunião nem ligou avisando.
» adversativas: estabelecem uma relação de oposição entre as orações. São elas: mas, porém, contudo, entretanto,
não obstante, todavia. Quero contar-lhe uma coisa mas tenho medo.
» alternativas: estabelecem uma relação de alternância entre as orações. São elas: ou, ora...ora, ou...ou, quer...quer,
já...já, seja...seja. Ora estuda, ora dorme.
» conclusivas: exprimem idéia de conclusão ou conseqüência entre as orações. São elas: logo, pois (posposto ao
verbo), portanto, assim, por isso, por conseguinte, então. O homem pensa, logo existe.
» explicativas: estabelece uma idéia de explicação entre duas orações. São elas: pois (anteposto ao verbo), porque,
porquanto, que. Ele agüentou a polêmica, pois provocou bastante.

b) Conjunções subordinativas: Ligam duas orações dependentes. São elas:


» temporais: exprimem idéia de tempo. São elas: quando, enquanto, depois que, logo que, sempre que, senão
quando. Quando você me deixou, quase morri.
» condicionais: exprimem condição. São elas: se, salvo se, caso, contanto que, uma vez que, dado que, a menos
que. Se não chover amanhã, iremos ao clube.
» causais: exprimem idéia de causa. São elas: porque, porquanto, visto que, visto como. Janaina não comprou o
carro porque não teve dinheiro.
» finais: exprimem idéia de finalidade. São elas: para que, a fim de que, porque (=para que), que.
Correu muito para que não chegasse atrasado.
» comparativas: estabelecem comparação. São elas: que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor,
pior), qual (depois de tal), como, assim como, bem como, que nem. Ela é como sua mãe, alegre.
» concessivas: exprimem concessão. São elas: embora, ainda que, posto que, por muito que.
Embora estivesse exausta, fui trabalhar.
» conformativas: exprimem idéia de conformidade. São elas: como, conforme, consoante, segundo.
Entreguei o relatório, conforme você pediu.
» consecutivas: exprimem com a segunda oração uma conseqüência ou resultado do que foi declarado na primeira.
São elas: tão, tal, tanto, tamanho...que. A dor era tão forte que não pude sair.
» proporcionais: exprimem idéia de aumento ou diminuição, de simultaneidade. São elas: quanto mais...tanto
mais, quanto menos...tanto menos, quanto mais, à medida que, à proporção que, quanto mais...mais, quanto
mais...menos, quanto menos...mais. Quanto mais se vive, mais se aprende.
» integrantes: introduzem a segunda oração que completa o sentido da primeira. São elas: que, se, como.
Espero que você seja feliz.
Locuções conjuntivas são duas ou mais palavras que tem o valor de conjunção. Veja algumas: ainda que, à
medida que, por consequência, visto que
OBSERVAÇÕES: 1) Nesta matéria deve-se ir pelo sentido que traz cada uma das conjunções, sejam
coordenativas ou subordinativas. Não adianta decorar.
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Ex: Ou você entra, ou você sai (alternância), Quando ele chegar. (tempo).

2) Na prova costuma-se cair testes nos quais se deve trocar uma conjunção por outra sem mudança de sentido:
EX: Em; Foi à aula, porém não entrou. A conjunção grifada pode ser substituída sem alteração de sentido por:
a) e b) no entanto c) quando d) pois

Na frase: ―Quando ocorreu o encontro entre as civilizações pré-colombianas, os colonizadores foram capazes de
superar a tragédia do enfrentamento...‖, a conjunção grifada pode ser substituída, sem alteração de sentido por‖:
a) Assim que b) Contudo c) Sempre que d) À medida que e) Antes que – Resposta= ―a‖

3) Ou o sentido, a idéia que ela representa: EX: Ela entrou e saiu. Estudei muito, mas não passei.
a) adversidade – conclusão b) adição – adversidade c) alternância – tempo – Resposta: ―b‖

4) Uma mesma conjunção pode estabelecer relações diferentes entre orações:


Exs: Você irá bem desde que estude (condição). Não pára de falar desde que a aula começou. (tempo).

PREPOSIÇÃO

Preposição é a palavra invariável que une termos de uma oração, estabelecendo entre eles variadas relações.
Principais Relações estabelecidas pelas Preposições
Autoria - Esta música é de Roberto Carlos. Lugar - Estou em casa. Tempo -Eu viajei durante as férias.
Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio. Causa - Estou tremendo de frio
Assunto - Não gosto de falar sobre política. Fim ou finalidade - Eu vim para ficar
Instrumento - Paulo feriu- se com a faca. Companhia - Hoje vou sair com meus amigos.
Meio - Voltarei a andar a cavalo. Matéria - Devolva-me meu anel de prata. Posse - Este é o carro de João.
Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense. Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho.
Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) R$ 300,00. Origem - Você descende de família humilde.
Especialidade - João formou-se em Medicina. Destino ou direção - Olhe para frente!

PONTUAÇÃO
A VÍRGULA

Uma mesma frase, com as mesmas palavras, pode ter sentidos completamente diferentes dependendo das pausas
que se estabelecem entre elas.
EX: Ele gosta de pizza de mussarela de leite de búfala./ Ele gosta de pizza, de mussarela, de leite, de búfala./ Ele
gosta de pizza de mussarela, de leite de búfala./ Ele gosta de pizza, mussarela de leite de búfala.

A) NÃO SE USA VÍRGULA entre:

a) sujeito e predicado: Todos os componentes da mesa recusaram a proposta.


b) o verbo e seu complemento: O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
c) nome e o complemento nominal: Tenho certeza de que ele virá.
d) nome e o adjunto adnominal: Tomei um suco de laranja.

B) USA-SE A VÍRGULA

1) Para marcar intercalação:


a) do adjunto adverbial: Ele, com razão, sustenta opinião contrária.
b) da conjunção: Não há, portanto, nenhum risco no negócio.
c) das expressões explicativas ou corretivas: Todos se omitiram, isto é, colaboraram com os adversários.
d) do aposto: O tempo, nosso inimigo, foge rápido.

2) Para isolar o vocativo: Não demores, meu filho.

3) Para marcar inversões:


a) do adjunto adverbial: (no início da oração): Na semana passada, deixamos um depósito.
b) do nome de lugar antecipado às datas: São Carlos, 10 de janeiro de 1997.
4) Para separar termos coordenados (em enumeração): Os mais vendidos eram os sucos de laranja, de limão, de
abacaxi e de pêssego.
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5) Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós trabalhamos com fatos e vocês, com hipóteses.

OS DOIS-PONTOS (:)
1) Função básica: tudo o que vem à direita dos dois-pontos serve para esclarecer ou detalhar o que vem à
esquerda. Quero somente isto: que você seja muito feliz. Tivemos uma idéia sensata: viajar naquele fim de
semana.
2) Empregam-se os dois-pontos para indicar o início da citação de outrem: Chegou o mensageiro com esta notícia:
“As tropas devem concentrar-se na foz do grande rio”.

AS ASPAS (― ―)

1) Função básica: o que vem inscrito entre aspas não é da autoria ou do estilo de quem está escrevendo. Dentro
desse princípio geral, empregam-se as aspas para isolar uma citação textual colhida de outrem: Sócrates dizia:
“Conhece-te a ti mesmo”.
2) Quando utilizamos uma palavra ou expressão estrangeira: Concederam-lhe o “hábeas corpus”.
3) Quando utilizamos uma palavra empregada em sentido irônico: Era uma ―simpatia”, nunca mordeu ninguém.
4) Para dar destaque a uma palavra (o que, na fala, seria conseguido por meio da entonação): Considero este fato
“normal”.

O PONTO-E-VÍRGULA ( ; ) - Usa-se:
1) Para fazer uma divisão nítida entre orações coordenadas que já vêm separadas por outras vírgulas no seu interior:
Estavam irados, agressivos; eu, porém, mantive a calma.
2) Para estabelecer uma divisão bem marcada entre duas partes de um enunciado: Uns pelejavam, esforçavam-se,
exauriam-se; outros divertiam-se, folgavam, omitiam-se.

ANÁLISE SINTÁTICA

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

1) SUJEITO: É o elemento a respeito do qual se informa algo. Quando ele é determinado posso fazer a pergunta
ao verbo ―quem‖ ou ―o quê‖ e vou achá-lo onde ele estiver. Pode ser:
a) simples: possui um só núcleo. Toda a resposta a ―quem ou o que‖ será o sujeito, mas o núcleo é a palavra mais
importante dentre as da resposta:
Ex: Muitos atletas brasileiros atuam na Europa (quem atua na Europa? Resp: Muitos atletas brasileiros. Toda essa
resposta é o sujeito, mas o substantivo ―atletas‖ é a palavra mais importante, portanto, o núcleo). Alguém entrou na
sala agora.
b) composto: possui mais de um núcleo: Bois, vacas, bezerros andavam misturados. (há três núcleos: bois, vacas e
bezerros).
Obs: Não confundir o sujeito no plural com sujeito composto. O que conta é a quantidade de núcleos. Ex: As
meninas chegaram agora. (há apenas um núcleo ―meninas‖, sujeito simples).
c) oculto ou desinencial ou elíptico: Aqui o sujeito não está explícito, mas consigo achá-lo pela terminação do
verbo: Falei com você ontem à tarde (sujeito oculto ―eu‖). Viajamos para a Itália (sujeito oculto: nós)
Obs: Será oculto quando forem o eu, tu, ele, nós e vós. O eles não entra, pois será indeterminado.
d) indeterminado: em dois casos:
a) com o verbo na 3ª pessoa do plural: Roubaram o seu carro. Telefonaram para você ontem. b) com o verbo na 3ª
pessoa do singular + a partícula ―se‖: Precisa-se de datilógrafas. Come-se bem aqui. Confia-se em pessoas.
e) oração sem sujeito: nos seguintes casos: a) verbo haver no sentido de existir: Havia pessoas na sala. b) verbos
ser, estar e fazer indicando tempo: Faz dez anos que me formei. É dia. Está calor. c) verbos que indicam fenômenos
da natureza: Choveu ontem.

2) PREDICADO: É a informação a respeito do sujeito. Pode ser:


a) Verbal: sem qualidade, característica. O importante é o verbo: As garotas brincam no jardim. b) Nominal:
verbo de ligação (ser, estar, permanecer, parecer, ficar, continuar e andar) + qualidade: As garotas estão felizes c)
Verbo-nominal: sem verbo de ligação + qualidade. As garotas brincam no jardim felizes.
REGRA PRÁTICA: 1º) Separo o sujeito. 2º) olho no predicado: a) se não tiver característica será verbal. b) se
tiver característica será nominal ou verbo-nominal, vai depender do verbo. Se de ligação será nominal, se não de
ligação, verbo-nominal.
Ex: Os alunos chegaram agora. (verbal) Os alunos estão felizes (nominal, verbo de ligação). Os alunos chegaram
tristes (verbo-nominal, verbo não de ligação + característica).
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TERMOS INTEGRANTES
Por mais ampliada que seja, uma frase não contém mais do que duas grandes famílias de termos: os termos
associados ao nome e os termos associados aos verbos:
Ex: Aqueles dois pombos amestrados do vizinho voam longe em busca de alimento não contaminado. (aqueles,
dois, amestrados e do vizinho, relacionam-se ao nome pombo. ―Longe‖ relaciona-se ao verbo voam. ―De
alimentos‖ com o verbo buscar e, por fim, não contaminado relaciona-se com o nome alimentos). Há, ainda, na
oração os termos: do, em, de, que não se relacionam com nenhum termos, que são as preposições.

1) Termos relacionados ao VERBO: Objetos (Direto e Indireto), Adjunto Adverbial e agente da voz passiva.
a) Objetos: são os elementos que servem para completar os verbos. Dessa forma eu só classificarei um terno de
uma oração como objeto se esse vier ligado a um verbo que precisa de um complemento. O objeto pode ser:

* Objeto Direto: completa um verbo sem a necessidade de preposição, o verbo vai direto a ele, por isso, direto: O
cão matou......./ Se terminássemos essa oração aqui ela ficaria sem sentido, ou seja, o verbo ―matar‖ precisa de um
complemento para ter sentido. O cão matou a lebre. O termo ―a lebre‖ está completando o verbo matar sem a
necessidade de uma preposição. Assim, ―a lebre‖ é um objeto porque completa o verbo matar e direto, pois se liga
ao verbo sem necessidade de preposição. Outros exemplos: Os tratores derrubam o bosque. Ane comprou um
lindo vestido.
OBS Em alguns casos o objeto direto pode vir precedido de preposição que o verbo não exige. Nesse caso ele se
chama objeto direto preposicionado: Ele comeu do bolo. Amo a Deus.

* Objeto Indireto: como o próprio nome já diz, o verbo não vai até o seu complemento (objeto), diretamente. Ele
primeiro passa pela preposição para depois chegar ao verbo. As andorinhas gostam do verão. Maria precisa de
mais atenção. Falamos com o rapaz.

OBSERVAÇÃO: Os pronome oblíquos o, a, os, as, lhe, me, te, se, nos e vos, podem funcionar como
complementos do verbo. Os o, a, os e as: como objeto direto. O lhe: como indireto. Os demais: me, te, se, nos e
vos: podem ser OD ou OI, dependendo do verbo que completarem.
EXS: Emprestei-lhe o dinheiro.(O.I). Espero-o na estação.(O.D). Isto nos pertence ( O.I). Aquilo não me convinha.
(O.I). Nada nos incomoda (O.D, incomoda alguém). Alguém te deu o recado? (O.I – quem dá, dá algo a alguém).

b) Adjunto Adverbial: Como o próprio nome indica, esse termo não completará o verbo (que é função dos
objetos), mas sim virá ligado a ele indicando uma circunstância (de lugar, de tempo, de modo, causa, instrumento,
meio, intensidade, assunto, de fim, de dúvida, de companhia, de negação, afirmação): Tudo aconteceu na sala.
Chegamos ao local às dez horas. O canário morreu de fome. Estudou muito para o exame. Não discutíamos sobre
este tema. Fizeram barba a navalha. Não consegui falar com calma. Falam muito. Talvez cheguemos às dez
horas. João foi passear com Maria. Nunca se falou tanto disso. Certamente ele virá.

c) Agente da Voz Passiva: Aparece quando o verbo está na voz passiva (o sujeito sofre a ação) e sempre ligado
por preposição pelo, por: O prédio foi vendido pelos comerciantes. O garoto foi atropelado pelo carro. A tarefa
foi feita por ela.

2) Termos relacionados ao NOME: Adjunto Adnominal, Predicativo, Complemento Nominal e Aposto.

a) Adjunto Adnominal: vem junto ao nome para qualificá-lo, caracterizá-lo ou determiná-lo, mas nuca para
completá-lo, que é função do complemento nominal: As noites de inverno são frias. (―de inverno‖ está
caracterizando noites que é um nome). Aqueles dois meninos estudiosos saíram. Meninos tristes chegaram.
b) Complemento Nominal: como o próprio nome indica, liga-se ao nome completando-o. Vem sempre regido por
preposição: Tenho certeza de que ele virá (O nome ―certeza‖ não tem sentido sozinho, precisa de complemento).
Era favorável ao divórcio.
c) Predicativo: Indica uma qualidade ao nome, é diferente do adjunto adnominal pelo fato de que ele vem
associado ao nome sempre através de um verbo, já mo adjunto adnominal, não. Pode ser:
Predicativo do sujeito: qdo se relaciona ao sujeito da oração: O professor deu aula hoje bêbado. (estabelece uma
qualidade a professor, que é o sujeito). As noites são de inverno. Os ventos sopravam fortes.
Predicativo do objeto: Quando não se refere ao sujeito: Os alunos deixaram o mestre furioso (O sujeito é ―os
alunos‖, mas a qualidade ―furioso‖ não se refere a ele e sim, ao ―mestre‖, que é objeto). A casa possui uma sala
linda.

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d) Aposto: é o termo que vem após um outro para explicar, esclarecer, identificar, discriminar esse termo. É
sempre separado por um sinal de pontuação (vírgula, travessão, dois pontos): Sertãozinho, capital do açúcar, está
crescendo. Lúcia, aluna da oitava série, foi bem na prova. Desejo-lhe uma coisa: felicidade.
3) Vocativo: É um termo independente dentro da oração. Não faz parte nem do sujeito e nem do predicado. Sua
função é chamar ou interpelar o locutor. Na escrita deve sempre vir separado por um sinal de pontuação (vírgula ou
ponto de exclamação): Ó meu Deus! Dai-me forças!. Maria, venha cá. Saia já daí, João. Gosto muito de você,
menina.

TIPOS DE VERBO
O verbo pode ser: Transitivo ou Intransitivo. Transitivo Direto ou Indireto: chama-se transitivo porque ―transita‖,
ou seja, faz relação com o seu complemento. Sozinho não tem sentido completo. Será transitivo direto quando se
ligar ao complemento sem preposição: Marta ganhou uma blusa. João namora Maria. Será transitivo indireto,
quando se ligar ao termo com preposição: Maria precisa de ajuda.
Transitivo Direto e Indireto: quando necessita de dois complementos, um com preposição e outro sem
preposição: Maria pagou a conta ao dentista. João entregou o caderno ao aluno.
Intransitivo: quando ―não transita‖, ou seja, não faz relação com o seu complemento. Sozinho tem sentido
completo: Ontem choveu. Joãozinho caiu na calçada. Maria sorriu. Joaquim andou depressa.

CONCORDÂNCIA
A concordância pode ser verbal ou nominal
CONCORDÂNCIA VERBAL

Aqui o verbo altera suas desinências para ajustar-se em pessoa e número ao seu sujeito.
Exs: O ipê floresce em agosto. As acácias florescem em novembro. Eu rego as plantas todos os dias. Nós
regamos as plantas todos os dias.

REGRAS:
1) Como regra geral o verbo e seu sujeito deverão concordar em número e pessoa: Eu cheguei. O aluno chegou. Os
alunos chegaram.
Obs: A concordância se faz mesmo que a frase esteja na ordem inversa e é assim que mais caem nos concursos.
EX: Faltaram, naquele dia, cinco pessoas. (quem faltaram? R: Cinco pessoas, sujeito plural, verbo plural)
Sucederam, naquela época, acontecimentos trágicos.

2) Casos Particulares
Nomes que só se usam no plural: 1) se vierem acompanhados de artigo, a concordância se faz com o artigo. EX:
As Minas Gerais produzem muito leite. As férias fazem bem. Os pêsames não trazem conforto. O Amazonas fica
longe. 2) se não vierem acompanhados de artigo, verbo no singular: Minas Gerais produz muito leite. Férias faz
bem. Pêsames não traz conforto.

Pronomes de tratamento: verbo sempre na 3ª pessoa: Vossa Alteza sabe o lugar. Vossas Altezas sabem o lugar.
Sua Excelência pediu calma. Suas Excelências pediram calma.

Expressões mais de um, mais de dois, mais de..., menos de...cerca de...: Verbo fica no número em que estiver o
numeral: Mais de um aluno faltou. Mais de dois alunos faltaram. Mais de uma criança se machucou no
brinquedo. Cerca de dez candidatos faltaram.
Verbo acompanhado da partícula ―SE”: Se houver preposição (de, em, para, com, sobre, por, pelo, etc), o verbo
fica na terceira pessoa do singular (ele). Se não houver, a concordância se faz normalmente.

Exs: Precisa-se de datilógrafas. Acredita-se em marcianos. Trabalha-se em lugares poluídos. Conversa-se com
pessoas. Necessita-se de funcionários. Não se necessita de funcionários. Vendem-se casas de veraneio. Plastificam-
se documentos. Conserta-se sapato. Consertam-se sapatos. Vende-se casa.

3) Verbos impessoais: o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular


a) Haver no sentido de existir, ocorrer: Havia sérios obstáculos (existiam). Deve haver sérios obstáculos (se vier
outro verbo junto a ele (auxiliar) esse também fica no singular), então, ficaria errado: Devem haver sérios
obstáculos. Houve vários fatos estranhos aqui. Vai haver várias comemorações amanhã.

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b) Fazer indicando tempo (cronológico, metereológico): Fazia dez anos que ele não vinha aqui. Faz dez anos que
me formei. Vai fazer dez anos que me formei e não Vão fazer dez anos. Deve fazer uns dois dias que não o vejo.
Aqui faz verões terríveis. Fará invernos rigorosos nos próximos anos.
c) Verbos que indicam fenômenos da natureza: Choveu demais ontem à noite. Mas: Choveram tomates no
comício daquele deputado. O verbo chover aqui não indica fenômeno da natureza, está no sentido figurado e o
sujeito é tomates.
Cuidado!!!! O verbo “haver” no sentido de existir, acontecer é impessoal, já esses verbos são pessoais e a
concordância se faz normalmente: Havia sérios obstáculos (singular). Existiam sérios obstáculos (plural pois o
verbo é ―existir‖). Deve haver sérios obstáculos. Devem existir sérios obstáculos. Houve fatos estranhos aqui.
Aconteceram fatos estranhos aqui. Vai haver várias comemorações amanhã. Vão existir várias comemorações
amanhã.

Expressões que representam percentagem: o verbo acompanha o numeral: Vinte por cento se ausentaram. Um
por cento faltou.

Sujeito Composto (mais de um sujeito):


 Se vier antes do verbo: verbo no plural: O técnico e os jogadores chegaram. Se vier depois do verbo: verbo
concorda com o núcleo mais próximo ou vai para o plural: Chegou o técnico e os jogadores. Chegaram o técnico
e os jogadores. Depois veio a claridade, os grandes céus, a paz dos campos. Mas: Chegaram várias pessoas
(sujeito simples a concordância é normal).
 Núcleos ligados por “ou”: a) se indicar exclusão: verbo no singular: Roma ou Viena será a sede das próximas
Olimpíadas. João ou Pedro será eleito. b) se não indicar exclusão: verbo no plural: Roma ou Viena são excelentes
locais para as próximas Olimpíadas. Laranja ou mamão fazem bem à saúde.
 Núcleos ligados por ‖com”: a) se indicar colaboração na ação: verbo no plural: Marco Antonio com outros
amigos consertaram a cerca. b) se indicar companhia verbo no singular: O presidente com a sua comitiva
desembarcou em Brasília. Marco Antonio com sua esposa viajou para São Paulo.
 Expressões como: maioria de, grande parte de, parte de, grande número de + nome no plural: verbo no
singular ou no plural: A maior parte dos presentes se retirou/retiraram da sala. Grande parte dos torcedores
compareceu/compareceram ao estádio. A maioria dos alunos fez/fizeram a prova. MAS: Grande parte da
população está confiante na nova administração, não admite estão, pois não há uma expressão no plural.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância nominal consiste na adaptação de uns nomes aos outros, harmonizando-se nas suas flexões com as
palavras de que dependem. EX: Aqueles dois meninos estudiosos leram os livros antigos.

REGRAS

 Regra Geral: O artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o numeral concordam em gênero e número com o
nome a que se referem: Os garotos ficaram assustados. As garotas ficaram assustadas. Ana e Maria ficaram
assustadas. Pedro e Joaquim ficaram assustados.

 CASOS ESPECIAIS:

A) Um só adjetivo (qualidade) para mais de um substantivo (nome): vai depender da posição dele na oração:

a) se vier antes concordará com o substantivo mais próximo: Tiveste má idéia e pensamento. Tiveste mau
pensamento e idéia. Tiveste maus pensamentos e idéias. Tiveste más idéias e pensamentos.
b) se vier depois haverá duas opções de concordância: 1) o adjetivo concorda com o mais próximo: Encontramos
um jovem e um homem preocupado. (concorda com homem) Encontramos um jovem e uma mulher
preocupada.(concorda com mulher) 2) vai para o plural masculino concordando com todos os substantivos:
Encontramos um jovem e uma mulher preocupados.

c) Possível: Quando acompanhada de expressões superlativas (o mais, a menos, o melhor, a pior) varia conforme o
artigo que integra as expressões. Exemplo: As previsões eram as piores possíveis. Recebemos a melhor notícia
possível.

B) CASOS PARTICULARES: caem bastante em concursos em geral:

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 Anexo – obrigado – mesmo – incluso – quite – leso – próprio: sempre concordam com o nome a que se
referem: As declarações seguem anexas. (declarações: feminino-plural – anexas: feminino-plural). A carta segue
anexa. As meninas disseram obrigadas. Os alunos disseram obrigados. Ela mesma fez o bolo. Paulo e José, eles
mesmos fizeram os exercícios. Declaro ter recebido inclusa a escritura do imóvel. Nós estamos quites com a
justiça. E você, também está quite? É um crime de lesa-pátria. Paula, ela própria, fez o bolo.
DICA: faça sempre a pergunta quem ou o quê?, Pois, às vezes, o nome vem distante do adjetivo: Seguem anexos
para serem enviados, na próxima semana, às autoridades do Senado, todos os relatórios. (o que seguem anexos?
Resp: todos os relatórios (masculino/plural).

 Bastante – caro – barato – meio – longe: a) quando essas palavras aparecerem na oração como advérbio
(indicando modo), ficam invariáveis: Falaram bastante sobre o caso. Essa blusa custou caro. Marília anda meio
nervosa. As garotas ficaram meio assustadas. b) quando não indicarem modo, variam: Fizeram bastantes
perguntas sobre o caso. Bastantes pessoas estiveram aqui. Marília comeu meia maçã. Vou viajar por longes terras.
Tomei duas meias garrafas de vinho.

 É proibido – é necessário – é bom – é preciso – etc: se as palavras a que elas se referem vierem: a) sem
determinante (artigo, pronome) antes delas, sem concordância: Cerveja é bom. (e não boa, pois não há nenhum
determinante antes de cerveja). Entrada é proibido. Coragem é necessário. b) com determinante, com
concordância: A cerveja é boa. (com determinante a). É proibida a entrada.. É necessária essa coragem.

 ALERTA – MENOS: são sempre invariáveis, ou seja, serão escritos assim independentemente de em qual
oração estiverem. Logo, não existem menas e nem alertas. Os soldados ficaram alerta. (e não alertas). A sentinela
ficou alerta. Hoje há menos pessoas na sala. (e não menos). Essa comida tem menos calorias que aquela.

CRASE

Crase não é acento, e sim superposição de dois "as". O primeiro é uma preposição, o segundo, pode ser um artigo
definido, um pronome demonstrativo a(as) ou aquele(a/s),e aquilo. O acento que marca este fenômeno é o grave (`).
- crase da preposição a com o artigo definido a(s):

Condições necessárias para ocorrer crase: termo regente deve exigir a preposição ―a‖ e o termo regido tem de
ser uma palavra feminina que admita artigo ―a‖.

Ex: a) Todos iriam à reunião (quem vai, vai a algum lugar + o a de reunião). b) Todos iriam ao encontro (a + o).
Obs: Para saber se o termo regido admite o artigo ―a‖, basta fazer uma oração com ele. Ex: A reunião começou e
não Reunião Começou, assim, o termo ―reunião‖ admite o artigo ―a‖. Entreguei o caderno a você.. Eu digo Você é
legal e não A você é legal, por isso que nesse caso não há crase. No caso do exemplo 'B‖, o termo é encontro e
admite o artigo ―o‖ e não o 'A‖, por isso que não há crase.

REGRAS
1) A crase é obrigatória:
a) em locuções prepositivas, adverbiais ou conjuntivas (femininas).
à queima-roupa, às cegas, às vezes, à beça, à medida que, à proporção que, à procura de, à vontade, à toa, á direita,
à esquerda, à vista
b) expressão à moda de, mesmo que subentendida: Era um penteado à francesa. O jogador fez um gol à Pele.

2) As situações onde não existe crase são:


a) antes de palavra masculina e verbos: Vende-se a prazo. O texto foi redigido a lápis. Ele começou a fazer dietas.
b) antes de artigo indefinido e numeral cardinal (exceto em horas): Refiro-me a uma blusa mais fina. O vilarejo
fica a duas léguas daqui.
c) antes dos pronomes pessoais, inclusive as formas de tratamento: Enviei uma mensagem a Vossa Majestade.
Nada direi a ela.
d) antes de pronomes demonstrativos esta (s) e essa (s): Refiro-me a estas flores. Não deram valor a esta idéia.
e) antes de pronomes indefinidos, com exceção de outra: Direi a todas as pessoas. Fiz alusão a esta moça e à outra.
f) no meio de expressões com palavras repetitivas: Ficamos cara a cara. Tomou o remédio gota a gota.
g) no a singular seguido de palavra no plural: Pediu apoio a pessoas estranhas.

3) A crase é facultativa:
a) antes de nomes próprios femininos: Enviei um presente a (à) Maria.
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Obs: A exceção ocorre quando o nome feminino vier acompanhado de uma expressão que a determine a crase é
obrigatória (Dedico minha vida à Rosa do Jaboatão)
b) antes do pronome possessivo feminino: Pediu informações a (à) minha secretária. Pediu informações as (às)
minhas secretárias. Entreguei os cadernos a (à) sua irmã.
c) Com a preposição até: Fui até a (à) escola.

Regra prática: quem volta ―da‖, crase há. Quem volta ―de‖, crase pra quê?: Iremos a Curitiba.(voltaremos de)
Iremos à bela Curitiba.(da) Iremos à Bahia.(da).

- Crase da preposição a com o pronome demonstrativo


Com os demonstrativos aquele (s), aquela (s) e aquilo, basta verificar se, por regência, alguma palavra pede a
preposição que irá se fundir com o "a" inicial do próprio pronome: Enviei presentes àquela menina.(quem envia,
envia algo “a” alguém) A matéria não se relaciona àqueles problemas. Não se de ênfase àquilo.

- antes da palavra casa, terra e distância:


Se vierem determinados há crase, se não vierem não há crase.
Iremos a casa assim que chegarmos. Iremos à casa de minha mãe. O Marinheiro forma a terra.
Voltei à terra natal. A espaçonave voltará à Terra em um mês (planeta tem). Via-se o barco à distância de
quinhentos metros . Olhava-nos a distância.

FIGURAS DE LINGUAGEM

Figuras de linguagem são recursos de expressão, utilizados por um escritor, com o objetivo de ampliar o
significado de um texto literário ou também para suprir a falta de termos adequados em uma frase. É um recurso
que dá uma grande expressividade ao texto literário. As mais comuns são: metáfora, comparação, metonímia,
antítese, paradoxo, personificação (ou prosopopeia), hipérbole, eufemismo, ironia, elipse, zeugma, pleonasmo,
polissíndeto, assíndeto, onomatopeia, anáfora, sinestesia, gradação e aliteração.
 Metáfora
A metáfora é um tipo de comparação, mas sem os termos comparativos (tal como, como, são como, tanto
quanto, etc). Na metáfora, a comparação entre dois elementos está implícita, trazendo uma relação de semelhança
entre eles. Exemplo: Tempo é dinheiro. Percebemos neste exemplo a relação implícita, onde o tempo é tão valoroso
quanto o dinheiro, por isso ele é colocado como semelhante à moeda.
 Comparação
A comparação consiste na aproximação entre dois objetos por meio de uma característica semelhante entre
eles, dando a um as características do outro. Difere da metáfora porque possui, obrigatoriamente, termos
comparativos. Em suma, é uma comparação explícita. Exemplo: Tempo é como dinheiro.
Neste exemplo vemos o principal definidor de uma comparação: a palavra como traz explicitamente a ideia de que
o tempo é valoroso como o dinheiro.
 Metonímia
É a substituição de uma palavra por outra sendo que, entre ambas, há uma proximidade de sentidos, uma
relação de implicação. Exemplos: Não leu Machado de Assis. Não leu a obra de Machado de Assis.
Vemos no exemplo que a obra de Machado de Assis foi substituída só pelo nome do autor. A metonímia consiste
nessa substituição de palavras, dando o mesmo sentido a uma frase. A seguir, outro exemplo que reforça essa
substituição: A cozinha italiana é maravilhosa! A comida italiana é ótima.
 Antítese
A antítese consiste no uso de palavras, expressões ou ideias que se opõem. Exemplo:
Soneto da Separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
Vinícius de Moraes
Neste soneto vemos claramente a antítese por trás da temática da separação amorosa: o que antes era riso
trouxe lágrimas com a separação; as bocas unidas pelo beijo no amor se separam como a espuma que se espalha e
se dissolve. A oposição de sentimentos e atos forma claramente a antítese.
 Paradoxo
Paradoxo é a presença de elementos que se anulam numa frase, trazendo à tona uma situação que foge da
lógica. Exemplo:

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Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
Luís de Camões
A situação do paradoxo aqui é clara: os elementos marcados se anulam, trazendo uma série de
questionamentos. Como pode uma ferida, algo que causa dor física, não ser sentida? Como o contentamento, que
causa felicidade, pode ser descontente? Como a dor pode não doer? Vemos claramente a fuga da lógica.
 Personificação (ou prosopopeia)
A personificação, também chamada prosopopeia, consiste na atribuição de características humanas, como
sentimentos, linguagem humana e ações do homem, a coisas não-humanas. Exemplo:
Congresso Internacional do Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro. Carlos Drummond de Andrade
Neste exemplo, o medo, uma sensação, é transformado em pai e companheiro, algo que só é atribuído a um
ser humano.
 Hipérbole
Esta figura de linguagem consiste no emprego de palavras que expressam uma ideia de exagero de forma
intencional. Exemplo: Ela chorou rios de lágrimas. Chorar rios remete a um choro contínuo, exagerado e o termo
rios vem para enfatizar a ideia de que foi um choro intenso.
 Eufemismo
O eufemismo ocorre quando utilizamos palavras ou expressões que atenuam e substituem outras que
produzem um efeito desagradável e chocante. Exemplos: Faltei com a verdade ao dizer que fui à igreja. Menti ao
dizer que fui à igreja. A expressão e o impacto negativo que a palavra menti traz é "suavizado" ao dizer que "faltei
com a verdade".
 Ironia
É a expressão de ideias com significado oposto ao que se realmente pensa ou acredita. Exemplo:
Moça linda, bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor! Mário de Andrade
O trecho é o exemplo claro de ironia: a moça é descrita como, bonita e bem tratada, tradicional,
conservadora (é de família) e burra. O destaque em "um amor", apoiando-se na descrição da moça, mostra que ela,
ao contrário de ser esse "amor de pessoa", é, na verdade, alguém sem atrativos, sem graça.
 Pleonasmo
Repetição de uma ideia por meio de outras palavras. É utilizado como forma de ênfase e, além de ser figura
de linguagem, é classificada como vício. A diferença entre a figura de linguagem e o vício de linguagem é simples:
para ser figura de linguagem, o pleonasmo vem de forma intencional, para dar mais expressividade no texto,
enquanto no vício vem como uma repetição não intencional e desnecessária. Exemplo:
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite. Manuel Bandeira
A repetição proposital de Manuel Bandeira ao dizer que "chovia uma chuva" intensifica a ideia de que
estava chovendo.
 Onomatopeia
Temos onomatopeia quando há o uso de palavras que reproduzem os sons de seres vivos e objetos. É mais
comum em história em quadrinhos. Ex: dim-dom, toc=toc, trim-trim.
 Sinestesia
A sinestesia traz textos que expressam as sensações humanas, com o cruzamento de palavras referentes aos
cinco sentidos. Exemplo:
Recordação
Agora, o cheiro áspero das flores
leva-me os olhos por dentro de suas pétalas
Cecília Meireles
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Aqui, vamos uma característica do olfato (cheiro) misturada com outra do tato (áspero).

 Aliteração
Consiste na repetição de consoantes em uma sequência de palavras, trazendo um texto com um efeito sonoro.
Confira um exemplo no trecho da música Chove Chuva de Jorge Ben Jor: Chove, chuva, chove sem parar. Neste
caso, o ch repetido vem para dar a sonoridade da chuva, além de dar ritmo à música de Jorge Ben Jor.

LINGUAGEM DENOTATIVA E CONOTATIVA

DENOTAÇÃO (ou sentido próprio) E CONOTAÇÃO (ou sentido figurado)


As palavras podem ser usadas no sentido próprio ou figurado.
Exemplo: Janine tem um coração de gelo. (sentido figurado) Sempre tomo uísque com gelo. (sentido próprio)

DENOTAÇÃO: É uso da palavra com seu sentido original, usual.


Exemplo: A torneira estava pingando muito. O sol brilhava intensamente hoje.
CONOTAÇÃO: É o uso da palavra diferente do seu sentido original.
Exemplo: Ele tem um coração de manteiga. É um verdadeiro mar de emoções essa música.

VÍCIOS DE LÍNGUAGEM

Vícios de Linguagem são alterações defeituosas das normas da língua padrão, provocadas por ignorância, descuido
ou descaso por parte do falante. Os vícios de linguagem se classificam em:

- Barbarismo: desvio da norma quanto à:


- grafia: proesa em vez de proeza;
- pronúncia: incrustrar em vez de incrustar;
- morfologia: cidadões em vez de cidadãos;
- semântica: Ele comprimentou o tio (em vez de cumprimentou).
- todas as formas de estrangeirismo são consideradas, por diversos autores, barbarismo.
Ex: weekend em vez de fim de semana.

- Arcaísmo: emprego de palavras ou estruturas antigas que deixaram de ser usadas.


Ex: Vossa Mercê em vez de você.

- Neologismo: emprego de novas palavras que não foram incorporadas pelo idioma.
Ex: Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar?

- Solecismo: erros de sintaxe contra as normas de concordância, de regência ou de colocação.

- concordância: Sobrou muitas vagas (em vez de sobraram).


- regência: Hoje assistiremos o filme (em vez de ao filme).
- colocação: Me empresta o carro? (em vez de empresta-me)

- Ambiguidade: ocorre quando uma frase causa duplo sentido de interpretação.


Ex: O ladrão matou o policial dentro de sua casa. (na casa do ladrão ou do policial?).

- Cacófato: refere-se ao mau som que resulta na união de duas ou mais palavras no interior da frase.
Ex: Nunca gasta com o que não é necessário.

- Eco: ocorrência de terminações iguais.


Ex: Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
- Pleonasmo: redundância desnecessária de informação. Ex: Está na hora de entrar pra dentro.

FUNÇÕES DO “QUE”

A palavra QUE tem muitas possibilidades de uso, e por isso mesmo pode causar algumas dúvidas sobre a sua
regência, concordância, significado, etc. Veremos abaixo as principais funções desta palavra:
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SUBSTANTIVO: Nestes casos admite o acompanhamento de um artigo indefinido (um), e pede uma preposição
(de), além disso, deve ser acentuado (quê).
Exemplo: Este texto tem um quê de romance... nem parece um texto modernista.

PRONOME ADJETIVO
Como pronome, o QUE poderá ser interrogativo, exclamativo ou indefinido.
Exemplos:
 Que horas são? (interrogativo)
 Que delícia de jantar! (exclamativo)
 Que palavras duras você usou!

PRONOME RELATIVO
Neste caso dizemos que é um dêitico, pois serve para recuperar termos que estão citados antes dele, fazendo-lhes
referência. Exemplo: O livro que você me deu é muito bom!

PRONOME INTERROGATIVO
Considera-se nesse caso, também como pronome indefinido. É encontrado o início frases interrogativas.
Exemplo: Que aconteceu com o aniversariante?

PREPOSIÇÃO
Até pouco tempo atrás era considerado coloquialismo, mas já é aceito pela gramática. O ―Que‖ é utilizado aqui
para substituir o ―de‖ após o verbo ―ter‖. Exemplo: Teremos que sair mais cedo hoje.

ADVÉRBIO DE MODO
O ―que‖ pode também substituir o ―como‖. Que roupa mal costurada era aquela! (Como aquela roupa era mal
costurada!)

ADVÉRBIO DE INTENSIDADE
Como a própria denominação diz, serve para intensificar o termo ao qual se refere.
Exemplo: Que enganados andam os homens!

PARTÍCULA EXPLETIVA
Neste caso não tem função na oração, serve apenas para realçar determinado termo.
Exemplo: Há muito tempo que não vou à minha cidade natal.

INTERJEIÇÃO - Exemplo: Quê! Não acredito que vai custar tudo isso!

PARTÍCULA ITERATIVA
É quando o ―que‖ é repetido para dar ênfase ou realce à frase. Ex: Oh! Que lindos que são esses cachorrinhos!

CONJUNÇÃO COORDENATIVA
a) ADITIVA: Exemplo: Mexe que mexe e não encontra nada!
b) ALTERNATIVA: Exemplo: Que aceitem ou que não aceitem, eu vou falar mesmo assim.
c) ADVERSATIVA: Exemplo: Pode falar à vontade que não vai fazer efeito!
d) EXPLICATIVA: Exemplo: Vocês precisam escutar, que é muito importante.

CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA
a) INTEGRANTE – aparece no início de uma oração subordinada substantiva e não tem função sintática.
Exemplo: Falou que não iria, mas acabou indo.
b) COMPARATIVA – aparece no início de uma oração subordinada adverbial comparativa.
Exemplo: Não há maior prova de amor que doar a vida pelo irmão.
c) CAUSAL - aparece no início de uma oração subordinada adverbial causal.
Exemplo: Tenho que tomar cuidado, que esse chão é muito escorregadio.
d) CONCESSIVA – expressa uma concessão, uma exceção à regra.
Exemplo: Gosto de goiabas, verdes que estejam.
e) CONSECUTIVA – expressa uma conseqüência do que acabou de ser afirmado.
Exemplo: É tão pequeno que não alcança a geladeira.
23
FUNÇÕES DO “SE”

A partícula SE, que pode ser também um pronome, possui várias formas de uso e chega a causar dúvidas em muitas
pessoas na hora de escrever textos ou em provas. Veremos aqui suas principais funções:

Como PRONOME, o “SE” pode ser

a) Pronome Pessoal Reflexivo


Neste caso, o SE vai servir para indicar uma ação que é praticada pelo sujeito e ele mesmo receberá suas
conseqüências. Dizemos que o sujeito pratica e sofre a ação.
Exemplos: Maria cortou-se com uma tesoura. Deitou-se mais cedo para descansar.

b) Pronome Pessoal Recíproco


O pronome recíproco é muito parecido com o reflexivo, mas neste caso a ação envolve dois sujeitos, em que ambos
praticam a ação um sobre o outro, e portanto também sofrem a conseqüência da ação praticada.
Exemplos: Pedro e Maria deram-se as mãos. Meus pais se amam profundamente.

c) Pronome Apassivador
Pode também ser chamado de partícula apassivadora/apassivante, e serve para indicar que a frase está na voz
passiva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada por outro agente. Chamamos de sujeito ―paciente‖.
O pronome apassivador segue um VTD (verbo transitivo direto) que esteja na 3ª (terceira) pessoa.

Exemplos: Vendem-se casas. Os livros que se extraviaram, foram restaurados.

d) Pronome Indefinido
Também chamado de Índice de indeterminação do sujeito, é utilizado em frases cujo sujeito é indeterminado, e por
muitos gramáticos não é considerado um pronome.
Exemplos: Precisa-se de vendedor. Vive-se um dia de cada vez.

O “SE” como PARTÍCULA DE REALCE


Como o nome já sugere, o SE servirá neste caso para realçar aquilo que está sendo dito, e portanto poderá ser
retirado da frase sem prejudicar a sua estrutura sintática e coesão.
Exemplos: Foi-se embora a minha última esperança. Você fez o que lhe pedi? Se fiz!

Como CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA, o “SE” pode ser:


a) Causal
Pode ser substituída pelas construções ‗já que‘, ‗visto que‘ e ‗por que‘. É utilizada na oração subordinada para
indicar a causa da oração principal.
Exemplo: Se você não chegou, tivemos que improvisar um apresentador.
b) Condicional
Indica uma condição para a oração principal.
Exemplo: Se você não chegar cedo, teremos que improvisar um apresentador.
c) Concessiva
Pode ser substituída pela conjunção ‗embora‘, e indica uma concessão, uma exceção à conseqüência natural da
ação. Exemplo: Se perdermos este jogo, nem por isso sairemos daqui desanimados.

d) Integrante
Aparece entre dois verbos para completar o sentido de um deles. É utilizada nas orações substantivas.
Exemplos: Pergunte se trouxe a encomenda que pedi. Fale-me se estou certo ou errado.

24
QUESTÕES DE
PROVAS ANTERIORES

PORTUGUÊS

25
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Por que achamos que ser magro é bonito?


Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio rápido pela internet, não é nada difícil
pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que
―magreza = beleza‖? A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde. Essa
neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura
feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais
cheinho eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. ―Os padrões de
beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos‖, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.
Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as pessoas, a
gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto,
não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com
tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos estéticos e cirurgias para
atingir a dita ―perfeição‖ — exige dinheiro, mais um obstáculo. Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do
Ensino Fundamental já se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a
probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por
qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a
tendência: ―Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência‖.
(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br.08.07.2015. Adaptado)

01. De acordo com o texto, a preocupação com o corpo magro é


(A) histórica, pois nos séculos passados as musas cuidavam de suas curvas com especial atenção.
(B) recente, já que o padrão de beleza dos séculos passados valorizava os corpos mais gordos.
(C) fictícia, uma vez que esse padrão de beleza se circunscreve às idealizações feitas por artistas.
(D) elitista, porque a magreza é uma característica exclusiva dos ricos e inacessível aos muito pobres.
(E) recomendável, na medida em que tem resultado no cultivo de hábitos nutricionais mais saudáveis.

02. Conforme o texto, a lógica que dita os padrões de beleza leva em conta
(A) a dificuldade em se conquistar determinada forma física.
(B) a opinião exclusiva de homens dedicados à criação artística.
(C) as agências publicitárias, que sempre fizeram parte da história.
(D) o fato de que os indivíduos querem copiar os corpos da maioria.
(E) a importância conferida à relação entre aparência e personalidade.

03. Segundo o texto, a supervalorização do corpo magro tem como consequência


(A) a distribuição de alimentos menos gordurosos e, portanto, mais saudáveis à população.
(B) a aderência a dietas capazes de queimar calorias de maneira equilibrada e gradual.
(C) o gasto de verba pública em campanhas de esclarecimento para combater a obesidade.
(D) o consumo desmedido de alimentos industrializados, cada vez mais acessíveis ao consumidor.
(E) a grande probabilidade de moças entre 15 e 24 anos morrerem de anorexia.

04. No trecho – Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já se preocupam com o peso,
de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE.
– o termo já sugere que a preocupação com o peso entre as estudantes brasileiras é
(A) tranquilizadora. (B) contornável. (C) insignificante. (D) superficial. (E) precoce.

05. O sinal de igual (=) em – Por que achamos que ―magreza = beleza‖? (1o parágrafo) – pode ser substituído, sem prejuízo de
sentido e com a regência de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, por:
(A) é associada pela (B) é o mesmo em que (C) é equivalente a (D) é compatível de (E) é igual em

GABARITO: 1-A 2-B 3-E 4-E 5-C

O resgate do casaco
Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito. Tinha esquecido seu casaco no táxi. Vi no seu olho o tamanho
da perda. Mulher sabe. Não era um casaco qualquer. Era daqueles que jamais poderão ser substituídos, roupas energéticas que
serão lembradas para todo o sempre. Nem pestanejei. Corri para a rua. O táxi ainda estava parado no semáforo da esquina. Me
concentrei na atleta que poderia existir oculta dentro de mim e fiz minha melhor performance nos cem metros rasos. Quando
estava bem perto, o sinal abriu e o táxi acelerou.
Tive vontade de chorar. Eu estava quase. Por muito pouco não o alcancei. Desisti por um momento, ofegante, mas um pequeno
engarrafamento parou o carro novamente. Inflei mais uma vez minha esperança atlética e dei o melhor de mim. Não reconhecia
minhas pernas se alternando em tamanha velocidade e agora eu já pensava muito mais na minha capacidade de atingir o que
me parecia impossível do que no casaco da minha amiga. Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a apenas
alguns passos de minhas potentes pernas. Não parei. Não sei o que me deu. Não sei como, mas continuei a correr. Não pude
engolir dois fracassos. Fui além. Corri no limite do impossível.
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O resgate do casaco virou uma questão de honra, de exercício da esperança duas vezes desafiada. Agora eu corria gritando a
plenos pulmões: — Pare este táxi! Pare este táxi!
Deu certo. Pararam o táxi e eu, quase morrendo, recuperei o precioso casaco de minha amiga.
Quando o coloquei em suas mãos, ela me abraçou e caiu numa crise de choro. Não parava de chorar. Entendi que o casaco não
era o que mais importava também para ela, e juntas choramos abraçadas sob os olhares curiosos de nossos maridos. Tínhamos
ambas nos transformado pelo que tinha acontecido. Tão banal e tão revelador. Minha amiga sempre me fala da história do
casaco. Diz que sempre se lembra dela e que já chegou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem ao
menos ter tentado. Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em vaivém, tornando-se elástica
quando tudo parecia perdido. Uma heroína desconhecida se fazendo valer à minha revelia, desafiada pela frustração de
sucessivos quases. (Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08.05.2016. Adaptado)

01. Da leitura do trecho – Vi no seu olho o tamanho da perda. Mulher sabe. (1º parágrafo) – conclui-se que a autora
(A) ficou espantada com o quanto sua amiga valorizava um simples casaco.
(B) tinha passado uma experiência idêntica àquela vivida pela amiga.
(C) sentiu pena da amiga, embora não entendesse a razão de seu sofrimento.
(D) compreendeu o sentimento da amiga diante do casaco deixado no táxi.
(E) desconfiou que sua amiga não sabia exatamente o que havia deixado no táxi.

02. Com base no segundo parágrafo, é correto concluir que a autora


(A) passou a correr após ser desafiada pela amiga. (B) hesitou para iniciar a perseguição ao táxi.
(C) decidiu correr atrás do táxi com prontidão. (D) começou a correr por ser ignorada pelo táxi.
(E) foi até o táxi pensando que não o alcançaria.

03. De acordo com a autora, o resgate do casaco


(A) despertou nela a vontade de ter uma vida mais ativa. (B) deu início a sua carreira como atleta profissional.
(C) fez com que ela reavaliasse o valor de suas roupas. (D) levou-a a ser mais cuidadosa com seus pertences.
(E) correspondeu à superação de aparentes limitações.

04. Após ter sido resgatado, o casaco passou a ser, para a amiga da autora, símbolo de
(A) perseverança. (B) autenticidade. (C) ansiedade. (D) consumismo. (E) distração.

GABARITO: 1-D 2-C 3-E 4-A

SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS – SENTIDO FIGURADO

01. Na frase do quarto parágrafo – É certo que o crescimento populacional se acelerou de uma maneira bizarra. –, o termo em
destaque significa
(A) paulatina. (B) despretensiosa. (C) hesitante. (D) incomum. (E) providente.

02. Releia o penúltimo parágrafo: Temporariamente, haverá (já está havendo) deslocamento de populações dos lugares menos
modernizados e mais pobres (onde a população ainda cresce) para os lugares mais ricos, onde ela diminui. Mas, e depois disso,
se todos se “modernizarem”? Ao empregar a expressão ―modernizarem‖ – entre aspas –, o autor relaciona o sentido de
modernizar à ideia de
(A) inquietações ecológicas. (B) escassez de recursos naturais. (C) redução da população.
(D) retrocesso econômico. (E) revolução política.

03. A frase em que há emprego de palavra em sentido figurado é:


(A) Ninguém se lembra de deixar dinheiro para pagar a polícia, manter os esgotos ou tampar os buracos.
(B) A partir do século XVIII, consolidaram-se os conceitos de democracia e a prática de sua implementação.
(C) Em essência, trata-se de fazer com que as decisões políticas reflitam a vontade coletiva, por meio da representação de
todos.
(D) ... muitas resoluções são tomadas diretamente pelos eleitores. É o povo decidindo, sem intermediários.
(E) Embora seja uma grande contribuição da civilização ocidental, a sua aplicação no mundo real costuma patinar.

Para responder à questão, considere as seguintes passagens: ...


consolidaram-se os conceitos de democracia e a prática de sua implementação. ... só um pedacinho do dinheiro alocado por
orçamentos participativos. Mas os reais escolhos não estão aí...

04. São sinônimos das palavras destacadas, adequados ao contexto, respectivamente:


(A) firmaram-se … destinado a um fim específico … perigos (B) concretizaram-se … alugado … restos
(C) concentraram-se … fornecido … riscos (D) criaram-se … condicionado a um objetivo … avanços
(E) estipularam-se … concentrado … méritos

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05. As palavras em destaque em – Nossas cidades são particularmente vulneráveis às agressões sonoras./ A modernidade
assinala uma tentativa difusa de saturação do espaço e do tempo por uma emissão sonora sem fim. – estão correta e
respectivamente substituídas, quanto ao sentido, em:
(A) refratárias, frustrada, interminável. (B) acessíveis, instantânea, irregular. (C) frágeis, indefinida, infindável.
(D) imunes, espalhada, ininterrupta. (E) resistentes, insistente, ensurdecedora.

06. Na frase – O silêncio é um terreno baldio no centro da cidade. – observa-se emprego de linguagem figurada, o que se
repete em:
(A) A vítima do barulho é obrigada a recuar até suas últimas trincheiras, e o barulho se impõe como forma de violência.
(B) O barulho tem efeito destrutivo, tanto no interior do apartamento, como no meio da rua e chega a causar doenças.
(C) As pessoas com frequência se mobilizam contra projetos envolvendo a construção de estradas, aeroportos, shopping center,
tudo que prejudique a audição.
(D) O desenvolvimento do barulho se agravou com o surgimento da sociedade industrial e intensifica-se cada vez mais.
(E) As pessoas isolam acusticamente os apartamentos, os escritórios, os ateliês; não se tolera mais que o motor do carro, do
avião atrapalhe as conversas.

07. As frases – O conhecimento cresce de forma imprevisível, isto é, cresce . / Temos de estar sempre buscando: trata-se de
busca . completam-se, correta e respectivamente, quanto ao sentido, com
(A) aleatoriamente … ininterrupta (B) desordenadamente … modesta (C) linearmente … desenfreada
(D) espontaneamente … relevante (E) lentamente … repentina

GABARITO: 1-D 2-C 3-E 4-A 5-C 6-A 7-A

TIPOS DE TEXTOS

1) Preencha os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternativa que indica a correspondência
correta.

1. Narrar 2. Argumentar 3. Expor 4. Descrever 5. Prescrever


( ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com emprego abundante de
verbos no modo imperativo.
( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações, avaliações
e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e tempo, envolvendo
personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto.
( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc., com
abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade.
( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de vista.
Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão.
a) 3, 5, 1, 2, 4 b) 5, 3, 1, 4, 2 c) 4, 2, 3, 1, 5 d) 5, 3, 4, 1, 2 e) 2, 3, 1, 4, 5
2) Analise os fragmentos a seguir e assinale a alternativa que indique as tipologias textuais às quais eles pertencem:
Texto I
“Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar,
encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na
pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os
lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque (...)”. (Dalton Trevisan – Uma
vela para Dario).
Texto 2
“Era um homem alto, robusto, muito forte, que caminhava lentamente, como se precisasse fazer esforço para movimentar seu
corpo gigantesco. Tinha, em contrapartida, uma cara de menino, que a expressão alegre acentuava ainda mais.”

Texto 3
Novas tecnologias
Atualmente, prevalece na mídia um discurso de exaltação das novas tecnologias, principalmente aquelas ligadas às atividades
de telecomunicações. Expressões frequentes como ―o futuro já chegou‖, ―maravilhas tecnológicas‖ e ―conexão total com o
mundo‖ ―fetichizam‖ novos produtos, transformando-os em objetos do desejo, de consumo obrigatório. Por esse
motivo carregamos hoje nos bolsos, bolsas e mochilas o ―futuro‖ tão festejado.
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras vítimas de um aparelho midiático perverso, ou de um aparelho capitalista
controlador. Há perversão, certamente, e controle, sem sombra de dúvida. Entretanto, desenvolvemos uma relação simbiótica
de dependência mútua com os veículos de comunicação, que se estreita a cada imagem compartilhada e a cada dossiê pessoal
transformado em objeto público de entretenimento.
Não mais como aqueles acorrentados na caverna de Platão, somos livres para nos aprisionar, por espontânea vontade, a esta
relação sadomasoquista com as estruturas midiáticas, na qual tanto controlamos quanto somos controlados.
SAMPAIO, A. S. A microfísica do espetáculo. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 1 mar.
2013 (adaptado).
28
Texto 4
Modo de preparo:
1. Bata no liquidificador primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, acrescente o açúcar e bata por 5 minutos;
2. Depois, numa tigela ou na batedeira, coloque o restante dos ingredientes, misturando tudo, menos o fermento;
3. Esse é misturado lentamente com uma colher;
4. Asse em forno preaquecido (180° C) por 40 minutos.
a) narração – descrição – dissertação – prescrição. b) descrição – narração – dissertação – prescrição.
c) dissertação – prescrição – descrição – narração. d) prescrição – descrição – dissertação – narração.

GABARITO: 1.B 2.A

CLASSE DE PALAVRAS

SUBSTANTIVO E ADJETIVO
01. A palavra destacada na frase – Um método do mal. – é um substantivo, classe de palavra que pode designar noções, ações,
estados e qualidades tomados como seres. Assinale a alternativa em que a palavra “mal” também é um substantivo.
(A) Age mal com os colegas, a quem desrespeita com frequência.
(B) Escondeu-se apressado, mal viu o cobrador bater à sua porta.
(C) É... desse jeito a coisa vai mesmo mal...
(D) Foi vítima de um sujeito mal-intencionado.
(E) Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe.

02. Assinale a alternativa em que a segunda palavra adjetiva a primeira


(A) sonho encantador. (B) todo mundo. (C) teus dias. (D) nada mais. (E) uma cruz.

03. Quanto ao gênero os adjetivos podem ser uniformes e biformes. Assinale a alternativa que apresenta adjetivos uniformes:
a) português, cristão. b) feliz, espanhol. c) ateu, judeu. d) comum, feliz. e) corajoso, brincalhão.

04. Assinale a alternativa que o adjetivo está flexionado no grau superlativo absoluto sintético:
a) O garoto é tão inteligente quanto sua irmã. b) O aluno é o mais inteligente da sala. c) A cerveja está geladíssima.
d) O político é muito influente. e) O leite está melhor que o café.

05 – Assinale a única alternativa que possui substantivo sobrecomum.


a) crocodilo b) colega c) cavalheiro d) indivíduo e) imperador

06. Das frases a seguir a que contém todos os substantivos empregados no grau normal é:
a) O cãozinho não resistiu aos ferimentos. B) A cozinha da casa era um espaço aconchegante.
c) É um livrinho interessante, fácil de ser lido. D) O fogaréu atingiu parte dos canaviais da região.
e) O filhote de peixe-boi nasce em cativeiro.

GABARITO: 01-E 2-A 3-D 4-C 5-D 6-B

PRONOMES
01. Assinale a alternativa em que o pronome substitui corretamente os termos destacados.
(A) ... os cidadãos escolhem seus dirigentes... / os cidadãos escolhem-os.
(B) ... as decisões que fazem andar a nação./ que lhe fazem andar.
(C) ... delegando a eles e a seus prepostos as decisões... / os delegando as decisões.
(D) ... que as decisões políticas reflitam a vontade coletiva... / que as decisões políticas reflitam-na.
(E) ... se o povo decidisse como distribuir o orçamento público... / se o povo decidisse como lhe distribuir.

02. A lacuna em – Na Nave Terra_____, vagam passageiros ansiosos, políticos e investidores são insensíveis aos fatores
ambientais.- deve ser preenchida com
(A) de onde (B) na qual (C) os quais (D) da qual (E) a qual

03. Considere o seguinte trecho: Outra aprendizagem necessária diz respeito à instalação de uma cultura de grupo, na qual a
ajuda é valorizada, e exista disposição para ajudar todo aquele que a solicita ou dela necessita.
09. As expressões em destaque referem-se, correta e respectivamente, a
(A) instalação e disposição. (B) instalação e aprendizagem. (C) cultura de grupo e aprendizagem.
(D) cultura de grupo e ajuda. (E) aprendizagem e ajuda.

04. Leia as frases. Cinco casais jovens reuniram-se para um jantar______ assunto principal tornou-se, inevitavelmente, a opção
por parto normal ou cesárea. Para o cronista, a busca por um novo cordão umbilical,_____ procedemos desde o nascimento,
infelizmente é inútil. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas das frases devem ser preenchidas,
respectivamente, com:
(A) com que o … em que (B) para o qual … com que (C) cujo … a que (D) do qual o … para a qual
29
(E) aonde o … de que

05. Observe o emprego do pronome relativo onde no trecho do terceiro parágrafo: Mas o estresse prejudica especificamente o
funcionamento do córtex pré-frontal, onde os pensamentos ocorrem… Esse pronome também está corretamente empregado
em:
(A) Aquele foi um período de sua vida onde ele se sentiu muito entusiasmado com seus projetos.
(B) Esta instituição, reconhecida internacionalmente e onde estudaram famosos arquitetos, fará a restauração da propriedade.
(C) Nos próximos meses, onde todos os condôminos se comprometeram a colaborar, pretende-se 20% de economia no
consumo de água.
(D) Nossos avós paternos nos contaram que se conheceram na França em 1918, ano onde terminou a Primeira Guerra.
(E) Para a entrevista de trabalho, ela optou por um vestido chamativo onde deveria ter optado por uma roupa mais discreta.

06. Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome relativo está corretamente empregado em
(A) Às vezes, a narradora dormia na casa de uma das avós que ficava o relógio de parede.
(B) Às vezes, a narradora dormia na casa de uma das avós a qual ficava o relógio de parede.
(C) O relógio de parede ficava na casa de uma das avós cuja narradora, às vezes, dormia.
(D) Às vezes, a narradora dormia na casa de uma das avós em cuja ficava o relógio de parede.
(E) O relógio de parede ficava na casa de uma das avós onde a narradora, às vezes, dormia.

GABARITO: 1-D 2-B 3-D 4-C 5-B 6-E

VERBOS
01. Ao reescrever-se o trecho do terceiro parágrafo – Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer
de fome era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. – com o verbo ser flexionado no tempo futuro, a
forma verbal era, em suas três ocorrências, deve ser substituída, respectivamente, por:
(A) ser… ser… seria (B) será… será… seja (C) for… for… será (D) fosse… fosse… será (E) seja… seja… seria

02. Assinale a alternativa em que, reescrita, a frase – ... a natureza é algo sagrado, em que nunca se deve intervir. – tem os
verbos corretamente conjugados.
(A) ... a natureza possuía algo sagrado, em que nunca se interviu.
(B) ... a natureza possue algo sagrado, em que nunca se intervia.
(C) ... a natureza possuirá algo sagrado, em que nunca se interverá.
(D) ... a natureza possui algo sagrado, em que nunca se interveio.
(E) ... a natureza possue algo sagrado, em que nunca se intervém.

03. Se alterados os versos Eu quero uma casa no campo / Onde eu possa ficar do tamanho da paz, obtém-se versão correta em:
(A) Eu quero uma casa no campo/ Que eu pudesse ficar do tamanho da paz
(B) Eu queria uma casa no campo/ De onde eu puder ficar do tamanho da paz
(C) Eu quero uma casa no campo/ Aonde eu pudesse ficar do tamanho da paz
(D) Eu quisera uma casa no campo/ Na qual eu puder ficar do tamanho da paz
(E) Eu queria uma casa no campo/ Em que eu pudesse ficar do tamanho da paz

04. A forma verbal que contém sentido de hipótese está destacada em:
(A) A maioria dos vertebrados morre quando o vigor reprodutivo chega ao fim. (1o parágrafo)
(B) A deterioração da capacidade cognitiva associada ao envelhecimento, entretanto, compromete essas vantagens. (4o
parágrafo)
(C) Para elucidar o papel do gene, o grupo comparou essas duas variantes com as dos chimpanzés, nossos parentes mais
chegados. (6o parágrafo)
(D) Pesquisando em bancos de dados do Projeto Genoma, os autores encontraram a variante protetora em etnias africanas,
americanas, europeias e asiáticas. (7o parágrafo)
(E) Esse mecanismo seletivo operaria no sentido de maximizar as contribuições de indivíduos em idade pós-reprodutiva… (8o
parágrafo)

05. Segundo a descrição gramatical, o futuro do pretérito é empregado ―nas afirmações condicionadas, quando se referem a
fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão‖. Assinale a alternativa em que o verbo ―viver‖ está
empregado de acordo com essa descrição.
(A) Viveremos como reis, se nos pagarem o que nos devem.
(B) Insatisfeito com tudo, vivia se queixando aos amigos.
(C) Esperam ter mais conforto quando viverem na cidade grande.
(D) Para vivermos bem é preciso que saibamos ceder, quando necessário.
(E) Se todos o aceitassem como parte da família, ele viveria feliz ali.

06. Assinale a alternativa cujos termos preenchem, correta e respectivamente, as lacunas das frases a seguir. Embora sejam
diferentes na forma como_____ o mundo, os trabalhadores da escola são iguais em seus direitos. Todos os que no ambiente

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escolar desenvolvem parte de sua vida______ a merecer respeito. Se a ética_____ a falhar, a desigualdade pode se estabelecer
no ambiente escolar.
(A) vem … veem … vir (B) veem … vêm … vier (C) vê … vem … vier (D) vêm … veem … vir (E) veem … vem … vir

07. Tendo-se em conta a flexão e o emprego dos verbos, assinale a alternativa em que a forma entre parênteses completa
corretamente a lacuna da frase.
(A) Se_________ a proibição, haverá reclamações. (manterem)
(B) Se_________ não uma análise criteriosa da situação, não será possível aceitar o acordo. (fazerem)
(C) Se_________ mais documentos nesta caixa, a arrumação ficará melhor. (caberem)
(D) Se_________ funcionários de outros setores, o serviço ficará pronto mais rapidamente. (trazerem)
(E) Se_________ a questão com cuidado, tudo se resolverá. (virem)
08. O verso da segunda estrofe – Se eu fosse um padre eu citaria os poetas – seria corretamente reescrito, de acordo com as
regras de concordância e mantendo a correlação dos tempos verbais dos termos destacados, em:
(A) Se nós fôramos padre, nós citamos os poetas. (B) Se nós formos padres, nós citaremos os poetas.
(C) Se nós formos padres, nós citaríamos os poetas. (D) Se nós fôssemos padre, nós citemos os poetas.
(E) Se nós fôssemos padres, nós citamos os poetas.

09. Assinale a alternativa em que o verbo destacado está no tempo futuro.


(A) E a saúde não fica de fora... (B) O termo humor surgiu com os gregos...
(C) O equilíbrio entre eles era o responsável pela saúde... (D) O bom humor e o riso produzem hormônios...
(E) ... maior bem-estar, melhor saúde teremos.

10. No trecho do quinto parágrafo – A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice... –, o
termo destacado expressa uma ação
(A) presente habitual. (B) futura hipotética. (C) futura pontual. (D) passada durativa. (E) passada pontual

11. Observe o trecho: Há muitas e muitas décadas – para não dizer séculos –, a humanidade tenta decifrar o impacto do
avanço tecnológico em nossa vida.
Assinale a alternativa em que a substituição das formas verbais destacadas por outras, no pretérito, mantém a concordância e o
sentido da frase corretos.
(A) Fazia – queriam. (B) Fizeram – aguardava. (C) Fazem – pretenderam. (D) Fazia – procurava. (E) Faz – buscara.

12. Observe no trecho do último parágrafo que a forma verbal em destaque foi empregada no futuro do subjuntivo. No
próximo jantar, se estiver do lado de uma grávida, jogarei um talher no chão e, ao abaixar para pegá-lo... As duas frases que
apresentam as formas verbais em destaque também empregadas, corretamente, no futuro do subjuntivo estão na alternativa:
(A) Se o documento caber neste envelope, envie-o hoje mesmo. Se este vestido lhe convier, a loja fará um desconto.
(B) Se o convidado fizer um discurso breve, a cerimônia será menos cansativa. Se ele não pôr mais combustível no veículo,
não chegará ao destino pretendido.
(C) Se o piloto mantiver a calma, terminará a prova em primeiro lugar. Se ela reouver o passaporte extraviado, terá menos
transtornos para deixar o país.
(D) Se o delegado supor que o rapaz mente, dará início a novas investigações. Se o dique contiver o avanço das águas do mar,
a cidade estará protegida.
(E) Se o jornalista se ater apenas a boatos, não escreverá uma matéria consistente. Se a polícia o detiver no aeroporto, o
empresário será encaminhado ao presídio da cidade.

GABARITO: 1-C 2-D 3-E 4-E 5-E 6-B 7-E 8-B 9-E 10-E 11-D 12-C

CONJUNÇÃO
01. A alternativa que preenche corretamente a lacuna da frase – Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um
grito, ___________tinha esquecido seu casaco no táxi. –, preservando a relação de sentido estabelecida no primeiro parágrafo,
é:
(A) pois (B) porém (C) contudo (D) embora (E) entretanto

02. O termo destacado em – E decidi que a vida logo me daria tudo, / Se eu não deixasse que o medo me apagasse no escuro. –
tem sentido equivalente ao da expressão:
(A) Ainda que (B) Desde que (C) Mesmo que (D) Assim que (E) Depois que

03. No trecho do último parágrafo – Ou vamos desaparecer por extinção, como os pandas, que deixaram de se reproduzir
como deveriam? –, os termos destacados estabelecem, respectivamente, relações de
(A) finalidade, modo e alternância. (B) consequência, proporção e condição. (C) causa, comparação e modo.
(D) condição, finalidade e conformidade. (E) explicação, consequência e comparação

04. A conjunção que inicia o trecho destacado – Embora seja uma grande contribuição da civilização ocidental, a sua
aplicação no mundo real costuma patinar. – expressa
(A) condição, introduzindo uma afirmação da qual depende a realização do que se declara na sequência.
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(B) concessão, introduzindo uma afirmação que não representa impedimento ao que se declara na sequência.
(C) causa, introduzindo uma afirmação que constitui garantia da realização do que se declara na sequência.
(D) conformidade, introduzindo uma afirmação que estabelece as exigências para realização do que se declara na sequência.
(E) comparação, introduzindo uma afirmação que expõe conteúdo análogo ao exposto na sequência.

05. No trecho do último parágrafo – … ―as avós são tão importantes, que nós evoluímos genes para proteger suas mentes‖. –, o
termo destacado introduz, com rela- ção à afirmação que o antecede, uma
(A) condição. (B) concessão. (C) comparação. (D) consequência. (E) conformidade.

Para responder a esta questão, considere a seguinte passagem: Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter
celular. Cada vez mais, se rendem. A vida ficou impossível sem ele.
06. A alternativa em que o emprego de conjunções expressa, com correção, a adequada relação de sentido entre as orações é:
(A) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; ora, cada vez mais, se rendem, contanto que a vida
ficou impossível sem ele.
(B) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; entretanto, cada vez mais, se rendem, embora a vida
ficou impossível sem ele.
(C) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; todavia, cada vez mais, se rendem, pois a vida ficou
impossível sem ele.
(D) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; apesar de que, cada vez mais, se rendem, mesmo se a
vida ficou impossível sem ele.
(E) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; então, cada vez mais, se rendem, como a vida ficou
impossível sem ele.

07. Uma possível reescrita da frase “Pensei que você gostasse de Aritmética. Ela é um assunto tão preciso”. Sem perda de
sentido, e em que a expressão destacada estabelece sentido de causa, é
(A) A Aritmética é assunto tão preciso, mas também pensei que você gostasse dela.
(B) Pensei que você gostasse de Aritmética, enquanto ela é um assunto tão preciso.
(C) Já que a Aritmética é um assunto tão preciso, pensei que você estivesse gostando dela.
(D) Pensei que você estivesse gostando de Aritmética, caso ela seja tão precisa.
(E) Se a Aritmética é um assunto tão preciso, pensei que você estivesse gostando dela.

08. No período – Como todos os alunos estão alfabetizados, ela planeja trabalhar acentuação e ortografia para que a escrita
dos pequenos seja cada vez mais aprimorada. – a conjunção em destaque estabelece entre as orações relação de

(A) comparação. (B) tempo. (C) finalidade. (D) conformidade. (E) explicação.

09. Assinale a alternativa em que a expressão em destaque estabelece relação de concessão.


(A) Apesar de não provocar nenhum sinal ou sintoma, a esteatose pode se associar à elevação significativa dos riscos de morte
por doenças diversas...
(B) Mas sua ocorrência não é restrita a esse grupo de pacientes.
(C) Curiosamente, no entanto, muitas pessoas que comem ou bebem em excesso não têm nenhum sinal de gordura no fígado...
(D) Quando foi correlacionada a presença da doença com as alterações genéticas do Apoc3, os cientistas observaram que nos
indivíduos...
(E) Por outro lado, nos indivíduos com presença das alterações genéticas do gene, 38% tinham infiltração gordurosa
significativa no fígado...

10. Na frase ─ Acham que sou um bicho raro porque não tenho televisão ─ a palavra destacada pode ser substituída, sem
prejuízo do sentido do texto, por
(A) portanto. (B) mas. (C) sempre que. (D) visto que. (E) no entanto.

11. No final do texto – É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. –, em relação à oração
anterior, o emprego da conjunção mas expressa uma
(A) adição. (B) contradição. (C) conclusão. (D) condição. (E) explicação.

12. No trecho – A internet é como Funes, o memorioso, o personagem de Jorge Luis Borges: lembra tudo, não esquece nada. –
o sentido expresso pela conjunção destacada é de
(A) explicação. (B) comparação. (C) retificação. (D) contraste. (E) finalidade.

13. Considere o trecho do último parágrafo em que as expressões destacadas exprimem, respectivamente, as ideias de tempo e
de concessão.
Quando começar a tremedeira, agarra bem nas paredes, se enrola no cordão, carca os pés na borda e não sai, mesmo que te
cutuquem com um fórceps... A alternativa em que as expressões destacadas exprimem, respectivamente, as mesmas ideias
presentes no trecho do texto encontra-se em:
(A) Depois que ele conversou com o médico, ficou mais tranquilo já que os exames não indicaram problemas graves.
(B) Sempre que ela viaja a trabalho, pede à vizinha que regue as plantas para que elas não morram por falta de água.
32
(C) Assim que o cliente chegar à loja, entregue-lhe a encomenda imediatamente, ainda que ele não faça o pagamento à vista.
(D) Como alguns funcionários concluíram o curso, receberam um bônus salarial embora o valor tenha sido irrisório.
(E) Visto que o espetáculo está fazendo sucesso, o diretor quer estender a temporada, por isso está negociando com o
proprietário do teatro.

14. No trecho ―– Bilac, preciso vender minha chácara, que só dá dor de cabeça.‖, a oração em negrito expressa sentido de
(A) adição, assim como a destacada em: Minha filha trabalha que trabalha sem parar naquela loja.
(B) consequência, assim como a destacada em: Falou tanto durante a festa que saiu de lá rouca.
(C) comparação, assim como a destacada em: Ela é uma pessoa mais mal-humorada que o Zangado.
(D) explicação, assim como a destacada em: Viajei para Goiás de avião, que é bem mais rápido.
(E) restrição, assim como a destacada em: Ela comprou todos os vestidos que estavam em liquidação.

GABARITO: 1-A 2-B 3-C 4-B 5-D 6-C 7-C 8-C 9-A 10-D 11-B 12-B 13-C 14-D

ADVÉRBIO
01. No trecho do primeiro parágrafo – ... já me aconteceu de pensar que somos muito poucos. –, o termo muito é um advérbio
e expressa ideia de intensidade, assim como o termo destacado em:
(A) Sempre há muito carro na av. Nove de Julho, por isso aconselhamos usar uma rota alternativa.
(B) Gosto de sair cedo de casa, pois tenho muitos clientes para atender e não posso me atrasar.
(C) ―O código da Vinci‖, livro de Dan Brown, fez muita gente interessar-se pela obra de Leonardo Da Vinci.
(D) O novo livro de Dan Brown trata de um tema muito interessante: o crescimento demográfico.
(E) O vilão de ―Inferno‖ acredita que somos muitos seres humanos dividindo os recursos da Terra.

02. No verso – Quando tudo terminar... – a palavra destacada tem sentido de


(A) comparação. (B) adição. (C) explicação. (D) tempo. (E) condição.

03. No trecho do segundo parágrafo, – Se observarmos a vida dos idosos atualmente... –, o termo destacado indica uma
circunstância de tempo, assim como o termo destacado em:
(A) ... podemos facilmente perceber que o que pensam os sábios... (2o parágrafo)
(B) ... a velhice agora pode ser sinônimo de vida ativa... (2o parágrafo)
(C) ... se a velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. (3o parágrafo)
(D) ... esses benefícios só poderão ser conquistados se a velhice... (3o parágrafo)
(E) ... essa etapa importante da vida possui uma receita mais simples ainda... (4o parágrafo)

04. Considere os trechos: – Gostei, sim, da ideia daquele publicitário de São Paulo...; – Todo mundo, ao passar por lá...; –
Amorosos de gosto mais refinado talvez achassem preferível.... Os advérbios em destaque expressam, respectivamente, sentido
de
(A) afirmação, lugar e dúvida. (B) tempo, lugar e modo. (C) intensidade, meio e dúvida.
(D) afirmação, lugar e tempo. (E) assunto, modo e afirmação.

GABARITO: 1-D 2-D 3-B 4-A

PREPOSIÇÃO
01. Assinale a alternativa em que se identifica com correção o sentido que a preposição destacada imprime ao contexto.
(A) De tecnologias ―quentes‖, sem a frieza dos zeros e uns... – PROCEDÊNCIA.
(B) Filmes em celuloide... – TEMPO. (C) Morria-se de doenças incuráveis... – CAUSA.
(D) ... a vida antes dos antibióticos... – MOVIMENTO. (E) ... conversa para hipster dormir. – SITUAÇÃO POSTERIOR.

02. No contexto da frase – O ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt lia um livro por dia e até dois ou três, se
tinha uma noite mais tranquila. –, a palavra até indica
(A) exclusão. (B) inclusão. (C) conclusão. (D) retificação. (E) situação.

03. Na passagem do primeiro parágrafo – ... que pudesse explicar o Brasil com apenas um título que... –, a preposição ―com‖
forma uma expressão cujo sentido indica
(A) lugar. (B) modo. (C) conformidade. (D) instrumento. (E) causa.

GABARITO: 1-C 2-B 3-B


COLOCAÇÃO PRONOMINAL
01. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas das frases, conforme as regras de colocação
pronominal da norma-padrão da língua portuguesa.
Já não é um exagero muito grande afirmar que, entre os jovens, ninguém_________ devidamente informado sem ter conexão
com a internet. No mundo das tecnologias conectadas, ainda_________ escolas que não usam a internet de modo regular.
Cresce o número de escolas que________ com computadores cada vez mais modernos.
(A) considera-se … se encontram … se equipam (B) considera-se … encontram-se … se equipam
(C) se considera … se encontram … se equipam (D) se considera … encontram-se … equipam-se
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(E) considera-se … encontram-se … equipam-se

02. Assinale a alternativa que completa, corretamente, de acordo com a norma-padrão, a frase – Usamos instrumentos variados
(A) para que expanda-se nossa percepção da realidade, ainda que saibamos que nossa visão será sempre limitada.
(B) para que expanda-se nossa percepção da realidade, ainda que sabemos que nossa visão será sempre limitada.
(C) para que se expanda nossa percepção da realidade, ainda que saibamos que nossa visão será sempre limitada.
(D) para que se expanda nossa percepção da realidade, ainda que sabemos que nossa visão será sempre limitada.
(E) para que expanda-se nossa percepção da realidade, ainda que saberemos que nossa visão será sempre limitada.

03. Considere o trecho: Te coloquei numa ponta do túnel, fui andando em direção à outra, sumi de vista por uns segundos e
você deu uma resmungada, achando que eu ia te abandonar ali, mas então me agachei e apareci do outro lado. Substituindo-se
a segunda pessoa – te – pela terceira pessoa, as respectivas expressões destacadas assumem redação correta, de acordo com a
norma-padrão, em:
(A) Coloquei-o … abandoná-lo (B) Lhe coloquei … lhe abandonar (C) O coloquei … abandonar-lhe
(D) Coloquei-no … abandonar-lhe (E) Coloquei-lhe … o abandonar

04. Assinale a alternativa em que a substituição de palavras por pronomes e a colocação destes na frase está de acordo com a
norma-padrão.
(A) Os quatro netos tinham celulares; sacaram-nos para trocar mensagens com os amigos.
(B) Se minha conhecida quisesse passar um tempo com os netos, levaria-os para lanchar.
(C) A avó ficou desanimada com os netos, por isso, não levou-os para lanchar.
(D) Detesto celular e espero para conversar quando não ouço-o tocar.
(E) Se uma pessoa pega seu celular, logo outras começam a lhe imitar.

05. __________o Dia Nacional do Livro Infantil no último sábado. A data é festejada em 18 de abril porque é o dia em que
nasceu Monteiro Lobato, o autor que_______ de presente o mundo do ―Sítio do Picapau Amarelo‖, com a boneca de pano
mais espevitada que alguém poderia conhecer, a Emília. Monteiro Lobato sabia que, quando______ um leitor, nunca mais ele
abandonará seu amigo livro. (Folha de S.Paulo, 20.04.2015. Adaptado) De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto
devem ser preenchidas, respectivamente, com:
(A) Comemorou-se … deu-nos … se cria (B) Se comemorou … deu-nos … cria-se
(C) Comemorou-se … nos deu … cria-se (D) Se comemorou … nos deu … se cria
(E) Comemorou-se … nos deu … se cria

GABARITO: 1- C 2-C 3-A 4-A 5-E

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL


01. Quanto à concordância, respeitando-se a norma-padrão da língua portuguesa, está correta a frase:
(A) Existe roupas que tem significados importantes para os seus donos.
(B) Houve instantes em que o táxi e o casaco foram quase alcançados.
(C) As amigas, depois de recuperado o casaco, se abraçou com emoção.
(D) Os maridos das amigas as olhava muito surpresos diante do ocorrido.
(E) A história do casaco permanecem nas lembranças das duas amigas.

02. Assinale a alternativa em que a concordância segue a norma -padrão da língua portuguesa.
(A) A perspectiva da falta de alimentos deixam os ecologistas preocupados.
(B) É possível que já tenha nascido mais de nove bilhões de seres humanos.
(C) Conforme algumas previsões, deverão haver dez bilhões de pessoas em 2050.
(D) As discussões sobre o crescimento demográfico têm se tornado cada vez mais relevante.
(E) Segundo a revista ―Veja‖, um número considerável de brasileiras abriu mão de ter filhos.

03. Assinale a alternativa em que a frase – ... havia também a vida antes dos antibióticos, essas substâncias agressivas que
causam tanto dano. – está reescrita de acordo com a norma-padrão de concordância verbal e/ou nominal.
(A) ... haviam também condições de vida antes dos antibióticos, substâncias agressivas essas responsável por tanto dano.
(B) ... existiam também condições de vida antes do antibiótico, substância agressiva causadora de tantos danos. (C) ... havia
também condições de vida antes do antibiótico, essas substâncias agressivas que tantos danos causa.
(D) ... existia também condições de vida antes dos antibióticos, substâncias agressivas causadora de tantos danos.
(E) ... havia também condições de vida antes dos antibióticos, essa substância agressiva que tanto danos causam.

04. As lacunas da frase – O barulho e os ritmos das cidades modernas_________ as pessoas a buscar a natureza, onde o
silêncio, as descobertas, a lentidão, tudo_______ a paz: condição ideal para que elas_______ a interioridade. – serão, correta e
respectivamente preenchidas, com
(A) instigam … refletem … vislumbram (B) instiga … refletem … vislumbram (C) instigam … reflete … vislumbrem
(D) instigam … refletem … vislumbre (E) instiga … reflete … vislumbra

05. A concordância entre nomes e adjetivo está correta em:


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(A) Qualquer microscópio tem significativo precisão e alcance.
(B) Qualquer microscópio tem exata precisão e alcance.
(C) Qualquer microscópio tem ilimitada alcance e precisão.
(D) Qualquer microscópio tem alcance e precisão reguladoras. (E) Qualquer microscópio tem duvidosa alcance e precisão.

06. Assinale a alternativa em que a concordância está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Segundo o autor, de elementos simples é que se compõem a vida; o extraordinário ocorre raramente.
(B) Entre os diversos textos que te despertará interesse no futuro, pode estar esta crônica, escrita com elementos simples.
(C) O tempo que passamos juntos entre as árvores nos fizeram bem e mudaram minha maneira de encarar os fatos.
(D) Os gestos do meu filho me fizeram perceber o quanto os fatos simples da vida têm sido negligenciados.
(E) Aproveitar os momentos com nossos filhos são fundamentais para não perdermos de vista o que realmente importa.

07. Considere a passagem — … as salas de aula são lugares privilegiados, mas é preciso pensar na vida que transcorre fora
delas e que está estreitamente relacionada ao que ocorre no seu interior — e assinale a alternativa que reescreve o trecho
destacado, em conformidade com a norma-padrão de concordância nominal e verbal.
(A) ... nos eventos que se dão fora delas, estreitamente relacionados às ocorrências que se verificam no seu interior.
(B) ... nos fatos que existe fora delas e que está relacionado e estreitamente ligado ao que se dá no seu interior.
(C) ... nas situações que há fora delas e que estão estreitamente relacionado a tudo que ocorrem no seu interior.
(D) ... nas circunstâncias todas que haveriam fora delas e que estariam relacionada estreitamente ao que sucedem no seu
interior.
(E) ... nos acontecimentos que se desenrolam fora delas, estreitamente relacionado ao que se passam no seu interior.

08._________ escolas que, no decorrer dos anos, não fazem alteração nas turmas, pois_________ no crescimento do vínculo
entre os colegas. É verdade que o tempo ajuda a fortalecer a convivência, mas é preciso ter cuidado para que não_______ os
papéis desempenhados por alguns da turma. As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
(A) Existem ... apostam ... se cristalizem (B) Há ... apostam ... cristalizem-se
(C) Se veem ... se aposta ... se cristalize (D) Conhecem-se ... aposta-se ... cristalizem-se (E) Existe ... apostam ... se cristalize
09. Considere as seguintes frases: Os pais precisam se vigiar... Os problemas aparecem depois. Com as formas verbais em
destaque substituídas por outras, as frases estão corretamente reescritas em:
(A) Os pais tem de se vigiar... / Os problemas vem depois. (B) Os pais têm de se vigiar... / Os problemas vem depois.
(C) Os pais tem de se vigiar... / Os problemas vêm depois. (D) Os pais têm de se vigiar... / Os problemas veem depois.
(E) Os pais têm de se vigiar... / Os problemas vêm depois.

10. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.


(A) Nos três simples versos de Mário, revela-se que sempre haverá amigos que com certeza o amarão.
(B) A riqueza humana de Mário é suas capacidades de compreensão e de sentimento, que o torna único.
(C) O fato de viver inúmeras vidas fizeram de Mário um ser tão entregue à experiência terrena e sem fim.
(D) Na semana de Mário, todos têm a impressão de que novidades sobre ele pode chegar a qualquer momento. (E) A
capacidade de compreensão de Mário e o seu sentimento fez dele um poeta, um músico, um folclorista.

11. Assinale a alternativa em que a concordância das palavras está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Já fazem dois anos que não vejo seus pais. (B) Chegaram novos livros relacionados ao assunto.
(C) É muito grande os benefícios que o humor pode trazer. (D) Ontem veio vários clientes procurando esse produto.

GABARITO: 1-B 2-E 3-B 4-C 5-B 6-D 7-A 8-A 9-E 10-A 11-B

ORTOGRAFIA

1. Considere as frases:
Esta escada tem degrau irregular. O troféu vem adornado com ouro. Elas estão corretamente escritas no plural na alternativa:
(A) Estas escadas têm degraus irregulares. Os troféus vêm adornados com ouro.
(B) Estas escadas têm degrais irregulares. Os troféis vêm adornados com ouro.
(C) Estas escadas tem degraus irregulares. Os troféus vem adornados com ouro.
(D) Estas escadas tem degrais irregulares. Os troféis vem adornados com ouro.
(E) Estas escadas têm degrais irregulares. Os troféus vem adornados com ouro.

2. Indique a alternativa cujas palavras preenchem, correta e respectivamente, as frases a seguir: _____o motorista chegou, já
havia uma série de tarefas para ele realizar. Aquele que é _____caráter não progride na carreira profissional.
Como ele se saiu _____ na prova prática, não conseguiu a colocação esperada.
(A) Mau ... mau ... mal (B) Mau ... mal ... mau (C) Mal ... mau ... mau (D) Mal ... mau ... mal (E) Mal ... mal ... mau

3. Analisar escreve-se com s porque é derivada da palavra análise, que tem s em seu radical. A palavra em que o mesmo
processo justifica o emprego do s é
(A) tediosa. (B) bondoso. (C) pesquisador. (D) comunismo. (E) gigantesco.
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4. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas da frase.
João substabeleceu o ______, ________ não confiava mais no advogado.
(A) mandato … por que (B) mandado … porque (C) mandato … porque (D) mandado … por quê

5. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas das frases.


I. Fomos assistir a duas ___ de cinema. II. Ele foi__ no exame. III. Os policiais tinham um_____ para entrar na casa.
IV. O juiz não podia_____ uma bela carreira ao advogado.
(A) sessões … mal … mandado … prenunciar (B) seções … mau … mandado … prenunciar
(C) cessões … mau … mandato … pronunciar (D) secções … mal … mandato … prenunciar
(E) seções … mau … mandado … pronunciar

6. Assinale a alternativa em que a expressão entre parênteses completa, corretamente, as lacunas das frases.
(A) A estratégia das indústrias quanto ao uso de gordura trans deve______ efeito imediatamente, para coibir as doenças
cardíacas. (surtir)
(B) A nutricionista _______uma nova dieta sem o uso de gordura trans, mesmo sendo um pouco mais cara. (proscreveu)
(C) As pesquisas acerca da interesterificação ainda estão______, pois caminham lentamente. (insipientes)
(D) O uso de gordura trans em alimentos industrializados está na ________de ter seu fim decretado. (eminência)
(E) A atual _______das indústrias possibilita o surgimento de novas pesquisas relacionadas à ingestão de gordura no
organismo. (conjetura)

7. Assinale a alternativa em que a palavra em destaque está empregada com sua correta significação.
(A) Como todos os documentos estão corretos, vou ratificá-los.
(B) O submarino emerge em águas profundas para não ser visto.
(C) As testemunhas fizeram uma discrição detalhada do suspeito do crime passional.
(D) O comprimento cordial faz parte das relações humanas.
(E) Quando há variação térmica, os corpos delatam, confirma a Física.

GABARITO: 1-A 2-D 3-C 4-B 5-A 6-A 7-A

ANÁLISE SINTÁTICA

1. Na oração: ―Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha‖, o núcleo do sujeito é:
a) todos; b) fazenda; c) vizinha; d) vaqueiros; e) pressas.

2. Assinale a alternativa em que o sujeito está incorretamente classificado:


a) chegaram, de manhã, o mensageiro e o guia (sujeito composto);
b) fala-se muito neste assunto (sujeito indeterminado);
c) vai fazer frio à noite (sujeito inexistente);
d) haverá oportunidade para todos (sujeito inexistente);
e) não existem flores no vaso (sujeito inexistente).

3.Em ―Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta‖, o sujeito desta oração é:
a) oculto; b) claro, composto e determinado; c) indeterminado; d) inexistente; e) claro, simples e determinado.

4.Marque a oração em que o termo destacado é sujeito:


a) houve muitas brigas no jogo; b) Ia haver mortes, se a polícia não interviesse;
c) faz dois anos que há bons espetáculos; d) existem muitas pessoas desonestas; e) há muitas pessoas desonestas.

5. Indique a única frase que não tem verbo de ligação:


a) o sol estava muito quente; b) nossa amizade continua firme; c) suas palavras pareciam sinceras;
d) ele andava triste; e) ele andava rapidamente.

6. Considere a frase: ―Ele andava triste porque não encontrava a companheira‖, os verbos grifados são respectivamente:
a) transitivo direto – de ligação; b) de ligação – intransitivo; c) de ligação – transitivo – indireto;
d) transitivo direto – transitivo indireto; e) de ligação – transitivo direto.

7.Na praça deserta um homem caminhava – o sujeito é:


a) indeterminado; b) inexistente; c) simples; d) oculto por elipse; e) composto.

8.Na oração: ‖Anunciaram grandes novidades‖ – o sujeito é:


a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) elíptico; e) inexistente.

9. ―O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo vento‖. O termo grifado é:
a) sujeito; b) objeto direto; c) objeto indireto; d) complemento nominal; e) agente da passiva.
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10.―Eu andava satisfeito com o mundo e comigo mesmo‖, o período é:
a) simples; b) composto por coordenação; c) composto por subordinação; d) composto por coordenação e subordinação;
e) composto de duas orações.

GABARITO: 1-D 2-E 3-A 4-D 5-E 6-E 7-C 8-C 9-E 10-A

01) Estão corretas quanto à acentuação gráfica as palavras:


a) Enjôo, idéia, revólver.
b) Assembléia, abacaxí, juízo. c) Rúim, raínha, pêlo.
d) Pôde (do verbo poder), veem (do verbo ver), vêm (do verbo vir).
e) Pára (do verbo parar), saúde, baía.

02) Estão corretas quanto à ortografia as palavras:


a) Anti-higiênico, antirrugas, infraestrutura. b) Anti-inflamatório, semi-reta, ultra-som.
c) Micro-ondas, auto-estima, inter-relação. d) Hiperativo, sem-terra, para-quedas.
e) Mini-saia, pontapé, ex-prefeito.

03) O vocábulo ―se‖ tem a função de partícula apassivadora em:


a) Ela se foi repentinamente. b) Consertam-se aqui todos os tipos de bicicletas.
c) Necessita-se de vendedores com experiência. d) Se for sair, leve um casaco. e) João se cortou com a navalha.

04) Trata-se de uma oração com sujeito indeterminado:


a) Fizemos tudo o que você pediu. b) Fábio e Ana se casam este mês. c) Faz muito calor no litoral.
d) Falam muito bem de você na empresa. e) Nenhuma das anteriores.

05) Chegamos ___ São Paulo ___ 14 h e minha mãe estava ___ nos esperar. ___ tarde, fomos ___ Pinacoteca e vimos uma
linda exposição. ___ noite, decidimos jantar num sofisticado restaurante, que ficava ___ cerca de 1 hora de onde estávamos.
Foi um passeio maravilhoso!
a) A, as, a, a, a, a, a. b) À, às, a, a, à, a, a. c) À, as, à, a, a, a, à. d) A, às, a, a, à, a, à. e) A, às, a, à, à, à, a.

06) Na oração ―Não distingue entre gente e bicho‖, temos um sujeito:

a) Simples. b) Composto. c) Indeterminado. d) Oculto. e) Não há sujeito na oração.

07) Assinale a alternativa em que a palavra se desempenha a função de índice de indeterminação de sujeito:
a) Alugam-se imóveis. b) Necessita-se de professores eventuais. c) Lia olhou-se no espelho.
d) Se chover, tire as roupas do varal. e) Não sei se digo a verdade.

08) Assinale a alternativa em que a palavra que assume o valor morfológico de advérbio:
a) Que perto fica a sua escola! b) Tem que haver um lugar para ele. c) Eu é que sei como dói a perda de alguém.
d) Apresse-se que quero partir. e) Que dias mais tristes, que dias sem vida estes!

09) Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso da crase:


a) Adoro arroz à grega. b) Deu o presente à professora. c) Ele nunca foi à Itália. d) Estava sempre feliz à cantar.
e) Fui à casa de Helena

10) Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância verbal:


a) A mãe, a filha e a neta acreditam em duendes. b) Vossas Senhorias se equivocaram.
c) Os Estados Unidos desprezam os outros países. d) Era agosto e a rainha comemorava seu aniversário.
e) São meio dia e meia.

11) Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância nominal:


a) Estou quites com o serviço militar. b) Eles estavam sempre alerta. c) Há menos mulheres aqui hoje.
d) As crianças sempre falavam manso. e) As próprias mães foram à delegacia.

12) Assinale a alternativa que apresenta o vício de linguagem conhecido por barbarismo:
a) Sua saia sujou. b) Ele vai vim aqui. c) A cadela da sua irmã foi passear no parque? d) Pagou quinze por cada.
e) Subiu lá em cima no décimo andar.

GABARITO: 1 – D 2– A 3 – B 4-D 5 – E 6-D 7-B 8-A 9-D 10-E 11-A 12-B

FIGURAS DE LINGUAGEM

01) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopéia.


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a) ―A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.‖ (Clarice Lispector)
b) ―As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…‖ (Drummond)
c) ―Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.‖ (Clarice Lispector)
d) ―A poesia vai à esquina comprar jornal‖. (Ferreira Gullar)
e) ―Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia‖. (João Cabral de Melo Neto)

02) Eu nasci há dez mil anos atrás


E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
(...)
É possível observar, no trecho sublinhado, a seguinte figura de linguagem:
a) Metonímia. b) Hipérbole. c) Catacrese. d) Ironia. e) Sinestesia.
03) Atribua ―V‖ para verdadeiro e ―F‖ para falso em relação aos seguintes excertos:
a- Faria isso mil vezes se fosse necessário – antítese ( )
b – Falta-lhe inteligência para compreender isso – eufemismo ( )
c – Muito competente aquele candidato, esquecendo-se de cumprir com suas promessas eleitorais - ironia ( )
d – ―O amor que a exalta e a pede e a chama e a implora‖ – inversão ( )

04) No trecho: ―…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo‖, a figura de linguagem presente é
chamada:
a) metáfora b) hipérbole c) hipérbato d) anáfora e) antítese

05) Identifique a figura de linguagem empregada nos versos destacados:


―No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!”
A) antítese B) anacoluto C) hipérbole D) metonímia E) aliteração

6) Identifique qual das alternativas trata-se de metáfora:


a) Aqueles olhos eram como dois faróis acesos. b) Ah! O doce sabor da vitória!
c) Aquele velho é uma raposa! d) Eles morreram de rir daquela cena.

7) "Muito bom aquele encanador. Colocou em nossa casa vários canos furados.". Esta frase trata-se de qual tipo de figura de
linguagem?
A) Metonímia B) Ironia C) Indireta D) Antítese

8) "É como mergulhar num rio e não se molhar" (Skank); "Tristeza não tem fim, felicidade sim" (Vinícius de Moraes). As
frases acimas são exemplos de:

A) Antítese e Zeugma B) Paradoxo e Paradoxo C) Paradoxo e Antítese D) Antítese e Antítese E) Zeugma e Paradoxo

9) Em: "Aquele ser desprovido de inteligência era como palhaço: não queria saber de nada, só contava piada e fazia graça até
que todos morressem de rir. Era uma situação difícil, até uma porta pensa mais que ele!". O texto possui as seguintes figuras:
a) Eufemismo - Comparação - Hipérbole – Personificação b) Zeugma - Metáfora - Hipérbole – Personificação
c) Eufemismo - Metáfora - Hipérbole – Personificação d) Metonímia - Comparação - Hipérbole - Personificação

10) Em: "O rato roeu a roupa do rei de roma". Qual é a figura de linguagem desta frase?
a) Aliteração b) Gradação c) Onomatopéia d) Anáfora

GABARITO: 1-E 2-B 3-F-V-V-F 4- E 5-C 6-A 7-B 8-C 9-C 10-A

FUNÇÃO DO “QUE” e do „SE”

01) No período ―Acredito que o papel de um pai é preparar o seu filho para a vida‖, a expressão em destaque é:
a) Uma preposição. b) Uma conjunção subordinativa. c) Um termo essencial da oração. d) Sujeito da oração.
e) Um verbo de ligação

02) Assinale a alternativa em que a palavra se desempenha a função de índice de indeterminação de sujeito:
a) Alugam-se imóveis. b) Necessita-se de professores eventuais. c) Lia olhou-se no espelho.
d) Se chover, tire as roupas do varal. e) Não sei se digo a verdade.

03) Assinale a alternativa em que a palavra que assume o valor morfológico de advérbio:
a) Que perto fica a sua escola! b) Tem que haver um lugar para ele. c) Eu é que sei como dói a perda de alguém.
d) Apresse-se que quero partir. e) Que dias mais tristes, que dias sem vida estes!
GABARITO: 01-B 02-B 03-A
38
MATEMÁTICA

39
OPERAÇÕES COM NUMEROS INTEIROS
ADIÇÃO

A professora de língua Portuguesa indicou aos alunos de 5° série os livros que eles deverão ler no primeiro
bimestre do ano letivo, o primeiro tem 64 páginas e o segundo têm 72 páginas. Nesses dois livros, quantas páginas,
ao todo, os alunos vão ler?
Devemos contar as 72 páginas de um livro mais as 64 páginas do outro. Partindo de 72 e contando mais 64 vemos
chegar ao resultado. Essa contagem é demorada, não é? Por isso, você aprendeu a fazer esta conta:
72 + 64 = 136

Adicionar significa somar, juntar , ajuntar, acrescentar. No exemplo acima, os números 72 e 64 são parcelas da
adição. O resultado, 136, é chamado soma. Veja outro exemplo: 600 + 280= 880--soma
Na matemática, a operação da adição é usada quando devemos juntar duas ou mais quantidades. Consideremos,
então, as seguintes situações em que vamos empregar a operação de adição

1º EXEMPLO
Uma empresa tem 1748 pessoas trabalhando na sua fábrica e 566 pessoas trabalhando no seu escritório. Quantas
pessoas trabalham, ao todo, nessa empresa? Resolução: Para resolver esse problema, devemos fazer 1748 + 566,
ou seja 1748---parcela +566---parcela ----2314---soma ou total (resultado da operação). Logo, podemos dizer que
nessa empresa trabalham 2314 pessoas

2º EXEMPLO
Em uma escola, o início das aulas é às 7h 30min. Como cada aula tem 50 minutos de duração, a que horas termina
a primeira aula? Resolução: Para resolver esse problema, devemos fazer 7h 30min + 50 min, ou seja: 7h 30 min----
parcela + 50 min----parcela --------- 7h 80 min----soma ou total

Como 1 hora tem 60 minutos, então 80 minutos correspondem a 1h 20 min. Então 7h 80 min = 7 h + 1h 20 min = 8
h 20 min. Logo, podemos dizer que a primeira aula termina às 8 h 20 min

3º EXEMPLO
Durante o ano de 2008, uma equipe de futebol venceu 49 partidas, empatou 18 partidas e perdeu 5 partidas.
Quantas partidas essa equipe disputou durante o ano de 2008? Resolução: Para resolver o Problema, devemos
calcular 49 + 18 + 5, ou seja : 72---soma ou total. Logo, podemos dizer que essa equipe disputou 72 partidas

SUBTRAÇÃO
Na matemática, a operação da subtração é empregada quando devemos tirar uma quantidade de outrea quantidade.
Veja o exemplo: O estádio do Pacaembu, na cidade de São Paulo, tem capacidade para 40.000 pessoas. È também
na cidade de São Paulo que se encontra o estádio do Morumbi que tem capacidade para 138.000 pessoas. Para se
ter uma idéia do tamanho do Morumbi, se colocarmos nele 40.000 ainda sobrarão muitos lugares. Quanto sobrarão?
Dos 138.000 lugares devemos tirar os 40.000 assim: 138.000 - 40.000 = 98.000. Sobrarão 98.000 lugares.

Subtrair significa tirar, diminuir. Na subtração anterior, o número 138.000 é chamado minuendo e 40.000 é o
subtraendo, o resultado, 98.000, é chamado diferença ou resto.

MULTIPLICAÇÃO
A multiplicação é uma adição de parcelas iguais. Veja: 3+3+3+3 = 12. Podemos representar a mesma igualdade
por: 4 x 3 = 12 ou 4 . 3 = 12. Essa operação chama-se multiplicação e é indicada pelo sinal . ou x. Na multiplicação
4 x 3 = 12, dizemos que: 4 e 3 são os fatores e 12 é o produto.

1º exemplo
Um edifício de apartamentos tem 6 andares. Em cada andar a 4 apartamentos. Quantos apartamentos tem o edificio
todo?
Resolução: Para resolver esse problema, podemos fazer: 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 = 24. Essa mesma igualdade pode
ser representada por: 6 x 4 = 24. Logo podemos dizer que o edificio tem 24 apartamentos

2° Exemplo
A fase final do torneio de voleibol da liga nacional é disputado por 4 equipes. Cada equipe pode inscrever 12
jogadores. Quantos jogadores serão inscritos para disputar a fase final desse torneio? Resolução: Para resolver

40
esse problema podemos fazer 12 + 12 + 12 + 12 = 48. Essa mesma igualdade pode ser representada por: 4 x 12 =
48
DIVISÃO EXATA
Consideremos dois números naturais, dados numa certa ordem, 10 é o primeiro deles e 2 é o segundo. Por meio
deles determina-se um terceiro número natural que, multiplicado pelo segundo dá como resultado o primeiro. Essa
operação chama-se divisão e é indicada pelo sinal :

Assim: 10:2 = 5 porque 5x2 = 10. Na divisão 10:2=5, dizemos que 10 é o dividendo, 2 é o divisor, 5 é o resultado
ou quociente

EXEMPLO
Um cólegio levou 72 alunos numa excursão ao jardim zoológico e para isso repartiu igualmente os alunos em 4
ônibus. Quantos alunos o colégio colocou em cada ônibus? Para resolver esse problema, devemos fazer uma
divisão 72 : 4 = 18 , sendo assim cada ônibus tinha 18 alunos.

DIVISÃO NÃO EXATA


Nem sempre é possivel realizar a divisão exata em N. Considerando este exemplo: 7 : 2 = 3 sobra 1 que chamamos
de resto. Numa divisão, o resto é sempre menor que o divisor

Exemplo
Uma industria produziu 183 peças e quer colocá-las em 12 caixas, de modo que todas as caixas tenham o mesmo
número de peças. Quantas peças serão colocadas em cada caixa? Resolução: Para resolver esse problema devemos
fazer 183 : 12, tendo como resultado 15 e resto 3. Como o resto é 3, dizemos que esta é uma divisão com resto ou
uma divisão não exata. Logo na caixa serão colocadas 15 peças, sobrando ainda 3 peças.

Adição e subtração de números fracionários


a) Adição e Subtração
Para somar frações homogêneas (com mesmo denominador), somam-se os numeradores e conserva-se o
denominador.
Exemplos:

1º) 2º)
Para somar frações heterogêneas (com denominadores diferentes), é necessário reduzi-las a um denominador
comum. O processo para transformá-las a um denominador comum segue os passos abaixo:
1º passo: Determina-se o m.m.c (mínimo múltiplo comum) dos denominadores das frações dadas. O resultado
obtido é o novo denominador.

m.m.c. (4, 5, 10)

m.m.c. (4, 5, 10) = 20 (denominandor comum)


2º passo: Divide-se o m.m.c encontrado pelos denominadores das frações dadas.
20 : 4 = 5; 20 : 5 = 4; 20 : 10 = 2
3º passo: Multiplica-se o quociente encontrado, em cada divisão, pelo numerador da respectiva fração. O produto é
o novo numerador.

Logo, temos:

b) Multiplicação
Para multiplicar duas ou mais frações, multiplicam-se entre si os numeradores e os denominadores.

Exemplo:
c) Divisão
41
Para dividir uma fração por outra, multiplica-se a primeira pela inversa da segunda.

Exemplo:
PROBLEMAS COM NÚMEROS RACIONAIS

Os problemas com números racionais absolutos são geralmente resolvidos da seguinte forma :
1°) Encontrando o valor de uma unidade fracionária.
2°) obtendo o valor correspondente da fração solicitada

Exemplo: Eu tenho 60 fichas, meu irmão tem ¾ dessa quantidade. Quantas fichas tem o meu irmão?
60 x ¾ = 180/4 = 45. R: O meu irmão tem 45 fichas

Potenciação e radiciação de números fracionários


Na potenciação, quando elevamos um número fracionário a um determinado expoente, estamos elevando o
numerador e o denominador a esse expoente, conforme os exemplos abaixo:

Na radiciação, quando aplicamos a raiz quadrada a um número fracionário, estamos aplicando essa raiz ao
numerador e ao denominador, conforme o exemplo abaixo:

Operações com números racionais decimais


Adição
Considere a seguinte adição:
1,28 + 2,6 + 0,038
Transformando em frações decimais, temos:

Método prático
1º) Igualamos o números de casas decimais, com o acréscimo de zeros;
2º) Colocamos vírgula debaixo de vírgula;
3º) Efetuamos a adição, colocando a vírgula na soma alinhada com as demais.
Exemplos:
1,28 + 2,6 + 0,038 35,4 + 0,75 + 47 6,14 + 1,8 + 0,007

Subtração
Considere a seguinte subtração:
3,97 - 2,013
Transformando em fração decimais, temos:

Método prático
1º) Igualamos o números de casas decimais, com o acréscimo de zeros;
2º) Colocamos vírgula debaixo de vírgula;
3º) Efetuamos a subtração, colocando a vírgula na diferença, alinhada com as
demais.
Exemplos:
3,97 - 2,013 17,2 - 5,146 9 - 0,987

42
Multiplicação Considere a seguinte multiplicação: 3,49 · 2,5

Transformando em fração decimais, temos:


Método prático
Multiplicamos os dois números decimais como se fossem naturais. Colocamos a
vírgula no resultado de modo que o número de casas decimais do produto seja igual à
soma dos números de casas decimais do fatores.
Exemplos:
3,49 · 2,5

1,842 · 0,013

Observação:
1. Na multiplicação de um número natural por um número decimal, utilizamos o método prático da
multiplicação. Nesse caso o número de casas decimais do produto é igual ao número de casas decimais do fator
decimal. Exemplo:
5 · 0,423 = 2,115
2. Para se multiplicar um número decimal por 10, 100, 1.000, ..., basta deslocar a vírgula para a direita uma,
duas, três, ..., casas decimais. Exemplos:

3. Os números decimais podem ser transformados em porcentagens. Exemplos

0,05 = = 5% 1,17 = = 117% 5,8 = 5,80 = = 580%

Divisão
1º: Divisão exata
Considere a seguinte divisão: 1,4 : 0,05

Transformando em frações decimais, temos:


Método prático
1º) Igualamos o números de casas decimais, com o acréscimo de zeros;
2º) Suprimimos as vírgulas;
3º) Efetuamos a divisão.
Exemplos:
43
 1,4 : 0,05 Efetuado a divisão
Igualamos as casa decimais: 1,40 : 0,05
Suprimindo as vírgulas: 140 : 5
Logo, o quociente de 1,4 por 0,05 é 28.

 6 : 0,015 Efetuando a divisão


Igualamos as casas decimais 6,000 : 0,015
Suprimindo as vírgulas 6.000 : 15
Logo, o quociente de 6 por 0,015 é 400.

 4,096 : 1,6 Efetuando a divisão


Igualamos as casas decimais 4,096 : 1,600
Suprimindo as vírgulas 4.096 : 1.600

Observe que na divisão acima o quociente inteiro é 2 e o resto corresponde a 896 unidades. Podemos prosseguir a
divisão determinando a parte decimal do quociente. Para a determinação dos décimos, colocamos uma vírgula no
quociente e acrescentamos um zero resto, uma vez que 896 unidades corresponde a 8.960 décimos.

Continuamos a divisão para determinar os centésimos acrescentando outro zero ao novo resto, uma vez que 960
décimos correspondem a 9600 centésimos.

O quociente 2,56 é exato, pois o resto é nulo.


Logo, o quociente de 4,096 por 1,6 é 2,56.
 0,73 : 5 Efetuando a divisão
Igualamos as casas decimais 0,73 : 5,00
Suprimindo as vírgulas 73 : 500

Podemos prosseguir a divisão, colocando uma vírgula no quociente e acrescentamos um zero à direita do três.
Assim:

Continuamos a divisão, obtemos:

Logo, o quociente de 0,73 por 5 é 0,146.


Em algumas divisões, o acréscimo de um zero ao resto ainda não torna possível a divisão. Nesse caso, devemos
colocar um zero no quociente e acrescentar mais um zero ao resto. Exemplos:
 2,346 : 2,3 Verifique 460 (décimos) é inferior ao divisor
(2.300). Colocamos, então, um zero no quociente
e acrescentamos mais um zero ao resto.

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Logo, o quociente de 2,346 por 2,3 é 1,02.

Observação:
Para se dividir um número decimal por 10, 100, 1.000, ..., basta deslocar a vírgula para a esquerda uma, duas,
três, ..., casas decimais. Exemplos:

2º : Divisão não-exata
No caso de uma divisão não-exata determinamos o quociente aproximado por falta ou por excesso.
Seja, por exemplo, a divisão de 66 por 21:

Tomando o quociente 3 (por falta), ou 4 (por excesso), estamos cometendo um erro que uma unidade, pois o
quociente real encontra-se entre 3 e 4.
Logo:

Assim, na divisão de 66 por 21, temos: afirmar que:


3 é o quociente aproximado por falta, a menos de uma unidade.
4 é o quociente aproximado por excesso, a menos de uma unidade.

Prosseguindo a divisão de 66 por 21, temos:

Podemos afirmar que:


3,1 é o quociente aproximado por falta, a menos de um décimo.
3,2 é o quociente aproximado por excesso, a menos de um décimo.
Dando mais um passo, nessa mesma divisão, temos:

Podemos afirmar que:


3,14 é o quociente aproximado por falta, a menos de um centésimo.
3,15 é o quociente aproximado por excesso, a menos de um centésimo.
Observação:
1. As expressões têm o mesmo significado:
- Aproximação por falta com erro menor que 0,1 ou aproximação de décimos.
- Aproximação por falta com erro menor que 0,01 ou aproximação de centésimos e, assim, sucessivamente.
2. Determinar um quociente com aproximação de décimos, centésimos ou milésimos significa interromper a
divisão ao atingir a primeira, segunda ou terceira casa decimal do quociente, respectivamente. Exemplos:
13 : 7 = 1,8 (aproximação de décimos)
13 : 7 = 1,85 (aproximação de centésimos)
13 : 7 = 1,857 (aproximação de milésimo)
Cuidado!
No caso de ser pedido um quociente com aproximação de uma divisão exata, devemos completar com zero(s), se
preciso, a(s) casa(s) do quociente necessária(s) para atingir tal aproximação. Exemplo:
O quociente com aproximação de milésimos de 8 de 3,2 é

45
Representação Decimal de uma Fração Ordinária
Podemos transformar qualquer fração ordinária em número decimal, devendo para isso dividir o numerador pelo
denominador da mesma. Exemplos:

 Converta em número decimal.

Logo, é igual a 0,75 que é um decimal exato.

 Converta em número decimal.

Logo, é igual a 0,333... que é uma dízima periódica simples.

 Converta em número decimal.

Logo, é igual a 0,8333... que é uma dízima periódica composta.

RAZÃO E PROPORÇÃO

Razão e proporção são conceitos que estão intimamente ligados. Dizemos que existe uma proporção ao observar
duas ou mais razões e construir uma relação entre elas.
O conceito de razão está relacionado com o conceito de divisão. Dizemos que a razão entre os números A e B é o
quociente A : B, ou seja, o resultado da divisão de A por B é chamado de razão. A representação de uma razão
pode ser A : B, A/B, o próprio resultado ou o mais usual:
A
B
A é o numerador e B é o denominador. Como exemplo, a razão entre os números 20 e 5 pode ser escrita: 20:5, 20/5
ou
20
5
e tem como resultado o número 4. Logo, 4 é a razão entre 20 e 5.
Outro exemplo de razão é a porcentagem. Porcentagem é uma razão que tem o denominador igual a 100.

Proporção:
Quando duas razões têm o mesmo resultado, elas são chamadas de proporção.Portanto, tem-se uma proporção
quando é observada a igualdade entre duas ou mais razões. Assim, se a razão entre A e B é igual à razão entre os
números C e D, dizemos que a seguinte igualdade é uma proporção:
A=C
B D
Nesse caso, leia essa igualdade da seguinte maneira: A está para B assim como C está para D. É importante dizer
ainda que A e D são chamados extremos das proporções e B e C são chamados meios.

Propriedades:
1 – Em toda proporção, o produto entre os extremos é igual ao produto entre os meios,ou seja, se
A=C
B D
Então
46
A·D = B·C
Essa é a técnica utilizada para o cálculo de proporções quando se tem apenas três dos números acima e é necessário
descobrir o quarto. Por essa razão, esse cálculo é chamado de regra de três.

2 – Em toda proporção, é possível trocar os extremos de lugar. Dessa maneira, as igualdades a seguir são
verdadeiras.
A=C
B D

D=C
B A
3 – Em toda proporção, é possível trocar os meios de lugar. Essa propriedade funciona exatamente como a anterior.
4 – Em toda proporção, é possível inverter as duas razões ou trocá-las de lugar. Portanto, as igualdades abaixo são
verdadeiras e equivalentes.
A=C
B D

B=D
A C

D=B
C A

EQUAÇÃO DE 1º GRAU

1) COM 01 (UMA) INCÓGNITA


Toda equação do 1º grau com uma incógnita é representada pela forma geral ax + b = c, com a, b e c pertencentes
aos números reais, sendo a ≠ 0.
Exemplos: x + 1 = 6 2x + 7 = 18 4x + 1 = 3x – 9 10x + 60 = 12x + 52
 Para resolver uma equação, precisamos conhecer algumas técnicas matemáticas. Vamos, por meio de
resoluções comentadas, demonstrar essas técnicas.

REGRA PRÁTICA PARA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU


Para resolver equação de 1° grau usaremos um método pratico seguindo o roteiro:
1) Isolar no 1° membro os termos em x e no 2° membro os termos que não apresentam x ( devemos trocar o sinal
dos termos que mudam de membro para outro)
2) Reduzir os termos semelhantes
3) Dividir ambos os membros pelo coeficiente de xExemplo 1: 4x + 2 = 8 – 2x
4x + 2x = 8 – 2
6x = 6
x=6/6 x=1
Portanto, o valor de x que satisfaz à equação é igual a 1. A verificação pode ser feita substituindo o valor de x na
equação, observe:
4x + 2 = 8 – 2x
4*1+2=8–2*1
4+2=8–2
6 = 6 → sentença verdadeira
Todas as equações, de uma forma geral, podem ser resolvidas dessa maneira.

Exemplo 2:
10x – 9 = 21 + 2x + 3x
10x – 2x – 3x = 21 + 9
10x – 5x = 30
5x = 30
x = 30/5 = x = 6

2) EQUAÇÃO DO PRIMEIRO GRAU COM 02 (DUAS) INCÓGNITAS


Toda equação do 1º grau com uma incógnita é representada pela forma geral ax + b = c, com a, b e c pertencentes
aos números reais, sendo a ≠ 0.
47
As equações do 1º grau com duas incógnitas são representadas pela expressão ax + by = c, com a ≠ 0, b ≠ 0 e c
assumindo qualquer valor real. Nesse modelo de equação, os valores de x e y estão ligados através de uma relação
de dependência. Observe exemplos de equações com duas incógnitas:
10x – 2y = 0 x – y = – 8 7x + y = 5 12x + 5y = – 10 50x – 6y = 32 8x + 11y = 12
Essa relação de dependência pode ser denominada de par ordenado (x, y) da equação, os valores de x dependem
dos valores de y e vice versa. Atribuindo valores a qualquer uma das incógnitas descobrimos os valores
correlacionados a elas. Por exemplo, na equação
3x + 7y = 5, vamos substituir o valor de y por 2:
3x + 7*2 = 5
3x + 14 = 5
3x = 5 – 14
3x = – 9
x=–9/3
x=–3
Temos que para y = 2, x = – 3, estabelecendo o par ordenado (–3, 2).

Exemplo 1
Dada a equação 4x – 3y = 11, encontre o valor de y, quando x assumir valor igual a 2.
x=2
4*2 – 3y = 11
8 – 3y = 11
– 3y = 11 – 8
– 3y = 3 (multiplicar por – 1)
3y = – 3
y = – 3/3
y=–1
Estabelecendo x = 2, temos y = – 1, constituindo o par ordenado (2, –1).

EQUAÇÃO DO 2º GRAU
* Definição
Denomina-se equação do 2º grau com uma variável toda e qualquer equação que esteja na forma:

Onde : a, b, c pertence a R, com a ≠ 0


Desta forma, são equações do segundo grau com uma variável:
a) 3x2 – 4x + 2 = 0
Onde:
a = 3 b = -4 c = 2
b) y2 + 10y – 15 = 0
Onde:
a=1
b = 10
c = -15
* Coeficientes da equação do 2º grau
Os números reais a, b e c são chamados de coeficientes da equação do 2º grau, e seguem da seguinte forma:
» a é sempre o coeficiente do termo x2
» b é sempre o coeficiente do termo x
» c é chamado de termo independente ou mesmo de termo constante
* O que são equações completas e equações incompletas
Como já definimos, o coeficiente ―a‖ é sempre diferente de zero (a ≠ 0). Mas os coeficientes ―b‖ e ―c‖ podem ser
nulos.
Desta forma:
» quando ―b‖ e ―c‖ são diferentes de zero, a equação se diz completa.
Ex.:
2x2 – 4x + 2 = 0
Y2 – 3y + 4 = 0
-3t2 + 4t + 3 = 0
Todas as equações acima são chamadas de ―equações completas‖.
» quando (b = 0), ou (c = 0) ou (b = c = 0), a equação se diz incompleta.
x2 – 5 = 0
48
t2 + 2t = 0
10x2 = 0
Todas as equações acima são chamadas de ―equações incompletas‖.
* Como resolver equações do 2º grau incompletas
Para resolver uma equação, que significa determinar o conjunto de soluções dessa equação.
Inicialmente observamos o seguinte:
» Se x2 = a, então x = raiz quadrada positiva e negativa (relação fundamental)
» Se a.b = 0, então a = 0 ou b = 0
Baseado nas condições acima, verificaremos como resolver as equações incompletas do 2º grau.
1º caso:
A equação é da forma ax2 + bx = 0, onde c = 0.
Resolva as seguintes equações incompletas do 2º grau, sendo U = R
Exemplos:
a) x2 – 4x = 0
Colocando o fator x em evidência, temos:
x. (x – 4) = 0
As raízes das equações são:
x=0
x–4=0
x=4
Logo S = {0,4}
b) y2 + 10y = 0
Colocando o fator y em evidência, temos:
y.(y + 10) = 0
As raízes das equações são:
y=0
y + 10 = 0
y = -10
Logo S = {0, -10}
Observe que nos exemplos acima, sempre procuramos colocar a variável em evidência para a equação seja
solucionada mais rapidamente.
2º caso
A equação é da forma ax2 + c = 0, onde b = 0.
Resolva as seguintes equações incompletas do 2º grau, sendo U = R
a) x2 – 49 = 0
Calculando o termo independente e transpondo e termo, temos o seguinte:
x2 – 49 = 0
x2 = 49
x = +/- raiz quadrada de 49 (√49) – relação fundamental
x = +/- 7 ---à Raiz quadrada de 49 pertence R e é exata : 7
x = + 7 ou x = -7
S = {-7, 7}
b) 4x2 – 36 = 0
Calculando o termo independente e transpondo e termo, temos o seguinte:
4x2 = 36
x2 = 36/4
x2 = 9
x = +/- raiz quadrada de 9 (√9) – relação fundamental
x = + 3 ou x = -3
S = {-3, 3}
SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU

Noções: A soma de dois números é 12 e a diferença entre eles é 4. Quais são estes números?
Para a resolução de problemas como este que apresenta duas incógnitas desconhecidas, utilizamos um sistema de
equações.
Chamamos de x o primeiro número (o maior) e de y o segundo número.
Pelo enunciado:
» soma de dois números é 12, ou seja: x+y = 12 ...I
» a diferença entre eles é 4, isto é : x-y = 4 .....II
49
A solução de um sistema de equações com duas variáveis é um par ordenado (x,y) de números reais que satisfaz
as duas equações ( I e II ).
Verificando o par ordenado (8,4), notamos que satisfaz as duas equações:
8+4=12 e 8-4=4 , logo a solução do sistema é (8,4)
Vejamos agora os métodos para a resolução de sistema de equações:
Método da adição: basta eliminar uma das variáveis, através de termos opostos, recaindo numa equação do 1º grau
com uma variável.
Ex: x+y=12
x-y=4
Notamos que as duas equações possuem termos opostos: (y e -y).
Com isso, basta somar as duas equações:

A seguir, basta substituir o valor encontrado para x em uma das equações.


8+y=12 ou 8-y=4
y=12-8 -y=4-8
y=4 y=4
O par ordenado (x,y)=(8,4) é a solução do sistema.
Outro exemplo:
... I
.. II
Note que as equações não possuem coeficientes opostos, logo se somarmos membro a membro, não eliminaremos
nenhuma variável.
Para a resolução deste sistema, devemos escolher uma variável para ser eliminada.
Para isso, multiplicamos a equação I por -2:
... I
... II
0x + 0y = 6 .... III
Observe que a equação III não possui solução, logo a solução do sistema seria vazio. S= { }
Método da substituição: » Consiste em eliminarmos uma das variáveis isolando seu valor numa das equações do
sistema, para em seguida substitui-la na outra.
Ex: x+y=12 ... I
x-y=4 .... II
Escolhemos uma das variáveis na primeira equação, para determinarmos o seu valor: x+y=12 » x=12-y
Substituímos na outra equação:
(12-y) - y = 4
12-2y = 4
-2y = -8
y=4
Substituindo o valor encontrado em uma das equações:
x+4=12 » x=12-4 » x=8
Logo a solução do sistema seria:
S = {(8,4)
Ex:
... I
... II
Escolhemos a variável y da equação II:
... II
Substituindo na equação II :

Substituindo o valor de x encontrado em II:

50
Logo a solução do sistema é : S = {( 10,4 )}
Método da comparação:» Consiste em comparmos as duas equações do sistema, após termos isolado a mesma
variável (x ou y) nas duas equações:
x+2y=2 » x=2-2y
x+y = 3 » x=3-y

Comparando as duas equações:


2-2y=3-y
-2y+y=3-2
-y = 1
y = -1
Substituindo o valor de y encontrado: x = 2-2.(-1) » x=2+2=4 - Portando S= {(4,-1)}

SISTEMA DE MEDIDAS
Medidas de Comprimento
Metro
A palavra metro vem do gegro métron e significa "o que mede". Foi estabelecido inicialmente que a medida do
metro seria a décima milionésima parte da distância do Pólo Norte ao Equador, no meridiano que passa por Paris.
No Brasil o metro foi adotado oficialmente em 1928.

Múltiplos e Submúltiplos do Metro


Além da unidade fundamental de comprimento, o metro, existem ainda os seus múltiplos e submúltiplos, cujos
nomes são formados com o uso dos prefixos: quilo, hecto, deca, deci, centi e mili. Observe o quadro:
Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
km hm dam m dm cm mm
1.000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas
distâncias.

Leitura das Medidas de Comprimento


A leitura das medidas de comprimentos pode ser efetuada com o auxílio do quadro de unidades.
Exemplos: Leia a seguinte medida: 15,048 m. Sequência prática

1º) Escrever o quadro de unidades:


km hm dam m dm cm mm

2º) Colocar o número no quadro de unidades, localizando o último algarismo da parte inteira sob a sua respectiva.
km hm dam m dm cm mm
1 5, 0 4 8
3º) Ler a parte inteira acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a parte decimal
acompanhada da unidade de medida do último algarismo da mesma. 15 metros e 48 milímetros
Outros exemplos:
6,07 km lê-se "seis quilômetros e sete decâmetros"
82,107 dam lê-se "oitenta e dois decâmetros e cento e sete centímetros".
0,003 m lê-se "três milímetros".

Transformação de Unidades

Observe as seguintes transformações:


2. Transforme 16,584hm em m.
km hm dam m dm cm mm
51
Para transformar hm em m (duas posições à direita) devemos multiplicar por 100 (10 x 10).
16,584 x 100 = 1.658,4. Ou seja: 16,584hm = 1.658,4m
 Transforme 1,463 dam em cm.
km hm dam m dm cm mm
Para transformar dam em cm (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000 (10 x 10 x 10).
1,463 x 1.000 = 1,463. Ou seja: 1,463dam = 1.463cm.

 Transforme 176,9m em dam.


km hm dam m dm cm mm
Para transformar m em dam (uma posição à esquerda) devemos dividir por 10.
176,9 : 10 = 17,69 Ou seja: 176,9m = 17,69dam

 Transforme 978m em km.


km hm dam m dm cm mm
Para transformar m em km (três posições à esquerda) devemos dividir por 1.000.
978 : 1.000 = 0,978 Ou seja: 978m = 0,978km.
Observação:
Para resolver uma expressão formada por termos com diferentes unidades, devemos inicialmente transformar
todos eles numa mesma unidade, para a seguir efetuar as operações.

Medidas de massa
Introdução
Observe a distinção entre os conceitos de corpo e massa:
Massa é a quantidade de matéria que um corpo possui, sendo, portanto, constante em qualquer lugar da terra ou
fora dela. Peso de um corpo é a força com que esse corpo é atraído (gravidade) para o centro da terra. Varia de
acordo com o local em que o corpo se encontra.
Quilograma
A unidade fundamental de massa chama-se quilograma.
O quilograma (kg) é a massa de 1dm3 de água destilada à temperatura de 4ºC.
Apesar de o quilograma ser a unidade fundamental de massa, utilizamos na prática o grama como unidade
principal de massa.

Múltiplos e Submúltiplos do grama


Unidade
Múltiplos Submúltiplos
principal
quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
kg hg dag g dg cg mg
1.000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g
Observe que cada unidade de volume é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Exemplos:
1 dag = 10 g 1 g = 10 dg

Relações Importantes
Podemos relacionar as medidas de massa com as medidas de volume e capacidade.
Assim, para a água pura (destilada) a uma temperatura de 4ºC é válida a seguinte equivalência:
1 kg <=> 1dm3 <=> 1L
São válidas também as relações:
3
1m <=> 1 Kl <=> 1t
Observação: Na medida de grandes massas, podemos utilizar ainda as seguintes unidades especiais:
1 arroba = 15 kg 1 tonelada (t) = 1.000 kg 1 megaton = 1.000 t ou 1.000.000 kg

Leitura das Medidas de Massa


A leitura das medidas de massa segue o mesmo procedimento aplicado às medidas lineares. Exemplos:
 Leia a seguinte medida: 83,732 hg
kg hg dag g dg cg mg
8 3, 7 3 1
Lê-se "83 hectogramas e 731 decigramas".
 Leia a medida: 0,043g

52
kg hg dag g dg cg mg
0, 0 4 3
Lê-se " 43 miligramas".

Transformação de Unidades
Cada unidade de massa é 10 vezes maior que a unidade
imediatamente inferior.

Observe as Seguintes transformações:


 Transforme 4,627 kg em dag.
kg hg dag g dg cg mg
Para transformar kg em dag (duas posições à direita) devemos multiplicar por 100 (10 x 10).
4,627 x 100 = 462,7
Ou seja: 4,627 kg = 462,7 dag
Observação: Peso bruto: peso do produto com a embalagem. Peso líquido: peso somente do produto.

Medidas de volume 1cm3 <=> 1ml <=> 1g


Metro cúbico
A unidade fundamental de volume chama-se metro cúbico. O metro cúbico (m3) é medida correspondente ao
espaço ocupado por um cubo com 1 m de aresta.

Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico


Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
hectômetro decâmetro decímetro centímetro milímetro
quilômetro cúbico metro cúbico
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
1.000.000 0,000000001
1.000.000.000m3 1.000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3
m3 m3

Leitura das medidas de volume


A leitura das medidas de volume segue o mesmo procedimento do aplicado às medidas lineares. Devemos utilizar
porem, tres algarismo em cada unidade no quadro. No caso de alguma casa ficar incompleta, completa-se com
zero(s). Exemplos.
 Leia a seguinte medida: 75,84m
3
3 3 3
km hm dam m3 dm3 cm3 mm3
75, 840
Lê-se "75 metros cúbicos e 840 decímetros cúbicos".

 Leia a medida: 0,0064dm3


3
km hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
0, 006 400
Lê-se "6400 centímetros cúbicos".

Na transformação de unidades de volume, no sistema métrico decimal, devemos lembrar que cada unidade de
volume é 1.000 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

Observe a seguinte transformação:


 transformar 2,45 m3 para dm3.
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

53
Para transformar m3 em dm3 (uma posição à direita) devemos multiplicar por 1.000.
2,45 x 1.000 = 2.450 dm3

Medidas de superfície
Superfície e área
Superficie é uma grandeza com duas dimensòes, enquanto área é a medida dessa grandeza, portanto, um número.

Metro Quadrado
A unidade fundamental de superfície chama-se metro quadrado.
O metro quadrado (m2) é a medida correspondente à superfície de um quadrado com 1 metro de lado.
Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetros hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
2 2 2 2 2 2
km hm dam m dm cm mm2
1.000.000m2 10.000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
O dam , o hm e km sào utilizados para medir grandes superfícies, enquanto o dm2, o cm2 e o mm2 são
2 2 2

utilizados para pequenas superfícies.


Exemplos:
1) Leia a seguinte medida: 12,56m2
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
12, 56
Lê-se ―12 metros quadrados e 56 decímetros quadrados‖. Cada coluna dessa tabela corresponde a uma unidade
de área.
2) Leia a seguinte medida: 178,3 m2
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
1 78, 30
Lê-se ―178 metros quadrados e 30 decímetros quadrados‖

3) Leia a seguinte medida: 0,917 dam2


km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
0, 91 70
Lê-se 9.170 decímetros quadrados.

Transformação de unidades
No sistema métrico decimal, devemos lembrar que, na transformação de unidades de superfície, cada unidade
de superfície é 100 vezes maior que a unidade imediatamente inferior:

Observe as seguintes transformações:


 transformar 2,36 m2 em mm2.
2
km hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
2 2
Para transformar m em mm (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000.000 (100x100x100).
2,36 x 1.000.000 = 2.360.000 mm2

 transformar 580,2 dam2 em km2.


2
km hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
2 2
Para transformar dam em km (duas posições à esquerda) devemos dividir por 10.000 (100x100).
580,2 : 10.000 = 0,05802 km2

NOÇÕES DE GEOMETRIA
PERINCIPAIS FIGURAS GEOMÉTRICAS

PERÍMETRO é a medida do comprimento de um contorno, ou o comprimento da linha que delimita uma figura
plana.

54
ÁREA é a medida da quantidade de espaço de uma superfície delimitada.

LOSANGO: S = D.d/2

VOLUME: Em geral, o volume de sólidos refere-se à capacidade desse sólido e é calculado levando-se em
consideração suas três dimensões.
CUBO PARALELEPÍPEDO CILINDRO

PRISMA

TEOREMA DE PITÁGORAS

O Teorema de Pitágoras é considerado uma das principais descobertas da Matemática, ele descreve uma relação
existente no triângulo retângulo. Vale lembrar que o triângulo retângulo pode ser identificado pela existência de um
ângulo reto, isto é, medindo 90º. O triângulo retângulo é formado por dois catetos e a hipotenusa, que constitui o maior
segmento do triângulo e é localizada oposta ao ângulo reto. Observe:

Catetos: a e b
Hipotenusa: c

O Teorema diz que: ―a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.

‖ a² + b² = c²

55
Exemplo
Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.

x² = 9² + 12²
x² = 81 + 144
x² = 225 √x² = √225
x = 15

TABELAS E GRÁFICOS

Vamos nos deter em conhecer melhor os elementos dos textos tabelas e gráficos, e as regras que devem ser analisadas
quando da produção e leitura destes textos.

tabela

São elementos de um gráfico:


Título - em geral na forma de frase curta e chamativa, para despertar o interesse do leitor.
Subtítulo ou texto explicativo - essencial para a compreensão do gráfico. Nele encontramos o assunto de que trata o
gráfico, aonde e quando foi feita a pesquisa e muitas vezes as unidades escolhidas para uma ou para as duas variáveis
envolvidas.
Fonte - identificação do órgão ou instituição que fez a pesquisa de dados. A fonte valida a pesquisa e permite que o leitor
possa confiar nas informações descritas pelo gráfico.

Onde é representada a variável independente que pode ser do tipo qualitativa ou quantitativa. Este eixo pode ser visível ou
não, no entanto quando tratamos com variável quantitativa ela deve ser organizada neste eixo em ordem crescente de
valores, enquanto no caso de variáveis qualitativas elas podem ser dispostas no eixo em qualquer ordem.

Gráfico retirado da revista Aprender de maio/junho de 2003


Cada tipo de gráficos tem uma função diferente, basicamente eles são de três tipos: em barras, em linha ou segmentos ou
em setores.
Os gráficos em barras, em que os dados são representados por retângulos verticais (colunas) ou horizontais (barras), são
utilizados sempre que temos variáveis qualitativas, ou ainda para representar dados numéricos colhidos de diversas
populações.

56
PROBABILIDADE

A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da grande
existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a
chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório.
Experimento Aleatório
É aquele experimento que quando repetido em iguais condições, podem fornecer resultados diferentes, ou seja, são
resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve
cálculo de experimento aleatório.
Espaço Amostral
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o espaço amostral, é S.
Exemplo:
Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral, constituído pelos 12 elementos:
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}
1. Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m número par aparece}, B={um número primo
aparece}, C={coroas e um número ímpar aparecem}.
2. Idem, o evento em que:
a) A ou B ocorrem;
b) B e C ocorrem;
c) Somente B ocorre.
3. Quais dos eventos A,B e C são mutuamente exclusivos

Resolução:
1. Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um número par: A={K2, K4, K6};
Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos: B={K2,K3,K5,R2,R3,R5}
Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar: C={R1,R3,R5}.
2. (a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}
(b) B e C = B C = {R3,R5}
(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C;
B Ac Cc = {K3,K5,R2}
A e C são mutuamente exclusivos, porque A C=

Conceito de probabilidade
Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer um evento A
é:

Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente
prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%
Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos elementares têm probabilidades iguais
de ocorrência.
Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um evento A é sempre:

Propriedades Importantes:
1. Se A e A‘ são eventos complementares, então:
P( A ) + P( A' ) = 1
2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre Æ (probabilidade de evento impossível) e 1 (probabilidade
do evento certo).

Probabilidade Condicional
57
Antes da realização de um experimento, é necessário que já tenha alguma informação sobre o evento que se deseja
observar. Nesse caso, o espaço amostral se modifica e o evento tem a sua probabilidade de ocorrência alterada.
Fórmula de Probabilidade Condicional
P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e ...En-1).
Onde P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato de já ter ocorrido E 1;
P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E3, condicionada pelo fato de já terem ocorrido E1 e E2;
P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato de já ter ocorrido E1 e E2...En-1.

Exemplo:
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2 bolas, uma de cada vez e sem
reposição, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul?
Resolução:
Seja o espaço amostral S=30 bolas, e considerarmos os seguintes eventos:
A: vermelha na primeira retirada e P(A) = 10/30
B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29
Assim:
P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87
Eventos independentes
Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes quando a probabilidade de ocorrer um deles não depende do
fato de os outros terem ou não terem ocorrido.
Fórmula da probabilidade dos eventos independentes:
P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)

Exemplo:
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de cada vez e repondo a sorteada na
urna, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul?
Resolução:
Como os eventos são independentes, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada e azul na segunda retirada é
igual ao produto das probabilidades de cada condição, ou seja, P(A e B) = P(A).P(B). Ora, a probabilidade de sair
vermelha na primeira retirada é 10/30 e a de sair azul na segunda retirada 20/30. Daí, usando a regra do produto, temos:
10/30.20/30=2/9.
Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois houve reposição. Assim, P(B/A) =P(B), porque
o fato de sair bola vermelha na primeira retirada não influenciou a segunda retirada, já que ela foi reposta na urna.
Probabilidade de ocorrer a união de eventos
Fórmula da probabilidade de ocorrer a união de eventos:
P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2) - P(E1 e E2)
De fato, se existirem elementos comuns a E1 e E2, estes eventos estarão computados no cálculo de P(E1) e P(E2). Para
que sejam considerados uma vez só, subtraímos P(E1 e E2).
Fórmula de probabilidade de ocorrer a união de eventos mutuamente exclusivos:
P(E1 ou E2 ou E3 ou ... ou En) = P(E1) + P(E2) + ... + P(En)

Exemplo: Se dois dados, azul e branco, forem lançados, qual a probabilidade de sair 5 no azul e 3 no branco?
Considerando os eventos:
A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6
B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6
Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, temos:
n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, temos:P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36

Exemplo: Se retirarmos aleatoriamente uma carta de baralho com 52 cartas, qual a probabilidade de ser um 8 ou um
Rei?
Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, temos: n(S) = 52 cartas. Considere os eventos:
A: sair 8 e P(A) = 4/52
B: sair um rei e P(B) = 4/52
Assim, P(A ou B) = 4/52 + 4/52 – 0 = 8/52 = 2/13. Note que P(A e B) = 0, pois uma carta não pode ser 8 e rei ao mesmo
tempo. Quando isso ocorre dizemos que os eventos A e B são mutuamente exclusivos.

QUESTÕES
1) Uma escola possui 800 alunos, dos quais 560 são meninos. Sabe-se que entre as meninas, 10% gostam de futebol, já entre os
meninos essa porcentagem é de 80%. Escolhendo-se, ao acaso, um desses alunos e sabendo que este gosta de futebol, a
probabilidade de que este aluno seja menino é:
a) 56/59 b) 14/25 c) 4/5 d) 9/10

58
2) Ao realizar uma reportagem que aborda a preocupação dos cidadãos em investir numa renda alternativa para complementar
a aposentadoria, a jornalista de uma emissora de TV obteve, por meio de um órgão de estatística, os seguintes dados coletados
em um grupo de 100 trabalhadores:
-35 pessoas tem preferência em investir na caderneta de poupança;
-42 preferem investir em imóveis;
-26 preferem investir em um plano de previdência privada;
-9 tem preferência pela caderneta de poupança e imóveis;
-12 preferem o investimento em imóveis e previdência privada;
-10 preferem a caderneta de poupança e a previdência privada;
-4 preferem investir de três formas: caderneta de poupança, imóveis e previdência privada.
-Com o intuito de realizar uma entrevista no estúdio da emissora, a jornalista decide entrar em contato e convidar, ao acaso,
uma das pessoas do grupo pesquisado. Qual a probabilidade da pessoa escolhida não ter preferência por nenhuma das três
opções de investimento citadas?
a 0,37 b 0,15 c 0,28 d 0,09 e 0,24

GABARITO: 1-A 2-E

NOÇÕES DE RELAÇÃO E FUNÇÃO


Definimos função como a relação entre dois ou mais conjuntos, estabelecida por uma lei de formação, isto é, uma regra geral.
Os elementos de um grupo devem ser relacionados com os elementos do outro grupo, através dessa lei. Por exemplo, vamos
considerar o conjunto A formado pelos seguintes elementos {–3, –2, 0, 2, 3}, que irão possuir representação no conjunto B de
acordo com a seguinte lei de formação y = x².

Aplicada a lei de formação, temos os seguintes pares ordenados: {(–3, 9), (–1, 1), (0, 0), (2, 4), (4, 16)}. Essa relação também
pode ser representada com a utilização de diagramas de flechas, relacionando cada elemento do conjunto A com os elementos
do conjunto B. Observe:

No diagrama é possível observar com mais clareza que todos os elementos de A estão ligados a pelo menos um elemento de B,
então podemos dizer que essa relação é uma função. Dessa forma o domínio é dado pelos elementos do conjunto A, e a
imagem, pelos elementos do conjunto B.

As funções possuem diversas aplicações no cotidiano, sempre relacionando grandezas, valores, índices, variações entre outras
situações. Por exemplo, a inflação é medida através da função que relaciona os preços atuais com os preços anteriores, dentro
de um determinado período, caso ocorra variação para mais dizemos que houve inflação, e havendo variação para menos,
denominamos deflação. A distância percorrida por um veículo depende da quantidade de combustível presente no tanque.
Ciências como a Física, a Química e a Biologia utilizam em seus cálculos as propriedades das funções para demonstrarem a
ocorrência de determinados fenômenos. Dessa forma, é muito importante obter o conhecimento adequado sobre as
propriedades e definições das funções

FUNÇÕES DE 1º GRAU

O estudo das funções é importante, uma vez que elas podem ser aplicadas em diferentes circunstâncias: nas engenharias, no
cálculo estatístico de animais em extinção, etc.
O significado de função é intrínseco à matemática, permanecendo o mesmo para qualquer tipo de função, seja ela do 1° ou do
2° grau, ou uma função exponencial ou logarítmica. Portanto, a função é utilizada para relacionar valores numéricos de uma
determinada expressão algébrica de acordo com cada valor que a variável x assume.
Sendo assim, a função do 1° grau relacionará os valores numéricos obtidos de expressões algébricas do tipo ( ax + b),
constituindo, assim, a função f(x) = ax + b.

Note que para definir a função do 1° grau, basta haver uma expressão algébrica do 1° grau. Como dito anteriormente, o
objetivo da função é relacionar para cada valor de x um valor para o f(x). Vejamos um exemplo para a função f(x)= x – 2.

59
x = 1, temos que f(1) = 1 – 2 = –1
x = 4, temos que f(4) = 4 – 2 = 2
Note que os valores numéricos mudam conforme o valor de x é alterado, sendo assim obtemos diversos pares ordenados,
constituídos da seguinte maneira: (x, f(x)). Veja que para cada coordenada x, iremos obter uma coordenada f(x). Isso auxilia na
construção de gráficos das funções.
Portanto, para que o estudo das funções do 1° grau seja realizado com sucesso, compreenda bem a construção de um gráfico e
a manipulação algébrica das incógnitas e dos coeficientes.

A função determina uma relação entre os elementos de dois conjuntos. Podemos defini-la utilizando uma lei de formação, em
que, para cada valor de x, temos um valor de f(x). Chamamos x de domínio e f(x) ou y de imagem da função.
A formalização matemática para a definição de função é dada por: Seja X um conjunto com elementos de x e Y um
conjunto dos elementos de y, temos que:
f: x → y

Assim sendo, cada elemento do conjunto x é levado a um único elemento do conjunto y. Essa ocorrência é determinada por
uma lei de formação.
A partir dessa definição, é possível constatar que x é a variável independente e que y é a variável dependente. Isso porque, em
toda função, para encontrar o valor de y, devemos ter inicialmente o valor de x.

Tipos de funções
As funções podem ser classificadas em três tipos, a saber:
Função injetora ou injetiva
Nessa função, cada elemento do domínio (x) associa-se a um único elemento da imagem f(x). Todavia, podem existir
elementos do contradomínio que não são imagem. Quando isso acontece, dizemos que o contradomínio e imagem são
diferentes. Veja um exemplo:
 Conjunto dos elementos do domínio da função: D(f) = {-1,5, +2, +8}
 Conjunto dos elementos da imagem da função: Im(f) = {A, C, D}
 Conjunto dos elementos do contradomínio da função: CD(f) = {A, B, C, D}

 Função Sobrejetora ou sobrejetiva


Na função sobrejetiva, todos os elementos do domínio possue um elemento na imagem. Pode acontecer de dois elementos do
domínio possuírem a mesma imagem. Nesse caso, imagem e contradomínio possuem a mesma quantidade de elementos.
Conjunto dos elementos do domínio da função: D(f) = {-10, 2, 8, 25}
Conjunto dos elementos da imagem da função: Im (f) = {A, B, C}
Conjunto dos elementos do contradomínio da função: CD (f) = {A, B, C}

Função bijetora ou bijetiva


Essa função é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora, pois, cada elemento de x relaciona-se a um único elemento de f(x).
Nessa função, não acontece de dois números distintos possuírem a mesma imagem, e o contradomínio e a imagem possuem a
mesma quantidade de elementos.
Conjunto dos elementos do domínio da função: D(f) = {-12, 0, 1, 5}
Conjunto dos elementos da imagem da função: Im (f) = {A, B, C, D}
Conjunto dos elementos do contradomínio da função: CD (f) = {A, B, C, D}

60
As funções podem ser representadas graficamente. Para que isso seja feito, utilizamos duas coordenadas, que são x e y. O
plano desenhado é bidimensional. A coordenada x é chamada de abscissa e a y, de ordenada. Juntas em funções, elas formam
leis de formação. Veja a imagem do gráfico do eixo x e y:

Do último ano do Fundamental e ao longo do Ensino Médio, geralmente estudamos doze funções, que são:
1 – Função constante; 2 – Função par; 3 – Função ímpar; 4 – Função afim ou polinomial do primeiro grau;
5 – Função Linear; 6 – Função crescente; 7 – Função decrescente; 8 – Função quadrática ou polinomial do segundo grau;
9 – Função modular; 10 – Função exponencial; 11 – Função logarítmica; 12 – Funções trigonométricas; 13 – Função raiz.

Mostraremos agora o gráfico e a fórmula geral de cada uma das funções listadas acima:
1 - Função constante
Na função constante, todo valor do domínio (x) tem a mesma imagem (y).
Fórmula geral da função constante:
f(x) = c x = Domínio f(x) = Imagem c = constante, que pode ser qualquer número do conjunto dos reais.
Exemplo de gráfico da função constante: f(x) = 2

2 – Função Par
A função par é simétrica em relação ao eixo vertical, ou seja, à ordenada y. Entenda simetria como sendo uma figura/gráfico
que, ao dividi-la em partes iguais e sobrepô-las, as partes coincidem-se perfeitamente.
Fórmula geral da função par:
f(x) = f(- x) x = domínio f(x) = imagem - x = simétrico do domínio
Exemplo de gráfico da função par: f(x) = x3

3 – Função ímpar
A função ímpar é simétrica (figura/gráfico que, ao dividi-la em partes iguais e sobrepô-las, as partes coincidem-se
perfeitamente) em relação ao eixo horizontal, ou seja, à abscissa x.
Fórmula geral da função ímpar
f(– x) = – f(x) – x = domínio f(– x) = imagem - f(x) = simétrico da imagem
Exemplo de gráfico da função ímpar: f(x) = 3x

61
4 – Função afim ou polinomial do primeiro grau
Para saber se uma função é polinomial do primeiro grau, devemos observar o maior grau da variável x (termo
desconhecido), que sempre deve ser igual a 1. Nessa função, o gráfico é uma reta. Além disso, ela possui: domínio x,
imagem f(x) e coeficientes a e b.
Fórmula geral da função afim ou polinomial do primeiro grau
f(x) = ax + b x = domínio f(x) = imagem a = coeficiente b = coeficiente
Exemplo de gráfico da função polinomial do primeiro grau: f(x) = 4x + 1

5 – Função Linear
A função linear tem sua origem na função do primeiro grau (f(x) = ax + b). Trata-se de um caso particular, pois b sempre será
igual a zero.
Fórmula geral da função linear
f(x) = ax x = domínio f(x) = imagem a = coeficiente
Exemplo de gráfico da função linear: f(x) = -x/3

6 – Função crescente
A função polinomial do primeiro grau será crescente quando o coeficiente a for diferente de zero e maior que um (a > 1).
Fórmula geral da função crescente
f(x) = + ax + b x = domínio f(x) = imagem a = coeficiente sempre positivo b = coeficiente
Exemplo de gráfico da função crescente: f(x) = 5x

7 – Função decrescente
Na função decrescente, o coeficiente a da função do primeiro grau (f(x) = ax + b) é sempre negativo.
Fórmula geral da função decrescente
f(x) = - ax + b x= domínio/ incógnita f(x) = imagem - a = coeficiente sempre negativo b = coeficiente
62
Exemplo de gráfico da função decrescente: f(x) = - 5x

8 – Função quadrática ou polinomial do segundo grau


Identificamos que uma função é do segundo grau quando o maior expoente que acompanha a variável x (termo desconhecido)
é 2. O gráfico da função polinomial do segundo grau sempre será uma parábola. A sua concavidade muda de acordo com o
valor do coeficiente a. Sendo assim, se a é positivo, a concavidade é para cima e, se for negativo, é para baixo.
Fórmula geral da função quadrática ou polinomial do segundo grau
f(x) = ax2 + bx + c x = domínio f(x) = imagem a = coeficiente que determina a concavidade da parábola. b =
coeficiente.
c = coeficiente.
Exemplo de gráfico da função polinomial do segundo grau: f(x) = x2 – 6x + 5

9 – Função modular
A função modular apresenta o módulo, que é considerado o valor absoluto de um número e é caracterizado por (| |). Como o
módulo sempre é positivo, esse valor pode ser obtido tanto negativo quanto positivo. Exemplo: |x| = + x ou |x| = - x.
Fórmula geral da função modular
f(x) = x, se x≥ 0
ou
f(x) = – x, se x < 0
x = domínio f(x) = imagem - x = simétrico do domínio
Exemplo de gráfico da função modular: f(x) =

10 – Função exponencial
Uma função será considerada exponencial quando a variável x estiver no expoente em relação à base de um termo numérico ou
algébrico. Caso esse termo seja maior que 1, o gráfico da função exponencial é crescente. Mas se o termo for um número
entre 0 e 1, o gráfico da função exponencial é decrescente.
Fórmula geral da função exponencial
f(x) = ax a > 1 ou 0 < a < 1 x = domínio f(x) = imagem a = Termo numérico ou algébrico
Exemplo de gráfico da função exponencial crescente: f(x) = (2)x, para a = 2

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Exemplo de gráfico da função exponencial decrescente: f(x) = (1/2)x para a = ½

11 - Função logarítmica
Na função logarítmica, o domínio é o conjunto dos números reais maiores que zero e o contradomínio é o conjunto dos
elementos dependentes da função, sendo todos números reais.
Fórmula geral da função logarítmica
f(x) = loga x a = base do logaritmo f(x) = Imagem/ logaritmando x = Domínio/ logaritmo
Exemplo de gráfico da função logarítmica: f(x) = log10 (5x - 6)

12 – Funções trigonométricas
As funções trigonométricas são consideradas funções angulares e são utilizadas para o estudo dos triângulos e em fenômenos
periódicos. Podem ser caracterizadas como razão de coordenadas dos pontos de um círculo unitário. As funções consideradas
elementares são:
- Seno: f(x) = sen x - Cosseno: f(x) = cos x - Tangente: f(x) = tg x
Exemplo de gráfico da função trigonométrica seno: f(x) = sen (x + 2)

Exemplo de gráfico da função trigonométrica cosseno: f(x) = cos (x + 2)

64
Exemplo de gráfico da função tangente: f(x) = tg (x + 2)

13 – Função raiz
O que determina o domínio da função raiz é o termo n que faz parte do expoente. Se n for ímpar, o domínio (x) será o conjunto
dos números reais; se n for par, o domínio (x) será somente os números reais positivos. Isso porque, quando o índice é par, o
radicando (termo que fica dentro da raiz) não pode ser negativo.
Fórmula geral da função raiz
f(x) = x 1/n f(x) = Imagem x = domínio/ base 1/n = expoente
Exemplo de gráfico da função raiz: f(x) = (x)1/2

ÁLGEBRA

Álgebra é o ramo da Matemática que generaliza a aritmética. Isso significa que os conceitos e operações provenientes da
aritmética (adição, subtração, multiplicação, divisão etc.) serão testados e sua eficácia será comprovada para todos os
números pertencentes a determinados conjuntos numéricos.
A operação ―adição‖, por exemplo, realmente funciona em todos os números pertencentes ao conjunto dos números
naturais? Ou existe algum número natural muito grande, próximo ao infinito, que se comporta de maneira diferente dos
demais ao ser somado? A resposta para essa pergunta é dada pela álgebra: Primeiramente, é definido o conjunto dos
números naturais e a operação soma; depois, é comprovado que a operação soma funciona para qualquer número natural.

Nos estudos de álgebra, letras são utilizadas para representar números. Essas letras tanto podem representar números
desconhecidos quanto um número qualquer pertencente a um conjunto numérico. Se x é um número par, por exemplo,
então x pode ser 2, 4, 6, 8, 10,.... Dessa maneira, x é um número qualquer pertencente ao conjunto dos números pares e
fica evidente o tipo de número que x é: um múltiplo de 2.

 Propriedades das operações matemáticas
Sabendo que um número qualquer pertencente a um conjunto pode ser representado por uma letra, considere os números
x, y e z como pertencentes ao conjunto dos números reais e as operações adição e multiplicação representadas por ―+‖ e
―·‖, respectivamente. Então, as seguintes propriedades são válidas para x, y e z:
1 – Associatividade
(x + y) + z = x + (y + z)
(x·y)·z = x·(y·z)
2 – Comutatividade
x+y=y+x
x·y = y·x
3 – Existência de elemento neutro (1 para a multiplicação e 0 para a adição)
x+0=x
x·1 = x
4 – Existência de elemento oposto (ou simétrico).
x + (– x) = 0
65
x· 1 = 1
x
5 – Distributividade (também chamada de propriedade distributiva da multiplicação sobre a adição)
x·(y + z) = x·y + x·z

Essas cinco propriedades são válidas para todos os números reais x, y e z, uma vez que essas letras foram usadas para
representar qualquer número real. Elas também são válidas para as operações adição e multiplicação.

 Expressões algébricas
Na Matemática, expressão é a uma sequência de operações matemáticas realizadas com alguns números. Por exemplo: 2
+ 3 – 7 é uma expressão numérica. Quando essa expressão envolve números desconhecidos (incógnitas), ela é chamada
de expressão algébrica. Uma expressão algébrica que possui apenas um termo é chamada de monômio.
Qualquer expressão algébricaque seja resultado de soma ou subtração entre dois monômios é chamada de polinômio.
Expressões algébricas, monômios e polinômios são exemplos de elementos pertencentes à álgebra, pois são
constituídos a partir de operações realizadas com números desconhecidos. Lembre-se de que um número desconhecido
pode representar qualquer número de um conjunto numérico.

 Equações
Equações são expressões algébricas que possuem uma igualdade. Dessa forma, equação é um conteúdo da Matemática
que relaciona números a incógnitas por intermédio de uma igualdade.
A presença da incógnita é o que classifica a equação como expressão algébrica. A presença da igualdade permite
encontrar a solução de uma equação, isto é, o valor numérico da incógnita.
Exemplos
1) 2x + 4 = 0
2) 4x – 4 = 19 – 8x
3) 2x2 + 8x – 9 = 0

 Funções
A definição formal de função é a seguinte: função é uma regra que relaciona cada elemento de um conjunto a um único
elemento de um segundo conjunto.
Essa regra é matematicamente representada por uma expressão algébrica que possui uma igualdade, mas que relaciona
incógnita a incógnita. Esta é a diferença entre função e equação: a equação relaciona uma incógnita a um número fixo;
na função, a incógnita representa todo um conjunto numérico. Por esse motivo, dentro de funções, as incógnitas são
chamadas de variáveis, já que elas podem assumir qualquer valor dentro do conjunto que representam.
Como envolve expressões algébricas, função é também um conteúdo pertencente à Álgebra, uma vez que as letras
representam qualquer número pertencente a um conjunto de números qualquer.

Exemplos:
1) Considere a função y = x2, em que x é qualquer número real.
Nessa função, a variável x pode assumir qualquer valor dentro do conjunto dos números reais. Como a regra que liga os
números representados por x aos números representados por y é uma operação matemática básica, então, y também
representa números reais. O único detalhe a respeito disso é que y não pode representar um número real negativo nessa
função, uma vez que y é resultado de uma potência de expoente 2, que sempre terá resultado positivo.

2) Considere a função y = 2x, em que x é um número natural.


Nessa função, a variável x pode assumir qualquer valor dentro do conjunto dos números naturais. Esses números são os
inteiros positivos, portanto, os valores que y pode assumir são os números naturais múltiplos de 2. Dessa maneira, y é
um representante do conjunto dos números pares.

 Da álgebra clássica à álgebra abstrata


Os conceitos relacionados até aqui compõem a álgebra clássica. Essa parte da álgebra está mais ligada aos conjuntos
dos números naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais e complexos e é estudada tanto no ensino fundamental quanto
no ensino superior. A outra parcela da álgebra, conhecida como abstrata, estuda essas mesmas estruturas, mas para
conjuntos quaisquer. Dessa forma, dado um conjunto qualquer, com elementos quaisquer (números ou não), é possível
definir uma operação ―adição‖, uma operação ―multiplicação‖ e verificar a existência ou não das propriedades dessas
operações, bem como a validade de ―equações‖, ―funções‖, ―polinômios‖ etc.

MATRIZES

Conceituando matriz

66
Para compreendermos a conceituação de matriz, precisamos aderir à convenção dos matemáticos em que a ordenação
das linhas de uma matriz seja dada de cima para baixo, e a ordenação das colunas, da esquerda para a direita. Veja o
exemplo abaixo e perceba a prática desta convenção.

Vejamos mais detalhadamente o resultado desta convenção.

Em termos gerais: uma matriz m x n, com m e n números naturais não nulos, é toda tabela composta por m.n elementos
dispostos em m linhas e n colunas.
Representando matrizes
Uma matriz é, em geral, representa por uma letra maiúscula do nosso alfabeto (A, B, C, ...Z), enquanto os seus termos
são representados pela mesma letra, desta vez minúscula, acompanhada de dois índices (a11 a12 a13 ... amn), onde o
primeiro representa a linha e o segundo a coluna em que o elemento está localizado.
Uma representação genérica de matriz é mostrada em seguida:

Chamemos esta matriz de A, e sua ordem é m x n, ou seja, m linhas e n colunas. Nela podemos observar o elemento aij,
onde i representa a linha e j a coluna. Tomemos como exemplo o elemento a 32 → i = 3 e j = 2. O elemento está
localizado na 3ª linha e na 2ª coluna. Ainda podemos chamar esta matriz de A = (aij)m x n.
Tipos de matrizes
Matriz quadrada
Dizemos que uma matriz A de ordem m x n é quadrada, quando m = n. Isso significa que o número de linhas será igual
ao número de colunas. Podemos representar este tipo de matriz por An.
Exemplos:

Matriz triangular
Uma matriz de ondem n (quadrada) é triangular quando todos os elementos acima ou abaixo da diagonal principal são
nulos (iguais à zero).
Exemplos:

Lembrete: O enunciado diz que os elementos acima OU abaixo da diagonal principal, na matriz quadrada, são nulos, ou
seja, somente uma dessas partes (acima ou abaixo) deverá estar nula para caracterizar uma matriz triangular. Quando
estas duas partes são nulas, temos outro tipo de matriz, a diagonal, como veremos em seguida.

67
Matriz diagonal
A matriz, de ordem n (quadrada), diagonal é aquela em que todos os elementos acima e baixo da diagonal principal são
nulos.

Matriz identidade
Matriz identidade é uma matriz quadrada de ordem n cujos elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os elementos
acima e abaixo desta diagonal são nulos (iguais a zero). Podemos representar esta matriz por In.

Matriz nula
Numa matriz nula, todos os elementos são iguais à zero. Podemos representar uma matriz nula m x n por 0 m x n; caso ela
seja quadrada, indica-se por 0n.

Matriz linha
É toda matriz que possui apenas uma linha. Numa matriz linha m x n, m = 1.

Matriz coluna
É toda matriz que possui apenas uma coluna. Numa matriz coluna m x n, n = 1.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA

O termo ―progressão aritmética‖ remete a um desenvolvimento gradual de um processo ou uma sucessão. Em


matemática, dizemos que esta sucessão é uma sequência. Podemos exemplificar algumas sequências conhecidas:
 Sequência das eleições para o Executivo a partir de 1994: (1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014);
 Sequência das edições da Copa do Mundo a partir de 1990: (1990, 1994, ..., 2014, 2018);
 Sequência dos números naturais: (0, 1, 2, 3, 4, 5, ...)
Note que em todos os exemplos acima, as sequências são definidas por uma ordem em seus elementos (também
chamados de termos). Definimos o tamanho de uma sequência pelo número de termos que ela possui, o que nos traz a
possibilidade de que ela seja infinita ou finita.
Em uma sequência, finita ou infinita, nomeamos os termos em função de sua posição, ou seja, nos exemplos acima temos
que o 1º termo de cada um são: 1994, 1990 e 0. O segundo termo: 1998, 1994 e 1. Assim, determinamos que um termo
de uma sequência em função de sua posição pode ser chamado de , onde n representa a sua posição (1ª, 2ª, 3ª, ..., nª).
Dizemos também que o primeiro e o último termo de uma sequência finita ( e ) são chamados de extremos de uma
sequência. Podemos então representa-la de uma forma genérica:
(a1, a2, a3, a4, ... an)
Definição formal de Sequência Numérica
―Uma sequência numérica é uma função f, definida no conjunto dos números naturais, ou inteiros positivos tal
que: f:n→f(n)=an. Onde o n é chamado de índice e an o n-ésimo elemento da sequência, ou termo geral.‖

Termo Geral de uma Progressão Aritmética


Perceba que, nos exemplos acima, todos os termos das sequências, a partir do 2º, são obtidos com a soma de um número
fixo. Vejamos a sequência dos números naturais: Cada termo, iniciando com 0 (a 1) é obtido somando 1 ao seu anterior.
Ou seja:
a2 = a1 + 1 = 1
68
a3 = a2 + 1 = (a1+1)+1 = 2
a4 = a3 + 1 = (a2+1)+1 = [(a1+1)+1]+1 = 3
...
No caso da sequência dos números naturais, o número 1 que é somado a cada termo é chamado de razão da
progressão (r). Em uma progressão aritmética (P.A.), cada termo de uma sequência é a soma do elemento anterior com
sua razão. Se analisarmos os outros exemplos, vemos que elas possuem uma razão igual a 4. Vamos agora reescrever os
termos da sequência em função de r (razão).
a2 = a1 + r
a3 = a2 + r = (a1+r)+r = a1+2r
a4 = a3 + r = (a2+r)+r = [(a1+r)+r]+r = a1+3r
...
Ora, se continuarmos realizando esta operação para os próximos termos, encontramos então uma fórmula para
determinar o termo geral de uma progressão aritmética, que será dado por:
an = a1 + (n-1)r
E supondo um caso em que não sabemos qual é o seu primeiro termo, podemos usar uma forma generalizada do termo
geral da P.A. Sejam m e n posições quaisquer dos termos, temos:
an = am + (n-m)r
Imagine que nosso desejo seja obter o 500º termo da sequência dos números naturais. Como a 1 = 0, r = 1 e buscamos o
termo a500, pela fórmula teremos:
a500 = a1+(500-1)r
a500 = 0+(500-1) . 1
a500 = 499
O termo da 500ª posição dos números naturais é o número 499.

Propriedade importante!
Qualquer termo de uma P.A., a partir do segundo termo (a 2), é sempre igual à média aritmética entre os termos anterior e
posterior a ele. Então para n ≥ 2, temos que:
an=an−1+an+12
Exemplo: Seja a sequência em progressão aritmética definida por (-7, -2, 3, 8, 13, 18), note que:
a2=a2−1+a2+12=a1+a32=−7+32=−42=−2
a5=a5−1+a5+12=a4+a62=8+182=262=13

Soma dos termos de uma progressão aritmética finita


Tomemos a sequência dos números naturais de 1 a 10: (1, 2, 3, 4, ..., 8, 9, 10) e representaremos a soma de 10 termos da
P.A. por S10. Então escrevemos:
S10 = 1 + 2 + 3 + ... + 8 + 9 + 10
O matemático Carl Friedrich Gauss (1777-1855) notou que em toda PA finita existe uma relação em que ao escolhermos
um termo qualquer em uma sequência e somarmos ao seu extremo simétrico (ou o seu termo equidistante) obtemos
sempre o mesmo valor, veja abaixo:

Gauss utilizou este procedimento para obter a fórmula da soma dos termos da PA. No exemplo acima, notem que
teremos, no total, n/2 parcelas de valor (n+1), ou seja (5 x 11 = 55). Esta relação vale para a soma dos termos de uma
P.A. Gauss constatou então que:
Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + ... + an-2 + an-1 + an
Sn = (a1+an) + (a1+an) + ... + (a1+an)
Como existem n/2 parcelas iguais a (a1+an), então a fórmula é dada por:
Sn=(a1+an)n2
Esta fórmula serve para qualquer PA de qualquer razão, pois independente do valor dos seus termos as propriedades das
somas de suas parcelas também são válidas.

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

As Progressões Geométricas são formadas por uma sequência numérica, em que estes números são definidos (exceto o
primeiro) utilizando a constante q, chamada de razão. O próximo número da P.G. é o número atual multiplicado por q.
Exemplo:
(1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, ...), a razão é 2
69
A razão pode ser qualquer número racional (positivos, negativos, frações, exceto o zero). Para descobrir qual a razão de
uma PG, basta escolher qualquer número da sequência, e dividir pelo número anterior.

Fórmula do termo geral


A sequinte fórmula pode ser utilizada para encontrar qualquer valor de uma sequência em progressão geométrica:
an = a1 . q(n - 1)
em que a é um termo, então a1 refere-se ao primeiro termo. No lugar de n colocamos o número do termo que queremos
encontrar. Exemplo:
q = 2 a1 = 5
para descobrir, por exemplo, o termo a12, faremos:
a12 = 5 . 2 (12 - 1)
a12 = 5 . 211
a12 = 5 . 2048 = 10240
As PG's podem ser divididas em quatro tipos, de acordo com o valor da razão:

Oscilante
Neste tipo de PG, a razão é negativa, o que fará com que a sequência numérica seja composta de números negativos e
positivos, se intercalando.
(3, -6, 12, -24, 48, -96, 192, -384, 768,...), em que a razão é -2
Crescente
Uma PG é considerada crescente quando q > 1 e a1 > 0, ou quando 0 < q < 1 e a1 < 0:
(1, 3, 9, 27, 81, ...), onde a razão é 3 e a1 > 0 (primeiro caso)
(-4, -2, -1, -0,5, -0,25, -0,125 ...), onde a razão é 0,5 e a1 < 0 (segundo caso)
Constante
Nesta PG, a sequência numérica tem sempre os mesmos números. Para isso, a razão deve ser sempre 1:
(4, 4, 4, 4, 4, 4, 4, ...) onde a razão é 1
Decrescente
Uma PG é considerada decrescente quando q > 1 e a1 < 0, ou quando 0 < q < 1 e a1 > 0. Assim, os números da sequência
são sempre menores do que o número anterior:
(-4, -8, -16, -32 ...), razão = 2 (primeiro caso)
(64, 32, 16, 8, 4, 2, 1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32, 1/64, 1/128, ..) razão = 1/2 (segundo caso)

70
QUESTÕES DE
PROVAS ANTERIORES

MATEMÁTICA

71
01) A alternativa que contem o décimo termo da PG (2, - 4, 8,...), é:

a) -512. b) 512. c) 1024. d) -1024. e) -2048.

02) Leia as frases abaixo sobre a teoria dos conjuntos e identifique as sentenças verdadeiras.
I. {-1, 0,1} pertencem ao conjunto dos Números Naturais. II. A raiz quadrada de 4 é um Número Irracional.
III. {-4} pertence ao conjunto dos números racionais.

a) Apenas I é verdadeira. b) Apenas II é verdadeira. c) Apenas III é verdadeira. d) Apenas I e II são verdadeiras.
e) Apenas II e III são verdadeiras.

03) Em uma proporção, sabe-se que a está para 5, assim como b está para 3 e que a + b = 64. Nessas condições, o valor que
representa o dobro de a é: a) 24. b) 48. c) 40. d) 64. e) 80.

04) Sabendo que o tanque de combustível de uma caminhonete tem capacidade para 75 litros de combustível, é correto afirmar
que isso equivale, em centímetros cúbicos, a:

a) 75.000 cm3 . b) 7.500 cm3 . c) 750 cm3 . d) 75 cm3 . e) 7,5 cm3 .

05) Sobre as sentenças matemáticas abaixo:


I - Todo ângulo reto tem medida igual a 180°. II – Ângulo reto é aquele que mede 90°.
III – Ângulo raso é aquele que mede menos de 90°
Estão corretas apenas as afirmações: a) I. b) II. c) III. d) II e III. e) I, II e III

06) Para alimentar os alunos durante um campeonato interescolar foi considerado o consumo dos últimos jogos, nos quais 1000
kg de alimentos alimentaram 50 alunos por 30 dias. Para alimentar a equipe de 60 pessoas, durante os 40 dias de jogos e
considerando a mesma média do ano anterior, a prefeitura deverá disponibilizar:

a) 1600 kg de alimentos. b) 1500 kg de alimentos. c) 1400 kg de alimentos. d) 1300 kg de alimentos.


e) 1200 kg de alimentos.

07) A forma fatorada que está representada de forma incorreta é:


a) (x + y)2 = x2 + 2xy + y2 . b) (a + b) . (a - b) = a2 - b 2 . c) (a – b)2 = a2 – 2ab - b 2 . d) (x + 3)2 = x2 + 6x + 9. e)
9x2 - 25 = (3x + 5) . (3x - 5).

08) De acordo com o sistema de medidas:


I- 1260 litros correspondem a 1,26 metros cúbicos.
II- 5000 decímetros cúbicos correspondem a 50 metros cúbicos.
III- 200 centímetros quadrados correspondem a 0,02 metros quadrados.
Classificando as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F), a sequência correta é:
a) V, V, V. b) V, F, V. c) V, F, F. d) F, V, V. e) F, V, F.

09) Um atleta em treinamento corre, durante os dez últimos dias antes da competição, 2.500 metros a pé e 8 km de bicicleta.
Ao final dos dez dias de treinamento, ele terá percorrido a) 105 hm. b) 1.050 hm. c) 10.500 hm. d) 105.000 hm. e) 1.050.000
hm.

GABARITO: 1 – D 2 – C 3 – E 4 – A 5 – B 6 – A 7 – C 8 – B 9-B

01) O dono de uma fábrica irá instalar cerca elétrica no estacionamento que tem forma retangular de dimensões 100 m por
140 m. Também, por motivo de segurança, pretende, a cada 40 metros, instalar uma câmera. Sendo assim, ele utilizará de cerca
elétrica, em metros, e de câmeras, respectivamente,
(A) 480 e 12. (B) 380 e 25. (C) 420 e 53. (D) 395 e 30. (E) 240 e 40.

02) Um investidor comprou um terreno retangular cujos lados medem 250 m e 60 m. Para ser vendido, esse terreno será
dividido em 12 lotes iguais. Sendo assim, a área de cada lote, em metros quadrados, será igual a
(A) 1 000 (B) 1 250 (C) 1 500 (D) 2 250 (E) 2 500

03) Uma escola vai construir mais um reservatório de água, com formato de paralelepípedo retângulo, como o representado
a seguir

72
Observando-se tais dimensões, é possível afirmar que o volume do reservatório será de
(A) 65 m³. (B) 70 m³. (C) 650 m³. (D) 700 m³. (E) 7 000 m³.

04) Uma piscina retangular mede 24 m de comprimento por 18 m de largura. Nadando na diagonal dessa piscina, quantos
metros um atleta consegue nadar ida e volta?

(A) 54 m (B) 60 m (C) 72 m (D) 48 m (E) 50 m

05) Pedrinho não sabia nadar e queria descobrir a medida da parte mais extensa (AC) da ―Lagoa Funda‖. Depois de muito
pensar, colocou 3 estacas nas margens da lagoa, esticou cordas de A até B e de B até C, conforme figura abaixo. Medindo
essas cordas, obteve: med (AB) = 24 m e med (BC) = 18 m.

Usando seus conhecimentos matemáticos, Pedrinho concluiu que a parte mais extensa da lagoa mede:

(A) 30 m (B) 28 m (C) 2 6 m (D) 35 m (E) 42 m

06) Um avião decolou com um ângulo x do solo e percorreu a distância de 5 km na posição inclinada, e em relação ao solo,
percorreu 3 km. Determine a altura do avião.

(A) 4 m (B) 6200 m (C) 11200 m (D) 4 km (E) 5 km

07) Uma escola possui 800 alunos, dos quais 560 são meninos. Sabe-se que entre as meninas, 10% gostam de futebol, já entre
os meninos essa porcentagem é de 80%. Escolhendo-se, ao acaso, um desses alunos e sabendo que este gosta de futebol, a
probabilidade de que este aluno seja menino é:
a) 56/59 b) 14/25 c) 4/5 d) 9/10

08) Ao realizar uma reportagem que aborda a preocupação dos cidadãos em investir numa renda alternativa para complementar
a aposentadoria, a jornalista de uma emissora de TV obteve, por meio de um órgão de estatística, os seguintes dados coletados
em um grupo de 100 trabalhadores:
-35 pessoas tem preferência em investir na caderneta de poupança;
-42 preferem investir em imóveis;
-26 preferem investir em um plano de previdência privada;
-9 tem preferência pela caderneta de poupança e imóveis;
-12 preferem o investimento em imóveis e previdência privada;
-10 preferem a caderneta de poupança e a previdência privada;
-4 preferem investir de três formas: caderneta de poupança, imóveis e previdência privada.
Com o intuito de realizar uma entrevista no estúdio da emissora, a jornalista decide entrar em contato e convidar, ao acaso,
uma das pessoas do grupo pesquisado. Qual a probabilidade da pessoa escolhida não ter preferência por nenhuma das três
opções de investimento citadas?
a) 0,37 b) 0,15 c) 0,28 d) 0,09 e) 0,24

GABARITO: 1-A 2-B 3-E 4-B 5-A 6-D 7-A 8-E

Questão 01: Analise o diagrama abaixo e determine: o domínio, o contradomínio e o conjunto imagem.

73
Questão 2: Defina a função abaixo e classifique-a em injetora, sobrejetora ou bijetora.

GABARITO

Resposta Questão 1
Pelo diagrama, temos:
Domínio: D (f) = {0, 1, 2}
Contradomínio: CD (f) = {1, 2, 3, 5}
Conjunto Imagem: Im (f) = {1, 3, 5}
Essa função é definida por: 2x +1
Observe que não há nenhum elemento x em A, que substituindo em 2x + 1 resulta em 2. Por isso não teve associação.

Resposta Questão 2
A função é definida por:
F(x) = 4x
Veja: 4 . (-1) = -4
4 . (0) = 0
4.1=4
4.2=8
A Função é injetora, pois os elementos distintos do domínio têm imagens distintas.

Questão 1: Uma função satisfaz a relação f(2x) = 2f(x) + f(2) para qualquer valor real de x. Sabendo-se que f(4) = 6,
calcule f(16).

Questão 2: Considere as seguintes afirmações:


I. Uma função é uma relação que associa a cada elemento do seu domínio um único elemento no seu contradomínio.
II. Toda relação é uma função.
III. Dada uma função sobrejetora, então seu contradomínio é diferente de sua imagem.
IV. Uma função será injetora se, e somente se, elementos distintos do domínio possuírem imagens distintas.

Assinale a alternativa correta:


a) I, II e III estão corretas. b) I e II estão corretas. c) III e I estão corretas. d) II, III e IV estão corretas.
e) I e IV estão corretas.

GABARITO:
Resposta Questão 1
Inicialmente vamos tentar visualizar f(4) em f(2x) = 2f(x) + f(2). Para tanto, podemos fazer x = 2 e teremos:f(2x) = 2.f(x) +
f(2)
f(2.2) = 2.f(2) + f(2)
f(4) = 3.f(2)
Mas sabemos que f(4) = 6, logo:
f(4) = 3.f(2)
6 = 3.f(2)
f(2) = 6
3
f(2) = 2
Faremos agora x = 4 para que tenhamos o valor de f(8):
f(2x) = 2.f(x) + f(2)
f(2.4) = 2.f(4) + f(2)
f(8) = 2.6 + 2
f(8) = 12 + 2
f(8) = 14
Por fim, utilizaremos x = 8 para que encontremos o valor de f(16):
74
f(2x) = 2.f(x) + f(2)
f(2.8) = 2.f(8) + f(2)
f(16) = 2.14 + 2
f(16) = 28 + 2
f(16) = 30
Portanto, f(16) = 30.

Resposta Questão 2
Vamos analisar cada uma das afirmações:
I. Correta. Só pode ser considerada uma função se cada elemento do domínio estiver associado a um único elemento do
contradomínio.
II. Incorreta. Nem toda relação pode ser considerada uma função. Por exemplo, uma relação que liga um elemento do domínio
a dois ou mais elementos do contradomínio não pode ser considerada uma função.
III. Incorreta. A definição de uma função sobrejetora é exatamente o contrário do que foi dito nessa afirmativa. Uma função
sobrejetora ocorre quando a imagem é igual ao contradomínio.
IV. Correta. Realmente uma função só é injetora quando cada elemento do domínio possui uma imagem distinta no
contradomínio.
Portanto, a alternativa correta é a letra e.

QUESTÕES

1 - Considere as seguintes sequências de números:


I. 3, 7, 11, ... II. 2, 6, 18, ... III. 2, 5, 10, 17, ...

O número que continua cada uma das sequências na ordem dada deve ser respectivamente:
A) 12, 36, 25 B) 15, 43, 26 C) 15, 54, 26 D) 12, 36, 26

2 - Sejam x, y, z números reais tais que a sequência (x, 1, y, ¼, z) forma, nesta ordem, uma progressão aritmética, então o valor
da soma x + y + z é:
A) -2/8 B) 11/8 C) 15/8 D) 2

3 - A soma de todos os números naturais ímpares de 3 algarismos é:


A) 230 mil B) 247,5 mil C) 257,45 milX D) 300 mil

4- O primeiro termo de uma progressão geométrica é 10, o quarto termo é 80; logo, a razão dessa progressão é:
A) 2 B) 12 C) 40 D) 45

5 - Um terreno, cujo preço à vista é R$ 24 mil, pode ser adquirido dando-se uma entrada e o restante em 5 parcelas que se
encontram em progressão geométrica. Um comprador que optou por esse plano, ao pagar a entrada, foi informado que a
segunda parcela seria de R$ 4 mil e a quarta parcela de R$ 1 mil. Quanto esse cliente pagou de entrada na aquisição do
terreno?
R$ 12 mil R$ 15,5 mil R$ 10 mil R$ 7,5 mil

GABARITO: 1) C 2) C 3) C 4) A 5) B

RAZÃO E PROPORÇÃO

01) Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas 1800. A razão do número de candidatos aprovados para o
total de candidatos participantes do concurso é
(A) 2/3 (B) 3/5 (C) 5/10 (D) 2/7 (E) 6/7

02) Segundo uma reportagem, a razão entre o número total de alunos matriculados em um curso e o número de alunos não
concluintes desse curso, nessa ordem, é de 9 para 7. A reportagem ainda indica que são 140 os alunos concluintes desse curso.
Com base na reportagem, pode-se afirmar, corretamente, que o número total de alunos matriculados nesse curso é
(A) 180. (B) 260. (C) 490. (D) 520. (E) 630.

03. No arquivo de um escritório, a razão entre o número de gavetas vazias e o número de gavetas contendo documentos era
3/7. Após duas gavetas vazias serem ocupadas com documentos, a razão entre o número de gavetas vazias e o número de
gavetas contendo documentos passou a ser 1/3 . O número total de gavetas vazias que restou no arquivo foi
(A) 15. (B) 13. (C) 10. (D) 8. (E) 5.
04. Em uma sala de aula, há alguns alunos com idades de 7 anos e 15 alunos com idades de 8 anos. Sabendo-se que a razão
entre o número de alunos com idades de 7 anos e o número de alunos com idades de 8 anos é igual a doze décimos, é correto
afirmar que o número total de alunos, nessa sala, é
75
(A) 31. (B) 32. (C) 33. (D) 34. (E) 35

05. Em uma padaria, a razão entre o número de pessoas que tomam café puro e o número de pessoas que tomam café com
leite, de manhã, é 2/3. Se durante uma semana, 180 pessoas tomarem café de manhã nessa padaria, e supondo que essa razão
permaneça a mesma, pode-se concluir que o número de pessoas que tomarão café puro será:
(A) 72. (B) 86. (C) 94. (D) 105. (E) 112.

06. Em um encontro de trabalhadores da área de transporte, a razão entre o número de motoristas e o número de fiscais que
compareceram foi de 7 para 3. Se nesse encontro compareceram 24 fiscais, o número total de trabalhadores (motoristas e
fiscais) que participaram foi
(A) 177. (B) 80. (C) 56. (D) 46. (E) 8

07. A razão entre largura e comprimento de um envelope é de 3/5. Portanto, se o lado maior desse envelope mede 21,5 cm, a
diferença entre o lado maior e o lado menor desse envelope é de
(A) 8,2 cm. (B) 8,6 cm. (C) 9,0 cm. (D) 9,2 cm. (E) 9,6 cm.

GABARITO: 1-B 2-E 3-C 4-C 5-A 6-B 7-B

OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS

01. Dentre as alternativas a seguir, a fração que corresponde a um número decimal compreendido entre 0,5 e 0,7 é:
a) 1/3 b) 4/7 c) 5/3 d) 2/5 e) 3/4

02. Yuri está digitando um trabalho de matemática. O problema proposto é o seguinte: ―Um grupo de garotos foi a uma
pizzaria. Caio comeu 3 pedaços da pizza de atum e três pedaços da pizza marguerita. Cada pizza estava dividida em 8 partes
iguais. Em relação a uma pizza inteira, que porção Caio comeu?‖ Yuri sabe responder facilmente essa questão, mas como tem
dificuldade em digitar uma fração, resolve apresentar a resposta em número decimal, sendo esta:
(A) 0,50. (B) 0,12. (C) 2,8. (D) 1,25. (E) 0,75.

03. Gabriel gasta 1/3 do seu salário para pagar o aluguel, R$ 720,00 para pagar a faculdade, e ¾ do restante para pagar as
despesas com a casa (água/luz/telefone), que correspondem a R$ 360,00. A fração que representa quanto Gabriel paga de
faculdade, em relação ao seu salário, é de
a) 3/2 b) ½ c) 2/5 d) ¼ e) ¾

04. Pedro, que é dono de um restaurante, foi ao supermercado com dinheiro para comprar 120 latas de refrigerante, as quais
estavam em promoção a custo unitário de R$ 2,05. Ao chegar ao local, a promoção havia terminado e o preço unitário da lata
havia subido para R$ 2,15. Com o dinheiro que Pedro levou para comprar os refrigerantes na promoção, agora com o novo
valor, a quantidade de latas que ele conseguirá comprar é igual a
(A) 112. (B) 113. (C) 115. (D) 116. (E) 114.

05. Carlos, Amanda e Janaína, somente eles, são os professores que corrigiram todas as provas de um 3o ano de uma
determinada escola. Carlos corrigiu um quarto do total de provas e, em seguida, Amanda corrigiu um terço do total de provas
ainda não corrigidas. Sabendo-se que Janaína corrigiu o restante das provas, que correspondeu a 120, é correto afirmar que o
número total de provas corrigidas pelos três professores foi
(A) 240. (B) 248. (C) 256. (D) 264. (E) 272

06. Para resolver um problema de matemática, Renato tinha que dividir 189 por 18 até encontrar um número decimal exato e,
em seguida, tinha que tirar quatro décimos desse resultado. Se ele fez as contas corretamente, o resultado final obtido foi
(A) 1,1. (B) 1,46. (C) 10,1. (D) 10,46. (E) 14,6.

GABARITO: 1-B 2-E 3-C 4-E 5-A 6-C

EQUAÇÃO DE 1º GRAU

01) No estoque inicial de uma loja, o número de casacos pretos era o triplo do número de casacos vermelhos. Foram vendidos
2 casacos vermelhos e 26 pretos, restando no estoque quantidades iguais de casacos de cada cor. O número total desses casacos
no estoque inicial era

(A) 36. (B) 48. (C) 58. (D) 66. (E) 68.

02) Dona Yara comprou 4 pares de sapatos e gastou R$ 725,00 ao todo. O 2.º par de sapatos custava R$ 20,00 a mais do que o
1.º, o 3.º custava o dobro do 2.º, e o 4.º custava o triplo do 1.º. O preço do 4.º par de sapatos foi

(A) R$ 285,00. (B) R$ 265,00. (C) R$ 245,00. (D) R$ 230,00. (E) R$ 205,00.

76
03) O pai de Andréa gosta muito de Matemática e montou um probleminha para expressar a idade de sua filha. ―O dobro da
diferença entre a idade de Andréa e cinco, mais a mesma idade, é igual a 11‖. Portanto, a idade de Andréa é
(A) 3 anos. (B) 5 anos. (C) 6 anos. (D) 7 anos. (E) 8 anos.

04) Um animador de festas pediu a atenção dos participantes e proclamou: – Pensei em um número. Multipliquei esse número
por 5 e depois subtraí 65 do produto. O valor obtido é o mesmo que somar 81 ao triplo do número que eu tinha pensado no
início. O número que eu pensei é um número que está entre

(A) 21 e 30. (B) 40 e 63. (C) 70 e 85. (D) 88 e 90. (E) 100 e 112.

05) Um funcionário de uma loja percebeu que 8 caixas fechadas de canetas menos 50 canetas contêm a mesma quantidade que
7 caixas fechadas mais 20 canetas. O número de canetas de uma caixa é:

(A) 55. (B) 60. (C) 65. (D) 70. (E) 75.

06) De mesada, Julia recebe mensalmente do seu pai o dobro que recebe de sua mãe. Se em 5 meses ela recebeu R$ 375,00,
então, de sua mãe ela recebe, por mês,

(A) R$ 15,00. (B) R$ 20,00. (C) R$ 25,00. (D) R$ 30,00. (E) R$ 35,00.

07) O professor de matemática perguntou a seus alunos: Qual é o número que, subtraindo 7 do seu quíntuplo, resulta no
mesmo que somando 15 ao seu triplo? Os alunos que acertaram responderam um número

(A) par. (B) divisível por 3. (C) múltiplo de 7. (D) ímpar. (E) menor do que 9.

08) A solução da equação 5(x + 3) – 2(x – 1) = 20 é


A) 0 B) 1 C) 3 D) 9

GABARITO: 1-B 2-A 3-D 4-C 5-D 6-C 7-D 8-B

01) Um determinado presídio abriga um total de 376 detentos em 72 celas. Sabe-se que uma parte dessas celas abriga 4
detentos por cela, e que a outra parte abriga 6 detentos por cela. O número de celas com 4 detentos é igual a
(A) 46. (B) 42. (C) 30. (D) 28. (E) 24.

02) Certo dia, uma lanchonete vendeu 16 copos de suco de laranja e 14 copos de suco de abacaxi, recebendo, por isso, um total
de R$ 67,00. Uma pessoa comprou um copo de suco de cada tipo, pagando, no total, R$ 4,50. Então, a diferença entre o preço
dos copos de suco é de
(A) R$ 0,50. (B) R$ 0,70. (C) R$ 1,00. (D) R$ 1,20. (E) R$ 1,50.

03) Dois casais de namorados foram à feira e pararam em frente a uma banca que vendia pastéis e caldo de cana. O primeiro
casal pagou R$ 5,40 por um pastel especial e dois copos de caldo de cana. O segundo casal pagou R$ 9,60 por três copos de
caldo de cana e dois pastéis especiais. A diferença entre o preço de um pastel especial e o preço de um copo de caldo de cana
foi de
(A) R$ 2,00. (B) R$ 1,80. (C) R$ 1,50. (D) R$ 1,20. (E) R$ 1,00.

04) Em uma lanchonete, 2 sanduíches naturais mais 1 copo de suco custam R$ 10,00, e 1 sanduíche natural mais 2 copos de
suco custam R$ 9,20. O preço de um sanduíche natural mais um copo de suco é
(A) R$ 6,40. (B) R$ 6,90. (C) R$ 7,20. (D) R$ 8,80. (E) R$ 9,60.

05. Em uma padaria, dois brigadeiros mais um quindim custam R$ 5,00. Uma pessoa comprou três brigadeiros e dois quindins
e pagou R$ 8,50 por eles. Nessas condições, pode-se concluir que
(A) um brigadeiro custa R$ 0,50 a mais que um quindim. (B) um brigadeiro custa R$ 1,00 a mais que um quindim.
(C) um quindim custa R$ 0,50 a mais que um brigadeiro. (D) um quindim custa R$ 1,00 a mais que um brigadeiro.
(E) um quindim custa o mesmo que um brigadeiro.

GABARITO: 1- D 2-A 3-B 4-A 5-C

SISTEMA DE MEDIDAS USUAIS

01. Renata estava organizando um evento e calculou que seriam necessários 150 copos, de 200 mL, de suco. No mercado,
havia duas marcas diferentes do mesmo suco, sendo que uma era vendida, em lata de 350 mL, por R$ 3,85 e outra, em garrafa
de 2 L, por R$ 21,00. Renata comprou o suco da marca mais barata e gastou
(A) R$ 307,00. (B) R$ 330,00. (C) R$ 326,00. (D) R$ 315,00. (E) R$ 300,00

77
02. Determinado tipo de detergente é vendido em galões e, para utilizá-lo, é necessário fazer uma mistura com a seguinte
proporção: 250 mL de detergente para 950 mL de água. Para preparar 6 litros dessa mistura (detergente + água), a quantia
necessária de detergente, em litros, é
(A) 2,25. (B) 2,00. (C) 1,75. (D) 1,50. (E) 1,25
03. Se três litros e meio de um determinado produto custam R$ 21,00, então é verdade que 750 mililitros desse produto custam
(A) R$ 4,25. (B) R$ 4,50. (C) R$ 4,75. (D) R$ 5,00. (E) R$ 5,25.

04. Deseja-se dividir 1000 litros de água, sem desperdiçá-la, em recipientes com capacidade total de 20000 centímetros
cúbicos, cada um. O número mínimo de recipientes que serão necessários para fazer essa divisão é
(A) 5. (B) 50. (C) 100. (D) 500. (E) 5 000.

05. Uma competição de corrida de rua teve início às 8h 04min. O primeiro atleta cruzou a linha de chegada às 12h 02min 05s.
Ele perdeu 35s para ajustar seu tênis durante o percurso. Se esse atleta não tivesse tido problema com o tênis, perdendo assim
alguns segundos, ele teria cruzado a linha de chegada com o tempo de
(A) 3h 58min 05s. (B) 3h 57min 30s. (C) 3h 58min 30s. (D) 3h 58min 35s. (E) 3h 57min 50s.

06. Se uma indústria farmacêutica produziu um volume de 2 800 litros de certo medicamento, que devem ser acondicionados
em ampolas de 40 cm³ cada uma, então será produzido um número de ampolas desse medicamento na ordem de
(A) 70. (B) 700. (C) 7 000. (D) 70 000. (E) 700 000.

07. Um programa de TV começa às 16 h e 41 min. Apenas a apresentação, sem considerar os 5 intervalos de tempo iguais para
propaganda, tem a duração de 38 minutos. Sabendo que ele termina às 17 h e 34 min, cada intervalo dura
(A) 3 min (B) 2,5 min (C) 1,5 min (D) 1 min (E) 2 min

08. O quadro abaixo representa o horário de funcionamento de uma escola nos períodos matutino, vespertino e noturno.

09. Um professor que leciona nesta escola de segunda a sexta-feira, nos períodos matutino e noturno, dando todas as aulas do
período, trabalha por semana um total de
(A) 32h. (B) 33h30min. (C) 34h. (D) 40h. (E) 44h30min.

10. As duas caixas de água que abastecem um edifício comportam, cada uma, um volume de 5 metros cúbicos. Supondo que
estas caixas estejam totalmente vazias, para enchê-las completamente serão necessários
(A) 10 litros. (B) 100 litros. (C) 1 000 litros. (D) 10 000 litros. (E) 100 000 litros.

11) Uma pessoa comprou três tipos diferentes de iogurte, cada um deles numa embalagem diferente e com diferente
capacidade, conforme mostra a tabela.

Sabendo-se que essa pessoa comprou apenas uma embalagem de cada tipo, pode-se concluir que a quantidade total de iogurte
comprado, em litros, foi de
(A) 2,81. (B) 2,61. (C) 2,53. (D) 2,42. (E) 2,21.

12) Um galão está com 20 litros de água e são retirados dele cinco garrafinhas com 510 ml cada uma, mais trinta copos com
230 ml cada um e duas garrafas com 1,5 litros cada uma. Considerando-se apenas essas retiradas, o volume, em litros, da água
que permaneceu no galão foi
(A) 17,25. (B) 15,75. (C) 12,45. (D) 9,65. (E) 7,55.

13) Em uma maratona, um brasileiro concluiu a prova em 7 minutos, 22 segundos e 35 centésimos de segundo, perdendo
apenas para um angolano, que chegou 48 segundos e 57 centésimos de segundo à sua frente. O vencedor dessa maratona fez o
tempo de
(A) 6 minutos, 33 segundos e 28 centésimos de segundo.
(B) 6 minutos, 32 segundos e 28 centésimos de segundo.
(C) 6 minutos, 26 segundos e 22 centésimos de segundo.
(D) 6 minutos, 33 segundos e 78 centésimos de segundo.
(E) 6 minutos, 26 segundos e 78 centésimos de segundo.
GABARITO: 1-D 2-E 3-B 4-B 5-B 6-D 7-A 8-D 9-D 10-D 11-B 12-E 13-D
78
LEGISLAÇÃO

79
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais


CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou
licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo,
no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização,
desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência
estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou
extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social,
mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos
herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas
atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos
intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às
criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos
filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

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XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos
crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento)
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento
de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio
transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição
de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados;
d) de banimento; e) cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do
apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o
exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente,
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família
do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da
família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
alimentícia e a do depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
de atribuições do Poder Público;
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LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano,
em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados
de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da
cidadania.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS


Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO - DA EDUCAÇÃO

1) A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
2) O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de idéias e de concepções
pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais; valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; gestão democrática do ensino público, na
forma da lei; garantia de padrão de qualidade; piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar
pública, nos termos de lei federal.
3) O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: educação básica obrigatória e gratuita dos 4
(quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso
na idade própria; progressiva universalização do ensino médio gratuito; atendimento educacional especializado aos portadores
de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco)
anos de idade; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; atendimento ao educando, em todas as etapas da
educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à
saúde.
4) O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo e o seu não oferecimento ou sua oferta irregular,
importa responsabilidade da autoridade competente. Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
5) O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: cumprimento das normas gerais da educação
nacional; autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.
6) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. A
União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e
exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades
educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios; Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Os Estados
e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.
7) A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.

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8) A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco
por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
9) A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos
Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, receita do governo que a transferir.
10) A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação,
recolhida pelas empresas na forma da lei.
11) Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou
filantrópicas, definidas em lei, que: comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;
assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no
caso de encerramento de suas atividades.
12) Os recursos poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, para os que demonstrarem
insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do
educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.
13) A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal (10 anos), com o objetivo de articular o sistema
nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para
assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações
integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: erradicação do analfabetismo;
universalização do atendimento escolar; melhoria da qualidade do ensino; formação para o trabalho; promoção humanística,
científica e tecnológica do Paí; estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do
produto interno bruto.
14) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão assegurar, no financiamento da educação básica, a
melhoria da qualidade de ensino, de forma a garantir padrão mínimo definido nacionalmente.
15) O valor por aluno do ensino fundamental, no Fundo de cada Estado e do Distrito Federal, não poderá ser inferior ao
praticado no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério -
FUNDEF, no ano anterior à vigência desta Emenda Constitucional.
16) O valor anual mínimo por aluno do ensino fundamental, no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, não poderá ser inferior ao valor mínimo fixado
nacionalmente no ano anterior ao da vigência desta Emenda Constitucional.
17) Para efeito de distribuição de recursos dos Fundos, levar-se-á em conta a totalidade das matrículas no ensino fundamental e
considerar-se-á para a educação infantil, para o ensino médio e para a educação de jovens e adultos 1/3 (um terço) das
matrículas no primeiro ano, 2/3 (dois terços) no segundo ano e sua totalidade a partir do terceiro ano.

RESUMO DA LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.


Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

Das Disposições Preliminares


Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze
e dezoito anos de idade. Obs: Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e
vinte e um anos de idade.

Dos Direitos Fundamentais


1) A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que
permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. O poder público, as
instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães
submetidas à medida privativa de liberdade.
2) Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob custódia em
unidade de privação de liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o
acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da criança.
3) É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema
Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da
saúde. A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas necessidades
gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação.
4) Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância receberão formação específica e
permanente para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se
fizer necessário. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem
prejuízo de outras providências legais

Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade


a) A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de
desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. direito à liberdade
compreende os seguintes aspectos: ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais; opinião e expressão; crença e culto religioso; brincar, praticar esportes e divertir-se; participar da vida familiar e

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comunitária, sem discriminação; participar da vida política, na forma da lei; buscar refúgio, auxílio e orientação. b) É dever de
todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária


1) É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. Toda
criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação
reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado
por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou
colocação em família substituta.
2) A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 18
(dezoito) meses, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela
autoridade judiciária.
3) Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a
obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui
motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.

Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer


1) A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício
da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; direito de ser respeitado por seus educadores; direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores; direito de organização e participação em entidades estudantis; acesso à escola pública e gratuita próxima
de sua residência.
2) É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: a) ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que
a ele não tiveram acesso na idade própria; b) progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; c)
atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; d)
atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; e) acesso aos níveis mais elevados do ensino, da
pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; f) oferta de ensino noturno regular, adequado às condições
do adolescente trabalhador; g) atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
3) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: a) maus-tratos
envolvendo seus alunos; b) reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; c) elevados
níveis de repetência. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto
social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.

Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho


É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. Ao adolescente empregado,
aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental,
é vedado trabalho: a) noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte; b) perigoso,
insalubre ou penoso; c) realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e
social; d) realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.

Do Conselho Tutelar
1) O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. Em cada Município e em cada Região
Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração
pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida
1 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha.
2) Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos: reconhecida idoneidade moral;
idade superior a vinte e um anos; residir no município.
3) São atribuições do Conselho Tutelar: atender as crianças e adolescentes nas hipóteses de maus tratos; atender e aconselhar
os pais ou responsável; encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra
os direitos da criança ou adolescente; encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; providenciar a medida
estabelecida pela autoridade judiciária, para o adolescente autor de ato infracional; expedir notificações; requisitar certidões de
nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; assessorar o Poder Executivo local na elaboração da
proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; representar, em nome
da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal; representar
ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de
manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural; promover e incentivar, na comunidade e nos grupos
profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
adolescentes.
4) O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território nacional a cada 4
(quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial. A posse dos
conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha. São impedidos de servir no
84
mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o
cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado.

Da Competência
1) A competência será determinada: pelo domicílio dos pais ou responsável; pelo lugar onde se encontre a criança ou
adolescente, à falta dos pais ou responsável. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou
omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção.
2) A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da residência dos pais ou responsável, ou do local
onde sediar-se a entidade que abrigar a criança ou adolescente.
3) Em caso de infração cometida através de transmissão simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de uma comarca, será
competente, para aplicação da penalidade, a autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a
sentença eficácia para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo estado.

RESUMO LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 – Estabelece diretrizes e bases da Educação Nacional

Dos Princípios e Fins da Educação Nacional


1) A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem
por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
2) O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de
concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; valorização do profissional da educação escolar; gestão
democrática do ensino público; garantia de padrão de qualidade; valorização da experiência extra-escolar; vinculação entre a
educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; consideração com a diversidade étnico-racial.

Do Direito à Educação e do Dever de Educar


1) O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: a) educação básica obrigatória e
gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: pré-escola; ensino fundamental; ensino
médio; b) educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; c) atendimento educacional especializado
gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; d) acesso público e gratuito
aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; e) acesso aos níveis mais elevados do
ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; f) oferta de ensino noturno regular, adequado às
condições do educando; g) oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades
adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e
permanência na escola; h) atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; i) padrões mínimos de qualidade de
ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem; j) vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de
sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade.
2) O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos,
associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério
Público, acionar o poder público para exigi-lo.
3) O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá: a) recensear anualmente as crianças e adolescentes em
idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; b) fazer-lhes a chamada pública; c) zelar,
junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em
primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino,
conforme as prioridades constitucionais e legais.

Da Organização da Educação Nacional


1) Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo
função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
2) * Competências da União: mais abrangentes, ajudar os Estados e Municípios, etc.
3) * Competências dos Estados: responsabilidades em relação ao seus sistemas de ensino, como ex: transporte escolar.
Assegurar o ensino fundamental e oferecer com prioridade o médio
4) * Competências do Distrito Federal: a dos Estados e dos Municípios.
5) * Competências dos Municípios: sobre seus sistemas de ensino, oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e,
com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas
plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela
Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino, transporte rede municipal.
6) * Incumbências dos estabelecimentos de ensino: administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; *velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada
docente; *prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; *articular-se com as famílias e a comunidade,

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criando processos de integração da sociedade com a escola; informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for
o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta
pedagógica da escola; notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo
representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do
percentual permitido em lei.
7) * Incumbências dos docentes: participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; *elaborar
e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; *zelar pela aprendizagem dos
alunos; *estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; ministrar os dias letivos e horas-aula
estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional; *colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
8) O sistema federal de ensino compreende: as instituições de ensino mantidas pela União; as instituições de educação
superior criadas e mantidas pela iniciativa privada; os órgãos federais de educação.
9) Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem: as instituições de ensino mantidas,
respectivamente, pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal; as instituições de educação superior mantidas pelo Poder
Público municipal; as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela iniciativa privada; os órgãos de
educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente.
10) Os sistemas municipais de ensino compreendem: as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil
mantidas pelo Poder Público municipal; as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada; os
órgãos municipais de educação.
Da Composição dos Níveis Escolares: A educação escolar compõe-se de: educação básica, formada pela educação infantil,
ensino fundamental e ensino médio e educação superior. (Não confundir com a educação básica).

DA EDUCAÇÃO BÁSICA

1) A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Poderá organizar-se em séries
anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na
competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem
assim o recomendar. A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre
estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.
2) A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: a) a carga
horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar,
excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; b) a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira
do ensino fundamental, pode ser feita: por promoção; por transferência.. c) nos estabelecimentos que adotam a progressão
regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a sequência do
currículo; d) poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento
na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares; e) o controle de freqüência fica a
cargo da escola, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação.
3) Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser
complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. Devem abranger, obrigatoriamente,
o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política,
especialmente da República Federativa do Brasil. O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais e a
educação física constituirão componentes curriculares obrigatórios da educação básica.
4) A carga horária mínima anual deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas
horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária,
a partir de 2 de março de 2017.
5) No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será ofertada a língua inglesa.

Da Educação Infantil

1) A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5
(cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Será oferecida em: creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; pré-escolas, para as crianças de
4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. Será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: avaliação mediante
acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental; carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de
trabalho educacional; atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas
para a jornada integral; controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60%
(sessenta por cento) do total de horas; expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança.

Do Ensino Fundamental
1) O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos
de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: a) o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo
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como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; b) a compreensão do ambiente natural e social, do
sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; c) o desenvolvimento da capacidade
de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; d) o
fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida
social. É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. Os estabelecimentos que utilizam
progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da
avaliação do processo de ensino-aprendizagem. Será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas
a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. Será presencial, sendo o ensino a distância
utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.
2) O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos
adolescentes. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui
disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural
religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos
quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola,
exceto noturno.

Do Ensino Médio

1) O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: a consolidação e o
aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, a preparação básica para o trabalho e a cidadania do
educando; o aprimoramento do educando como pessoa humana; a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
2) A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do
Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento: I - linguagens e suas tecnologias; II - matemática e suas
tecnologias; III - ciências da natureza e suas tecnologias; IV - ciências humanas e sociais aplicadas.
3) A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e práticas de educação
física, arte, sociologia e filosofia. Os currículos do ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e
poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, preferencialmente o espanhol, de acordo com a
disponibilidade de oferta, locais e horários definidos pelos sistemas de ensino.
4) A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum Curricular não poderá ser superior a mil e oitocentas
horas do total da carga horária do ensino médio, de acordo com a definição dos sistemas de ensino.
5) O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos, que
deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a
possibilidade dos sistemas de ensino, a saber: I - linguagens e suas tecnologias; II - matemática e suas tecnologias; III -
ciências da natureza e suas tecnologias; IV - ciências humanas e sociais aplicadas; V - formação técnica e profissional.

Da Educação de Jovens e Adultos

A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino
fundamental e médio na idade própria. A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a
educação profissional.

DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

1) Entende-se por educação especial, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Haverá,
quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação
especial. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das
condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. A oferta de
educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

Das Disposições Gerais

1) O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como „Dia Nacional da Consciência Negra‟.
2) O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e
modalidades de ensino, e de educação continuada.

RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010 – PONTOS MAIS IMPORTANTES

1) OBJETIVOS
As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica têm por objetivos: sistematizar os princípios e as diretrizes
gerais da Educação Básica contidos na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais
dispositivos legais; estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, a execução e a avaliação do
projeto político-pedagógico da escola de Educação Básica; orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e

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demais profissionais da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federados e as escolas que os integram,
indistintamente da rede a que pertençam.

2) REFERÊNCIAS CONCEITUAIS
As bases que dão sustentação ao projeto nacional de educação responsabilizam o poder público, a família, a sociedade e a
escola pela garantia a todos os educandos de um ensino ministrado de acordo com os princípios de:
I - igualdade de condições para o acesso, inclusão, permanência e sucesso na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e aos direitos;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma da legislação e das normas dos respectivos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
- A Educação Básica é direito universal e alicerce indispensável para o exercício da cidadania em plenitude, da qual depende a
possibilidade de conquistar todos os demais direitos, definidos na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), na legislação ordinária e nas demais disposições que consagram as prerrogativas do cidadão. Nela, é
necessário considerar as dimensões do educar e do cuidar, em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a função social
desse nível da educação, a sua centralidade, que é o educando, pessoa em formação na sua essência humana.

3) ACESSO E PERMANÊNCIA PARA A CONQUISTA DA QUALIDADE SOCIAL


a) A garantia de padrão de qualidade, com pleno acesso, inclusão e permanência dos sujeitos das aprendizagens na escola e seu
sucesso, com redução da evasão, da retenção e da distorção de idade/ano/série, resulta na qualidade social da educação, que é
uma conquista coletiva de todos os sujeitos do processo educativo. A escola de qualidade social adota como centralidade o
estudante e a aprendizagem.
b) Para que se concretize a educação escolar, exige-se um padrão mínimo de insumos, que tem como base um investimento
com valor calculado a partir das despesas essenciais ao desenvolvimento dos processos e procedimentos formativos, que
levem, gradualmente, a uma educação integral, dotada de qualidade social: creches e escolas que possuam condições de
infraestrutura e adequados equipamentos;- professores qualificados com remuneração adequada e compatível com a de outros
profissionais com igual nível de formação, em regime de trabalho de 40 (quarenta) horas em tempo integral em uma mesma
escola; definição de uma relação adequada entre o número de alunos por turma e por professor, que assegure aprendizagens
relevantes; pessoal de apoio técnico e administrativo que responda às exigências do que se estabelece no projeto político-
pedagógico.

4) ORGANIZAÇÃO CURRICULAR: CONCEITO, LIMITES, POSSIBILIDADES


a) Cabe aos sistemas educacionais, em geral, definir o programa de escolas de tempo parcial diurno (matutino ou vespertino),
tempo parcial noturno, e tempo integral (turno e contra-turno ou turno único com jornada escolar de 7 horas, no mínimo,
durante todo o período letivo), tendo em vista a amplitude do papel socioeducativo atribuído ao conjunto orgânico da Educação
Básica, o que requer outra organização e gestão do trabalho pedagógico.
b) A jornada em tempo integral com qualidade implica a necessidade da incorporação efetiva e orgânica, no currículo, de
atividades e estudos pedagogicamente planejados e acompanhados.

5) FORMAS PARA A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR


a) O currículo configura-se como o conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção, a socialização de significados
no espaço social e contribuem intensamente para a construção de identidades socioculturais dos educandos. Deve difundir os
valores fundamentais do interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordem
democrática, considerando as condições de escolaridade dos estudantes em cada estabelecimento, a orientação para o trabalho,
a promoção de práticas educativas formais e não-formais.
b) Na organização da proposta curricular, deve-se assegurar o entendimento de currículo como experiências escolares que se
desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes com os
conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para construir as identidades dos educandos.
c) A transversalidade é entendida como uma forma de organizar o trabalho didático-pedagógico em que temas e eixos
temáticos são integrados às disciplinas e às áreas ditas convencionais, de forma a estarem presentes em todas elas. A
transversalidade difere da interdisciplinaridade e ambas complementam-se, rejeitando a concepção de conhecimento que toma
a realidade como algo estável, pronto e acabado.
d) A transversalidade refere-se à dimensão didático-pedagógica, e a interdisciplinaridade, à abordagem epistemológica
dos objetos de conhecimento.

6) FORMAÇÃO BÁSICA COMUM E PARTE DIVERSIFICADA


a) A base nacional comum na Educação Básica constitui-se de conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente,
expressos nas políticas públicas e gerados nas instituições produtoras do conhecimento científico e tecnológico; no mundo do

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trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas atividades desportivas e corporais; na produção artística; nas formas diversas
de exercício da cidadania; e nos movimentos sociais.
b) Integram a base nacional comum nacional: a) a Língua Portuguesa; b) a Matemática; c) o conhecimento do mundo físico,
natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira
e Indígena, d) a Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música; e) a Educação Física; f) o Ensino
Religioso.
c) A base nacional comum e a parte diversificada não podem se constituir em dois blocos distintos, com disciplinas
específicas para cada uma dessas partes, mas devem ser organicamente planejadas e geridas de tal modo que as tecnologias de
informação e comunicação perpassem transversalmente a proposta curricular, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio,
imprimindo direção aos projetos político-pedagógicos. A parte diversificada enriquece e complementa a base nacional comum,
prevendo o estudo das características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da comunidade escolar,
perpassando todos os tempos e espaços curriculares constituintes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,
independentemente do ciclo da vida no qual os sujeitos tenham acesso à escola.
d) A parte diversificada pode ser organizada em temas gerais, na forma de eixos temáticos, selecionados colegiadamente pelos
sistemas educativos ou pela unidade escolar.
e) A LDB inclui o estudo de, pelo menos, uma língua estrangeira moderna na parte diversificada, cabendo sua escolha à
comunidade escolar. A língua espanhola é obrigatoriamente ofertada no Ensino Médio, embora facultativa para o estudante,
bem como possibilitada no Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano.
f) No Ensino Fundamental e no Ensino Médio, destinar-se-ão, pelo menos, 20% do total da carga horária anual ao conjunto de
programas e projetos interdisciplinares eletivos criados pela escola, previsto no projeto pedagógico, de modo que os estudantes
do Ensino Fundamental e do Médio possam escolher aquele programa ou projeto com que se identifiquem e que lhes permitam
melhor lidar com o conhecimento e a experiência.

7) ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA


a) As etapas e as modalidades do processo de escolarização estruturam-se de modo orgânico, sequencial e articulado, de
maneira complexa, embora permanecendo individualizadas ao logo do percurso do estudante, apesar das mudanças por que
passam: a dimensão orgânica é atendida quando são observadas as especificidades e as diferenças de cada sistema educativo,
sem perder o que lhes é comum: as semelhanças e as identidades que lhe são inerentes; a dimensão sequencial compreende os
processos educativos que acompanham as exigências de aprendizagens definidas em cada etapa do percurso formativo,
contínuo e progressivo, da Educação Básica até a Educação Superior, constituindo-se em diferentes e insubstituíveis momentos
da vida dos educandos; a articulação das dimensões orgânica e sequencial das etapas e das modalidades da Educação Básica,
e destas com a Educação Superior, implica ação coordenada e integradora do seu conjunto.

8) ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA


a) São etapas correspondentes a diferentes momentos constitutivos do desenvolvimento educacional: a Educação Infantil, que
compreende: a Creche, englobando as diferentes etapas do desenvolvimento da criança até 3 (três) anos e 11 (onze) meses; e a
Pré-Escola, com duração de 2 (dois) anos; o Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, com duração de 9 (nove) anos, é
organizado e tratado em duas fases: a dos 5 (cinco) anos iniciais e a dos 4 (quatro) anos finais; o Ensino Médio, com duração
mínima de 3 (três) anos.
Educação Infantil
Tem por objetivo o desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual, social,
complementando a ação da família e da comunidade. Os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e do respeito
mútuo em que se assenta a vida social devem iniciar-se na Educação Infantil e sua intensificação deve ocorrer ao longo da
Educação Básica.
Ensino Fundamental
a) Com 9 (nove) anos de duração, de matrícula obrigatória para as crianças a partir dos 6 (seis) anos de idade, tem duas fases
sequentes com características próprias, chamadas de anos iniciais, com 5 (cinco) anos de duração, em regra para estudantes de
6 (seis) a 10 (dez) anos de idade; e anos finais, com 4 (quatro) anos de duração, para os de 11 (onze) a 14 (quatorze) anos.
b) Os objetivos da formação básica das crianças, definidos para a Educação Infantil, prolongam-se durante os anos iniciais do
Ensino Fundamental, especialmente no primeiro, e completam-se nos anos finais, ampliando e intensificando, gradativamente,
o processo educativo, mediante: desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da
leitura, da escrita e do cálculo; foco central na alfabetização, ao longo dos 3 (três) primeiros anos; compreensão do ambiente
natural e social, do sistema político, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura e dos valores em que se fundamenta a
sociedade; o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores; fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de respeito
recíproco em que se assenta a vida social.
Ensino Médio
O Ensino Médio deve ter uma base unitária sobre a qual podem se assentar possibilidades diversas como preparação geral para
o trabalho ou, facultativamente, para profissões técnicas; na ciência e na tecnologia, como iniciação científica e tecnológica; na
cultura, como ampliação da formação cultural. A definição e a gestão do currículo inscrevem-se em uma lógica que se dirige
aos jovens, considerando suas singularidades, que se situam em um tempo determinado.

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9) MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
A cada etapa da Educação Básica pode corresponder uma ou mais das modalidades de ensino: Educação de Jovens e Adultos,
Educação Especial, Educação Profissional e Tecnológica, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena e Educação a
Distância.
Educação Especial
A Educação Especial, como modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da
educação regular, devendo ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade escolar. Os sistemas de ensino devem
matricular os estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes
comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar ou suplementar à escolarização,
ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pública ou de instituições comunitárias,
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.

10) ELEMENTOS CONSTITUTIVOS PARA A ORGANIZAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES


NACIONAIS GERAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
São elementos constitutivos para a operacionalização destas Diretrizes o projeto político-pedagógico e o regimento escolar; o
sistema de avaliação; a gestão democrática e a organização da escola; o professor e o programa de formação docente.
10.1) O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E O REGIMENTO ESCOLAR
a) O projeto político-pedagógico, interdependentemente da autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira da
instituição educacional, representa mais do que um documento, sendo um dos meios de viabilizar a escola democrática para
todos e de qualidade social.
b) Cabe à escola, considerada a sua identidade e a de seus sujeitos, articular a formulação do projeto político-pedagógico com
os planos de educação – nacional, estadual, municipal –, o contexto em que a escola se situa e as necessidades locais e de seus
estudantes.
c) O regimento escolar, discutido e aprovado pela comunidade escolar e conhecido por todos, constitui-se em um dos
instrumentos de execução do projeto político-pedagógico, com transparência e responsabilidade.

10.2) AVALIAÇÃO
A avaliação no ambiente educacional compreende 3 (três) dimensões básicas: avaliação da aprendizagem; avaliação
institucional interna e externa; avaliação de redes de Educação Básica.
Avaliação da aprendizagem
a) Baseia-se na concepção de educação que norteia a relação professor-estudante-conhecimento-vida em movimento, devendo
ser um ato reflexo de reconstrução da prática pedagógica avaliativa, premissa básica e fundamental para se questionar o
educar, transformando a mudança em ato, acima de tudo, político. A validade da avaliação, na sua função diagnóstica, liga-se à
aprendizagem, possibilitando o aprendiz a recriar, refazer o que aprendeu, criar, propor e, nesse contexto, aponta para uma
avaliação global, que vai além do aspecto quantitativo, porque identifica o desenvolvimento da autonomia do estudante, que é
indissociavelmente ético, social, intelectual.
b) A avaliação na Educação Infantil é realizada mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança, sem o
objetivo de promoção, mesmo em se tratando de acesso ao Ensino Fundamental.
c) A avaliação da aprendizagem no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, de caráter formativo predominando sobre o
quantitativo e classificatório, adota uma estratégia de progresso individual e contínuo que favorece o crescimento do educando,
preservando a qualidade necessária para a sua formação escolar, sendo organizada de acordo com regras comuns a essas duas
etapas.

11) GESTÃO DEMOCRÁTICA E ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA


a) É obrigatória a gestão democrática no ensino público e prevista, em geral, para todas as instituições de ensino, o que implica
decisões coletivas que pressupõem a participação da comunidade escolar na gestão da escola e a observância dos princípios e
finalidades da educação.
b) A gestão democrática constitui-se em instrumento de horizontalização das relações, de vivência e convivência colegiada,
superando o autoritarismo no planejamento e na concepção e organização curricular, educando para a conquista da cidadania
plena e fortalecendo a ação conjunta que busca criar e recriar o trabalho da e na escola.

RESOLUÇÃO Nº 7, DE 14 DE DEZEMBRODE 2010 – PONTOS MAIS IMPORTANTES


Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.

FUNDAMENTOS
1) O Ensino Fundamental se traduz como um direito público subjetivo de cada um e como dever do Estado e da família na sua
oferta a todos. É dever do Estado garantir a oferta do Ensino Fundamental público, gratuito e de qualidade, sem requisito de
seleção.
2) O direito à educação, entendido como um direito inalienável do ser humano, constitui o fundamento maior destas Diretrizes.
A educação, ao proporcionar o desenvolvimento do potencial humano, permite o exercício dos direitos civis, políticos, sociais
e do direito à diferença, sendo ela mesma também um direito social, e possibilita a formação cidadã e o usufruto dos bens
sociais e culturais.
3) O Ensino Fundamental deve comprometer-se com uma educação com qualidade
social, igualmente entendida como direito humano que é, antes de tudo, relevante, pertinente e equitativa. A relevância

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reporta-se à promoção de aprendizagens significativas do ponto de vista das exigências sociais e de desenvolvimento pessoal.
A pertinência refere-se à possibilidade de atender às necessidades e às características dos estudantes de diversos contextos
sociais e culturais e com diferentes capacidades e interesses. A equidade alude à importância de tratar de forma diferenciada o
que se apresenta como desigual no ponto de partida, com vistas a obter desenvolvimento e aprendizagens equiparáveis,
assegurando a todos a igualdade de direito à educação.

PRINCÍPIOS
1) Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à dignidade da pessoa humana e de compromisso com
a promoção do bem de todos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestações de preconceito de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania,
de respeito ao bem comum e à preservação do regime democrático e dos recursos ambientais. Estéticos: do cultivo da
sensibilidade juntamente com o da racionalidade; do enriquecimento das formas de expressão e do exercício da criatividade.

MATRÍCULA NO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 (NOVE) ANOS E CARGA HORÁRIA


1) O Ensino Fundamental, com duração de 9 (nove) anos, abrange a população na faixa etária dos 6 (seis) aos 14 (quatorze)
anos de idade e se estende, também, a todos os que,
na idade própria, não tiveram condições de frequentá-lo. É obrigatória a matrícula no Ensino Fundamental de crianças com 6
(seis) anos completos ou a completar até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula.

CURRÍCULO
1) É entendido como constituído pelas experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas
relações sociais, buscando articular vivências e saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente acumulados e
contribuindo para construir as identidades dos estudantes.

BASE NACIONAL COMUM E PARTE DIVERSIFICADA: COMPLEMENTARIDADE


1) O currículo do Ensino Fundamental tem uma base nacional comum, complementada em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar por uma parte diversificada e não podem ser consideradas como dois blocos distintos.
2) Os conteúdos a que se refere são constituídos por componentes curriculares que, por sua vez, se articulam com as áreas de
conhecimento, a saber: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. As áreas de conhecimento
favorecem a comunicação entre diferentes conhecimentos sistematizados e entre estes e outros saberes, mas permitem que os
referenciais próprios de cada componente curricular sejam preservados.
3) Os componentes curriculares obrigatórios do Ensino Fundamental serão assim organizados em relação às áreas de
conhecimento:
I – Linguagens: a) Língua Portuguesa; b) Língua Materna, para populações indígenas; c) Língua Estrangeira moderna; d) Arte;
e e) Educação Física;
II – Matemática; III – Ciências da Natureza; IV – Ciências Humanas: a) História; b) Geografia; V – Ensino Religioso.
4) A Música constitui conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular Arte, o qual compreende também as
artes visuais, o teatro e a dança.

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
1) O currículo do Ensino Fundamental com 9 (nove) anos de duração exige a
estruturação de um projeto educativo coerente, articulado e integrado, de acordo com os
modos de ser e de se desenvolver das crianças e adolescentes nos diferentes contextos sociais.

GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA COMO GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO


1) O projeto político-pedagógico da escola traduz a proposta educativa construída pela comunidade escolar no exercício de sua
autonomia, com base nas características dos alunos, nos profissionais e recursos disponíveis, tendo como referência as
orientações curriculares nacionais e dos respectivos sistemas de ensino.
2) Será assegurada ampla participação dos profissionais da escola, da família, dos alunos e da comunidade local na definição
das orientações imprimidas aos processos educativos e nas formas de implementá-las, tendo como apoio um processo contínuo
de
avaliação das ações, a fim de garantir a distribuição social do conhecimento e contribuir para a construção de uma sociedade
democrática e igualitária.
3) O regimento escolar deve assegurar as condições institucionais adequadas para a execução do projeto político-pedagógico e
a oferta de uma educação inclusiva e com qualidade social, igualmente garantida a ampla participação da comunidade escolar
na sua elaboração.
4) No projeto político-pedagógico do Ensino Fundamental e no regimento escolar, o aluno, centro do planejamento curricular,
será considerado como sujeito que atribui sentidos à natureza e à sociedade nas práticas sociais que vivencia, produzindo
cultura e
construindo sua identidade pessoal e social.

ARTICULAÇÕES E CONTINUIDADE DA TRAJETÓRIA ESCOLAR


1) O reconhecimento do que os alunos já aprenderam antes da sua entrada no Ensino Fundamental e a recuperação do caráter
lúdico do ensino contribuirão para melhor qualificar a ação pedagógica junto às crianças, sobretudo nos anos iniciais dessa
etapa da escolarização.
91
2) Na passagem dos anos iniciais para os anos finais do Ensino Fundamental, especial atenção será dada:
I – pelos sistemas de ensino, ao planejamento da oferta educativa dos alunos transferidos das redes municipais para as
estaduais; II – pelas escolas, à coordenação das demandas específicas feitas pelos diferentes professores aos alunos, a fim de
que os estudantes possam melhor organizar as suas atividades diante das solicitações muito diversas que recebem.
3) Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar: a alfabetização e o letramento; o desenvolvimento das
diversas formas de expressão, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais artes, a
Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, da Ciência, da História e da Geografia; a continuidade da
aprendizagem, tendo em conta a complexidade do processo de alfabetização e os prejuízos que a repetência pode causar no
Ensino Fundamental como um todo e, particularmente, na passagem do primeiro para o segundo ano de escolaridade e deste
para o terceiro.
4) Considerando as características de desenvolvimento dos alunos, cabe aos professores adotar formas de trabalho que
proporcionem maior mobilidade das crianças nas salas de aula e as levem a explorar mais intensamente as diversas linguagens
artísticas, a começar pela literatura, a utilizar materiais que ofereçam oportunidades de raciocinar, manuseando-os e
explorando as suas características e propriedades.

AVALIAÇÃO: PARTE INTEGRANTE DO CURRÍCULO


1) A avaliação dos alunos é redimensionadora da ação pedagógica e deve: assumir um caráter processual, formativo e
participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica; utilizar vários instrumentos e procedimentos, tais como a observação, o
registro descritivo e reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os portfólios, exercícios, provas, etc; fazer prevalecer os
aspectos qualitativos da aprendizagem do aluno sobre os quantitativos; assegurar tempos e espaços diversos para que os alunos
com menor rendimento tenham condições de ser devidamente atendidos ao longo do ano letivo;
prover, obrigatoriamente, períodos de recuperação.

A EDUCAÇÃO EM ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL


Considera-se como de período integral a jornada escolar que se organiza em 7 (sete) horas diárias, no mínimo, perfazendo uma
carga horária anual de, pelo menos, 1.400 (mil e quatrocentas) horas.

EDUCAÇÃO ESPECIAL
1) O projeto político-pedagógico da escola e o regimento escolar, amparados na legislação vigente, deverão contemplar a
melhoria das condições de acesso e de permanência dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades nas classes comuns do ensino regular, intensificando o processo de inclusão nas escolas públicas e privadas e
buscando a universalização do atendimento.
2) O atendimento educacional especializado poderá ser oferecido no contraturno, em salas de recursos multifuncionais na
própria escola, em outra escola ou em centros especializados e será implementado por professores e profissionais com
formação especializada.

OBSERVAÇÃO:

1) Resoluções 01 de 2004, 04 de 2010 e 01 de 2012 na íntegra estão no CD, bem como os Pareceres 03 de
2004, 07 de 2010 e 08 de 2012. Arquivo da Política Nacional de Educação Especial também está no CD.

2) A LDB e ECA na íntegra também estão no CD. O ECA, estudar apenas os artigos 1 ao 6, 15 ao 18 e
60 a 69.

92
CONHECIMENTOS

PEDAGÓGICOS
E
ESPECÍFICOS

93
HOFFMAN, JUSSARA. AVALIAÇÃO MEDIADORA; UMA PRATICA DA CONSTRUÇÃO DA PRÉ-
ESCOLA A UNIVERSIDADE.

POR UMA ESCOLA DE QUALIDADE


São vários os fatores que dificultam a superação da prática tradicional, como: a crença que a manutenção da avaliação
classificatória garante ensino de qualidade, resistência das escolas em mudar por causa da possibilidade de cancelar
matriculas, a crença que escolas tradicionais são mais exigentes. Sobre a avaliação tradicional, ela legitima uma escola
elitista, alicerçada no capitalismo e que mantém uma concepção elitista do aluno.
Entretanto, uma escola de qualidade se da conta de que todas as crianças devem ser concebidas sua realidade concreta
considerando toda a pluralidade de seu jeito de viver. Deve se preocupar com o acesso de todos, promovendo-os como
cidadãos participantes nessa sociedade. O desenvolvimento máximo possível do ser humano depende de muitas coisas
além das da escola tradicional como memorizar, notas altas, obediência e passividade, depende da aprendizagem, da
compreensão, dos questionamentos, da participação.
O sentido da avaliação na escola, seja ela qual for a proposta pedagógica, como a de não aprovação não pode ser
entendida como uma proposta de não avaliação, de aprovação automática. Ela tem que ser analisada num processo
amplo, na observação do professor em entender suas falas, argumentos, perguntas debates, nos desafios em busca de
alternativas e conquistas de autonomia.

A ação mediadora é uma postura construtivista em educação, onde a relação dialógica, de troca discussões, provocações
dos alunos, possibilita entendimento progressivo entre professor/aluno. O conhecimento dos alunos é adquirido com a
interação com o meio em que vive e as condições deste meio, vivências, objetos e situações ultrapassam os estágios de
desenvolvimento e estabelecem relações mais complexas e abstratas, de forma evolutiva a partir de uma maturação. O
meio pode acelerar ou retardar esse processo. Compreender essa evolução é assumir compromisso diante as diferenças
individuais dos alunos. Quanto ao erro, na concepção mediadora da avaliação, a correção de tarefas é um elemento
positivo a se trabalhar numa continuidade de ações desenvolvidas. O momento da correção passa a existir como
momento de reflexão sobre as hipóteses construídas pelo aluno, não por serem certas ou erradas, problematizando o
dialogo, trocando idéias. Os erros construtivos caracterizam-se por sua perspectiva lógico-matemática.
A avaliação mediadora possibilita investigar, mediar, aproximar hipóteses aos alunos e provocá-los em seguida; perceber
pontos de vistas para construir um caminho comum para o conhecimento científico aprofundamento teórico e domínio
do professor. Pressupõe uma análise qualitativa, uma avaliação não de produto, mas do processo, se dá constantemente
através de cadernos, observações do dia a dia, é teórica usa-se registros.
A avaliação mediadora passa por três princípios: a de investigação precoce (o professor faz provocações intelectuais
significativas), a de provisoriedade (sem fazer juízos do aluno), e o da complementaridade (complementa respostas
velhas a um novo entendimento). Cabe ao pesquisador descobrir o mundo, mas cabe ao avaliador torná-lo melhor.
A mediação se dá relacionando experiências passadas às futuras, relacionado propostas de aprendizagens a estruturas
cognitivas do educando, organizando experiências, refletivo sobre o estudo, com participação ativa na solução de
problemas com a apreciação de valores e diferenças individuais. O educador toma consciência do estudante no alcance
de metas individuais, promovendo interações a partir da curiosidade intelectual, originalidade, criatividade,
confrontações.
"O que pretendo introduzir neste texto é a perspectiva da ação avaliativa como uma das mediações pela qual se
encorajaria a reorganização do saber. Ação, movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os
elementos da ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista, trocando idéias, reorganizando-
as. "(HOFFMANN, 1991, p. 67).

RESUMO DO LIVRO: O DIÁLOGO ENTRE O ENSINO E A APRENDIZAGEM


WEISZ, TELMA. O DIÁLOGO ENTRE O ENSINO E A APRENDIZAGEM.

- MEU BATISMO DE FOGO.


Weisz cursou o Normal no Instituto de Educação, no Rio de Janeiro, possivelmente influenciada pela professora de seu
curso primário de quem gostava muito. Ao longo do curso, estando envolvida com outros interesses (artes plásticas) quis
sair, mas seus pais a convenceram a continuar. Fez, então, o Instituto de Belas Artes (atual escola de Artes Visuais do
Parque Lage). Em 1962, quando cursava o seu último ano do Curso Normal, constatou que a repetência fabricada pelas
escolas tinha ultrapassado os limites, pelo fato de não haver, em consequência, vagas para alunos novos na 1a. série. O
governador, então, tomou três providencias: aprovou as crianças por decreto - tendo ido todo mundo para a 2a. série,
sabendo ou não ler; montou escolas de madeira, com telhado de zinco, e convocou todas as normalistas do último ano do
curso para dar aulas. A partir daí, ela foi dar aula, para um grupo de crianças que tinham entre 11 e 12 anos e, que depois
de terem repetido várias vezes a 1a. série, tinham passado para a 2a. em função do decreto do governador. Eram 45
alunos, sendo que apenas 3 não eram negros. Não eram todos analfabetos, porém não se podia considerá-los
alfabetizados. Apesar de empregar as técnicas de ensino, sentia-se como preenchendo o tempo de aula. Não conseguia
avaliar os resultados do trabalho, nem o que deveria esperar das propostas que colocava em prática, sentindo-se confusa
e impotente. Situações da sala revelavam o abismo existente entre o desempenho de seus alunos na escola e o que a vida
94
fora da escola exigia deles. Nesse sentido, tinha a sensação de que a escola parecia uma armadilha montada para que
esses meninos não pudessem se sair bem, e também, a convicção de que esse tipo de situação tinha um papel político
muito importante que devia ser enfrentado durante toda a sua vida profissional. Ficava impressionada quando conversava
com algumas mães e essas achavam natural que seus filhos não tivessem sucesso na escola.

Diziam que ela poderia 'bater neles' para ver se estudavam.


Esse foi seu batismo de fogo que fez com que se afastasse por 12 anos da educação. A sensação mais profunda que ficou
dessa experiência foi a de ignorância. Ficou claro, para ela, que as informações e ideias que circulavam na educação não
davam conta do problema do ensino. O professor era um cego.Para ela, o professor continua chegando hoje à escola com
as mesmas insuficiências com a qual ela chegou em 1962, sendo que a diferença, hoje, está na possibilidade que o
professor tem de, se quiser, tentar resolver essa situação. Hoje, os professores têm à sua disposição um corpo de
conhecimentos que, se não dá conta de tudo, pelo menos ilumina os processos através dos quais as crianças conseguem
ou não aprender certos conteúdos. O entendimento que se tem do professor hoje é o de alguém com condições de ser
sujeito de sua ação profissional. Ao final de 1962, e durante os 12 anos seguintes trabalhou em áreas completamente
diferentes, e como nenhuma outra atividade dava sentido à sua vida profissional, acabou voltando para a educação. Seu
compromisso é com essas crianças - que são maioria nas escolas públicas - para que superem o fracasso e tenham
sucesso na escola. Apesar de ser considerada especialista em alfabetização, sua questão é a aprendizagem, em especial, a
aprendizagem escolar.

Capítulo 2 - UM NOVO OLHAR SOBRE A APRENDIZAGEM.


Apesar de ter iniciado sua docência em 1962, e de ter na época um certo conhecimento significativo quanto ao fato da
criança conseguir escrever, mesmo que não ortograficamente, ela não tinha um conhecimento científico acumulado que
lhe permitisse superar um ponto de vista "adultocêntrico", ou seja, a forma como se concebe a aprendizagem das crianças
a partir da própria perspectiva do adulto que já domina o conteúdo que quer ensinar. A partir dessa perspectiva, não é
possível compreender o ponto de vista do aprendiz, pois não se 'enxerga' o objeto de seu conhecimento com os olhos de
quem ainda não sabe.A partir dessa perspectiva, o professor (do lugar de quem já sabe) define, a priori, o que é mais fácil
e o que é mais difícil para os alunos e quais os caminhos que eles devem percorrer para realizar as atividades desejadas.
Tal concepção, por parte do professor, gera um tipo de procedimento pedagógico que dificulta o processo de
aprendizagem para uma parte das crianças, principalmente, aquelas que mais necessitam da ajuda da escola, por ter
menos conhecimento construído sobre os conteúdos escolares. Assim, a adoção de uma postura adultocêntrica não é uma
decisão voluntária dos professores, uma vez que, o conhecimento científico que trazem consigo, não lhes permite
enxergar e acolher uma outra concepção de aprendizagem relacionada à perspectiva do aprendiz. A metodologia
embutida nas cartilhas de alfabetização contribui para o fracasso escolar. A chamada Psicogênese da Língua Escrita,
resultado das pesquisas realizadas por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1970), sobre o que pensam as crianças quanto
ao sistema alfabético de escrita, evidencia os problemas que a metodologia embutida nas cartilhas (que faz uso do
método da análise-síntese ou da palavra geradora) traz para as criança. Por meio das pesquisas das autoras acima
mencionadas, em uma sociedade letrada, as crianças constroem conhecimentos sobre a escrita desde muito cedo, a partir
do que observam na interação com o seu meio físico e social e das reflexões que fazem a esse respeito. As pesquisas
evidenciaram que quando as crianças ainda não se alfabetizaram, buscam uma lógica que explique o que não
compreendem, elaborando hipóteses muito interessantes sobre o funcionamento da escrita. Esses estudos permitiram
compreender que a metodologia das cartilhas pode fazer sentido para crianças convencidas de que para escrever uma
determinada palavra, bastar uma letra para cada sílaba oral emitida (hipótese silábica), mas para aquelas que ainda
cultivam ideias muito mais simples a respeito da escrita, ou seja, que ainda não estabeleceram relação entre a escrita e a
fala (pré-silábica), o esforço de demonstrar que uma sílaba, geralmente, se escreve com mais de uma letra não faz
nenhum sentido. São essas as crianças que não conseguem aprender com a cartilha e que ficam repetindo a 1a. série
várias vezes, chegando a desistir da escola.

As crianças constroem hipóteses sobre a escrita e seus usos a partir da participação em situações nas quais os textos têm
uma função social de fato. Frequentemente as crianças mais pobres são as que têm hipóteses mais simples, pois vivem
poucas situações desse tipo. Para elas a oportunidade de pensar e construir ideias sobre a escrita é menor do que para as
crianças que vivem em famílias típicas de classe média ou alta, nas quais ouvem a leitura de bons textos, ganham livros e
gibis, observam os adultos manusearem jornais para buscar informações, recebem correspondências, fazem anotações,
etc. Isso não quer dizer, que as crianças pobres não tenham acesso à escrita ou não façam reflexões sobre seu
funcionamento fora da escola, mas habitualmente tais práticas não fazem parte do cotidiano do seu grupo social de
origem e isso faz com que o início de sua escolarização se dê em condições menos favoráveis do que para aquelas
crianças que participam de práticas sociais letradas desde pequenas. Assim, independente do fato de que as crianças
venham de uma família pobre ou não, o que importe realmente é a ação pedagógica do professor, e esta dependerá da sua
concepção de aprendizagem (todo o ensino se apoia numa concepção de aprendizagem). É possível enxergar o que o
aluno já sabe a partir do que ele produz e pensar no que fazer para que aprenda mais. Nas últimas décadas muitas
pesquisas pontuam uma concepção de aprendizagem que é resultado da ação do aprendiz. Dessa forma, a função do
professor é criar condições para que o aluno possa exercer a sua ação de aprender participando de situações que
favoreçam a atividade mental, ou seja, o exercício intelectual. Quando o professor entende que o aprendiz sempre sabe
95
alguma coisa e pode usar esse conhecimento para continuar aprendendo ele pode identificar que informação é necessária
para que o conhecimento do aluno avance. Essa percepção permite ao professor compreender que a intuição não é mais
suficiente para guiar a sua prática e que ele precisa de um conhecimento que é produzido no território da ciência.É
preciso considerar o conhecimento prévio do aprendiz e as contradições que ele enfrenta no processo.

Em uma concepção de aprendizagem construtivista, o conhecimento é visto como produto da ação e reflexão do
aprendiz. Esse aprendiz é compreendido como alguém que sabe algumas coisas e que, diante de novas informações que
têm para ele sentido, realiza um esforço para assimilá-la, assim frente a um problema (conflito cognitivo) o aprendiz tem
a necessidade de superá-lo. O novo conhecimento aparece como aprofundamento do conhecimento anterior que ele já
detém. É inerente à própria concepção de aprendizagem que o aprendiz busque o conhecimento prévio que ele possui
sobre qualquer conteúdo. Através dos estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky e demais colaboradores, sabemos que
a criança representa a escrita de diferentes modos, como a expressão de um conhecimento sobre a escrita que precede a
compreensão real do funcionamento do sistema alfabético.
No caso da aprendizagem da escrita, o meio social coloca para as crianças uma série de contradições e de conflitos que a
forçam a buscar soluções, superar as hipóteses inadequadas quanto ao sistema de escrita, através da construção de novas
teorias explicativas. Nesses momentos, a atuação do professor é fundamental, pois a conquista de novos patamares de
compreensão pelo aluno é algo que depende também das propostas didáticas e da intervenção que ele fizer.
Essas teorias explicativas são formas de interpretação não necessariamente conscientes, mas que orientam a ação de
quem está aprendendo. Tais teorias são modificadas no embate com a realidade com a qual o aluno se depara a todo
instante e especialmente quando o professor cria contextos adequados para que isso aconteça.Para aprender, a criança
passa por um processo que não tem a lógica do conhecimento final, como é visto pelos adultos.
Do ponto de vista do referencial construtivista, nenhum conceito nasce com o sujeito ou é incorporado de fora, mas
precisa ser construído através da interação do sujeito com o meio (físico, social, cultural); nesse processo de construção,
as expressões do aprendiz não têm a lógica do conhecimento final, concebido pelo adulto. As pesquisas realizadas pelo
psicólogo Jean Piaget quanto à conservação de quantidades (massa/ fichas), demonstram que para crianças com idade de
5/7 anos, o fato de oito fichas apresentarem-se juntas e oito fichas apresentarem-se espalhadas apresentam quantidades
diferentes, simplesmente pela disposição / configuração dessas fichas (pensamento pré-operatório/perceptivo/
irreversível).Começa com Piaget, a construção de um novo olhar sobre a aprendizagem.
Piaget desenvolveu uma teoria do conhecimento (Epistemologia e Psicologia Genética) que explica como se avança de
um conhecimento menos elaborado para um conhecimento mais elaborado, ressaltando que o conhecimento é resultado
da interação do sujeito com o meio externo, que é um processo no qual o sujeito participa ativamente, modificando o
meio no qual está inserido e sendo, também, modificado por esse mesmo meio.

Foram os estudos de Piaget que abriram a possibilidade de se estudar a construção de conhecimentos específicos, como o
fez Emília Ferreiro que mostrou que era possível pensar o construtivismo - o modelo geral de construção do
conhecimento, tal como formulado por Piaget e colaboradores da Escola de Genebra - como a moldura de uma
investigação sobre a aquisição de um conhecimento particular, no caso de Emília Ferreiro, o da leitura e escrita.
A Psicogênese da Língua Escrita é um modelo psicológico de aprendizagem específico da escrita que serve de
informação ao educador, porém a maneira como essas informações são usadas na ação educativa pode variar muito
porque nenhuma pedagogia responde apenas a um modelo psicológico. O modelo geral no qual se apoia a Psicogênese
da Língua Escrita é de que há um processo de aquisição no qual a criança vai construindo hipóteses sobre a escrita,
testando-as, descartando umas e reconstruindo outras. Durante a alfabetização, aprende-se mais do que escrever
alfabeticamente. Aprendem-se, pelo uso, as funções da escrita, as características discursivas dos textos escritos, os
gêneros utilizados para escrever e muito outros conteúdos. O modelo de ensino atualmente relacionado ao
construtivismo chama-se aprendizagem pela resolução de problemas (situações-problema). Aprender a aprender é algo
possível apenas a quem já aprendeu muita coisa. Para aprender a aprender, o aprendiz precisa dominar conhecimentos de
diferentes naturezas, como as linguagens, por exemplo. Nesse processo, a flexibilidade e a capacidade de se lançar com
autonomia nos desafios da construção do conhecimento são extremamente importantes, pois há todo um saber necessário
para poder aprender a aprender; e isso só é possível para quem aprendeu muito sobre muita coisa.Deste modo, é
desejável que o aprendiz saiba buscar informações através do computador, porém é fundamental desenvolver a
capacidade de estabelecer relações inteligentes entre os dados, as informações e os conhecimentos já construídos. Nesse
sentido, para ser capaz de aprender permanentemente, a bagagem básica necessária atualmente é acadêmico-cultural, em
que se articulam conhecimentos de origem tradicionalmente escolar e aqueles relacionados aos movimentos culturais da
sociedade (formação geral).
Assim, a escola tem uma tripla função:
1. levar o aluno a aprender a aprender; 2. dar-lhe os fundamentos acadêmicos e; 3. equalizar as enormes diferenças no
repertório de conhecimentos dos aprendizes.
É praticamente impossível a escola realizar sozinha essa terceira função, mas sua contribuição é essencial, pois é preciso
pensar como agir para democratizar o acesso à informação e às possibilidades e construção de conhecimento.

96
Capítulo 3 - O QUE SABE UMA CRIANÇA QUE PARECE NÃO SABER NADA
Saber o que o aluno sabe e o que ele não sabe para poder atuar é uma questão complexa. Esse saber não está relacionado
ao conteúdo a ser ensinado (perspectiva adulta) e sim ao ponto de vista do aprendiz porque é esse o conhecimento
necessário para fazer o aluno avançar do que ele já sabe para o que não sabe. O que realmente importa são as construções
e ideias que o aprendiz elaborou e que não foram ensinadas pelo professor e, sim, construídas pelo aprendiz.
Quando uma criança escreve fazendo uso de uma concepção silábica de escrita, por exemplo, essa 'escrita' não é
reconhecida como um saber, pois do ponto de vista de como se escreve em português, essa escrita não existe. Mas, para
chegar a escrever em português (escrita alfabética), o aprendiz precisa passar por uma concepção de escrita desse tipo
(silábica), imaginando que quando se escreve representa-se as emissões sonoras que ele consegue reconhecer (a sílaba),
isolando-as pela via da audição. Tal conhecimento é importante e o professor deve reconhecê-lo na aprendizagem da
escrita. Caso contrário contribuirá muito pouco com os avanços do aluno em relação à escrita e, se a criança aprender a
ler, provavelmente, será por conta própria. Um olhar cuidadoso sobre o que a criança errou pode ajudar o professor a
descobrir o que ela tentou fazer.Somente um olhar cuidadoso e despojado do professor sobre a produção do aprendiz
(quanto ao saber não reconhecido), permitir-lhe-á descobrir o que pensa esse aprendiz, possibilitando-lhe levantar
questões e perguntas sobre tal produção. Ao desconsiderar o esforço do seu aluno, dizendo-lhe que sua produção não está
correta, acaba desvalorizando sua tentativa e esforço e, conseqüentemente, o aluno vai pensar duas vezes antes de
produzir de novo.
O conhecimento se constrói por caminhos diferentes daqueles que o ensino supõe. Isso acontece no processo de
aquisição da escrita, na construção dos conceitos matemáticos e na aprendizagem de qualquer outro conteúdo e mesmo
quando os alunos estão submetidos a um tipo de ensino convencional, pois o que impulsiona a criança é o esforço para
acreditar que atrás das coisas que ela tem de aprender existe uma lógica.Se o professor não sabe nada sobre o que o aluno
pensa ou conhece a respeito do conteúdo que quer que ele aprenda, o ensino que ele oferece não tem com quem
dialogar.Conhecimentos prévios dos alunos não deve ser confundido com conteúdo já ensinado pelo professor.
Na perspectiva construtivista - de resolução de problemas - o professor não pode considerar como sinônimos o que o
aluno já sabe e o que lhe foi ensinado, pois não são necessariamente a mesma coisa. Para que isso não aconteça, é
preciso que o professor desenvolva uma sensibilidade e uma escuta atenta para a re¬flexão que as crianças fazem,
supondo que o que elas pensam tem sentido e não é fruto de sua ignorância.O professor precisa criar um ambiente sócio-
afetivo para que as crianças possam manifestar livremente/espontaneamente o que pensam; somente assim, poderá
favorecer situações de aprendizagem significativas. Tal ambiente deve possibilitar que as crianças pensem sobre suas
ideias. Do mesmo modo, cabe ao professor oferecer conflitos/situações problemas que possibilitem às crianças
exercitarem o pensamento, na busca de soluções possíveis. Isso requer do professor estudo e uma postura reflexiva e
investigativa.A psicogênese da língua escrita abriu a possibilidade de o professor olhar para a criança e acreditar que
para aprender ela pensa, que aquilo que ela faz tem lógica e o que o professor não enxerga é porque não tem
instrumentos suficientes para perceber o sentido que está sendo manifestado pela criança.

Um casamento entre a disponibilidade da informação externa e a possibilidade da construção interna.Quando o professor


não entende a produção da criança deve-se perguntar à criança, mesmo que não consiga entender suas explicações, uma
atividade indicada para isso é o trabalho em dupla, pois trabalhando juntas as crianças dão explicações umas às outras e,
então, o professor poderá compreender as hipóteses das crianças.
Assim, é importante observar os procedimentos dos alunos diante de uma atividade, para que o professor possa
reconhecer esses procedimentos dos alunos, de modo, a saber quais são os menos e os mais avançados e que raciocínio
os alunos mais avançados então realizando.
O trabalho em grupo permite que as crianças observem os procedimentos de atuação de seus colegas, inclusive daqueles
que utilizam procedimentos de resolução de problemas mais avançados. Ao perceberem a possibilidade de diferentes
formas de execução, reconhecem o procedimento do colega como mais produtivo e econômico, construindo, assim, a
lógica necessária para poder aprender (a criança aprendeu com outra que sabe mais).
Tem-se, assim, de um delicado casa¬mento entre a disponibilidade da in-formação externa e apossibilidade da
construção interna - construtivismo: um modelo explicativo da aprendizagem que considera, ao mesmo tempo, as
possibilidades do sujeito e as condições do meio. Cabe ao professor tomar decisões importantes, seja na formação das
parcerias entre alunos, seja nas questões que ele mesmo propõe no desenrolar da atividade.
Todas as crianças sabem muitas coisas, só que umas sabem coisas diferentes das outras.
As crianças são provenientes de culturas diferentes e isso contribui para que saibam coisas diferentes, por isso é
importante que o professor tenha claro que as crianças provenientes de um nível cultural valorizado pela escola
apresentam enormes vantagens em relação às outras crianças. Para tais crianças a escola será muito mais fácil, porque
está em consonância com a cultura da família e do seu ambiente. Por outro lado, as crianças provenientes de ambientes
onde as pessoas possuem menor grau de escolaridade e distantes dos usos cotidianos dos conteúdos que a escola valoriza
encontrarão dificuldades. Assim, a equalização das oportunidades de aprendizagem dessas crianças deve ser uma tarefa
da escola que deve repensar sua própria prática, de modo a não prejudicar o sucesso escolar desses alunos. (...) "É
preciso, pois, educar o olhar para enxergar o que sabem as crianças que aparentemente não sabem nada".(p, 49)
A equalização de oportunidades de aprendizagem não significa uma pedagogia compensatória. É preciso socializar os
conteúdos pertencentes ao mundo da cultura: literatura, ciência, arte, informação tecnológica, etc., pois isso é uma
questão de inserção social e, portanto, direito de todas as crianças. A escola não pode ser instrumento de exclusão social.
97
Todo professor deve levar todos os seus alunos a participarem da cultura.

O termo cultura é utilizado não em seu sentido antropológico e sim no do senso comum: a cultura erudita e a de larga
difusão, mas produzida para e pela elite.
Todos os professores, principalmente, aqueles das classes iniciais que quiserem contribuir para que todos os alunos de
sua classe tenham a mesma oportunidade de aprender, devem estimulá-los a participar da cultura.É papel do professor ler
diferentes tipos de assuntos/textos (usar o jornal e outras fontes de informação e de pesquisa) em classe e levar as
crianças para exposições de artistas importantes. É preciso oferecer às cri¬anças a oportunidade de navegar na cultura, na
Internet, na arte, em todas as áreas do conhecimento, em todas as linguagens, em todas as possibilidades.
Um exemplo de alguém que sabia como tratar as crianças era Monteiro Lobato que escrevia livros contando coisas da
Antiguidade, falando de astronomia, da história do mundo. Porém, o que normalmente se oferece para as crianças lerem
são histórias empobrecidas, versões resumidas e textos com supressões.Não é possível formular receitas prontas para
serem aplicadas a qualquer grupo de alunos. Nos anos 1970, uma visão de escola como linha de montagem, denominada
de tecnicista, voltada para criar máquinas de ensinar, métodos de ensino, sequências de passos programados, dominava a
concepção de ensino e aprendizagem. No Brasil, esse modelo chamava-se ensino programado. A função do professor,
nesse modelo, era simplesmente, a de administrar o ensino programado e foi, justamente, esse modelo o responsável por
uma exigência cada vez mais baixa de qualificação dos professores. O ensino programado permitia o que se chamava de
'ensino na medida do estudante', que embora considerasse os vários ritmos de aprendizagem da criança, todos aprendiam,
pois, seguindo os passos programados chegariam todos, de alguma forma, ao final.

O papel do professor dentro de uma proposta construtivista é bem diferente deste proposto pelo modelo tecnicista. Cabe
ao professor construir conhecimentos de diferentes naturezas, que lhe permitam ter claros os seus objetivos, assim como
selecionar conteúdos adequados, enxergando na produção de seus alunos o que eles já sabem e construindo estratégias
que os levem a conquistar novos patamares de conhecimento. Não há receitas prontas a serem aplicadas a grupos de
alunos, uma vez que, a prática pedagógica é complexa e contextualizada. O professor precisa ser alguém com autonomia
intelectual.

Capítulo 4 • AS IDEIAS, CONCEPÇÕES E TEORIAS QUE SUSTENTAM A PRÁTICA DE QUALQUER


PROFESSOR, MESMO QUANDO ELE NÃO TEM CONSCIÊNCIA DELAS.
A prática pedagógica do professor é sempre orientada por um conjunto de ideias, concepções e teorias, mesmo que nem
sempre tenha consciência disso. Para que possamos compreender a ação do professor, é preciso verificar de que forma
seus atos expressam sua concepção sobre:
• o conteúdo que ele espera que o aluno aprenda;
• o processo de aprendizagem (os caminhos pelo quais a aprendizagem acontece);
• como deve ser o ensino.
Historicamente, a teoria empirista é a teoria que mais vem impregnando as representações sobre o que é ensinar, quem é
o aluno, como ele aprende e o que e como se deve ensinar (modelo de ensino e aprendizagem conhecido como estímulo-
resposta). Essa teoria define a aprendizagem como 'a substituição de respostas erradas por respostas certas', partindo da
concepção de que o aluno precisa memorizar e fixar informações, as mais simples e parciais possíveis e ir acumulando
com o tempo. A cartilha está fundamentada nesse modelo (palavras-chaves, famílias silábicas usadas exaustivamente,
frases desconectadas, textos com mínimo de coerência e coesão). Como a metodologia de ensino expressa nas cartilhas
concebe os caminhos pelas quais a aprendizagem acontece. Na concepção empirista, o conhecimento está 'fora' do
sujeito (a fonte do conhecimento é externa ao sujeito - é o meio físico e social) e, é interiorizado através dos sentidos,
ativado pela ação física e perceptual. O sujeito é concebido como uma tábula rasa – ‗vazio‘ na sua origem, sendo
'preenchido' pelas experiências que tem com o mundo (conceito de 'educação bancária' criticada por Paulo Freire). O
aprendiz é alguém que vai juntando informações. O processo de ensino fundamentado nessa teoria caracteriza-se pela:
cópia, ditado, memorização pura e simples, utilização da memória de curto prazo para reconhecimentos das famílias
silábicas, leitura mecânica para posterior leitura compreensiva.
Para mudar é preciso reconstruir toda a prática a partir de um novo paradigma teórico. Em uma concepção construtivista,
o conhecimento não é concebido como cópia do real, incorporado diretamente pelo sujeito. A teoria construtivista
pressupõe uma atividade, por parte do aprendiz, que organiza e integra os novos conhecimentos aos já existentes. Isso
acontece com alunos e professores em processo de transformação. Uma preocupação, bastante pertinente, diz respeito ao
fato do professor querer inovar a sua prática, adotando um modelo de construção de conhecimento sem compreender,
suficientemente, as questões que lhe dão sustentação, correndo o risco de se deslocar de um modelo que lhe é familiar
para o outro meio conhecido, mesclando teorias, como se costuma afirmar.
Outra preocupação diz respeito ao entendimento destorcido por parte de professores, que acreditando ser o sujeito
sozinho quem constrói o conhecimento, veem a intervenção pedagógica como desnecessária.

Tais concepções não fazem nenhum sentido num modelo construtivista. Conteúdos escolares são objetos de
conhecimento complexos, que devem ser dados a conhecer, aos alunos, por inteiro. Para o referencial construtivista, a
aprendizagem da leitura e da escrita é complexa e, portanto, deve ser apresentada / oferecida por inteiro ao aprendiz e de
forma funcional. Para os construtivistas, o aprendiz é um sujeito, protagonista do seu próprio processo de aprendizagem,
98
alguém que vai produzir a transformação, convertendo informação em conhecimento próprio. Essa construção pelo
aprendiz não se dá por si mesma e no vazio, mas a partir de situações nas quais age sobre o que é o objeto do seu
conhecimento, pensa sobre ele, recebendo ajuda, sendo desafiado a refletir, interagindo com outras pessoas. A diferença
entre o modelo empirista e o modelo construtivista é que no primeiro a informação é introjetada ou não; enquanto que no
segundo, o aprendiz tem de transformar a informação para poder assimilá-la. Isso resulta em práticas pedagógicas muito
diferentes.Afirmar que o conhecimento prévio é a base da aprendizagem não é defender pré-requisitos.
No modelo construtivista, o conhecimento não é gerado do nada, é uma permanente transformação a partir do
conhecimento que já existe. Essa afirmação de que conhecimentos prévios constituem a base de novas aprendizagens não
significa a crença ou a defesa de pré-requisitos e muito menos significa matéria ensinada anteriormente pelo professor.
Não informar nem corrigir significa abandonar o aluno à própria sorte.
A crença espontaneista de que o aluno constrói o conhecimento, não sendo necessário ensinar-lhe, faz com que o
professor passe a não informar, a não corrigir e a se satisfazer com que o aluno faz ' do seu jeito'; isso significa
abandonar o aluno à sua própria sorte.
Cabe ao professor organizar a situação de aprendizagem de forma a oferecer informação adequada. A função do
professor é observar a ação da criança, acolher ou problematizar / desestabilizar suas produções, intervindo sempre que
achar que pode contribuir para que a concepção da criança sobre o objeto de conhecimento avance. É papel do professor
apoiar a construção do conhecimento pelo aprendiz.

Capítulo 5 - COMO FAZER O CONHECIMENTO DO ALUNO AVANÇAR.


O processo de ensino deve dialogar com o de aprendizagem. Isso mostra que não é o processo de aprendizagem (aluno)
que deve se adaptar ao processo de ensino (professor), mas, sim, o processo de ensino que deve se adaptar ao processo de
aprendizagem. Para tanto, o professor precisa compreender o caminho de aprendizagem que o aluno está percorrendo
naquele momento e, a partir disso, identificar as informações e atividades que permitirão ao aluno avançar do patamar de
conhecimento que conquistou para outro que é mais avançado. Para isso, é preciso que o professor organize situações de
aprendizagem: atividades planejadas (propostas e dirigidas) com a intenção de favorecer a ação do aprendiz sobre um
determinado objeto de conhecimento, sendo que essa ação está na origem de toda e qualquer aprendizagem.
Tais atividades devem reunir algumas condições e respeitar alguns princípios:
• os alunos devem por em jogo tudo que sabem e pensam sobre o conteúdo que se quer ensinar;
• devem ter problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõe produzir;
• a organização da tarefa pelo professor deve garantir a máxima circulação de informação possível;
• o conteúdo trabalhado deve manter suas características de objeto sociocultural real, sem se transformar em objeto
escolar vazio de significado social.

Alunos põem em jogo tudo que sabem, têm problemas a resolver e decisões a tomar:
O aprendiz precisa testar suas hipóteses e enfrentar contradições, seja entre as próprias hipóteses, seja entre o que
consegue produzir sozinho e a produção de seus pares ou entre o que pode produzir e o resultado tido como
convencionalmente correto. Partindo-se de uma proposta construtivista, o conhecimento só avança quando o aluno tem
bons problemas sobre os quais pensar. Para isso, o professor deve criar boas situações de aprendizagem para os alunos,
atividades que representem possibilidades difíceis, porém dificuldades possíveis de serem resolvidas. A escola precisa
autorizar e incentivar o aluno a acionar seus conhecimentos de experiências anteriores, fazendo uso deles nas atividades
escolares; é preciso criar atividades para que isso seja de fato requisitado, sendo útil para qualquer área de conhecimento.
A organização da tarefa garante a máxima circulação de informação possível. Os livros e demais materiais escritos, a
intervenção do professor, a observação de um colega na resolução de um problema, as dúvidas, as dificuldades, o próprio
objeto de conhecimento que o aluno se esforça para aprender são situações que informam.
Por isso, é importante que se garanta a máxima circulação de informação possível na classe e o ambiente escolar deve
permitir que as perguntas e as respostas circulem.Nesse processo, as informações que chegam até o aprendiz precisam
ser trabalhadas ou interpretadas por ele de acordo com que lhe é possível naquele momento. O professor precisa estar
ciente de que o conhecimento avança quando o aprendiz se defronta com situações-problema nas quais não havia
pensado anteriormente. Situações significativas de aprendizagem em sala de aula acontecem quando o professor abre
mão de ser o único informante e quando o clima sócio afetivo se baseia no respeito mútuo e não no autoritarismo. É
preciso incentivar a cooperação, a solidariedade, o respeito e o tutoramento (um aluno ajudando o outro) em sala de aula.

A interação entre os alunos é necessária não somente porque o intercâmbio é condição para o convívio social na escola,
mas, também, porque informa a todos os envolvidos e potencializa quase infinitamente a aprendizagem.O conteúdo
trabalhado deve manter suas características de objeto sociocultural real.
O ensino da língua portuguesa está cheio de criações escolares que em nada coincidem com as práticas sociais de uso da
língua, objeto de ensino na escola, baseadas no senso comum. Isso não acontece somente no ensino da língua
portuguesa, mas em todas as outras áreas.
Na escola, por exemplo, aprende-se a linguagem matemática escrita, que é pouco usada na rua. Porém, não se pode
deixar de lado esta competência que o aluno já traz desenvolvida (devido a sua vivência de 'rua') e sobrepor a
escolarização a ela.

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Quando se trata de ciência ou prática social convertida em objeto de ensino, estas acabam por sofrer modificações. A arte
é diferente na Educação Artística, o esporte é diferente da Educação Física, a linguagem é diferente do ensino de Língua
Portuguesa, a ciência é diferente do ensino de Ciências. Porém, não se pode criar invenções pretensamente facilitadoras
que acabem tendo existência própria. É papel da escola garantir a aproximação máxima entre o use social do
conhecimento e a forma de tratá-lo didaticamente.

Capítulo 6 - QUANDO CORRIGIR, QUANDO NÃO CORRIGIR.


O professor desenvolve dois tipos de ação pedagógica: planejamento e intervenção, uma intervenção clássica é a
correção que não é a única intervenção possível, nem a mais importante, porém é a que mais tem preocupado os
professores. Numa concepção construtivista de aprendizagem, a função da intervenção é atuar de modo que os alunos
transformem seus esquemas interpretativos em outros que dêem conta de questões mais complexas que as anteriores. A
correção é algo relacionado a qualquer situação de aprendizagem, o que varia é como ela é compreendida pelo professor.
A tradição escolar normalmente vê a correção realizada longe dos alunos na qual os erros são assinalados para que os
alunos corrijam, como a mais importante (concepção empirista - exigente com a transmissão). Quando se trata de uma
redação, o texto tem que ser passado a limpo, corrigido - o erro poderá ficar fixado na memória do aluno (concepção que
supõe a percepção e a memória como núcleos na aprendizagem).Outra visão de correção é a informativa que carrega a
ideia de que a correção deve informar o aluno e ser feita dentro da situação de aprendizagem (concepção de erro
construtivo - que faz parte do processo de aprendizagem de qualquer pessoa).
Os erros devem ser corrigidos no momento certo. Que nem sempre é o momento em que foram corrigidos.A ideia do
erro construtivo fascinou muitos educadores, que começaram a ver de outra forma os textos escritos dentro de um
sistema silábico e mesmo os de escrita alfabética. Porém, depois que a criança compreendeu o sistema alfabético de
escrita é necessário que o professor intervenha na questão ortográfica, considerando a melhor forma de fazer isso. O que
deve ser repensado é a concepção tradicional de correção. Os alunos sabem o que achamos importantes que eles
aprendam, mesmo que não falemos nada.Muitos professores, por não quererem bloquear a criatividade do aluno, acabam
deixando que ele escreva de qualquer jeito. Tal procedimento acaba consolidando um contrato didático implícito, pois de
alguma forma o aluno percebe que o professor não valoriza esse tipo de conhecimento e acaba por desvalorizá-lo
investindo nessas aprendizagens. É importante que o professor tenha claro que depois de um tempo de escolaridade, são
inaceitáveis.

Capítulo 7 - A NECESSIDADE E OS BONS USOS DA AVALIAÇÃO.


No que diz respeito à avaliação, é preciso ter claro o que o aluno já sabe no momento em que lhe é apresentado um
conteúdo novo. O conhecimento prévio é o conjunto de ideias, representações e informações que servem de sustentação
para a nova aprendizagem, ainda que não tenham, necessariamente, uma relação direta com o conteúdo que se quer
ensinar. É importante investigar e explorar essas ideias e representações prévias porque permite saber de onde vai partir a
aprendizagem que se quer que aconteça. Conhecer essas ideias e representações prévias ajuda muito na hora de construir
uma situação na qual o aluno terá de usar o que já sabe para aprender o que ainda não sabe. Após esta avaliação inicial,
relacionada aos conhecimentos prévios, é preciso que o professor utilize um ou outro instrumento para verificar como os
alunos estão progredindo, pois o conhecimento não é construído igualmente, ao mesmo tempo e da mesma forma por
todos. Esse instrumento é a avaliação de percurso - formativa ou processual - feita durante o processo de aprendizagem.
Esse procedimento permitirá ao professor avaliar se o trabalho que está desenvolvendo com os alunos está sendo
produtivo e se os alunos estão aprendendo com as situações didáticas propostas.

A avaliação da aprendizagem é também a avaliação do trabalho do professor.


Quando se avalia a aprendizagem do aluno, também se avalia a intervenção do professor, pois o ensino deve ser
planejado e replanejado em função das aprendizagens conquistadas ou não.
Assim, é importante a organização de espaços coletivos de discussão do trabalho pedagógico na escola, valorizando-se a
prática de ob¬servação de aula pelo coordenador ou orientador pedagógico - ou mesmo por um colega que ajude a olhar
de fora. O professor está sempre tão envolvido que, às vezes, não lhe é possível enxergar o que salta aos olhos de um
observador externo. Se a maioria da classe vai bem e alguns não, estes devem receber ajuda pedagógica.
Quando, numa verificação de aprendizagem, grande parte dos alunos apresenta dificuldades, é certo que o professor
precisa rever o seu encaminhamento. Porém, quando a verificação aponta que alguns alunos não estão bem, estes devem
ser atendidos imediatamente através de outras atividades que possibilitem a superação das dificuldades.
A escola deve estar comprometida com a aprendizagem de todos e, dessa forma, criar um sistema de apoio para que os
alunos não se percam no caminho. As dificuldades precisam ser detectadas rapidamente para que sejam sanadas e
continuem progredindo, não desenvolvendo bloqueios. Tais crianças precisam ser atendidas por meio de realização de
atividades diferenciadas durante a aula, trabalho conjunto com colegas que possam ajudá-los.

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RESUMO PLAJEMANTO – PLANO DE ENINO-APRENDIZAGEM E PROJETO EDUCATIVO:
ELEMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO E REALIZAÇÃO – CELSO VASCONCELLOS

Planejamento
O ato de planejar faz parte da história do ser humano, pois implica no desejo de transformar sonhos em
realidade.Processo de busca entre meios e fins, entre recursos e objetivos , visando a melhor qualidade das
atividades humanasPlanejar visa dar respostas a um problema estabelecendo fins e meios que apontem uma
superação, de modo a atingir os objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro. Nortear a
ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da ação.
Planejamento Educacional
Processo contínuo que se preocupa com o ―para onde ir‖ e ―quais as maneiras adequadas de chegar lá. Tendo visão
de sociedade para possibilidades futuras.
Planejamento Curricular
Decisões sobre a dinâmica da ação escolar. Previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno através
dos diversos componentes curriculares
Planejamento de Ensino
Processo de tomada de decisões bem informadas que visem a racionalização das atividades do professor e do aluno
em situações de ensino e aprendizagem.
Planejamento Escolar
Reflexão de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição articulando a
problemática escolar e o contexto social.
Planejamento Político Social
Preocupação fundamental do ―para quê‖, ―para quem‖ e ―o que‖ se fará para definir fins , buscar conceber visões
globalizantes e de eficácia
Planajamento Operacional
Trata prioritariamente dos meios, enfatizando a técnica
Plano Documento
Utilizado como registro, sobre o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer e com quem fazer –
produto do planejamento.O plano é um guia que tem a função de orientar a prática, partindo da própria prática; não
é um documento rígido e absoluto.
Plano Nacional de Educação
Reflete a política educacional de um povo, inserido dentro do contexto histórico
Plano Escolar
È o documento mais global que sintetiza o projeto pedagógico da escola.
Plano de Curso
Conjunto de matérias que vão ser ensinadas.
Plano de Ensino
É o plano de disciplinas, de unidades e experiências propostas pela escola, professores, alunos e comunidade –
produto do plano curricular da escola.
Projeto Documento
Produto do planejamento, e como o próprio nome diz: projetar significa lançar para a frente, dando a idéia de
mudança ao movimento, portanto um projeto educativo é uma promessa frente a determinadas rupturas.
Projeto Pedagógico
É um instrumento teórico metodológico que auxilia nos desafios do cotidiano da escola, que re-significa a ação de
todos os agentes da instituição.
Projeto Pedagógico - Processo participativo nas decisões.
Organiza o trabalho pedagógico.Explicita os princípios de autonomia da escola.Supera problemas da realidade
específica.Compromisso com a formação do cidadão.Deve nascer da própria realidade.Prever condições de
desenvolvimento de avaliações.Ação articulada de todos os envolvidos.Construído continuamente – processo.
Projeto Político Pedagógico
Situar-se num horizonte de possibilidades em relação ao que a educação quer, que tipo de cidadão se deseja e para
que o projeto de sociedade?A construção do projeto político pedagógico deve ser um planejamento no contexto
situacional, doutrinal (filosófico), e operativo.
Programa
Constitui-se de um ou mais projetos de determinados órgãos ou setores, num período de tempo definido, espaço
onde são registradas as propostas de ações que dividem-se em quatro dimensões: ações concretas, orientações,
determinações gerais e atividades permanentes.

101
Conceito de Participação
Preocupação com a melhoria da qualidade de educação – necessidade de descentralização e democratização da
gestão escolar.Participação, etmológicamente vem do latim ―participatio‖ (pars + in + actio) que significa parte da
ação.Trabalhar em conjunto – compreender os processos grupais para desenvolver competências.
Conceito de Participação
Grupo – conjunto restrito de pessoas ligadas entre si por constantes de espaço e tempo , articulados por uma mútua
representação interna interatuando através de complexos mecanismos de assunção e atribuição de
papéis.Resistência a mudança – consequência de medos básicos: medo da perda, medo do ataque, insegurança por
falta de instrumentação.
Participação
Compreender a importância disto necessita ser divulgado em momentos de sensibilização, na implementação de
planos, programas e projetos.Sensibilidade é qualidade de ser sensível, faculdade de sentir, propriedade do
organismo vivo de perceber as modificações do meio externo e interno e de reagir a elas de maneira adequada.A
participação é fundamental por garantir a gestão democrática da escola.Ressalta: Como estamos trabalhando, no
sentido de desenvolvimento de grupos operativos, onde cada sujeito, com sua subjetividade, possa contribuir na
reconstrução da escola que precisamos?

De acordo com Celso Vasconcelos, o planejamento escolar deve ser estruturado e articulado através de três
níveis: o planejamento da escola, o plano de ensino ou plano curricular e o plano de aula. O planejamento da escola
é o plano integral da instituição composto pelos referenciais que dizem respeito aos objetivos e metas estabelecidas
para cada uma das dimensões de gestão da escola: pedagógica, administrativa, recursos humanos, recursos
financeiros e resultados educacionais. O plano curricular ou de ensino constitui-se no referencial com os
fundamentos de cada disciplina. Nele devem estar expressos as expectativas de aprendizagem, os conteúdos
previstos e as propostas de avaliação para cada ano/série. Em coerência com o planejamento da escola e com o
plano de ensino, o plano de aula deve constituir-se na organização didática do processo de ensino destinado a cada
turma, levando em consideração tanto as defasagens como os conhecimentos prévios dos alunos de modo a garantir
que todos os alunos alcancem os objetivos de aprendizagem contidos no plano de ensino; contudo, enquanto
instrumento personalizado de trabalho deve ser desenvolvido para atingir os objetivos de cada turma em separado.

>O papel da reflexão diante das dificuldades da educação escolar:


Vasconcellos, nos fragmentos sobre Planejamento de Ensino, discorre sobre o Papel da Reflexão como mediação
no processo de transformação; Falta de sentido do planejamento e por último, enfoca a Análise do problema da
falta de credibilidade do planejamento. A reflexão encontra-se no campo da subjetividade, sendo que os obstáculos
para a mudança estão tanto no campo subjetivo como no objetivo, enquanto tal, não pode interferir na realidade,
nas condições objetivas; os sujeitos é que podem agir – direta ou indiretamente sobre a realidade. A reflexão tem
por função despertar o sujeito, além de capacitá-lo para caminhar. Neste sentido, a reflexão implica na articulação
de duas dimensões: O Convencimento para reconstruir o sujeito mediador, despertando o desejo para a consciência
se integrar, se motivar para a ação. A Intervenção para construir caminho viável de mediação, projetar objetivos
para a ação.

>A Falta de Sentido do Planejamento:


O que dizem os professores: Não é possível planejar; do jeito que o planejamento vem sendo feito não funciona;
não é necessário planejar. Como entender a descrença do educador em relação ao planejamento? Na história do
pensamento humano, a reflexão do homem orbitou em torno de duas grandes correntes: A Metafísica - Parmênides
– defendia a estabilidade das coisas, não admitindo as contradições, para ele, a essência profunda do ser era
imutável e o movimento (mudança) era um fenômeno de superfície. A Dialética – Heráclito – admitia o
movimento, no qual tudo estava num constante vir-a-ser. A linha de pensamento, metafísica, prevaleceu sobre a
dialética de Heráclito. Uma das mais fortes vertentes do pensamento até hoje presente no nosso meio, corrente
platônica, é o idealismo metafísico.

>Processo de alienação do professor:


O educador como cidadão está inserido num contexto mais amplo de sociedade, sendo portanto atingido pela
alienação imposta devida a toda forma de organização social. Enquanto profissional, participa da alienação
mediatizada no conjunto de seu trabalho. A situação de alienação se caracteriza pela falta de compreensão e
domínio nos vários aspectos da tarefa educativa: ao educador falta clareza com relação à realidade em que ele vive,
não dominando, por exemplo, como os fatos e fenômenos chegaram ao ponto em que estão hoje (dimensão
sociológica, histórico-processual; falta clareza quanto à finalidade daquilo que ele faz: educação para quê, em favor
de quem, contra quem, que tipo de homem e de sociedade formar,etc.(dimensão política, filosófica) e, finalmente,
falta clareza quanto à sua ação em sala de aula (dimensão pedagógica). Efetivamente, faltando uma visão de
102
realidade e de finalidade, fica difícil para o educador operacionalizar alguma prática transformadora, já que não
sabe onde está, nem para onde quer ir.

>(Des)caminhos do Planejamento :
Breve retrospectiva histórica – a atividade de planejar é tão antiga quanto o homem, mas a sistematização do
planejamento ocorreu fora do campo educacional, ligada ao mundo da produção e à emergência da ciência da
administração (final do séc.XIX). Ao tratar de planejamento a administração utiliza temos como os objetivos e
estratégias, remetendo-se às estratégias de guerra! Considerada como empreendimento que sempre buscou a
eficiência...Mas talvez o elemento genealógico mais complicador em termos de alienação do trabalho – em geral e
escolar – tenha sido a preconização por Taylor da necessidade de separar a tarefa de planejamento da execução, ou
seja, organizar cientificamente o trabalho implicava a distinção radical entre concepção e realização.
Desta forma, esta nova ciência acaba por respaldar e justificar a prática tão antiga de uns conceberem (homens
livres) e outro executarem (escravos), fundamentando o planejamento tecnocrático, onde o poder de decisão e
controle está nas mãos de técnicos, especialistas e não no próprio agente transformador. No início do séc.XX, o
planejamento vai avançando para todos os setores da sociedade, provocando enorme impacto a partir do seu uso na
União Soviética não como simples organização interna a uma empresa, mas como planificação de toda uma
economia.

>Linhas de planejamento administrativo na atualidade: Gerenciamento da qualidade total; Planejamento


estratégico e Planejamento participativo.
Ao analisar a história da educação escolar, percebemos diferentes concepções do processo de planejamento, de
acordo com cada contexto sócio-político-econômico-cultura. A profª.Margot Ott (1984) aponta três grandes
concepções que vão se manifestando em diferentes momentos da história do planejamento: Planejamento como
Princípio prático – concepção associada à tendência tradicional; Instrumental/Normativo – tendência tecnicista de
educação; e, finalmente, Planejamento Participativo – fundamentos marcantes nesta concepção: consciência,
intencionalidade e participação (Ott, 1984). O saber deixa de ser considerado como propriedade dos especialistas,
valorizando-se a construção, o diálogo, o poder coletivo local, a formação da consciência crítica a partir da reflexão
sobre a prática de mudança. Planejamento, instrumento de intervenção no real para transformá-lo na direção de
uma sociedade mais justa e igualitária.

>Núcleo do problema do planejamento.


Elementos que comprometem o sentido e a força do planejamento: Idealismo = tendência de valorizar as idéias em
detrimento da prática; Formalismo = atividade desprovida de sentido para o sujeito, cumprimento de prazos não
discutidos, preenchimento de formulários impostos, adequação a um saber já pronto (técnico); Não-Participação =
planejamento tido como dispositivo de disciplinamento de professores e alunos, meio de dominação ao invés de
liberação. Tal prática de planejamento introduz uma cisão na totalidade humana, tendo em vista que as pessoas não
participam dos resultados do próprio trabalho.

RESUMO LIVRO AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS E SEUS ESTÍMULOS – CELSO ANTUNES

O livro "As inteligências múltiplas e seus estímulos" de Celso Antunes, professor e psicopedagogo, faz uma
abordagem à teoria das Inteligências Múltiplas, baseado nas pesquisas de Howard Gardner.
Celso Antunes nos expõe as múltiplas inteligências dentro de um novo paradigma, nos trazendo uma nova visão do
cérebro e da mente humana, apoidado nas novas descobertas neurológicas.
Diante dos expostos no livro, os educadores criam uma nova idéia do que vem a ser considerado inteligências e
suas diversas formas de se manifestarem no cérebro humano.
O Autor faz questionamento sobre as oito inteligências, que são: linguìstica ou verbal, lógico-matemática, espacial,
intrapessoal e interpessoal, musical, cinestésica corporal, naturalista, e como elas se desenvolvem, citando-as sobre
formas de exemplos. A obra de Celso Antunes, objetiva sobretudo destacar os estímulos das inteligências,
efatizando a importância dos primeiros anos de escolaridade, considerado por ele como essencias para a plenitude
de uma aprendizagem significativa e coerente.
Nas exposições apresentados no livro, há uma redefinição no papel do educador, o qual tem como nova função ser
estimulador das inteligências. Observa-se assim uma clara distinção entre inteligência e conhecimento, e que não
há mais espaço para professores "transmissores de informações", e sim colaborador do aluno para despertar suas
capacidades. Celso Antunes, também destaca a importância das inteligências pessoais, através da apresentação de
dois autores: Gardner e Daniel Goleman. Os mesmos possuem modos de interpretação divergentes um dos outro,
entretanto ambos destacam a importância de respeitar a individualidade do ser humano, pois cada ser possui formas
de inteligências próprias e busca de formas diferentes soluções para problemas.

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Este livro nos faz refletir sobre nossas próprias inteligências, conduzindo-nos a um universo de inovação e
crescimento, tanto pessoal como profissional. a primeira avista, parece-nos uma utopia pôr em prática o
desenvolvimento das inteligências múltiplas proposto por Celso Antunes, mas com pensamento mais crítico e
persistente pode tornar-se possível, como o próprio autor diz em sua obra: basta querer.
É uma obra de grande importância para quem se dedica ao processo de educar, tanto para os pais como professores,
psicopedagogos, psicólogos e outros especialistas educacionais. O autor expõe de forma clara e de fácil
entendimento as idéias de Howard Gardner sobre as múltiplas inteligências que o ser humano possui. Afirma que o
profissional da educação deve estar atento às manifestações das mesmas, dentro do processo de aprendizagem.
Antunes explica, uma a uma, as inteligências já estudadas por Gardner.Explica sobre o que seja a inteligência e as
possibilidades da mesma aumentar, envelhecer e as oportunidades que o cérebro humano abre,em determinadas
fases de desenvolvimento, na aprendizagem de uma criança.

A este processo ele nomeia como uma "janela de oportunidades" que é quando a criança estará pronta a se
desenvolver, nos tipos de inteligências que possui.
Um educador precisa ajudar seus alunos a desenvolver as aptidões que possuem, ou desenvolver a um nível
adequado as que tem mais dificuldades. Antunes faz uma relação entre a memória e a capacidade de concentração
que se possui, bem como da inteligência e da aprendizagem. Explana sobre o "construtivismo" de Piaget e Emília
Ferreiro de forma sucinta e aponta os melhores meios de se educar as diversas inteligências. As mesmas devem ser
desenvolvidas e utilizadas à favor da pessoa e da sociedade, em que esta convive.Por intermédio de questões
simples, o autor vai colocando as diferentes inteligências e quais os melhores procedimentos que o educador deve
utilizar para que as desenvolva em sala de aula.De leitura agradável e rápida, a obra abre um amplo leque para
todos que queira compreender e trabalhar com a inteligência humana. Dá uma visão mais nítida sobre estas
manifestações da inteligência, que muitas vezes passam desapercebidas das pessoas que desejam educar e
desenvolver uma criança de forma muito mais ampla.A inteligência, para o autor, precisa ser estimulada e tendo em
vista que é possível desenvolver sempre mais, terá o educador, meios para ampliá-la ajudando a criança a se
desenvolver plenamente.

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC

DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


• Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens,
ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.
• Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e
adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua
criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.
• Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades
propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das
brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos,
decidindo e se posicionando.
• Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos,
histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas
diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
• Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas,
hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.
• Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de
seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens
vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.

CAMPOS DE EXPERIÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL


Na Educação Infantil, em consonância com as formas de pensar e agir no mundo que as crianças de até seis anos
possuem, as Áreas de Conhecimento da BNCEB (Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e
Matemática) são rearticuladas em campos de experiências, ou seja, em conjunto de experiências reunidas a partir
do artigo 9º das DCNEI.
Os campos de experiências, organização interdisciplinar por excelência, devem oferecer às crianças oportunidades
de atribuir um sentido pessoal aos saberes e conhecimentos que vão sendo a ele articulados como uma rede e
construídos na complexidade e transversalidade dos patrimônios da humanidade.

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CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS:
•O EU, O OUTRO, O NÓS •CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS •ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E
IMAGINAÇÃO •TRAÇOS, SONS, CORES E IMAGENS •ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES
E TRANSFORMAÇÕES.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: O EU, O OUTRO, O NÓS


As crianças estão se constituindo, na interação com outras crianças e adultos, como alguém com um modo próprio
de agir, sentir e pensar. Elas são curiosas em relação ao entorno social. Conforme vivem suas primeiras
experiências na coletividade, elaboram perguntas sobre si e os demais, aprendendo a se perceberem e a se
colocarem no ponto de vista do outro, entendendo os sentimentos, os motivos, as ideias e o cotidiano dos demais
parceiros. Conhecer outros grupos sociais, outros modos de vida através de narrativas, de contatos com outras
culturas, amplia o modo de perceber o outro e desfaz estereótipos e preconceitos. Ao mesmo tempo em que
participam das relações sociais e dos cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de
autocuidado.
Objetivos de aprendizagem: •Conviver com crianças e adultos em pequenos e grandes grupos, percebendo e
valorizando as diferenças individuais e coletivas existentes, a lidar com conflitos e a respeitar as diferentes
identidades e culturas. •Brincar com diferentes parceiros e envolver-se em variadas brincadeiras, como as
exploratórias, as de construção, as tradicionais, as de faz-de-conta e os jogos de regras, de modo a construir o
sentido do singular e do coletivo, da autonomia e da solidariedade. •Explorar os materiais, brinquedos, objetos,
ambientes, entorno físico e social, identificando suas potencialidades, limites, interesses e desenvolver sua
sensibilidade em relação aos sentimentos, necessidades e ideias dos outros com quem interage. •Participar
ativamente das situações do cotidiano, tanto daquelas ligadas ao cuidado de si e do ambiente, como das relativas às
atividades propostas pelo professor, aprendendo a respeitar os ritmos, os interesses e os desejos das outras crianças.
•Comunicar às crianças e/ou adultos suas necessidades, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, oposições,
utilizando diferentes linguagens de modo autônomo e criativo e empenhando-se em entender o que eles lhe
comunicam. •Conhecer-se e construir uma identidade pessoal e cultural de modo a constituir uma visão positiva de
si e dos outros com quem convive, valorizando suas próprias características e as das outras crianças e adulto.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS


O corpo no contato com o mundo é essencial na construção de sentidos pelas crianças, inclusive para as que
possuem algum tipo de deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades/superdotação. Por
meio do tato, do gesto, do deslocamento, do jogo, da marcha, dos saltos, as crianças expressam-se, percebem,
interagem, emocionam-se, reconhecem sensações, brincam, habitam espaços e neles se localizam, construindo
conhecimento de si e do mundo. Campos de Experiência
Objetivos de aprendizagem •Conviver com crianças e adultos em espaços diversos e vivenciar movimentos e
gestos que marcam sua cultura, utilizando seu corpo com liberdade e autonomia. •Brincar utilizando criativamente
práticas corporais para realizar jogos e brincadeiras e para criar e representar personagens no faz-de-conta, no
reconto de histórias, em danças e dramatizações. •Explorar um amplo repertório de mímicas, gestos, movimentos
com o corpo, podendo apoiar-se no uso de bolas, pneus, arcos, descobrindo variados modos de ocupação e uso do
espaço com o corpo. Campos de Experiência Objetivos de aprendizagem •Participar, de modo ativo, de diversas
atividades que envolvem o corpo e de atividades de cuidados pessoais, reconhecendo-o, compreendendo suas
sensações e necessidades, e desenvolvendo autonomia para cuidar de si. •Comunicar corporalmente sentimentos,
emoções e representações em diversos tipos de atividades, como no reconto oral de histórias, em danças e
dramatizações, e nos momentos de banho e de outros cuidados pessoais. •Conhecer-se reconhecendo, nomeando e
valorizando suas características pessoais e corporais e as das outras crianças e adultos, e suas capacidades físicas,
suas sensações, suas necessidades.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESCUTAR, FALAR, PENSAR E IMAGINAR


Desde o nascimento, as crianças são atraídas e se apropriam da língua materna em situações comunicativas
cotidianas com pessoas de diferentes idades com quem interagem em diversificadas situações. A gestualidade, o
movimento exigido nas brincadeiras ou jogos corporais, a aquisição da linguagem verbal (oral e escrita), ou em
libras, potencializam tanto a comunicação, quanto a organização do pensamento das crianças e sua participação na
cultura. Na pequena infância a aquisição e o domínio da linguagem verbal está vinculada à constituição do
pensamento, à fruição literária, e também é instrumento de apropriação dos demais conhecimentos.
Objetivos de aprendizagem •Conviver com crianças, jovens e adultos usuários da sua língua materna, de LIBRAS
e de outras línguas, e ampliar seu conhecimento sobre a linguagem gestual, oral e escrita, apropriando-se de
diferentes estratégias de comunicação. •Brincar vocalizando ou verbalizando com ou sem apoio de objetos, fazendo
jogos de memória ou de invenção de palavras, usando e ampliando seu repertório verbal. •Explorar gestos,
expressões corporais, sons da língua, rimas, e os significados e sentidos das palavras nas falas, nas parlendas,
105
poesias, canções, livros de histórias e outros gêneros textuais, aumentando gradativamente sua compreensão da
linguagem verbal. Campos de Experiência •Participar ativamente de rodas de conversas, de relatos de experiências,
de contação de histórias, elaborando narrativas e suas primeiras escritas não-convencionais ou convencionais,
desenvolvendo seu pensamento, sua imaginação e as formas de expressá-los. •Comunicar seus desejos,
necessidades, pontos de vista, ideias, sentimentos, informações, descobertas, dúvidas, utilizando a linguagem
verbal ou de LIBRAS, entendendo e respeitando o que é comunicado pelas demais crianças e adultos. •Conhecer-se
e construir, nas variadas interações, possibilidades de ação e comunicação com as demais crianças e com adultos,
reconhecendo aspectos peculiares a si e os de seu grupo de pertencimento.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: TRAÇOS, SONS, CORES E IMAGENS


As crianças constituem sua identidade pessoal e social nas interações com diversos atores sociais, durante as quais
ela se apropria e aprendem a se expressar por meio de múltiplas linguagens no contato com manifestações culturais
locais e de outros países. Daí ser importante que desde bebê as crianças tenham oportunidades de explorar
diferentes materiais, recursos tecnológicos e multimídia, realizando suas produções com gestos, sons, traços,
danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, de modo singular, inventivo e prazeroso,
desenvolvendo sua sensibilidade.
Objetivos de aprendizagem •Conviver e elaborar produções com as linguagens artísticas junto com os colegas,
valorizando a produção destes e com eles fruindo manifestações culturais de sua comunidade e de outros lugares,
desenvolvendo o respeito às diferentes culturas, identidades e singularidades. •Brincar com diferentes sons, ritmos,
formas, cores, texturas, materiais sem forma, imagens, indumentárias e adereços, construindo cenários para o faz-
de-conta. •Explorar variadas possibilidades de usos e combinações de materiais, recursos tecnológicos,
instrumentos etc., utilizando linguagens artísticas para recriar a seu modo manifestações de diferentes culturas.
Campos de Experiência Objetivos de aprendizagem •Participar da organização de passeios, festas, eventos e da
decoração do ambiente, da escolha e do cuidado do material usado na produção e na exposição de trabalhos,
utilizando diferentes linguagens que possibilitem o contato com manifestações do patrimônio cultural, artístico e
tecnológico. •Comunicar com liberdade, criatividade e responsabilidade, seus sentimentos, necessidades e ideias,
por meio das linguagens artísticas. •Conhecer-se experimentando o contato criativo e prazeroso com manifestações
artísticas e culturais locais e de outras comunidades, desenvolvendo sua sensibilidade, criatividade, gosto pessoal e
modo peculiar de expressão.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E


TRANSFORMAÇÕES
As crianças são curiosas e buscam compreender o ambiente em que vivem, suas características, qualidades, os usos
e a procedência de diferentes elementos com os quais entram em contato, explicando o ―como‖ e o ―porquê‖ das
coisas, dos fenômenos da natureza e fatos da sociedade. Para tanto, em suas práticas cotidianas elas aprendem a
observar, medir, quantificar, estabelecer comparações, criar explicações e registros, criando uma relação com o
meio ambiente, com a sustentabilidade do planeta, com os conhecimentos tradicionais e locais, além do patrimônio
científico, ambiental e tecnológico. Campos de Experiência
Objetivos de aprendizagem •Conviver e explorar com seus pares diferentes objetos e materiais que tenham
diversificadas propriedades e características físicas, e com eles identificar, nomear, descrever e explicar fenômenos
observados. •Brincar com indumentárias, acessórios, objetos cotidianos associados a diferentes papéis ou cenas
sociais, e com elementos da natureza que apresentam diversidade de formas, texturas, cheiros, cores, tamanhos,
pesos, densidades e possibilidades de transformações. •Explorar as características de diversos elementos naturais e
objetos, tais como tamanho, forma, cor, textura, peso, densidade, luminosidade, funcionalidade, procedência e
utilidade, reagrupando-os e ordenando-os segundo critérios diversos, e também explorar situações sociais
cotidianas, reais ou da fantasia, identificando participantes, seus motivos, possíveis conflitos etc. Campos de
Experiência Objetivos de aprendizagem: •Participar da resolução de problemas cotidianos que envolvam
quantidades, medidas, dimensões, tempos, espaços, comparações, transformações, buscando explicações,
levantando hipóteses. •Comunicar aos colegas suas impressões, observações, hipóteses, registros e explicações
sobre objetos, organismos vivos, personagens, acontecimentos sociais, fenômenos da natureza, preservação do
ambiente. •Conhecer-se e construir sua identidade pessoal e cultural, identificando seus próprios interesses na
relação com o mundo físico e social, convivendo e conhecendo os costumes, as crenças e as tradições de seus
grupos de pertencimento.

106
AS DEZ COMPETÊNCIAS GERAIS

1. Conhecimento
O que é: Valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo físico, social, cultural e digital.
Para: Entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar com a sociedade.
Incentivo: Fazer escolhas a partir desse conhecimento.

2. Pensamento científico, crítico e criativo


O que é: Exercitar a curiosidade intelectual e utilizar as ciências com criticidade e criatividade.
Para: Investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções.
Incentivo: o foco está na mobilização de adquirir novas habilidades e desenvolver o processo cognitivo, como a
atenção, memória, percepção e o raciocínio. É fazer o aluno investigar sobre o assunto e apresentar soluções com o
conhecimento adquirido.

3. Repertório cultural
O que é: Valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais.
Para: Fruir e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
Incentivo: Consciência multicultural, com incentivo à curiosidade e experimentação.

4. Comunicação
O que: é Utilizar diferentes linguagens.
Para: Expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias, sentimentos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
Incentivo: Domínio de repertórios da comunicação e multiletramento, como acesso à diferentes plataformas e
linguagens.

5. Cultura Digital
O que é: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de forma crítica, significativa e ética.
Para: Comunicar-se, acessar e produzir informações e conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e
autoria.
Incentivo: Contato com ferramentas digitais, produção multimídia e linguagem de programação – tudo de forma
ética.

6. Trabalho e Projeto de Vida


O que é: Valorizar e apropriar-se de conhecimentos e experiências.
Para: Entender o mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida com liberdade,
autonomia, criticidade e responsabilidade.
Incentivo: Compreensão sobre o valor do esforço e capacidades, como determinação e autoavaliação.

7. Argumentação
O que é: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis.
Para: Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns, com base em direitos humanos,
consciência socioambiental, consumo responsável e ética.
Incentivo: Consciência sobre modos de expressão e reconhecimento de pontos de vista diferentes.

8. Autoconhecimento e autocuidado
O que é: Conhecer-se, compreender-se na diversidade humana e apreciar-se.
Para: Cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas.
Incentivo: Reconhecimento de emoções e sentimentos e como influência de suas atitudes. (Lembra da importância
de ensinar aos alunos habilidades emocionais?)

9. Empatia e cooperação
O que é: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação.
Para: Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza.
Incentivo: Diálogo como mediador de conflitos e acolhimento da perspectiva do outro.

107
10. Responsabilidade e cidadania
O que é: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação.
Para: Tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Incentivo: Participação ativa na avaliação de problemas atuais, levando em conta desafios como valores
conflitantes e interesses individuais.

As competências gerais serão trabalhadas em cada uma das áreas de conhecimento – Linguagens, Matemática,
Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Ensino Religioso – e construídas por habilidades desenvolvidas a partir
de atividades em sala de aula.

RESUMO LIVRO AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO INFANTIL: UM OLHAR SENSÍVEL E REFLEXIVO


SOBRE A CRIANÇA – JUSSARA HOFFMAN

O livro em questão aborda a temática Avaliação na Pré- escola este faz parte de uma coleção que trata assuntos
referentes à temática, sendo o terceiro da série. O livro se divide em oito capítulos que retratam: a avaliação no
contexto da educação infantil, pressupostos básicos da avaliação, avaliação e desenvolvimento infantil, o espaço
pedagógico versus avaliação mediadora, recortes do cotidiano, um olhar sensível e reflexivo sobre a criança,
pareceres descritivos: uma análise crítica, delineando relatórios de avaliação, relatórios diários e relatórios gerais:
um exercício de reflexão sobre a ação. Nestes capítulos a autora traz aspectos da avaliação na educação infantil,
citando fatores como reflexão, registros diários e acima de tudo nos leva a pensar sobre a avaliação como um
acompanhamento e promoção do desenvolvimento, de modo que os objetivos propostos pelo educador façam a
diferença na vida das crianças. A partir dos estudos apresentados sobre o desenvolvimento infantil, Hoffman utiliza
de pareceres descritivos e encaminha procedimentos que auxiliem na elaboração de relatórios de avaliação que
poderão ser utilizados para a educação infantil e para as séries iniciais.

CAP.1 Avaliação no Contexto da Educação Infantil


O surgimento dos processos avaliativos, em educação infantil, deve ser questionado em termos de sua
intencionalidade básica. Na verdade, a questão da avaliação insere-se na discussão histórica, acerca de uma
concepção assistencialista ou educativa para o atendimento às crianças. A exigência de um processo formal de
avaliação parece surgir, mais propriamente, como elemento de pressão das famílias de classe média por propostas
verdadeiramente pedagógicas, para além do modelo de guarda e proteção do modelo assistencialista. A prática
avaliativa, dessa forma, surge como um elemento de controle sobre a escola e sobre os professores que se veem
com a tarefa de formalizar e comprovar o trabalho realizado via avaliação das crianças. Conceber o avaliar implica
em conceber a criança que se avalia e essa não é uma prática neutra ou descontextualizada como procura se
caracterizar a avaliação no ensino regular, onde os professores determinam sentenças sobre os alunos sem perceber
o seu inalienável compromisso com os julgamentos proferidos. É preciso, portanto, re-significar a avaliação em
educação infantil como acompanhamento e oportunização ao desenvolvimento máximo possível de cada criança,
assegurando alguns privilégios dessa instancia educativa, tais como o não- atrelamento ao controle burocrático do
sistema oficial de ensino em termos de avaliação, e a autonomia em relação à estrutura curricular.

CAP. II – Pressupostos Básicos da Avaliação


Compreendendo a criança, o professor redimensiona o seu fazer a partir do mundo infantil descoberto e re-
significado. E dessa significação decorre diretamente a qualidade de sua interação com a criança. È essa a
complexidade própria da avaliação em educação infantil. Formar educadores infantis é muito mais do que lhes
sugerir ou supervisionar um trabalho junto às crianças. È oferecer-lhes espaço de reflexão e troca de experiências e
suscitar-lhes autonomia e iniciativa, principalmente no que se refere à avaliação. O tema avaliação é por demais
complexos justamente, porque é diretamente depende da observação das crianças em sua exploração permanente do
mundo e da aproximação dos educadores com a realidade sociocultural dessas crianças, à luz de suas próprias
representações e sentimentos. Não se pode conceber a avaliação como um jogo de regras uniformes e definidas, à
luz de parâmetros fixos, controladores, pois ela encerra a dinâmica da interação e a própria dialética do
conhecimento, com suas continuidades e descontinuidades.

CAP. III- Avaliação e Desenvolvimento Infantil


A busca de significado pela avaliação requer o estudo das concepções de educação infantil, das teorias de
desenvolvimento e das abordagens do processo educativo que elas se originam. O tema da avaliação insere-se
gradativamente nessa discussão, buscando-se a contestação de práticas descontextualizadas da realidade da criança,
de práticas assistencialistas ou compensatórias que se revelam nos processos avaliativos. Estudos e pesquisas
invalidam as funções assistencialistas e compensatório da creche e pré-escola. A concepção construtivista-
interacionista de conhecimento provoca outro olhar sobre o desenvolvimento infantil e consequentemente sobre
108
posturas pedagógicas e avaliativas. Segundo Piaget, a criança constrói o conhecimento na sua interação com o
objeto, (...) os fenômenos físicos em geral. O que quer dizer que existe um sujeito ativo desde o nascimento, com
estruturas orgânicas que impulsionam à ação, mas cujo desenvolvimento depende radicalmente dessa mesma ação.
Como séria consequência de certos procedimentos avaliativos, chega-se as famílias em termos do alcance pela
criança de maior número de itens assinalados, ao treinamento de crianças por pais e professores para o alcance de
―habilidades‖ ao final dos semestres, à retenção de alunos em certos níveis da pré-escola pelo não alcance de
questionáveis aspectos como procurei exemplificar.

CAP. V- O Espaço Pedagógico Versus Avaliação Mediadora


Para que a avaliação se efetive como mediação, com sentido significativo das ações cotidianas e pensamentos das
crianças. Um processo avaliativo mediador não entra em sintonia com um planejamento rígido de atividades por
um professor, com rotinas flexíveis, com temas previamente definidos para unidades de estudo, onde os
conhecimentos construídos pelas crianças não são levados em conta. A ação avaliativa mediadora também não se
efetiva num espaço pedagógico improvisado. As atendentes de creche assistencialistas, onde se realizam os
estágios, pouco tem a nos dizer sobre as crianças além de algumas atitudes ou hábitos de dormir, comer etc. Sem
propor nenhum trabalho às crianças a cada momento. Atrelados com a visão comportamentalista, objetivos
enunciados pelos professores referem-se à capacidade a serem atingidas pelas crianças nos domínios afetivo,
cognitivo e psicomotor, aos quais me referi anteriormente. Na verdade o abandono de educação infantil em termos
de políticas de educação concorre para tornar caótico esse panorama, onde se percebe a completa ausência de
fundamentos que norteiam a constituição dos currículos. É urgente repensar esse espaço pedagógico bem como a
definição dos objetivos educacionais, uma vez que a finalidade da educação infantil é o acompanhamento sério e
reflexivo do desenvolvimento global de uma criança, estendendo-se dos cuidados que ela necessita à natureza do
seu ser racional, conhecido, desde recém nascido.

CAP. V- Recortes do Cotidiano


Ao se perceber tais fundamentos essenciais ao delineamento de uma proposta pedagógica, torna-se necessário,
assim, analisar os componentes curriculares que se articulam para compor o planejamento do cotidiano em
educação infantil. Historicamente, o planejamento na pré- escola organiza-se em unidades temáticas o que
reproduz, de certa forma a organização curricular em disciplinas do ensino regular. O planejamento desenvolvido
através de projetos pedagógicos, em educação infantil, tem por fundamento uma aprendizagem significativa para as
crianças. A ação avaliativa mediadora implica em projetar o futuro a partir de recortes do cotidiano, em delinear a
continuidade da ação pedagógica, respeitando a criança em seu desenvolvimento, em sua espontaneidade na
descoberta de mundo oferecendo-lhe um ambiente de afeto e segurança para suas tentativas.

CAP. VI – Um Olhar Sensível e Reflexivo sobre a Criança


Como provocar o professor a um olhar sensível e reflexivo sobre a criança que gere uma verdadeira aproximação
entre ambos, que o leve a ser ainda mais curioso sobre as ações e os pensamentos dela? Percebe-se, no processo
avaliativo, que difícil é para o professor dar-se conta de suas próprias concepções de vida. O conhecimento de uma
criança é construído lentamente, pela sua própria ação e por suas próprias ações e por suas próprias ideias que se
desenvolvem numa direção: para maior concorrência, maior riqueza e maior precisão. É preciso que o processo
avaliativo supere o individualismo e gere a cooperação entre os elementos da ação educativa. A cooperação
envolve o exercício da descontração, a coordenação da diversidade de pontos de vista para se ampliar o
entendimento sobre a formação infantil. Na tentativa de realizar uma síntese organizada das considerações feitas,
aponto três princípios norteadores da avaliação mediadora que fundamentam a elaboração de registros de avaliação:
principio de investigação docente, princípios de provisoriedade dos juízos estabelecidos e princípios de
complementaridade.

CAP.VII - Pareceres Descritivos: Uma Análise Crítica.


A falta de preparação dos professores para enunciar e redigir pareceres sobre o desenvolvimento infantil, a ausência
de uma proposta pedagógica das instituições e que acaba por se retratar nessa forma de registro, ou a falta de
acompanhamento consistente das crianças pelos professores que acabam por incorrer em certos absurdos
registrados sobre elas. Hoffmann menciona alguns equívocos na elaboração dos registros avaliativos. A
complexidade que envolve a avaliação do desenvolvimento infantil exige registros descritivos e reflexivos que
ultrapassem em muito uma prática de ―avaliação por cruzinhas‖ ou preenchimento de formulários padronizados. E
essa é uma consideração que se aplica a todos as instancias da educação. O que se deve garantir em educação é o
respeito às diferenças de cada um. E esse respeito às diferenças exige uma permanente observação e reflexão do
processo individual de construção do conhecimento.

109
CAP. VIII- Delineando Relatórios de Avaliação
O registro da história da criança, no processo avaliativo, não pode significar apenas memória como função
bancária, ou seja, há que se pensar no significado desse registro para além da coleta de dados e informações. Por
outro lado em avaliação como nos basearmos apenas na memória, porque ela é muitas vezes falha.

CAP. VIIII- Relatórios Diários e Relatórios Gerais: Um Exercício de Reflexão Sobre a Ação
- A avaliação, enquanto mediação insere-se no processo educativo como um instrumento de reflexão, que auxilie o
professor a tomar consciência de mudanças a operar em sua ação, a comprovar e/ ou refutar hipóteses sobre
processos vividos pelas crianças. Percebe-se no dia a dia do professor de educação infantil, o risco das rotinas, das
ações improvisadas e/ ou não refletidas em termos do seu significado educativo para as crianças. Os relatórios
diários tem sido uma pratica das estagiarias do Curso de pedagogia, os relatórios evidenciam, em sua sequência e
evolução, que está em jogo um processo de mudança conceitual das estagiárias, para o qual o suporte teórico e a
relação dessa prática como essencial. Os relatórios gerais, por sua vez, consistem em relatos globalizantes do
trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, numa turma de crianças, ao longo de um semestre letivo.

RESUMO LIVRO A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO E DA LINGUAGEM – VYGOTSKY

Há uma interação constante e interrupta entre o processo interno e influências do mundo social. A interação social e
e por uso de signos se dá oelas Funções Psicológicas Superiores, FPS, isto é, a consciência e o controle são
constituídos pela cultura e símbolos, onde: a representação mental e a significação dos símbolos (cultura)
internaliza no indivíduo e dá-se o comportamento neste processo; e a palavra, o signo, tem função de mediar
interações sociais, permitindo a apropriação de diversos bens. O pensamento infantil assume uma direção social ao
individual. A elaboração da consciência ocorre a partir de uma crescente apropriação dos modos da ação
culturalmente elaborados, apropriados pelo contato social, pelo processo de internalização.

A fala egocêntrica
As origens sociais do funcionamento mental em direção do desenvolvimento intelectual prosseguem do social ao
individual pela internalização, fala e as relações sociais são interiorizadas e organizadas e atuam sobre as
atividades. Inicialmente comunicativas vão constituir atividade mental, verbalizada e intelectiva de formação de
processos côo imaginação, organização, planejamento, memória, vontade, etc. As falas podem ser:
• exterior, oral; egocêntrica, da criança até 4 anos; é expandida e vocalizada como característica de fala para o
outro.
• e interior, através de pensamento; Aos sete, oito anos, ela se torna abreviada e deixa de ser egocêntrica e se torna
internalizada. O pensamento e a fala unem-se em pensamento verbal. Neste significado há um sentido cognitivo e
um afetivo, que sempre estão intimamente entrelaçados. A formação de conceitos passa por três estágios:
1.sincrético – agrupamento de objetos com nexos vagis e subjetivos;
2.complexo – agrupamento por fatos, concretos, não lógicos, por isso variáveis;
3.conceitos – abstrai-se suas características e resume-se em síntese.

A linguagem organiza o conhecimento.


Os conceitos são espontâneos, sem organização do cotidiano e científico quando sistemático e organizados,
incluem-se num sistema mediado por símbolos e implica FPS. Através da aprendizagem a criança desperta os
processos de desenvolvimento porque o cérebro trabalha a atividade psicologia e a cultura tornando-se o homem
biológico e cultural, em sócio-histórico. Mas cada um dá um significado particular a essas vivências.

A memória, a percepção, a atenção e o pensamento são funções mentais. O cognitivo e o afetivo unem-se e
organiza a consciência e faz-se compreender o pensamento. Assim, a consciência é a organização do
comportamento imposto por práticas sócio-culturais.

RESUMO DO LIVRO A FORMAÇÃO DO SIMBOLO NA CRIANÇA: IMITAÇÃO, JOGOS, SONHO E


REPRESENTAÇÃO – PIAGET

Sobre o autor: Piaget nasceu em Neuchâtel, Suissa, em 9 de agosto de 1896 e faleceu em 16 de setembro, em
Genebra, aos 84 anos. Formou e doutorou-se em Biologia. Posteriormente, seu interesse em filosofia levou-o a
fundar a Epistemologia Genética. Foi professor de Psicologia dentre outras disciplinas. Escreveu mais de 70 livros
e duzentos artigos. Seu trabalho teve grande influência na Psicologia e na educação.
Em A formação do símbolo na criança, Piaget reserva um capítulo para tratar do simbolismo inconsciente a fim de
completar sua pesquisa sobre a gênese do símbolo e da imagem mental. Trata-se do capítulo intitulado como O
simbolismo secundário do jogo, o sonho e o simbolismo inconsciente. Pela longa discussão que o tema pode gerar
110
em debate com a psicanálise, já que se trata de sua descoberta fundamental, ou seja, do inconsciente, Piaget deixa
claro que o objetivo é apenas dar algumas indicações suficientes para a consecução do propósito geral de sua obra

Formação do Símbolo no cenário piagetiano.


Certamente este é um dos livros mais conhecidos por quem se interessa pelo desenvolvimento infantil. A forma
como a criança constrói os símbolos, tema central deste livro representa apenas um dos aspectos abordados por
Piaget, quando trata do desenvolvimento da inteligência. Sabemos que o que mobilizava Piaget, um biólogo de
formação, era como a razão se constituía. Embora de ordem filosófica, essa questão não deixa de ter um viés
histórico, pois desde o século XVII (século das revoluções cientificas) passando pelo XVIII (século das luzes ou
Iluminismo, Revolução Francesa) e no final desse mesmo século, a razão humana vinha sendo considerada como
ferramenta de entendimento dos fenômenos da natureza e sociais. Nesse estudo, Piaget se apoia em dados
empíricos obtidos, a partir de observações de seus três filhos e interagindo com situações do dia a dia. Anexam
dados fornecidos por grupos de crianças em situações experimentais e utilizando seu próprio método clínico. Para
construir sua teoria, Piaget elabora conceitos que explicitam um mecanismo, por meio do qual, o sujeito não só se
reajusta continuamente ao interagir com o meio físico e social, mas também o transforma e se transforma ao
assimilar e acomodar as novidades do meio a esquemas já construídos ou em construção. Organiza-os, reorganiza-
os, atingindo novas adaptações, encontrando formas cada vez mais estáveis de equilíbrio entre assimilação e
acomodação. O sujeito se desloca assim, numa evolução em espiral, ao longo de quatro patamares distintos -
sensório motor, pré-operatório, operações concretas, operações formais. No decorrer desses períodos são
construídas as estruturas da inteligência, típicas a cada um deles e que permitem avançar da ação para a
representação e daí para operações mentais cada vez mais abstratas. A formação do símbolo, que vai sendo
preparada no primeiro patamar, tem grande importância para a passagem do primeiro para o segundo. O sujeito
piagetiano é representado como um ser ativo no sentido de que é ele que constrói seu próprio conhecimento.

A organização do livro: Numa visão restrita à organização do livro, podemos dizer que Piaget reserva as duas
primeiras partes, divididas em três capítulos cada, para tratar das origens do simbolismo, depois de uma introdução
na qual apresenta questões relevantes ao conteúdo que será apresentado a seguir. Na primeira aborda,
exaustivamente, a imitação desde suas origens até seus desdobramentos, assim como teorias sobre a mesma; na
segunda, o jogo, com sua classificação de exercício, símbolo e regra, seus respectivos desenvolvimentos,
contrapondo sua teoria às que floresceram no século XIX. Apenas o Jogo de regras é mencionado de forma
superficial, já que o analisa em outros livros. Seu foco principal é o jogo simbólico. Piaget incursiona ainda pelo
simbolismo secundário do jogo e pelo onírico, conforme proposto pelos primeiros psicanalistas Na terceira parte,
mostra como começa a se desenvolver a inteligência representativa e seus progressos em direção à reversibilidade
mental.

Relevância do tema a "Formação do Símbolo": Do ponto de vista da importância destas temáticas transitamos e
operamos num universo de símbolos e signos e para isso, temos necessariamente que construí- los, aprender a
usalos e interpreta-los Neste caso há que se considerar o papel que desempenha a linguagem. Na solução proposta
por Piaget, a aquisição da linguagem se acha subordinada à função simbólica, que por sua vez depende tanto da
imitação e do jogo quanto de mecanismos verbais. Parece-nos especialmente importante, neste livro, a forma como
Piaget deriva a relação significante/significado da diferenciação progressiva entre acomodação e assimilação, que
se prolonga na imitação e no jogo, a partir dos primórdios da inteligência sensório-motora. É a constituição dessa
relação que instaura a função simbólica da qual o símbolo lúdico e a linguagem são duas das manifestações. Isto
nos parece um aspecto a destacar, devido às relações supostas por Piaget entre pensamento e linguagem. Uma de
suas preocupações, neste livro, é demonstrar a linha de continuidade que existiria desde o nascimento da
inteligência sensório-motora até quando se atinge a reversibilidade mental, passando pela função simbólica, pela
inteligência representativa e intuitiva. Ou seja, para o autor, a vida social é vista como uma condição que auxilia
neste percurso, mas em si mesma seria antes um fato a explicar. Esta é uma questão controversa que torna Piaget
alvo de críticas.

O trajeto da formação do símbolo e da inteligência representativa e seu desenvolvimento é descrito pelo autor nas
três partes do seu livro, mas dá ênfase especial ao jogo simbólico. Daí avança para o simbolismo secundário do
jogo e para o simbolismo onírico, quer consciente, quer inconsciente. Contudo, discorda, em muito, das análises
dos primeiros psicanalistas e faz uma releitura de vários dos conceitos então utilizados com base nos seus próprios.
Em verdade Piaget, quando por ai incursiona, parece querer compreender melhor os mecanismos das
representações tanto quando estão implicadas na razão, como quando dizem respeito a aspectos mais subjetivos da
experiência como no símbolo lúdico, secundário do jogo ou no onírico, consciente ou inconsciente. Piaget também
aponta outras implicações do jogo em si mesmo, de interesse para o desenvolvimento da criança. Especialmente
por conta da assimilação deformante que não se submete ao real porque não incorpora novas acomodações e apenas
111
utiliza a imagem já interiorizada a título de significante, a criança pode assimilar a realidade aos desejos do eu. O
jogo simbólico, assim, altera ficticiamente a realidade, conforme esses desejos se torna fonte de ficção e de novas
significações. E propicia à criança que ainda não construiu estruturas mentais suficientemente desenvolvidas,
reviver suas experiências por meio de uma linguagem mais vívida que aquela dos signos e conviver a seu modo
com a realidade que a cerca e que mal compreende. Isto nos mostra que Piaget ressalta aqui funções afetivas para o
jogo simbólico.

Além disso, a ficção desse jogo vai ser mais tarde incorporada à inteligência adaptada como imaginação criadora,
motor de todo o pensamento e mesmo da razão nos dizeres de Piaget. O jogo simbólico, portanto, na perspectiva
piagetiana parece triplamente importante: como manifestação simbólica, se utilizando da relação significante
significado; na sua função afetiva; como fonte precursora da imaginação criadora, na inteligência adaptada. Parece-
nos que Piaget consegue demonstrar, nesse livro, uma linha de continuidade dos primórdios da inteligência
sensório-motora à reversibilidade mental quando focaliza as condições que progridem em direção à função
simbólica. Isto porque é a construção da relação significante significado e a consequente emergência desta função
que permite à criança ultrapassar o campo imediato da ação e reiniciar um novo ciclo de centrações-descentrações
no campo da representação que vai conduzi-la, mais tarde, à reversibilidade mental. A partir daí ela ingressa no
universo das operações concretas e mais tarde formais, quando então o equilíbrio ente assimilação e acomodação se
torna estável, assim como a adaptação que daí resulta. A leitura atenta desta publicação é fundamental para se
acompanhar o conteúdo desse livro. A do último capítulo também, pois neste, Piaget retoma questões relevantes ao
que apresentou, e dentre outras coisas, explica as relações possíveis entre assimilação e acomodação, com uma
clareza cristalina.

Críticas: Algumas posições assumidas por Piaget e que se evidenciam neste livro de forma mais ou menos clara,
têm sido objeto de críticas por parte de outros autores, dentre elas as relações entre pensamento e linguagem. O
lugar que atribui ao social no desenvolvimento, isto é como condição que auxilia, mas não o determina, o uso do
conceito de egocentrismo no pensamento da criança do pré-operatório, na sua linguagem. Piaget, inclusive, assinala
que o jogo simbólico, pelo menos nas suas primeiras fases, seria egocentrismo em estado puro. Só a medida que
esse egocentrismo no pensamento vai se reduzindo este tipo de jogo tenderia a desaparecer. Embora deixe claro o
que entende por egocentrismo e indique que só usa esse termo na falta de outro melhor, as críticas permaneceram.
Embora Piaget tome como foco de estudo o desenvolvimento humano em sua dimensão intelectual, em um
determinado momento de sua análise acerca da formação do símbolo ele tem a necessidade de abordar o
simbolismo inconsciente, no sentido psicanalítico do termo, quer dizer, no campo dos afetos. Nessa abordagem, ele
não só critica Freud, como também reconhece seus méritos, encontrando até pontos de convergência entre seus
pensamentos. As críticas dirigem-se, sobretudo, ao fato de Freud atribuir à criança capacidades que, para Piaget,
ainda não tem devido ao nível de desenvolvimento no qual se encontra. Em relação aos méritos, Piaget sublinha a
questão das fases do desenvolvimento afetivo (oral, anal, fálica e genital) e da continuidade existente entre elas. A
partir de tais análises, o autor parece construir uma concepção própria de simbolismo inconsciente. Com efeito,
existem símbolos que são ocultos ao próprio sujeito, mas que, nem por isso, são completamente inconscientes, visto
que podem ser, ao mesmo tempo, conscientes e inconscientes, na medida em que formam uma unidade. Versando
sobre a questão do simbolismo inconsciente, Piaget acaba por desenvolver uma outra concepção de inconsciente.
Se Freud concebe o inconsciente como substantivo e adjetivo, Piaget o usa apenas para qualificar determinando
processos, portanto, apenas como adjetivo.

RESUMO DO LIVRO: REFLEXÕES SOBRE A ALFABETIZAÇÃO DE EMÍLIA FERREIRO

Emilia ferreiro em sua obra ―Reflexões sobre a alfabetização‖, faz uma análise sobre a alfabetização, fazendo-nos
repensar a nossa prática escolar, na qual se baseia em experiências vivenciada por ela e por outros colaboradores.
Em um primeiro momento a autora aborda, a representação da Linguagem e o processo de alfabetização,
enfatizando a importância dos dois pólos do processo de ensino-aprendizagem (quem ensina e quem aprende) e
alerta para um terceiro item que deve ser levado em conta: a natureza do objeto de conhecimento envolvendo essa
aprendizagem. Seguindo sua análise a autora fala que a escrita pode ser considerada como sistema de representação
da linguagem ou como código de trancrição gráfica das unidades sonoras, onde faz algumas considerações em que
consiste essa diferença, na qual diz que na codificação tanto os elementos como as relações já estão
predeterminadas, e no caso da criação de uma representação nem os elementos e nem as relações estão
predeterminadas. A autora diz ainda que se a escrita e concebida como sistema de representação, sua aprendizagem
se converte na apropriação de um novo objeto de conhecimento, ou seja, em uma aprendizagem conceitual, mas se
a escrita e concebida como código de transcrição, sua aprendizagem é concreta ,como a aquisição de uma técnica.
Em um segundo momento a autora aborda as concepções das crianças a respeito do sistema de escrita, onde deixa
clara a importância das produções espontâneas, nas quais podem ser chamadas de garatujas. Segundo a autora a
112
criança não aprende submetida à um ensino sistemático, mas sim a toda produção desenvolvida por ela , que pode
representar um valiosíssimo documento que necessita ser interpretado para poder ser avaliado, dando ênfase não só
nos aspectos gráficos mas sim nos aspectos construtivos.Ela ressalta ainda que a distinção entre desenhar e escrever
e de fundamental importância, pois ao desenhar se está no domínio de icônico; sendo importante por reproduzirem
a forma do objeto.Ao escrever se está fora do icônico, sendo assim as formas dos grafismos não reproduzem as
formas dos objetos.Segundo ela as crianças de um certo momento dedicam um grande esforço intelectual na
construção de formas diferenciadas entre as escritas, essas diferenças são inicialmente intrafigurais e consiste em
atribuir uma significação a um texto escrito. Tais critérios se expressão pelo eixo quantitativo onde se atribui o
mínimo de três letras para que a escrita diga algo.E sobre o eixo qualitativo, como a variação interna possa ser
interpretada, ou seja, se o escrito tem o tempo todo à escrita não pode ser interpretado.O passo seguinte se
caracteriza pela busca de diferenciações entre escritas para dizer ―coisas diferentes‖, começa assim a busca difícil e
muito elaborada de modo de diferenciação, que resultam ser interfigurais. Neste sentido as crianças exploram
critérios que lhes permitem, às vezes, variações sobre o eixo quantitativo, variando a quantidade de letras de uma
escrita para outra, e às vezes o eixo qualitativo, variando o repertório de letras e até mesmo o posicionamento
destas sem modificar a quantidade.

Ao passar por todo esse processo a criança começa por descobrir que as partes da escrita (suas letra) podem
corresponder a outras tantas partes da palavra escrita (sílabas). Inicia-se então o período silábico, onde permite
obter um critério geral para regular as variações na quantidade de letras que devem ser escritas, chegando até o
período silábico-alfabético, que marca a transcrição entre os esquemas futuros em via der serem construídos.Neste
período a criança descobre que uma letra não basta para representar uma sílaba e que a identidade do som não
garante a identidade de letras e nem a identidade de letras à dos sons. Dando sequência Emilia Ferreiro fala sobre a
polêmica em relação aos métodos utilizados no processo de alfabetização: analítico, sintético, fônico versus global,
deixando claro que nenhuma dessas discussões levou em conta as concepções das crianças sobre o sistema de
escrita.Deste modo para ela os métodos não oferecem nada maias do que sugestões, incitações.Afirma ainda que o
método não pode criar conhecimento, e que nenhuma prática pedagógica e neutra, todas estão apoiadas em certo
modo de conceber o processo de aprendizagem e o objeto dessa aprendizagem.A autora cita três dificuldades
principais que precisam ser colocadas: a visão que um adulto já alfabetizado tem do sistema da escrita, a confusão
entre desenhar e escrever letras e a redução do conhecimento do leitor ao conhecimento das letras e seu valor
convencional.Pois, segundo ela, uma vez estabelecidas estas dificuldades conceituais iniciais, é possível analisar a
prática docente em termos diferentes metodológicos.

Conclui após dar ênfase em cada assunto acima citado, que um novo método não resolve os problemas, mas sim
que é preciso reanalisar as práticas de introdução da língua escrita, tratando de ver os pressupostos subjacentes a
ela. Em seguida a autora fala sobre a compreensão do sistema de escrita onde afirma que a leitura e a escrita têm
sido tradicionalmente consideradas como objeto de uma instrução sistemática, todavia através de pesquisas a autora
possui uma outra visão. Para ela as atividades de interpretação e de produção da escrita começam antes da
escolarização, a aprendizagem se insere em um sistema de concepções previamente elaboradas, e não pode ser
reduzida a um conjunto de técnicas perceptivo-motora.Diz ainda que a escrita não é um produto escolar, mas sim
um objeto cultural, resultado do esforço coletivo da humanidade e que existe um processo de aquisição da
linguagem escrita que precede e excede os limites escolares.Através de dados colhidos em pesquisas a autora
menciona alguns dados que determina aspectos de toda esta evolução como a construção original da criança e onde
estas elaboram idéias próprias a respeito dos sinais de escrita, idéias estas que não podem ser atribuídas a influencia
do meio ambiente. Volta a falar que em um primeiro momento a criança passa pelo conflito que a distinção em o
que é uma figura e o que não é uma figura.Após esta fase começa um trabalho cognitivo em relação a um segundo
conjunto, que é a quantidade mínima de caracteres, critério este que tem uma influencia decisiva em toda
evolução.O critério seguinte se refere à variedade interna de caracteres,não basta um certo número de grafias
convencionais para que se possa ler, e necessário que estes grafemas variem.

Dando sequência fala das informações específicas do adulto, onde esclarece que existe uma série de concepções
que não podem ser atribuídas a uma influência direta do meio, ao contrário existem conhecimentos específicos
sobre a linguagem que só podem ser adquiridas através de outros informantes (leitores adultos ou crianças
maiores), como, por exemplo, que é convencional escrevermos de cima para baixo, que utilizamos as maiúsculas
para nomes próprios e depois de ponto.Afirma ainda que no caso dessa aprendizagem que, conforme a procedência
social das crianças há maior variabilidade individual e maiores diferenças. A autora enfoca que a escola pode
cumprir um papel importante no que se refere à aprendizagem, no entanto, este papel não deveria ser de dar
inicialmente todas as chaves do sistema alfabético, mas sim criar condições para que a criança as descubra por si
mesma.Sendo assim o professor deverá adaptar seu ponto de vista ao da criança, estando sempre alerta sobre o que
deve ser levado em conta, como, por exemplo, menosprezar os conhecimentos das crianças ao trabalhar somente
113
com base na escrita, cópia e sonorização dos grafemas que considerar teligível a produção da escrita.Emília
Ferreiro diz ainda que apesar da escola ser uma instituição social para controlar o processo de aprendizagem e
sendo assim a aprendizagem deve realizar-se na escola, a criança desde que nasce e construtora de
conhecimento.No entanto para ela deve-se abandonar a idéia de que nosso modo de pensar é o único, fazendo-nos
adotar o ponto de vista do sujeito em desenvolvimento.No caso da leitura e escrita a dificuldade de adotar o ponto
de vista da criança foi tão grande a ponto de ignorar as suas produções escritas, que a pouco tempo eram
consideradas meras garatujas.Todavia existe uma série de passos ordenados antes que a criança compreenda a
natureza do sistema alfabético de escrita e que cada passo caracteriza-se por esquemas conceituais específicos, cujo
desenvolvimento e transformação consistem em um principal objetivo de estudo. Emilia ferreiro deixa clara a sua
preocupação com o desenvolvimento da leitura-escrita tanto pelo lado teórico quanto pelo lado prático.Segundo ela
o analfabetismo ainda hoje é um grave problema e cabe o sistema ser mais sensível aos problemas das crianças e
mais eficientes para resolvê-los, se quisermos reverter esse quadro.Demonstra ainda sua atenção às crianças que
tiveram possibilidades limitadas de estarem rodeadas por materiais escritos e de serem seus usuários.Em seguida a
autora da exemplos de crianças que foram submetidas ao processo de ensino aprendizagem(escrita), mostrando os
avanços ocorridos gradativamente durante todo processo. Em um primeiro momento a criança escreve tudo com o
mesmo grafema repetindo-o várias vezes.Dois meses após já se pôde notar progressões, ela aprendeu a desenhar
algumas letras, alterando caracteres em uma palavra escrevendo de modo mais convencional, apesar de não haver
correspondência entre grafemas particulares e pauta sonora.Após mais dois meses a progressão foi ainda maior,
pois ela havia ampliado seu repertório de letras, aprendeu que para palavras diferentes deve-se usar letras
diferentes. Quase ao final do ano já era capaz de escrever seu nome pronunciando silabicamente para si mesma.
Concluiu-se então que esta criança estava construindo um sistema silábico de escrita, tendo assim condições de
relacionar a pauta sonora da palavra: uma letra para cada sílaba. A segunda criança já começava a escola de 1º grau
sabendo desenhar seis letras diferentes, onde usava este repertório para diferenciar palavras. Após dois meses já
apresentava a escrita silábica. Com mais dois meses essa criança já se encontrava no período de transcrição que
denomina-se silábico-alfabético. A autora esclarece que esta escrita e considerada tradicionalmente como omissão
de letras, olhando pelo ponto de vista da escrita adulta, mas vista do sujeito em desenvolvimento, esse tipo de
escrita é considerada ―acréscimo de letras‖. No entanto ao final do ano a criança já escrevia alfabeticamente.

Dando seqüência Emília Ferreiro relata uma pesquisa realizada por ela, com propósito de descrever o processo de
aprendizagem que ocorre nas crianças fracassadas. Onde enfatiza a evolução das produções escritas feitas por elas.
A pesquisa começou com 959 crianças e foi finalizada com 886 dessas mesmas crianças que foram submetidas a
entrevistas individuais. Em cada entrevista foi proposta a criança quatro palavras dentro de um dado campo
semântico com uma variação sistemática no número de sílabas.Pôde-se notar que 80% dessas crianças, no início do
ano escolar, escreviam sem estabelecer qualquer correspondência entre pauta sonora da palavra e a representação
escrita, nem correspondência qualitativa/quantitativa. Assim a autora segue sua análise sobre a pesquisa realizada
utilizando uma tabela que da ênfase aos padrões evolutivos que a criança percorre onde faz observações sobre os
diferentes níveis de escrita, demonstrando quanto por cento das crianças entrevistadas se encaixam em cada nível.
Finalizando sua análise, Emília Ferreiro fala sobre o polêmico tema ―deve-se ou não ensinar a ler e escrever na pré-
escola?‖, afirmando que esse é um problema mal colocado, por ser falso o pressuposto no qual se baseiam ambas
posições antagônicas. A autora assegura que o problema foi colocado tendo por pressupostos serem os adultos que
decidem quando essa aprendizagem deverá ser iniciada e quando decidido que esse processo de aprendizagem não
iniciará antes do primeiro grau, as salas sofrem um processo de limpeza até que desapareça todo sistema de
escrita.Sendo assim a escrita que está presente em meio social desaparece da sala de aula.Por outro lado quando se
decide iniciar esta aprendizagem antes do primeiro grau, as salas de pré-escola assemelhar-se a do 1º ano, sendo
pressuposto o mesmo em ambos os casos. A autora volta a falar, que a criança inicia sua aprendizagem de
matemática, por exemplo, antes mesmo do contato escolar, quando decidem a ordenar vários objetos através de
diversas participações ao meio social. No entanto não poderia ser diferente com o sistema de escrita, uma vez que
este faz parte da realidade urbana, mantendo contato desde cedo informações das mais variadas procedências como:
cartazes de rua, embalagens, livros, revistas, etc. Sendo assim a criança não entra na escola sem nenhum
conhecimento sobre o sistema de leitura e escrita. Diz ainda que é necessário uma imaginação pedagógica para dar
as crianças oportunidades ricas e variadas de interagir com a linguagem escrita.Finaliza dizendo que é necessário
entender que a aprendizagem da linguagem escrita é muito mais que a aprendizagem de um código de transcrição: é
a construção de um sistema de representação.

114
QUESTÕES DE
PROVAS ANTERIORES

PEDAGÓGICA
E
ESPECÍFICA

115
01. A Lei n.º 9.394/96 – LDB – estabelece que
(A) a definição dos conteúdos do ensino religioso far-se-á por entidade civil constituída pelas diferentes denominações
religiosas.
(B) a jornada escolar no ensino fundamental e na educação infantil incluirá, no mínimo, cinco horas de trabalho efetivo em sala
de aula.
(C) o ensino noturno e as formas alternativas de organização escolar deverão incluir pelo menos quatro horas de trabalho
efetivo em sala de aula, sem ressalvas.
(D) o currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, componente curricular que trate dos direitos das crianças e
dos adolescentes, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
(E) o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em
situações emergenciais.

02. De acordo com o disposto na Lei n.º 9.394/96 – LDB, os docentes incumbir-se-ão, dentre outros procedimentos, de
(A) elaborar e executar sua proposta pedagógica.
(B) assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas.
(C) zelar pela aprendizagem dos alunos.
(D) prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.
(E) elaborar e cumprir seu plano de trabalho, conforme a concepção construtivista de aprendizagem.

03. O desenvolvimento da cidadania constitui uma das finalidades da educação brasileira expressa em vários artigos da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Tendo esta característica em vista, leia os seguintes objetivos:
I. desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II. desenvolver uma base de conhecimentos comum nacional e diversificada estabelecida por cada instituição de ensino;
III. fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e a tolerância recíproca em que se assenta a vida social;
IV. desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de
atitudes e valores;
V. aprimorar e aprofundar os conhecimentos científicos e tecnológicos, a fim de compreender os processos produtivos.
Os objetivos referentes à formação básica do cidadão presentes no art. 32 da Lei n.º 9.394/96 estão corretamente expressos,
apenas, em: (A) II e IV. (B) I, II e V. (C) I, III e IV. (D) I, IV e V. (E) II, IV e V.

04. A jornada escolar no ensino fundamental, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases Nacionais – LDBEN – (Lei n.º
9.394/96), deve
(A) incluir, no mínimo, quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de
permanência do aluno na escola.
(B) incluir, no mínimo, cinco horas de trabalho efetivo em sala de aula, com meta de ampliação do tempo de permanência do
aluno na escola.
(C) obrigatoriamente prever a oferta de tempo integral para todas as crianças das séries iniciais.
(D) ter como meta a oferta de oito horas diárias de efetivo atendimento em sala de aula para todos os alunos.
(E) incluir, no mínimo, quatro horas e meia de trabalho efetivo em sala de aula, inclusive no caso do ensino noturno.

05. Os Art. 58 e 59, Capítulo V, da Lei 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - definem educação especial
como uma modalidade de educação escolar que deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
portadores de necessidades especiais. Os sistemas educacionais devem assegurar aos educandos com necessidades especiais:
I - Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender às suas necessidades.
II - Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em
virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para superdotados.
III - Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores
do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.
IV - Informação aos pais sobre a impossibilidade de seu filho frequentar a escola regular, por não acompanhar o processo.
V - Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível de ensino regular.
Está (ão) correta(s): a) I e II b) III c) IV d) I, II e III e) I, II, III e V

06.Segundo a interpretação do 12º artigo da LDB, que define a incumbência do estabelecimento de ensino, é correto afirmar que:
A) é dever do estabelecimento de ensino elaborar e executar sua proposta pedagógica.
B) elaborar estratégias para a recuperação dos alunos de menor rendimento.
C) dar orientação sócio-psicológica as famílias sobre a educação de seus filhos.
D) administrar financeiramente seus recursos de maneira a viabilizar a contratação de especialistas para a elaboração da proposta
pedagógica.
E) definir e aplicar a gestão democrática nas redes públicas e particulares.

07. A mãe de uma criança portadora de necessidades especiais está em busca de uma vaga para seu filho numa escola. De
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), esta criança deverá ter a garantia de:
a) oferta preferencialmente na rede regular de ensino e professores capacitados para a integração desses educandos em
classes comuns.
116
b) atendimento exclusivo em classes ou escolas especializadas e métodos específicos para atender às suas necessidades de
desenvolvimento.
c) início da escolarização aos seis anos de idade e terminalidade específica para aqueles que puderem atingir o nível exigido
para a conclusão do ensino fundamental.
d) aplicação de um currículo idêntico ao dos demais alunos e educação especial para o trabalho, a fim de evitar qualquer
discriminação.
e) serviço de apoio especializado para atendimento de peculiaridades e acesso prioritário aos benefícios dos programas sociais
suplementares disponíveis.

08- De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional (LDB Lei no 9.394/96), os docentes estão incumbidos
de:
(A) participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, garantindo sua adequação às Diretrizes
Nacionais Curriculares fixadas na forma da lei.
(B) Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento, por meio de projeto aprovado pelo Conselho
de Escola.
(C) Definir, juntamente com seu pares, o calendário escolar, respeitado o número mínimo de dias letivos e da jornada escolar
definidos na lei.
(D) Informar o Conselho Tutelar sempre que o direito público subjetivo dos alunos não for respeitado, em especial, os casos de
maus tratos.
(E) Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional.

09. A educação infantil é considerada a primeira etapa da educação básica, e tem como finalidade,
(A) iniciar o processo de alfabetização para garantir o bom desempenho da criança no ensino fundamental, sobretudo as
oriundas das camadas mais pobres da população.
(B) o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da
família e da comunidade.
(C) assegurar aos alunos da educação infantil programas suplementares de transporte, alimentação e saúde, através de
campanhas promovidas pelas escolas.
(D) construir, para a educação infantil, uma política educacional que assegure a guarda da criança para favorecer a inserção da
mãe no mercado de trabalho.
(E) facilitar o trabalho das equipes escolares ao possibilitar que os alunos carentes adquiram um perfil mais próximo do aluno
da classe média.

10. De acordo com a LDBEN, Lei n.º 9.394/1.996, educação inclusiva é aquela que
(A) tem uma proposta de avaliação centrada nos resultados que os alunos obtêm na prova e envolve os pais na discussão para
servir de apoio aos filhos.
(B) supõe que as desigualdades físicas e sociais entre as crianças e jovens não provocam qualquer forma de marginalização dos
alunos no âmbito das escolas.
C) prevê integração real – e não apenas formal – entre alunos regulares e portadores de necessidades especiais, de preferência
na rede regular de ensino.
(D) tem uma proposta de avaliação que assegura a realização de uma nova prova, com questões semelhantes, para verificar o
aprendizado dos alunos com baixo aproveitamento na prova anterior.
(E) tem uma proposta de avaliação que compreende a elaboração de uma curva dos resultados das avaliações com média e
desvio-padrão, para subsidiar a classificação dos alunos com problemas de aprendizagem.

11. A Lei n.o 9.394, de 20.12.1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, afirma em seu Art. 8.º que ―A
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de
ensino‖. Ao tratar das responsabilidades, a LDB estabelece que os
(A) Estados incumbir-se-ão de coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação.
(B) Municípios incumbir-se-ão de assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio.
(C) estabelecimentos de ensino terão a incumbência de executar sua proposta pedagógica, cabendo exclusivamente ao Diretor,
sua elaboração.
(D) docentes incumbir-se-ão de ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional.
(E) docentes incumbir-se-ão de prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento e informar os pais e
responsáveis sobre a sua freqüência e o rendimento.

12. De acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), toda criança e adolescente terá acesso às diversões e aos
espetáculos públicos classificados como adequados a sua faixa etária. A Lei autoriza às crianças menores de 10 anos
(A) o ingresso e a permanência nos locais de apresentação, acompanhados dos pais ou responsáveis.
(B) o ingresso nos locais de apresentação, desde que os pais ou responsáveis venham buscá-las.
(C) a permanência nos locais de apresentação ou exibição, quando houver espaço seguro especificamente delimitado para elas.
(D) a permanência nos locais de apresentação ou exibição, desde que haja um adulto por grupo de dez crianças.
(E) o ingresso e permanência nos locais de apresentação com grupos de, no mínimo, cinco crianças amigas entre si.
117
13. De acordo com o ECA, considera-se adolescente a pessoa:
a) maior de 14 anos completos e menor de 18 anos de idade incompletos.
b) maior de 14 anos incompletos e menor de 18 anos de idade completos.
c) maior de 12 anos completos e menor de 18 anos de idade incompletos.
d) maior de 12 anos incompletos e menor de 18 anos de idade completos.

14. As regras do ECA podem ser aplicadas:


a) apenas às crianças e aos adolescentes.
b) apenas às crianças e, excepcionalmente, aos adolescentes.
c) às crianças e adolescentes, mas nunca aos adultos.
d) excepcionalmente, aos adultos com idade entre 18 e 21 anos.

15. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Segundo o ECA, art. 132, em cada município haverá
(A) um único Conselho Tutelar, com duração de 5 anos.
(B) vários Conselhos Tutelares, compostos de 3 policiais e 1 professor.
(C) vários Conselhos Tutelares, escolhidos pelas escolas e com duração de 5 anos.
(D) no mínimo um Conselho Tutelar, composto de 5 membros e com mandato de 3 anos.
(E) alguns Conselhos Tutelares, com membros de idoneidade moral e de até 18 anos.

16. O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei Federal n.º 8.069/90 – é um importante dispositivo legal que considera as
crianças e adolescentes como titulares de direitos. Em relação à educação, dentre os direitos assegurados pelo ECA, pode-se
citar:
I. direito de organização e participação em entidades estudantis;
II. acesso a escola gratuita próxima de sua residência;
III. direito de faltar à escola sempre que achar conveniente;
IV. direito de contestar os critérios de avaliação.

São verdadeiras apenas as afirmações contidas em


(A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e IV. (E) II e III.

17. O Estatuto da Criança e do Adolescente, de acordo com a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, em seu Artigo 56,
estabelece como obrigação dos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental, comunicar ao Conselho Tutelar os casos
de:
(A) maus-tratos envolvendo seus alunos; reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar; ausência dos pais nas reuniões
escolares.
(B) reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar; indisciplina em sala de aula; dificuldades de aprendizagem.
(C) maus-tratos envolvendo seus alunos; reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar; elevados níveis de repetência.
(D) maus-tratos envolvendo seus alunos; reiteração de faltas injustificadas e evasão escolar; desempenho escolar aquém do
esperado.
(E) indisciplina em sala de aula; evasão escolar; ausência dos pais nas reuniões escolares.

18. Em conformidade com o artigo 13 da LDB, os docentes incumbir-se-ão de:


I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

Esta correta a alternativa:


a. I, II, III b. I, II, III, IV e V c. I, II e V d. Nenhuma das alternativas e. Todas as alternativas

19. O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá:


I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a
educação básica;
II - fazer-lhes a chamada pública;
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. Esta correta:

a. I b. II c. III d. I e III e. I, II e III

20. O artigo 4º, da Lei Federal 8.069/90, diz que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público
assegurar:

118
a) com absoluta dignidade, a efetivação dos direitos referentes à educação e a profissionalização, com respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.
b) com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
c) com relativa prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, com dignidade, e à convivência
familiar e comunitária.
d) com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos educacionais na educação infantil, ensino fundamental e médio, nas
escolas públicas e privadas com respeito, à liberdade e à convivência de todos os alunos.

21. Nos termos do artigo 24, da Lei Federal 9394/96, a carga horária mínima anual será de:
a) oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, incluído o tempo reservado aos
exames finais, quando houver.
b) oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos
exames finais, quando houver.
c) mil e duzentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, incluído o tempo reservado
aos exames finais, quando houver.
d) novecentas e sessenta horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, incluído o tempo
reservado aos exames finais, quando houver.

22. De acordo com o artigo 60 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), é proibido qualquer trabalho, salvo na
condição de aprendiz, a menores de:

a) dezesseis anos de idade. b) dezessete anos de idade. c) doze anos de idade. d) quatorze anos de idade.

23. A Constituição Federal de 1988 estabelece que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho. Nesse sentido, segundo o artigo 208, é correto afirmar que o dever do Estado com
a educação será efetivado mediante a garantia de
(A) educação básica obrigatória e gratuita dos 6 (seis) aos 14 (quatorze) anos de idade.
(B) educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças de até 6 (seis) anos de idade.
(C) vaga em escola mais próxima de sua residência a toda criança, a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade.
(D) educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade.
(E) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente em escolas especiais.

24. A Constituição Federal Brasileira


(A) veda a proteção legal aos locais de cultos religiosos.
(B) impede que haja prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.
(C) não contempla em seu texto a possibilidade de certos crimes serem tidos como inafiançáveis.
(D) não permite a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.
(E) veda a imposição legal da pena de interdição de direitos.

25. Na hipótese de ocorrência de ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, nos termos do que dispõe, expressamente, a
Constituição, o cidadão poderá ajuizar
(A) ação popular. (B) habeas corpus. (C) ação civil pública. (D) mandado de injunção.
(E) ação de improbidade administrativa.

26. Sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais, conceder-
se-á
(A) habeas data. (B) mandado de segurança. (C) mandado de injunção. (D) mandado de segurança coletivo.
(E) ação de descumprimento de preceito fundamental.

27. Sobre os direitos e deveres individuais e coletivos, é CORRETO afirmar que:


a) todos podem reunir-se pacificamente, com armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde
que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente.
b) a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas dependem de autorização, sendo obrigatória a interferência
estatal em seu funcionamento.
c) a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
d) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, mesmo trabalhada pela família, pode ser objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento.

119
28. Considerando o art. 2.º da Resolução n.º 4, de 13.07.2010, assinale a alternativa que contém um dos objetivos das
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.
(A) Sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da Edu-cação Básica contidos na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB) e demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a
formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola.
(B) Promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil,
buscando relações étnico-sociais positivas, rumo à construção de nação democrática.
(C) Estimular as críticas positivas que devem subsidiar a formulação, a execução e a avaliação do plano de aula da escola de
Educação Básica.
(D) Sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da Educação Básica contidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) e demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para as-segurar a formação
docente, tendo como foco os alunos atendidos no ensino básico que dão vida à escola.
(E) Dirigir os cursos de formação inicial e continuada de docentes e demais profissionais da Educação Básica, os sistemas
educativos dos Municípios e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que pertençam.

29. A democratização da educação pública e de qualidade está amplamente amparada pela legislação brasileira, figurando
como um de seus princípios. Assim sendo, a Resolução CNE/CEB 04/10 determina que é obrigatória a gestão democrática no
ensino público e está prevista, em geral, para todas as instituições de ensino, o que implica
(A) em decisões coletivas que pressupõem a participação da comunidade escolar na gestão da escola.
(B) na participação da maioria dos pais, nos eventos e atividades promovidos pela escola.
(C) em o Diretor manter a porta de sua sala aberta para receber quem quer que seja para ser ouvido.
(D) na existência do Conselho de Escola e do Grêmio Estudantil instituídos na escola.
(E) em a escola, por meio de seu Diretor, comunicar a toda comunidade escolar as medidas tomadas em prol da melhoria do
ensino.

30. Na Resolução CNE/CEB no 07/10, o currículo é entendido como constituído pelas experiências escolares que se
desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando articular vivências e saberes dos alunos
com os conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para construir as identidades dos estudantes. Acerca das
experiências escolares, é correto afirmar que
(A) correspondem aos conteúdos curriculares que são agrupados nas diversas disciplinas a serem desenvolvidas pelos
respectivos professores.
(B) as orientações e as propostas curriculares que provêm das diversas instâncias só terão concretude por meio das ações
educativas que envolvem os alunos.
(C) são um referencial curricular mínimo a ser avaliado em cada disciplina e série, informando as competências e habilidades
esperadas dos alunos.
(D) são os procedimentos, estratégias de ensino ou orientações metodológicas ao professor para desenvolver sua disciplina.
(E) correspondem ao conteúdo para o desenvolvimento do trabalho do professor em sala de aula.

31. Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da
educação infantil e de seus profissionais, em especial do gestor. O Conselho Nacional de Educação, ao se manifestar sobre as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, por meio do Parecer CNE/CEB N o07/2010, afirma que ―Cuidar e
educar significa compreender que o direito à educação parte do princípio da formação da pessoa em sua essência humana.
Trata-se de considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento de todos‖. Tendo como base tais afirmações,
segundo o Parecer CNE/CEB N o 07/2010, avalie as seguintes asserções:

Tendo como base tais afirmações, segundo o Parecer CNE/CEB N o 07/2010, avalie as seguintes asserções:

I. A relação entre cuidar e educar se concebe mediante internalização consciente de eixos norteadores, que remetem à
experiência fundamental do valor, que influencia significativamente a definição da conduta, no percurso cotidiano escolar.

PORTANTO

II. Trata-se de um valor pragmático e utilitário de educação, um valor extrínseco àquilo que deve caracterizar o comportamento
de seres humanos, que respeitam a si mesmos, aos outros, à circunstância social e ao ecossistema.

A respeito dessas afirmações, assinale a alternativa correta.


a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
b) As duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da primeira
c) A primeira afirmação é verdadeira, e a segunda falsa.
d) A primeira afirmação é falsa, e a segunda verdadeira
e) Tanto a primeira quanto a segunda afirmações são falsas

32. Segundo o artigo 208 da Constituição Federal, o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de
(A) universalização do ensino médio gratuito.
(B) educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 4 anos.
120
(C) oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando.
(D) acesso parcial aos níveis mais elevados do ensino e da pesquisa.
(E) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, fora da rede de ensino.

33. Conforme previsto na Constituição Federal, no que diz respeito à Educação, é correto afirmar que
(A) o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado aos
portadores de deficiência, obrigatoriamente na rede regular de ensino.
(B) o acesso ao ensino obrigatório e público é direito privado e objetivo.
(C) o não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, não implicará em apuração de
responsabilidades das autoridades competentes.
(D) a educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida
pelas empresas na forma da lei.
(E) os recursos públicos não poderão ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas

34. Na Constituição da República Federativa do Brasil/88, estão estabelecidos os princípios que devem orientar o ensino
nacional. Dentre esses princípios, destaca-se o da
(A) gratuidade de ensino, em todos os estabelecimentos de ensino.
(B) gestão centralizada do ensino público, na forma da lei.
(C) igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
(D) uniformidade de ideias e concepções pedagógicas.
(E) definição de piso salarial profissional, em nível de cada sistema de ensino.

35. O artigo 206 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, estabelece, explicitamente, em seu inciso II, que
o ensino será ministrado com base, entre outros, no princípio da liberdade de

(A) ir e vir. (B) ser criança. (C) aprender. (D) culto e crença. (E) discordar dos critérios de avaliação.

36. Na perspectiva da avaliação mediadora, de acordo com Hoffmann, avaliar é, dentre outras coisas,
(A) corrigir tarefas e provas do aluno para verificar respostas certas e erradas, a fim de garantir a evolução contí nua dele.
(B) analisar teoricamente as manifestações dos alunos em situações de aprendizagem, para acompanhar suas hipóteses acerca
de determinados assuntos.
(C) aplicar verificações periódicas para deliberar sobre a aprovação ou reprovação do aluno em cada série ou ní vel de ensino.
(D) verificar as tarefas feitas no caderno pelo aluno, a fim de se atribuir uma nota em cada momento ou etapa do processo de
ensino-aprendizagem.
(E) diagnosticar, em momentos pontuais e determinados, o nível de desempenho em relação aos conteúdos transmitidos pelo
professor.

37. Segundo Weisz, o professor que pretende se qualificar melhor para lidar com a aprendizagem dos alunos precisa estudar e
desenvolver uma postura investigativa. Para a autora, se o professor quiser trabalhar com o modelo de ensino por resolução de
problemas, com uma concepção construtivista da aprendizagem, precisa saber que
(A) as ideias prévias são pré-requisitos para aprendizagem.
(B) o conhecimento é apreendido pela repetição do que já foi ensinado.
(C) o que o aluno já sabe não é sinônimo do que já lhe foi ensinado.
(D) ensino e aprendizagem são dois processos que se confundem.
(E) o processo de aprendizagem deve se adequar ao de ensino.

38. Ao discorrer sobre avaliação mediadora, Hoffmann (2000) destaca que os trabalhos em grupo
(A) constituem-se em eficientes elementos de avaliação individual.
(B) demandam sempre a atribuição de notas e conceitos, pelos professores.
(C) devem ser utilizados para a avaliação dos alunos, podendo prescindir do acompanhamento pelo professor.
(D) não favorecem a reflexão de cada aluno, portanto, devem ser evitados.
(E) podem ensejar momentos em que dificuldades individuais deixam de ser observadas e orientadas pelo professor.

39. Weisz (2002) compreende a relação entre o ensino e a aprendizagem como um diálogo entre processos protagonizados por
diferentes sujeitos. Destaca a necessidade da avaliação e os bons usos que se pode fazer dela, quando se concebe a relação
entre o ensino e a aprendizagem numa ótica construtivista. Nesse sentido, a autora analisa que, no processo de alfabetização, a
atividade de ditado
(A) pode ter objetivo de avaliação ou de aprendizagem, devendo estruturar-se diferentemente para um e outro.
(B) é tradicional e equivocada, prestando-se a objetivos restritos de avaliação da ortografia de palavras e frases.
(C) é um recurso privilegiado de avaliação diagnóstica que permite ao professor levantar os conhecimentos prévios dos alunos.
(D) foi redefinida pela psicogênese da alfabetização e já não se presta à avaliação e sim à aprendizagem, sendo feita com
circulação de informação.
(E) tornou-se instrumento disciplinador das crianças, para fazerem-nas calarem-se quando estão agitadas, para voltarem a se
concentrar.

121
40. Para Vygotsky, o desenvolvimento infantil e a aquisição da linguagem são determinados principalmente:
a) pelas características biológicas da criança b) pelas características neurológicas da criança
c) pelas relações sócio-culturais vivenciadas pela criança d) pelo nível de escolaridade dos pais
e) pelas características inatas da criança

41. Vygotsky diz que os três tipos de fala utilizadas pelo indivíduo no processo de aquisição da linguagem se desenvolvem na
seguinte ordem:

a) fala egocêntrica – fala social – fala interior b) fala social – fala egocêntrica – fala interior
c) fala interior - fala egocêntrica – fala social d) fala social – fala interior - fala egocêntrica
e) fala interior – fala social - fala egocêntrica

42. Durante o desenvolvimento da linguagem, é comum observar crianças de 2 a 6 anos, que falam sozinhas, enquanto
brincam. O surgimento dessa fala, segundo Vygotsky, marca o início da função cognitiva da linguagem e recebe a
denominação de fala:

a) social. b) social complexa. c) egocêntrica. d) interior.

43. Analise as afirmativas abaixo quanto à teoria sócio-interacionista em aquisição de linguagem tal como formulada por
Vigotsky.

I. A linguagem fornece os conceitos e as formas de organização do real que constituem a mediação entre o sujeito e o objeto de
conhecimento. A compreensão das relações entre o pensamento e linguagem é, pois, essencial para a compreensão do
funcionamento psicológico do ser humano.
II. Por volta dos dois anos no desenvolvimento da criança, os percursos do pensamento e da linguagem se encontram e
inauguram uma nova forma de funcionamento psicológico: a fala torna-se intelectual, com função simbólica, generalizante, e o
pensamento torna-se verbal, mediado por significados dados pela linguagem.
III. O pensamento e a linguagem têm origens semelhantes e se desenvolvem em trajetórias similares e independentes, antes que
ocorra a ligação entre esses dois fenômenos.
IV. O bebê se comunica apesar de não saber falar no início do desenvolvimento da linguagem, impulsionado pelas suas
necessidades. Ele utiliza gestos; entretanto, tais expressões não são consideradas como expressões do desenvolvimento de
linguagem da criança porque são expressão de alívio emocional ou de necessidades.

Assinale a alternativa que indica apenas as afirmativas


Corretas

a) I e II b) I e IV c) I, II, III d) III e IV e) I, II, III e IV

44. ―[...], ao contrário, trouxe o mundo social para dentro da escola, herança maravilhosa que nos deixou. Foi um dos
primeiros a reiterar a importância do trabalho do aprendiz e, como Dewey, o papel educativo de desenvolver projetos com os
alunos como, por exemplo, escrever, imprimir e distribuir um jornal escolar. [...]‖. (WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e
a aprendizagem, p. 28). A qual educador o texto se refere?

a) Montessori. b) Freire. c) Claparède. d) Freinet. e) Decroly.

45. Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
I. Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, a favor da ordem constitucional e
o Estado Democrático.
II. Haverá privação de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, principalmente se as
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
III. O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
IV. É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo,
no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal. V. É garantido o direito de propriedade.
De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, está incorreto o que se afirma em:
a) III, IV e V. b) Somente II. c) I e II. d) I, III e V. e) I, II, III, IV e V

46. Art. 214 - A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema
nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para
assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações
integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:

122
I. Melhoria da qualidade do ensino.
II. Promoção humanística, científica e tecnológica do País.
III. Direcionamento regional do atendimento escolar.
IV. Formação para o trabalho.
V. Arraigação do analfabetismo.
Em consonância com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, está correto o que se afirma em:

a) II, III e V. b) I e IV. c) Somente IV. d) Somente I. e) I, II e IV.

47. ―A teoria de __________ oferece um modelo epistemológico, do qual é possível extrair consequências de natureza
psicológica. A psicogênese da língua escrita é um modelo psicológico de aprendizagem especificamente da escrita [...]‖.
(WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem, p. 30).
Assinale a alternativa que preenche a lacuna de forma correta:
a) Freire. b) Vygotsky. c) Arroyo. d) Piaget. e) Pestalozzi.

48. De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, julgue qual das alternativas abaixo está
incorreta:
a) Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.
b) A educação, direito de todos e dever restrito da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
c) O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a
utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
d) A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por
cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
e) As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão
ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

49. Considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, quanto à educação superior, assinale a alternativa correta.
a) A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de
abrangência ou especialização.
b) Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico
efetivo, incluindo-se o tempo reservado aos exames finais, quando houver.
c) Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão apenas validade estadual como prova da formação
recebida por seu titular.
d) A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos
ilimitados.
e) Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e
comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação não é uma das finalidades da
educação superior.

50. Com base no livro O diálogo entre o ensino e a aprendizagem, indique a opção incorreta:
a) No diálogo entre professor e aprendiz, cabe ao professor organizar situações de aprendizagem.
b) Não é o processo de aprendizagem que deve se adaptar ao de ensino, mas o processo de ensino é que tem de se adaptar ao de
aprendizagem.
c) É equivocada a expectativa de que o aluno poderá receber qualquer ensinamento que o professor lhe transmita exatamente
como ele lhe transmite.
d) O desafio do professor é armar boas situações de aprendizagem para os alunos: atividades que representem possibilidades
difíceis, mas coloquem dificuldades possíveis.
e) Existem múltiplos processos de ―ensinoaprendizagem‖ e não somente um, como muitas vezes se diz.

51. Jussara Hoffmann, em seu livro intitulado Avaliação mediadora - uma prática em construção da pré-escola à universidade,
afirma que, para professores tradicionais, as provas e notas são:

a) Sistemas arcaicos. b) Precisas. c) Banais. d) Redes de segurança. e) Vulneráveis.

52. De acordo com a Resolução CNE/CP nº 1, de 30 de maio de 2012, é incorreto o que se afirma em:
a) A Educação em Direitos Humanos deverá estar presente na formação inicial e continuada de todos(as) os(as) profissionais
das diferentes áreas do conhecimento.
b) Os Conselhos de Educação definirão estratégias de acompanhamento das ações de Educação em Direitos Humanos.
c) A Educação em Direitos Humanos, de modo leviano, poderá ser considerada na construção dos Projetos Político-
Pedagógicos (PPP); dos Regimentos Escolares; dos Planos de Desenvolvimento Institucionais (PDI); dos Programas
Pedagógicos de Curso (PPC) das Instituições de Educação Superior; dos materiais didáticos e pedagógicos; do modelo de
ensino, pesquisa e extensão; da gestão, bem como dos diferentes processos de avaliação.

123
d) Os sistemas de ensino e as instituições de pesquisa deverão fomentar e divulgar estudos e experiências bem sucedidas
realizados na área dos Direitos Humanos e da Educação em Direitos Humanos.
e) Os sistemas de ensino deverão criar políticas de produção de materiais didáticos e paradidáticos, tendo como princípios
orientadores os Direitos Humanos e, por extensão, a Educação em Direitos Humanos.

53. Telma Weisz, em seu livro O diálogo entre o ensino e a aprendizagem, afirma que boas situações de aprendizagem
costumam ser aquelas pautadas em quatro pressupostos pedagógicos. Assinale a alternativa abaixo que não condiz com esses
pressupostos.
a) O conteúdo trabalhado mantém suas características de objeto sociocultural real, sem se transformar em objeto escolar vazio
de significado social.
b) O professor precisa, em diversos momentos, testar o conhecimento do aluno, aplicando desafios difíceis de realizar. Mesmo
que os alunos não consigam encontrar a solução, o professor garante o desenvolvimento constante do raciocínio.
c) A organização da tarefa pelo professor garante a máxima circulação de informação possível.
d) Os alunos precisam pôr em jogo tudo o que sabem e pensam sobre o conteúdo que se quer ensinar.
e) Os alunos têm problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõem produzir.

54. Para uma ação avaliativa mediadora, Jussara Hoffmann, em seu livro Avaliação mediadora - uma prática em construção da
pré-escola à universidade, aponta alguns princípios importantes. Com relação a esses princípios, marque a alternativa incorreta:
a) Transformar os registros de avaliação em anotações precisas sobre o comportamento dos alunos no desenvolvimento das
aulas e utilizando-o como um recurso a mais de avaliação e de controle social. b) Oportunizar aos alunos muitos momentos de
expressar suas ideias.
c) Oportunizar discussão entre os alunos a partir de situações desencadeadoras.
d) Realizar várias tarefas individuais, menores e sucessivas, investigando teoricamente, procurando entender razões para as
respostas apresentadas pelos estudantes.
e) Em vez de certo/errado e da atribuição de pontos, fazer comentários sobre as tarefas dos alunos, auxiliando-os a localizarem
as dificuldades de descobrirem melhores e variadas soluções.

55. ―Conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem
parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de
crianças de 0 a 5 anos de idade‖. A definição extraída do documento Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil
se refere:

a) Ao Plano de Ensino. b) À avaliação. c) À Proposta Pedagógica. d) Ao Currículo. e) Às brincadeiras folclóricas.

56. As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios:

I- Éticos. II- Políticos. III- Poéticos. IV- Estéticos. V- Autônomos.


De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, aponte a alternativa correta:
a) Somente IV está incorreta. b) Somente III e V estão incorretas. c) III, IV e V estão incorretas.
d) Todas estão corretas. e) Todas estão incorretas.

57. De acordo com Telma Weisz, em quantos pressupostos boas situações de aprendizagem são baseadas?

a) Quatro. b) Cinco. c) Oito. d) Seis. e) Dois.

58. Com base na Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004, assinale a única alternativa correta:
a) Os sistemas de ensino incentivarão pesquisas sobre processos educativos orientados por valores, visões de mundo,
conhecimentos afro-brasileiros, ao lado de pesquisas de diferentes naturezas junto aos povos indígenas, com o objetivo de
ampliação e fortalecimento de bases teóricas para a educação brasileira.
b) A Educação das Relações Étnico-Raciais, o estudo de História e Cultura Afro-Brasileira e História e Cultura Africana será
desenvolvida por meio de conteúdos, competências, atitudes e valores, a serem estabelecidos pelas Instituições de ensino e
seus professores, com o apoio e supervisão dos sistemas de ensino, entidades mantenedoras e coordenações pedagógicas,
atendidas as indicações, recomendações e diretrizes explicitadas no Parecer CNE/CP 003/2004.
c) Os sistemas de ensino tomarão providências no sentido de garantir o direito de alunos afrodescendentes de frequentarem
estabelecimentos de ensino de qualidade, que contenham instalações e equipamentos sólidos e atualizados, em cursos
ministrados por professores competentes no domínio de conteúdos de ensino e extremamente comprometidos com a educação
plena dos negros.
d) As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o
planejamento, execução e avaliação da Educação, e têm por meta promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no
seio da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais positivas, rumo à construção de nação
democrática.
e) Caberá aos conselhos de Educação dos Estados e dos Municípios desenvolver as Diretrizes Curriculares Nacionais
instituídas por esta Resolução (CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004).

124
59. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, o atendimento em creches e pré-escolas como
direito social das crianças se afirmou com a(o):
a) Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990.
b) Constituição Política do Império do Brasil 1824.
c) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1994.
d) Constituição de República dos Estados Unidos do Brasil de 1891.
e) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

60. ―[...] é o plano orientador das ações da instituição e define as metas que se pretende para a aprendizagem e o
desenvolvimento das crianças que nela são educados e cuidados. É elaborado num processo coletivo, com a participação da
direção, dos professores e da comunidade escolar.‖ (Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil). A definição se
refere à(ao):
a) Currículo. b) Regimento interno escolar. c) Proposta Pedagógica. d) Plano de ensino. e) Legislação municipal.

61. Sobre a Resolução CNE/CP nº 1, de 30 de maio de 2012, é incorreto o que se afirma em:
a) A Educação em Direitos Humanos, um dos eixos fundamentais do direito à educação, refere-se ao uso de concepções e
práticas educativas fundadas nos Direitos Humanos e em seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida
cotidiana e cidadã de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas.
b) A Educação em Direitos Humanos tem como objetivo central a formação para a vida e para a convivência, no exercício
cotidiano dos Direitos Humanos como forma de vida e de organização social, política, econômica e cultural, especificamente
no nível regional.
c) As Instituições de Educação Superior estimularão ações de extensão voltadas para a promoção de Direitos Humanos, em
diálogo com os segmentos sociais em situação de exclusão social e violação de direitos, assim como com os movimentos
sociais e a gestão pública.
d) A Educação em Direitos Humanos deverá orientar a formação inicial e continuada de todos(as) os(as) profissionais da
educação, sendo componente curricular obrigatório nos cursos destinados a esses(as) profissionais.
e) Os Direitos Humanos, internacionalmente reconhecidos como um conjunto de direitos civis, políticos, sociais, econômicos,
culturais e ambientais, sejam eles individuais, coletivos, transindividuais ou difusos, referem-se à necessidade de igualdade e
de defesa da dignidade humana.

62. Em 1983, o professor Howard Gardner propôs a influente teoria das ―inteligências múltiplas‖ que logo se expandiu. Nessa
abordagem às múltiplas inteligências, os alunos são considerados por suas diferentes potencialidades, interesses e formas de
absorver a informação. Sobre o tema, segundo GARDNER (1999), assinale a afirmativa CORRETA.
a. Os estudantes chegam nas escolas como ―tábulas rasas‖, prontas para absorver o conhecimento que lhes será apresentado.
b. A compreensão dos estudantes ocorre de maneira flexível. Dessa maneira, realizam interpretações, comparações e críticas.
c. A simples memorização é considerada como compreensão.
d. Os alunos precisam ser alinhados ―unidimensionalmente‖ ao trajeto de um ponto principal único de realizações intelectuais.
e. Considerando as diversas inteligências, a prática pedagógica resultará em um processo complexo, no qual abordagem
alguma conseguirá atingir seus educandos.

63. Em seu livro ―As Inteligências múltiplas e seus estímulos‖, Celso Antunes nos revela que, segundo Howard Gardner
seriam oito inteligências presentes nos seres humanos, portanto seríamos proprietários de oito pontos diferentes do cérebro
onde se abrigariam diferentes inteligências. Ainda que esse cientista afirme que o número de oito é relativamente subjetivo, são
essas as inteligências que caracterizam o que ele chama de inteligências múltiplas. E seriam elas: a inteligência linguística ou
verbal, a lógico-matemática, a espacial, a musical, a cinestésica corporal, a naturalista e as inteligências pessoais, isto é, a
intrapessoal e a interpessoal. A esse número, o professor brasileiro Nilson Machado acrescenta a nona, que seria a:
A. Inteligência pictórica. B. Inteligência emocional. C. Inteligência psicológica. D. Inteligência cognitiva. E. N.D.A.

64. ―Inteligência é a faculdade de aprender, apreender e compreender. É a perspicácia e agilidade do cérebro em se adaptar a
situações novas, é a capacidade de resolver problemas e de criar ideias, ferramentas ou produtos que sejam aceitos
socialmente.‖ Quem é o autor que nos revelou esse conhecimento?
a) Jean Piaget. b) Michel de Montaigne. c) Antonio Gramsci. d) Celso Antunes. e) Paulo Freire.

65.

125
É correto dizer que
(A) Clara tem mais conhecimento sobre a representação escrita do que André, pois apresenta uma escrita já fonetizada (silábica
com valor sonoro convencional), enquanto André apresenta uma escrita ainda não fonetizada (pré-silábica), isto é, não
estabelece correspondência termo a termo entre segmentos do falado e segmentos do escrito.
(B) Clara tem mais conhecimento sobre a representação escrita do que André, pois apresenta uma escrita já fonetizada (silábica
com valor sonoro convencional), enquanto André também apresenta uma escrita silábica, porém ainda não atribui valor sonoro
convencional, isto é, as letras usadas não correspondem a uma parte sonora da sílaba representada.
(C) Clara tem mais conhecimento sobre a representação escrita do que André, pois apresenta uma escrita silábico-alfabética
(ora usa uma letra para representar a sílaba, ora usa mais do que uma letra para essa representação), enquanto André apresenta
uma escrita silábica, porém ainda não atribui valor sonoro convencional, isto é, as letras usadas não correspondem a uma parte
sonora da sílaba representada.
(D) Clara tem mais conhecimento sobre a representação escrita do que André, pois apresenta uma escrita alfabética (escrita
convencional, com correspondência sonora alfabética), enquanto André apresenta uma escrita pré-silábica, isto é, não
estabelece correspondência termo a termo entre segmentos do falado e segmentos do escrito.
(E) André tem mais conhecimento sobre a representação escrita do que Clara, pois escreve com mais letras do que ela.

66. Emília Ferreiro organizou a evolução da aquisição da escrita em três grandes períodos:
1) O primeiro período caracteriza-se pela busca de parâmetros de diferenciação entre as marcas gráficas figurativas e as marcas
gráficas não figurativas, assim como pela formação de séries de letras como objetos substitutos, e pela busca de condições de
interpretação desses objetos substitutos.
2) O segundo período é caracterizado pela construção de modos de diferenciação entre o encadeamento de letras, baseando-se
alternadamente em eixos de diferenciação qualitativos e quantitativos.
3) O terceiro período é o que corresponde à fonetização da escrita, que começa por um período silábico e culmina em um
período alfabético.

Analise as alternativas e assinale a que melhor exemplifica cada um dos períodos.


As três crianças escreveram a palavra BRIGADEIRO.

GABARITO: 1-E 2-C 3-C 4-A 5-E 6-A C 7-A 8-E 9-B 10-C 11-D 12-A 13-C 14-D 15-D 16-C 17-C 18.E
19.E 20-B 21.B 22.D 23-D 24-D 25-A 26-C 27-C 28-A 29-A 30-B 31-C 32-C 33-D 34-C 35-C 36-B 37-C
38-E 39-A 40-C 41-B 42-C 43-A 44-D 45-C 46-E 47-D 48-B 49-A 50-D 51-E 52-C 53-B 54-A 55-D 56-B 57-A
58-B 59-E 60-C 61-B 62-B 63-A 64-D 65-A 66-C

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