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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS

UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO


CURSO DE PSICOLOGIA

DÉBORA HINCHINK DIAS


GABRIEL SCHEUERMANN
JEFERSON BERNARDO
JULIANA VARGAS DA SILVA
LUCAS HOFFMANN
MARCELO LOUGUE DOS SANTOS
MATHEUS HENRIQUE DOS SANTOS

ANÁLISE DO FILME 1984

SÃO LEOPOLDO
2015
Débora Hinchink Dias
Gabriel Scheuermann
Jeferson Bernardo
Juliana Vargas da Silva
Lucas Hoffmann
Marcelo Lougue dos Santos
Matheus Henrique dos Santos

ANÁLISE DO FILME 1984

Trabalho apresentado para a disciplina


Psicologia Social I, pelo Curso de
Psicologia da Universidade do Vale do Rio
dos Sinos – UNISINOS, ministrada pelo
professor Nadir Lara Junior.

São Leopoldo
2015
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
2 ANÁLISE DE 1984.....................................................................................................3
2 CONCLUSÃO............................................................................................................6
Referências....................................................................................................................7
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1 INTRODUÇÃO

Proposta do trabalho.

2 ANÁLISE DE 1984

Karl Marx foi responsável por um enorme impacto nos meios intelectuais
desde o século XIX com sua teoria e análise sobre a sociedade capitalista e suas
contradições. Baseados nesta teoria, iremos analisar o filme “1984”, que é uma
segunda adaptação cinematográfica (feita por Michael Radford) do livro de mesma
autoria feito por George Orwell.
“Esta é a nossa terra
Uma terra de paz em abundancia” (1984, 1984)
Algo importante neste fragmento é que o conceito de paz, ideologicamente,
para o povo da Oceania é diferente do nosso, pois o lema do Partido (a camada que
detêm o poder) é:
“Ignorância é força. Guerra é paz. Liberdade é escravidão. ” (ORWELL, 1984)
Segundo Marx, a ideologia nasce quando surge a divisão entre trabalho
intelectual e manual, ou seja, com o surgimento da sociedade de classes, que
permite tal divisão. Na sociedade do filme, haviam três classes:
1° - Partido interno: conhecido como “o partido”. Viviam muito bem, em
quartos espaçosos, possuíam empregados, boa comida, bebida e transporte rápido.
2° - Parte exterior: fazia o trabalho administrativo do Estado, sendo
constantemente vigiados pelo governo (o partido), com intuito de evitar desarmonia
no sistema explorador então vigente.
3° - Proles: a classe mais baixa de trabalhadores, embora sejam 85% da
população, o governo não se preocupa com estes se revoltarem contra o sistema,
pois possui o total controle deles, usando de ideologia e medo.
Percebemos então outro conceito de Marx: a base material ou econômica
constitui a "infraestrutura" dessa sociedade, que exerce influência direta na
"superestrutura", ou seja, nas instituições jurídicas, políticas (as leis, o Estado) e
ideológicas (as artes, a religião, a moral) da época.
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A respeito dessa sociedade de classe e a não preocupação do governo em


relação à prole e revoltas contra o sistema. Há uma disparidade com a teoria
marxista, que afirma que:
“O proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária, as classes
médias combatem a burguesia porque esta compromete sua existência como
classes medias. Não são, pois, revolucionarias, mas conservadoras, mais ainda
reacionárias. ”
“O movimento proletário é o movimento independente da imensa maioria em
proveito da imensa maioria” (MARX e ENGELS, 2005)
Marx, quer dizer que a classe média não tem porquê ser revolucionaria, não
teria tanto a ganhar como a classe social que é a maioria e detêm a menor parte da
riqueza da sociedade. Podemos reforçar esse pensamento de Marx, com uma frase
de uma pessoa do filme cujo a identidade é sigilosa:
“Se existe esperança
Esta, se encontra no proletariado
Se eles puderam conscientizar-se de sua força
Não seria necessário que conspirassem”. (1984, 1984)
Havia, de fato, muitos conspiradores, mas o governo agia de forma rápida e
fazia um tipo de lavagem cerebral, fazendo a pessoa “infratora” acreditar que estava
doente mental, acreditar ter sido curado pelo partido e, por fim, adorar o governante
chamado de “Big Brother” (Grande Irmão). Porém o pensamento da maioria da
população era como o de Parsons, um homem, provavelmente proletário, que
afirmar que: “Os proletários são animais”.
Nesse contexto de luta de classes observamos a dialética marxista, que
afirma que a contradição é o motor da história. Mostrando que a sociedade atual
será extinta por causa de suas próprias contradições. Conceito que diz respeito ao
filme em análise, pois temos como tese: o partido, como antítese: o proletariado e
como síntese uma mudança radical no sistema de classes vigente, em outras
palavras, uma revolução. Naquela sociedade há muitas contradições: uma minoria
possuindo quase toda riqueza; a sujeição e dominação da grande maioria da
população pela minoria; a alienação existente na sociedade. E essas contradições
podem ser superadas, pois no seu conceito sobre dialética, Marx afirma que: “tudo
evolui”.
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Como mencionado anteriormente, a alienação no sistema de classes do filme,


para Marx ela está diretamente ligada ao trabalho. O proletário fica restrito à sua
função fragmentada no local de trabalho, ao invés do homem ter prazer em produzir,
se sente escravizado. O homem troca o “ser” pelo “ter”. Passa praticamente toda
sua vida produzindo o que não vai consumir, se produz chocolate, não vai consumir,
ou seja, ele está produzindo o seu salário para ser consumidor (de um tipo
alienado). O trabalhador passa a ser alienado, escravo de sua função, e também, o
capitalista que também é escravo de sua função. De acordo com a teoria marxista, a
única diferença entre o trabalhador e os animais, é a atividade do homem para
ganhar capital.
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2 CONCLUSÃO

O filme tem em seu contexto pontos importantes para o pensamento das


relações de poder na sociedade gerido pelo poder de capital. Analisa-se desde as
formas de organização e produção até as formas de manipulação, de exploração e
alienação.
Nas relações trazidas pelas classes sociais no filme o desenvolvimento de
indivíduos dóceis ao tipo de manipulação que estão sendo dispostos, que se faz na
intenção de separar o indivíduo da sociedade e reproduzi-lo em unidades totalitárias
por uma disciplina imposta pela vigilância constante. E também como base
disciplinar, a exposição dos indivíduos ao ritmo constante em seu espaço, onde
serão estipulados por horários, regras e trabalho repetitivo, como produção em
massa. (SILVA, 2005, p.30-1)
Os sujeitos se encontram expostos à total manipulação ideológica, em que o
poder sobre mídia é total das oligarquias presentes, para que possa ser fácil a
implantação das ideologias que irão favorece-los nos termos de controle da
produção e controle supressão de revoluções das pessoas, que eram acusadas no
filme, de criminosos do pensamento. Atrelado ainda à constituição de valores
impostos, com base no que dita o próprio lema do partido.

Falta relacionar com a Psicologia Social e papel dos cientistas sociais ou não,
se for para ser direto com os textos.
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REFERÊNCIAS

MARX, Karl; ENGELS, Frederich. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo


Editorial, 2005.

ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1971.

SILVA, Rosane da. A invenção da Psicologia Social. São Paulo: Editora Vozes,
2005.

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