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VICTOR DINIZ DE AMORIM

Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro - Gestão Pública

Atividade 11: Elabore um relatório crítico do Estado


de direito no mercado de trabalho, preconizado pelas
conquistas das instituições do trabalho (CLT),
inclusive a reforma trabalhista de 2107; tendo como
contraponto as práticas neoliberais que emergem nas
interações trabalhador empresas-governo, que tem
como base o tripé desigualdade competição-
eficiência. Discorra sobre os efeitos desse embate na
vida do trabalhador, tanto no plano individual, quanto
no coletivo. Postagem no AVA até o dia 08/06/2018.
(valor 0-50 pontos)

Estado de direito no mercado de trabalho, preconizado pelas


conquistas das instituições do trabalho (CLT), inclusive a reforma trabalhista de
2107; tendo como contraponto as práticas neoliberais que emergem
nas interações trabalhador empresas-governo, que tem como base o tripé
desigualdade competição-eficiência. Discorra sobre os efeitos desse embate na
vida do trabalhador, tanto no plano individual, quanto no coletivo.

É possível ver em OLIVEIRA (2005, p.251) alega que muito da análise


elaborada sobre a política fortemente influenciada pela posição política ou visão de
mundo assumida pelo (...) [pelos] analista(s)”. Não à toa que, para grande parte dos
acadêmicos, as diferenças existentes entre os governos Lula e Dilma são muito
poucas, enquanto, para outros há uma clara diferença dado o afastamento da
presidente em questões pontuais, permitindo entender que há algumas questões em
que a gestão de Dilma Rousseff tomou seus próprios rumos.

Porém, o presente trabalho, ao realizar a análise dos dados apresentados,


avalia que o governo Dilma possui mais elementos de continuidade, em maioria dos
aspectos, com o governo Lula do que se imagina, como se colhe:

Como aponta CONTRI, André Luis, em “Uma avaliação da economia brasileira


no Governo Dilma” (2014), referendando a análise do livro-texto:

”O Governo Dilma herdou, logo no seu início, os bons presságios do


governo anterior. De fato, depois de uma violenta crise econômica
internacional, em 2010 a economia brasileira voltou a crescer à elevada
taxa de 7,5%. Apesar de a inflação estar se aproximando dos 6,0%, a
taxa de desemprego no último ano do Governo Lula havia se reduzido
para 5,3%”

Ademais, aprofundando a discussão, Ruth COSTAS (2016), relembrou seis


indicadores internacionais oriundos do governo do Partido dos Trabalhadores – PT, o
primeiro: Ranking das maiores economia, relembrando que no ano de 2002, o Brasil
ocupava a 13ª posição no ranking global de economias medido pelo PIB em dólar,
segundo dados do Banco Mundial e FMI. Chegou a ser o 6º em 2011, desbancando a Grã-
Bretanha, mas voltou a cair. Na gestão Dilma, tornou-se a 9ª maior economia do mundo
de acordo com esse indicador, que sofre grande influência do câmbio - e, portanto, foi
bastante afetado pela desvalorização do real.

Conforme análise do livro-texto, diante da credibilidade acerca do Gverno


Lula, em seu segundo mandato houve um aumento do fluxo de investimentos
estrangeiros diretos para o Brasil. No ano de 2008, os investimentos estrangeiros diretos
líquidos chegaram a US$ 40 bilhões, maior valor entre os países da América Latina. No
entanto, com relação ao governo Dilma. O que pode ser visto, diante da ofensiva
conservadora que extrapolou os limites territoriais brasileiros e ganhou grande espaço
em importantes órgãos internacionais.

Em função de tais críticas, André Luis, CONTRI (2014), em “Uma avaliação da


economia brasileira no Governo Dilma”, asseverou que:
“Governo viu-se na necessidade de se defender, tentando mostrar que
a administração macroeconômica estava sob controle. Nesse aspecto,
contou com a avaliação positiva de alguns economistas brasileiros das
mais diversas vertentes teóricas (Belluzzo, 2013a; Bresser-Pereira,
2013; Delfim Netto, 2013, 2013b)”.

Em segundo, quanto ao IDH e combate a pobreza, a nota do Brasil no Índice


de Desenvolvimento Humano da ONU, que era de 0,649 no início dos anos 2000, chegou
a 0,755 indicando uma melhora.

Acerca do indicador de desigualdade, como terceiro ponto analisado,


conhecido pelo nome Gini, também teve uma melhora, nos cálculos do Banco Mundial,
passou de 58,6, em 2002, para 52,9, em 2013 (último dado disponível).

Em quarto lugar, Quanto à questão sobre a Percepção de corrupção, índice


da instituição Transparência Internacional, em 2002, o Brasil ocupava a 45ª posição do
ranking de percepção da corrupção da Transparência Internacional, que incluía análises
de 102 países. Em 2015, passamos para o 76º lugar entre 168 países - o que parece indicar
estagnação.

No quesito educação, sobre o índice: PISA – Educação, em 2000, primeiro ano


em que o Brasil fez parte do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da
OCDE (a organização dos países ricos), o país ficou em último lugar entre 32 nações.

No último relatório, publicado no final de 2013, agora com dados de 65 países


(alguns ricos, como Japão, Suíça e Alemanha, o Brasil ocupou a posição 55 no ranking de
leitura, 58 no de matemática e 59 no de ciências. Ou seja, comparativamente avançou
em relação ao 2000, ainda que pouco.

Já quanto ao sexto elemento estudado, Ambiente para negócios, a questão


do ambiente para os negócios é outra área em que os especialistas veem certa
estagnação como saldo dos 13 anos do governo petista - com deterioração na gestão
Dilma.
Alguns índices internacionais parecem corroborar essa percepção. Em 2002,
o país ficou no 46º lugar entre 80 países no ranking de competitividade global calculado
pelo World Economic Forum (WEF), que considera dados sobre as condições de se fazer
negócio pelo mundo.

Em 2015, ocupou a 75ª posição entre 140 países, após cair 18 posições em
um ano em função de problemas como o aumento da pressão inflacionária, a alta da
percepção de corrupção e a deterioração da confiança em instituições. Foi a pior
classificação do país desde que o índice de competitividade global foi criado, nos anos 90.

. Com isso, podemos concluir que, apesar de pequenas alterações, a


política de Dilma Rousseff em grande medida reflete uma continuidade com relação
à política praticada pelo ex-Presidente Lula, ou mesmo, um governo que colheu o que
havia sido plantado na gestão petista anterior.

BIBLIOGRAFIA

GIANINI, Luisa Pereira da Rocha. A Política Externa Brasileira: uma análise comparativa
entre os governos Lula e Dilma. Disponível:
https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RIUCB/article/view/5463, acessado em
13/03/2018.

COSTAS, Ruth. O legado dos 13 anos do PT no poder em seis indicadores internacionais.


Disponível em:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/05/160505_legado_pt_ru, acessado
em 13/03/2018.

CONTRI, André Luis. Uma avaliação da economia brasileira no Governo Dilma. Indic. Econ.
FEE, Porto Alegre, v. 41, n. 4, p. 9-20, 2014

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