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Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR

Acadêmico: Andrey Afonso Teixeira

Disciplina: Direito Constitucional I

Professor: Diego de Paiva Vasconcelos

Curso: Direito - 2º Período

Data: 13/09/2014

Resenha

O caso Madison v. Marbury foi um evento histórico que ocorreu nos


Estados Unidos tendo início em 1801 e que contribuiu imensamente para o
direito constitucional. Este evento deu início ao uso do controle de
constitucionalidade (verificação se um ato, lei ou normal é constitucional ou
não) no constitucionalismo moderno, ressaltando o princípio da supremacia do
Constituição, a sujeição dos Poderes a ela e revelando a competência que o
Judiciário possui a palavra final na interpretação constitucional, podendo anular
atos considerados inconstitucionais.

Em 1800, o então presidente dos Estados Unidos John Adams e seus


aliados federalistas perderam para os republicanos nas eleições no fim do ano.
Vendo que ficaria sem muitos representantes no legislativo e no executivo,
Adams planejou manter sua influência política através do judiciário. Sendo
assim, antes de seu mandato acabar, este nomeou quarenta e dois juízes de
paz, tendo os nomes confirmados pelo senado na véspera de Thomas
Jefferson assumir a presidência.

Assinados os atos de investidura, Adams encarregou seu Secretário de


Estado, John Marshall, de entregá-los aos nomeados. Como essa tarefa lhe foi
entregue no último dia do mandato de John Adams, Marshall não conseguiu
entregar todos os atos a tempo.

Desse modo, Thomas Jefferson tomou posse e orientou seu então


Secretário de Estado, James Madison, a não entregar o restante dos atos de
investidura. Entre os que não receberam os atos estava William Marbury que
em dezembro de 1801 entra com uma ação junto com a Suprema Corte
Americana para ter reconhecido seu direito de assumir o cargo de juiz. A Corte
decide que de fato Marbury tem o direito de reaver a sua comissão, porém, ela
não tinha competência para obrigar Madison a entregar a comissão.

Com isso, John Marshall, que nesse momento era Presidente da Suprema
Corte, entra em defesa de Marbury e avaliou que a Lei Judiciária de 1789
entrava em conflito com a Constituição e assim levantou a questão de uma
Revisão Judicial. Marshall determinou que era competência do Judiciário
interpretar as leis para aplicá-las e, como a Constituição é a lei máxima do
ordenamento, se há um conflito entre uma lei inferior e a Constituição cabe ao
Judiciário determinar a inconstitucionalidade da lei e anulá-la. Para
fundamentar suas razões, Marshall se utilizou de três argumentos: a
supremacia da constituição sendo ela lei fundamental e suprema de uma
nação, a nulidade da lei que contrarie a constituição dizendo que um ato do
poder legislativo contrário à constituição é nulo e, por fim, que é o poder
judiciário o intérprete final da constituição.

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