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Prof.

º ELISEU MARTINS
AULA 1
HOMILÉTICA
A ARTE DE PREGAR

Email: ministropvh@gmail.com
INTRODUÇÃO 15

A pregação imprime ao cristianismo a forma mais expressiva


para a comunicação do Evangelho de Cristo. Ocupou lugar central no
ministério terrestre de Jesus. Ele se identificou como pregador em
público, quando visitou a sinagoga de Nazaré, ao afirmar que fora
enviado "a pregar boas novas aos pobres ... a proclamar liberdade
aos cativos, ... a anunciar o ano aceitável do Senhor (Lc 4. 16-21).
Jesus foi um pregador itinerante. Seu púlpito?
De vila em vila, de aldeia em aldeia e
de cidade em cidade, o mais glorioso
pregador arrastava após si multidões
de pessoas, eletrizadas por seus
sermões cheios de graça e autoridade
divina. Poder e graça lhe eram
peculiares.
16
Os objetivos da matéria são:

I- Dar ao estudante instrução específica para a construção de


diferentes tipos de sermões;
II- Ajudar ao aluno a preparar a mensagem tendo em conta as
necessidades da congregação (auditório);
III- Ensinar a analisar suas próprias mensagens escritas e
pregadas.
No entanto para que esses objetivos sejam alcançados se faz
necessário a prática, ou seja, que o aluno compreenda que se não
atender as solicitações do professor não poderá aprender, não
podendo assim ser avaliado na parte prática da matéria. E no final
da disciplina deverá apresentar ao menos três sermões, sendo:
a) Textuais. b) Temáticos c) Expositivos.
86
Capítulo 3 - CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES

Introdução
I - O sermão temático
II - O sermão textual
III - O sermão expositivo

INTRODUÇÃO
Quem tem observado o trabalho feito no púlpito
sabe que o sermão pode ser classificado de diversos
modos. É fácil ver que uma boa classificação de
discursos facilitaria bastante o trabalho de compor
sermões. O valor prático de classificar sermões é
bastante óbvio. A variedade é excelente no púlpito. Se o
pregador compõe sempre os seus sermões num só
plano será monótono. Porém, com métodos diversos, há
de haver variedade.
86
Veja-se primeiro a classificação de sermões na
base da estrutura homilética ou do modo de usar o
texto. Dividam-se os sermões em três classes, a
saber: sermões temáticos, textuais e expositivos.
.Osermão temático é aquele cujo assunto é
deduzido do texto, porém, discutido
independentemente dele;
XIV
.O sermão textual é aquele cujo tema é o
próprio texto, e as divisões correspondem às
palavras contidas nele;
.O sermão expositivo é o que faz a exposição
completa de um trecho.
88
I - SERMÃO TEMÁTICO
Neste gênero de sermões o texto proporciona o pensamento para o
XV
assunto, mas depois de estar escolhido o texto já não é a base
principal da análise, sendo as divisões provenientes do assunto
(tema) e não dele (texto). As divisões no sermão textual são
geralmente as palavras ou frases do texto, porém no sermão
temático são as palavras do pregador.

1 - Há vantagens importantes em usar o método temático.


O sermão temático é uma oportunidade de
aperfeiçoamento retórico do discurso maior do que nos outros
métodos. Muitos dos grandes oradores durante todos os séculos
da era cristã têm empregado de preferência o sistema de sermão
temático. A unidade se consegue mais facilmente neste do que
nos outros tipos. O assunto também é mais adaptado, na maioria
dos casos, a análise lógica do texto das Escrituras. Usando este
sistema o pregador se acostuma a pensar (logicamente) e
adquire facilidade na arte de fazer sermões.
QUALQUER ASSUNTO É POSSIVEL TRATAR NESTE TIPO DE SERMÃO.
89
2 - Há perigo no uso do sermão temático.
Quem cultiva muito este sistema à exclusão dos outros
é capaz de afasta-se do uso correto de textos. Chega a
negligenciar a Palavra de Deus, usando o texto só como mera
divisa, negligenciando a exegese completa e exata. O sermão
segue o texto de longe, como Pedro a seu Mestre. Perde o
gosto da exegese das Escrituras, que é a base do sucesso no
púlpito.

90
3 - A natureza do tema.
É necessário que o tema seja claro e expressivo. O tema é
geralmente uma frase do assunto. Ele deve definir a verdade
particular que se quer ensinar no sermão. A clareza da
mensagem depende em grande parte da felicidade em
apresentar bem o tema.
4 - Sugestões sobre o modo de tratar o tema. 91
O modo de dividi-lo dependerá da sua natureza e do fim
prático no sermão. As divisões deviam esgotar o conteúdo mais
possível. É necessário defini-lo no princípio do sermão. Por
exemplo, se o assunto geral é Fé, os temas devem tratar de certas
fases ou relações da Fé. O estilo geralmente é retórico. O pregador
deve cuidar de desenvolver seus argumentos na ordem gradativa

ESBOÇO 1 ESBOÇO 2
ESBOÇO 3 ESBOÇO 4
TEXTO: Ef. 2. 11-14 TEXTO: Jo. 5. 36-39
TEMA: Esperança, Tema: Alguns benefícios do
Características da esperança conhecimento da Palavra de
do cristão.
Deus
INTRODUÇÃO
1- É uma esperança viva – I INTRODUÇÃO
Pedro 1:3 1- Torna a pessoa sábia
2- É uma esperança salvadora para a salvação - II Tim.
– I Tess. 5:8 3:15
3- É uma esperança segura –
Hb. 6:19 2- Nos impede de pecar -
Salmo 119: 11
4- É uma esperança invisível –
Rom. 8:24
3- Produz crescimento
5- É uma esperança bendita – espiritual – I Pedro 2:2
Tito 2:13
6- É uma esperança eterna – 4- Resulta num viver
Tito 3:7 vitorioso – Josué 1:7-8
CONCLUSÃO CONCLUSÃO
II - SERMÃO TEXTUAL
92
O Sermão deste tipo é derivado
diretamente do texto. As suas
divisões correspondem de modo
mais perfeito às frases das

ESBOÇO 1
(João 3:16) - Porque Deus
amou o mundo de tal cláusulas textuais.
maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo
aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida
eterna.

TEXTO: João. 3,16 (I João 4:9) - Nisto se


manifesta o amor de Deus
para conosco: que Deus
enviou seu Filho
unigênito ao mundo, para
1 – Porque Deus amou o mundo de tal maneira que por ele vivamos.

Fonte da salvação / o amor de Deus (I Timóteo 2:5) - Porque há


um só Deus, e um só
Mediador entre Deus e os
homens, Jesus Cristo
2 – Que deu o seu filho unigênito homem.

Meio para a salvação / Jesus Cristo


(Romanos 10:9) - ... e em
teu coração creres que
3 – Para que todo aquele que nele crer Deus o ressuscitou dentre
os mortos, serás salvo.

Condição da salvação / crer


(João 14:2) - Na casa de meu Pai
há muitas moradas; se não fosse
assim, eu vo-lo teria dito. Vou
4 – Não pereça mas tenha a vida eterna preparar-vos lugar.
(João 14:3) - E quando eu for, e vos
preparar lugar, virei outra vez, e
vos levarei para mim mesmo, para

Resultado da salvação / vida eterna


que onde eu estiver estejais vós
também.
ESBOÇO 2
RECEITA PARA A FELICIDADE
TEXTO: SALMO 1
INTRODUÇÃO

•1.1 Bem-aventurado. Uma palavra mais enfática do que "feliz"; ser alguém "bem-
aventurado" é desfrutar do favor e da graça especiais de Deus. Não anda ... não se detém ...
nem se assenta. O homem justo é aqui descrito pelo que ele evita. Há uma progressão para
baixo nos verbos "andar", "deter-se" e "assentar-se".

•1.2 Antes, o seu prazer. O homem justo é descrito como alguém que ama a lei de Deus.
''Lei" pode referir-se a um mandamento específico, mas também à Escritura inteira. A pessoa
justa cresce. mediante uma aceitação obediente das Escrituras, que exprimem a vontade de
Deus.

•1.3 como árvore. Assim como José prosperou no Egito, assim sucederá ao justo. Ele é
comparado a uma árvore viçosa, sempre florescendo porque há água abundante próxima.

•1.4 Os ímpios não são assim. O contraste é forte. Os ímpios são comparados a plantas
mortas e sem raízes. Um sopro de vento os derruba.

CONCLUSÃO
•1.6 o SENHOR conhece o caminho. Os dois caminhos nesta vida são determinados pela
relação do indivíduo com o Senhor. O ideal da retidão tem cumprimento em Jesus Cristo.
96
III - O SERMÃO EXPOSITIVO
Todos os sermões são mais ou
menos expositivos, mas o expositivo
propriamente dito faz exegese às
vezes completa de um trecho sagrado.
Não é mero comentário, mas sim
exegese tecida em todas as partes da
discussão unificada do sermão.
96

1 - O sermão expositivo, quanto à


natureza, não é muito diferente do
textual. Pode tratar dum trecho ou de
uma passagem curta; pode ser uma
série ou um só discurso isolado.
Pode ser uma palavra, às vezes
pode-se tomar uma expressão muito
repetida nas Escrituras e fazer
exposição da sua significação nas
diversas conexões.
2 - Não podemos discutir todas as vantagens 98
do sermão expositivo, podemos, no entanto,
mencionar algumas principais:
 Foi o método dos tempos primitivos. Jesus e os apóstolos deram o
exemplo por fazerem a exposição das Escrituras do Antigo Testamento.
No segundo século, Justino, o Mártir, e outros praticaram-no. No tempo
da Reforma, Lutero, Calvino, Knox e outros recorreram ao sermão
expositivo como meio natural de ensinar a verdade bíblica e combater o
erro.
 O sermão expositivo garante um conhecimento da Palavra de Deus da
parte do pregador e dos ouvintes.
 O sermão expositivo doutrina e edifica a igreja mais rapidamente. Os
membros da igreja ficam estimulados a estudarem mais a Palavra de
Deus mediante a exposição feita pelo seu ministro. Ela é grande benção
ao próprio pregador. Este método traz ao púlpito a variedade
interminável, enriquece a experiência, e toca em muitos temas íntimos e
delicados.
 A interpretação é mais fiel. Não há tanta ocasião para alegorizar. Na
explicação de um verso isolado é mais fácil torcer a significação,
acomodando-a ao assunto. Mas, quando se trata da exposição de um
trecho, não é tão fácil acomodá-lo à interpretação.
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AULA 2
HOMILÉTICA
A ARTE DE PREGAR

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UNIDADE I 17

Capítulo 1 - DEFININDO A HOMILÉTICA

1 Homilética é a ciência que ensina ao pregador como preparar


sermões. De maneira nenhuma tal estudo anulará a
inspiração do Espírito Santo. Ele apenas coloca os
pensamentos inspirados numa ordem tal que facilita a
exposição do sermão. Homilética pode ser definida como a
ciência que ensina os princípios fundamentais do discurso público,
aplicados na proclamação do Evangelho. Em termos mais simples:
homilética é a arte da preparação e comunicação de sermões
A palavra homilética deriva-se do grego:
HOMILETIKE= O ensino em tom familiar
HOMILOS= Multidão
4 termos relacionados HOMILÉO= Conversar
com a homilética HOMÍLIA= Pregação
HOMILÉTICA= A arte de pregar
2
Ligada à homilética aparecem três outros termos muito
relacionados entre si, mas distintos quanto ao significado, que
são:
 Oratória: a oratória é a arte de falar em público de forma
elegante, precisa, fluente e atrativa. Muitos pregadores são O QUE
FALAR

estudiosos, pesquisadores, inteligentes, homens de oração;


mas falhas quanto a elegância e fluência na transmissão da
mensagem divina.
 Eloquência: a eloquência pode ser desenvolvida na teoria e
na prática da oratória. É o dom natural da palavra , FACILIDADE
PARA FALAR

desenvolvido de modo coordenado, coerente e fluente.


 Retórica: é o estudo teórico e prático das regras que
COMO
desenvolvem e aperfeiçoam o talento natural da palavra, FALAR

baseando-se na observação e no raciocínio.


Obs 19
Capítulo 2 – A PREGAÇÃO A Homilética não faz o pregador. Se o
jovem que entra no ministério não tiver
I – O que é pregação compreensão clara da sua tarefa,
pouco conseguirá. A causa do mestre
II – A pregação na igreja primitiva precisa tanto de muitos como de bons
pregadores.
III – Autoridade da pregação
IV – Forças modernas que afetam o resultado da pregação

I – O QUE É A PREGAÇÃO?
Pregação é: um bom método de esclarecer uma ideia e defini-la.
É a transmissão oral da verdade divina com o fim de persuadir. Nesta
definição estão implícitos os seguintes elementos:
3
1. O Método 2. A Matéria 3. O propósito

1 – MÉTODO: é a comunicação oral ou a viva voz. O método oral


exige duas coisas: o pregador e o auditório. A palavra de Deus
fundamenta esta declaração: “Aprouve a Deus salvar os crentes pela
loucura da pregação” 1Co 1.21.
A pregação é uma encarnação pessoal, ou seja, o pregador nesse alto
grau de responsabilidade, transmite a verdade divina por sua própria
personalidade.
20
...MÉTODO:
Aquele que ocupa o púlpito para pregar deve esforçar-se
para transmitir a verdade divina com a maior perfeição a seu
alcance. Para fazer isto é necessário que acerte bem com o ponto
de contato, de modo que crianças, sábios e indoutos entendam-na
bem. A simplicidade e a clareza de estilo na pregação são de
grande proveito

21
É preciso convencer-se de que a pregação é uma
responsabilidade. O dever é estudar seriamente o sermão. O
discurso bem preparado resultará na edificação dos ouvintes. Não
se deve chegar ao púlpito sem ter preparado diligentemente a
mensagem.
21

2 – MATÉRIA: A matéria da pregação é a “verdade divina”. Aqui


está o limite, a extensão e também a autoridade da pregação.
Não se ocupa o púlpito para tratar de todos os assuntos. Um
discurso sobre a circulação do sangue, sobre qualquer assunto
científico, é de grande valor, mas o púlpito é impróprio para isto, se
o objetivo não for para explicar, ilustrar e interpretar a verdade
divina. Discursos no púlpito para demonstrar conhecimento
humano, denuncia falta de entendimento sobre a missão do
pregador. 22
Não é possível o sermão tratar de toda a verdade divina de
uma só vez. Começar o discurso no livro de Gênesis e concluí-lo no
de apocalipse é impróprio. O sermão que passa por muitos terrenos
não cultiva nenhum. O discurso deve versar sobre a verdade das
Escrituras, mas fundamentado em um trecho particular com boa
interpretação e aplicação às necessidades espirituais do auditório.
22

3 – O PROPÓSITO: O propósito da pregação é o de


“persuadir, edificar”. Não é suficiente pronunciar um discurso do
púlpito é preciso ter bem claro este propósito. Não se deve
pregar só para proferir sermões artísticos e mostrar perícia na
apresentação de um sistema de doutrina. O fim da pregação é
ganhar almas para Cristo é edificar a igreja. Não só deve falar
porque tenha que dizer alguma coisa, mas porque tem alguma
coisa que dizer.
Ao pregar, deve manter de modo superior o fim espiritual de
sermão. Podemos usar todas as formas de discursos, mas
sempre lembrar de que o sermão é uma mensagem de Deus ao
homem. O discurso não é sermão só por ser eloquente. O menos
eloquente, às vezes é de maior valia. Paulo , Moisés
Apolo , Arão ?
23
O pregador portanto, deve procurar, acima de tudo, transmitir com
firmeza sua mensagem, contudo há pregadores que cuidam muito em
formar frases bonitas, de períodos distintos e elegantes e reduzem
ao mínimo o pensamento do sermão.

II – A PREGAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA


Não havia templos construídos. Os cultos eram celebrados de casa
em casa, por isso as homilias tinham um cunho muito informal e
familiar. Não existindo ainda o Novo Testamento, os apóstolos
apresentavam a nova doutrina de Cristo, comparando-a com o que
dizia o Antigo Testamento. O Espírito Santo os iluminava acerca das
grandes verdades escondidas e reveladas na obra de cristo.
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AULA 3
HOMILÉTICA
A ARTE DE PREGAR

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III – A AUTORIDADE DA PREGAÇÃO 26

O pregador, pela natureza do seu trabalho, precisa saber quem lhe dá


autoridade para se apresentar ao público e introduzir reformas
sociais, chamar o povo ao arrependimento, organizar igrejas e
efetuar completa transformação religiosa, social, econômica e até
política.

IV - A IMPORTÂNCIA DA PREGAÇÃO
O método de propaganda por excelência do cristianismo é a
pregação, cujo auge é atingir os confins do mundo.
a) A pregação na história: Desde o início, o cristianismo tem usado a
pregação como o método mais eficaz. O evangelho foi pregado antes
de ser escrito. A causa de Cristo nos tempos apostólicos se expandiu
pela pregação da palavra de Deus. Paulo, Pedro, e demais apóstolos usavam a
pregação, assim como os missionários que
Obs. vieram depois deles, até o nossos dias.
27
A pregação é mais importante que a palavra impressa para o
desenvolvimento do cristianismo. Reconhecemos que a página
impressa é um fator poderoso para o bem, mas quando o orador
com o coração cheio da Graça divina e do poder do Espírito Santo se
impõe ao ouvinte, o resultado é imediato. A palavra falada produz
mais efeito que a escrita. Ainda que a impressa seja de grande poder
no mundo a pregação é a mais poderosa. Porque?
b) A pregação e o trabalho pastoral: o
evangelho pessoa é uma força
importantíssima no desenvolvimento da causa.
O pastor nos lares tem muita oportunidade,
pois chega a conhecer as condições íntimas da
vida familiar e pode depois adaptar a sua
mensagem às necessidades de cada pessoa.
V - FORÇAS MODERNAS QUE AFETAM OS RESULTADOS DA PREGAÇÃO 29

A pregação é uma força na vida do povo sob o ponto de vista


intelectual, moral ou espiritual. Há porém forças que operam ao
mesmo tempo antagonicamente. Vejamos algumas delas:
a) Literatura: A literatura é uma forma intelectual que muitas
vezes se opõe a pregação. Existe atualmente uma literatura que foi
produzida em grande parte sob influência estranha e contrária ao
evangelho.
Os livros mais procurados pela
mocidade seduzem e não elevam
moralmente. E a cada dia é
difundido em escolas, com apoio
do poder público e literaturas
que apoiam e ensinam o
homossexualismo sob o disfarce
do “respeito aos semelhantes”.
b) Televisão: Outra força que se apresenta influindo 29

poderosamente no povo em toda a parte é a televisão. Atração


fundamental dessa instituição
que tanto subverte
a moral da mocidade são as
novelas que a cada dia expõe
cenas explicitas de sexo e
paulatinamente vem
difundindo o
homossexualismo como algo
bom e normal. Além das novelas a
temática geral dos programas de TV é
apelativa.
c) Religiões e movimentos com aparência de cristãos: 30

O pregoeiro do Evangelho há de encarar diversas forças religiosas.


As religiões que misturam fé e amuletos crescem assustadoramente,
movimentando um “mercado da
fé” que se criou com a falsa
“teologia da prosperidade”. É
lamentável a situação de muitas
igrejas e movimentos que
professam o nome de Cristo,
mas pouco se preocupam com
as verdades bíblicas. Rituais realizados
dentro de templos que se professam
evangélicos que mais parecem rituais de
magias.
IDOLATRIA
31
O pregador precisa estar preparado para confrontar à luz
das sagradas escrituras tais prática e pronto para tratar das
pessoas que saem dessas igrejas feridas e doentes espiritualmente.
A melhor arma para combater o erro é a pregação da palavra. Onde a
luz entra, as trevas desaparecem Atacar os antagonistas é provocar
antipática a muita gente. (Obs. Sabedoria)
d) Espírito materialista: uma força que hoje vai transformando
as populações e exige adaptação do sermão é o espírito materialista.
As invenções e descobertas do século passado estão produzindo vida
social completamente diferente. hedonismo; dedicação ao prazer como estilo de vida
31
As invenções têm levado o homem a pensar mais na vida
presente com seus trabalhos e prazeres. Disso tem surgido um
espírito mundano que ameaça o futuro do desenvolvimento
espiritual da humanidade. É necessário que os pregadores estudem
como adaptarem suas mensagem para enfrentar esses perigos.

e) Forças Econômicas: As mudanças no mercado obrigam as


mulheres a assumir postos de trabalho. Tarefa antes assumida pelos
homens. Aparentemente parece uma evolução positiva, mas deve
ser vista com reservas, pois a
ausência dos dois, pai e mãe no lar,
enfraquece a família e pode trazer
problemas à educação dos filhos.
Precisamos nos atentar também com competitividade no mercado que
pode contribuir para que cristãos a assumam posturas egoístas e
levianas com o intuito que ganhar espaço no mercado financeiro.
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AULA 4
HOMILÉTICA
A ARTE DE PREGAR

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Capítulo 3: O DESENVOLVIMENTO NA ARTE DA EXPRESSÃO 32

I – A arte de expressão
II – O desenvolvimento do
Raciocínio
III – O aprimoramento dos
conhecimentos gerais
IV – O desenvolvimento da
vida espiritual

Uma das funções da Homilética é propiciar ao pregador maior


habilidade na fala, isto é, na arte de expressar o que sente e o que
sabe. É fato que nem todos possuem o dom natural da palavra, mas
aquele que aspira ou exerce o ministério da palavra deve buscar
aprimorar a sua capacidade de expressão. Mas isto só será possível
se estiver disposto a pagar o preço exigido: perseverança e
exercício contínuo.
32
O sucesso do pregador depende não só de oração, e estudo
frequente das Escrituras, mas também, de sua fidelidade em
continuamente melhorar sua capacidade de expressar a palavra de
Deus. A comunicação clara é indispensável ao bom desempenho do
ministério. O pregador que se expressa mal não terá quem o ouça por
muito tempo, enquanto que o que tem maior facilidade de expressão,
será melhor ouvido.
I – A ARTE DE EXPRESSÃO
A voz constitui o principal veículo da comunicação
verbal. É o som ou conjunto de sons produzidos pela vibração das
cordas vocais, sob a ação do ar vindo dos pulmões. A voz é como a
música, pode ser educada e manejada, para que os sons saiam livres e
agradáveis, dispensando os gritos, afetações e exageros.
II – O DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO 33

O segredo do sucesso de uma pregação está no fato


do pregador se colocar como um canal sob a
influência e unção do Espírito Santo, e saber manter
esta unção, sem se deixar vencer pelos impulsos
emocionais.

O pregador não deve equivocar-se entre a A pregação pensada, raciocinada e


razão e a emoção, mas deve dosá-las em ponderada previamente sob a inspiração
seu sermão, para que haja resultados do Espírito Santo, terá uma aplicação mais
positivos. Um pregador desequilibrado sólida e compreensível. Já uma pregação
emocionalmente, num momento de grande de última hora, os pensamentos são
inspiração num sermão, pode levá-lo a normalmente vazios e incompletos, pois se
perder-se quando ao objetivo de sua baseiam em recursos instantâneos que a
pregação. emoção oferece.
III – O APRIMORAMENTO DOS CONHECIMENTOS 34
GERAIS
A Bíblia incentiva à busca de conhecimentos
gerais quando diz: “Feliz o homem que acha
sabedoria, e o homem que adquire conhecimento.” (Pv
3.13).
Tanto a preparação como a exposição do
mesmo dependem em parte do grau de conhecimento
do pregador. Os conhecimentos são a principal razão
de um sermão; são como a carne que dão forma ao
corpo dum sermão, enquanto que a unção do Espírito
Santo é a vida desse corpo. Pedro ensinou que deve
haver equiparação entre graça e conhecimento,
quando diz: “ Crescei na graça e conhecimento de
nosso Senhor Jesus Cristo.” ( 2Pe 3.18).
35
A Homilética apresenta as regras técnicas de
como o pregador poderá tirar proveito dos conhecimentos
tanto bíblicos, como extra-bíblicos, ordenando os pensamentos
e dosando-os com a graça divina. Destacaremos aqui a
observação, a consulta e a discussão.

•Observação: É quando colhemos


impressões do que se passa em nosso
redor. O pregador deve estar sempre
atento às várias coisas e fatos
externos, para tirar lições e idéias
surgidas. O hábito de anotar as
observações feitas, dará ao pregador
condições de enriquecer seus sermões
com o resultado dessas observações
feitas em casa, na rua, na igreja,
viajando, etc.
•Consulta: 36

é um método eficaz no
aprimoramento dos
conhecimentos. Uma
palavra, uma ideia ou um
assunto qualquer, pode
nos levar aos livros de
pesquisa.
•Discussão:
é outra forma de buscar
conhecimento. O resultado
das observações e
consultas feitas poderá ser
levado a discussão no
“estudo em grupos”.
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36

IV - O DESENVOLVIMENTO DA VIDA
ESPIRITUAL

Não pode haver verdadeiro sucesso na


pregação sem o cultivo de uma vida espiritual
dinâmica.
Não basta conhecer as regras de
Homilética, saber fazer um esboço de pregação,
nem tampouco ter facilidade de expressão, nem
demonstrar grandes conhecimentos
intelectuais, sem uma vida de consagração a
Deus.
45
IV – QUALIFICAÇÕES NECESSÁRIAS A
PERSONALIDADE DO BOM PREGADOR
a) Vida espiritual abundante: A regeneração é
fundamental na experiência do pregador. De todas as
qualificações necessárias, as espirituais são as mais
importantes. A experiência de regeneração é a fonte e
o começo da vida espiritual. Os momentos da visão
celestial no caminho de Damasco foram os mais
memoráveis na vida do apóstolo Paulo. Essa
experiência deu a sua teologia, a base experimental
da sua pregação, a inspiração para uma vida de
serviço heroico em prol da causa do Senhor a quem o
pregador, mas dispensa a piedade genuína, que nasce
experiência real de Deus na regeneração.
b) Homem de fé: 45

o seu fim é produzir vida


espiritual. Quem não c) Homem de Oração:
É indiscutível que deve ser um
nascer espiritualmente homem de oração. É
não pode produzir vida fundamental manter contato
espiritual em outros. Só e com o dono da obra, pois esta
unicamente a vida pode relação é essencial ao trabalho.
produzir vida. A direção do Espírito Santo ele
obtém de Deus. A
espiritualidade se cultiva
mediante a oração habitual, e o
exercício da palavra.
45
V – QUALIFICAÇÕES DE UM BOM CARÁTER Sem caráter?

O caráter é que revela a vida espiritual, as virtudes cristãs


que tornam o pregador útil, sem o qual ele será um escândalo para
a fé e ignomínia para o ministério.

a) Piedade: A palavra “piedade” vem do latim pietate, que significa devoção à


Deus, retidão, amor e respeito pelas coisas sagradas; dó, comiseração,
sentimento inspirado pelos males alheios e que nos move a remediá-los ou
mitigá-los.

b) Devoção: é uma palavra que vem do latim devotione. Significa sentimento


religioso; observância das práticas religiosas; dedicação. O pregador que leva
a sério sua missão de mensageiro das boas novas do Evangelho, se colocar à
disposição de Deus para o seu controle e direção. Isto é devoção. O mero
profissionalismo no ministério cristão torna o pregador presunçoso e
irreverente.
47
c) Sinceridade: É a sua característica fundamental. O amor seja não
fingido. O homem sincero é invariável. A para todos demonstra constância
nos posicionamentos e atitudes. A sua franqueza não é brutal, mas leal. A
sua atitude para com a verdade é de mente aberta para com o povo e de
fronte descoberta.

d) Humildade: Um dos principais perigos do jovem ministro e o de se


tornar egoísta, cheio de vento e presunçoso. A tentação acompanha o
sucesso. O sermão elogiado pelos ouvintes pode cultivar a vaidade e levá-lo a
buscar aplausos dos ouvintes e não a aprovação de Deus. Certo escritor
disse: “Um pouco de instrução e coisa perigosa”. O egoísmo é característica
de quem sabe pouco. Quem se abastece na fonte da sabedoria aprende a ser
humilde. Jesus deixou o exemplo de que a característica fundamental do
verdadeiro crente é a humildade.
e) Honestidade: Uma das coisas que mais recomendam o pregador 48

é o seu modo escrupuloso de tratar as suas finanças. É dever ser zeloso para
pagar tudo o que deve, com prontidão. Qualquer falta de cumprimento das
suas obrigações financeiras desprestigiará seu ministério diante do público.
Alguns quando perseguidos pelos credores em um lugar fogem para outro,
mas a sua má reputação geralmente vai adiante dele.

f) Otimismo: O pregador precisa ser otimista. O pessimista nunca


conseguiu grandes coisas em nenhuma vocação. O ministro necessita ser
homem alegre e cheio de esperança. O seu trabalho gera espírito de
otimismo.

g) Seriedade: A seriedade é o oposto do espírito leviano. O humor é boa


qualidade na vida do pregador sendo empregado nas horas próprias e com a
devida moderação. Mas certa gravidade digna atrai a confiança dos que
procuram os seus serviços ministeriais.
Esperar em DEUS 49

i) Paciência: Paciência significa ficar debaixo da carga. Paciente é quem


fica debaixo da carga. Às vezes a carga torna-se bastante pesada, mas é
preciso aguentar o peso. Os trabalhos são difíceis e muitos problemas
surgem e pode levar o ministro a pensar em fugir para outro lugar e deixar
os problemas sem resolução. O sábio permanecerá no mesmo lugar até
vencer os obstáculos. É freqüente o evangelista querer mudar de lugar e
pastores mudarem de pastorado. Mas o melhor modo de progredir na causa é
pela permanência no mesmo local durante alguns anos. Qualquer obra de
valor levará bastante tempo para se edificar.
Prof.º ELISEU MARTINS
AULA 6
HOMILÉTICA
A ARTE DE PREGAR

Email: ministropvh@gmail.com
Capítulo 5: A CONSTRUÇÃO DO SERMÃO 50

I – A faculdade criadora
II – Acúmulo de materiais
III – Originalidade
IV – Explicação
V – Argumento
VI – Ilustração
VII – Aplicação

Há diversos elementos, métodos e meios que se empregam para construir


o sermão. Quando o pregador fala deve dizer alguma coisa. A mensagem precisa
edificar os ouvintes. Para isto é necessário que ele escolha certos elementos e
construa o sermão segundo bons métodos. A seguir estudaremos alguns meios
úteis na edificação dos Sermões.
I – FACULDADE CRIADORA 50

A faculdade inventiva ou criadora difere em cada pessoa, mas pode ser


cultivada. Há três passos importantes no seu uso:
a) A aquisição de matéria
b) A atividade de refletir
c) O exercício de inventar novas combinações dos pensamentos.
O pregador deve criar pensamentos, antes que palavras. O discurso
não pode ser composto só de palavras, mesmo que sejam as mais belas que
haja.
Quando refletindo ou meditando, deve tomar nota dos pensamentos
que lhe vêm à mente. Quem prega deve ser criador de novos pensamentos
e aproveitar para isto todas as oportunidades. Se escolher o assunto ou
texto com bastante tempo, pode ir pensado nele, mesmo viajando ou
trabalhando. O essencial é usar a faculdade inventiva para arrumar bons e
originais pensamentos para o sermão. Depois de adquirir esse hábito, o
exercício se tornará produtivo e agradável.
II – ACÚMULO DE MATERIAIS 50

Na experiência, o pregador
descobre que os pensamentos dos seus
sermões em grande parte provêm de
materiais já acumulados. Não vem da
invenção. O sermão é composto dos
LEITURA
pensamentos adquiridos desde a  Bíblia
infância e representa acúmulo de  História da igreja
 Teologia
materiais de muitos anos. Convém que  Bons dicionários
 Chaves bíblicas
trate seriamente de acumular um  Concordância bíblica
 Usos e costumes dos
montão de materiais bons para que tempos bíblicos
sejam utilizados em qualquer momento
OBSERVAÇÃO
na edificação do sermão. Tudo o que acontece
a nossa volta.
III – ORIGINALIDADE 51

O homem que pensa por si mesmo é original. Os seus


pensamentos podiam ter sido expressos centenas de vezes
antes, mas se ele está reproduzindo simplesmente, o seu
pensamento é relativamente original. Verdade é que no
mundo de ideias pouco há que já não tenha sido pensado.
O homem que pensa que para ser original deve deixar de
examinar os pensamentos de outros não aumentará os seus
próprios. Pensam que para serem originais, precisam sair
da ortodoxia e pregar doutrina muito diferente. Esse
propósito de originalidade muitas vezes leva o pregador ao
campo da heresia.
A originalidade é desejável porque ajuda a pensar, e faz o
discurso mais atraente, muito mais vivo, mais efetivo.
Capítulo 6 – AS PARTES DO SERMÃO 60
I – Introdução do sermão
II – A discussão do tema ou corpo do sermão
III – A conclusão do sermão

I – INTRODUÇÃO DO SERMÃO
Finalidade da introdução
1. As fontes de introdução
2. Características de uma boa introdução
1- Finalidade da
Raras vezes se pode Introdução:
dispensar a introdução em A finalidade principal da
parte introdutória do
um sermão. Geralmente ela é
discurso é preparar a
a parte essencial e muito mente do ouvinte para
importante. receber a mensagem do
mensageiro...
60
2 – As fontes da introdução: Há diversas fontes, das quais
apresentaremos as seguintes:
A) O texto: Pode-se começar o sermão com alguma
explicação do texto ou contexto. Às vezes uma
referência ao autor das palavras lidas constitui boa
introdução.

b) O assunto: O assunto da pregação as vezes proporciona material


para a introdução. O pregador pode explicar as vantagens em
considerar o assunto ou sugerir o fim prático do sermão.

C) A ocasião: É por exemplo, o fato de ser evidenciado como por


exemplo, quando se faz um sermão de aniversário, pode referir-se na
ocasião a alguma circunstância do aniversário, ou seja, é o momento
histórico o que decide a introdução.
61
3 – Características de uma boa introdução:
Vamos mencionar as seguintes qualidades:
a) Simplicidade: simples e ter relação íntima com o texto e tema
do sermão.
b) Unidade: Não deve haver uma introdução da introdução.
c) Brevidade: A introdução demasiadamente elaborada mata o
sermão.
d) Naturalidade: O estilo não pode ser muito ornado, pelo contrário
simples e claro.
e) Modéstia: A impressão egoísta no exórdio do sermão mata o
efeito de todo o discurso e cria antipatia ao pregador. Ele deve
evitar referência própria na introdução do sermão.
f) Sugestiva: Um bom pensamento, narrativa interessante,
descrição bem feita, são elementos aproveitáveis para estimular a
imaginação.
Prof.º ELISEU MARTINS
AULA 7
HOMILÉTICA
A ARTE DE PREGAR

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62
II – A DISCUSSÃO DO TEMA OU CORPO DO SERMÃO
1 – Necessidade de um plano
2 – Modo de formular o tema
3 – As divisões do corpo do sermão

O corpo do sermão, que Argumento


segue a introdução e precede a
XII conclusão, chama-se o
argumento, o desenvolvimento
do assunto ou a discussão do
tema.
1- Necessidade de um plano:
O desenvolvimento do assunto
deve ser feito segundo um
plano definitivo. Um sermão
sem plano é corpo sem
esqueleto.
62
2 - O modo de formular o tema: O tema do sermão formulado
logicamente ou retoricamente constituirá o inicio da discussão. A
forma lógica é ilustrada neste tema: “A religião produz a
piedade”. A forma retórica seria assim: “Os prazeres da piedade”.
Deve-se variar de quando em quando a forma do tema, ainda
que se prefira uma ou outra.
A forma interrogativa, é uma espécie de gênero lógico: “Quais
são as evidencias de piedade” é um exemplo desta forma. A
formulação revela muita vez a qualidade do sermão que segue.
3 – Divisões do corpo do sermão:
As vantagens em dividir-se o sermão:
1º - Para o pregador: O sistema facilita o trabalho de
composição. É mais fácil conseguir o movimento e progresso
nos pensamentos por esse meio. O pregador vai de um a outro
passa consecutivamente, cada divisão tende um pensamento
diferente dos que precedem. Elas conseguem a ordem lógica e a
clareza nos pensamentos.
63
2º - Para os ouvintes:
a) É mais fácil lembrar-se dos pontos do discurso quando
há bom esboço.
b) Quando o ouvinte está cansado e distraído no meio do
discurso a apresentação de novo ponto sempre prende
mais a sua atenção.
c) O pregador que organiza o sermão com divisões bem
feitas, facilita a compreensão o ouvinte, habilitando-o a
seguir o fio do pensamento até o fim.
3º - O número de divisões: O numero de divisões será
conforme as necessidades do caso. Não há regra geral. O
número regular é três. Com este número atinge-se a
variedade sem oprimir a memória nem distrair a atenção
demasiadamente. Três divisões estabelecem o movimento
gradativo. Parece que este número é mais aceitável aos
pregadores em geral.
64
III – CONCLUSÃO DO SERMÃO
1 – Importância da conclusão
2 - Características da conclusão
3 - Elementos necessários à boa conclusão

A parte mais frequentemente


negligenciada na composição
da pregação é a conclusão.
Quase ninguém deixa de 65
arranjar mais ou menos a sua 1 – Importância da
introdução, mas muitos Conclusão: É na conclusão
pregadores não tratam da pregação que que
geralmente se faz a
seriamente da conclusão. aplicação da verdade nela
contida.
65
2 – Características da Conclusão:
A conclusão deve ser simples, breve e clara. O coração do pregador precisa falar
aos ouvidos diretamente em linguagem simples. O apelo aos sentimentos,
estimulando à autoridade, tem que ser forte. O estilo melhor é o breve e claro. A
conclusão não deve ser comprida, ainda que o pregador evite prejudicá-la pela
brevidade excessiva.

3 – Elementos necessários a boa conclusão:


a) Um resumo abreviado das doutrinas do sermão torna-se muito útil.
b) A introdução mostra os ouvintes para onde vão; a conclusão, de onde vieram.
Uma vista geral é utilíssima.
c) Outro elemento essencial é a aplicação. A aplicação pode vir tecida em todo o
curso do sermão, mas também pode vir na conclusão
d) O apelo é um elemento essencial. Jesus concluiu os seus discurso com um
apelo à vontade. “Aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica,
assemelha-lo-ei...”. O pregador deve saber alcançar a consciência, porque pela
consciência dos ouvintes, ganhamos ou perdemos.
74
Capítulo 2 - A MENSAGEM DO PREGADOR
Introdução
I - Natureza e uso do texto
II - Escolha do texto
III - Interpretação do texto

O pregador é um homem que tem uma mensagem.


Cada profeta trouxe uma mensagem à humanidade. Deus
revelou alguma fase de sua natureza aos homens por meio
da pregação de cada um dos seus servos.
Cada pregador deve ter uma mensagem própria à sua
personalidade. A individualidade é diferente em cada
homem. O pregador, com sua personalidade em contato
com o Cristo vivo, transmite uma mensagem eficaz à
humanidade.
II - A ESCOLHA DO TEXTO
78
A escolha dos textos para os sermões é
fase das mais importantes do trabalho
do pregador. A felicidade na escolha há
de contribuir para animar tanto a ele
como aos ouvintes.
Há certos princípios e regras que merecem
a atenção na escolha do texto. 79

• A fonte deve ser a Palavra de Deus. Para saber o texto certo é


necessário oração.

• Há certas passagens. Para saber o texto certo é


necessário conhecimento.

• A Escolha deve ser bem distribuída por Nunca despreze a participação


do Espírito Santo em sua
todos os livros da Bíblia. escolha de texto.

Não escolha um texto sem


contexto
• A forma do texto deve ser considerada.

• Não se deve evitar textos por ser muito


conhecido.

• O texto deve ser a base do sermão e não


acomodado a um assunto previamente
escolhido.
81
III - A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
A explicação do conteúdo do texto quanto à
sua significação é parte muito importante da arte
de pregar.

1- É dever interpretar fiel e corretamente o


texto.
Mudar a significação ou acomodar a
interpretação ao assunto é irresponsável. Cada
texto tem a sua própria mensagem. É presunção,
adulterar a mensagem e fazer o texto significar o
que não significa na realidade.
83

2 - Há certas fontes de erro na interpretação,


que mereceram atenção. Notem-se as seguintes:
a) A falta de estudo e compreensão da própria fraseologia do
texto. O pregador deve estudar a sua língua materna de modo
completo, para poder interpretar gramaticalmente a Palavra de Deus.
b) Outra fonte de erros na interpretação é a negligência de
estudo do contexto. A significação do contexto, bem esclarecida,
derrama muita luz sobre o texto. Já criticamos a prática péssima de
isolar textos muitos abreviados, do contexto, usando-os como
simples mote. Um texto assim torna-se mero pretexto para o
pregador, que revela insinceridade no uso da Palavra de Deus.
c) A interpretação alegórica é uma das fontes principais de erro
na explicação do texto. É necessário ter muito cuidado para não
explicar literalmente as figuras, nem retoricamente as passagens
literais.
85
3º - Algumas sugestões para a interpretação do texto.
O fim que se tem em vista na interpretação do texto que se escolhe é
o de chegar ao conhecimento íntimo da significação exata e histórica das
palavras para revelar aos ouvintes. Pode-se usar comentários dicionários
e outros auxiliares para se acertar essa significação, mas a interpretação
deve ser a expressão da própria personalidade e o resultado de estudo e
não a mera interpretação citada. É bom ser original na interpretação da
palavra.
E atentar para as seguintes recomendações:
a) É dever estudar bem o contexto. O texto é parte
integrante de um trecho das Escrituras.
b) Verificar as regras de interpretação no livro de
Hermenêutica Sagrada.
c) Não se deve interpretar o texto sem primeiro pedir
a direção do Espírito Santo. Jesus deu Espírito para
alumiar as nossas mente e nos revelar as coisas divinas.
Não se pode dispensar o auxílio do Espírito na
interpretação.
(Jeremias 17:5) - Assim diz o
(Efésios 4:1) - ROGO-VOS, pois, eu, o preso
SENHOR: Maldito o homem que confia
do Senhor, que andeis como é digno da 81
no homem, e faz da carne o seu
vocação com que fostes chamados,
braço, e aparta o seu coração do
(Efésios 4:2) - Com toda a humildade e
SENHOR!
mansidão, com longanimidade,
suportando-vos uns aos outros em amor,
(Mateus 6:33) - Mas, buscai
primeiro o reino de Deus, e a
sua justiça, e todas estas
Atos 16.31:
Responderam eles: Crê no coisas vos serão
acrescentadas.
Senhor Jesus e serás salvo,
tu e tua casa.
Interpretação popular:
Este texto é interpretado
como uma promessa aos (II Corintios 6:14) - Não vos
que crêem em Jesus: "Tu e
a tua casa
prendais a um jugo desigual com
serão salvos". os infiéis; porque, que sociedade
tem a justiça com a injustiça? E
que comunhão tem a luz com as
trevas?
(Mateus 16:18) - Pois também eu te digo
que tu és Pedro, e sobre esta pedra (Mateus 18:20) - Porque, onde
edificarei a minha igreja, e as portas do estiverem dois ou três reunidos
inferno não prevalecerão contra ela; em meu nome, aí estou eu no meio
deles.
III – DURAÇÃO DA PREGAÇÃO
Um erro dos neófitos é crer que uma Pregação de uma hora ou
mais significa maturidade no Ministério. O Obreiro deve pronunciar
a Mensagem que Deus lhe deu... e logo sentar-se, mesmo que haja
demorado menos de vinte minutos. Um dos Discursos maiores da
história não requereria mais de cinco minutos ou menos. Evitar-se
a repetição de um só ponto para encher o tempo.
Daremos abaixo alguns conselhos quanto À duração da
Mensagem, principalmente aos iniciantes ou que não possuem
certa estabilidade no assunto:
 A Mensagem deve ser curta e Dinâmica;
 Para começar podes falar cinco ou dez minutos;
 Quanto tiveres mais prática podes falar vinte ou até trinta
minutos;
 Nunca fale tudo o que sabes numa só vez. Lembra-te: é melhor
um prego bem pregado do que dez que se entortam.
 Por Regra geral o Sermão deve durar de vinte e cinco a quarenta
minutos.
Capítulo 2 - NOÇÕES SOBRE COMUNICAÇÃO
ORAL
Comunicar vem do Latim “COMUNICARE” que
quer dizer por em comum, no caso da Pregação é
por em comum aos que nos ouvem o assunto da
nossa Pregação. Eis alguns elementos importantes
na Comunicação Oral:
TRANSMISSOR — Aquele que transmite (O PREGADOR)
RECEPTOR — Aquele que recebe (O AUDITÓRIO)
MENSAGEM — O que temos a transmitir (O EVANGELHO)
CANAL / MEIO — Recurso usado na Transmissão (A VOZ)

I – A VOZ E A FALA
A Voz é a emissão dos sons vocálicos que
emitimos para expressar a nossa mensagem
falada. A Voz é o grande instrumento do Pregador.
Na constituição física do homem o mais importante
para a Pregação é A VOZ. Fala é a mensagem, a
palavra, as frases etc.
XVII FUNÇÃO FÁTICA
V - ADVERTÊNCIAS QUANTO À POSTURA EM
PÚBLICO
 Evitar encostar ou deitar sobre o Púlpito;
 Não fazer barulho com os pés;
 Não falar com as mãos nos bolsos;
 Não cuspir no chão, sempre é bom ter um lenço;
 Não fique mexendo na gravata, ou brincando com
outro objeto qualquer;
 Não proceda de maneira espalhafatosa, (dar socos,
etc);
IXX Observe sua Aparência Pessoal (roupa, cabelos, etc),
antes de subir ao Púlpito ou tribuna, e nunca na
Apresentação
Capítulo 5 - CONSELHOS PRÁTICOS À VIDA DO PREGADOR

 O Pregador deve ser sempre dirigido pelo Espírito do Senhor em


todos os setores e circunstâncias de sua vida cotidiana. Negócios
limpos, vida piedosa e íntima comunhão com Deus — pois “Primeiro
ele deve falar com Deus a respeito dos homens para depois falar com
os homens a respeito de Deus”.
 Deve sempre falar aquilo que conhece por experiência ou tenha
convicção que é verdade para não acontecer de semear joio. Lembre-
se “O bom pregador vive aquilo que prega e prega aquilo que vive”
(Tg 2.12).
 Em todas as experiências da vida deve aproveitar o máximo de
material necessário para ilustrar suas Mensagens, desde que venha
trazer edificação e bons resultados e não coisas infrutíferas. Nunca
esquecer que “Pelas nossas palavras poderemos ser julgados e até
condenados”, tanto pelo julgamento humano como pelo Juízo Divino.
 GUARDEMOS ISTO: “PODEMOS FALAR O QUE QUIZER, PARA QUEM
QUISER, PORÉM DEVEMOS SABER; COMO FALAR, PORQUE FALAR
E QUANDO FALAR”.
Vantagens da pregação expositiva.
 A PREGAÇÃO EXPOSITIVA RESOLVE ALGUNS PROBLEMAS.

1 - Liberalismo Uso exclusivo da razão.


2 - Sincretismo Origens: pajelança, catolicismo, espiritismo.
3 - Ortodoxia morta Tradições mortas
4 - Superficialidade Sopa rala dada ao povo
 SINTETIZAR A MENSAGEM EM TRÊS VERBOS.
a) Ler o texto
b) Explicar o texto
c) Aplicar o texto
 VANTAGENS.
I- Você não se projeta, mas projeta a palavra de DEUS.
II- Você economiza um grande tempo em escolher o que pregar.
III- Evita que você pregue sermão carapuça.
Jeremias 17-5

Vídeo do pastor que adulterou


Pronto?!

Pois bem, quando faço esse pedido para meus alunos as respostas mais comuns são: Todas as coisas, todas as demais coisas. Qual foi a sua resposta?

Essa é uma típica passagem bíblica em que as palavras que a compõe não são devidamente observadas. No subconsciente da maioria das pessoas o versículo bíblico seria completado com “Todas as coisas ou todas as demais coisas”, resultado exatamente da quantidade de vezes que
ouvimos tal expressão em nosso cultos ou ensinos. Porém, nenhuma dessas expressões apresentadas estão certas, pois, segundo Mt. 6.33 as palavras ausentes são: “todas estas coisas”. Se você acertou, meus parabéns!

Existe muita diferença no sentido do versículo caso os termos sejam alterados?

Sim, e muita diferença. Vejamos:

A partir de Mt. 6.25 Jesus começa a falar acerca dos cuidados e inquietações que afligiam os seus seguidores ( e todos nós cristãos, de uma forma geral). Ele diz:

“Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber, nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?” Mt. 6.25

Cristo, portanto, estava fazendo menção às necessidades básicas de todo o ser humano: Comida, bebida e vestimenta.

Na seqüência, o Mestre demonstra aos seus ouvintes como Deus provê todas estas necessidades, dando exemplos da natureza como as aves do céu e os lírios do campo. Ainda, diz para não andarem preocupados ou inquietos, afinal, o Pai celestial bem sabe de todas as necessidades do
homem (v.32). Exatamente nesse ponto é que Jesus pede para buscarmos primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas seriam acrescentadas.

Assim sendo, a expressão [estas coisas] está se referindo àquilo que Jesus havia dito inicialmente, ou seja, às necessidades básicas e fundamentais de todo ser humano (comida, bebida e vestimenta). Se utilizarmos os termos “Todas as coisas ou todas as demais coisas” estaremos
extrapolando o que a Palavra de Deus diz, dando vazão a expectativas equivocadas. Infelizmente, valendo-se dessa interpretação desvirtuada é que alguns pregadores da prosperidade dizem que se buscarmos o reino de Deus e a sua justiça, todas as demais coisas nos serão dados, dando,
inclusive, exemplo de casas, carros e empregos milionários.

Ora, Jesus foi enfático. Ele se ateve às necessidades básicas do homem. Ele não nos prometeu mais do que isso. Agora, se Deus (pode) nos abençoar além dessas necessidades, aí é outra história. Ele é poderoso. Ele é o Criador. Entanto, não está obrigado a nos servir como se fosse o mágico
da lâmpada, que segundo o conto, concede desejos a todos quanto a encontrarem.

Para corroborar essa verdade bíblica, lanço mão das palavras de Paulo:

“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” Filipenses 4.19

Veja-se bem, Paulo também está falando sobre necessidades.

Na área jurídica, especificamente no Direito Civil, existe uma distinção entre benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias, que pode servir como parâmetro para nossa análise.

Benfeitorias são obras realizadas pelos homem com o propósito de conservar (necessária), melhorar (útil) ou embelezar (voluptuárias) a coisa principal.

Portanto, ações necessárias são aquelas empreendidas com o objetivo de não deixar que a coisa vem a deteriorar ou perecer. Em referência ao homem, Deus nos dá as condições necessárias para a nossa vivência, as quais representam-se pela comida, bebida e vestimenta.

Ações úteis são aquelas que ajudam ou facilitam o uso da coisa. Aplicando-se ao homem, um exemplo de utilidade seria o carro, que facilita sua locomoção e o “auxilia” nos trabalhos cotidianos. E as voluptuárias são ações para dar embelezamento na coisa principal, como exemplo, cite-se
um relógio rolex ou uma gravata italiana caríssima.
6-II Coríntios 3: 17
Ora o Senhor é Espirito; e onde está o Espírito do Senhor
aí há liberdade.
Muitos se equivocam na interpretação desse versículo para
justificarem a sua falta de reverencia nas reuniões nas igrejas,
erram quando tiram o sentido real do texto quando pensam
que a liberdade que é citada se refere a forma de adoração
mas não é essa liberdade e sim a liberdade espiritual que o
Espirito de Deus traz ao individuo que se arrepende e
confessa Jesus como seu único e suficiente salvador, por isso
há liberdade nesse pessoa ela não esta mais presa ao
pecado, e também vemos em várias passagens da bíblia
exigência de ordem e decência no culto por exemplo em I Co
14:40 , Ec 5:1, portanto fica claro que os que os
que interpretam este versículo de outra forma e isolado estão
errados.
Aplicação
Esquema de Título e Objeto com
Gráfico

Série 1 Série 2 Série 3

5
4,4 4,5
4,3

3,5
3
2,8
2,4 2,5
2 2
1,8

CATEGORIA 1 CATEGORIA 2 CATEGORIA 3 CATEGORIA 4


Esquema de Conteúdo Duplo com
Tabela
• Primeira marca aqui
• Segunda marca aqui Classe Grupo A Grupo B

• Terceira marca aqui Classe 1 82 95

Classe 2 76 88

Classe 3 84 90
Esquema de Conteúdo Duplo com
SmartArt
• Primeira marca aqui
• Segunda marca aqui

Grupo • Terceira marca aqui

Grupo Grupo
C B
Adicionar um Diapositivo
de Título – 1
Adicionar um Diapositivo de Título – 2
Adicionar um Diapositivo de Título – 3
Adicionar um
Diapositivo
de Título – 4
Adicionar um
Diapositivo
de Título – 5
Adicionar um
Diapositivo de
Título – 6

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