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14 de Janeiro de 2018

O que fazer quando a vida não sai como planejamos.


2Reis 6.1-7
Iniciando a Jornada.
Boa noite a todos, graça e paz aos irmãos! O tema da palavra que quero compartilhar com vocês hoje é:
“O que fazer quando a vida não sai como planejamos”. Você já se deu conta que algumas vezes em
nossa vida por mais que nós tenhamos planejado, nos empenhamos em dar o nosso melhor, empreendemos
todas as nossas forças, estejamos munidos das melhores intenções, algumas coisas não sai como planejamos?
Algumas vezes as coisas dão erradas em nossa vida.
Ao longo da vida é comum traçar vários planos e metas para o nosso futuro e perseguirmos com todas as
nossas forças, mas muitas vezes as coisas não dão certo. Por mais que nos esforcemos, e devemos nos esforçar,
é fato que determinados alvos, projetos, metas, sonhos desejados simplesmente não ocorrem. E a grande
questão é o que fazer quando a vida não sai como planejamos?
O que fazer quando não temos o emprego que sonhamos, não casamos com a pessoa que idealizamos,
não conquistamos aquilo que tanto almejamos? Um fato da vida que não podemos ignorar é que nem sempre as
situações e as circunstâncias da nossa trajetória colaboram para que as previsões aconteçam conforme o
planejado. E aí chega um momento crucial de crise, de repensar as próprias decisões ou simplesmente de
avaliação. Em que a sensação de derrota e a frustração se tornam difícil de suportar. Pior, esse sentimento pode
paralisar a concretização de novos desejos.
O que fazer diante desta realidade? O texto que lemos nesta noite nos ensina algumas atitudes que
precisamos ter para lidar com realidade que a nossa vida às vezes não sai como planejamos. A história que
lemos nesta noite é de alguém que fazia parte de um grande projeto, mas que no meio do percurso as coisas não
saíram como o planejado.
O contexto da nossa história é de um dos milagres realizados pelo profeta Eliseu, discípulo do profeta
Elias. Eliseu dirigia algumas escolas de profetas. A Bíblia nos informa pelo menos de três dessas escolas sobre
a sua supervisão: em Gilgal (2Rs 2.1), em Betel (2Rs 2.3) e em Jericó (2Rs 2.5). O seu ministério acadêmico
estava sendo grandemente abençoado pelo Senhor e uma dessas suas instituições começava a experimentar um
crescimento expressivo, diria até, contagiante. Eliseu e seus discípulos estavam vivendo dias memoráveis: havia
sede pelo aprendizado e pela pregação da lei do Senhor, pois a escola crescia e o lugar ficava “pequeno
demais”: “Os discípulos dos profetas disseram a Eliseu: “Como vês, o lugar onde nos reunimos
contigo é pequeno demais para nós”. v.1 NVI
Foi aí que eles decidiram expandir, planejaram construir: “Por que não vamos ao rio Jordão? Lá
cada um de nós poderá cortar um tronco para construirmos ali um lugar de reuniões". Eliseu disse:
"Podem ir"...” v.2 Todos se dispuseram e começaram a trabalhar duro, com disposição e desprendimento:
A verdade sobre o nosso sucesso.
É interessante que esse texto apenas não ensina como lidar com a vida quando ela não sai como nós
planejamos, mas também nos ensina algumas verdades sobre o sucesso em nossa vida. E a primeira coisa que
aprendemos é que O nosso sucesso de hoje é resultado do investimento de outros em nós ontem.
Eliseu desfrutava de um ótimo momento no seu oficio de profeta, mas, para isso Elias pagou um preço
muito alto. Uma coisa era ser profeta no tempo de Eliseu, outra bem diferente, era ser profeta no tempo de
Elias. Na época de Elias ser profeta era algo criminoso, clandestino, arriscado, solitário. Era uma vida sobre
pressão, escassez. É só observar a história da vida de Elias para se constatar isso (1Rs.17-2Rs.2).
Mas, assim mesmo, a instituição prosseguiu. Agora, sob a liderança de Eliseu, o sucessor de Elias, a
profecia era uma atividade livre e a cada dia chegavam mais alunos. O espaço disponível não mais comportava
tantos estudantes. E é preciso construir mais salas num local mais apropriado, não num lugar escondido, mas às
margens conhecidas do rio Jordão. Eliseu desfruta de um tempo de grande sucesso e feitos extraordinários.
Mas, todo esse sucesso não era mérito somente dele.

Pib Comodoro/MT
14 de Janeiro de 2018

Alguém antes dele teve que pagar um preço enorme, teve que fazer sacrifícios, chorar para que outros
pudessem rir, passar apertos para que outros pudessem desfrutar de abundância, morrer para que outros
pudessem viver.
Na nossa história também é assim. Hoje muitas de nossas vitórias são frutos do investimento de outros.
Você já parou para pensar nos sacrifícios, no preço que outros pagaram para que você pudesse ter a
oportunidade de estudar, ter a sua profissão, aproveitar a oportunidade que você teve que te levou a ser o
sucesso que você é hoje, ou te levar aonde você chegou.
As suas vitórias, as suas realizações, as suas conquistas não são apenas resultados de suas habilidades,
talentos ou dons, grande partes delas só foram possíveis porque alguém investiu em você, acreditou em você,
pagou um preço para que hoje as coisas fossem mais fáceis para você. Não se esqueça disso, o seu sucesso de
hoje é resultado do investimento de alguém ontem em você.
É muito fácil diante de o nosso sucesso nos esquecer daqueles que investiram, pagaram um preço para
que pudéssemos estar onde estamos. O escritor C.S. Lewis diz: “Somos anões nas costas de gigantes”. A ideia é
que se atingimos a grandeza em nossa vida, isso não é apenas mérito nosso, mas também dos esforços daqueles
que vieram antes de nós, que nos possibilita enxergar e ir muito mais longe porque eles nos colocam em uma
posição mais elevada para continuarmos de onde eles pararam e não de onde eles começaram.
Meu amado, minha amada eu não sei o segredo para o sucesso pleno na vida, mas sei onde começa a
decadência em nossa vida. Começa quando não reconhecemos o preço que outros pagaram no passado para que
pudéssemos desfrutar do sucesso hoje. Como diz o pastor....
É interessante que uma das recomendações de Deus a nação de Israel era se lembrar de tudo que ele
tinha feito por eles no passado quando eles estivessem desfrutando tempos de prosperidade e abundância...
O nosso hoje não se construiu sem os investimentos de outros em nós ontem.

A segunda lição é o nosso sucesso é resultado de visão, planejamento, iniciativa e


cooperação mútua.
Olha só o que nos diz o verso 1-4: “Os discípulos dos profetas disseram a Eliseu: "Como vês, o lugar
onde nos reunimos contigo é pequeno demais para nós. Por que não vamos ao rio Jordão? Lá cada um de
nós poderá cortar um tronco para construirmos ali um lugar de reuniões". Eliseu disse: "Podem ir". Então
um deles perguntou: "Não gostarias de ir com os teus servos? " "Sim", ele respondeu. E foi com eles. Foram
ao Jordão e começaram a derrubar árvores”.

Visão – “... o lugar onde nos reunimos contigo é pequeno demais para nós...” v.1 NVI
Toda conquista em nossa vida parte de uma visão. E uma visão muitas vezes se apresenta diante de nós
na forma de uma necessidade. Os alunos de Eliseu se depararam com uma necessidade: “... o lugar onde nos
reunimos é pequeno demais para nós”. Muitas vezes a escassez não significa algo ruim, mas, sim uma
oportunidade de mudança. A crise pode ser uma oportunidade de crescimento ou de derrota, o segredo está na
forma que a enxergamos e reagimos a ela.
A escassez foi experimentada por causa do sucesso da missão empreendida. Essa foi uma crise de
crescimento. O espaço ficou pequeno para a continuidade da vida. Também podemos passar por esta
experiência, que vem quando nos dispomos a ampliar nossos horizontes, seguindo as oportunidades. Os
profetas-aprendizes, diante da escassez de espaço, resolveram construir outra escola. Pode ser o nosso caso,
quando trocamos de emprego, para um melhor, quando decidimos nos casar, quando resolvemos ter um filho,
quando escolhemos fazer um novo curso, quando mudamos para uma casa melhor.
Quando Deus quer nos transformar, ele primeiramente chama nossa atenção, colocando-nos numa
situação frustrante totalmente fora de nosso controle. Não podemos vencer e ficamos apenas mais e mais
cansados. Deus usa situações, problemas e crises para chamar a nossa atenção. Se estivermos atravessando uma
crise, é porque Deus está pronto para nos transformar para melhor. Nunca mudamos, a não ser que cansemos de
nossa situação atual, de nossa condição. Nunca mudamos, até ficarmos desconfortáveis, descontentes e
comecemos a nos sentir infelizes. Quando nos sentimos infelizes, desconfortáveis e insatisfeitos o suficiente,
finalmente nos motivamos a deixar Deus fazer algo em nossa vida.

Pib Comodoro/MT
14 de Janeiro de 2018

A mamãe-águia desarruma o ninho de seus filhotes. Ela faz que eles se sintam desconfortáveis e
infelizes, depois os manda para fora e os força a aprenderem a voar, ela faz isso para o próprio bem deles. Deus
faz o mesmo em nossa vida: se preciso for, ele faz que nos sintamos desconfortáveis, porque sabe o que é
melhor e quer que nós cresçamos.
Deus permitirá que nossa vida passe por um problema, uma crise, uma irritação ou uma frustração para
nos chamar a atenção. Ele precisa fazer isso porque não mudamos até que a dor que sentimos supere nosso
medo de mudanças.
Estes aprendizes de profeta tinham a visão de crescer, a visão de expandir, eles perceberam que o lugar
onde moravam com Eliseu se tornou pequeno! Essa visão moveu a cada um deles a buscar enlarguecer,
expandir ou aumentar o lugar onde estavam.
Quantas vezes nos acomodamos a uma condição que só vai nos estreitando, que só vai nos apertando e
não vemos a necessidade e possibilidade de termos uma condição melhor! Muitas vezes é a condição financeira
que nos é estreita e ficamos amargando a vida toda nela, será que não podemos ter uma visão de crescimento e
procurarmos fazer algo para a situação ser melhor?
Será que as coisas em sua vida não tem mudado, porque tem faltado uma visão de crescimento diante da
crise? Essa verdade se aplica em todas as áreas de nossa vida.
 Ilustração: A história da vaquinha de leite.

Planejamento - “Vamos até o rio Jordão, e cada um de nós pegará um tronco para construir aí uma
casa". Eliseu disse: "Podem ir". v.2 EP".
Mas, só visão não é suficiente, também é preciso planejamento. Planejamento nos fala de direção, de
estratégia, do caminho para alcançar o que se deseja. Não basta apenas querer, precisamos saber como alcançar
o que queremos. O querer é tão importante quanto sabermos o que queremos de fato e sabermos o que fazer
para alcançar o que queremos.
Planejamento nos mostra o caminho que devemos percorrer para que os nossos sonhos se tornem
realidade: “Vamos até o rio Jordão, e cada um de nós pegará um tronco para construir aí uma casa...”
Planejamento nos fala de direção. Quem não sabe aonde quer chegar qualquer lugar está bom. O Pastor
Dan Southerland diz: “Se você não mirar em alguma coisa nunca, acertará em nada. Se você mirar em tudo,
provavelmente não acertará em nada”.
A direção nos permite dizer não para oportunidades menos importantes, mesmo que haja certos
benefícios nelas. Como já disse o escritor Ben Stein: “O primeiro passo indispensável para conseguir as coisas
que você quer da vida é este: Decida o que você quer”.
O pastor Abe Huber diz “que quem não planeja, está planejando fracassar”. Estratégias dão vida aos
sonhos. Sonhos não se tornam realidade sem uma estratégia. Planejar é fundamental. Sonhar não é o bastante, é
preciso planejar. Qualquer sonho é realizável, desde que você meça os custos e procure o melhor caminho para
chegar a ele.

Ação – “e eles saíram juntos. Quando chegaram ao Jordão, começaram a trabalhar...” v.4 NTLH
Mas, além de ter uma visão, uma estratégia o mais importante de tudo é agir: “Quando chegaram ao
Jordão, começaram a trabalhar...”.
Os aprendizes poderiam ficar acomodados naquele lugar, acotovelados, tendo que chegar cedo para
encontrar lugar. Eles poderiam transferir a responsabilidade pelo problema, aguardando uma solução por
iniciativa de Eliseu ou esperando um milagre divino pelo qual não oravam. Mas, ao contrário, eles não
aceitaram a estreiteza da sua casa e desejaram mais e se puseram em ação para realizar mais. Ao invés de se
acomodar, a crise levou os discípulos de Eliseu a uma ação.
Sonhos só se tornam realidade quando agimos. A diferença entre sonho e fantasia está em nosso
empenho em torna-los realidade. A distância entre os nossos sonhos e a sua realização está na disposição de
nossas ações. Nada muda até você agir. E você não consegue resultados diferentes em sua vida fazendo as
mesmas coisas.

Pib Comodoro/MT
14 de Janeiro de 2018

Os discípulos do profeta Eliseu perceberam o problema, o lugar que habitavam, ficou estreito, mas do
que isso, eles reconheceram a necessidade de agir, precisavam fazer alguma coisa para reverter à situação. E
fizeram algo. Visão deve nos levar a ação. Visão deve provoca iniciativa, vontade de trabalhar, pois, caso
contrário, não passará de ilusão.
Isso é muito importante. Quantas pessoas têm visão, têm sonho, têm um projeto, mas que não saem
disso, porque não têm a vontade de trabalhar? Então não, não basta ter a visão, tem que ter vontade de trabalhar.
Agora vejam bem, esses homens apenas não agem, mas fazem isso do melhor modo. Primeiro - Eles se
uniram: “Por que não vamos ao rio Jordão? Lá cada um de nós poderá cortar um tronco para construirmos
ali um lugar de reuniões...”. v.2
Isto está claro na expressão: “Vamos”, plural e “cada um de nós”, individual, o que sugere uma
ajuda mútua para a realização da obra empreendida. Eles sabiam que o sucesso não está apenas no esforço de
uma única pessoa.
O seu sucesso não é fruto só do seu trabalho. Alguém já disse: “Sozinho você pode ir mais rápido, mas
acompanhado você vai mais longe”. A Bíblia diz que é melhor serem dois do que um, e a razão é que o
resultado do trabalho é maior. A possibilidade de sucesso é mais fácil:
“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Pois se caírem, um
levantará o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante.
Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? E, se alguém quiser
prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”. Ec.4.9-12
ARA
Onde há união de propósito, o problema tende a dissipar e as forças a se multiplicarem. Agora veja bem,
Só existe união quando há humildade, quando há amor. Como já disse Agostinho de Hipona: "A soberba
provoca a desunião, o amor, a união".
A beleza do trabalho em equipe está no fato de que quando trabalhos juntos nós compensamos as
fraquezas uns dos outros e aumentamos as nossas potencialidades. Juntos nós somos melhores. Phil Jackson,
treinado do Los Angeles Lakers certa vez disse: “O que une uma equipe é quando um cobre as fraquezas do
outro”.
Já Henry Ford diz: “Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso, e trabalhar em
conjunto é a vitória”. Os discípulos de Eliseu dividiram as tarefas. Cada um era responsável por cortar e trazer
uma viga de madeira. Assim, todos iriam trabalhar e não ia ficar pesado para ninguém. Eles estavam realizando
o trabalho de formiguinha.
Se cada membro da igreja trabalhar assim, a igreja crescerá naturalmente e não ficará pesado para
ninguém. Se cada um discipular uma pessoa, no final de um tempo, teremos o dobro de membros na igreja. Se
cada um colaborar com um pouco de recursos, muita coisa poderá ser construída ou feita.

Segundo - Eles honraram o seu mentor: “Então um deles perguntou: “Não gostarias de ir com os
teus servos?” “ Sim", ele respondeu”. v.3 NVI
A segunda atitude correta do trabalho em equipe desses discípulos foi honrar o seu mentor. Para eles, a
presença de Eliseu era indispensável. Esses rapazes não atropelam o líder, pede autorização, só assim teriam
legitimidade para a realização da obra.
Diante da questão os jovens viram a necessidade de convidar a Eliseu. Certamente entenderam que seria
importante a experiência no trabalho realizado. Por melhor e mais nobre que seja uma obra sem o aval do
homem de Deus é fadada ao fracasso e aos problemas.
Imagino o quanto era de extrema importância à presença de Eliseu para efeitos de estratégia de trabalho.
Nunca despreze a experiência daqueles que já trilharam o mesmo caminho que você. A Bíblia nos ensina essa
verdade: “Levante-se diante de uma pessoa de cabelos brancos e honre o ancião: tema o seu Deus. Eu sou
Javé.” Lv.19.32 EP. Frequentemente, é muito comum e fácil descartar as opiniões daqueles mais experientes que
nós, por pensarmos que já estão velhos ou ultrapassados.

Pib Comodoro/MT
14 de Janeiro de 2018

Mas, o que Deus ordenada ao seu povo é que respeitassem e honrassem as pessoas mais experientes.
Muitas vezes a sua sabedoria obtida por sua experiência pode nos livrar de muitas quedas.

O apóstolo Paulo sabia da importância da experiência na obra do Senhor. Por isso, a sua recomendação
aos filipenses:
“E espero, no Senhor Jesus, que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo,
sabendo dos vossos negócios. Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do
vosso estado; porque todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus. Mas bem sabeis qual a sua
experiência, e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai”. Fp.2.19-22 NTLH
Agora algo que me chama muito a atenção também é a atitude do profeta Eliseu. Ele se dispôs a ir com
os jovens (2Rs.6.4). Não, se sentindo inferior e nem superior, mas com um espírito cooperador. Os mais velhos
na fé precisam apoiar os mais novos. Como um grande homem de Deus, Eliseu acompanhou os seus discípulos
na execução do trabalho.
O aval de Eliseu liberou os aprendizes de profeta a cumprirem o propósito a qual foram inspirados.
Eliseu não se deixou levar por nenhum sentimento de ciúme ou inveja, classificando a obra como desnecessária
ou fora de hora. Ele era o líder, mas ele não ficou enciumado, dizendo: “Hummm, essa ideia era para ser
minha...”; ele percebeu que a visão foi gerada no coração do seu grupo, e sendo boa, deu liberação, a licença
que pediram para que o trabalho fosse feito. Eliseu declarou: “ide”, o mesmo "ide" que mais tarde Jesus iria
falar para todos os Seus discípulos: "Ide por todo mundo" Mc.16.15; Mt.28.19.
Isso mostra para nós que ser líder na obra de Deus é ser servo dos filhos de Deus. Os líderes cristãos não
se ostentam, não se exaltam, não dizem: “Eu sou o líder, então: eu falo, vocês ouvem... eu mando, vocês
fazem”. No reino de Deus, ser líder é ser servo, é ser disponível! Eliseu foi junto com eles, saíram juntos,
chegaram juntos e, eles e Eliseu, começaram a trabalhar. É assim que é para ser: líderes e liderados caminham
juntos. Tá aí um bom princípio para nós!
E quando a vida não sai como planejamos.
O segredo do nosso sucesso está em reconhecermos os investimentos dos outros em nossa vida no
passado; ter visão, planejamento e agir para tornar os nossos sonhos realidades. Mas, muitas vezes com tudo
isso, a vida não sai como planejamos. E, nesses momentos o que faz toda a diferença é como agimos ou
reagimos quando as coisas dão errado em nossa vida.
O que você faz quando as coisas dão errado em sua vida? Como você age ou reage quando a vida não
sai como você planejou?
Não é porque Deus está ao nosso lado que temos a plena garantia que as coisas serão fáceis, ou que tudo
vai dar certo. A promessa de Deus para nós não que tudo aquilo que queremos dará certo, mas, sim que ele
usará cada circunstancia da nossa vida para cumprir o seu propósito em nossa vida, e que nunca nos
abandonará:
“Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles
a quem ele chamou de acordo com o seu plano... Então quem pode nos separar do amor de Cristo? Serão
os sofrimentos, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, o perigo ou a morte?... "Pois eu tenho a
certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem
outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro;" nem o mundo lá de cima, nem o
mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso
por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor” Rm.8.28,35, 38-39 NTLH
“Afastem-se do amor ao dinheiro; sintam-se satisfeitos como que vocês têm. Porque Deus disse: "Eu nunca,
nunca abandonarei você, nem o desampararei". Hb.13.5 Bv
Apesar de tantos gritos de “confissão positiva”, “palavra profética”, “prosperidade”, “autoajuda”,
quando olhamos para Palavra de Deus, é fácil de perceber que mesmo contando com a presença de Deus, a
nossa vida muitas vezes não sai como planejamos.

Pib Comodoro/MT
14 de Janeiro de 2018

Eliseu estava entusiasmado por ver a iniciativa, o empenho, o envolvimento, o labor, a maturidade e a
generosidade de seus discípulos. Os discípulos de Eliseu também estavam entusiasmados por estarem fazendo
parte daquele grande momento na história de Israel. Todos viviam dias de progresso contagiante.
Assim também acontece em quase todas as áreas de nossa vida: pessoal, profissional e também
espiritual. Começamos sedentos, queremos aprender, crescer, amadurecer, progredir. Tomamos iniciativas
importantes, nos oferecemos, nos expomos e nos entregamos. Planejamos com zelo e ardor, começamos a
trabalhar e a construir; os envolvemos com as pessoas. Enfim, trabalhamos duramente, damos o nosso melhor,
nos desprendemos, sacrificamos, tudo por conta do progresso, da oportunidade que não pode ser perdida.
Mas, algo inesperado acontece. Aquilo que nós tanto almejamos não conseguimos conquistar. As coisas
dão errado mesmo dando o nosso melhor. Essa é uma realidade da vida da qual não podemos fugir. Ninguém
está imune ao sofrimento. Ele faz parte da vida e é inevitável.
Enquanto todos trabalhavam entusiasmadamente, um deles perdeu a cabeça de seu machado: “Um deles
estava cortando uma árvore, quando, de repente, o ferro do seu machado escapou do cabo e caiu na
água. — O que vou fazer, senhor? —gritou ele para Eliseu. —O machado era emprestado!” v.5 NTLH
Aquele discípulo, em particular, passou de dias memoráveis para dias miseráveis. Ele perdeu o seu
machado, o que é pior, perdeu o machado que alguém havia lhe emprestado! Um machado para nós hoje chega
a ser algo insignificante, mas naquela época eram instrumentos preciosos e raros.
Não havia Casa Agropecuária, nem outras do tipo para se comprar um machado. E nem todos tinham
condições de comprar e de manter ferramentas. Eram muito caras. Perder a cabeça do machado, enquanto
alguém o manuseava, parecia ser algo comum. Moisés chegou até a elaborar uma lei que falava do ferro
saltando do cabo e atingindo sem querer alguém próximo ao trabalhador, e caso a vítima viesse a morrer, o
trabalhador, que era inocente, seria poupado (Dt.19.4-5).
Se a lei referente a animais emprestados (Êx.22.14-15) também fosse aplicada às ferramentas
emprestadas, então o pobre estudante teria de reembolsar o homem que lhe havia emprestado o machado. Dessa
forma, aquele estudante estaria comprometido financeiramente por um bom tempo.
Mas, não há aqui, apenas uma perda pessoal, mas também coletiva. Se você prestar atenção vai observar
que nesse caso, todos perderam. O moço estava em apuros, pois precisava pagar a ferramenta, ele perdeu
dinheiro. Os outros estudantes sofreram a perda de um companheiro trabalhador. E o dono da ferramenta havia
perdido algo de muito valor. Todos, portanto, sofriam com aquela perda. De um progresso contagiante, todos
passaram a experimentar uma perda decisiva. Em instante uma realidade de alegria e expectativa de grande
sucesso, se transforma em uma realidade de desespero e tragédia.
Essa é uma realidade da vida. De repente a nossa realidade pode mudar. Quando você menos espera as
coisas dão errado. O que você planejou sai fora de controle. A adversidade bate a nossa porta sem mandar
aviso. O Senhor Jesus já nos advertiu sobre isso no Evangelho de João: “Eu lhes disse essas coisas para que em
mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições...” Jo.16.33 NVI
E segundo o apóstolo Tiago, o que faz a diferença é como reagimos a essa verdade: “Queridos irmãos, a
vida de vocês está cheia de dificuldades e de tentações? Então, sintam-se felizes, porque quando o caminho
é áspero, a perseverança de vocês tem uma oportunidade de crescer. Portanto, deixem-na crescer, e não
procurem desviar-se dos seus problemas. Porque quando a perseverança de vocês estiver afinal
plenamente crescida, vocês estarão preparados para qualquer coisa, e serão fortes de caráter, íntegros e
perfeitos”. Tg.1.2-4 Bv
A nossa reação ao sofrimento revela o nosso melhor ou expõem o nosso pior. A nossa reação ao
sofrimento revela nossas convicções, a profundidade da nossa intimidade com Deus e a maturidade da nossa fé.
Todos nós estamos sujeitos a perdas contundentes na vida: seja em um relacionamento amistoso, seja
em nosso envolvimento com a obra de Deus, seja no trabalho que nós desenvolvemos. É interessante ressaltar
que aquele rapaz estava fazendo a obra de Deus, não havia pecado nele, ele estava comprometido em um
empreendimento nobre e licito. Ele contava com a presença de Deus, o profeta estava com ele, havia abençoado
a sua intenção e trabalho, mas, mesmo assim as coisas deram erradas. As coisas não saíram como ele planejou.
Algo inesperado acontece. E a oportunidade se transforma em tragédia. O machado se solta do cabo e cai nas
águas do rio. O rapaz fica desesperado, porque a ferramenta não lhe pertencia.

Pib Comodoro/MT
14 de Janeiro de 2018

Não aconteceu o pior, porque não atingiu em ninguém. Mas, aquela era uma ferramenta rara e cara.
O que fazer agora? É assim também em nossa vida. Muitas vezes, embora nós buscamos o melhor, a
tragédia bate a nossa parte. Tragédias, grandes ou pequenas, vivenciadas na falta de saúde, na falta de emprego,
na falta de harmonia nos relacionamentos, na falta de sentido para a vida.
Esta é uma história que ilustra bem o que ocorre, ou pode ocorrer, conosco. No caso dos discípulos de
Eliseu, tudo ia bem, mas o machado, que era emprestado, caiu no rio. As oportunidades nos acompanham, bem
como as tragédias também nos tocam, ou tocam a vida daqueles próximos de nós.
No contexto bíblico, perder o machado é perder o elemento essencial para continuar tocando o projeto
tão sonhado. Perder o machado é perder a capacidade de avançar na vida. Ver o machado cair no rio é ver
esvair-se a esperança, motora da vida. Uma vida com um machado perdido é uma vida sem força, sem alegria.
E a questão é o que fazer? As atitudes do rapaz que perdeu o machado nos ensinam a lidar com a vida
quando as coisas não acontecem como planejamos.
O que fazer quando a vida não sai como planejamos.
Primeira atitude...
Não se entregue ao desespero.
Há situações que o desespero vai tomar o nosso coração de assalto. E isso é normal, pois, somos
humanos. O desespero é um estado de profundo desânimo de uma pessoa que se sente incapaz de qualquer
ação. É um estado de consciência que julga uma situação sem saída. E há situações em que nós nos sentimos
realmente assim.
Grandes homens de Deus se sentiram desesperados. Davi: “Misericórdia, Senhor! Estou em desespero!
A tristeza me consome a vista, o vigor e o apetite. Minha vida é consumida pela angústia, e os meus anos
pelo gemido; falta-me a força devido à minha aflição, e os meus ossos se enfraquecem”. Sl.31.9-10 NVI
O profeta Jonas: “... Em meu desespero clamei ao Senhor, e ele me respondeu. Do ventre da morte
gritei por socorro, e ouviste o meu clamor”. Jn.2.2 NVI
O grande apóstolo Paulo: “Irmãos, não queremos que vocês desconheçam as tribulações que sofremos
na província da Ásia, as quais foram muito além da nossa capacidade de suportar, a ponto de perdermos a
esperança da própria vida”. 2Co.1.8 NVI
Mas, uma coisa é ficar desesperado, outra é se entregar, se render a ele. Se tornar refém do desespero. O
jovem aprendiz de profeta fica desesperado: “... E ele gritou: "Ah, meu senhor, era emprestado!...”,
Contudo, não se entregou a ele. Apesar de ser uma situação impossível, aquele rapaz no fundo creu que ainda
havia uma saída. É por isso, que ele clama ao profeta.
Meu querido, minha querida preste atenção nisto. Mesmo quando as coisas derem errado, como às vezes
acontece. Quando o caminho que você percorre parecer íngreme. Quando os recursos forem poucos e as
dívidas, muitas. E você querer sorrir, mas tem de suspirar. Quando as preocupações o desanimam um pouco. E
o desespero bater a porta do seu coração, ou tomá-lo de maneira súbita, não se entregue ao desespero.
Não desista embora a caminhada pareça lenta. Pois, há uma solução para você em Deus. E muitas vezes
a solução de Deus não é te livrar do problema, mas, te fortalecer diante da lota para que você possa suportar.
Diante do desespero de Jesus no Getsêmani, a solução de Deus não foi livrar o seu filho da adversidade,
mas, mandou um anjo para lhe fortalecer. Havia um propósito maior no sofrimento de Jesus naquele momento,
mas, Deus não o deixou sozinho.
Mesmo em meio ao desespero o apóstolo Paulo confiava em Deus: “De fato, já tínhamos sobre nós a
sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos. Ele
nos livrou e continuará nos livrando de tal perigo de morte. Nele temos colocado a nossa esperança de
que continuará a livrar-nos...” 2Co.1.9-10 NVI
As dificuldades vão vir até nós. Por mais que gostaríamos, simplesmente não há como evitar os
problemas. Isso não deve ser nenhuma surpresa para nós. Às vezes, parece que a "Lei de Murphy" está fazendo
horas extras. Você sabe o que diz a Lei de Murphy? "Se alguma coisa pode dar errado, vai dar".

Pib Comodoro/MT
14 de Janeiro de 2018

Porém, Tiago nos diz que temos uma escolha sobre a forma como reagimos a essas provações. Temos
de assumir o controle de nossa mente e decidir como queremos reagir ao problema. Quando os problemas
chegam, nossa reação natural como seres humanos é prantear, lamentar e perguntar: "Porque eu?”.
Nós muitas vezes não temos o controle sobre o que acontece conosco, mas Tiago diz que nós temos o
controle sobre a forma como reagimos a esses acontecimentos. Podemos e devemos conduzir nossas mentes
para não olhar para as provações do ponto de vista humano natural, mas do ponto de vista de Deus. As
provações não são momentos alegres. É difícil e às vezes impossível manter a serenidade quando a vida se vira
contra nós. Mas se o buscarmos, podemos ver algo positivo em tudo.
 Ilustração: a história do menino e o seu dia ruim.
Havia um menino na escola um dia, parece que tudo deu errado. No primeiro intervalo esfolou os
joelhos. No almoço, ele caiu e arrebentou os lábios. Depois, durante o dia quebrou um braço. No caminho para
casa vindo hospital, seu pai notou que o menino segurava algo na mão. Seu pai lhe perguntou o que ele tinha na
mão. O menino respondeu: "Rapaz este é o meu dia de sorte. Achei 25 centavos no parque infantil".
A lição é que nós escolhemos como vamos reagir diante das coisas que nos acontece. Você não pode
controlar o que te acontece, mas, pode controlar como vai reagir ao que acontece com você.
Talvez, logo que a adversidade bata a sua porta, seu único recurso seja chorar, como no caso do rapaz
foi gritar de desespero. Pois, o seu grito foi um grito de desespero, não um pedido de ajuda. Não havia o que ser
feito. Mas algo precisava ser feito. Por isso, ele não se entregou ao desespero.
Segunda atitude...
Encare os seus problemas com fé no agir de Deus.
Muitas vezes quando a vida não sai como planejamos, os problemas batem a nossa porta, nós entramos
em estado de negação, e acabamos fugindo dos nossos problemas. O desespero nos paralisa, e nos leva a
acomodação. Qual é a fuga que você tem usado para os seus problemas? Os vícios: álcool, droga, remédios,
psicotrópicos. O suicídio?
A nossa atitude precisa ser a mesma do jovem dessa história. Ele não se entregou ao desespero, achando
que tudo estava perdido, e não apenas o machado. Não recebeu as circunstancias como à senhora definitiva de
sua história. Ele não se precipitou, mergulhando nas águas do rio, porque sabia que não encontraria seu valioso
objeto. Ele não se entregou diante da tragédia, como se a vida tivesse acabado. Mas, encarou o seu problema de
frente e creu no agir de Deus.
Aquele rapaz deu um grito que o salvou: “... O que vou fazer, senhor? — gritou ele para Eliseu...”. v.4
NTLH O nome Eliseu significa “Deus é Salvação”. Aquele jovem se voltou para quem podia fazer diferença na
sua vida. Ele correu para o profeta. E por que para o profeta? A pessoa do profeta aqui representa Deus. Sua
oração foi bem estranha, com apenas três palavras ("Ah! meu senhor!"). Ele parecia dizer: "agora, é com o
senhor". Partindo do pressuposto que Eliseu representava a presença de Deus naquele projeto, podemos
concluir que o ele buscou o poder de Deus para resolver o seu problema. Por confiar em Deus, o homem do
machado pediu que Eliseu assumisse a liderança também naquele momento.
Eis o que você também deve fazer, não se esqueça do poder de Deus diante dos problemas da vida. No
Israel antigo, alguns diziam: "O Senhor me abandonou, o Senhor me desamparou". No entanto, Deus lhes
respondeu e continua a lhe responder: "Haverá mãe que possa esquecer seu bebê que ainda mama e não ter
compaixão do filho que gerou? Embora ela possa esquece, eu não me esquecerei de você! Veja, eu gravei
você nas palmas das minhas mãos" Is.49.14-16.
Quando a vida não sai como você planejou se entregue ao poder de Deus. O jovem aprendiz não tinha a
menor ideia do que o profeta faria ou como Deus solucionaria o seu problema, mas assim mesmo recorreu a ele.
Mesmo que você não saiba o que Deus pode fazer, recorra a ele. Busque-o. Confie em Deus. Lance sobre o
Senhor a sua dificuldade (1Pd.5.7), como fez o homem que perdeu o machado, não importa o que você tenha
perdido.
Por confiar nele, siga as suas instruções. Nossas ações mescladas com a vontade de Deus produzem
resultados de valor eterno. Agora veja bem, a confiança em Deus não quer dizer que Deus terá que fazer tudo
sozinho. Para superar seus problemas, disponha-se a fazer a sua parte: “— Onde foi que ele caiu? — perguntou

Pib Comodoro/MT
14 de Janeiro de 2018

Eliseu. O homem mostrou o lugar. Então Eliseu cortou um pedaço de pau, jogou na água e fez o machado
boiar. — Pegue-o! —mandou ele. E o homem esticou o braço e o pegou”. V6-7 NTLH.
O rapaz só teve o seu machado de volta porque teve coragem de encarar o seu problema de frente. Após,
procurar o profeta, ele mostra aonde o machado havia caído: “Onde foi que ele caiu? — perguntou Eliseu. O
homem mostrou o lugar...”. Ele se expõe diante do profeta e daqueles que estavam a sua volta. Muitas vezes
nós não superamos os nossos problemas é porque não estamos dispostos a encara-los, a admiti-los, a nos
submeter ao tratamento necessário para vencê-los em Deus.
Deus não trabalha sozinho em nossa vida. Há muita gente esperando que Deus faça alguma coisa do
lado de lá, sem que ela faça alguma coisa do lado de cá. Tem gente que diz: eu nasci assim, vou morrer assim.
Se Deus quiser ele que me mude. Como que a mudança em nossa vida fosse um ato sozinho, unilateral da parte
de Deus. Isso não é toda a verdade. Deus é soberano sim, mas, a soberania de Deus não anula a nossa
responsabilidade. Deus opera sim em nossa vida, mas, a maior parte da intervenção de Deus em nossa vida está
relacionada a uma contrapartida de nossa parte. Há muita gente que não consegue entender um princípio
revelado por Deus em sua Palavra: a lei da reciprocidade.
E por isso, agem violentando o princípio da soberania de Deus. Por exemplo, alguns pregam oração e fé
quase como se a gente governasse Deus, e não o contrario. Por outro lado há outros que talvez por causa desses
exageros, querendo tanto defender a soberania de Deus parecem anular a lei de reciprocidade. E por isso, alguns
vivem a vida cristã governada por um conceito que acredita e defende que tudo depende única e unilateralmente
da parte de Deus. E isso não é verdade! Nós podemos entrar em um lugar muito mais profundo em Deus porque
nós queremos. Nós podemos provocar manifestações de Deus em nossa vida.
E tudo começa com a atitude de encarar e reconhecer os nossos problemas e limitações diante de Deus.
Os homens e mulheres da Bíblia que tiveram a sua vida transformada foram aqueles que tiveram a coragem de
encarar os seus problemas, fracassos, limitações e fraquezas diante de Deus: Davi, Isaías, Paulo etc.
O nosso problema é que na maioria das vezes justificamos as nossas fraquezas, fracassos e pecados. E
em outras não queremos admitir que tropeçamos e caíamos, já não estamos tão bem como estávamos. O texto
diz que aquele rapaz trabalhou por um período, conseguiu derrubar a árvore, entretanto em dado momento
perdeu o seu machado.
Quantos conseguem fazer por um tempo, mas já não são capazes de continuar! Talvez você venha
passado por isso! Algum tempo atrás tudo ia bem, depois as coisas começaram dar errado. E você tem tido
dificuldade de admitir isso. Pois, tem vergonha, ou talvez, medo de ser rejeitado (a). Quantos já perderam o seu
machado e continuam suas vidas vivendo de aparências, como se nada tivesse acontecido. Seja por medo,
vergonha ou comodismo. Pior do que perder o machado é não reconhecer a necessidade de prestar contas do
ocorrido. Ouça bem, Deus não espera que o machado não venha cair, mas Deus espera que sejamos honestos
com ele e tenhamos a capacidade de mostrar-lhe o problema.
A maior tragédia do ser humano é não reconhecer onde caiu! Desde Adão até hoje, se nega a autoria da
perda do machado, o que é lamentável. O rapaz do nosso texto na mesma hora que perdeu o seu machado
mostra ao profeta aonde ele caiu. Não tenha receio de encarar os seus problemas. É tempo de você admitir
diante de Deus que você perdeu o seu machado. É hora de mostrar para o Senhor aonde foi que ele caiu. Pois,
só assim Deus pode trabalhar na sua vida e trazer restauração.
Você é o limite para aquilo que Deus quer fazer em sua vida. Não se esqueça da experiência de Davi:
“Eu tentei, por algum tempo, esconder de mim mesmo o meu pecado. O resultado foi que fiquei muito
fraco, gemendo de dor e aflição o dia inteiro. De dia e de noite sentia a mão de Deus pesando sobre mim,
fazendo com as minhas forças o que a seca faz com um pequeno riacho. O sofrimento continuou até que
admiti minha culpa e confessei a Ti o meu pecado. Pensei comigo mesmo: "Confessarei ao Senhor como
desobedeci às suas Leis. "Quando confessei, Tu perdoaste meu terrível pecado. Por causa desta experiência
eu digo: "Quem confia no Senhor sempre confessa seus pecados a Ele, enquanto há tempo de receber o
perdão...”. Sl.32.3-6 Bv
Deus espera que façamos como o aprendiz de profeta fez, o moço falou pra Eliseu: “Senhor, o ferro de
meu machado escapou do cabo e caiu na água”. Isso é confissão. - “Onde foi que ele caiu?” e o moço
Pib Comodoro/MT
14 de Janeiro de 2018

mostrou o lugar. Deus quer que nós confessemos onde foi a nossa queda, onde foi que caímos. Por que ele quer
devolver o que foi perdido
A pergunta de Deus para você nesta noite é: Onde foi que o seu machado caiu? Porque Deus quer
resgatá-lo! Só depende de você. Basta apenas que você busque, basta apenas que você estique o braço
Meu amado, minha amada o texto aqui diz que Eliseu, cortou um pedaço de pau, um pedaço de madeira,
jogou na água e fez o machado de ferro boiar. Eu quero lhe dizer que o Senhor nosso Deus, também jogou um
pedaço de pau, um pedaço de madeira, mas não foi nas águas de um rio, foi no monte do Calvário, na forma de
uma cruz, onde o sangue precioso de Cristo foi derramado, para reerguer, para levantar o que foi afundado.
Portanto, o que afundou da sua vida, Deus levanta novamente pelo sangue de Cristo.
Através de Eliseu Deus operou um grande milagre, e foi a partir do lugar que caiu o ferro (2Rs. 6.6). Isto
nos ensina que pode haver restauração a partir de nosso arrependimento e de uma busca sincera do poder de
Deus: “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” Ap.2.5 ARA
Deus deseja restaurar seu poder em nossa vida: “Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o
sustém com a sua mão” Sl. 37.24.
Há promessa de Deus para nós é: “Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios
tropeçarão no mal” (Pv. 24.16).
Terceira atitude...
Não se afaste daqueles que podem te ajudar.
Temos a triste tendência de fazer as coisas sozinhos, mas há coisas que não podemos fazer sozinhos. E a
maior delas, é superar os nossos problemas sozinhos. Há lutas que só vencemos com a ajuda de outros. Há
problemas em nossa vida que a solução está além de nós.
Será que você não tem avançado porque tem querido avançar sozinho? Talvez você diga que jamais
dispensaria a ajuda de um profeta como Eliseu, mas, tem a dificuldade de querer se abrir com pessoas sem as
mesmas credenciais que ele. Saiba que todas as pessoas são importantes; cada uma pode fazer algo para que o
projeto de sua vida avance.
Não dispense quem possa, ou queira, lhe ajudar. Não se ache tão poderoso. Compartilhe com os outros
as suas necessidades. Há casamentos que fracassam porque os cônjuges (ou um deles) não busca o apoio do
outro ou apoio de outras pessoas para lhes ajudarem a entender o problema pelo qual passam. Há projetos que
não se realizam porque não são obra para uma pessoa só.
A nossa atitude deve ser a do jovem profeta: “— O que vou fazer, senhor? —gritou ele para Eliseu. —O
machado era emprestado!...” v.5 NTLH Saiba que há sempre alguém disposto a lhe emprestar um machado,
alguém que, como Eliseu, não alega outros compromissos para não atender o seu pedido de ajuda. Há pessoas
que são movidas pelo princípio da bondade e sempre têm um braço para se juntar ao nosso, uma lágrima para se
misturar à nossa, um pé para caminhar conosco.
Quantos estão vivendo no estreito, simplesmente porque o orgulho os impede de se achegar a alguém,
ou não tem a coragem de enfrentar o desafio de buscar a solução. Muitas vezes estamos tão ressabiados que
aderimos aquele ditado: “É melhor só, do que mal acompanhado”. Escute uma coisa: “é melhor com Jesus,
que mal acompanhado”, pois, quem está com Jesus, sempre terá alguém da parte dele para ajudá-lo carregar as
suas cargas.
Lembra-se de Elias? Tudo ficou estreito na sua vida, deitou-se debaixo de um zimbro e queria morrer,
mas não estava só, Deus mandou um anjo, (1Rs.19) que supriu sua necessidade. Ele pensou que não tinha mais
ninguém, todavia Deus levantou Eliseu, e mais sete mil que não se curvaram a Baal. Deus sempre levanta
alguém para nos ajudar a sair dos estreitos da vida.
É interessante, que Eliseu não deu uma lição no rapaz, exortando-o por sua falta de cuidado ao manejar
uma ferramenta tão valiosa e que não lhe pertencia. Seus colegas também não gritaram para reprovar a sua
aparente desatenção. Eliseu não berrou contra o provavelmente descuidado usuário do machado. Antes, buscou
uma solução para o problema.

Pib Comodoro/MT
14 de Janeiro de 2018

O estudante que perdeu o machado soube procurar ajuda. Note que ele procurou a pessoa certa, o
homem de Deus, Eliseu (v.5-6). Falou de seu problema sem rodeios nem máscaras. Sabia exatamente onde a
cabeça de seu machado havia caído. Irmãos queridos, povo de Deus amado, se algum de vocês perdeu o vigor,
não prossiga sozinho, nem aja como se nada tivesse acontecido. Eu sei que é da natureza do ser humano achar
que ele pode e tem que se virar sozinho. Mas, há coisas na vida que não se resolve sozinho e nem pela força,
mas pelo Espírito de Deus.
Por isso, procure uma pessoa de Deus que possa lhe ajudar: um parceiro de oração; um amigo espiritual;
alguém que vá caminhar com você pelas Escrituras, ajudando você ir ao foco do seu problema. Compartilhe o
seu problema sem rodeios nem máscaras. Não disfarce nem arrume desculpas para a sua crise; não se esconda
por detrás de seu discurso, nem de suas aparências. Não culpe outras pessoas pelo seu fracasso nem faça do
outro a razão para o seu desânimo.
Vá à raiz de seu problema, onde tudo começou. Muitos se perderam no pecado; outros se perderam em
meio a tanta correria; há aquele que se perderam em meio a tanta pressão; outros se perderam em meio a tanta
burocracia ou desejo de ter controle sobre tudo e sobre todos. Seja aonde for que você se perdeu, não se afaste
daqueles que podem te ajudar.
Ponto Final.
Meu amado, minha amada gostaria de concluir essa palavra dizendo a você que não importa o que não
tenha dado certo na sua vida, ou o quanto a sua vida está longe de tudo aquilo que você planejou, o que você
está vivendo hoje, não é o fim da sua história. Deus tem um novo começo para você. Eu não sei o que você
perdeu até aqui em sua vida, mas, o Deus todo poderoso está aqui nesta noite e tem o poder de restaurar tudo o
que foi perdido em sua vida. se a sua vida não saiu conforme você planejou:
1. Não se entregue ao desespero;
2. Encare os seus problemas com fé no agir de Deus;
3. Não se afaste daqueles que podem te ajudar.

Pib Comodoro/MT

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