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ESTRUTURA
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Composta por 12 livros;
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Num total de 9826 versos;
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Obra de tom mitológico e histórico;
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Uma narrativa encomendada pelo Imperador Augusto.
Processo mitológico de fundação
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OS 12 CANTOS
CANTO 1
Enéias, que durante os sete anos seguintes à Guerra de Tróia esteve percorrendo o
caminho até o Lácio, acaba de partir da Sicília. Juno, ciente de que uma raça
originária de Tróia viria ameaçar a sua querida cidade de Cartago, incita Eolos a
desencadear uma tempestade sobre a frota troiana. Algumas de suas naus
destroçam-se e a frota se dispersa; Netuno, todavia, amaina o mar e Enéias atinge a
costa líbia. As naus remanescentes também chegam, e os troianos são recebidos
amistosamente por Dido, rainha da recém-fundada Cartago e viúva de Siqueu. Essa
rainha havia fugido de Tiro, onde seu marido tinha sido morto por Pigmaleão, rei
daquela região e irmão de Dido. Embora Júpiter lhe tivesse revelado o destino
futuro de Enéias e de sua raça, Vênus, temerosa do ódio de Juno e dos ardis dos
tírios, tem a ideia de inspirar em Dido um grande amor por Enéias.
CANTO 2
Embora presa por um voto de fidelidade perpétua a seu marido morto, Dido
confessa a Ana, sua irmã, a paixão que sente por Enéias. Uma tempestade
interrompe uma expedição de caça; Dido e Enéias refugiam-se numa gruta e se
unem, consumando os desígnios de Juno e Vênus. Os rumores relativos a seu amor
chegam aos ouvidos de Jarbas, rei da Mauritânia, cujo palácio ficava próximo; ele
fora repelido por Dido e agora dirige uma súplica a Júpiter. Este ordena a Enéias
que deixe Cartago. Dido descobre os preparativos de Enéias para a partida e lhe faz
um apelo comovente. As desculpas mesquinhas do amante por sua deserção
provocam uma resposta fulminante de Dido. Enéias, entretanto, permanece firme
em sua decisão, e Dido, aniquilada pela angústia e por visões terrificantes, dirige-
lhe um último apelo para que adie a partida. Vendo partir a frota troiana, Dido põe
fim à vida, lançando, em seu delírio, maldições sobre Enéias e sua raça.
CANTO 5
Enéias visita a Sibila de Cumas, que prediz suas guerras no Lácio. Após haver arrancado o
Ramo de Ouro, obedecendo a instruções da Sibila, Enéias desce com ela, passando pela
gruta de Averno, para o mundo subterrâneo. Ambos chegam ao rio Estige e em sua
margem, antes da travessia, veem os espectros dos mortos privados dos ritos fúnebres. O
Ramo de Ouro proporciona a Enéias a permissão de Caronte para atravessar o Estige:
veem-se vários grupos de mortos: crianças, os condenados injustamente, os que morreram
de amor (entre estes encontra-se Dido, que ouve em silêncio as desculpas reiteradas de
Enéias), e os mortos em guerra. Enéias e a Sibila aproximam-se da entrada do Tártaro, onde
os piores criminosos sofrem tormentos, mas mudam de rumo e dirigem-se ao Elísio, onde
os bem-aventurados gozam de uma vida sem cuidados. Lá Enéias encontra o pai e tenta
inutilmente abraçá-lo. Anquises mostra a seu filho os homens que no futuro serão ilustres
na história romana, desde Rômulo e os primeiros reis até os grandes generais de épocas
posteriores, entre os quais está o próprio Augusto. Enéias e a Sibila deixam então o mundo
subterrâneo. Esse livro contém os versos memoráveis sobre o destino de Roma, concepção
central de todo o poema.
CANTO 7