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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI

CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
DISCIPLINA: ENSAIOS MECÂNICOS DOS MATERIAIS
CURSO: BACHARELADO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS

Ensaios de Dureza: Brinell, Rockwell e Vickers

Discente: Railson Machado Pinto


Docente: Prof. Edivaldo Feitosa Pereira Filho

Teresina, maio de 2018.


Railson Machado Pinto

Ensaios de Dureza: Brinell, Rockwell e Vickers

Trabalho apresentado como requisito


parcial avaliativo da disciplina de
Ensaios Mecânicos dos Materiais.

Orientador: Prof. Edivaldo Feitosa


Pereira Filho.

Teresina, maio de 2018.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3

1.1 Ensaio de Dureza Brinell.................................................................................. 3

1.2 Ensaio de Dureza Rockwell ............................................................................. 5

1.3 Ensaio de Dureza Vickers ................................................................................ 5

2. MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 6

2.1 Materiais .......................................................................................................... 6

2.2 Equipamentos ................................................................................................. 8

3. RESULTADOS e DISCUSSÃO ............................................................................ 9

3.1 Dureza Brinell .................................................................................................. 9

3.2 Dureza Rockwell........................ .................................................. ..................12

3.3 Dureza Vickers............................................................................................... 13

4. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 14

5. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 14
1. INTRODUÇÃO

Inicialmente, para uma compreensão básica dos ensaios mecânicos são


necessários previamente o entendimento e o conhecimento de alguns conceitos
imprescindíveis. Todo material sólido possui a característica de deformação quando
submetido a certas cargas ou esforços externos. Assim, as características mecânicas
(propriedades) dos materiais definem o seu comportamento (resposta a deformação)
quando sujeito a esforços externos, sua habilidade de resistir, absorver e transmitir
esses esforços sem fraturar-se ou deformar de forma excessiva [4].

A dureza é uma propriedade importante dos materiais, e pode ser denominada


como a resistência do material à penetração, à deformação plástica permanente e ao
desgaste. Em geral os materiais duros são também frágeis. Assim, as propriedades
mecânicas dos materiais podem ser obtidas por ensaios cuidadosamente
programados, que reproduzem as condições de serviço [3].

Com base nos fatores a serem considerados nos ensaios, podem ser incluídos
a natureza da carga aplicada, a duração de aplicação dessa carga e as condições
ambientais. A carga pode ser de tração, compressão ou cisalhamento, e a sua
magnitude pode ser constante ao longo do tempo ou então flutuar continuamente [1].
Partindo disto, existem alguns ensaios que podem determinar a dureza, por exemplo,
de uma peça metálica. Dentre os ensaios mecânicos conhecidos, serão abordados
neste trabalho apenas os ensaios de dureza Brinell, Rockwell e Vickers, que foram
realizados em peças metálicas com e sem tratamento térmico e, como resultado, foi
possível medir a dureza de cada material.

1.1. Ensaio de Dureza Brinell

Este ensaio foi proposto inicialmente por J. A. Brinell, sendo o primeiro ensaio
de penetração padronizado e reconhecido industrialmente. Esse método consiste em
comprimir uma esfera de aço temperado ou de carboneto de tungstênio na superfície

3
do material ensaiado (por exemplo, uma peça metálica), gerando uma calota esférica
ou mossa, conforme esquematizado na Figura 1 [2,3].

Figura 1. Esquema de um Ensaio Brinell [3].

Sendo assim, a dureza Brinell é dada pela relação entre a carga aplicada e a
área da calota esférica, que pode ser observada na expressão abaixo.

Assim, a dureza é expressa em termos de tensão (Pa), P é a carga de


impressão (N) e S a área da calota esférica impressa (mm2). Fazendo-se as devidas
substituições, tem-se que o D é o diâmetro do penetrador e d o diâmetro da impressão,
conforme ilustrado na expressão seguinte [5].

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1.2. Ensaio de Dureza Rockwell

Este ensaio é baseado na profundidade de impressão causada por um


penetrador sob a ação de uma carga como indicador da medida de dureza. O que
difere, portanto, da dureza Brinell que leva em conta a área de impressão. Existem
dois tipos de dureza Rockwell, a comum e a superficial, dependendo do penetrador e
da pré-carga e cargas utilizadas [5].

A pré-carga é necessária para eliminar a ação de eventuais defeitos superficiais


e ajudar na fixação da amostra no suporte da máquina, bem como causar pequena
deformação permanente, eliminando erros consequentes da deformação elástica. O
penetrador pode ser uma ponta de diamante cônico com ângulo de 120º e ligeiramente
arredondada, ou uma esfera de aço endurecido, geralmente com diâmetro de 1,59
mm, mas também, pode apresentar outros diâmetros [6].

A profundidade de penetração é correlacionada pela máquina de ensaio a um


número arbitrário, cuja leitura é feita diretamente na escala da máquina, após a
retirada da carga total. Assim, o número de dureza Rockwell é citado com o símbolo
HR, seguido da escala utilizada e, ocasionalmente, da carga de ensaio [5].

1.3. Ensaio de Dureza Vickers

É semelhante ao método Brinell, pois também relaciona a carga aplicada com


a área superficial da impressão. O penetrador padronizado é uma pirâmide de
diamante de base quadrada e com um ângulo de 136º entre faces opostas [1].

O ensaio é aplicável a todos os materiais metálicos com quaisquer durezas,


especialmente materiais muito duros, ou corpos de prova muito finos, pequenos e
irregulares. Devido à forma do penetrador, esse teste é também conhecido como teste
de dureza de pirâmide de diamante. A Figura 2 mostra o esquema de aplicação do
método Vickers [3].

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Figura 2. Esquema representativo do método Vickers [1,3].

A forma da impressão é a de um losango regular, cujas diagonais devem ser


medidas por um microscópio acoplado à máquina de teste; a média dessas duas
medidas é utilizada para a determinação da dureza Vickers, que é dada pela seguinte
expressão:

Em que P é a carga aplicada (N), L é a média do comprimento das diagonais


da impressão (mm) e θ é o ângulo entre as faces opostas do penetrador (θ =136º) [1,3].

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Materiais

No Ensaio de Dureza Brinell foi utilizado um corpo-de-prova de aço-carbono


(1045) sem tratamento térmico e dois com tratamento térmico, e foi aplicada sobre o
mesmo uma carga de 1839 N durante 15 segundos. Além disso, para o ensaio, foi
utilizado um indentador ou penetrador de esfera com diâmetro de 2,5 mm.

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Já no Ensaio de Dureza Rockwell, foram utilizados: uma carga de 588 N,
penetrador (cone de diamante) e escala A, onde foram ensaiadas peças metálicas de
aço-carbono (1045), uma sem tratamento térmico e duas com tratamento térmico,
assim como no ensaio Brinell.

No ensaio de dureza Vickers foi utilizado um corpo-de-prova de aço-carbono


(1045) sem tratamento térmico, e foi aplicada sobre o mesmo uma carga de 50 g/F
durante um período de 15 segundos. Também, para o ensaio, foi utilizado um
indentador ou penetrador denominado como pirâmide de base quadrada.

Por fim, os ensaios foram repetidos três vezes para cada corpo-de-prova sem
e com tratamento térmico, obtendo-se, assim, a média dos valores de dureza. A Figura
3 mostra as peças metálicas (aço-carbono 1045) ou corpos-de-prova com e sem
tratamento térmico utilizados nos ensaios de dureza Brinell, Rockwell e Vickers.

Figura 3. Imagem dos Corpos-de-Prova Após os Ensaios de Dureza Brinell, Rockwell


e Vickers.

FONTE: O autor (2018)

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2.2. Equipamentos

Os equipamentos usados para realizar os ensaios de dureza Brinell, Rockwell


e Vickers podem ser observados na Figura 4 e 5.

Figura 4. Equipamento Usado para a Obtenção dos Valores de Dureza Brinell e


Rockwell.

FONTE: O autor (2018)

Figura 5. Equipamento Usado para a Obtenção dos Valores de Dureza Vickers.

FONTE: O autor (2018)


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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Dureza Brinell

Levando em consideração que as propriedades dos aços dependem, em


princípio, da sua estrutura. Consequentemente, os tratamentos térmicos modificam,
em maior ou menor escala, a estrutura dos aços, resultando na alteração de suas
propriedades. Além disso, os principais objetivos dos tratamentos térmicos são, em
geral: o aumento ou diminuição da dureza, melhora da usinabilidade, melhora da
resistência à corrosão, melhora da ductilidade, aumento da resistência mecânica,
entre outros [7].

Dessa forma, as propriedades desejadas para os aços, por exemplo o aço-


carbono 1045, dependerão da sua aplicabilidade [7]. A Figura 6 mostra a calota
esférica formada no aço-carbono 1045 após o Ensaio de Dureza Brinell.

Figura 6. Imagem da Calota Esférica Obtida no Ensaio de Dureza Brinell.

Os resultados obtidos no ensaio de Dureza Brinell para o corpo-de-prova de


aço-carbono 1045 sem e com tratamento térmico, são mostrados nas Tabelas 1, 2 e
3.
9
Tabela 1. Valores Obtidos no Ensaio de Dureza Brinell da Peça Metálica sem
Tratamento Térmico.

Corpo-de- Dureza
Quant. de Obtendo o Diâmetro Valor Equiv. de
prova (sem (Manual do
Vezes da Calota (mm) Dureza (HB)
tratamento) Equip.)

(372-73) (299 x 0,004) (1,196 x 4) =


1ª CP 1 157
= 299 = 1,196 4,784
(393-92) (301 x 0,004) (1,204 x 4) =
2ª CP 1 154
= 301 = 1,204 4,816
(657-360) (297 x 0,004) (1,196 x 4) =
3ª CP 1 159
= 297 = 1,188 4,752
(157 + 154 +
Média (∑ ÷ 3)
159) = 156,666

FONTE: O autor (2018)

De acorda com a Tabela 1, percebe-se que houve uma variação na dureza da


peça metálica de aço-carbono 1045 sem tratamento térmico, sendo que o mesmo
ocorreu para as peças com tratamento térmico.
Primeiro, é importante salientar que o tipo de conformação ou a presença de
impurezas podem gerar pontos concentradores de tensão na peça, levando a sua
fragilização e facilitando a propagação de trincas quando submetido a determinados
esforços mecânicos. Estas características podem ter influenciado na dureza do aço-
carbono 1045, o que explica também a variação de dureza observada em diferentes
pontos da peça metálica.
Para a maior precisão dos resultados, os ensaios de dureza foram repetidos
três vezes em cada peça metálica. Para o corpo-de-prova sem tratamento térmico a
média dos valores de dureza Brinell foram de 156,666 HB.
Na Tabela 2 e 3, é observado o aço-carbono 1045 com tratamento térmico. Em
geral, o alívio das tensões residuais pelo tratamento térmico pode não ocorrer de
forma eficiente ou homogênea na peça metálica, o que leva ao mínimo alívio de
tensões residuais. Comparando as peças com e sem tratamento térmico, percebe-se
que aquelas com tratamento térmico tiveram um aumento de dureza, que foi de 208
HB (CP 2) e 282,333 HB (CP 3), observados nas Tabelas 2 e 3.

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Portanto, o tratamento térmico possibilitou um aumento considerável de dureza
do aço-carbono 1045. É importante ressaltar, que esse aumento de dureza pode ser
conseguido pela difusão ou migração de um determinado material, por exemplo rico
em carbono, para a superfície do aço, resultando no aumento de dureza. E depois,
podem ser feitos outros tratamentos para diminuir as tensões residuais e a fragilidade
do material.

Tabela 2. Valores Obtidos no Ensaio de Dureza Brinell da Peça Metálica com


Tratamento Térmico.

Corpo-de- Dureza
Quant. de Obtendo o Diâmetro Valor Equiv. de
prova (com (Manual do
Vezes da Calota (mm) Dureza (HB)
tratamento) Equip.)

(431-174) (257 x 0,004) (1,028 x 4) =


1ª CP 2 216
= 257 = 1,028 4,112
(590-326) (264 x 0,004) (1,056 x 4) =
2ª CP 2 204
= 264 = 1,056 4,224
(529-265) (264 x 0,004) (1,056 x 4) =
3ª CP 2 204
= 264 = 1,056 4,224
(216 + 204 +
Média (∑ ÷ 3)
204) = 208

FONTE: O autor (2018)

Tabela 3. Valores Obtidos no Ensaio de Dureza Brinell da Peça Metálica com


Tratamento Térmico.

Corpo-de- Dureza
Quant. de Obtendo o Diâmetro Valor Equiv. de
prova (com (Manual do
Vezes da Calota (mm) Dureza (HB)
tratamento) Equip.)

(534-288) (246 x 0,004) (0,984 x 4) =


1ª CP 3 236
= 246 = 0,984 3,936
(550-337) (213 x 0,004) (0,852 x 4) =
2ª CP 3 319
= 213 = 0,852 3,408
(422-200) (222 x 0,004) (0,888 x 4) =
3ª CP 3 292
= 222 = 0,888 3,552
(216 + 204 +
Média (∑ ÷ 3)
204) = 282,333

FONTE: O autor (2018)

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3.2. Dureza Rockwell

Os resultados obtidos no ensaio de Dureza Rockwell das peças metálicas com


e sem tratamento, estão apresentados na Tabela 4.

Tabela 4. Ensaio de Dureza Rockwell da Peça Metálica sem e com Tratamento


Térmico.
Peça 1 Corpo-de-prova (sem Dureza Rockwell
Escala
(quant. de vezes) tratamento) (HRA)

1ª CP 1 A 45
2ª CP 1 A 41
3ª CP 1 A 46,5

Média (∑ ÷ 3) - - 40,8

Peça 2 Corpo-de-prova (com Escala Dureza Rockwell


(quant. de vezes) tratamento) (HRA)

1ª CP 2 A 55
2ª CP 2 A 51,5
3ª CP 2 A 53

Média (∑ ÷ 3) - - 53,2

Peça 3 Corpo-de-prova (com Escala Dureza Rockwell


(quant. de vezes) tratamento) (HRA)

1ª CP 3 A 63
2ª CP 3 A 63,5
3ª CP 3 A 59

Média (∑ ÷ 3) - - 61,8

FONTE: O autor (2018)

Comparando as peças com e sem tratamento térmico no ensaio de Dureza


Rockwell, percebe-se que aquelas com tratamento térmico, assim como no ensaio
Brinell, tiveram um aumento considerável de dureza, que foi de 53,2 HRA para uma
das peças metálicas (CP 2) e para a outra foi de 61,8 HRA (CP 3), que podem ser

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vistos na Tabela 4. Portanto, o tratamento térmico possibilitou um aumento
considerável de dureza do aço-carbono 1045, que também, foi comprovado no ensaio
de dureza Rockwell.

3.3. Dureza Vickers

A Figura 7 mostra a impressão feita no aço-carbono 1045 pelo indentador


pirâmide de diamante de base quadrada.

Figura 7. Imagem do Corpo-de-Prova (Aço-carbono 1045) Após o Ensaio de Dureza


Vickers.

Os resultados obtidos no ensaio de Dureza Vickers da peça metálica sem


tratamento térmico, são apresentados na Tabela 5.

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Tabela 5. Ensaio de Dureza Vickers da Peça Metálica sem Tratamento Térmico.
Peça 1 Corpo-de-prova (sem
Dureza Rockwell (HV)
(quant. de vezes) tratamento)
1ª CP 1 188,7
2ª CP 1 261,2
3ª CP 1 259,8

Média (∑ ÷ 3) - 236,6

FONTE: O autor (2018)

No ensaio de dureza Vickers, o valor obtido de dureza foi de 236,6 HV. Este
ensaio foi realizado apenas para a peça metálica sem tratamento térmico,
consequentemente, os valores de dureza para as peças com tratamento térmico
devem ser superiores, como é provado nos ensaios Brinell e Rockwell, pois todos
ensaios foram feitos nas mesmas peças.

4. CONCLUSÕES

Comparando as peças com e sem tratamento térmico, percebe-se que aquelas


com tratamento térmico tiveram um aumento de dureza. No ensaio de dureza Brinell,
o valor foi de 208 HB (CP 2) e 282,333 HB (CP 3) e no ensaio de dureza Rockwell foi
de 53,2 HRA (CP 2) e 61,8 HRA (CP 3). Já no ensaio de dureza Vickers, o valor obtido
de dureza foi de 236,6 HV apenas para a peça sem tratamento térmico.
Portanto, o tratamento térmico possibilitou um aumento considerável de dureza
do aço-carbono 1045.

5. REFERÊNCIAS

[1] A IMPORTÂNCIA DOS ENSAIOS DESTRUTIVOS NA ENGENHARIA_1. Disponív


el em: <https://pt.scribd.com/document/305726469/A-Importancia-Dos-Enasios-Destr
utivos-Na-Engenharia-1>. Acesso em: 07 de maio de 2018.

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[2] ENSAIO DE MATÉRIAS. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAA
AgTeQAD/ensaio-materias?part=5>. Acesso em: 08 de maio de 2018.

[3] ENSAIOS MECÂNICOS DOS MATERIAIS. Disponível em: <https://jorgeteofilo.file


s.wordpress.com/2010/08/epm-apostila-capitulo09-ensaios-mod1.pdf>. Acesso em:
07 de maio de 2018.

[4] PROPRIEDADES MECÂNICAS. Disponível em: <https://www.infoescola.com/fisi


ca/propriedades-mecanicas/>. Acesso em: 6 de maio de 2018.

[5] RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS - ENSAIOS MECÂNICOS. Disponível em: <http


s://www.passeidireto.com/arquivo/35565363/resistencia-dos-materiais--ensaios-ecan
icos/10>. Acesso em: 09 de maio de 2018.

[6] REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.b


r/26139/26139_3.PDF>. Acesso em: 10 de maio de 2018.

[7] TRATAMENTO TÉRMICO DOS AÇOS: RECOZIMENTO, NORMALIZAÇÃO, TÊM


PERA E REVENIDO. Disponível em: <http://www.spectru.com.br/Metalurgia/diversos
/tratamento.pdf>. Acesso em: 08 de maio de 2018.

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