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8.

6 Motor da UB

Os motores utilizados para acionar as UBs são do tipo diesel ou elétrico,


sendo este último o tipo mais comum devido a grandes vantagens como menor
custo operacional, menor ruído, maior eficiência energética, maior durabilidade,
controle mais fácil, etc.

Os motores elétricos de indução podem ser de 6 pólos ou 8 pólos que, na


frequencia de 60 hz, têm uma velocidade síncrona de 1200 rpm e 900 rpm,
respectivamente. Na Petrobras, são padronizados os de categoria N ou H, ambas de
baixo escorregamento.

O motor elétrico, em geral, custa cerca de 5 % do preço da UB. Especificar


um motor com potência inferior à requerida pelo sistema pode inviabilizar a operação
do poço e desperdiçar todo o investimento realizado.

O critério mais simplificado de escolha da potência nominal do motor era


baseado no seguinte:

Pm = TUBω max ............................................................................................. Eq. 8-43

onde TUB é a capacidade de torque da UB e ωmax é avaliado em condição de


máxima frequencia de bombeio (20 cpm).

O problema com esta aproximação é que superdimensionava


exageradamente o motor, fazendo cair o seu rendimento, daí a necessidade de um
critério um pouco mais aperfeiçoado, conforme apresentado a seguir.

Os motores elétricos são projetados para operar em carga nominal


aproximadamente constante. Nestas condições a temperatura de operação
permanece na faixa de valores admissíveis. Quando a carga é variável, a corrente
de alimentação do motor também varia, sendo que a geração de calor varia
conforme o quadrado da corrente. A potência nominal do motor não é dada apenas
pela potência média, mas precisa ser multiplicada por um fator de carga cíclica para
manter a temperatura do motor dentro do valor de projeto.
O fator de carga cíclica é definido como:

I rms
CLF = .............................................................................................. Eq. 8-44
I med

O torque líquido no eixo do redutor da UB varia significativamente durante o


ciclo de bombeio, demandando potência variável do motor elétrico. O fator de carga
cíclica depende da resposta do motor às solicitações da carga. Na Tabela 8-3 são
indicados valores típicos de fator de carga cíclica conforme o escorregamento do
motor e classe de UB:

Motor de baixo Motor de alto

Classe da UB escorregamento escorregamento


Nema C Nema D

I - Convencional 1,897 1,375

III – Mark II 1,517 1,100

Tab. 8-3 Valores de CLF típicos para motores de UBs

A potência nominal do motor não é simplesmente igual à potência na haste


polida PRHP. Há que se levar em conta, além do fator de carga cíclica CLF, a
eficiência da UB e do sistema de transmissão de potência por correias, e ainda uma
potência extra, requerida durante a partida para vencer a carga dinâmica e a inércia
do sistema, incluindo o poço e compensar eventuais imprecisões dos modelos
adotados.

Assim,

CLF
Pm = PRHP + Pseg .............................................................................. Eq. 8-45
ηUB

onde Pm é a potência nominal do motor. A parcela Pseg pode ser expresso em


termos de uma fração da potência requerida para acionar a UB em torque máximo e
cpm máximo.
O rendimento da UB varia conforme o seu fator de utilização, mas pode-se
adotar, em projeto, um valor de aproximadamente 70 %.

As potências padronizadas para motores elétricos estão disponíveis na


Tabela 8-4.

Potencia Nominal (kW/CV)

3,7/ 5

5,5 / 7,5

7,5 / 10

11 / 15

15 / 20

22 / 30

30 / 40

37 / 50

55 / 75

75 / 100

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