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Desnutrigao Infantil — causas e consequéncias Doenca de natureza clinico-social, multifatorial, cujas ralzes se encontram na pobreza. Acomete todos os érgaos da crianga, tornando-se crénica e levando a dbito, caso nao seja tratade adequadamente. Pode comecar precocemente na vida intra-uterina (baixo peso ao nascer) e freqiientemente cedo na infancia, em decorréncia do desmame precoce e da alimentacdéo complementar inadequada nos primeiros 2 anos de vida. Associa-se, muitas vezes, a privacdo alimentar ao longo da vida e & ccorréncia de repetidos episddios de doencas infecciosas (diarreias e doencas respiratérias). A situacao sécio-econémica familiar, o precdrio conhecimento das mes sobre os cuidados com a crianea (alimentacdo, satide de modo geral) e 0 fraco vinculo mae e filho também so determinantes desse agravo nutricional. As politicas publicas de prevencao e controle da DN infantil dever promover o combate a fome _e 4 pobreza, e garantir a inclus3o social da populagio No Brasil, a prevaléncia de criangas menores de 5 anos abaixo do peso (desnutrigdo aguda) caiu de 7,1% para 1,7% de 1989 a 2006, enquanto a prevaléncia de desnutricSo crénica (déficit de estatura) diminuiu de 19,6% para 6,7% nesse periodo. Esses resultados foram associados as politicas econémicas e sociais, que levaram a/ao: - expansGo da cobertura aos servicos de atengéo basica de satide e saneamento - aumento da escolaridade materna - incremento na renda familiar Embora esteja em declinio, a prevaléncia de déficit de estatura em <5 anos no Brasil ainda € elevada nos grupos mais vulnerévei familias mais empobrecidas, beneficiérias dos progra transferéncia de renda, residentes no Norte do pais, e entre criancas indigenas e quilombolas. i Diagnostico Peso para a idade < escore-z -2 (curvas OMS) Estatura para a idade < escore-z-2 Exame Fisico: distens30 abdominal, edema, palidez, ictericia, temperatura (hipotermia ou febre), evidéncia de infeccio, frequancia respiratéria, deplecdo de massa muscular (nddegas face interna das coxas), fezes (parasitolégico). E também importante avaliar: vinculo mée-filho, renda per capita familiar, ocupacio do chefe da familia, condigdes de moradia, comportamento de risco da familia (alcoolismo, tabagismo, uso de drogas), antecedente de internacdo/Abito em outra crianca <5 anos da familia. Marasmo Déficit global de energia, ingest&o deficiente por tempo prolongado. Emagrecimento acentuado, perda de massa magra e adiposa. Pele frouxa, costelas proeminentes, gordura subcutaénea ausente, atrofia muscular / hipotonia, irritabilidade. Proteinas viscerais normais ou discretamente reduzidas Alteracgao nos parametros antropométricos Observada em infeccdes crénicas e neoplasias Kwashiorkor Deficiéncia de Proteinas 3 Peso e medidas antropométricas preservadas. | Alteragdes nos cabelos: finos, secos e quebradicos. Unhas finas, quebradicas, sem brilho , “lingua careca’, retracdo das gengivas, labios rachados Lesdes de pele, apatia, inapeténcia. Esteatose hepatica, edema, imunidade comprometida Reducio dos niveis de proteinas viscerais (Hipoalbuminemia) Kwashiorkor — Marasmo (MISTA) Perda de tecido adiposo e muscular Deficiéncia de energia e proteinas Redusiio das proteinas viscerais e edema de extremidades Tratamento Objetivo: tratar hipoglicemia, desidratacdo, _disturbios hidroeletroliticos e possiveis infeccdes; correcao de deficiéncias de micronutrientes; estimular vinculo mae-filho Fase 1 — estabilizagdo — tratar problemas que podem ocasionar risco de morte, iniciar a alimentago, corrigir as deficiéncias nutricionais especificas (exceto ferro, pois a suplementac3o piora a infecedo ), reverter as anormalidades metabdlicas; Fase 2 — reabilitac3o — ofertar alimentacdo que possibilite assegurar 0 crescimento rapido e a recuperac3o do peso perdido pela crianca, orientacSo do cuidador para dar continuidade aos cuidados em casa, corrigir as deficiéncias nutricionais especificas (ferro). Fase 3 — acompanhamento - encaminhamento para acompanhamento ambulatorial. Avaliar - Histéria Nutricional pregressa e atual * Durac&o do aleitamento materno exclusivo e idade de suspensio total do AM. + Inicio da introducao da alimentacéo complementar * Dieta habitual; perda de apetite recente + Modificagdes na alimentacSo em func&o de doenca * Cuidador da crianga e de sua alimentago * Método de higienizac&o de utensilios * — Pratica de estocagem dos alimentos + Pratica de edministragSo de sobras e restos & crianca + Alimentos habitualmente disponiveis no domicilio + Alimentos habitualmente consumidos pela familia, mas que no s&o ofertados a crianca + Alimentos preferidos pela criancas Cuidados Dietéticos Fracionamento das refeigées (> freqiiéncia), dieta hipercaldrica, com variedade de alimentos, priorizar alimentos de origem animal. Adicionar dleos vegetais para 1 valor calérico. Manter/estimular aleitamento materno. Doses profilaticas de vitaminas A e D + Ferro.

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