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26/1/2014 Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares - SBDCV

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a doença que mais mata os brasileiros, sendo a
principal causa de incapacidade no mundo. Aproximadamente 70% das pessoas não
retorna ao trabalho após um AVC devido às seqüelas e 50% ficam dependentes de
outras pessoas no dia a sai. Apesar de atingir com mais frequência indivíduos acima de
60 anos, o AVC pode ocorrer em qualquer idade, inclusive nas crianças. O AVC vem
crescendo cada vez mais entre os jovens, ocorrendo em 10% de pacientes com menos
de 55 anos e a Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization) prevê que uma
a cada seis pessoas no mundo terá um AVC ao longo de sua vida.

O QUE É O AVC?

Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser definido como o surgimento de um déficit
neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso
central. Classicamente o AVC é dividido em 2 subtipos:

-AVC isquêmico: ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma
artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular. Ele é responsável
por 85% dos casos de AVC.

-AVC hemorrágico: o acidente vascular cerebral hemorrágico é causado pela ruptura


espontânea (não traumática) de um vaso, com extravazamento de sangue para o
interior do cérebro (hemorragia intracerebral), para o sistema ventricular (hemorragia
intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).

AVC TEM TRATAMENTO

Com a prevenção, podemos reduzir muito o risco de AVC. Mas se ele ocorrer, atualmente
o AVC tem tratamento.O tratamento do AVC isquêmico baseia-se na reperfusão, ou seja,
desobstrução do vaso cerebral ocluído, normalizando a circulação cerebral. O
medicamento utilizado é o trombolítico, que é injetado na veia do braço circula pela
corrente sanguínea até o vaso cerebral afetado e desmancha o coágulo que entope a
circulação. Quanto mais rápido conseguirmos iniciar o tratamento, mais chance nós
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temos de salvar os neurônios que estão em sofrimento, diminuindo muito ou até


evitando as seqüelas do AVC.

APRENDA A RECONHECER O AVC PORQUE TEMPO PERDIDO É CÉREBRO PERDIDO


AVC - SINAIS DE ALERTA

C lique para assistir o víde o

Início súbito de qualquer dos sintomas abaixo:

Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um


lado do corpo
Confusão, alteração da fala ou compreensão
Alteração na visão (em um ou ambos os olhos)
Alteração do equilíbrio, coordenação , tontura ou alteração no andar
Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente

Se você ou alguém que você conhece estiver com um destes sintomas – NÃO ESPERE
MELHORAR!!! CORRA!!! Cada segundo é importante.

LIGUE imediatamente para o número 192 (SAMU), ou para o serviço de ambulância de


emergência da sua cidade, para que possam enviar o atendimento a você.

Outro dado importante é observar / checar / anotar a hora em que os primeiros sintomas
apareceram. Se houver rapidez no atendimento do AVC, até 4,5 horas do início dos
sintomas um medicamento que dissolve o coágulo pode ser dado aos pacientes com AVC
isquêmico, o tipo mais comum de AVC, diminuindo a chance de sequelas.

FATORES DE RISCO PARA O AVC

Fator de risco é aquele que pode facilitar a ocorrência de AVC (derrame). O manejo
adequado dos fatores de risco diminui a probabilidade de uma pessoa ter um AVC,
aumentando o tempo e a qualidade de vida. Os principais fatores de risco para AVC são:

IDADE E SEXO
Ainda que um AVC possa surgir em qualquer idade, inclusive entre crianças e recém-
nascidos, a chance dele ocorrer cresce à medida que avança a idade. Quanto mais velha
uma pessoa, maior a chance de ela ter um AVC.

Pessoas do sexo masculino e a raça negra exibem maior tendência ao desenvolvimento


de AVC.

HISTÓRIA DE DOENÇA VASCULAR PRÉVIA


Quem já teve um AVC, ou uma “ameaça de derrame”, ou outra doença vascular como o
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infarto (no coração) e a doença vascular obstrutiva periférica (estreitamento das artérias
que alimentam as pernas diminuindo o fluxo de sangue), tem maior probabilidade de ter
um AVC.

DOENÇAS DO CORAÇÃO
As doenças do coração, especialmente as arritmias (batimentos cardíacos desregulados),
aumentam o risco de AVC. A arritmia mais comum é a fibrilação atrial, que provoca uma
corrente sanguínea irregular e facilita a formação de coágulos sanguíneos dentro do
coração, que podem chegar pela circulação nos vasos do cérebro, diminuindo o fluxo
sanguíneo e causando um AVC.

Outros exemplos de doenças do coração que aumentam o risco de AVC: infarto, doença
nas válvulas, cardiopatia chagásica (Doença de Chagas).

TABAGISMO
Já está amplamente difundido que fumar é prejudicial à saúde. O hábito de fumar é
fortemente relacionado com o risco para AVC. Mesmo o uso de pequeno número de
cigarros (ou de cachimbo ou de charuto) associa-se ao risco aumentado. As substâncias
químicas presentes na fumaça do cigarro passam dos pulmões para a corrente
sanguínea e circulam pelo corpo, afetando todas as células e provocando diversas
alterações no sistema circulatório. O fumo deve ser evitado sempre! Os benefícios de se
parar de fumar são reais e estão presentes desde o dia em que você interrompe o uso.

HIPERTENSÃO ARTERIAL
Conhecida como “pressão alta”. O termo pressão arterial se refere à pressão nas
artérias que levam o sangue do coração para o resto do corpo. A pressão média de uma
pessoa saudável é de 120/80 mmHg (“12 por 8”). Quando a pressão está elevada, ela
acaba lesionando os vasos sanguíneos do cérebro e pode causar um AVC. O tratamento
da hipertensão arterial é muito importante, pois reduz tanto o risco de AVC como de
ataques do coração! Mesmo que uma pessoa tenha uma pressão só um pouco elevada é
preciso consultar um médico para começar o tratamento adequado.

DIABETES
A diabetes é causada por uma deficiência do hormônio chamado insulina ou por uma
resistência a ele. Esse hormônio é essencial no metabolismo da glicose (açúcar) no
corpo. Por isso pessoas com diabetes possuem um excesso de “açúcar no sangue”. O
objetivo do tratamento da diabetes é manter o nível de glicose no sangue o mais
próximo do normal. Um bom controle da diabetes com dieta adequada e medicamentos
torna os problemas circulatórios menos comuns. Pessoas com diabetes devem cuidar
atentamente os níveis da pressão arterial.

SEDENTARISMO
A atividade física confere redução do risco de doença vascular. O sedentarismo leva ao
aumento de peso, predispondo à hipertensão, diabetes, níveis inadequados de
colesterol no sangue, todos fatores de risco para AVC já comentados. Começar uma
atividade física regular, por exemplo caminhadas três vezes por semana, traz benefícios
à saúde.

A DIETA E O COLESTEROL
O excesso de gordura no sangue (dislipidemias), especialmente de colesterol, leva à
formação de placas nas paredes das artérias. Isto as torna mais estreitas e reduz o
fluxo sanguíneo, aumentando a chance da pessoa ter um AVC. Você pode diminuir este
risco mudando a sua dieta, principalmente reduzindo o consumo de gordura animal.

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A obesidade deve ser controlada, principalmente por sua associação com a diabetes,
inatividade física, hipertensão arterial e dislipidemias. Para controlar adequadamente o
peso e diminuir os riscos de desenvolver um AVC consulte o seu médico e um
nutricionista.

ÁLCOOL E DROGAS
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas associa-se a grande aumento na incidência
de AVC. O consumo rotineiro de álcool leva a hipertensão e níveis inadequados de
colesterol no sangue - fatores de risco já citados.

O uso de cocaína ou crack é capaz de gerar lesão arterial e picos hipertensivos, sendo
associado ao desenvolvimento de AVC.

ANTICONCEPCIONAL
O uso de pílulas anticoncepcionais pode favorecer o surgimento de AVC, principalmente
em mulheres fumantes, ou com hipertensão arterial, ou com enxaqueca. É muito
importante que você consulte o seu médico para que ele avalie a sua condição clínica e
oriente da melhor maneira possível. Não tome nenhuma decisão sem antes consultar o
seu médico.

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