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DATA – 15/06/2016
AULA – 01
Ementa
1 – Elementos da comunicação ..................................................... Erro! Indicador não definido.
Contatos
Facebook: Professor João Paulo Valle
Quando se fala em linguagem trata-se também sobre a comunicação. A linguagem serve para
possibilitar a comunicação entre sujeitos.
1 – Elementos da Comunicação
1.
2.
2 – Tipologia textual
Corresponde a uma série de características que o texto possui em abstrato de acordo com
a intenção que o autor deseja alcançar no momento da produção textual.
Os tipos de textos existentes são:
a) Descrição: é um texto estático, possui a intenção de criar uma imagem por meio
das palavras.
O tempo verbal predominante é o presente do indicativo ou o pretérito imperfeito do
indicativo. Além disso, utiliza-se muito da adjetivação e uso do verbo de ligação com predicativo
do sujeito para caracterizar.
b) Narração: texto de natureza dinâmica, existe uma mudança no estado das coisas.
Narrar significa colocar fatos no tempo, podendo ser sobre algo real ou fictício. Há a
predominância do pretérito perfeito.
Todo texto narrativo será apresentado por um narrador que poderá ser de 3º (terceira)
pessoa, como narrador observador ou onisciente, ou em 1ª (primeira) pessoa, esse é o narrador
personagem da história.
O narrador onisciente tem ciência de tudo que acontece durante a narração, até mesmo o
que se passa na mente das pessoas narradas.
O narrador observador apenas aborda o que é visível, isto é, sem adentrar nos
pensamentos dos personagens narrados.
A narrativa em primeira pessoa estará eivada de subjetividade, pois a pessoa narra a sua
vivência e participa da história. Ex. Dom Casmurro.
d) Injunção: texto que apresenta comando (ordem, pedido, sugestão, instrução). Ele
será dirigido diretamente ao receptor. Normalmente será apresentado através de um verbo
imperativo. Ex. Não fume neste local. A placa com um cigarro cortado ao meio indicando que é
proibido fumar também é um texto injuntivo.
Gêneros textuais são diferente de tipos textuais, pois aqueles dizem respeito a situação
comunicativa e a produção concreta de um texto. Ex. e-mail, carta, romance, crônica, piada.
a) Denotativo: possui sentido literal. Traz uma segurança maior para transmitir a
informação, pois se trabalha com o sentido exato que a palavra foi criada.
4 – Figuras de linguagem
a) Comparação:
Existem dois elementos e há explicitamente uma comparação entre eles.
Ex. Seus olhos, que eram como um par de brasas, impressionavam-me.
b) Metáfora:
É uma mudança/transposição de um termo; uma comparação implícita. O significado da
palavra tomará outro sentido e só terá significado no contexto em que a metáfora está contida.
Exemplo:
Seus olhos eram um par de brasas. (Transfere-se a característica de um par de brasas aos
olhos.)
Se eu pudesse roubar as gotas de luar que vi brilhar nos olhos seus...
c) Metonímia:
É a substituição de um termo por outro termo relacionado a ele.
Exemplos:
Aquele par de brasas me espiava atentamente. (Há o uso de duas figuras de linguagens
simultaneamente. Conforme dito anteriormente, par de brasas é uma metáfora; é uma metonímia
ao falar que o par de brasas (os olhos) espionava atentamente.)
Meus olhos não receberam bem as notícias. (a pessoa como um todo não recebeu bem a
notícia)
O estádio aplaudiu o jogador. (as pessoas do estádio)
Eu gosto de ler Monteiro Lobato. (as obras de Monteiro Lobato)
Meus ouvidos não queriam acreditar naquilo. (a pessoa não queria acreditar)
d) Perífrase:
Substituição de um termo por outro equivalente em sentido, falar mais para dizer a mesma
coisa.
Exemplos:
Fui à Cidade Maravilhosa. (Rio de Janeiro)
O homem do Baú está em Belo Horizonte. (Sílvio Santos)
Ontem, quando cheguei, meu irmão estava cozinhando. (pode ser substituído por
cozinhava).
e) Eufemismo:
Falar de algo de forma atenuada.
Exemplos:
Fulano de tal descansou/ não está mais entre nós. (Morreu)
Ele foi convidado a se retirar. (Foi expulso)
f) Antítese:
Aproximação de palavras de naturezas opostas. Não há contradição entre elas.
Exemplo: O jardim tem vida e morte.
- Paradoxo: Parece haver uma contradição, contudo ela é desfeita pelo contexto.
Ex. O Brasil é um país rico e cheio de pobreza.
g) Hipérbole:
Sempre que houver exagero intencional para enfatizar alguma informação que se deseja
passar. Pode envolver números, mas não é a regra.
Exemplos:
Eu já li mil vezes esse livro.
Chorou um rio de lágrimas.
h) Personificação:
Atribui a um ser ou objeto que não é humano alguma característica de ser humano.
Exemplo:
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante. / As
margens tranquilas do rio ouviram o brado retumbante, contudo a margem não escuta.
i) Sinestesia:
Quando houver a mistura de sentidos diferentes (visão, olfato, paladar, tato, audição).
Exemplos:
Não gosto de cores (visão) berrantes (audição).
Sentiu (tato) a luz (visão) do sol.
j) Hipérbato:
Inversão da ordem sintática da frase. A ordem sintática direta da frase é: sujeito, verbo,
complemento, adjunto adverbial.
Exemplo:
Feliz eu era.
k) Ironia:
Autor diz uma coisa querendo falar outra, geralmente, com a intenção de criticar algo.
5 – Coesão e coerência
Saí para comprar maçã, mas, como a fruta estava muito cara...
b.1) Coesão sequencial (conexão): não se trabalha com a ideia de referido ou referente,
mas sim com uma continuidade lógica do texto.
Geralmente utiliza-se de: conjunções; locuções conjuntivas; advérbios; expressões de
conexão; articuladores do discurso em geral.
[Será necessário estudar na gramática as ações coordenadas e as ações subordinadas
adverbiais.]
Exemplos:
Eles são uma gracinha, alegram a casa e, para muita gente, são companhias
indispensável. Mas há também quem não tem paciência...
1
Palavra com significado mais amplo que engloba as demais. Ex. Fruta que engloba maçã, morango, mamão... Possuem
uma relação, mas não são sinônimas.
2
Transformar um contexto mais amplo em um substantivo abstrato.