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http://www.santanaclube.com/mecanica/carburador/index.htm
Esta seção foi especialmente criada para auxiliar a execução de perfeitos diagnósticos, manutenções e
reparos no sistema de alimentação dos motores Alta Performance 1800 e 2000, pois nesta seção
estaremos disponibilizando todas as informações técnicas referentes aos componentes e às características
de funcionamento desse sistema, além de uma pesquisa programada para diagnósticos de possíveis
irregularidades.
Guia de Manutenção
Nível de cuba
Vazão da bomba de aceleração
Abertura positiva da borboleta do acelerador
Folgas X e Y
Abertura da borboleta do afogador (pneumático)
Abertura parcial da borboleta do afogador (pino excêntrico)
Corretor de marcha-lenta para veículos equipados com climatizador
Tabela de Calibragem - Motores a Gasolina
Tabela de Calibragem - Motores a Álcool
Diagnósticos
Todos modelos
O carburador 2E7 que equipa os motores Alta Performance 2000, diferente no Alta Performance 1800 nos
seguintes aspectos:
Além de nova calibragem, o carburador é fundido totalmente em Zamac e sem existência de cantos vivos,
garantindo a eficiência do banho anti-corrosivo. Também forma introduzidas modificações visando o seu
aprimoramento, conforme demonstra a ilustração abaixo.
Importante: Os circuitos dos sistemas de funcionamento deste carburador são semelhantes aos dos
utilizados nos motores Alta Performance 1800.
Sistema de Nível Constante
O nível de combustível é mantido constante na cuba através da bóia, em conjunto com a válvula de
estilete. Essa válvula possui sua sede em latão prensada na tampa, nos primeiros carburadores, e
rosqueada nos atuais.
O tubo de entrada possui um filtro para reter material que, porventura, se solte da mangueira no momento
da conexão.
A válvula de estilete dos modelos a gasolina possui ponta de viton, e a dos modelos a álcool de aço
inoxidável.
Sistema de Marcha-Lenta
Através desse sistema, o combustível é dosado pelo calibre pulverizador da marcha-lenta. Recebe, nesse
local, uma quantidade de ar proveniente do calibre de ar da marcha-lenta, formando uma mistura que
passa pela válvula eletromagnética.
A seguir, essa mistura recebe uma quantidade de ar adicional, e é descarregada no fluxo principal do 1º
estágio. A quantidade dessa mistura é controlada pelo parafuso de regulagem de mistura da marcha-lenta
(CO).
Uma novidade desse sistema é a descarga da alimentação de progressividade que, agora, é feita através
de uma fenda, ao invés dos tradicionais furos de progressividade. Essa fenda descarrega uma
determinada quantidade de mistura no fluxo principal do 1º estagio, possibilitando, assim, que a passagem
de marcha-lenta para rotações intermediarias seja mais suave do que seria, se fosse feita através de furos
de progressividade.
Sistema de bomba de aceleração
Durante a abertura da borboleta do acelerador (1° estágio), a bomba de aceleração é acionada pelo came
do comando de injeção. O diafragma recalca o combustível para o fluxo principal do 1º estagio através do
tubo injetor, passando pelo filtro e válvula de esfera.
Esse filtro, na parte inferior do tubo injetor, é uma novidade introduzida no sistema, não permitindo a
passagem de impurezas que possam obstruí-lo. A bomba do sistema de aceleração é recarregada quando,
ao se desacelerar, a mola retorna o diafragma, provocando a sucção do combustível da cuba, através da
válvula de borracha.
Sistema principal do 1º estagio e válvula de máxima
Com a abertura da borboleta, a depressão no diafragma da válvula de máxima diminui. Dessa forma, a
mola de retorno do diafragma se distende, permitindo uma passagem adicional de combustível, através da
válvula de máxima, para o sistema principal. Com o aumento da rotação, mantendo a abertura da
borboleta constante, a depressão no coletor aumenta novamente, atuando sobre o diafragma, que vence a
ação da mola e desativa o sistema
Sistema de comando das borboletas para acionamento do 2º estagio
O sistema funciona através de um dispositivo pneumático que aciona a borboleta do 2º estagio, este
dispositivo é comandado pela depressão formada nos difusores do carburador.
Nos motores a álcool, existe uma válvula eletropneumática de retardo do 2º estagio, e uma restrição
calibrada no dispositivo pneumático.
- A borboleta do 1º estagio esteja, no mínimo, a 53º de abertura para os modelos a gasolina e a 43º para os
modelos a álcool.
Com isso, mais economia e melhor dirigibilidade estarão garantidas, já que o funcionamento vai depender
da depressão provocada nos difusores, e não da maneira de dirigir do motorista.
Sistema de progressividade do 2º estagio
Alem disso, é preciso também que a borboleta do 1º estagio esteja com abertura maior que 53° (modelos a
gasolina), e maior que 43° (modelos a álcool).
Nessas condições, a borboleta do 2° estagio inicia sua abertura, expondo a fenda de progressividade ao
fluxo principal.
O sistema de pulverizador principal do 2° estagio é formado pelos calibres de ar e combustível. Seu funcionamento é semelhante
ao do 1° estagio, que já foi descrito anteriormente.
Em condição de plena potencia, alem dos outros sistemas, entra também em funcionamento o sobrealimentador, que é formado
por um calibre e um tubo de descarga. O sobrealimentador entra em funcionamento., quando a depressão reinante na região do
tubo de descarga é suficiente para arrastar o combustível da cuba, e descarregá-lo no fluxo principal do 2º estagio.
Nessa condição, a abertura da borboleta é total e, conseqüentemente, a depressão no coletor de admissão é insuficiente para
manter a válvula de máxima desativada, o que faz com que ela volte a funcionar.
Afogador com dispositivo pneumático de abertura da borboleta
O afogador é um dispositivo que auxilia a partida, já que facilita a sucção de combustível nas primeiras
voltas do motor. O sistema é acionado manualmente, através do cabo do afogador.
A grande depressão que se forma nesse instante aciona todos os circuitos do 1º estagio: marcha-lenta,
progressividade, principal e válvula de máxima.
Mas se o afogador continuar atuando plenamente, em pouco segundos o motor estaria completamente
afogado. Para evitar que isso aconteça é que existe o dispositivo pneumático.
Sistema corretor de marcha-lenta para veículos equipados com climatizador
Para compensar a queda de rotação com o climatizador ligado, foi desenvolvido o sistema corretor de
macha-lenta. Esse sistema consiste de um corretor pneumático e uma válvula eletropneumática de 2 vias,
que é alimentada pelo circuito da embreagem eletromagnética do compressor do climatizador.
Sistema desativado
Sistema ativado
Com a válvula eletropneumática ligada, a depressão cai, permitindo através da distensão da mola, um
deslocamento da haste de regulagem. Isso provoca uma pequena abertura na borboleta do acelerador,
corrigindo, assim, a rotação da marcha-lenta.
ATENÇÃO: A válvula eletropneumática possui, internamente, um diodo que se queima, quando a
sua polaridade de ligação for invertida
Ajustes e Regulagens
Nível de cuba
Deve ser verificado sempre que se trocar a agulha, bóia ou tampa do carburador.
Ao se realizar essa medição, deve-se usar um esquadro de 30° x 60° para posicionar a tampa do
carburador, conforme desenho. Com a ferramenta de controle, o lado de 26,5mm deve apresentar uma
interferência com a bóia, e o lado de 28,5mm deve apresentar uma folga.
Cuidado para que a ferramenta de controle não remonte sobre o ressalto de compressão da junta, porque
isso alteraria a medição
Deve ser verificada sempre que se trocar o tubo injetor, diafragma, válvula de borracha e tampa da bomba
de aceleração.
Atenção: Observe, durante essa regulagem, os diferentes valores de calibragem do turbo injetor.
.
Alvo do jato do sistema de bomba de aceleração
Gasolina
A regulagem deve ser feita, de modo que o jato de combustível seja direcionado, para atingir
o fim do paralelo do difusor primário.
Atenção: Neste caso, ao se montar a tampa do carburador, o jato deve atingir o difusor
secundário.
Álcool
A regulagem deve ser feita, de modo que o jato de combustível passe livre pelo fluxo
principal do 1º estagio e atinja a fresta da borboleta.
Atenção: Neste caso, ao se montar a tampa, o jato deve fluir livremente até atingir a
fresta da borboleta
A verificação se faz com a borboleta do afogador totalmente fechada, medindo-se, com um broca ou arame
calibrado, a folga entre a borboleta e a parede do corpo, conforme ilustração.
O ajuste é feito no parafuso de regulagem, removendo-se o lacre plástico que protege o mesmo.
.
Came de acionamento da borboleta do afogador.
Na borboleta do 2º estágio, existe uma alavanca plástica com mola, que tensiona a borboleta fechando-a,
para evitar enquanto o sistema não é liberado aberturas parciais, que poderiam interferir no funcionamento
do motor, mais especificamente na marcha-lenta.
O movimento dessa alavanca é limitado por dois batentes que devem ser verificados com auxílio de um
calibre de lâminas, conforme ilustração.
Abertura da borboleta do afogador (pneumático)
Deve ser verificada e regulada sempre que for substituído o dispositivo pneumático de abertura da
borboleta do afogador, e o sistema de alavancas. Durante essa regulagem, devem ser observados os
diferentes procedimentos para os modelos a gasolina e álcool.
Gasolina
Com a depressão aplicada e o afogador totalmente acionado, a borboleta do sistema apresentará uma
abertura, que é regulada através do parafuso de fenda.
Álcool
Com a depressão aplicada e o afogados acionado, até que o mancal plástico se aloje na concavidade da
alavanca de acionamento, a borboleta do sistema apresentará uma abertura, que também é regulada
através do parafuso de fenda.
Abertura parcial da borboleta do afogador (pino excêntrico)
Este ajuste deve ser feito após a regulagem da abertura da borboleta do afogador (pneumático). Para isso
observe os diferentes procedimentos para os modelos a gasolina e álcool.
Gasolina
Com depressão aplicada e o afogador acionado, até que o mancal plástico se aloje na concavidade da
alavanca de acionamento, a borboleta do sistema apresentara uma abertura que devera ser igual a da
regulagem anterior. Caso isso não ocorra, ela deve ser corrigida pelo pino excêntrico, conforme a
ilustração acima.
Álcool
Com a depressão aplicada e o afogador acionado totalmente, a borboleta do sistema apresentara uma
abertura que deverá estar de acordo com a especificação. Caso isso não ocorra, ela deve ser corrigida no
pino excêntrico, conforme a ilustração acima.
A regulagem deve ser feita quando se substituir o corretor pneumático de marcha-lenta, quando se realizar
uma regulagem do motor ou se reparar o climatizador. Após a regulagem normal de marcha-lenta, ligue o
climatizador. A rotação de marcha-lenta não devera alterar. Caso isso não ocorra, corrija-a na contraporca
da haste de regulagem.
Tabela de Calibragem - Carburadores Brosol 2E7 - Motores a Gasolina
Identificação
-
Motores - Prefixo
UD UD UQ
Número de / até
Início de Produção / 003.541 Até 3.542 Início de Produção
Calibragens
-
1º Estágio 2º Estágio 1º Estágio 2º Estágio 1º Estágio 2º Estágio
Calibre do Pulverizador Principal
X110 X127,5 (Ver Obs. 02) X127,5 110 115
Calibre do Ar do Pulverizador Principal
X100 X110 X100 X110 X100 X100
Altura da Bóia - mm
26,5 a 28,5 - 26,5 a 28,5 - 26,5 a 28,5 -
Motor AP 2000 - Transmissão Mecânica: 0,8 a 1,0 - Transmissão Automática - 0,8 a 0,9
Válvula de máxima (identificação) Folgas Y / Z - mm
0,5 a 1,1 / 0,4 a 0,5 a 1,1 / 0,4 a 0,5 a 1,1 / 0,4 a
0,7
-
0,7
-
0,7
-
Observações
--
Identificação
-
Motores - Prefixo
UE UE UR
Número de / até
Início de Produção / 038.963 Até 38.964 Início de Produção
Calibragens
-
1º Estágio 2º Estágio 1º Estágio 2º Estágio 1º Estágio 2º Estágio
Calibre do Pulverizador Principal
135 220 140 220 140 177,5
Calibre do Ar do Pulverizador Principal
B100 X110 B110 X110 B110 X120
Altura da Bóia - mm
26,5 a 28,5 - 26,5 a 28,5 - 26,5 a 28,5 -
Motor AP 1800 - Transmissão Mecânica: 0,9 a 1,0 - Transmissão Automática - 0,8 a 0,9
Motor AP 2000 - Transmissão Mecânica e Automática: 1,1 a 1,2
Observações
--
Obs. 3
Carburador 026 129 015.5 e 026 129 015.25 - 60 / 155
Carburador 026 129 015.20 - 60/140
Carburador 026 129 015.26 - Motor de: UE 041.745 - 60/155 até: UE 041.746 - 60/140
A partir do motor UR 034.827 - 65 / 135
Obs. 4
Obs. 5
- Condições prévias
1. Não devem estar soltas ou danificadas, nem permitir infiltração de ar, as seguintes mangueiras: - do
servofreio, de tomada de depressão no coletor de admissão, do sistema de aeração do cárter, do sistema
de emissões evaporativas, do sistema de correção da rotação de marcha-lenta.
- Todas verificações indicadas nos diagramas devem ser realizadas com o motor aquecido, e com os
consumidores elétricos desligados.
- Sempre que um conector for desconectado, verifique seus terminais. Terminais soltos, afundados ou
oxidados causam sintomas idênticos ao de um componente defeituoso.
8. Após a utilização do diagnóstico, caso tenha sido necessário atuar no parafuso de regulagem do corretor
de rotação da marcha-lenta.
- Rotação de marcha-lenta irregular: Veículos com carburadores com controle eletrônico da rotação de
marcha-lenta.
Em primeiro lugar deve-se observar as instruções das condições prévias, a não observância dessas
instruções além de possibilitar correções ou substituições indevidas, dificultarão ainda mais a identificação
de irregularidade. Portanto, somente após realizadas essas verificações preliminares, utilize os diagramas.
Atenção
O sistema de correção da rotação de marcha-lenta, não atua na regulagem da mistura. Caso se constate
dificuldade na regulagem do índice de CO, atribua a causa à entradas de ar abaixo da borboleta do
acelerador (mangueira soltas ou danificadas, juntas danificadas, etc) ou à problemas no carburador (nível
de cuba, válvula de máxima, etc.)
Somente utilize a tabela de testes do Teste dos Sinais da Unidade quando um dos diagramas solicitar.
Utilizá-la em outras condições acarretará reparos desnecessários.
Nos veículos equipados com climatizador, sempre que a unidade de comando da rotação da marcha-lenta
for substituída, é imprescindível que se teste o diodo de proteção instalado no compressor do climatizador.
Abreviações Significado
Diagramas
Carburador 30/34 - 3E
Dentre as inúmeras novidades da linha Volkswagen 1990, uma delas foi a introdução do Carburador 30/34
- 3E nos motores Alta Performance 2000 - 2ª fase.
Ele apresenta diversas inovações que visam proporcionar um maior desempenho com melhor
dirigibilidade. Os procedimentos de ajuste e regulagem são similares aos do Carburador Brosol 2E7, porém
sua calibragem e seus dados de regulagem são específicos.
-
Motores - Prefixo
UQ UR
Calibragens
-
1º Estágio 2º Estágio 1º Estágio 2º Estágio
Calibre do Pulverizador Principal
120 107 137,5 152,5
Altura da Bóia - mm
26,5 a 28,5 - 26,5 a 28,5 -
Componentes do Carburador
Visão Geral dos Componentes do Sistema
Afogador Automático
Finalidade: Facilitar a partida a frio e dosar a quantidade de mistura durante o aquecimento do motor,
melhorando a dirigibilidade na fase fria.
A mola bimetálica está atrelada em sua extremidade central na carcaça intermediária e na externa numa
alavanca acoplada ao eixo da borboleta do afogador. Ao ser aquecida a mola se expande, carregando
consigo esta alavanca, provocando o giro do eixo e, conseqüentemente, a abertura da borboleta.
Naturalmente esta abertura é feita de forma gradual, permitindo uma mudança progressiva da fase fria
para a quente.
Controle da Marcha-Lenta
Este regime de trabalho ocorre quando o acelerador se encontra em posição de repouso e é identificado
pelo sinal do interruptor de marcha-lenta.
A Unidade de Comando monitora constantemente a rotação do motor para verificar a ocorrência de algum
desvio, queda, do valor nominal pré-estabelecido. Caso o desvio ocorra, como por exemplo ligam-se os
faróis, a Unidade de Comando exercerá ação corretiva modificando o "ciclo de trabalho" da válvula
corretora. Esta última vai atuar reduzindo a depressão média na câmara posterior e a haste do corretor vai
se projetar, abrindo a borboleta do acelerador, o suficiente para manter a rotação nominal de marcha-lenta.
Igualmente, ao desligar os faróis a rotação tende a aumentar; a unidade faz a correção no sentido inverso,
mudando o "ciclo do trabalho" de forma a aumentar a depressão média na câmara posterior do corretor e
fechar a borboleta, restabelecendo a rotação nominal da marcha-lenta. Nos gráficos abaixo podemos
observar o comportamento do sistema.
Controle da Marcha-Lenta para Veículos com Ar-Condicionado
Por tratar-se de um consumidor que absorve potência do motor o ar-condicionado recebe tratamento
especial da Unidade de Comando. Ela possui conexão elétrica com o circuito da embreagem do
compressor o que permite a correção da
rotação da marcha-lenta simultaneamente
com o acionamento do compressor.
Funcionamento
- Interruptor de Marcha-Lenta: Quando a borboleta do acelerador retorna à posição de marcha-lenta, o
parafuso batente da marcha-lenta encosta na haste e aciona o interruptor, fechando o circuito. Com o
circuito fechado a Unidade de Comando é informada que o carburador está trabalhando em regime de
marcha-lenta.
Na condição de freio motor, identificada pela Unidade de Comando, por estar a rotação acima da marcha-
lenta e a borboleta do acelerador em repouso, o sistema provoca o corte de combustível.
- Condições prévias
1. Não devem estar soltas ou danificadas, nem permitir infiltração de ar, as seguintes mangueiras:
- Todas verificações indicadas nos diagramas devem ser realizadas com o motor aquecido, e com os
consumidores elétricos desligados.
- Sempre que um conector for desconectado, verifique seus terminais. Terminais soltos, afundados ou
oxidados causam sintomas idênticos ao de um componente defeituoso.
8. Após a utilização do diagnóstico, caso tenha sido necessário atuar no parafuso de regulagem do corretor
de rotação da marcha-lenta.
- Rotação de marcha-lenta irregular: Veículos com carburadores com controle eletrônico da rotação de
marcha-lenta.
Em primeiro lugar deve-se observar as instruções das condições prévias, a não observância dessas
instruções além de possibilitar correções ou substituições indevidas, dificultarão ainda mais a identificação
de irregularidade. Portanto, somente após realizadas essas verificações preliminares, utilize os diagramas.
Atenção
O sistema de correção da rotação de marcha-lenta, não atua na regulagem da mistura. Caso se constate
dificuldade na regulagem do índice de CO, atribua a causa à entradas de ar abaixo da borboleta do
acelerador (mangueira soltas ou danificadas, juntas danificadas, etc) ou à problemas no carburador (nível
de cuba, válvula de máxima, etc.)
Somente utilize a tabela de testes do Teste dos Sinais da Unidade quando um dos diagramas solicitar.
Utilizá-la em outras condições acarretará reparos desnecessários.
Nos veículos equipados com climatizador, sempre que a unidade de comando da rotação da marcha-lenta
for substituída, é imprescindível que se teste o diodo de proteção instalado no compressor do climatizador
Abreviações Significado
Diagramas
Rotação da Marcha-Lenta Abaixo do Especificado
Rotação da Marcha-Lenta Abaixo do Especificado
Esquema de Conexões do Carburador
Observe que na situação de motor parado e frio a borboleta do afogador está totalmente fechada, não
permitindo a passagem de ar. A abertura mínima desta borboleta é feita pela atuação do desafogador.
Funcionamento: O motor ao girar, impulsionado pelo motor de partida, começa a aspirar ar gerando
depressão no coletor de admissão. Esta depressão chega ao diafragma do desafogador que se retrai
trazendo consigo a sua haste, que por sua vez provoca o giro do eixo da borboleta garantindo, assim, a
abertura mínima.
Este é o funcionamento básico do desafogador na fase fria, mas, para facilitar ainda mais a partida existe
um retardo no seu funcionamento que será visto na seqüência.
Regime de Segurança
A ocorrência de algum defeito elétrico ou pneumático que provoque a inoperância do corretor da rotação
com relação ao sinal de depressão (diafragma furado por exemplo) provocará um aumento da rotação
acima da condição normal da marcha-lenta. Isto ocorre devido a mola do corretor "empurrar" todo o
sistema de abertura da borboleta do acelerador, abrindo até a condição de abertura positiva (fim de curso
do corretor).
Nesta condição de borboleta em repouso e rotação alta, a Unidade de Comando "reconhece" a perda do
controle de marcha-lenta e atua na válvula eletromagnética da marcha-lenta.
A válvula atuará em ciclos, "abrindo e fechando" a alimentação do combustível pelo canal da marcha-lenta.
O motor, neste instante, apresentará variações de rotação da marcha-lenta dentro de limites admissíveis,
que permitirão ao usuário uma condição segura de dirigibilidade, necessária até a manutenção e correção
do defeito.
É importante frisar que estar oscilações de rotação só ocorrerão quando o motor estiver em marcha-lenta.
Em qualquer outro regime de trabalho o carburador funcionará normalmente.
Ainda dentro do sistema de segurança a Unidade de Comando monitora continuamente os sinais que
saem e os que chegam até ela para verificar a normalidade do sistema.
Caso ocorra alguma anormalidade a unidade escolherá um regime intermediário que possibilitará ao
usuário providenciar devidos reparos.
Pode-se citar como exemplo a perda da informação de temperatura da água. Neste caso a Unidade de
Comando assume uma temperatura intermediária (60°C) que permite a dirigibilidade satisfatória com o
motor frio ou quente
Funcionamento: Como vimos, para que o desafogador possa atuar é necessário que a depressão atinja o
seu diafragma. Ocorre que entre o diafragma e a tomada de vácuo, no carburador, existem duas válvulas:
a de retardo e a termopneumática.
Quanto a depressão chega à válvula de retardo, o efeito de sucção prende a válvula tipo guarda-chuva
contra a parede divisória, vedando os orifícios de passagem de ar.
Desta forma toda depressão atmosférica, que estiver na outra metade da válvula e no desafogador, terá
que passar pela restrição calibrada que resultará num atraso, de aproximadamente 10 segundos, para a
atuação do desafogador.
Esta demora na abertura mínima da borboleta do desafogador facilita a primeira partida na fase fria.
O retardo, porém, é indesejável numa eventual segunda partida, logo após a primeira permanecendo o
motor frio. Neste caso, se houver o retardo nesta segunda partida, o motor certamente ficará afogado. Para
evitar o retardo, nesta situação, é que existe a válvula termopneumática.
Válvula Termopneumática: De cor amarela ela está localizada na parte posterior do cabeçote no duto de
saída do líquido de arrefecimento para o trocador de calor. Na fase fria ela irá reter o vácuo.
Quando inicia o funcionamento do motor gera depressão no coletor e neste instante, através do corretor da
rotação da marcha-lenta, a borboleta do acelerador encontra-se ligeiramente aberta e permite que a
depressão atinja a tomada de vácuo no carburador e através desta, a válvula termopneumática.
A válvula termopneumática tem por objetivo prender o vácuo a partir dela até o desafogador, inclusive a
válvula de retardo. Ela faz esta atividade da seguinte forma: enquanto houver diferença de pressão, vácuo
na conexão reta e pressão atmosférica na conexão inclinada, há um desequilíbrio no assentamento da
válvula tipo prato e no seu anel de vedação, permitindo a passagem do ar para o carburador.
No instante em que as duas conexões estiverem com a depressão equilibrada, a válvula tipo prato assenta
perfeitamente prendendo a depressão do lado da conexão inclinada, mesmo que o lado da conexão reta
tiver pressão atmosférica.
Partida a quente: Na fase quente a borboleta do afogador permanece totalmente aberta, comandada pela
mola bimetálica que está expandida e não interfere na partida.
Sensor de Temperatura do Motor
Finalidade
Medir a temperatura do motor, através do líquido de arrefecimento, e enviar o sinal correspondente para a
Unidade de Comando da rotação da marcha-lenta.
Construção
1. Pino de Conexão
2. Corpo do Sensor
3. Resistor tipo NTC, cujo sinal é enviado à Unidade
de Comando da rotação da marcha-lenta.
Funcionamento
O sensor de temperatura é do tipo NTC, cuja caracteristica é a diminuição da resistência com o aumento
de temperatura e vice-versa
Com isso, são gerados e enviados à Unidade de Comando, sinais elétricos correspondentes as variações
de temperatura do motor durante seu funcionamento, permitindo que esta unidade posicione corretamente
a borboleta do acelerador na marcha-lenta em função da temperatura.
3. Quando o valor encontrado diferir do valor nominal faça a correção descrita na última coluna da tabela.
Após a correção refaça a verificação do borne.
4. Se após realizadas todas as medições e correções necessárias o defeito persistir, substitua a unidade
de comando.
5. Se após substituir a unidade de comando, a rotação da lenta estiver acima de 950 RPM, retorne ao item
1 do diafragma rotação da marcha-lenta cima do especificado se estiver abaixo de 850 rpm, retorne ao
item 1 do diafragma rotação de marcha-lenta abaixo do especificado
Condições de Valores Caso os valores nominais não sejam
Borne Verifica-se
Medições Nominais encontrados
Os LED´s da
Sinal de ponta de prova Elimine interrupção entre unidade e borne 1 da
2/2 Motor Funcionando
Rotação oscilam entre + e bobina
-
Com acelerador
em repouso -
Interruptor da Elimine interrupção entre interruptor e unidade de
6/7 Neutro com
Marcha-Lenta comando
acelerador em
repouso
Motor funcionando
Sinal do Elimine interrupção no chicote da unidade de
7/7 e climatizador Polaridade +
Climatizador comando
ligado
Finalidade
Recebe sinais nos sensores e da carga que o motor está sendo submetido em marcha-lenta, escolhe o
melhor ciclo de trabalho para a situação e o aplica à válvula corretora para posicionar adequadamente a
borboleta do acelerador.
Comandar a válvula eletromagnética ao ligar e desliga o motor: na situação de freio motor e no regime de
segurança.
Funcionamento
Através dos diversos sinais a Unidade de Comando identifica o regime de carga, temperatura e rotação do
motor. Com estas informações ela pode escolher o melhor regime de trabalho a ser aplicado, conforme a
seguir:
Funcionamento
Esta válvula possui duas entradas e uma saída. Possuí, também, uma bobina elétrica que energizada
desloca o induzo. Assim, quando a bobina não estiver energizada, por ação da mola, o induzido se desloca
permitindo a ligação: depressão do carburador com a câmara posterior do corretor. Por outro lado, quando
a bobina estiver energizada, o campo magnético por ela formado, atrairá o induzido permitindo a ligação:
aeração da parte superior do carburador com a câmara posterior do corretor.
Ocorre que o ciclo de trabalho da válvula corretora é formado pela alternância destas situações que pode
variar até 20 vezes por segundo.
Conclui-se, então, que a câmara posterior do corretor não estará em depressão e nem com pressão
atmosférica, mas, da combinação destes dois fatores resultará uma depressão média que pode ser alta ou
baixa.
Para controlar a intensidade da depressão, a Unidade de Comando controla a porcentagem de tempo em
que a válvula deve permanecer ligada e desligada. Esta relação de tempo é conhecida como "ciclo de
trabalho". Portanto, a Unidade de Comando controla a posição da borboleta do acelerador através do
controle do "ciclo de trabalho" do sinal elétrico que é aplicado à válvula corretora.
Atenção: Cuidado para não inverter a polaridade da válvula corretora, pois, poderá danificá-la.
Procedimento
1. Instale os equipamentos para regulagens
2. Nos veículos com transmissão automática, remova o
filtro de ar
3.Solte as portas "1" e "2"
4. Puxe a capa do cabo "A" no sentido da seta até o
início de acionamento da alavanca do acelerador (sem
acioná-la)
5. Fixe as porcas "1" e "2" (Atenção: Nos veículos
equipados com climatizador, para a regulagem do cabo
"A", desconecte a mangueira do dispositivo de vácuo
corretor da rotação da marcha-lenta, conecte a bomba
de vácuo e aplique 400mm Hg).
6. Regule o ponto de ignição (1000rpm) com a
mangueira do avanço de vácuo no distribuidor
desconectada.
Atenção:
- Nunca deixe o parafuso de regulagem da mistura sem lacre, pois isto é exigência legal.
- Após a regulagem da rotação da marcha-lenta e do índice de CO, conecte a mangueira de ventilação do
cárter e observe se o índice de CO aumenta acima do especificado.
- Se isto ocorrer, significa que o óleo lubrificante está contaminado pelo combustível, fato que acontece
devido a utilização do veículo em trajetos curtos (motor não aquecido adequadamente).
- Para solução do problema, é necessário percorrer com o veículo um trajeto longo com o motor na
temperatura ideal de funcionamento para que o combustível adicionado ao óleo se evapore e seja
queimado pelo motor ou então, substitua o óleo do motor.
1. Substitua o sensor
2. Na instalação, aperte o sensor com 15Nm
3. Complete o nível do líquido de arrefecimento.
Meça a folga "Y" e "Z" e compare com o valor da tabela, se necessário, ajuste as folgas dobrando os
respectivos batentes
01. Solte a porca "P" (Nos modelos AP2000, a porca "P" esta posicionado ao lado esquerdo do suporte do
amortecedor)
02. Gire o amortecedor "M" no sentido da seta, até que a haste "H" encoste na alavanca "A". Em seguida,
gire o amortecedor "M" em mais três voltas, ainda no sentido da seta, e trave regulagem através da porca
"P"
03. Após a montagem do carburador, gire o parafuso de regulagem da rotação da marcha-lenta em
algumas voltas para garantir o funcionamento do motor.
04. Instale o carburador e regule a rotação da marcha-lenta e o índice de CO.
05. Lacre o parafuso de regulagem da mistura
1. Remova o carburador
2. Instale o carburador no suporte da CP-03A.
3. Remova o calibre do pulverizador da marcha-lenta
4. Remova o filtro do tubo da entrada de combustível na cuba
5. Remova a trava do desafogador com o eixo Ø 2,5 mm da CP-03A
6. Remova a válvula do 2ª estágio (exceto motores AP 1800 gasolina)
7. Remova o suporte do cabo do afogador
23. Remova o amortecedor de fechamento em conjunto com o suporte (exceto veículos com transmissão
automática)
24. Remova a válvula eletromagnética com tubo da CP-03A (somente veículos a gasolina)
25. Remova bomba de aceleração
(Atenção: Utilize gasolina ou varsol para a limpeza do carburador. Nunca utilize objetos cortantes ou
pontiagudos para desobstruir orifícios. Confira a calibragem do carburador.)
26. Certifique que os furos não estejam obstruídos
27. Furo da aeração do tubo pescador (AP 1800) e aeração do sistema de progressão do 2ª estágio
32. Na montagem da tampa da bomba de aceleração, posicione a alavanca cerca de 1/3 do seu curso
total e aperte os parafusos.
33. Substitua o anel de vedação da válvula-estilete
34. Aplique o adesivo-trava torque médio nas rodas dos parafusos de fixação.
- Tampa do carburador
- Suporte do afogador/válvula pneumática
- Acionador do 2º estágio
- Suporte do amortecedor de fechamento (motores alta Performance 2000)
- Suporte do corretor da rotação da marcha-lenta.
Carburador - Remover e Instalar
2. Remova o filtro de ar
3. Remova o condutor de ar
-Mangueira de combustível
- Mangueira de retorno de combustível (motores Alta Performance 1800 a gasolina)
- Mangueira do avanço a vácuo do distribuidor
- Mangueira da ventilação positiva do cárter
- Mangueira do respiro da cuba (veículo a gasolina)
- Mangueira da válvula do filtro de carvão ativado (veículo a gasolina)
- Mangueira do sistema de partida a frio (veículos a álcool)
- Mangueira da válvula de recirculação dos gases de escape (todos os motores Alta Performance 2000 a
gasolina e os a álcool com transmissão automática)
- Conector da válvula eletromagnética (veículos a gasolina)
- Conector da válvula corretora da rotação da marcha-lenta (veículos com climatizador)
- Cabos de comando do acelerador e do afogador.
4. Desconecte o cabo massa do carburador na tampa das válvulas (somente para veículos a gasolina)
5. Remova o carburador.
03. A depressão deverá estabilizar-se, caso contrário, verifique se há entradas de ar na mangueira, ou,
caso a mangueira esteja em ordem, substitua a válvula "V"
05. Mantendo os 400mmHg de depressão, a haste "H" do corretor "C" deverá recuar causando uma
pequena abertura na borboleta do acelerador.
06. Caso a haste "H" não recue, verifique se a depressão se mantém em 400mmHg.
07. Em caso afirmativo, substitua a válvula "V", em caso negativo, verifique a existência de entradas de ar
na mangueira entre a válvula "V" e o corretor "C", ou, caso a mangueira esteja em ordem, substitua o
corretor "C"
AP 1800 AP 2000
Corretor da rotação da marcha-lenta : Regular Carburadores 2E-CE e 3E-CE
Atenção: Esta regulagem somente deve ser efetuada, no caso de substituição de um corretor danificado
por uma peça nova.
06. Dê a partida do motor sem pisar no pedal do acelerador e deixe o motor funcionar em marcha
lenta
07. Desconecte a mangueira e aplique 600mmHg de depressão no corretor (vede a extremidade da
mangueira desconectada)
02. Verifique se a abertura da borboleta do acelerador (1º estágio) está dentro do valor prescrito na tabela
(A verificação da abertura positiva deve ser feita no lado da fenda de progressividade.)
Inspecionar
Substituir
Ligação do Desafogador
Ligação do Sistema de Correção da Rotação da Marcha-Lenta / Acionamento do 2º estágio
AP1800
AP2000
Ligação do Sistema de Correção da Rotação da Marcha-Lenta (veículos com climatizador)
C - Desafogador
D- Distribuidor
G- Acionador do 2º estágio
04. O valor de depressão deve estabilizar-se, caso contrário, há vazamentos nas mangueiras ou no
acionador ou ainda na válvula do 2º estágio
05. Acione a borboleta do 1º estágio totalmente, A borboleta do 2º estágio deverá se abrir
07. O valor de depressão deverá cair gradativamente e a borboleta do 2º estágio deverá fechar-se
3. A depressão deverá manter-se, porém a haste do dispositivo de vácuo não pode se movimentar, caso
contrário, substitua o interruptor pneumático
6. A borboleta do 2º estágio deverá se abrir, caso contrário, verifique se o eixo da borboleta está engripado
1. Com a válvula fria (menos de 58°C) aplique depressão em "A" a válvula deverá reter a depressão
aplicada.
2. Aplique depressão em "B" a válvula deverá apresentar passagem livre
3. Com a válvula aquecida (mais de 58ºC) a válvula deve permitir livre passagem pelas duas tomadas