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Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Estágio I

Relatório de estágio

Licenciatura em Desporto

Rafael Coutinho Melo

Guarda, Junho de 2011


Relatório de Estágio apresentado no
âmbito da disciplina de Estágio do
curso de Desporto, nos termos do
Regulamento de Estágio aprovado
em 21 de Abril de 2010.

Orientador da Instituição: Prof. António Fonte Santa


Orientador do IPG: Prof. Natalina Casanova

Rafael Coutinho Melo


Guarda, Junho de 2011
Estágio/Benfica 2011

Ficha de Apresentação

Nome do Formando: Rafael Coutinho Melo Nº de aluno: 6711


Docente Orientadora: Prof. Natalina Casanova

Suporte Institucional/Instituição Receptora:


Endereço: Estádio do Sport Lisboa e Benfica - Av. General Norton de Matos - 1500-313
Lisboa
Telefone/Fax: 21 721 95 79

Identificação do Projecto:
Inserido no programa: Escolas de Futebol do Sport Lisboa e Benfica (Geração Benfica)
Local: Instalações do estádio do Sport Lisboa e Benfica

Destinatário:
Acção directa: Crianças de idades compreendidas entre 3 e 16anos
Número de Participantes: Sem número definido

Duração do Estágio: 25-09-2010 a 30-06-2011


Horário de Estágio: Quinta feira das 13.00horas às18.35horas
Sexta-feira das 15.00horas às 21.00horas

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Estágio/Benfica 2011

Agradecimentos

Ao longo destes oito meses em que estive envolvido no estágio da licenciatura


de Desporto e na respectiva preparação e redacção deste documento tive a oportunidade
de contar com o apoio de diversas pessoas que directa ou indirectamente contribuíram
para a obtenção do presente relatório de estágio. Em primeiro lugar desejo agradecer a
todos aqueles que com o seu saber a sua colaboração e o seu apoio crítico dispuseram
do seu tempo para debater comigo orientações e práticas de desporto no contexto do
Instituto Politécnico da Guarda, estando especialmente grato aos meus coordenadores
de estágio, à professora Natalina Casanova e Professor António Fonte Santa pela valiosa
orientação essencial à obtenção deste relatório. Agradecer aos técnicos da escola de
futebol pelo auxílio, pela sua amabilidade e por sempre estarem presentes quando
alguma dúvida surgiu.
Agradecer à minha família, especialmente aos meus pais e avós pelo esforço que
fizeram para que eu conseguisse realizar este estágio, pelo seu apoio, compreensão e
dedicação. Sem eles, não seria possível estar tão perto deste objectivo.
Agradecer também à minha namorada, Sónia Barreto Gonçalves pelo apoio e
esforço que sempre me deu para conseguir alcançar todos os meus objectivos.
Por fim, expor que naturalmente qualquer omissão ou erro é da nossa inteira
responsabilidade.

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Índice
Ficha de Apresentação…………………………………………………………………..II
Agradecimentos…………………………………………………………………… .III
Introdução ......................................................................................................................... 1

I. Caracterização do local de estágio............................................................................ 2

Caracterização Externa ................................................................................................. 2

Caracterização Interna .................................................................................................. 3

Objectivos das Escolas de Futebol Geração Benfica.................................................... 6

Objectivos pessoais do estagiário ................................................................................. 6

Simbologia utilizada pelos técnicos nas escolas de Futebol ........................................ 8

II. Áreas de Intervenção .............................................................................................. 10

Intervenção nos treinos ............................................................................................... 10

Organização da sessão de treino ................................................................................. 12

Interacção na Secretaria e Logística ........................................................................... 16

Actividades propostas ................................................................................................. 17

Liga Interna................................................................................................................. 18

Jogos UEFA e Liga Sagres ......................................................................................... 19

Encontro Nacional das Escolas da Geração Benfica .................................................. 19

Encontro de Escolas.................................................................................................... 20

III. Reflexão Crítica ................................................................................................... 21

Treino de jovens ......................................................................................................... 21

Experiência e aprendizagens recolhidas ..................................................................... 22

Dificuldades encontradas durante o estágio ............................................................... 23

Conclusão ....................................................................................................................... 24

Bibliografia ..................................................................................................................... 25

Anexos ............................................................................................................................ 26
Índice de Imagens
Imagem 1- Localização de Lisboa em Portugal. .............................................................. 2
Imagem 2- Campo dos pupilos. ........................................................................................ 3
Imagem 3-Sintetico do estádio da Luz. ............................................................................ 3
Imagem 4 Caixa Futebol Campus (Seixal). ...................................................................... 3
Imagem 5-Estrutura de funcionamento da escola............................................................. 5
Imagem 6- Exercício do "caça-bolas" ............................................................................ 13
Imagem 7-Exercicio de simulação com finalização (FASE I). ...................................... 14
Imagem 13- Encontro Nacional de Escolas Geração Benfica. ....................................... 19
Imagem 8- Exercício do "caça-bolas" ............................................................................ 27
Imagem 9-Jogo dos 3 sectores. ....................................................................................... 27
Imagem 10-Jogo Formal................................................................................................. 27
Imagem 11-Jogo da Sombra. .......................................................................................... 27
Imagem 12-Jogo de corredores....................................................................................... 27

Índice de Tabelas
Tabela 1-Simbologia utilizada nas escolas Geração Benfica. .......................................... 9
Tabela 2- Horário de Treinos. ........................................................................................ 11
Estágio/Benfica 2011

Introdução

Este estágio vem no seguimento da Unidade Curricular de estágio curricular do curso


de Licenciatura em Desporto da ESCD (Escola Superior de Educação, Comunicação e
Desporto), do Instituto Politécnico da Guarda e que decorreu nas escolas de Formação do
Sport Lisboa e Benfica (Geração Benfica).
O estágio é muito importante para a formação dos alunos, porque uma boa instituição
de estágio é seguramente muito bom para os alunos adquirirem, desde logo, muitas
capacidades e aprendizagens práticas que antes não possuíam. Por isso mesmo, entendemos
que deveríamos ser ambiciosos e estagiar na Escola de Formação do Sport Lisboa e Benfica
Geração Benfica, pois é das melhores escolas de formação de futebol de Portugal. Foi um
desafio grande, mas sabemos que era importante para a nossa formação e para o nosso futuro.
Os objectivos que pretendíamos com este estágio eram por em prática todos os
conhecimentos académicos que adquirimos ao longo da nossa formação académica,
especializámo-nos ainda mais na modalidade de futebol e sem dúvida melhorar na
relação/trabalho com crianças.
Este relatório surge como suporte teórico do estágio. Pretende dar a conhecer ao leitor
o local de estágio, assim como as actividades por nós desenvolvidas.
O presente trabalho divide-se em três capítulos. No primeiro capítulo é feita a
apresentação do local de estágio, focando o enquadramento geográfico, demonstrando como
funcionam as escolas do Sport Lisboa e Benfica (Geração Benfica) em si, sua organização e
demonstrando também as suas características físicas.
O segundo capítulo destina-se ao estágio propriamente dito, nossa intervenção e as
actividades desenvolvidas.
Na Reflexão Critica que ocupa todo o terceiro capítulo, abordamos as aprendizagens
em relação ao que aprendemos, as dificuldades e as sugestões relativamente ao estágio na
Escola de Futebol e uma reflexão critica também a nível da experiencia e conhecimentos que
adquirimos.
Por último, na Conclusão fizemos uma consideração final sobre o estágio.

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Estágio/Benfica 2011

I. Caracterização do local de estágio

Caracterização Externa

Lisboa é a capital de Portugal sendo considerada uma cidade global alfa, é também a
capital do Distrito de Lisboa e da Área Metropolitana de Lisboa. É ainda o principal centro da
sub-região estatística da Grande Lisboa. Eclesiasticamente é sede do Patriarcado de Lisboa.
Lisboa possuía, em 2004 uma população de 564 657 habitantes e uma área metropolitana
envolvente que ocupa cerca de 2 870 km², com cerca de 2,8 milhões de habitantes. A sua área
metropolitana concentra 27% da população do país.
Dados:
País: Portugal
Região: Lisboa
Distrito: Lisboa
Fundação do município (ou foral): 1179
Fundador: D. Afonso Henriques
Administração - Presidente da Câmara: António Costa
Área - Total: 83 84 km2

Imagem 1- Localização de População (2004) - Total: 564 657


Lisboa em Portugal.
Fonte: wikipédia - Densidade: 6 734,94 hab/km2
Código postal 1000 a 1900 Lisboa
Sítio: www.cm-lisboa.pt

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Estágio/Benfica 2011

Caracterização Interna

Recursos Materiais/ Instalações das escolas de futebol

As instalações das escolas de futebol do


Sport Lisboa e Benfica (Geração Benfica) situam-se
em Lisboa e no Seixal, mais propriamente no
sintético ao lado do estádio da luz (campo nº2), no
campo dos pupilos e também no centro de estágio do
Sport Lisboa e Benfica (Caixa Futebol Campus), Imagem 3-Sintetico do estádio da Luz.
Fonte: www.slbenfica.pt

respectivamente. O campo sintético do estádio


serve para toda a geração Benfica, em geral, mas o
campo dos pupilos e o Caixa Futebol Campus
alberga as selecções e as equipas do Seixal,
respectivamente apesar de também haver treinos de

selecções no sintético da Luz. Imagem 2- Campo dos pupilos.


Além dos campos de treino, a escolas de Fonte: www.slbenfica.pt

formação contam também com o gabinete de prospecção,


a secretaria de apoio ao sócio, que funciona também como
apoio gabinete de apoio aos pais, em caso dos pais ou
miúdos tenham algum problema.
Todos os materiais da escola de futebol são da
marca ADIDAS, visto que é o principal patrocinador das Imagem 4 Caixa Futebol Campus
(Seixal).
escolas de futebol. Apesar de patrocinador, todos os alunos Fonte: www.slbenfica.pt

têm de pagar os equipamentos para poder treinar.


Os materiais desportivos da escola (coletes, bolas, varas etc.) são daquela marca
desportiva, que fornece gratuitamente tudo à escola.
Relativamente aos técnicos e a nós estagiários, foi-nos fornecido todos os
equipamentos de treino (calções, t-shirt, casaco impermeável e fato de treino) gratuitamente,
embora tivéssemos que os utilizar sempre em treino. Por exemplo, nós não podíamos utilizar
nem outras cores, nem outra marca desportiva para dar o treino.

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Estágio/Benfica 2011

O gabinete de Prospecção

Nos dias correntes cada vez mais se fala de formação e em apostar na formação. É esse
também um dos objectivos do clube Sport Lisboa e Benfica em conjunto com a geração
Benfica.
O gabinete de prospecção funciona para a descobrir atletas com talento para o futebol.
Normalmente eles fazem observação a jogos a nível de torneios nacionais da categoria de
escolas, mas também funcionam para ver se há miúdos com valor para subir de escalão, ou
seja, se há miúdos de turmas que tenham valor para ir para as selecções ou mesmo para a
competição (mas esse assunto será exposto mais à frente na caracterização das escolas.).
O coordenador do gabinete de prospecção chama-se Professor Jorge Silva e existem
vários prospectores a trabalhar nesta área (não se pode dizer ao certo quantos são, porque
estão sempre a entrar e sair prospectores, isto porque poucos são remunerados e muitos são
estudantes universitários).

Secretaria da escola

A secretaria das escolas de futebol é um local fulcral para o funcionamento das


Escolas de futebol. É neste local que se organiza todo o processo ensino- aprendizagem,
inscrições dos alunos na escola, pagamento de mensalidades, gestão de equipamentos
desportivos, controlo de materiais utilizados, organizações de actividades internas e externas e
posteriormente proceder-se á sua calendarização, gestão de treinadores e estagiários.
O grupo de trabalho da secretaria é composto por um coordenador Executivo,
Professor Fernando Pinto; por um Coordenador Técnico, Professor António Fonte Santa; por
um Assessor da Coordenação Hélder Escobar e pela administrativa Sandra Lopes. O
funcionamento de atendimento ao público é feito das 17:00 até as 20:00.

Estrutura Humana da escola de Futebol

Além do pessoal de secretaria que já referimos atrás, a escola de futebol é constituída


por 12 técnicos principais, todos licenciados nas áreas de Desporto ou Educação Física. Esses
técnicos têm sempre ajuda de técnicos-adjuntos ou estagiários. Isto significa que num treino
existem sempre pelo menos 2 pessoas a orientar um treino. No nosso caso, os técnicos que
interagiram connosco foram os Misters Nuno Azevedo, Paulo Lourenço e Lino Godinho.
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Estágio/Benfica 2011

O interagir com técnicos diferentes para nós foi óptimo para aprendemos métodos
diferentes e cimentámos o nosso, pois eles tinham ideias diferentes e através disso ajudaram-
nos a criar a nossa.
Existem também 2pessoas que são responsáveis pela logística, ou seja, o papel dessas
pessoas é além de receberem os alunos são os responsáveis pelo controlo do material
desportivo.

Funcionamento/estrutura da escola (divisão dos alunos)

A escola de futebol do Sport Lisboa e Benfica (Geração Benfica) está inserida no


sector do futebol de formação do clube e é constituída por 1500 alunos, distribuídos por 42
turmas com 25 alunos/jogadores com idades compreendidas entre os 3 e os 16 anos. Os
alunos estão distribuídos pelas turmas consoante o seu escalão etário. As escolas de futebol
estão divididas por turmas, selecções e competição. Normalmente, os atletas entram para as
turmas e, só depois é que passam para as selecções ou competição mediante o seu valor.

+Qualidade

- Qualidade
Imagem 5-Estrutura de funcionamento da escola.

As turmas e as selecções das escolas de futebol, correspondem simplesmente à


variante lúdica/ entretenimento. Valoriza-se mais os valores, como a amizade, o
companheirismo, e a inter-ajuda entre atletas, enquanto, a vertente competição, os miúdos
competem e treinam para ganhar. Os objectivos que se incute nos miúdos, é ganhar e
melhorar o rendimento da equipa jogo a jogo.
Os miúdos inscritos na escola de futebol pagam mensalidade que varia com o facto de
ser, ou não, sócio do clube ou com o número de treinos que realiza por semana, mas quando
passam à competição deixam de pagar essa mesma mensalidade.

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Objectivos das Escolas de Futebol Geração Benfica

Segundo António Fonte Santa (2004), Meios, Métodos e Estratégias, o Sport Lisboa e
Benfica em consonância com a sua escola de futebol visa três objectivos de carácter geral ao
promover a Escola de Futebol:

a) Que os jovens adquiram valores sociais e humanos que lhes possibilite o


equilíbrio, a responsabilidade e a capacidade de participarem de uma forma
activa na sociedade, promovendo assim condições para uma maior
identificação entre os jovens e os valores que o S.L.B. não abdica;

b) A criação das condições necessários, no seio do clube, para que os jovens


tenham a possibilidade de ter acesso a uma correcta iniciação à prática
desportiva, mediante o pagamento de uma mensalidade;

c) Aos jovens que não tiveram possibilidade ingressar nas equipas de competição
do SLB (por critérios que sustentam uma escolha rigorosa no domínio das
capacidades para a prática do futebol), garantir uma oportunidade de se
valorizarem e de adquirirem mais conhecimentos que lhes permitam uma
eventual selecção para essas equipas.

Objectivos pessoais do estagiário


Os objectivos que tínhamos para este estágio eram:
 Ganhar ainda mais conhecimentos na modalidade de futebol;
 Estar em contacto com métodos avançados de futebol e com os melhores treinadores;
 Ganhar conhecimentos no futebol de 7;
 Adquirir um melhor curriculum.

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Estágio/Benfica 2011

Objectivos específicos das Escolas de Futebol Geração Benfica

Objectivos específicos

Técnicos: Tácticos: Físicos: Psicológicos, sociais e


afectivos:
• Remate; Princípios gerais do jogo: • Capacidades • Atitudes;
• Condução de • Criar superioridade Condicionais: • Valores;
bola; numérica; • Resistência • Normas;
• Passe; • Evitar igualdade especifica de jogo; • Relações
• Recepção; numérica; • Velocidade; interpessoais;
• Protecção da • Recusar • Reacção • Cooperação;
bola; inferioridade • Execução • Solidariedade;
• Ensino de numérica. • Deslocamento • Atenção;
diversas formas Princípios específicos do • Força rápida; • Concentração;
de drible; jogo: • Flexibilidade; • Auto-confiança;
• Ensino das Princípios • Agilidade; • Coragem;
diversas formas específicos do ataque: • Destreza. • Humildade;
• Progressão;
de desarme; • Capacidades • Combatividade;
• Jogo de cabeça; • Cobertura ofensiva; coordenativas: • Determinação;
• Técnica G.R.; • Mobilidade; • Óculo-manual;
• Lançamento • Espaço. • Óculo-pedal;
Princípios
linha lateral; • Óculo-temporal;
específicos da defesa:
• Orientação espacial;
• Contenção;
• Lateralidade;
• Cobertura
• Equilíbrio;
defensiva;
• Controlo motor;
• Equilíbrio;
• Ritmo;
• Concentração.
• Técnica de corrida

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Estágio/Benfica 2011

O ensino, os meios, métodos e estratégias visam ainda alcançar objectivos


operacionais de carácter mais específico, tais como:

Estratégicos:
Formas jogadas integradas para:
 Desenvolver regras de actuação nas diferentes posições em acções ofensivas;
 Desenvolver regras de actuação nas diferentes posições em acções defensivas;
 Racionalização do espaço de jogo;
 Evitar a aglomeração;
 Descentração do jogo;
 Dispersão em relação à bola;
 Desenvolver a noção de amplitude e profundidade e de equilíbrio e concentração
através dos jogos de corredores e sectores e sectores com corredores;
 Estimular a iniciativa individual através do desenvolvimento do drible/finta,
especialmente dos alunos mais dotados para essas acções;
 Educar e desenvolver a visão periférica (capacidade de observação);
 Educar e desenvolver a imprevisibilidade;
 Educar e desenvolver a capacidade, qualidade e velocidade da tomada de decisão;
 Aprender as regras do jogo.

Simbologia utilizada pelos técnicos nas escolas de Futebol

A simbologia utilizada na escola de Futebol do Sport Lisboa e Benfica é universal, ou


seja, cada plano de treino elaborado terá de conter esta simbologia, para que seja possível
todos os técnicos “falarem/ perceberem a mesma linguagem” quando pegam num plano de
treino. È fundamental para nós sabermos esta simbologia, pois caso um técnico falte e de nos
deixe o plano de treino para executar, sabermos o treino que temos de executar

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Tabela 1-Simbologia utilizada nas escolas Geração Benfica.

A simbologia utilizada na escola de Futebol do Sport Lisboa e Benfica é universal, ou


seja, cada plano de treino elaborado terá de conter esta simbologia, para que seja possível
todos os técnicos “falarem/ perceberem a mesma linguagem” quando pegam num plano de
treino. È fundamental para nós sabermos esta simbologia, pois caso um técnico falte e de nos
deixe o plano de treino para executar, sabermos o treino que temos de executar.

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Estágio/Benfica 2011

II. Áreas de Intervenção

Interagimos em diversas áreas da instituição, não só em treinos, mas também na parte


de secretariado e de logística do clube, o que nos permitiu um amplo conhecimento de como
funciona a estrutura daquela instituição

Principais actividades desenvolvidas


o Planeamento, organização e operacionalização do treino conjuntamente com o
treinador principal;
o Orientação e liderança do grupo/ turma na Liga Interna Geração Benfica;
o Colaboração com o assistente de coordenação no desenvolvimento de tarefas
administrativas e de apoio logístico nas actividades da escola;
o Planeamento, organização e operacionalização do Encontro Nacional Escolas de
Futebol Geração Benfica;
o Orientação de equipas em torneios organizados por entidades exteriores ao clube.

Intervenção nos treinos

Estivemos ligados ao treino de 3 turmas e uma selecção. Inicialmente apenas


ajudávamos na orientação e liderança dos alunos. A partir de Janeiro, a nossa interacção
mudou completamente, visto que, os técnicos começaram a dar-nos grande liberdade a nível
de treinos.
Começamos a planear treinos (nomeadamente a turma 22B) e a poder opinar na
realização de exercícios e a questionar sobre o que na nossa opinião não estava a ser
trabalhado correctamente.

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Horário de treino

Hora/Dia semanal Quintas-Feiras (5ºF) Sexta-feira (6ºF)

17:00/18:30 Selecção de 2001 (Lino) Turma22B


(Nuno Azevedo)
18:30/20:00 ---------------------------------- Turma17A
(Paulo Lourenço)
20:00/21:30 ---------------------------------- Turma28E
(Paulo Lourenço)
Tabela 2- Horário de Treinos.

Selecção de 2001

Liderada pelo técnico Lino Godinho, nesta equipa estavam os melhores jogadores do
ano de 2001. Pela qualidade e pelo nível competitivo que os alunos apresentavam,
inicialmente foi a equipa mais fácil de trabalhar. Eram alunos que, devido às suas qualidades
técnicas, já se conseguiam executar exercícios mais complexos. A selecção de 2001 conta
com 24míudos.

Turma 17A e 22B

As turmas 22B e 17A, são constituídas por 23 alunos do ano de 2004. Estes miúdos
treinam para chegar a selecção do seu ano, apesar de ainda não apresentarem qualidade para
tal. São treinados pelos misteres Nuno Azevedo e Paulo Lourenço, respectivamente. Devido à
idade e à sua “falta” de qualidade os exercícios que lhes eram aplicados não tinha um nível
complexidade muito elevada. Os exercícios que eram aplicados normalmente era de Fase I ou
II, que implica exercícios de um contra um, ou um contra o guarda-redes.

Turma 28E

Por último, a turma 28E, constituída por 21 alunos (20 rapazes e uma rapariga) do ano
de 1998. São miúdos que já têm mais noções de futebol, mas apresentam algumas
dificuldades de evolução, pois já apresentam alguma idade e têm erros difíceis de corrigir. O
grande problema desta turma é que os seus alunos apresentam grandes dificuldades na posse e

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condução de bola, por isso, ao longo do ano, o técnico teve de aplicar exercícios de contenção
e condução de bola.

Organização da sessão de treino

As sessões de treino da escola de futebol duravam cerca de noventa minutos. Estas eram
divididas em três partes fundamentais:
o Parte Introdutória – Aquecimento;
o Parte Principal – Atingir os objectivos propostos;
o Parte Final – Alongamentos.
Uma planificação eficaz exige a precisão dos materiais a utilizar, para maximizar o
tempo de prática do jogador.
Para a apresentação esquemática dos exercícios existe a necessidade de recorrer a uma
sinalética apropriada.

Segundo António Fonte Santa (2004), Meios, Métodos e Estratégias, o Princípios de


orientação que devem ser cumpridos em cada treino/aula e que vão contribuir para o
desenvolvimento qualitativo dos nossos alunos/jogadores:
o Grau de complexidade dos exercícios adequado ao nível do aluno;
o Trabalho com grupos pequenos em espaços largos;
o Número elevado de repetições nos exercícios;
o Intensidade baixa em fases iniciais de aprendizagem na execução das acções
técnicas;
o Intensidade elevada para os alunos que já dominam suficientemente essas
acções técnicas, relacionando-as depois com as variáveis cognitivas de forma a
executar as habilidades técnicas específicas na relação com o móbil do jogo.
o Apropriação consciente e progressiva das acções tácticas;
o Definição de lateralidade (desenvolvimento do lado não dominante e
aperfeiçoamento do lado dominante).

A nível da planificação de treinos, tivemos a “sorte” de planear e orientar uma turma,


logo a partir do mês de Dezembro, por isso, facilitou-nos e ajudou-me a que a nossa
percepção/conhecimentos ao orientar uma sessão de treino melhorasse muito.

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O exemplo de plano de treino que será de seguida apresentado vai


de encontra as dificuldades/qualidades da turmas 17A e 22B.

Exemplificação de um treino para a turma 17A e 22B.

Parte Inicial
Nome do exercício:"Caça bolas"
Fase: ex. complementar
N.º alunos: Toda a turma no mesmo espaço (17/23 alunos)
Espaço: 15x10m; 20x15m;
Tempo: até 15m
Imagem 6- Exercício do "caça-bolas"
Fonte: Meios, Métodos e Estratégias
Descrição: Condução de bola, quem não tem bola tenta tirar bola de ensino..

aos colegas.
Organização: Metade dos alunos com bola e a outra metade sem bola; 13/14 alunos com bola
e 5/6 sem bola; outra de acordo com objectivos do treinador

Condicionantes:
• Ninguém pode estar parado.
• Quem sair do espaço fica sem bola.
• Os Gr. tentam tirar as bolas com as mãos aos portadores da bola fazendo a
"mancha".

Variáveis de Evolução:
• Aumentar ou diminuir o espaço.
• Os treinadores podem colocar-se por fora do espaço de jogo com uma bola e
tentam acertar nas bolas dos seus alunos.
• Condução de bola com o pé menos bom.

Componentes Críticas:
• Levantar a cabeça para não chocar com os colegas.
• Quem tem bola deve driblar os colegas sem bola.

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• Quem tem bola deve protegê-la com o pé mais afastado do adversário.


• Quem não tem bola deve realizar contenção esperando o melhor momento para o
desarme.
• Tentar tirar bola aparecendo por trás dos colegas.

Parte Principal
Nome do exercício:Simulações/Fintas com finalização FASE I
Nº alunos: 6 a 8
Forma: 1x0+Gr
Espaço: 30 x 12m; 20x15m; 25x10m
Tempo: até 15 minutos

Imagem 7-Exercicio de simulação com


finalização (FASE I).
: Fonte: Meios, Métodos e Estratégias de
ensino.

Descrição: o jogador realiza condução de bola e dirige-se para o cone com vara, contorna-o
(simulação/finta) e remata. Se passar pela direita, tem que efectuar remate com o pé direito, se
passar pela esquerda efectua remate com o pé esquerdo.
O jogador pode utilizar as seguintes Simulações/Fintas:
• Tesoura simples: O jogador simula que vai para um lado (passando o pé por cima da
bola, de dentro para fora), depois com o outro pé, segue para o lado oposto.
a) Condução de bola com tesoura (simulando para a esquerda) e acelera para a
direita.
b) Condução de bola com tesoura (simulando para a direita) e acelera para a
esquerda.
c) Condução de bola com tesoura (simulando para a direita) e acelera para a esquerda
+ Condução de bola com tesoura (simulando para a esquerda) e acelera para a
direita.
d) Condução de bola com tesoura (simulando para a esquerda) e acelera para a direita
+ Condução de bola com tesoura (simulando para a direita) e acelera para a
esquerda.
• Dupla tesoura: O jogador simula passando com um pé por cima da bola e
seguidamente passa por cima com o outro pé.

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a)Condução de bola com simulação para a direita, depois esquerda e acelera para a
direita.
b)Condução de bola com simulação para a esquerda, depois direita e acelera para a
esquerda.
• Finta em Recuo: o jogador finge que vai aumentar de velocidade e seguir uma dada
direcção. No entanto, “pisa” a bola (utilizando a planta do pé), puxa-a para trás e segue
outra direcção. O jogador tem que utilizar o pé contrário ao lado onde se encontra (lado
esquerdo, pé direito e vice-versa).
• Finta com mudança de pé: Toque com o pé direito (interior do pé), dirigindo a bola
para trás do pé de apoio (esquerdo) e segue com a bola (utilizando a planta do pé), para
retornar à direcção desejada.

Organização:
Uma bola para cada jogador. Quando o jogador passa pelo cone com vara, tem que
rematar imediatamente. Quando o jogador termina a tarefa e quando regressa à fila, efectua
uma tarefa que permita o desenvolvimento das capacidades condicionais e coordenativas (a
designar pelo treinador).
Este tipo de exercício é destinado a alunos do escalão de 2004, visto que, são
exercícios de fácil execução e são chamados exercícios de Fase I (1x0+GR)

Parte Final
Durante o treino os músculos são muito solicitados, por isso é importante alongá-los,
facilitando a sua recuperação.
Alongar permite descontrair os músculos e os tendões, evitando o aparecimento de
lesões.
Deve ser efectuado lentamente beneficiando assim, o relaxamento dos músculos.
Partindo do princípio que todos têm presente a importância dos alongamentos e a sua
metodologia, não vou descriminar exercícios nem apresentar nenhum modelo. Apenas lembro
a importância que esta parte final tem em todo o percurso de treino.

NOTA: Este plano de treino das turmas17A e 22B é um treino simples/básico, isto
porque são alunos do ano 2004 (ainda muito novos) e ainda não apresentam qualidades para
fazer exercícios mais complexos. Neste caso, quando os processos básicos de futebol ainda

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Estágio/Benfica 2011

não estão cimentados não vale a pena entrarmos em exercícios complexos. Devemos
aperfeiçoar os gestos técnicos básicos do futebol (passe, recepção, remate e finta) e só depois
progredir para exercícios mais complexos e que exigiam mais dos alunos.

Quanto a este plano temos inicialmente uma activação funcional com o jogo do caça-bolas
que lhes permite que ganhem controle de bola e os ajude a que a bola “seja parte integrante do
corpo” , seguidamente de alongamentos (parte inicial).
Na parte fundamental fez-se um exercício básico de finta e seguido por finalização.
Neste caso foi só pedido a execução de gestos técnicos com o objectivos dos aperfeiçoarem.
Parte Final acaba com alongamentos e saídas de campo.

Interacção na Secretaria e Logística

Interacção na Secretaria

O trabalho de secretaria que fizemos, permitiu-nos adquirir conhecimentos na


organização e gestão de uma escola de futebol.
As principais actividades que realizámos na secretaria foram seguintes:
o Arquivámos e organizámos os arquivos dos atletas inscritos na escola de futebol
(colocar atestados médicos nos arquivos do atletas e renovar as folhas de inscrição
dos mesmos);
o Organizámos os planos de treinos em arquivos;
o Organizámos as fichas de presença dos treinos realizados, para facilitar a contagem
dos atletas e a sua assiduidade.
Poderemos ter elaborado outras tarefas não referidas, mas foram pouco relevantes para
ser assinaladas.

Interacção na Logística

O trabalho de logística que realizámos foi na gestão de equipamentos desportivos. A


tarefa de ir buscar os equipamentos/colocá-los em sacos, era da nossa responsabilidade
juntamente com outros estagiários.

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Estágio/Benfica 2011

Além dos equipamentos, realizámos diversas contagens, tais como bolas, coletes e
outros equipamentos de treino. Este trabalho também era fundamental para que nada falhasse
numa sessão de treino e na organização da escola

Actividades propostas

Ao longo do estágio, propusemos e participámos em algumas actividades que nos


enriqueceram a nível do conhecimento desportivo. Uma das actividades que foi proposta e
realizada foi de uma acção de formação, relacionada com o futebol de formação. Essa
actividade foi realizada no nosso Instituto Politécnico e trouxe pessoas sábias acerca do tema
futebol.

Visita ao Estádio da Luz

Uma outra actividade, que propusemos para este estágio, foi uma visita ao Estádio da
luz. A visita seria dirigida a todos os alunos do curso de desporto do IPG e tinha como
objectivo, mostrar aos alunos do curso de desporto, o como funciona a estrutura e a
organização das escolinhas do Sport Lisboa e Benfica.
A visita seria feita de manha ao relvado, balneários, museu e lavandarias do estádio. À
tarde, a ideia era uma acção formação dada pelo coordenador técnico e nosso responsável pelo
estágio Professor António Fonte Santa e o coordenador executivo Professor Fernando Pinto.
O primeiro mostrava quais as metodologias impostas no S.L. Benfica e o segundo mostraria
nos como se põe de pé/mantém de pé as escolinhas do S.L. Benfica.
Na nossa opinião, seria uma excelente maneira de mostrar aos alunos tudo que está por
detrás de uma grande instituição, como ela funciona e como ela se mantém de pé. Além do
mais, seria um modo diferente para os alunos verem a instituição que nos acolhe.
Infelizmente não foi possível realizar esta actividade, porque o Instituto Politécnico
não assegurava as deslocações.

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Estágio/Benfica 2011

Acção de formação “ Da Formação à alta Competição”

Por último houve a realização da acção de formação foi conseguida. Através da


cadeira de Gestão de Eventos e com a colaboração dos alunos de Comunicação e Relação
Económicas, foi possível o realizar desta actividade.
Realizou-se no auditório dos serviços centrais e contou com o nosso Coordenador de
Estágio Prof. António Fonte Santa, pelo treinador da escola de formação geração Benfica
Lino Godinho, pelo coordenador do NDS, David Rodrigues e pelo Presidente do Guarda
Unida F.C. António Pereira de Andrade Pissarra. Todos opinaram sobre a importância da
formação no futebol e as diferenças entre futebol de formação e futebol de alta competição.
No fim, concluímos que foi um excelente evento, visto que, a adesão por parte dos
alunos foi muita (cerca de 125 alunos pagantes) e na nossa opinião, aumentou os nossos
conhecimentos sobre o futebol de fornação.

Liga Interna

A liga interna é uma competição criada e organizada pelos coordenadores da Escola de


Futebol, decorre ao longo do ano com a finalidade de proporcionar às crianças um espírito
competitivo e para demonstrarem a suas aprendizagens. Nesta liga o vencer não é o mais
importante mas sim o convívio. Cada equipa foi dividida num dos dois grupos (A e B) e pela
faixa etária.
A Liga joga-se não só com alunos do estádio mas também com os núcleos
circundantes da grande Lisboa.
A Liga Interna foi importantíssima para nós, mas também o é para qualquer estagiário,
visto que, vai ser a nossa oportunidade de nós mostrarmos enquanto técnicos, já que
orientamos uma turma como técnicos principais. É lá que, temos um grupo por nossa conta e
que temos total poder de decisão.
Orientámos a turma 17A, turma que já conhecia e sabia minimamente as suas
dificuldades e qualidades. Terminámos em 6lugar num total de 11 equipas.

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Estágio/Benfica 2011

Jogos UEFA e Liga Sagres

Outra das actividades realizadas foi o acompanhamento dos alunos no Estádio da Luz,
em dias de jogos. A colaboração consistiu na organização dos alunos para a entrada dos
jogadores seniores do clube e na organização de equipas que iriam jogar antes do inicio do
jogo do plantel do Benfica.
Normalmente eram seleccionados alunos de turmas que antecipadamente já sabiam
que iriam ao jogo, por isso teriam de se apresentar devidamente equipados duas horas antes
do jogo. Logo que os encarregados de educação chegavam ao estádio e nos entregavam as
crianças tínhamos que tomar conta delas.
O acompanhamento aos jogos oficiais foram contra o Paris SG, o VfB Estugarda e
Sporting de Braga em competições da UEFA e contra o Nacional da Madeira a contar para a
Liga Zon-Sagres.

Encontro Nacional das Escolas da Geração Benfica

O encontro nacional das escolas do Benfica decorreu no primeiro fim-de-semana do


mês de Junho tinha como objectivo juntar todas as escolas da geração Benfica espalhadas por
todo o país. De Norte a Sul encontraram-se
jovens para um fim-de-semana inesquecível,
já que não é todos os dias que se tem a sorte
de jogar neste relvado.
A nossa participação neste evento foi a
de colaborar mos juntamente com outros
Imagem 8- Encontro Nacional de Escolas Geração
estagiários na “ montagem” dos campos de Benfica.
Fonte: www.slbenfica.pt
jogo, tanto de futebol de 5 como de futebol
de 7 (sexta-feira antes do encontro nacional). Além disso, ficamos responsáveis por duas
equipas, no sábado, ficámos responsáveis pela selecção de 2001 e no Domingo pela turma
17A.

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Estágio/Benfica 2011

Encontro de Escolas
Por diversas vezes, foi-nos solicitado para acompanhar turmas a jogos. Estivemos
presentes no Mucifal (perto de Sintra) e em vários jogos realizados no estádio. Os encontros
eram muito bons para criar laços de amizade, cumplicidade e conhecermos melhor os alunos.
As maiores dificuldades que apareciam eram que normalmente jogávamos com equipas de
competição e com um escalão etário mais alto.

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Estágio/Benfica 2011

III. Reflexão Crítica

A nossa reflexão crítica divide-se em dois tópicos, que no nosso entender


merecem destaque:
o Treino de jovens (mais concretamente sobre o das escolas onde
estagiamos);
o E uma reflexão sobre as aprendizagens e dificuldades que este estágio nos
ofereceu.
No nosso entender tínhamos de fazer referência ao treino de jovens que se
pratica nas escolas de futebol geração Benfica, já que foi fundamentalmente no treino
de jovens que o nosso estágio se realizou.

Treino de jovens

• Segundo Castelo (1996), o treino é um processo pedagógico que visa desenvolver as


capacidades técnicas, tácticas, físicas e psicológicas do (s) praticante (s) e das equipas
no quadro específico das situações competitivas, através da prática sistemática e
planificada do exercício, orientada por princípios e regras devidamente
fundamentadas no conhecimento científico.
• O jogo de futebol exige que os seus praticantes possuam uma adequada capacidade de
decisão, que precede e implica uma ajustada leitura de jogo (Garganta & Pinto,1998).

Assim, é a partir deste pressuposto que as escolas de futebol Geração Benfica


funcionam através de jogos ou formas jogadas, utilizando meios, métodos e estratégias
actualizadas e onde os pressupostos cognitivos e psicológicos do praticante, como por
exemplo a capacidade de decisão, a atenção, a concentração, a compreensão, o raciocínio, a
inteligência táctica (criatividade) e emocional são elementos fundamentais. A metodologia da
escola de futebol da Geração Benfica adopta uma perspectiva em que os alunos têm de ter o “
poder da decisão”, ou seja, os alunos são incentivados a pensar e assumirem uma atitude
activa em tudo que fazem. Os feedback’s que os técnicos dão aos alunos são de carácter

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Estágio/Benfica 2011

interrogativo, pois a função do técnico não é dar a resolução do problema, mas sim questionar
qual a maneira mais eficaz que o aluno têm para alcançar o êxito.
Na nossa opinião, a formação implica a existência de formadores. A escolha dos
treinadores adequados às necessidades dos formandos, destaca-se numa das primeiras
preocupações de qualquer escola de futebol.
Por isso na nossa opinião um bom técnico desportivo, deve reunir quatro domínios
importantes:
o Bom senso;
o Formação académica;
o Formação específica na modalidade;
o Formação no terreno.
Consideramos o bom senso a primeira base de trabalho, quer no futebol quer em
qualquer outra actividade a exercer. Gerir o nosso dia-a-dia tanto ao nível pessoal como
profissional, requer uma boa dose de bom senso, que se traduz na boa forma de estar perante
tudo e todos.

Experiência e aprendizagens recolhidas

Uma das mais-valias do estágio foi a de nos ensinar que a prática é um professor
excepcional. Na verdade, a confrontação com os problemas quotidianos conceder-nos um
enriquecimento pessoal e profissional inestimável.
Foi um processo inesquecível poder “ ganhar” todos estes conhecimentos e poder
contactar directamente com crianças e treinadores que nos amadurecem a nível profissional.
Conhecimentos enormes por exemplo, a maneira como “lidar” com crianças, como
“lidar” com os encarregados de educação quando eles estão descontentes ou têm alguma
dúvida, na planificação/orientação de treino e mesmo a nível de secretariado e logística.

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Dificuldades encontradas durante o estágio

Inicialmente, existiam algumas barreiras que dificultavam uma boa performance, tais
como:
o Falta de à vontade na comunicação/lidar com a faixa etária em questão;
o Não conhecíamos todas as regras e normas da instituição, por exemplo, a regra em
que todos os técnicos tem de andar bem uniformizados (t-shirt por dentro dos
calções);
o Faltava-nos vocabulário apropriado à instituição, essencial no contacto/interacção
com os alunos, como por exemplo, quando um aluno não tem uma atitude correcta
trata-lo por “bebé”ou “bebezão”; ou quando se pretende chamar os alunos que se
encontram dispersos pelo campo, contar decrescentemente (5.4.3.2.1).
Mas, com o decorrer com o estágio todas essas barreiras foram desaparecendo, estando
totalmente à vontade tanto para a planificação de um treino como para a execução desse
mesmo treino.

Forte contribuições deram todos os treinadores com quem estagiamos.

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Conclusão

Palavras como gratificante, produtivo, interessante e enriquecedor, são algumas das


palavras que descrevem esta experiência que está a terminar. O facto de termos realizado o
nosso estágio nesta instituição foi para nós um desafio, que à partida parecia difícil. Mas
deixando-nos envolver tomámos consciência que apesar de todas as adversidades foi muito
gratificante.
Deste modo, muitos os aspectos positivos a salientar, como por exemplo, o carinho
que se criou entre nós e as crianças, treinadores e todas as pessoas que directamente
contactamos no estágio, além disso, foi uma experiência excelente a nível de conhecimentos
(Futebol), pois melhoramos imenso tanto no treino como na organização e planificação de um
treino. Isto tudo só foi possível porque houve muito interesse da parte de quem nos
coordenada para que soubéssemos cada vez mais.
Julgamos que a realização e desenvolvimento deste trabalho foi enriquecedor, porque
nos permitiu adquirir novos conceitos e novas formas de aprendizagens. Conseguido alcançar
os objectivos definidos, que contribuíram para uma melhoria da nossa experiência pessoal e
que valorizou a nossa formação também, ao nível do trabalho com crianças e também a
coesão de grupo.
Terminamos com a sensação de dever comprido e que todos os objectivos que
inicialmente nos impusemos foram alcançados.

“Se deres um peixe a um homem faminto,


Vais alimentá-lo por um dia
Se o ensinares a pescar,
Vais alimentá-lo toda a vida”
(Lao-Tsé, Filósofi Chinês)

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Bibliografia

Garganta, J. e Pinto, J. (1998). O ensino dos desportos colectivos.95-135. Centro de jogos


desportivos.FCDEF-UP.

Garganta, J (1998). O ensino dos desportos colectivos. FCDEF-UP

SANTA, António Fonte. (2004). Meios, Métodos e Estratégias de Ensino.

www.slbenfica.pt/informação/formação/escolasdeformação/apresentação

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa.

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Anexos

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Anexo 1-Mapa Anual do Estágio

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Anexo 2- Planificação Semanal

Benfica 2010/2011

Quinta- Sexta-
Hora/ Dia Feira Feira Legenda:

Treino
13:30- Trabalho de no
14:00 secretariado relvado
14:00-
14:30
15:00- Planificações
15:30 de treinos
15:30-
16:00
16:00-
16:30
16:30-
17:00
17:00-
17:30
17:30-
18:00
18:00-
18:30
18:30-
19:00
19:00-
19:30
19:30-
20:00
20:00-
20:30
20:30-
21:00
21:00-
21:30

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Anexo3- Plano de treino elaborado pelo estagiário ( antes de ter folhas de treino do clube)

Plano de Treino/ Observação

Data:
Hora/ Duração:
Local:
Nº de Alunos:
Exercício Exemplificação Objectivo Material Esquema

Observação:

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Anexo4- Plano de Treino/ Unidade de ensino

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Anexo5- Ficha de avaliação de Estagiários


FICHA DE AVALIAÇÃO DOS TECNICOS ESTAGIÁRIOS

NOME:__________________________________

PARÂMETROS CONTEÚDOS 1 2 3 4 5
Relação objectivo/conteúdo/meios
Duração relativa das partes
Equilíbrio de utilização do espaço
PLANO DE Relevância dos exercícios
TREINO Duração de cada exercício
Variedade de exercícios
Transição entre os exercícios
Velocidade de organização da turma
Visão geral da turma
Variedade/imprevisibilidade de deslocamentos
GESTÃO DO Proximidade física dos alunos
TREINO Atenção constante à pratica
Postura de treino
Existência de entusiasmo no treino
Observação/acção perante comp. inapropriados
Clareza e simplicidade
QUALIDADE DA Velocidade de exposição
INFORMAÇÃO Domínio do assunto
Utilização de vocabulário correcto
Frequência
Diversidade da forma de emissão
Individualização
FEEDBACK Adequado ao erro observado
PEDAGÓGICO No “timing certo”
Utilização do nome do aluno
Reforço positivo
DEMONSTRAÇÃO Identificação das componentes críticas
Posição em relação aos alunos
APRECIAÇÃO GLOBAL:

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Anexo 6- Calendarização da Liga Interna

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Anexo7-

FICHA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA


SPORT LISBOA E BENFICA
ESCOLA DE FUTEBOL
Nome:
Escalão: Data nascimento: Turma:
Período de Observação:
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO NÍVEL DE APRENDIZAGEM
N.O. INS SUF BOM M.BOM
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO JOGO OFENSIVO
Progressão
Cobertura Ofensiva
Mobilidade
Espaço
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO JOGO DEFENSIVO
Contenção
Cobertura Defensiva
Equilíbrio
Concentração
ACÇÕES TEC\TAC INDIVIDUAIS OFENSIVAS
Recepção e Controle da Bola
A Condução (conduz e observa o espaço envolvente)
O Passe de precisão e velocidade execução
Passe a longas distâncias
Remate com pé esquerdo
Remate com pé direito
Remate em corrida
Remate após tabela
Remate de longa distância
Drible em aceleração

Drible com saída pela direita


Drible com saída pela esquerda
Velocidade de execução do drible

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Diversidade do drible
Capacidade de simulação
O Jogo de Cabeça (boa elevação; têmporas esquerda e direita;
frontal)
ACÇÕES TÁCTICAS COLECTIVAS OFENSIVAS
Desmarcação de Ruptura
Desmarcação de Apoio
Desmarcação com Trajectória circular
Tabelinha
ACÇÕES TEC\TAC INDIVIDUAIS DEFENSIVAS
Desarme
Intercepção
O GR e a Defesa da Baliza
ACÇÕES TÁCTICAS COLECTIVAS DEFENSIVAS
Marcação
Marcação à Zona
Marcação Individual
Marcação Mista
Dobra
Compensação

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ETAPAS PERCORRIDAS NO ENSINO FUTEBOL 7


NÍVEL DE APRENDIZAGEM
Joga com os companheiros progredindo no terreno? N.O. INS SUF BOM M.
BOM

Cria o hábito de se desmarcar e estar constantemente em


movimento para passar e receber a bola?
Ocupa racionalmente o espaço de jogo?
Evita a aglomeração?
Procura espaços vazios para receber a bola?
Ataca e defende?
Intencionalidade: Recebe a bola e observa (Lê o jogo)?
Antes de receber já observou o espaço envolvente? (Leu o
jogo antes da bola lhe chegar?)
Habilidade técnica em velocidade?
Capacidade de jogar em inferioridade numérica?
Disponibilidade Táctica (criatividade) – utiliza os diferentes
espaços no sentido de criar constantemente linhas de passe,
conservar e proteger a bola e criar situações de finalização?
Pressiona o adversário em posse de bola na sua zona acção?
CONDIÇÃO FÍSICA:
Resistência Geral
Velocidade: Aceleração
Reacção
Execução
Deslocamento
Força veloz (agilidade, rápida reacção e travagem, rápidas
mudanças de sentido e direcção)
ASPECTOS SÓCIO
AFECTIVOS/PSICOLÓGICOS/COGNITIVOS
Postura no treino
As relações interpessoais (Colegas; Treinadores)
Atitude em relação às normas e regras

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Estágio/Benfica 2011

É educado e transmite os valores Inerentes ao grupo?


Promove o êxito dos colegas? (altruísmo).
È solidário?
Valor moral elevado: auto-controle, coragem, auto-confiança,
combatividade e determinação, carácter
Atenção, Concentração
Capacidade de observação
Capacidade de decisão
Imprevisibilidade nas acções técnico-tácticas?
Capacidade de sofrimento e tenacidade em acções técnico-tácticas de inferioridade
numérica?
Atitude no treino e nos jogos

CONSIDERAÇÕES GERAIS

NÍVEL GLOBAL DO ATLETA:


DATA:____\____\____

O Coordenador Técnico O Responsável Técnico O Técnico Assistente/Estagiário

SECTOR DE FORMAÇÃO

ESCOLA DE FUTEBOL – ÉPOCA


2004\2005

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Estágio/Benfica 2011

Exemplificação de um treino para a selecção de 2001.

Parte Inicial
Nome do exercício:"Caça bolas"
Fase: ex. complementar
N.º alunos: Toda a turma no mesmo espaço (17/23 alunos)
Espaço: 15x10m; 20x15m;
Tempo: até 15m

Descrição: Condução de bola, quem não tem bola tenta tirar Imagem 9- Exercício do "caça-bolas"
Fonte: Meios, Métodos e Estratégias de
bola aos colegas. ensino..
Organização: Metade dos alunos com bola e a outra metade sem bola; 13/14 alunos com bola
e 5/6 sem bola; outra de acordo com objectivos do treinador

Condicionantes:
• Ninguém pode estar parado.
• Quem sair do espaço fica sem bola.
• Os Gr. tentam tirar as bolas com as mãos aos portadores da bola fazendo a
"mancha".

Variáveis de Evolução:
• Aumentar ou diminuir o espaço.
• Os treinadores podem colocar-se por fora do espaço de jogo com uma bola e
tentam acertar nas bolas dos seus alunos.
• Condução de bola com o pé menos bom.

Componentes Críticas:
• Levantar a cabeça para não chocar com os colegas.
• Quem tem bola deve driblar os colegas sem bola.
• Quem tem bola deve protegê-la com o pé mais afastado do adversário.
• Quem não tem bola deve realizar contenção esperando o melhor momento para o
desarme.

• Tentar tirar bola aparecendo por trás dos colegas.


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Estágio/Benfica 2011

Parte Principal
Exercício 1 :Jogo dos 3 sectores.
Fase: III
Forma:
• G.r.+7 (+1) x (+1) 7+G.r. ou
• Outra forma…
Espaço:
• 45(15+15+15) X30m
Tempo: de 20 a 40m de forma a todos rodarem por
Imagem 10-Jogo dos 3 sectores.
diferentes posições e desempenharem diferentes funções Fonte: Meios, Métodos e Estratégias de
ensino..

Estratégias pedagógicas: Nos sectores ofensivos e numa fase inicial de aprendizagem,


dever-se-á colocar os atacantes em superioridade numérica de forma a ter mais probabilidades
de sucesso e permitir maior continuidade das acções

Descrição: Em cada sector jogam 3x2, o jogo inicia-se no sector defensivo. O objectivo dos
defesas é fazer chegar a bola aos seus colegas no sector intermediário. Os atacantes se
recuperarem a bola devem atacar rapidamente a baliza.

Condicionantes variantes
• O jocker joga sempre da equipa de posse da bola e não pode mudar sector.
• O jocker joga sempre da equipa de posse da bola e pode mudar sector.
• É permitida a entrada de 1 jogador da equipa em posse bola, no sector seguinte,
podendo ou não ser o portador da bola (deverá ser o aluno que consiga provocar
um maior desequilíbrio na estrutura defensiva adversária).
• Em situação de perda de posse de bola, as estruturas dos sectores deverão ser
mantidas de acordo com a estrutura inicial, isto é, o aluno que transitou de sector
deve voltar ao sector inicial ou deverá haver compensação por parte de um colega
de equipa.
• Colocar 2 jockers no sector intermédio.
• Colocar 2 corredores (esquerdo e direito) e 1 jocker em cada um (jogam pela
equipa em posse de bola) podendo sofrer oposição dos defesas desse sector.

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Organização: Rotação dos alunos pelas diferentes posições dentro da mesma equipa.

Componentes Críticas:
• Princípios gerais e específicos de jogo.
• Princípios do "jogo de corredores".

Exercício: Jogo Formal


a) G.r.+2x2+G.r. até G.r.+3x3+G.r.
b) G.r.+3x2+G.r. ou G.r.+2x1+G.r…
c) G.r.+2(+1)x(+1)2+G.r. ou G.r.+3(+1)x(+1)3+G.r.
Espaço: 20x15m (dimensões mínimas); 20x20m ou
outras de acordo com objectivos do treinador

Imagem 11-Jogo Formal.


Descrição: Fonte: Meios, Métodos e Estratégias de
ensino.
Situação de jogo reduzido com regras especificas da
modalidade.

Condicionantes:
Golo marcado com o pé menos bom vale 2 pontos. Golo marcado de “primeira” vale 2
pontos.

Organização: Rotação G.rs. em cada equipa. Organização de 2 ou 3 espaços conforme


número de alunos presentes no treino.
a) Igualdade númerica.
b) 1x desigualdade númerica. Procurando que as equipas fiquem "equilibradas".
c) 1x superioridade numérica ofensiva e 1x inferioridade numérica defensiva, através
da colocação de joker. Quando houver uma equipa só com 2 elementos, esta joga
com G.R. "avançado"

Componentes Críticas: Princípios básicos de jogo e princípios do "jogo de corredores".

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Estágio/Benfica 2011

Parte Final
Durante o treino os músculos são muito solicitados, por isso é importante alongá-los,
facilitando a sua recuperação.
Alongar permite descontrair os músculos e os tendões, evitando o aparecimento de
lesões.
Deve ser efectuado lentamente beneficiando assim, o relaxamento dos músculos.
Partindo do princípio que todos têm presente a importância dos alongamentos e a sua
metodologia, não vou descriminar exercícios nem apresentar nenhum modelo. Apenas lembro
a importância que esta parte final tem em todo o percurso de treino

NOTA: A selecção 2001, como referimos atrás é uma selecção que apresenta qualidade, os
gestos técnicos dos alunos são muito bons, por essas razões os treinos apresentam alguma
complexidade. Normalmente, faz-se exercícios para que eles comecem a pensar como uma
equipa, ou seja, as movimentações que tem de ter dentro de campo, as soluções que podem ter
e para que se torne os exercícios o mais possível parecido com o jogo de futebol.
Quanto a este plano temos inicialmente uma activação funcional com o jogo do caça-
bolas que lhes permite que ganhem controle de bola e os ajude a que a bola “seja parte
integrante do corpo” , seguidamente de alongamentos (parte inicial).
Na parte fundamental fez-se um exercício dos 3 sectores e jogo formal. Estes
exercícios são fulcrais para que eles saibam as suas funções dentro de campo e
principalmente as suas posições dentro de campo.
Parte Final acaba com alongamentos e saídas de campo.

Exemplificação de um treino para a turma 28E

Parte Inicial
Nome do exercício: "Jogo da sombra"
Fase: Ex. Complementar
N.º alunos: Toda a turma no mesmo espaço (17/24 alunos)
Espaço: 20x16.5m ou outro de acordo com objectivos do
treinador
Tempo: até 15m
Imagem 12-Jogo da Sombra.
Fonte: Meios, Métodos e Estratégias de
ensino.

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Descrição:
Grupos de 2. Um à frente e outro atrás. Quem vai à frente tenta fugir do seu colega e quem vai
atrás tenta persegui-lo, não podendo apanhá-lo.
1) O aluno da frente com bola e o aluno de trás sem bola.
1.1) Troca de funções.
2) O aluno da frente sem bola e o aluno de trás com bola.
2.1) Troca de funções.
3) Um aluno tenta manter posse bola individualmente, o outro tenta recuperá-la.

Organização: nº bolas = metade nº alunos.


Grupos de 2 com uma bola.
Distribuir o tempo do exercício pelas cinco variantes a executar.

Condicionantes: Ninguém pode estar parado.

Variáveis de Evolução:
• Condução de bola com o pé menos bom.
• Quando conduz, o aluno deve fazer diversas fintas.

Componentes Críticas:
1) Condução de bola provocando mudanças de direcção e sentido, dificultando a acção da sua
"sombra"
1 e 2) Condução de bola, levantando a cabeça para ver o colega ou o percurso.
3) Quem tem bola deve protegê-la com o pé mais afastado do adversário.
4) Quem não tem bola deve realizar contenção

Parte Principal

Nome do Exercício: Jogo dos corredores


Nº jogadores: 6
Forma:
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• G.r.+1(+1)x(+1)1+G.r.
Espaço:
• 30x17m;
• 25x15m (corredor lateral:2m).
Tempo: até 20m

Descrição: "Jogo de corredores" com todas as suas Imagem 13-Jogo de corredores.


Fonte: Meios, Métodos e Estratégias de
condicionantes mas no C. central só está um aluno ensino..
de cada equipa.

Condicionantes:
• Os alunos que estão no corredor lateral jogam na equipa que tem posse bola.
• Corredor lateral pode passar ao corredor lateral do lado oposto.
• Quando a bola está num corredor, o jogador do corredor do lado oposto pode
entrar no corredor central e finalizar.

Organização:
• Constituição de 3 ou 4 espaços.
• Os alunos são distribuídos pelos diferentes espaços pelo critério do nível de
aptidão.
• Os alunos dos corredores laterais são um de cada equipa.
• Rotação dos alunos pela seguinte ordem: corredor central; guarda-redes; corredor
lateral
• Rotação de funções de acordo com a intensidade do exercício: 1/2 minutos.

Componentes Críticas:
• Princípios básicos de jogo e princípios do "jogo de corredores".
• O aluno do c.central e o c.lateral do lado contrário à bola devem dar linhas de
passe diferentes. Se um deles faz cobertura ofensiva, o outro desmarca-se na frente
da linha da bola e vice-versa. Corredor lateral com bola tem de observar as duas
linhas de passe e agir em função das demarcações dos colegas.
• O c.central quando tem a bola e ainda está longe da baliza deve progredir, fixando

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o defesa, fazer o passe para corredor lateral, desmarcar-se no sentido da baliza para
receber a bola e ficar isolado (combinação directa). Neste caso o corredor lateral
deve jogar a um contacto.

Parte Final
Durante o treino os músculos são muito solicitados, por isso é importante alongá-los,
facilitando a sua recuperação.
Alongar permite descontrair os músculos e os tendões, evitando o aparecimento de
lesões.
Deve ser efectuado lentamente beneficiando assim, o relaxamento dos músculos.
Partindo do princípio que todos têm presente a importância dos alongamentos e a sua
metodologia, não vou descriminar exercícios nem apresentar nenhum modelo. Apenas lembro
a importância que esta parte final tem em todo o percurso de treino.

NOTA: Neste plano de treino foi pensado exercícios de contenção de bola, já que, a turma
28E é uma turma com muitas dificuldades na posse de bola e no condução de bola. Este tipo
de trabalho é óptimo para que eles através dos corredores, porque vai haver sempre situações
de 3 contra 1 quando um aluno tem a bola. Essa posse de bola vai permitir ao aluno pensar o
jogo e levantar a cabeça, já que a tem várias soluções para o objectivo final, que é o golo.

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