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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

BRUNO NASCIMENTO

INGRID BIANCA ROSA

JULIANA CUNHA

CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA NA EMPRESA RADIONAVAL

Itajaí

2018
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

BRUNO NASCIMENTO

INGRID BIANCA ROSA

JULIANA CUNHA

CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA NA EMPRESA RADIONAVAL

Trabalho sobre carga térmica solicitado


para a obtenção da média parcial M3
pela disciplina de Refrigeração e
Condicionamento de Ar do Curso
Superior de Engenharia Mecânica do
Centro de Ciências Tecnológicas da
Terra e do Mar pela Universidade do
Vale do Itajaí.

ITAJAÍ

2018
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 1
1. EMBASAMENTO 2
1.1 Carga térmica 2
1.1.1 Condições externas de projeto 2
1.1.2 Condições internas de projeto 2
1.1.3 Carga térmica devido à transmissão de calor 3
1.1.4 Carga térmica devido aos produtos 3
1.1.5 Carga térmica devido à infiltração de ar 3
1.1.6 Cargas diversas 4
2 CROQUIS SIMPLIFICADOS DO AMBIENTE 4
REFERÊNCIAS 5
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INTRODUÇÃO

A Radionaval, é uma empresa localizada em Itajaí, que vende equipamentos


eletrônicos marítimos de alta tecnologia para pesca profissional, offshore (petróleo) e
navios de longo curso. Além de vender os equipamentos, a empresa presta assistência
técnica (da instalação até a manutenção dos equipamentos eletrônicos, preventiva e
corretiva). Fundada em 1988, a empresa trabalhava com pequenos sonares e tinha poucos
funcionários. Com o passar dos anos, a empresa expandiu seu mercado e variedade de
produtos, atualmente atende toda a costa brasileira e possuí 39 funcionários. Entretanto,
sua estrutura física foi ampliando e a estrutura de refrigeração da empresa não foi
planejada com o crescimento da mesma.

Para climatizar o ambiente, a empresa instalou diversos equipamentos de ar


condicionado em cada sala, em cada laboratório e na sua recepção, com uma potência
muito maior que a necessária. Também não teve nenhum tipo de planejamento em relação
a isolamento térmico, o que ocasiona em diversas perdas. Sendo assim, o custo de gastos
de energia tornou se exorbitante. Há também um considerável desconforto térmico, uma
vez que a maioria dos equipamentos instalados tem uma potência superior a necessária, e
por conseguinte os ambientes ficam com a temperatura muito menor que o necessário
para refrigerar o ambiente confortavelmente.

Este trabalho visa dimensionar os dois pavimentos da empresa, planejar um


sistema eficaz, com um bom custo benefício que garanta conforto térmico, considerando
que a empresa possui um fluxo considerável de clientes, fornecedores e colaboradores.
Pode se ressaltar que no local, existe uma grande carga térmica ambiente durante o ano,
principalmente no verão. Os ambientes estão sempre com as portas abertas (grande fluxo
de pessoas entrando e saindo, além de ser necessário manter a porta aberta para mostrar
que a empresa em funcionamento), gerando uma grande entrada de ar quente no local.
Além disso, os funcionários estão sempre em movimento, saindo e entrando para atender
as clientes.

Para garantir o conforto térmico para o trabalho dos funcionários e dos clientes do
local, é necessário o dimensionamento e climatização do ambiente, seguindo as normas
NR-17 e NBR 6401, cujos dados exigidos serão apresentados mais adiante neste trabalho.
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1. EMBASAMENTO
1.1. Carga Térmica
O cálculo de carga térmica para manter um local público ou estabelecimento nas
corretas condições climáticas deve considerar as seguintes parcelas:
● Carga térmica decorrentes da transmissão de calor pelas paredes, teto e piso;
● Carga térmica decorrente dos produtos contidos no local;
● Carga térmica decorrente da infiltração de ar externo quando há abertura e
fechamento das portas de acesso ao local;
● Carga térmica decorrente das luzes, pessoas e outras fontes de calor no interior
da câmara.

1.1.1. Condições Externas de Projeto


As condições externas do projeto determinam condições típicas de verão para
diversas cidades. Três cidades catarinenses são tabeladas para condições externas no
verão, com base na NBR-6401, conforme o Quadro 1.

Quadro 1 - Quadro com condições típicas de verão de diferentes cidades Catarinenses.

Cidade TBS (ºC) TBU (ºC) Temperatura Máxima (ºC)


Florianópolis 32 26 36
Joinville 32 26 36
Blumenau 32 26 36
Fonte: NBR-6401

1.1.2. Condições Internas de Projeto


As condições internas de projeto são feitas com base no ambiente que se deseja
refrigerar/climatizar. Segundo a NR-17 de ergonomia, exige que um ambiente deve
possuir as seguintes características para ser considerado que possui conforto térmico:
● TBS entre 20°C e 23°C;
● UR maior que 40%;
● Infiltração de ar menor que 0,75 m/s.
Mais especificamente, a NBR-6401, traz que para condições de verão, um
restaurante deve possuir:
● TBS entre 24°C a 26°C, e máxima de 27°C;
● UR entre 40°C e 65°C;
● Ar de renovação de 25 m3 /h, ou de no mínimo 20 m3 /h.
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1.1.3. Carga Térmica devido à Transmissão de Calor


Esta carga térmica está relacionada com a diferença de temperatura de dois
ambientes es, elementos construtivos e da área das superfícies que separa os dois locais.
Esta transmissão pode ser calculada por:

Q.=UA∆T=UA[(DTCR+LM)KS+CTIE]f
Onde :
Q é o fluxo de calor em Watts, U é o coeficiente global de transmissão de calor
em W/m², A é a área do forro em m² e ∆T é a diferença de temperatura entre os dois
ambientes. Na segunda igualdade da equação, DTCR é o Diferencial de Temperatura da
Carga de Resfriamento, LM é a correção de Latitude e Mês, Kf é o fator de correção
que leva em conta a cor das telhas, CTIE é a Correção para Temperatura Interna e
Externa e f é o fator de correção para ventilação do forro.
O valor de CTIE pode ser calculado por:

CTIE=(25,5−tbsi)+(t−e−29,5)

1.1.4. Carga Térmica devido aos Produtos


A carga térmica devida aos produtos contidos no local são geralmente
consideradas em câmaras de resfriamento ou congelamento, sendo que, representam boa
parte da carga térmica destes locais. No caso do restaurante, essa carga térmica será
desconsiderada, visto que, não haverá produtos no local, e sim pessoas (clientes e
funcionários).

1.1.5. Carga Térmica devido à Infiltração de Ar


A carga térmica devido à infiltração de ar está relacionada com a troca de calor
quente com um ambiente mais quente. Esse calor de infiltração pode ser expresso por:

Qif=1200ρv⃗A2(he−hi)Dta

Em que Qif é o calor de infiltração, ρ é a massa específica do ar, v⃗ é a


velocidade do ar de infiltração, A é a área, h são as entalpias internas de externas e Dta é
a relação de tempo de porta aberta com o tempo total.
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1.1.6 Cargas Diversas


Todos os equipamentos instalados no interior do ambiente (lâmpadas, motores,
etc.), pessoas, entre outros equipamentos, devem ser considerados nos cálculos de carga
térmica devido a dissipação de calor. Em restaurantes deve ser considerado uma taxa de
dissipação de calor de 15 W/m² para iluminação fluorescente e 25 W/m² para
iluminação incandescente. Para pessoas em um restaurante considera-se que um homem
adulto possui um metabolismo que consome 146 W. Uma mulher adulta consome 85%
deste valor, logo, 124 W e crianças consomem 75% do valor do homem adulto, desta
maneira, 109,5 W. E para pessoas com trabalho leve em pé considera-se 145 W. O
equipamento de maior dissipação de calor no ambiente do restaurante estudado é o
buffet à base de banho-maria. Segundo a NBR-6410 deve ser considerado uma
dissipação de calor de 3780 W/m² de área superior.

2 CROQUIS SIMPLIFICADOS DO AMBIENTE

Fig. 2 – Andar Inferior

Fonte: Do autor
5

Fig. 3 – Andar Superior

Fonte: Do autor

REFERÊNCIAS
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR17: NR 17 - ERGONOMIA. Brasília: MTE, 2007.
Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR17.pdf>. Acesso em: 09 maio
2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6401: Instalações centrais de ar-


condicionado para conforto - Parâmetros básicos de projeto. 1980. Disponível em:
<http://www.refrigeracao.net/Legislacao/NBR6401.pdf>. Acesso em: 09 maio 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16401-2: Instalações de Ar


Condicionado - Sistemas Centrais e Unitários. ABNT, 2008.

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