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AVALIAÇÃO
AV1: SOMATORIO DAS ATIVIDADES
AV2: PARTICIPAÇÃO
AV3: AVALIAÇÃO FINAL/ 3= MF
Arte e Educação
Introdução
“...é necessário pegar o texto da mesma forma como se pega uma flauta, pra acordar artista
que dorme em nós, ou como quem pega uma pipa, fazendo voar aos pensamentos. É sempre
assim com a Arte e o brinquedo: o prazer só vem quando o corpo se põe a dançar”. Rubens
Alves
É assim que gostaríamos que você, professor, lesse este texto: deixando voar os
pensamentos, completando com sua imaginação, conhecimento, experiência em sala de
aula, amor aos alunos e à educação as lacunas que não conseguimos preencher.
Acordando o artista que existe em você, este material se tornará muito mais rico com
as significações que a ele você acrescentar...
Quando se fala em Arte e educação, a primeira questão que se levanta é aquela
que diz respeito ao papel da Arte na educação formal. Afinal, todos sabem justificar o
porquê da Matemática, da história ou da Língua portuguesa em nossos currículos ; mas,
Arte, para quê?
O mundo contemporâneo apresenta -se cada vez mais simbólico. Além das obras
d e arte- o que já não é pouco! -, bandeiras, outdoors, distintivos, logomarca s, jingles,
propaganda, embalagens, filmes, ícones de computador, fotos vinhetas, videoclipes,
cartazes, sinais, novelas, charges, anúncios luminosos, comerciais, grafites, intertextos,
hipertextos, multimídias, a ficção e o virtual invadem o nosso cotidiano, disputando a
atenção de quem nem sempre os compreende ou, então, a eles se submete. A leitura
crítica de imagens, sons, gestos, corpos se faz cada vez mais urgente e necessária. A
não apropriação dos códigos não verbais é também uma forma de exclusão, pois
interfere na maneira de as pessoas se relacionarem com o real, com a vida.
Assim a Arte contribui, de forma inequívoca, na ampliação da leitura de mundo,
na construção de um olhar mais sensível, crítico, questionador, de um ser que não se torna
vítima da chamada “cultura de massa”, pois o que menos se pretende nas aulas de Arte , é a
formação de indivíduos alienados, submissos e indiferentes.
O conhecimento da produção artística da humanidade, a reflexão sobre ela, suas
possíveis leituras e a crítica fundamentada, mas a criação nos códigos não verbais são
conteúdos indispensáveis na construção da cidadania.
Arte é Linguagem
O conhecimento arte
Artes visuais
Nossa vida é plena de imagens visuais. Elas fazem parte de nossa existência desde o
momento em que nascem os e (felizmente!) nunca mais nos abandonam. Imagens d o
mundo natural e cultural... Imagens do cotidiano, do real e da ficção, do concreto e do
virtual...
O mundo contemporâneo cada vez mais nos oferece (ou no impõe) imagens que
se sucedem numa velocidade e quantidade de informações alucinantes. Luzes, sombras,
cores , formas, cartazes, outdoors, esculturas, filmes, anúncios, propagandas, placas de
sinalização, cinema, tele visão, audiovisuais , ícones de computadores, vídeo clipes,
logotipos, logomarcas, símbolos, distintivos, revistas, fotografias, grafites, tatuagens e
tantas outras. Mesmo de olhos fechados o u sonhando, as imagens estão presentes.
Imagens: é possível viver sem elas? É possível ao homem pensar, se expressar, s e
comunicar sem imagens ?
O ser humano é um produtor/ decodificador/intérprete de imagens. Utiliza -se de
signos para tornar concreto algo que é totalmente abstrato: seus sentimentos e pensamentos.
Quando o primeiro homem conseguiu gravar na parede da caverna um sinal,
uma marca, e a ela atribuir um significado, que fazia a ponte entre pensamento e símbolo,
entre as dimensões subjetiva e objetiva, inaugurou uma nova era, estabeleceu um marco na
história da humanidade. Tornou -se um ser simbólico.
A partir desse momento, todo ser humano vem se comunicando através de
sistemas simbólico s, sistemas de representação criados por ele para melhor organizar sua
vida e também para manifestar o que lhe vai na mente e na alma. Um desses sistemas
simbólicos é exatamente o das Artes Visuais.
O desenho, a pintura, a escultura, a história e m quadrinhos, a fotografia, o
cinema, a tapeçaria , a gravura, a arquitetura, o desenho animado, o objeto, a instalação,
a computação gráfica, o design, entre tantas outras manifestações artísticas, fazem parte do
que hoje se convencionou chamar Arte s Visuais.
Dança
A Dança na Escola
Compreendemos que dança r é para t odos; isto significa que t odos pode m dançar.
Dança não é privilégio de alguns que têm agilidade, corpos esbelto s. Nesse sentido, tom
amos côoreferencial a teoria de Rudolf Laban (1879 -1958), um pensador da
movimentação humana que deixou um legado precioso: a “Arte do Movimento”, expressão
por ele criada para designar as mais variadas manifestações do movimento no ensino, no
trabalho, na arte, na terapia etc.
Em seus estudos sobre o movimento humano, Laban observou que o corpo
humano executa três funções básicas: dobrar, esticar, e torcer. Além disso, destacou
quatro fatores abrangentes que compõe o movimento, em maior ou menor grau de
manifestação: fluência, que trata da contenção e continuação do movimento; espaço, que
trata de formas, volumes, linhas, caminhos, direções; peso, que trata de energia , força;
tempo, que trata de duração, pulsação, métrica, ritmo.
A cada um desses fatores Laban atribuiu ainda outras qualidades: à fluência -
qualidade s com gradações de livre a controlada; ao espaço - qualidades com gradações,
d e direto (um único f oco) a flexível (multilobado); ao peso- qualidades com gradações,
de leve afirme; ao t empo- qualidades com gradações, de súbito (rápido) a sustentado
(lento). Esses conceitos ajudam a conhecer princípios mais gerais sobre movimento, pois eles
compõem danças e fornecem, para as aulas, um instrumental para proporcionar aos
estudantes uma movimentação menos restrita, mais criativa a expressiva em dança.
A teoria de Laban constitui uma chave de leitura para movimentos realiza dos em
dança. Os movimentos usa dos nobreak, por exemplo, são bastante diretos (fator espaço),
firmes (fator peso ) e rápidos (fator tempo). Têm uma fluência m ais para controla da;
por mais rápido que seja, o dançarino executa, bem definidamente, um movimento após
o outro. Essa modalidade de dança emprega várias partes do corpo: ombros, cabeça,
joelho s, pés. Usa -se muito o nível (relação de altura) baixo, bem perto do chão ou n
o c hão e, também, o nível médio. Esse jeito de dançar expressa ideias e contextos
sociais. Os movi mentos firmes e rápidos ( características marcantes do break) ajudam,
neste caso, a tornar visíveis significados de denúncia e contestação , assim como o
pertencimento a um grupo, por exemplo. Vamos refletir um pouco s obre o frevo. Há um
passo nessa dança que se chama tesoura, em que as pernas se cruzam em direção latera
l, usando um caminho no espaço bem direto, enquanto o tronco do intérprete, os braços e
as mãos, segurando a sombrinha, são mais flexíveis. Seu uso da qualidade de tempo é
bem súbito (rápido). É leve enquanto cruza as pernas, mas ao abri-las, há uma
acentuação um pouco menos leve (não chega a ser firme) do calcanhar no chão (ou
controlada). A qualidade de fluência do passo tesoura v aria entre livre e mais contida
(ou controlada). Livre enquanto cruza as pernas e contida quando há a batidinha d o
calcanhar. A execução d o frevo, e de qualquer dança, não é separada de sentimentos e
ideias que se queria expressar. Assim, da rapidez e leveza das pernas e da flexibilidade do
tronco no frevo podem emergir “flexibilidade ” de pensamento e alegria , por exemplo. É
importante possibilitar ao aluno oportunidades de vivenciar, analisar diferente s tipos de
dança, pesquisar danças locais, regionais- frevo, break, valsa, bumba -meu -boi, swing,
pavana, jongo, entre tantas outras - para o conhecimento de seus códigos, ampliação de
repertório e maiores possibilidades de criação. E também é importante saber que podemos
criar danças. Criar danças é buscar uma singularidade , algo que é próprio a cada pessoa.
O sistema Laban ajuda a criar danças. É justamente a isso que se propõe o
Projeto DIÁLOGOS DO CORPO. Ele a presenta exemplos de o que e como dançar, por
meio de uma série de atividades que você, professor, pode utilizar, recriar, refletir, criticar.
Música
A Música na Escola
Teatro
O projeto que ora se inicia focaliza mais uma das linguagens artísticas: o Teatro.
Como toda s as outras linguagens da Arte, est a também é área de conhecimento
e, portanto, o ensinar/a prender teatro na sala de aula deve garantir aos alunos momentos
de produção cênica, de conhecimento histórico da dramaturgia e de apreciação estética da
obra teatral.
O Teatro na escola possibilita aos educandos, além d o conhecimento específico
dessa linguagem, um verdadeiro trabalho em grupo e, com isso, melhor capacidade d e
socialização, de entende r o outro, de compartilhar ideias, tempo e espaço, de dialogar,
argumentar, negociar, tolerar, respeitar, observar regras, solidarizar -se, comprometer-se,
conviver com semelhanças e diferenças.
Interpretando os mais diversos personagens, o aluno poderá ver a vida sob múltiplos
pontos de vista, coloca r -se na situação do outro, viver situações reais e fictícias, correr
risco s, expor -se, buscar soluções, pensar a própria existência e a de tantos outros seres
humanos que viveram ou sonharam, para si ou para humanidade, diferentes histórias de
vida.
Conhecendo e interpretando obras da drama turgia universal, as adolescente s
terão acesso ao pensamento e ao sentimento de diferentes povos, países , culturas,
épocas retratados na obras cênicas, assim como aos textos dramáticos e seus autores .
Comparando -os, confrontando-os, pensando sobre eles, poderão reconhecer -se como seres
ao mesmo tempo únicos e universais, parte integrante de uma multiculturalidade e, por
isso mesmo, respeitadores de diferenças, penetrando em n ovos mundos de cultura e de
possibilidades estéticas.
Construindo personagens, histórias e cenários, o aluno poderá transpor fronteiras
de tempo e espaço, compreendendo que há diferentes m odos de viver, sentir, pensar,
emocionar -se e relacionar-se com a vida e o mundo. É um bom momento para refletir
sobre valores , atitudes e toda a diversidade cultural da qual é composta a humanidade.
Incentivado p elo professor, ele poderá estabelecer relações entre a sua e outras culturas,
ampliando conceitos de ética, identidade, cidadania e solidariedade humana.
Enquanto produtor , de codificador e intérprete de signos gestuais/ corporais, o
aluno poderá aprofundar suas possibilidades de atribuir e construir significados, de
entender -se enquanto um ser/corpo simbólico que propõe e lê gestualidades.
Assim como todas as linguagens da Arte, também o Teatro permite a reflexão sobre os
conflitos, medos e angustias da vida contemporânea. É possível, por meio da s artes
cênicas, não apenas mostrar como também refletir sobre o problema das drogas, da
gravidez precoce, da globalização, do desemprego... Denunciar a corrupção, o
autoritarismo, o preconceito, o trabalho infantil e tantos assunto s que já fazem,
infelizmente, parte da vida dos adolescentes.
É fundamental, também, possibilitar momentos de magia e encantamento, nos
quais se vive o sonho, a fantasia, o amor, o romance, a fic ção... Dar asas à imaginação,
buscar o utópico, o inatingível...
Vivendo no palco uma realidade fictícia, o aluno terá a chance de, além de
pensar a vida como ela é, propor soluções, prever alternativas, imaginá-la e apresentá-la
como poderia ser, se assim não fosse...
Que a alegria e a busca da felicidade estejam sempre presentes no trabalho desses
alunos/ atores, que ensaiam , no palco, exercícios de vida, da é tica e de cidadania, pauta
dos pela procura e respeito ao outro, no melhor e m ais difícil dos encontros: cada um
consigo mesmo!
O Teatro na Escola
Referências Bibliográficas
LOPES, Joana. Pega Teatro . Campinas: Papirus, 1989.
TOMÁS, L. Música e filos ofia- estética m usical. São Paulo: Vitale, 2004.
________, Dança educativa moderna. São Paulo: Í cone, 1990. ARNHEIM, Rudolf. Ar te e
percepção visual: uma psicologia da visão criadora. Trad. Ivone Terezinha de Faria, São
Paulo: Pioneira, 1980.
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da Arte, São Paulo: Perspectiva, 1994.
http://fals.com.br/revela/REVELA%20XVII/art_exp05_14.pdf
http://www.ppe.uem.br/dissertacoes/2005-Ligia_Bacarin.pdf
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40427/3/2ed_art_m1d2.pdf
http://impactodopacto.blogspot.com.br/2015/07/ensino-de-arte-concepcoes-e-praticas.html
COM MUITAS DICAS PARA ATIVIDADE EM SALA DE AULA
https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/EADG064/nova/files/im
presso/UIA4.pdf
https://pt.slideshare.net/susannemessias/fundamentos-tericos-e-metodolgicos-do-ensino-da-
artes
https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/EADG064/nova/files/im
presso/UIA3.pdf
https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/EADG064/nova/files/im
presso/UIA2.pdf
https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/EADG064/nova/files/im
presso/UIA1.pdf