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2012
mEditor e coordenador do projeto: Pr. José Roberto O. Chagas — Kenosis Editora
3
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fotográficos, gravação, estocagem em banco de dados, etc.),
a não ser em citações breves com indicação de fonte.
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HERMENÊUTICA:
SÍNTESE HISTÓRICA,
CRÍTICA E TEOLÓGICA DA
INTERPRETAÇÃO BÍBLICA
7.1. Desafios do Nosso
Tempo à Interpretação Bíblica
ij
A
religião judaico-cristã está sendo bombardeada veementemente
nesta era pós-moderna. É verdade que as adversidades sempre
fizeram parte da história da Igreja Cristã. Hoje, porém, elas
parecem mais sutis. De um lado, o externo, estão os pressupostos pós-modernistas
questionando a validade de doutrinas até então aceitas como verdadeiras; as
áreas ética, religiosa e teológica, para citar exemplos, sentem tais efeitos. Do
outro lado, o interno, a situação também é grave: a Igreja Evangélica Brasileira,
apesar de sua expansão numérica, tem demonstrado, através do ensino e prática,
suas deficiências bíblicas e teológicas. O descompasso entre a doutrina bíblica e
a vivência de muitos “cristãos”, líderes e liderados, tem resultado em alarmante
crise reputacional e amplificado as críticas de indivíduos hostis à fé cristã.
190
1
PROENÇA, Wander L. Magia, prosperidade e messianismo. Curitiba: Instituto Memória, 2009, p.53.
2
LOPES, Hernandes D. Morte na panela. São Paulo: Hagnos, 2007, p.19.
3
In: BARRO, Jorge H. [et al.]. Uma igreja sem propósitos. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, p.47.
191
1o DesAFIo À HeRMenÊUTICA:
PLURALIsMo InTeLeCTUAL, ReLIGIoso e TeoLÓGICo
4
MCGRATH, Alister. Apologética cristã no século XXI. São Paulo: Vida, 2008, p.84.
5
EVANS, C. Stephen. Dicionário de apologética e filosofia da religião. São Paulo: Vida, 2004, pp.40-41.
192
6
GRENZ, Stanley J. Pós-modernismo. São Paulo: Vida Nova, 2008, p.210.
7
CAMPOS, Heber Carlos. “O pluralismo do pós-modernismo”. Fides Reformata (02/01/1997).
193
8
DOWNS, Perry G. Introdução à educação cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p.14.
9
PASSOS, João Décio. Teologia e outros saberes. São Paulo: Paulinas: 2010.
10
SIDER, Ronald J. Cristianismo genuíno. Campinas, SP: United Press, 1999, p.103.
11
ERICKSON, Millard J. Dicionário popular de teologia. São Paulo: Mundo Cristão, 2011, p.184.
12
LOPES, Edson. Fundamentos da teologia da salvação. São Paulo: Mundo Cristão, 2009, pp.15-46.
194
2o DesAFIo À HeRMenÊUTICA:
seDUÇÃo DA “ReLIGIÃo De MeRCADo”
13
KIVITZ, Ed René. Outra espiritualidade: fé, graça e resistência. São Paulo: Mundo Cristão, 2006, pp.47,48
14
CARSON, D. A. Igreja emergente. São Paulo: Vida Nova, 2010.
Conf. MEISTER, Mauro. Artigo: “Igreja emergente, a igreja do Pós-modernismo? - parte 2”. Disponível em: <http://www.
teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=166>. Reacessado em 24/02/2012.
195
15
AMORESE, Rubem M. Icabode: da mente de Cristo à consciência moderna. Viçosa : Ultimato, 1998.
16
PETERSON, Eugene. Um pastor segundo o coração de Deus. Rio de Janeiro: Textus, 2000, p.2.
17
In: BARRO, Jorge H. [et al.], op. cit., p.94.
18
ZABATIERO, Júlio P. T. “Novos desafios da leitura bíblica no pastorado contemporâneo”. In: KOHL, M. W & Barro, A. C.
(orgs). Ministério pastoral transformador. Londrina: Descoberta, 2006, p.13.
196
FILHO, Moisés. “Disseminada, mas ainda desconhecida”. In: Revista Igreja. Atibaia/SP: Mensagens/OL, ano II, no 11,
19
20
CARVALHO, Antonio V. Teologia da educação cristã. 2. ed. São Paulo: Hagnos, 2006, pp.53,54.
21
FILHO, Moisés, op. cit., p.27.
198
22
LARSEN, David L. Anatomia da pregação. São Paulo: Vida, 2005, pp.34-36.
199
Que a Palavra, como orientou Paulo, habite em nossos corações (Cl 3.16),
alegrando o nosso íntimo (Sl 19.8), orientando nossos passos (Sl 119.105),
iluminando nossa mente (Sl 119.130), sendo nossa fonte de meditação diária
(Sl 119.97), de nutrição (Jr 15.16), de purificação de intenções (Hb 4.12), de
renovação do nosso ser (Rm 12.2)...
23
MOLOCHENCO, Madalena O. Educação cristã. São Paulo: Vida Nova, 2007, p.16.
202
24
SHEDD, Russel. Palavra viva: extraindo e expondo a mensagem. São Paulo: Vida Nova, 2000, pp.65,67).
7.2. Síntese de Alguns Princípios
que Regem a Interpretação Bíblica
ij
N
ão há mais tempo para a Igreja Evangélica Brasileira ficar
displicente quanto à sua capacitação bíblico-teológico-prática.
Os desafios, externos e internos, conforme alguns exemplos
expostos, são cada vez maiores e mais frequentes. São, na verdade, ameaças sutis
que, num futuro próximo, podem comprometer a relevância das comunidades
de fé. É necessário, portanto, um retorno contundente do Corpo de Cristo à
Palavra de Deus. E é neste ponto que tanto a Hermenêutica quanto a Exegese
Bíblica tornam-se ferramentas indispensáveis. Outrossim, numa época em que
a Bíblia está, pelo menos em nosso País, ao alcance da maioria dos cristãos,
deve-se estudá-la persistentemente, conhecê-la corretamente e praticá-la
alegremente.
204
25
NICHOLS, Robert H. História da igreja cristã. 13. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2008.
205
O Dr. Archer já disse que é certo que por toda a história da Igreja tem
ficado claríssimo e bem entendido que a Bíblia, como Deus no-la concedeu,
está livre de erro, que as Escrituras eram dotadas de total autoridade e dignas de
confiança em tudo quanto afirmavam ser factual: Teologia, História, Ciência...
Afirmou Lutero: “Quando as Escrituras falam, Deus fala”. Até os oponentes
católicos romanos tinham essa convicção, embora tendessem a colocar a tradição
eclesiástica quase no mesmo nível de autoridade da Bíblia. Desde os dias dos
primeiros gnósticos, com quem Paulo contendeu, até o advento do deísmo, no
século XVIII, não se manifestavam dúvidas atinente à inerrância das Escrituras.26
O Dr. Ryrie lembra que a Teologia serve de alicerce para a vida cristã e de
motivação para a ação. O chamado para a consagração de nossa vida tem como
base a doutrina segundo a qual fomos crucificados com Cristo (Rm 6.1-13).
Sabendo que Deus não é parcial, não devemos dar tratamento preferencial nem
a ricos nem a pobres na igreja (Tg 2.1-4). A esperança na volta do Senhor deve
purificar nossa vida (1 Jo 3.3). É pelo amor de Cristo (o amor dele por nós e o
nosso por ele) que o deixamos controlar nossa vida (2 Co 5.14). Ao conhecer
a doutrina do julgamento futuro somos motivados a proclamar o Evangelho (2
Co 5.10). Todas essas responsabilidades cristãs importantes são baseadas em
verdades doutrinárias.27
26
ARCHER, Gleason L. Enciclopédia de dificuldades bíblicas. São Paulo: Vida, 1997, p.19.
27
RYRIE, Charles C. Como pregar doutrinas bíblicas. São Paulo: Mundo Cristão, 2007, pp.13,14.-
206
Partindo da afirmativa do Dr. Ryrie ratifico que a Igreja tem um desafio crucial
no que tange à Bíblia: precisa estudá-la, entendê-la e praticá-la corretamente.
Quando a crença é improcedente, a prática torna-se incoerente. Corrigindo a
reflexão há maior probabilidade de acertar a práxis. É óbvio que uma pessoa pode
ter informação e crença certas e agir em desarmonia. Há pessoa que conhece a
Palavra de Deus e não a coloca em prática; há descompasso entre saber e fazer.
28
ZABATIERO, Júlio P. T. Manual de exegese. São Paulo: Hagnos, 2007, p.13.
29
STEIN, Robert H. Guia básico para a interpretação da Bíblia. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.19,20.
30
GRENZ, Stanley [et al.]. Dicionário de teologia. São Paulo: Vida, 2002, p.66.
207
Para saber mais sobre Hermes basta pesquisar Mercúrio, seu simulacro
em Roma, uma divindade que tinha a incumbência de levar as mensagens de
Júpiter (em latim, Iuppiter, o deus romano do dia, equivalente ao deus grego
Zeus). Mercúrio difere pouco de Hermes, haja vista que também possuiria uma
bolsa, sandálias e um capacete com asas, uma varinha de condão e o caduceu;
também o deus da eloquência e da inteligência, do comércio, dos viajantes e
dos ladrões. Há, inclusive, um episódio em Atos no qual “aparecem” Júpiter
e Mercúrio:34 Barnabé foi chamado de Júpiter — o deus pai — e Paulo, de
Mercúrio — o mensageiro (At 14.12). Esta palavra bíblica nos primeiros séculos
do Cristianismo corroboram a probabilidade de Hermenêutica ser proveniente
do deus grego/romano.
31
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico conciso. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p.387.
32
VASCONCELOS, Ana. Manual compacto de sociologia. São Paulo: Rideel, 2010, p.12.
33
MORAES, Elias S. Dicionário de nomes bíblicos. 6. ed. Londrina: Descoberta, 2006, p.86.
34
YOUNGBLOOD, Ronald [et al.]. Dicionário ilustrado da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 2004, p.408.
208
3. Judeus Caraítas — A seita dos judeus caraítas foi fundada por Anan
ben David, cerca de 760 da nossa era. Historicamente eles são descendentes
espirituais dos saduceus, cujas informações estão disponíveis nos Evangelhos.
Representam um protesto contra o rabinismo, parcialmente influenciado pelo
maometismo. Os caraítas (filhos da leitura), eram assim chamados porque seu
princípio fundamental era considerar a Escritura como a única autoridade em
matéria de fé. Sua exegese, como um todo, era mais correta do que a dos judeus
palestinos e alexandrinos.
209
A IMPoRTÂnCIA DA HeRMenÊUTICA nA
OLIVEIRA, Raimundo Ferreira. Princípios de hermenêutica. 3. ed. Campinas/SP: EETAD, 1997, pp.5-12.
35
MLANARCZYKI, Cleison. Hermenêutica e interpretação bíblica. Apostila de hermenêutica (Seminário Teológico Sul
36
37
LUND, E. & NELSON, P. C. Hermenêutica. São Paulo: Vida, 2002, pp.7-12.
215
38
ZABATIERO, Júlio P. T., 2007, p.20.
39
RYRIE, Charles C. Teologia básica ao alcance de todos. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, p.123.
40
OLIVEIRA, Raimundo F. op. cit., p.1.
41
BENTHO, Esdras C. Hermenêutica fácil e descomplicada. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.55,56.
216
Louis Berkhof acrescenta ainda que Platão foi o primeiro a usar hermeneutike,
subentendo-se a palavra techne, como um termo técnico, e podemos defini-la
como “a ciência que nos ensina os princípios, as leis e os métodos de interpretação”.42
Henry Virkler reitera que hermenêutica, em seu sentido técnico, é “a ciência
e arte de interpretação bíblica”; então, em seguida, complementa:
42
BERKHOF, Louis. Princípios de interpretação bíblica. 3. ed. rev. São Paulo; Cultura Cristã, 2008, p.26.
43
VIRKLER, Henry. Hermenêutica avançada. São Paulo: Vida, 2007, p.9.
44
LUND, E. & NELSON, P. C., op. cit., pp.11,12.
217
o QUe É eXeGese?
45
ANDRADE, Claudionor C. Dicionário teológico. 11. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.173.
46
GRENZ [et al.], op. cit., p.66.
47
FEE, Gordon D. & STUART, Douglas. Entendes o que lês. 2. ed. 1997. São Paulo: Vida Nova, p.19.
48
BENTHO, Esdras C., op. cit., p.66.
218
A Escritura pode ser mal aplicada quando você ignora o que ela diz sobre
determinado assunto.
A Escritura pode ser mal aplicada quando você toma um versículo fora do
seu contexto.
A Escritura pode ser mal aplicada quando você lê uma passagem e a impele
a dizer o que ela não diz.
49
ANDRADE, Claudionor C., op. cit., p.150.
50
In: HORTON, Michael S. [et al.]. Religião de poder. São Paulo: Cultura Cristã, 1998, pp.252-254.
51
FERREIRA, Franklin & MYATT, Alan. Teologia sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2007, p.2.
219
A Escritura pode ser mal aplicada quando você dá ênfase indevida a coisas
menos importantes.
A Escritura pode ser mal aplicada quando você a usa para tentar levar Deus
a fazer o que você quer, em vez daquilo que Ele quer que seja feito.52
52
HENRICHSEN, W. A. Métodos de estudos bíblicos. São Paulo: Mundo Cristão, pp.8,9.
53
BENTHO, p.56.
54
OLIVEIRA, p.65.
55
MOSCONI, L. Para uma leitura fiel da Bíblia. São Paulo: Loyola, 1997, pp.101-109.
56
RYRIE, Charles C., op. cit., 2004, pp.123-128.
57
ZABATIERO, Júlio, op. cit., 2007, pp.27,28.
220
Parte da Igreja Evangélica não estuda a Bíblia como deveria. Por quê? As
razões são várias. Rick Warren aponta pelo menos três: 1) as pessoas não sabem
como estudar, 2) elas não são motivadas, 3) elas são preguiçosas — estudar
a Bíblia é trabalho árduo, e não há atalhos; é como qualquer outra coisa na
vida que valha a pena!58 E, como a inconstância é uma das características de
muitos brasileiros, o estudo da Bíblia fica para depois ou é realizado por razões
e meios errados. Ora, a Bíblia tem 1) autoridade, 2) clareza, 3) suficiência e é 4)
indispensável59 à criatura humana, que almeja conhecer e relacionar-se com Deus.
Nesta disciplina tenho afirmado que um dos responsáveis pela má
interpretação das Escrituras é o pouco caso de muitos crentes para com a leitura
prazerosa e frequente das Escrituras. Doravante, para superar esse descaso, é
preciso formar o leitor, ou melhor, investir no letramento da congregação. No
âmbito pedagógico, “letramento é o conjunto de informações que um leitor tem a
partir de sua formação pessoal de leitor”. Essa é outra tarefa laboriosa, afinal se
uma pessoa, mesmo sendo letrada, não tem o hábito de ler textos sempre, ler
jornais diariamente (ou várias vezes na semana), ver/ouvir noticiários para se
informar sobre a realidade do seu país e do mundo, etc., ela não terá letramento. 60
Como então estudar corretamente a Bíblia?
Henrichsen sugere quatro partes vitais. Confira:
58
WARREN, Rick. 12 maneiras de estudar a Bíblia sozinho. São Paulo: Vida, 2003, pp.12,13.
59
GRUDEM, Wayne. Entenda a fé cristã. São Paulo: Vida Nova, 2010, pp.13-22.
60
CARVALHO, Audrey. Formando o leitor. São Paulo: Rideel, 2010, pp.20,21.
221
61
HENRICHSEN, Walter. A. Princípios de interpretação da Bíblia. São Paulo: Mundo Cristão, 1997, pp.8,9.
222
62
CARVALHO, Antonio V. Introdução ao estudo da Bíblia. São Paulo: Hagnos, 2003.
223
8. Apesar da importância da história da Igreja, ela não chega a ser decisiva na
fiel interpretação da Escritura. Apesar de reconhecermos os méritos da história
da Igreja, por ela registrar o denodo e a bravura com que os princípios sagrados
foram defendidos e mantidos, devemos afirmar que a Igreja não determina o
que a Igreja ensina; antes, a Bíblia é quem determina o que a Igreja ensina. A
história, aliás, serve também para revelar as periodizações nas quais a Igreja se
afastou da Bíblia e suas trágicas consequências.
O Dr. Augustus N. Lopes reitera que o fato da Bíblia ter sido escrita por
diferentes pessoas em diferentes épocas, línguas e lugares, alerta-nos para o
que alguns estudiosos têm chamado de distanciamento — temporal, contextual,
cultural, linguístico, autorial e também natural, espiritual e moral. Em seguida, para
minimizar, no nível humano, os erros que possam advir das nossas interpretações,
compartilha alguns princípios basilares, embora não sejam eles exaustivos e
nem absolutos.
63
LOPES, Augustus N. Princípios de interpretação da Bíblia - parte I - Por que precisamos interpretar a Bíblia. Disponível em:
<http://www.monergismo.com/textos/hermeneuticas/hermA_02.pdf>. Reacessado em 28/02/2012.
64
ZABATIERO, Júlio [et al.]. Para uma hermenêutica bíblica. São Paulo: Fonte Editorial/Faculdade Unida, 2011.
65
OLIVEIRA, Raimundo. Como estudar e interpretar a Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
225
MInHAs AnoTAÇÕes
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