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Radioamadorismo
Nº 21 – Abril de 2018
RADIOAMADORISMO – FAIXA DO CIDADÃO ELETRÔNICA
Bom e barato:
A onda agora são os kit chineses!
Pixie montado, por menos
de 30 reais na China!
Nesta edição:
Recebemos o Voyager VR9900!
Antenas encurtadas – Parte 2
Causos de rádio: Rainha da Inglaterra em
Maracutaia do Sul
Nova seção para iniciantes
Revista Radioamadorismo – Página 2
Algumas fotos do Voyager VR9900
Revista Radioamadorismo – Página 3
EXPEDIENTE EDITORIAL
A deterioração social no País também se reflete no
Radioamadorismo e Faixa do Cidadão. Tem sido comum ouvirmos
relatos de truculência policial, caminhoneiros apanhando de borracha
nas longinquas e abandonadas estradas do Norte, tudo porque tem um
aparelho de rádio no caminhão ou carro de passeio ou até mesmo um
HT na cintura. É uma vergonha, mas ser radioamador no Brasil é uma
atividade de risco – sim, risco de morte – ou se apanha de maus
policiais ou se apanha de bandidos.
Quem já passou por esta situação, normalmente tem medo de
denunciar e na maioria das vezes, acabam abandonando uma das
atividades mais importantes para a segurança do País. No regime
militar não era assim, pelo menos quem tinha uma licença do DENTEL
nas mãos era – e muito – respeitado.
73 do Ademir PT9HP (exPX9D1200)
PARA O PRINCIPIANTE:
COMO FUNCIONA UMA ESTAÇÃO DE RÁDIO?
Bom, se você não é um radioamador(a) ou apenas usa a estação de rádio de seu
serviço, é sempre bom saber como as coisas funcionam. Esse conhecimento, por menor que
seja, pode fazer uma grande diferença durante uma situação de emergência. Por exemplo:
Uma equipe da Defesa Civil ou Policiais estão numa situação de risco, necessitando manter
contato com sua base e duas coisas podem acontecer: as luzes do aparelho não acendem. Ou
parece que liga, mas não se consegue contato de modo algum, mesmo estando no alcance da
estação base.
Duas coisas podem estar impedindo este contato tão urgente: a) o fusível do aparelho
está aberto (queimado) ou mal contato com a bateria, caso o fusível esteja bom. b) tem algo
errado com a antena ou o cabo que interliga o aparelho transmissor e a antena propriamente
dita. Um exame visual poderá indicar o que está impedindo a comunicação.
Se você possui uma viatura com um equipamento de rádio, ele é composto dos
seguintes acessórios:
1 – O rádio (ou radiotransmissor)
2 – O microfone.
3 – O cabo que liga o rádio à antena
4 – A antena.
5 – Uma fonte de alimentação, neste caso, a bateria do veículo.
Se você está usando um HT (transceptor de mão), ele já está completo: possui um
microfone embutido, sua própria alimentação em forma de baterias internas recarregáveis e a
antena emborrachada. Detalhe: numa emergência – os radioamadores fazem muito isso – esta
antena pode ser desconectada e em seu lugar conectado uma antena externa, desde que o
conector seja do tipo BNC, igual ao da antena original. O resultado é que você poderá ter um
alcance muito maior com uma antena externa, como as que descrevemos neste livro.
Só para lembrar: um rádio não é um telefone: você aperta a tecla do microfone para
transmitir e solta para ouvir. Você deve esperar o final de câmbio para poder falar. Repetidoras
de radioamadores emitem um “bip” no final do câmbio, indicando que agora está livre para
outra estação falar.
Isto é tudo numa estação de rádio base: O cabo coaxial e a antena
externa.
2 7 .5 0 5
7.150.00
12
FONTE
12 Volts
Página 4
Revista Radioamadorismo – Página 5
LABRE/MS APOIA EVENTO EM HOMENAGEM
AO DIA DA MULHER
A LABRE/MS tem participado de diversos eventos culturais, como aconteceu durante
a VII Volta UFMS, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
Na foto aparecem os colegas voluntários: Ari PU9ARI, César PU9CZL, Celso PT9CA,
Hermenson PU9HBS e Paulo PT9RF – diretor estadual que não aparece na foto, pois… era
o fotógrafo!
Parabéns aos colegas labreanos que não tem medido esforços para divulgar o
Radioamadorismo em nosso Estado.
REVISTA RADIOAMADORISMO É PRODUZIDA COM LINUX MINT
Revista Radioamadorismo – Página 6
Antenas encurtadas – Parte 2
Se existe um campo cheio de polêmicas é o dos projetos e construções de antenas.
Pois vamos arranhar um pouco a superfície e deixar que você leitor, tire suas conclusões, ou,
se achar conveniente, que faça mais pesquisas sobre o tema!
Pesquisando diversas páginas de radioamadores, encontramos alguma coisa produzida
por colegas espanhóis e argentinos. Tratase de uma dipolo encurtada com “carga linear”. A
matemática da “coisa” é bastante escassa, mas parece concordar com aquilo que já sabemos,
ou seja, o perímetro de uma antena é o que manda, independente (ou quase!) da forma que
ela toma. Assim como mostramos na edição passada, um dipolo pode ser dobrado ou
“picotado” em diversos desenhos, provocando seu encurtamento.
Porém, todo “milagre” tem seu preço: a eficiência vai cair, especialmente no que diz
respeito ao lóbulo de irradiação. Se esta for a solução para você sair em 160 ou 80 metros, é
válido. No desenho abaixo, uma destas antenas ditas com “carga linear”. Acho bom você
usar um balun de 1:1… A fórmula para o cálculo é a mesma de uma antena dipolo: 142,5/F.
O resultado dividese por dois e você terá o comprimento de cada “perna” da antena.
Cordinha para manter o sistema
esticado
Isoladores em azul
Os textos encontrados nas publicações e sites que visitamos, não informa qual o
espaçamento entre os fios – que inclusive pode ser dois, três ou mais. Mas sugerimos uns 20
centímetros entre os fios, de material isolante, como tubinhos de PVC ou caninhos roliços de
madeira, destes usados em banner. Não sei porquê, mas esta antena nos lembra a Morgain…
vamos falar sobre ela em futura edição da revista.
Um detalhe que percebemos, é que a redução não deve passar dos 50% do
comprimento total da antena. Não experimentamos, mas você pode fazer seus testes e nos
contar. Se possível, envie fotos, ok?
Na outra página, uma maneira de reduzir em 50% o comprimento de uma antena
dipolo, num sistema praticamente igual ao desenho acima.
Mantenhase informado: www.revistaradioamadorismo.blogspot.com.br
Revista Radioamadorismo – Página 7
Em azul, os isoladores
Cabo coaxial de 50 ohms
Um dipolo com carga linear. Na verdade, um dipolo dobrado, visto que tem o
comprimento normal, de meia onda, apenas com cada perna dobrada sobre si mesma,
com um espaçamento em torno de 20 centímetros. Devese usar tantos isoladores quanto
for necessário, para que os fios não se toquem, pois inevitavelmente irá formar uma
“barriga” no centro da antena.
Fórmula padrão para cálculo de antenas de meia onda: 142,5 dividido pela
frequência em MHz. O valor é o comprimento total da antena, portanto, divide por dois
o resultado e você terá o comprimento de cada perna da antena. A “dobra” vai depender
de você, mas obviamente é quase 50% de cada perna.
Os isoladores centrais podem variar de 5 a 10 cm. Não é má ideia utilizar um
balun de 1:1.
IMPEDÂNCIA E GANHO DE UMA ANTENA LOOP
https://pa0fri.home.xs4all.nl/Ant/Quad/quadeng.htm
Vejam que interessante: uma antena loop de onda completa pode ter uma impedância de 50
ohms, modificandose apenas sua forma,ou seja, transformandoa num retângulo quase perfeito. O
link do material está lá em cima.
Revista Radioamadorismo – Página 8
Radioescuta Antena para ouvir ondas curtas
A partir do desenho, você pode ver que o suporte aéreo é feito de corda de nylon ou
polipropileno, esticada entre o ponto da cume da casa, a 30 pés – 9,14m do chão, até um talão de
tenda ou ponto sólido no nível do solo, a 40 pés 12,19m de distância. Isso faz o triângulo clássico
3: 4: 5 e, teoricamente, o suporte será de 50 pés – 15,24m de comprimento. Claramente, devido ao
peso das antenas, o suporte cairá e será maior que 50 pés, mas isso foi permitido no desenho.
Marque a parte superior do ponto de suporte na corda envolvendo um pedaço de fita
isolante de PVC em torno da corda, FAÇA UM NÓ depois mede e marque pontos de forma
semelhante aos 3, 7, 14, 20, 23 e 27 pés do ponto de suporte . Coloque seis isoladores leves, de
material isolante sobre a corda e fixeo de forma segura à corda em cada ponto medido. Dos
isoladores amarre os fios aéreos (que pode ser qualquer fio isolante, multifio) dos seguintes
comprimentos:
COMPRIMENTO DOS FIOS DE DESCIDA – COBRE ISOLADO OU NÃO
Faixa de 49m e 41m 38 feet – 11,58 m
Faixa de 31m 32 feet – 9,75 m
Faixa de 25m 25 feet – 7,63
Faixa de 19m 20 feet – 6,09m
Faixa de 16m 17 feet – 5,18
Faixa de 13m 15 feet – 4,57
Bolinhas azuis: nós ou isolante na própria corda!
Distância de cada bolinha, de cima para baixo:
0,91 m
2,13 m
4,26 m Nota: esse sistema foi baseado no
6,09 m trabalho de John Wilson – Short Wave
7,01 m Guide. Você pode usar também um fio
8,22 m na horizontal, mas terá que completar o
comprimento dos fios de descida com
cordinhas isolantes.
Corda isolante
15,24 metros
Poste com 9,14 m
Cabo de descida para o RX
12,19 m de distância
Revista Radioamadorismo – Página 9
No desenho abaixo você tem uma ideia de como fica a ligação de todos os fios. Utilize um
conector coaxial fêmea, de base quadrada.
Todos os fios são soldados juntos e soldados no orifício. Veja que a malha do cabo coaxial
faz terra, portanto, o conector deve ser aparafusado a uma barra em forma de L e preso a um cano
metálico, formando o terra do sistema. Se seu RX não usa conector comum em rádios para
transmissão, ele deverá ser ligado ao solo através de seu chassi.
Tudo soldado Poste metálico
aqui
Revista Radioamadorismo – Página 10
Programas para cálculos de antenas loop
As antenas loop são fáceis de fazer e ótimas em resultados. Tem uma largura de banda maior
que um dipolo e muito silenciosas, sem contar o ganho, por se tratar de uma antena de onda
completa. Daí você ter que usar o acoplador, feito com um cabo coaxial de 75 ohms de ½ onda de
comprimento. O programa faz esse cálculo automaticamente para você. Cuidado ao usar uma
vírgula ou ponto para apresentar frações… dá diferença! Pelo visto, o programa utiliza por padrão
o ponto ao invés de vírgula. Ex: 27,5 MHz ou 27.5 MHz.
POLORIZAÇÃO
Para utilizar a antena na posição horizontal, faça como está no desenho, com o isolador
central para baixo, em direção ao solo. Cuide para que tenha uma boa altura. Essas antenas muito
próximas do solo são um desastre… mas funcionam! Note que ela irradia pelas laterais. Vejam
nosso livro “Manual das Antenas”.
Irradia nestas direções
Wire=fio de cobre
Center=alma do cabo
Shield=malha do cabo
Wire, no caso, é o perímetro ou comprimento total do fio, que deve ser dobrado em 4,
deixando apenas um espaçamento onde irá o isolador central. O cabo coaxial é de ½ onda, de 75
ohms. Não se preocupe (só um pouco…) com o fator de velocidade do cabo que você encontra no
comércio – especialmente os chineses. O valor 0,66 é adequado. Basta você converter polegadas em
sistema métrico e tudo estará bem. Infelizmente esse programa não dá a opção de calcular ou
converter em sistema métrico, como os programas do Al Legary VE3SQB, nosso “guru” predileto
em se tratando de programas para cálculos de antenas.
O cálculo de uma loop é simples: 306/F=onda completa. A impedância está em torno de
100 ohms.
O link para baixar esse programa, tanto para Windows como para Linux, está aqui:
http://www.linuxwolfpack.com/ Note que o resultado está em POLEGADA!
Nossa página: www.revistaradioamadorismo.blogspot.com.br
Revista Radioamadorismo – Página 11
PRÁTICA:
MONTE UMA ANTENA LOOP DE QUADRO PARA 10/11 METROS
Depois que você conhece e passa a entender bem a matemática envolvida nos cálculos de
antenas, você será capaz de produzir qualquer modelo, “de cabeça”. No caso das quadra cúbicas ou
loop, eu tinha uma dificuldade imensa em calcular as varetas que formam o “+” que suporta os
fios. Claro, eu detesto matemática e enquanto eu não me rendi à ela, não construía nada!
Abaixo o cálculo da nossa loop, com impedância em torno de 120 ohms e o respectivo balun,
construído com um pedaço de cabo coaxial de boa qualidade, de 75 ohms de impedância. O
comprimento desse balun é de 1,8 metros.
Frequência de operação da loop: 27,5 MHz. Comprimento total do fio (perímetro) 11,139
metros. Neste ponto, dividido por 4, teremos um quadro com 2,784 de cada lado. A vareta – de
bambú ou fibra de vidro, terá o comprimento de 3,93 metros. Claro, deve ser MAIS COMPRIDO,
pois deve sobrar uma ponta para dar espaço para a passagem do fio!
Você pode baixar e utilizar o programa divulgado na página anterior, mas para conhecer a
matemática envolvida, a fórmula é a que sempre divulgamos em nossos livros e revista:
L=306/F=M – Significa o seguinte: onda completa (no caso da loop e quadra) é igual 306
(uma constante, não muda) dividido pela frequência em Megahertz. O resultado é o comprimento
de onda ou… o comprimento do fio a ser utilizado. Chamamos esse comprimento de fio como
“perímetro”.
O resultado final você divide por quatro e terá então o comprimento de cada lado de sua
loop ou quadra.
Na prática: 306/27,5=11,127 metros.
CALCULANDO A DIAGONAL DO QUADRO
Dava uma mão de obra…. A matemática simplificada consiste em multiplicar cada lado pela
raiz quadrada de dois. O desenho abaixo explica tudinho e facinho…
Na prática: cada lado da nossa antena tem 2,78 metros. No final, SEMPRE a vareta diagonal
terá um comprimento um pouco maior do que cada lado da antena! Ficou assim: 2,78 vezes raiz
quadrada de dois que é igual a 3,93 metros.
2,78x√2=3,93
Revista Radioamadorismo – Página 12
2,78 cada lado
s
ro
et
m
4
s:
ai
m
a
ho
in
nt
ta
um
s
ai
m
a t
re
va
a
ad
s c
ro
et
m
3
9
3,
Balun de 1,8 metros, cabo coaxial
de 75 ohms. O resto até o rádio é
cabo de 50 ohms.
Se você construir
sua loop no formato ao
lado, será mais fácil
conseguir uma cruzeta
de PVC ou metal no
centro e instalar num
mastro.
Revista Radioamadorismo – Página 13
Radioamadorismo para iniciantes – Parte 02
Utilizando o acoplador de antenas
Um acoplador de antenas tem por função acoplar ou casar a impedância de uma antena
com a impedância do aparelho transmissor. Por padrão, a impedância dos rádios é 50 ohms, mas
sua antena pode não oferecer esse valor, daí a importância de “acoplar” para que tudo funcione
bem. Se isso não for feito, a Relação de Ondas Estacionárias em seu sistema irradiante poderá ser
muito alta, com resultado certo de danificar seu custoso transceptor.
O acoplador possui em seu interior uma bobina com núcleo de ar e dois capacitores
variáveis de alta isolação. Normalmente são metálicos (alumínio) e acredite: muito difíceis de
serem encontrados hoje em dia, a menos que você importe ou consiga em sucatas de antigos
transmissores. Você pode até fabricar capacitores, se tiver a habilidade para isso, pois programas
para cálculos existem e na internet tem vários tutoriais com ideias fantásticas para sua confecção.
Mas vou avisando: dá uma mão de obra muito grande.
Existem diversas configurações, mas a mais comum é a chamada “em pi”, onde dois
capacitores e uma bobina formam o sistema. Veja o esquema.
Obrigatoriamente você deve usar uma caixa metálica para evitar capacitâncias parasitas
que poderiam dificultar ou impedir seu funcionamento.
No esquema abaixo, o acoplador é para 27/28 MHz, mas se você aumentar o número de
espiras da bobina, poderá alcançar faixas mais baixas. Aparelhos profissionais utilizam uma
bobina com várias derivações, sendo comutadas por uma chave, de acordo com a faixa que
pretendese utilizar ou acoplar sua antena.
Capacitores de 360 a 410 pF.
Bobina diâmetro de 25mm com 3 a 8 espiras, espaçadas em 3mm. Devese usar fio rígido
de cobre de 12 a 14 AWG.
Teoricamente, qualquer lado pode ser ligado ao rádio ou à antena nesse modelo simples.
http://betocorvo.blogspot.com.br/2016/09/
Nossa página: www.revistaradioamadorismo.blogspot.com.br
Revista Radioamadorismo – Página 14
PARA INICIANTES: CÓDIGO MORSE, TELEGRAFIA OU CW
Algumas pessoas – a maioria sem ligação com o radioamadorismo – dizem que o Código
Morse está morto, obsoleto e que “ninguém usa”. Ledo engano! O CW, que significa “continuous
wave” ou onda contínua, e é usado por centenas de milhares de radioamadores em todo o mundo
e raramente se sabe de um militar da área de radiocomunicação que não o conheça. Pode não ser
usado na forma tradicional, mas sabese que exércitos de nações poderosas o tem como especial
instrumento em ocasiões de grande crise, quando satélites e outros meios de comunicação entram
em colapso.
Nesta obra ensinaremos alguma coisa sobre como usálo em situações de emergência,
especialmente por quem não o conhece ou não é cedablista “de carteirinha”. Pode ser a única
maneira de você se comunicar com o resto do mundo. E não é ficção, não. Casos reais mostram
que um simples microfone com defeito numa aeronave danificada pôde ser usado, irradiandose
apenas a portadora (AM) do transmissor, em sequências formando os caracteres do Código Morse.
Em primeiro lugar, ESQUEÇA esse negócio de “ponto e traço”. Esse método de
aprendizagem impede que pessoas realmente aprendam o CW e faz inclusive que muitos que
foram obrigados a aprendêlo simplesmente passaram a odiálo!
Pensemos, a título didático apenas, que o menor sinal que compõem um caracter em Morse
seja um som equivalente a um “DI” e o som mais longo, um “DAAA”.
Fica assim então, o nosso conjunto de caracteres Morse. O desenho de “pontos e traços” é
para apenas efeito visual, mas jamais para aprendizado do Código Morse.
DI
DA
EXEMPLO: LETRA “A” DO ALFABETO
DI DA
Um detalhe muito importante: a separação entre os sinais
que compõem um caractere em Código Morse, é equivalente a
um “di” e entre letras, três “dis” ou um “dá”. Isso mesmo: um
DA equivale a três “dis”. Se misturarem ou darem muito espaço,
confundirá quem irá receber a transmissão, pois justamente, o
CW é o agrupamento de “dis” e “dás”.
Outro detalhe: o menor caractere do alfabeto em CW é a
letra E (di) e o maior caractere, é o número zero: cinco “DA”.
Já viu aqueles filmes em que a pessoa transmite sinais
Morse com luz? Isso mesmo, o CW pode ser um som (áudio) ou
uma luz (visual).
Revista Radioamadorismo – Página 15
A= DI DÁ
B= DÁ DI DI DI
C= DÁ DI DÁ DI
D= DÁ DI
E= DI
F= DI DI DÁ DI
G= DÁ DÁ DI
H= DI DI DI DI
I= DI DI
J= DI DÁ DÁ DÁ
LEMBRESE: Os
K= DÁ DI DÁ
“pontos e traços”
L= DI DÁ DI DI mostrados aqui são
apenas para efeito
M= DÁ DÁ de visualização e
N= DÁ DI compreensão da
estrutura dos
O= DÁ DÁ DÁ caracteres, jamais
para aprendizagem
P= DI DÁ DÁ DI do CW.
Q= DÁ DÁ DI DÁ
R= DI DÁ DI
S= DI DI DI
T= DÁ
U= DI DI DÁ
V= DI DI DI DÁ
W= DI DÁ DÁ
X= DÁ DI DI DÁ
Y= DÁ DI DÁ DÁ
Z= DÁ DÁ DI DI
Página 15
Revista Radioamadorismo – Página 16
AGORA, OS NÚMEROS EM CW OU CÓDIGO MORSE!
Outra curiosidade: os números em CW são
compostos por cinco sinais, tanto “di” como “dá”
misturados, mas sempre em cinco!
1= DI DÁ DÁ DÁ DÁ
2= DI DI DÁ DÁ DÁ
3= DI DI DI DÁ DÁ
4= DI DI DI DI DÁ
5= DI DI DI DI DI
6= DÁ DI DI DI DI
7= DÁ DÁ DI DI DI
8= DÁ DÁ DÁ DI DI
9= DÁ DÁ DÁ DÁ DI
0= DÁ DÁ DÁ DÁ DÁ
(ou simplesmente “DAAAAAAAA”
Mas não é usado comumente!
Outra curiosidade sobre os números em Código Morse: O número 1 começa com um
“di”, o número 2 com dois “di” até o número 5. O número 6 começa com um “dá” até
chegar ao número zero que é composto por 5 “dá”.
Lembrese: esta visualização é apenas para efeito de ilustração e será útil apenas para
aqueles que não conhecem o Código Morse. Numa emergência pode ser muito útil. Crianças
escoteiros podem se comunicar com esse método com muita eficiência.
CAPA:
Os kit de transmissores CW/QRP fabricados na China
custam até 2 dólares e este da foto, já montado, sai por
menos de 30 reais. Procurem pelo site neste link:
https://pt.aliexpress.com
Revista Radioamadorismo – Página 17
PARA ESCOTEIROS: CÓDIGO MORSE POR LUZ
Não é brinquedo, não! Numa emergência numa mata fechada ou numa
selva, uma lanterna de pilhas e especialmente uma lanterna laser, pode
significar sua vida e a de outros! Mostramos abaixo um circuito simples, que
qualquer criança curiosa poderá fazer. Você vai precisar dos seguintes materiais,
fáceis de serem encontrados até em sucatas:
01 LED azul, de preferência.
01 pilha comum, grande ou pequena. Pode usar até 2 pilhas.
01Chapinha de lata ou qualquer outra coisa que sirva para fechar um
contato ou imitar um manipulador Morse. Em informática, sempre tem aquelas
chavinhas miniaturas de tampa de impressora. São ideais para fabricação de
mini manipuladores de CW.
+
PILHA
Você pode lixar a cabeça plástica do LED, dando assim um brilho
fôsco. Pode colocar o mesmo dentro de um tubinho de papelão ou PVC e
colocar um plástico, celofane azul na ponta. Poderia colocar uma pequena
lente ou lupa na frente do mesmo, dando melhor efeito visual.
É possível montar um aparelho bem simples, para emitir um sinal
sonoro toda vez que o LED brilhar. Assim você “ouvirá” a luz Morse!
Nota: Não use mais que duas pilhas (3 Volts) senão você queima o
LED! Se o LED não brilhar, inverta a posição da pilha. Não vai queimar.
Manipulador de verdade
Revista Radioamadorismo – Página 18
CAUSOS DE RÁDIO:
RAINHA DA INGLATERRA EM MARACUTAIA DO SUL
Este evento vai ficar para sempre na memória dos maracutaienses do sul: o dia em que sua
majestade, de sangue azul, a Rainha da Inglaterra, visitou a cidade de Maracutaia do Sul. Mas
antes deixe eu explicar como esse grandioso evento aconteceu e porque ficou gravado na memória
do povo da pequena Maracutaia do Sul.
Como sempre, o “causo” ocorreu nos anos 80. Dizem que “Sua Majestade”, já farta da
pontualidade britânica e por não ter mais o que a distraia, resolveu fazer um “tour” pela pobre e
miserável América do Sul, em busca de aventuras e adrenalina. Segundo os anais da história,
enquanto os polidos e empertigados assessores de Sua Majestade estavam debruçados sobre o
Mapa Mundi, durante uma rodada de chá, um destes assessores cometeu uma gafe imperdoável no
reino britânico: deixou cair uma gota de chá em cima do mapa!
Dizem que a Rainha, com ar de desaprovação, olhou para o pingo de chá sobre o mapa e, os
nobres súditos já vermelhos de medo, esperavam pelo pior… Foi aí que, no alto de sua sabedoria
real, Sua Majestade percebeu que o pingo de chá caíra justamente sobre um lugar na América do
Sul, mais especificamente no pobre e miserável Brasil e, mais precisamente, Maracutaia do Sul!
Já pensando em algum tipo de “premonição”, a rainha aponta seu dedo real sobre o mapa e
diz de modo impositivo: “Vamos visitar esse fimdemundo!”
A notícia correu célere e na pequena Maracutaia do Sul só se falava nessa tal de Rainha da
Inglaterra. Claro, o prefeito, os vereadores e os ricaços da região esperavam obter altos lucros ou
dividendos com essa ilustre visita.
O prefeito “Tripa Gorda” o maior corru… digo, criador de touros de Chifre Longo já pensava
em fazer grandes negócios com o reino de sua majestade. Comerciantes já imaginavam o aumento
de suas vendas com a chegada de turistas que provavelmente viriam para ver a Rainha da
Inglaterra. Enfim, todos pensavam em ganhar alguns milhões de cruzeirinhos com a ilustre visita.
Para impressionar a delegação real, o prefeito “Tripa Gorda” preparou um grande desfile na
avenida principal de Maracutaia do Sul: iria fazer um desfile com o melhor de seu rebanho, os
famosos touros de chifre longo (e bem pontudos). É nesse ponto da estória que entra um
representante do mundo dos PX: o “Tiziu”, um macanudo gente fina, que dirigia o caminhão
boiadeiro do prefeito Tripa Gorda, levando e trazendo gado para sua fazenda.
Pois bem, tudo pronto, o prefeito, junto com seus assessores diretos, mais os 24 corr… digo,
nobres vereadores, estavam no início da avenida, enquanto a Rainha e seus súditos de sangue azul
estavam num palanque à parte, com as autoridades religiosas e militares. A ideia do prefeito Tripa
Gorda era desfilar na frente de todos, mostrandose e sendo visto por todos e logo atrás, um desfile
com o melhor de seus touros chifrudos. Detalhe muito importante: o prefeito mandou que o “Tiziu”
desse uma polida nos chifres dos chifrudos, para que isso causasse uma impressão ainda maior na
rainha. Grupos separados, lá atrás o Tiziu e os bois contidos num cercado, logo após a camb… digo
as ilustres autoridades. Assim que houvesse o foguetório, o desfile começaria.
Segundo as lendas maracutaienses, algo saiu errado naquele dia fatídico: o foguetório
estourou a boiada… o magricelo Tiziu corria na frente, seguido dos 100 bois chifrudos e, claro,
recebendo umas “espetadas” na poupança. Ele corria e gritava: “a boiada estourou, a boiada
estourou!” Vendo a tragédia em andamento, o prefeito e sua lai, digo equipe, passaram a correr
também. “Sebo nas canelas, cambada!”
Foi um espetáculo grandioso: na frente o prefeito Tripa Gorda, seguido de 24 vereadores e
mais atrás, já cansado de levar chifradas no traseiro, vinha o Tiziu…
Não entendendo “pitombas” do que estava acontecendo, sua Majestade Real, junto com seu
séquito de assessores, se levantaram do palanque e, batendo palmas, clamavam (em ingreis, é
claro!) “Amazing! Amazing!”
Foi assim que Maracutaia do Sul entrou para o Guines Buque: por ter o prefeito e os
vereadores mais velozes do planeta e, claro, por ter os touros com os chifres mais lindos e
reluzentes que a Rainha da Inglaterra já viu.
Revista Radioamadorismo – Página 19
Link para baixar todas as nossas revistas grátis!
Nestes pouco mais de três anos conseguimos fazer o que era tido um sonho: produzir uma
revista dedicada ao radioamadorismo que fosse interessante, tivesse muitos circuitos de
transmissores e receptores.
Tudo o que conseguimos está aí embaixo. Você pode clicar no linha azul e ela vai te levar ao
site de hospedagem www.mediafire.com Vai abrir a página e você decide se quer apenas ler ou
baixar a revista. Eu sugiro que baixe, pois não sabemos até quando esse material estará disponível.
http://www.mediafire.com/view/69yn83qto1boqlr/revista.pdf
http://www.mediafire.com/view/wol584c42xr4yj1/revista2.pdf
http://www.mediafire.com/view/a86f3oin4srff6n/revista3.pdf
http://www.mediafire.com/view/9n8up5eayqjue3y/revista4.pdf
http://www.mediafire.com/view/2yrvcisu0oa0pqy/revista5%282%29.pdf
http://www.mediafire.com/view/2cylz59587a317w/revista6.pdf
http://www.mediafire.com/view/hj893jqfxozr85c/revista7.pdf
http://www.mediafire.com/view/q2wn71fo77lhvuc/revista8.pdf
http://www.mediafire.com/view/fxxgk8srbuly8xb/revista9.pdf
http://www.mediafire.com/view/f3j27b6j9io87j9/revista10cor.pdf
http://www.mediafire.com/view/3yib1d7mrd2bic3/revista11.pdf
http://www.mediafire.com/view/20alzhc81zmf57g/revista12.pdf
http://www.mediafire.com/view/fm5unw192w3a9t6/revista13.pdf
http://www.mediafire.com/download/nu3v6yscv4raugr/revista14.pdf
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