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Catarine Guimarães
Maílson Rodrigues Oliveira
Leonardo Medeiros
Apresentação
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
Há uma tese que argumenta que os jovens são desinteressados por política. Assim, esta
geração é constantemente criticada por manterem um distanciamento quando trata da
participação política. Porém, o que se tem observado é que essa parcela da população não é
desinteressada pelas questões políticas propriamente dita, mais sim que os jovens
desacreditam no modo como a política brasileira vem sendo praticada nos últimos anos
(BRANCO, 2014).
Desta forma, os jovens vêm buscando novos meios e canais de comunicação e
participação política como redes sociais, blogs, sites e demais ferramenta que os ajudem a
expressar seus anseios e demandas. Essa busca por canais de comunicação menos
convencionais é resultado desses grupos sociais que não se identificarem com partidos
políticos, instituições públicas e tantas outras formas convencionais de partição.
Assim, segundo Mariana Branco (2014), a juventude vem despertando e busca por
mudanças. Porém, estes não sabem exatamente por onde começar pois, vêm que o mundo está
em transformação e com isso o conceito de política passou a ser bem mais complexo, desta
forma, as questões política são amplas vão além dos Ministérios, representantes políticos, do
âmbito das Câmeras dos Deputados, Senado etc. há uma série de temas que precisam ser
debatidos.
Com isso, os jovens buscam por mudanças e tem consciência das demandas que
existem, porém, diante da necessidade de transformações urgentes e complexa estes
encontram dificuldades nos caminhos para tão sonhada mudança.
É diante desse contexto que surge o projeto Politizzando: Educação Política nas
Escolas, visando responder essas demandas e trazer através de uma linguagem mais didática e
lúdica de assuntos que são de relevância para a juventude como voto, Associações, Grupos
Juvenis, Grêmios, Conselhos Municipais ainda são fundamentais para promover as
transformações almejadas. Desta forma, a mudança passa pela escolha consciente de cada
indivíduo.
Porém, para que esta consciência e uma partição mais efetiva a aconteça é fundamental
levar aos jovens mais conhecimentos sobre a importância desses instrumentos de participação
sejam eles convencionais ou não. É com o uso consciente desses recursos é que a juventude
pode assumir o protagonismo e promover as transformações que estes almejam.
2 OBJETIVOS
Assim, a política está relacionada com a “pluralidade” dos homens uma vez que não se
restringe a questões governamentais. Com isso a política é entendida como um mecanismo
que possibilita os homens a conviverem com o diferente e dialogarem entre-se
(ARENDT,2004).
Neste sentido, a política não se restringe a definição de governo, Estado e as relações
entre Estado como estipula a escola de francesa que buscava compreender a definição de
política a partir de elementos institucionais,
o dicionário da academia francesa diz: “ Política” (substantivo) conhecimento de
tudo que se relaciona com a arte de governar um Estado. Entre os especialistas
franceses, Marcel Prélot é que mais prefere a concepção. Em seu curso de ciência
política, na Faculdade de Direito de Paris em 1956-1957, na semente estudando
sucessivamente 1) a política é o conhecimento a penas do estado 2) a política é o
conhecimento de todo estado (DUVERGER,1996).
Porém, o que se tem observado em meados do Século XX e nos dias atuais é que o
termo política ganha cada vez mais espaço e faz parte de diferentes esferas. É diante dessa
perspectiva que este termo passou a ser considerado um fenômeno mais amplo, diante desse
fenômeno é que também ganha força a ideia de educação política. Pois, conhecer o princípio
da política tornou-se uma ferramenta fundamental para mudança no contexto nacional.
Assim, a educação política compreende uma ação voltada para conscientização dos
instrumentos de participação formais e informais.
Desta forma, educação política é um processo de transmissão de informações e
conhecimentos cuja finalidade é disponibilizar ao cidadão um conhecimento mais sintético
sobre os fenômenos políticos que lhe permita compreender as nuances dos debates políticos
(BLUME,2016).
A educação política passa pela busca de amenizar o caráter negativo que o princípio da
política vem ganhando nos últimos anos, principalmente quando se refere ao contexto político
brasileiro. O ambiente político nacional passou a ser um lugar de práticas corruptivas, essa
percepção vem ganhando espaço de ante das ações de desvio de recursos público, o uso da
legislação para defender os interesses particulares, essas práticas, fazem o senso comum
perceber a política como elemento negativo na vida das pessoas.
Com isso entende-se que os países democráticos como é o caso do Brasil deve-se estar
preocupado com os elementos qualitativos da democracia qualitativa, em outros termos isso
significa a educação política formal. Essa educação é fundamental para o pleno
desenvolvimento dos princípios democráticos (DANTAS,2010).
Porém, mesmo sentido ganhando força nos últimos anos é fundamental entender que a
política é um princípio central e necessário para o convívio das pessoas, este é um termo de
origem Grega que visa principalmente um processo de tomada de decisão voltado
principalmente para assegurar o bem comum, a coletividade e a solidariedade.
Neste sentido, o Politizzando vem trazendo em suas experiências e palestras realizadas
nas escolas juntamente com professores e alunos a renovação e o resgate deste princípio como
elemento primordial para o convívio entre as pessoas.
4 MÉTODO
Politizzando: Educação Política nas Escolas têm como proposta a realização de Rodas
de Diálogo onde serão problematizados temas tais como: cidadania; formação das leis; tipos
de democracia; poderes executivo, legislativo e judiciário brasileiro; sistema eleitoral
brasileiro; função do Senado e da Câmara dos deputados, vereadores; a proposta de Reforma
Política, Carreiras Públicas, o sistema de compras governamental entre outros temas
considerados de suma importância para a formação de uma consciência política e de uma
postura ativa de cidadania, em outras palavras, é preciso conhecer a lógica política do país,
entender o sistema eleitoral, conhecer os órgãos públicos e suas funções, saber a importância
do Senado, dos vereadores, dos deputados federais, estaduais, para que assim possamos
exercer uma cidadania ativa e consciente.
O Politizzando: Educação Política nas escolas está inserido na proposta de projeto
de intervenção, ou seja, é uma modalidade de ação feita a partir da leitura da realidade
considerando o contexto experiências seja elas sociais, ideológicas, cultural, econômico e
político (CORDINI.JR,2013).
Desta forma, o projeto visa intervir, modificar uma realidade social de forma positiva.
Para isso esse projeto precisa de uma sistematização metodológica diferenciada uma vez que
envolvem indivíduos e dinâmicos e reflexivos. Como o projeto foi desenvolvido no ambiente
escolar foi proposto o uso de um método dialógico.
O método dialógico envolve os principais atores presente no processo de ensino e
aprendizagem e repasse de conteúdo. Como o objetivo central do projeto de formar indivíduos
mais reflexivos e críticos as palestras consistem-se em rodas de conversas e em uma
linguagem mais acessível.
Assim, os palestrantes assumem uma postura de um intermediador do conhecimento.
Desta forma, preocupa-se ao máximo evitar o princípio da hierarquização entre palestrante e
ouvintes.
Nesse sentido as rodas diálogos foram divididas em três:
I Roda de Diálogo
Conceito de Política. Estado e Estado Nação. Formas de Governo. Modelos de
Democracia.
II Roda de Diálogo
Democracia Brasileira. Divisão de Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Cargos Públicos. Administração Pública Brasileira. Órgãos de Fiscalização do
Governo.
III Roda de Diálogo
Atores Políticos. Formas de Participação Política. Sistema Eleitoral. Sistema
Partidário. Ferramentas de Participação Política. Cidadania.
5 RESULTADOS
6 REFERÊNCIAS
BRANCO, Marian; Jovens afirmam que forma de participação política mudou. Revista
Exame 12 de agosto de 2014. Disponível em: http://exame.abril.com.br/brasil/jovens-afirma-
que-forma-de-participacao-politica-mudou/. Data do acesso: 06 abr de 2017.
BLUME, Bruno; O que é educação política. Portal Polize, publicado em 22 de novembro de
2016. Disponível em: http://www.politize.com.br/educacao-politica-o-que-e-proposito/.
Data do acesso: 06 abr de 2017.
COSTA, Antônio Carlos Gomes; Protagonismo Juvenil Adolescência, Educação e
Participação Democrática. São Paulo, 2006.
CORDINI.JR, Elaboração de Projeto em Saúde Coletiva,2013. Disponível em:
http://www.uel.br/editora/portal/pages/arquivos/elaboracao%20e%20avaliacao_digital.pdf.
Acesso em: 10/04/2017.
DUVERGER, Maurice. Ciência Política: Teoria e Método. Tradução Heloisa de Castro Lima.
Rio de Janeiro, Zahar Editores, 3ª Edição,1996.
WEBER, Max. A Política como Vocação. In: WEBER, Max. Ciência e Política, Duas
Vocações. São Paulo: Editora Cultrix, 1996.