Os problemas com a violência e a reincidência de adolescentes em
conflito com as normas jurídicas consistem em numa realidade do cotidiano da qual antes mesmo de fazermos juízo de valor devemos levar em consideração vários fatores sociais que levaram esses jovens para um estado vulnerabilidade e como resposta disso, venham praticar atos infracionais prejudicando a si próprio e a sociedade em geral. Quando se fala no termo “adolescência”, na minha opinião como bem já frisado, nada mais é, que a fase onde é posto em prática tudo aquilo que foi obtido no decorrer da caminhada de vida até aquela fase, onde há contrapostos e atitudes diversas que em alguns casos depende do meio social vivenciado. Agora, quanto aos Direitos Humanos, Direitos da Criança, Direito Juvenil, esse é um assunto muito importante para refletirmos, abordagem essa, que nos trouxe um questionamento sobre o que ocorreu com o jovem de 17 anos Gleison Vieira da Silva. Fato muito polêmico que nos deixa preocupados com a real segurança de nossos jovens nas Unidades Educacionais. O Estado é um dos responsáveis na garantia de proteção dos adolescentes que se encontram em situações comprometedoras, no entanto, vale ressaltar que esses jovens não podem ser encarados como simples objetos deste, ou seja, a internação não é a medida primordial e única para ser aplicada com desfreio. “As medidas socioeducativas exigem que aplicação ocorra segundo critérios de legalidade e excepcionalidade da intervenção judicial. ” Portanto, o estado deve ser moderado no que se refere a aplicação de tais medidas. Sendo assim, oportunizar é a questão principal e relevante para alcançar a ressocialização e a inserção dos jovens em conflito na sociedade em geral, família. CF/88, ECA, SINASE e demais ordenamentos jurídicos, não apenas devem ser abordados, mas postos em prática para garantia dos direitos a eles inerentes, privar o adolescente de sua liberdade é a última forma que deve ser posta em prática se não restar outro meio para resolver o problema, e, caso aplicado, é necessário que os profissionais incumbidos no trabalho ressocializador estejam bem preparados para receber esses jovens e cuidar para uma efetiva e eficaz dinâmica de ressocialização, garantindo aos mesmos seus Direitos e Garantias Constitucionais, levando também em consideração o cumprimento das regras e normas regimentais, pois também devemos salientar que existe obrigações para que sejam cumpridas pelos mesmos. Autor: Clairton Rocha Barbosa