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PODER – Cidadania e Política

A política não se restringe à atividade desenvolvida no âmbito do Estado, mas se refere à


vida de todos nós.
“O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno,
lembrou-se de dizer ‘isto é meu’ e encontrou pessoas suficientemente simples para
acreditá-lo.” Rosseau
A indiferença é o peso morto da história. É a bola de chumbo para o inovador, é a matéria
inerte na qual freqüentemente se afogam os entusiasmos mais esplendorosos.” Gramsci

QUE E POLÍTICA
Muitas vezes achamos que não cabe a nós a responsabilidade pelo que acontece em
nosso bairro, na cidade, no país. Afinal, o que podemos fazer? Não somos políticos; é a
tais homens, eleitos pelo povo, que compete resolver os problemas. Em nenhum momento
nos perguntamos: se nos tivéssemos reunido com outras pessoas para discutir os
problemas que nos afetam, se nos tivéssemos rebelado de alguma forma, esses fatos
estariam acontecendo? Como interferir? Como atuar para mudar essa realidade tão dura?
Essas questões envolvem outra, mais ampla: o que é política?
Na vida diária, as pessoas se referem à política como a ação do Estado e da organização
institucional. Assim, o termo é utilizado para descrever a atividade parlamentar de um
determinado político eleito, a ação dos partidos políticos por ocasião de campanhas
eleitorais ou, ainda, para se referir ao ato de votar e escolher representantes que
exercerão mandato e decidirão em nome dos eleitores. A política apresenta-se como arte
de governar.
Também se emprega o termo para expressar a multiplicidade de situações em que a
política se manifesta: política econômica, política sindical, política ecológica, política das
igrejas. Nesse sentido, entende-se a política como a atuação de instituições ou de
segmentos da sociedade civil com a finalidade de alcançar determinados objetivos. Trata-
se, pois, de uma política reduzida aos espaços institucionais, dós quais os indivíduos
participam ocasionalmente.
No entanto, ao contrário do que possa parecer, a política não diz respeito apenas aos
políticos, mas a todos os cidadãos. Se considerarmos que a palavra política origina-se do
grego pólis, que significa "cidade", podemos compreender a sua amplitude. A pólis
caracterizava-se como uma unidade de vida social e política autônoma, da qual os
cidadãos gregos participavam ativamente, decidindo sobre os destinos da cidade.
A política apresenta-se hoje como a arte de governar, de atuar na vida pública e gerir os
assuntos de interesse comum. Não se restringe à atividade desenvolvida no âmbito do
Estado, mas faz parte de nossa vida, permeia todas as formas de relacionamento social:
no trabalho, na escola, nas ruas, no lazer e até nas relações afetivas.

O PODER
Nossa vida e nossa individualidade se constroem a partir de determinadas relações sociais
das quais participamos.
Para que a sociedade funcione, é necessário que os indivíduos se submetam a
regulamentos, acatem valores e se conformam a uma determinada situação. As normas,
leis, disciplinas às quais precisamos nos submeter para conviver na sociedade implicam
relações de poder.
O poder, portanto, não se limita à organização do Estado, mas está presente em todas as
relações sociais. Assim, na família, somos geralmente orientados pela afetividade e pela
autoridade dos pais; na escola, pela dedicação e pela autoridade dos professores, que
ensinam e decidem sobre o nosso saber por meio de avaliações; no trabalho, os
empregados se submetem à disciplina, horários e técnicas para manter ou aumentar a
produtividade na sua unidade de trabalho; no hospital, os médicos decidem sobre o que é
melhor para a nossa saúde; no trânsito, precisamos respeitar os sinais convencionais,
para garantir a nossa vida e a dos outros; nas igrejas, os padres e pastores orientam a
vida dos fiéis; no mercado, precisamos de dinheiro para com o que desejamos. Enfim,
todas as situações que vivemos envolvem relações de poder que engendram e mantém a
ordem social.
Quando falamos em "força", pensamos imediatamente na violência física, na imposição de
uma vontade, no constrangimento. Mas nem sempre é assim. Aqui nos referimos à força
como a capacidade de estimular ou inibir ações, não pela coerção ostensiva, mas sim pelo
lento processo de formação de nosso comportamento e da assimilação de valores ao
longo da vida. Nossos pais, nossos professores e pessoas que amamos nos influenciam e
orientam por meio dos vínculos afetivos que mantemos com eles. Trata-se de uma forma
sutil de coerção e, por isso, mais eficaz e duradoura. Essa força consiste na autoridade e
disciplina a que somos submetidos na família, na escola, nas igrejas, na sociedade em
geral.
As relações de poder estabelecidas em nosso cotidiano fazem parte do contexto amplo da
organização social e política moderna, em que a acumulação e a concentração de
riquezas. que são a base da produção capitalista, geram relações sociais e políticas
desiguais e excludentes. A vida organiza-se conforme uma hierarquia social em que
alguns indivíduos ou grupos sociais estão em posição superior e podem influir na vida e na
atividade de outros indivíduos ou grupos sociais em posição inferior. Enfim, há grupos que
dominam, ordenam, dirigem, e outros que são dominados, obedientes, dirigidos. Nesse
contexto, poder significa dominação exercida pelo Estado e que se estende a todas as
relações sociais.

A POLÍTICA E O COTIDIANO
Se a política faz parte de nossa vida, estando presente em todas as relações sociais, por
que essa forma de vivência não é consciente em nosso cotidiano? Por que a participação
política do indivíduo é tão limitada?
Podemos entender, em parte, essas questões, ao considerar as condições modernas da
política. Em geral, a forma de governo dos Estados modernos é a democracia
representativa, caracterizada pela constituição de poderes autônomos entre si (Executivo,
Legislativo e Judiciário), organizados com base na ordem jurídica instituída (Constituição,
leis, etc.), pela existência do voto secreto e universal e pela ação dos partidos políticos,
que expressam a diversidade de pontos de vista sociais.
Nesse contexto, a participação política dos indivíduos parece limitar-se à escolha dos
representantes para os cargos eletivos entre os candidatos de vários partidos. A ação
política parece concentrar-se no Estado, na estrutura institucional e na atividade dos
políticos eleitos pela sociedade. Estes, quer o enunciem claramente ou não, representam
os interesses de grupos sociais: há políticos que se empenham na defesa dos direitos
civis, na ampliação dos espaços de participação política e no respeito à coisa pública,
agindo com dedicação e transparência. Mas há também políticos que se dedicam aos
favorecimentos, confundindo o espaço público com o privado, ao utilizar-se do poder que
lhes foi delegado para beneficiar grupos particulares.
Os indivíduos, membros da sociedade civil, têm sua vida afetada por decisões políticas
tomadas pelo poder institucional, que elabora as leis que os que regulam a sociedade. Daí
a importância de conhecermos o processo político e dele participarmos, pois todas as
decisões de nossos representantes no Parlamento nos atingem direta ou indiretamente.
Vejamos alguns exemplos de como as decisões políticas nos afetam de modo direto ou
indireto: as relações de trabalho são regulamentadas por uma legislação elaborada e
sancionada por nossos representantes políticos; nela se estabelecem os direitos e deveres
do empregador e do empregado. Nosso acesso aos benefícios sociais, como saúde e
educação, também é prescrito por leis e ações advindas do Congresso Nacional. Se nos
dispomos a reivindicar nossos direitos por meio de uma greve, podemos sofrer repressão
policial. Em momentos de crise econômica e recessão, muitos trabalhadores perdem seus
empregos e procuram sobreviver como vendedores, lavadores de carros e outras formas
de subemprego; seus filhos precisam abandonar a escola para auxiliar no orçamento da
família e acabam vendendo objetos nos semáforos.
Se observarmos um pouco mais a realidade brasileira, veremos que ocorre uma intensa
concentração de renda nas mãos de uma pequena parcela da população, enquanto uma
multidão se encontra nos limites da miséria. Há falta de escolas públicas, hospitais e
moradias. Muitos camponeses lutam por uma distribuição equitativa da terra, que lhes dê
condições de viver de seu trabalho com dignidade. As mulheres ainda são discriminadas
profissionalmente. Presos comuns são massacrados em penitenciárias. Existem
problemas de saneamento urbano, transporte, poluição. Enfim, a lista parece infindável.
Todos esses problemas nos dizem respeito e somos responsáveis por eles, pois
participamos da vida da sociedade e dos conflitos que nela ocorrem. Muitas vezes, porém,
não temos consciência disso, não percebemos como nossas escolhas individuais podem
contribuir para consolidar uma situação instituída ou para esclarecer as contradições
sociais.
Nossa visão de mundo fragmentada reflete os valores de um sistema econômico que se
alimenta da exploração do trabalho e funciona com base na troca, mercado, dinheiro,
lucro. Esses valores se manifestam em relações sociais em que prevalecem a competição,
a concorrência e a hostilidade entre os indivíduos.
Embora a divisão da sociedade em classes e os conflitos sociais sejam evidentes, a
sociedade constantemente nos é apresentada como uma unidade. Na atividade política
institucional que se manifesta em discursos ou ações de políticos ou do Estado, interesses
de uma classe social são apresentados como interesses de toda a sociedade. Na
sociedade civil, os meios de comunicação de massa, a escola, as igrejas, as empresas e a
família veiculam uma interpretação parcial da realidade, em que o indivíduo, isolado, é
responsabilizado pela situação em que se encontra, como se ela dependesse apenas de
sua vontade, de suas características individuais (esforço, preguiça, perseverança, etc.) ou
das chances que a sorte lhe oferece. As explicações para os acontecimentos baseiam-se
na natureza humana e não nas desigualdades e conflitos que caracterizam a estrutura
social. Nesse contexto, fica difícil compreender e assumir nossa responsabilidade para
com a coletividade.

A POLÍTICA NA IDADE MODERNA


A economia de mercado, surgida nos inícios da Idade Moderna, desencadeou profundas
transformações nas relações sociais e políticas. O movimento econômico e a emergência
da burguesia no cenário político fizeram-se acompanhar da instauração do Estado
moderno como um organismo distinto da sociedade civil. Enquanto o Estado se organiza
como uma máquina administrativa para governar a sociedade, assume também o papel de
garantir as liberdades civis e individuais, assim como as relações e valores próprios de
uma economia de mercado.
O pensamento político produzido nos séculos XVII e XVIII em torno da origem do poder
nos mostra a preocupação dos filósofos em entender e justificar essas mudanças: o direito
divino dos reis é questionado, e passa-se a demonstrar que as relações sociais e políticas
não procedem de uma ordem natural ou divina. Recorre-se à razão para explicitar o
fundamento do poder e sua legitimidade; são apresentadas novas noções sobre os
indivíduos, a propriedade, a liberdade e a desigualdade, o público e o privado, os contratos
sociais e o consentimento entre os homens.
Embora as relações entre Estado e sociedade tenham mudado no decorrer do processo
histórico, podemos dizer que, nas modernas sociedades democráticas, o exercício do
poder se faz pela combinação da coerção ostensiva (força policial ou militar, lei, justiça)
com a formação do consenso da sociedade sobre determinados objetivos. Na política, as
contradições e conflitos gerados no processo social se traduzem por uma gama variada de
tendências que defendem os diversos interesses dos grupos sociais, tanto dos que detêm
o capital quanto dos trabalhadores ou marginalizados na sociedade capitalista.
O predomínio de valores individualistas, a submissão às leis do mercado e dos interesses
estritamente particulares provocam o isolamento social. Perde-se o sentido do que é
comunitário e da importância da participação na vida coletiva. O bem público deixa de ser
entendido como o bem produzido por todos para toda a sociedade e aparece como um
bem que não pertence a ninguém, podendo, por isso, ser depredado ou apropriado por
qualquer um.
Na sociedade brasileira, a concentração do poder decisório no aparato do Estado e a
tradição política conservadora e autoritária, além de provocarem graves problemas
econômicos e sociais, tornaram ainda mais difícil a ampliação do espaço público e a
criação de mecanismos que possibilitam à sociedade civil intervir na política. As
manifestações de rua, as lutas dos trabalhadores sem terra, a organização sindical e a
atuação crítica da imprensa diante das ações do governo são fatos relevantes para a
formação de uma sociedade democrática. É necessário que a sociedade civil amplie esses
espaços
de participação.

A INDIFERENÇA POLÍTICA
O desinteresse da maioria dos indivíduos pelos assuntos públicos é um dos grandes
problemas políticos a enfrentar nas sociedades modernas. As formas de delegação do
poder, a formação de um comportamento social unificado pela atuação dos meios de
comunicação de massa e o individualismo são algumas das causas da indiferença política.
Além dos que não participam por desconhecer o seu papel no processo político, há os
indiferentes conscientes, os que compreendem a situação mas não tomam partido,
encarando a vida política com ceticismo.
Em ambos os casos, a indiferença e a conseqüente passividade desempenham um papel
desagregador na política. Os indivíduos cuidam de suas atividades pessoais e deixam as
decisões políticas nas mãos de pequenos grupos que, movidos por ambições e paixões
particulares, traçam os destinos de um povo.
Da indiferença dos indivíduos podem nascer as políticas autoritárias, a corrupção e demais
formas de desmandos. A falta de transparência na política, a concentração do poder nas
mãos de profissionais da política, bem como ausência de controle e de cobrança da sua
atuação, ocorrem, em grande parte, porque muitos se omitem, tornam-se apáticos,
renunciam à possibilidade de criar alternativas de intervir na política.
Quando os males acontecem, os indiferentes eximem-se da responsabilidade, porque não
participaram ativamente da construção dos fatos. Esquecem-se de que a ausência e a
omissão também são formas de participação. De qualquer modo, todos estão implicados.

A CIDADANIA
Na sociedade moderna, nascida das transformações que culminaram na Revolução
Francesa, o indivíduo é visto como homem (pessoa privada) e como cidadão (pessoa
pública). O termo cidadão designava originalmente o habitante da cidade. Com a
consolidação da sociedade burguesa, passa a indicar a ação política e a participação do
sujeito na vida da sociedade.
Assim, cidadão é o indivíduo que possui direitos e deveres para com a coletividade da qual
participa -existem interesses comuns que o cidadão precisa respeitar e defender por meio
da atuação na vida pública.
O exercício da cidadania depende do tipo de poder político instituído. Nas sociedades
modernas, a participação política dos cidadãos é limitada pela divisão de classes, que não
possibilita a todos os indivíduos um acesso igualitário aos bens materiais e culturais
produzidos na sociedade. A desigualdade social não permite a efetivação das liberdades
constitutivas da sociedade civil, entre elas a liberdade política de participação nos
assuntos públicos, que não se realiza para todos os membros da sociedade.
Nesse sentido, a República brasileira, em mais de um século de existência, ainda não
conseguiu realizar uma política democrática. Os princípios básicos das democracias
modernas, como o direito de todos os indivíduos à liberdade de pensamento, associação,
credo, locomoção, manifestação da opinião por intermédio da imprensa e da propaganda,
são garantidos por lei. Tais princípios são a base necessária para a participação do
cidadão na sociedade capitalista. Porém, o acesso a esses mecanismos é restrito.
Vejamos um exemplo: o domicílio de qualquer cidadão é inviolável e o direito à proteção é
garantido por lei. No entanto, é freqüente vermos na televisão os barracos das favelas
serem invadidos pela polícia sem qualquer consideração. Tais ações demonstram como os
favelados, relegados a uma situação de pobreza, são alvos de arbitrariedades em nome
do Estado, sofrem discriminação social e, na prática, se vêem destituídos de sua
cidadania.
O desemprego, a miséria, o analfabetismo, as diversas formas de violência que afetam a
vida de grande parte da população brasileira impedem o exercício efetivo da cidadania. A
discriminação se amplia quando se trata de enfrentar nossas diferenças raciais e culturais:
mesmo constituindo parcela relevante da população, são poucos os negros que
freqüentam as universidades ou exercem funções empresariais e administrativas. Os
índios, com suas tradições e riquezas culturais, têm sido dramaticamente discriminados e
dizimados ao longo de nossa história.
Enfrentar o grande desafio de assegurar e ampliar o exercício da cidadania em nosso país
implica questionar o caráter excludente de nosso modelo econômico e, ao mesmo tempo,
efetivar e aprimorar a democracia. Necessitamos de uma política democrática que viabilize
mudanças econômicas para resolver os nossos graves problemas sociais, reconhecer e
defender os direitos de todos os cidadãos e garantir o pluralismo e os direitos das
minorias.
Por isso, em nossa sociedade, o exercício da cidadania não é apenas uma questão de
aprendizagem, mas também de luta por condições dignas de vida, trabalho e educação. É
preciso criar espaços de manifestação na sociedade civil, onde os interesses comuns
possam ser defendidos e os indivíduos possam tomar consciência do papel que
desempenham na sociedade.
O voto é um instrumento importante, embora limitado, de participação política. Ante a
desarticulação social e a apatia política, pode tornar-se um simples ritual legitimador de
uma elite no poder. Existem outras maneiras de participar, não só em grandes
movimentos políticos, que abrem espaço mente para uma atuação mais direta e eficaz,
mas também na vida cotidiana. O aprendizado político se faz nos pequenos espaços
sociais, pelo relacionamento diário com os outros, onde se aprende a conviver e respeitar
as diferenças.

A P ARTICIPAÇÃO POLÍTICA
O caminho para discutir e propor uma nova direção à sociedade passa pela vida de cada
um de nós, pela nossa participação na organização de movimentos sociais que defendam
com afinco direitos da comunidade. Existe um grande número desses movimentos
reivindicatórios, como movimentos estudantis, comunidades de base, movimentos de luta
pela moradia, movimentos de luta contra o desemprego, movimentos dos sem-terra. Todos
têm um significado político, pois defendem interesses coletivos que implicam mudanças
sociais efetivas.
Esses movimentos, nascidos da necessidade de resolver problemas cotidianos não
enfrentados pelas instituições públicas responsáveis, são de vital importância para a
conquista da cidadania. Organizados a partir da vontade e determinação de indivíduos e
grupos sociais em defesa de seus direitos, rompem os limites estreitos oferecidos pelo
Estado à participação do cidadão e redefinem a política, mostrando-a como atividade
dinâmica de ação efetiva. Da discussão de problemas imediatos, esses movimentos
avançam para a compreensão do conjunto de relações em que certo problema está
inserido, descobrem sua capacidade de inventar e criar soluções e, muitas vezes,
percebem a necessidade de transformações radicais. À medida que se organizam
internamente, esses grupos constroem a vida coletiva, a comunidade, e conseguem
externar sua força de reivindicação.
As possibilidades de mudanças são maiores quando a sociedade civil se organiza e
participa ativamente da política. Nesse processo, os indivíduos se renovam, amadurecem
e compreendem que a cidadania que se conquista é limitada; é a cidadania possível
dentro dos limites de uma sociedade dividida.

Extraído de Para Filosofar (autores diversos), Editora Scipione: São Paulo, 1995.

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