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EXCELENTÍSSIMO SENHHOR JUIZ DE DIREITO DA 34ª VARA DE família DE SÃO

PAULO – SP

Processo n º

Júlia, qualificada nos autos da ação, por meio de seu


advogado, vem à presença de Vossa Excelência, apresenta RÉPLICA à contestação
oposta poe Jonas,com fundamento no artigo 326 do código de processo civil , pelas
razões a seguir expressas:

O fato alegado pelo réu referente a não constituição da


união estável pelo fato de seu pai estar casado não prospera, pois o texto da leié
expressamente oposto ao que estes alegam.

Segundo o art.1.723, §1º ”§ 1o A união estável não se


constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso
VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.”(grifo nosso)

Como ficou claro, a lei é expressa em seu texto quando diz


que é reconhecida a união estável daquele que esta separado. Desta forma a autora faz
jus a pensão por estar unida a Jonas a mais de 16 (dezesseis) anos.

Faz jus a pensão, pois como anteriormente dito a autora


constituiu sociedade com o falecido por mais de 16 anos. A esposa com que era casado já
não vivia com ele a mais de 20 anos, fazendo cessar qualquer efeito do casamento.
Sendo assim a pensão é justa que fique em favor da autora.

Neste caso não há que se falar em coisa julgada, a Júlia


havia entrado com pedido, em ação possessória, para ser mantida na posse do imóvel em
que morava com seu companheiro. Nesta referida ação o pedido foi negado, por conta
daquele juízo não ter reconhecido a união estável.
Não há como alegar coisa julgada e muito menos
litispendência, o artigo 301 do cpc que define a tais institutos e reza que, estes só
existirão quando se reproduzir uma ação anteriormente ajuizada, o que nitidamente não é
o que ocorre aqui. O §1ª e 2ª do referido artigo declaram:”§ 1º Verifica-se a litispendência ou a
coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. “ ,”§ 2º Uma ação é idêntica à outra quando
tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.“

A alegação do juízo universal não tem aplicabilidade neste


caso. O art. 984 do cpc reza “O juiz decidirá todas as questões de direito e também as
questões de fato, quando este se achar provado por documento, só remetendo para os
meios ordinários as que demandarem alta indagação ou dependerem de outras provas.”.

Por se tratar de questão de fato e não de direito e não


prova alguma, eis o motivo desta ação, o juízo universal não atrairá esta ação e muito
menos fará surgir a litispendência.

Desta forma, requer seja julgada a presente ação nos


exatos termos da inicial.

Termos em que,
Pede deferimento

São Paulo 30 de setembro de 2010


Adv./OAB

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