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é a norma pressuposta (hipotética), fonte

comum de validade de todas as normas


pertencentes a um mesmo sistema jurídico.

Serve para entender bem ela fixa a unidade do sistema jurídico, isto é, todas as
o Direito Constitucional Norma Fundamental ou Fundamento de Validade normas têm-na como fundamento último de validade.

A Constituição é fundamento de validade de todas as normas


jurídicas, inclusive de suas próprias norma, pois tem o dever de
preservar a soberania do Estado que a promulgou.

a primeira sempre direciona esta ultima;

Norma superior-fundante X Norma inferior-fundada A norma superior-fundante é quem regula e institui a criação
e os métodos utilizados na norma inferior-fundada;

a Constituição emana direções às normas inferiores.

Assim, um decreto retira seu fundamento de validade


das leis ordinárias; por sua vez, a validade das leis
ordinárias se apoia na Constituição.

Esta é fundamento de validade de


1. CONSTITUIÇÃO, EMENDAS CONSTITUCIONAIS E TRATADOS todas as demais normas do sistema.
INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS APROVADOS Criada para fundamentar a sua teoria de que as
COMO EMENDAS CONSTITUCIONAIS normas jurídicas inferiores (normas fundadas)
retiram seu fundamento de validade das Constituição como seu vértice (topo) Nenhuma norma do ordenamento
Concebida por um normas jurídicas superiores (normas fundantes). jurídico pode se opor a Constituição.
jurista austríaco
Resoluções legislativas;
2. OUTROS TRATADOS INTERNACIONAIS
SOBRE DIREITOS HUMANOS Ordem da Pirâmide (resumo):
Leis (complementares, ordinárias e delegadas);
Ela é superior a todas as demais normas
jurídicas, as quais são denominadas Medidas provisórias;
infraconstitucionais (normas imediatamente
abaixo da Constituição e dos tratados Decretos legislativos;
3. LEIS COMPLEMENTARES, ORDINÁRIAS E
DELEGADAS, MEDIDAS PROVISÓRIAS, DECRETOS internacionais sobre direitos humanos), são:
LEGISLATIVOS, RESOLUÇÕES Tratados internacionais em geral incorporados ao
LEGISLATIVAS, TRATADOS INTERNACIONAIS EM ordenamento jurídico; e
GERAL E DECRETOS AUTÔNOMOS A Pirâmide de Kelsen - Hierarquia das
Decretos autônomos.
Normas
Essas normas não possuem hierarquia entre
si, segundo sua doutrina majoritária.
São produto do Poder Constituinte Originário (o
Normas Constitucionais originárias poder que elabora uma nova Constituição).
Essas normas são primárias, sendo capazes de gerar direitos e
4. NORMAS INFRALEGAIS criar obrigações, desde que não contrariem a Constituição.
Integram o texto constitucional desde
Na Constituição há: que ele foi promulgado, em 1988.

Resultam da manifestação do Poder Constituinte


Derivado (o poder que altera a Constituição).

Normas Constitucionais derivadas


São as chamadas emendas constitucionais, que
também se situam no topo da pirâmide de Kelsen.

Por tratarem de direitos humanos, esses tratados


estão gravados por cláusula pétrea e, portanto,
imunes à denúncia pelo Estado Brasileiro. Tratados de direitos humanos aprovados por
esse rito especial, ingressaram no chamado
"bloco de constitucionalidade"
1. Não existe hierarquia entre normas
constitucionais originárias.
Todas as normas constitucionais originárias
têm o mesmo status hierárquico.
1º tratado de direitos humanos a receber status de emenda
constitucional foi a "Convenção Internacional sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo " Entendimentos doutrinários e
jurisprudenciais bastante cobrados em 2. Não existe hierarquia entre normas
Tratados e convenções internacionais de constitucionais originárias e normas
direitos humanos aprovados em cada Casa do Emenda Constitucional n° 45/2004 prova acerca da hierarquia das normas constitucionais derivadas.
Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e constitucionais (originárias e derivadas):
Senado Federal), em 2 turnos, por 3 quintos dos
votos dos respectivos membros, passaram a ser
equivalentes às emendas constitucionais.
Normas constitucionais originárias não podem ser
declaradas inconstitucionais (que está em
desacordo com a constituição de um país; que
fere a constituição).
3. Mesmo sem haver hierarquia entre as
Esses tratados e convenções estão situados normas constitucionais originárias e
no topo da pirâmide de Kelsen, tendo derivadas, há uma diferença entre elas: Já as emendas constitucionais (normas
"status" de emenda constitucional. constitucionais derivadas), poderão ser objeto de
controle da constitucionalidade (analisa se um
ato (lei,decreto, etc.) provoca lesão aos direitos e
garantias previstos na Constituição de um país,
objetivando assegurar a observância das normas
Têm, segundo o STF, "status" supralegal. Isso constitucionais e, consequentemente, a sua
significa que se situam logo abaixo da Constituição e estabilidade e preservação).
acima das demais normas do ordenamento jurídico. Demais tratados internacionais
sobre direitos humanos,
aprovados pelo rito ordinário : 4. No Brasil, as cláusulas pétreas (normas cujo controle
não pode ser abolido pelo Poder Constituinte Derivado) se
As leis internas estariam sujeitas a um duplo processo de encontram no mesmo patamar hierárquico das demais
compatibilização vertical, devendo obedecer aos comandos normas constitucionais originárias.
previstos na Carta Constitucional e, ainda, aos previstos em
tratados internacionais de direitos humanos regularmente Essa emenda trouxe o controle de
incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro.
convencionalidade das leis .
Um eventual conflito entre leis federais e estaduais ou
entre leis estaduais e municipais não será resolvido Repartição de Competências: entre os entes federativos deve
por um critério hierárquico; a solução dependerá da existir uma repartição de competências, com a finalidade de
repartição constitucional de competências. garantir a harmonia e o pacto federativo. O Brasil adota o
princípio da predominância do interesse, segundo a qual à União
cabe aquelas matérias de interesse geral, nacional, ao passo que
aos Estados-membros caberão as matérias e os assuntos de
predominante interesse regional, e aos municípios concernem os
5. Leis federais, estaduais, distritais e municipais assuntos de interesse local.
possuem o mesmo grau hierárquico.
Deve-se perguntar o seguinte: de qual ente federativo (União,
Estados ou Municípios) é a competência para tratar do tema objeto
da lei? Nessa ótica, é plenamente possível que, num caso
concreto, uma lei municipal prevaleça diante de uma lei federal.

6. Constituição Federal está num patamar


superior ao das Constituições Estaduais que,
por sua vez, são hierarquicamente superiores
às Leis Orgânicas dos Municípios.

O que as diferencia é o conteúdo: ambas têm campos de atuação


diversos, ou seja, a matéria (conteúdo) é diferente.

7. Leis complementares , apesar de serem Leis complementares podem tratar Caso isso ocorra, a lei complementar será considerada
aprovadas por um procedimento mais dificultoso, têm de tema reservado às lei ordinárias. materialmente ordinária; essa lei complementar poderá, então,
o mesmo nível hierárquico das leis ordinárias . ser revogada ou modificada por simples lei ordinária.

Caso isso ocorra, estaremos diante de um caso de


inconstitucionalidade formal (nomodinâmica).
Leis ordinárias não podem tratar de tema
reservado às leis complementares.

Os regimentos dos tribunais do Poder Judiciário são


considerados normas primárias**, equiparados
hierarquicamente às leis ordinárias. Na mesma situação,
encontram-se as resoluções do CNMP (Conselho Nacional do
Ministério Público) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
8. Normas Primárias:

Regimentos das Casas Legislativas (Senado e Câmara dos


Deputados), por constituírem resoluções legislativas, também
são considerados normas primárias, equiparados
hierarquicamente às leis ordinárias.

São normas secundárias, não tendo poder de gerar direitos, nem,


tampouco, de impor obrigações. Não podem contrariar as normas
primárias, sob pena de invalidade. É o caso dos decretos
regulamentares, portarias, das instruções normativas, dentre outras.
9. Abaixo das leis encontram-se as normas infralegais .

CUIDADO! Não confundir os decretos autônomos (normas


primárias, equiparadas às leis) com os decretos
regulamentares (normas secundárias, infralegais).

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