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deiros da Fonseca (Caso fortuito c teo- 566), Waline (TraiU élérnclI taire d~
ria da imprn-isão, 2. a edição, H;43) , Pe- Dro:t Admin:stratij, 1950, pág. 584);
dro Batista Martins (O abuso do di- Duez e nebeyre (Traité de Droit Ad.
?'eito c o ato ilícito, pág. 67), Noé ministmtif, 1952, pág. 572:) e Lau-
Azevedo (Revista Fm'ense, vol. 115, badere (1'ruité élémentaire de Droit
pág. 393) , Carlos Medeiros Silva Administratif, 1953, pág, 454).
(Revista FCj"('l1se, vol. 122, pág. G5), Na Argr,ntina, Bielsa (Daecho Ad-
San Tiago Dantas (Revista Forense, ministrativo, volume I, pág. 354), 1\1.
voI. 1Di), pág. 6), Alfredo de Almeida A, Berçaitz (Teol'ia [Jei!cml de 10&
Paiva (Revista Forel1iJe, voI. 141, pág. contrato3 administ;-atil'os, pág. 329)
29), entre outros, estudaram a adoção ,e, especialmente, Roberto Tello (La
do princípio da revisão contratual por Teo1'Ía de la imprevisión en los con-
causas supervenientes e imprevisíveis. tratos ele derecho público, 1946) tra-
A condição implícita da permanência taram da matéria que, na Itália, foi
do estado de coisas contemporâneo à l'<'gulad2, de modo permanente, p::la le-
convenção, traduzida na cláusula rebus gislação, segundo informa Zanobini
$ic s~antibus, não é incompatível com (Corso di Diritto Ammillistrativo, v(}l.
os contratos administrativos. Nesse sen- IV, pág, 376),
tido l::€ harmonizam, em nossa litera- Alfredo de Almeida Paiva, em ex-
tura jurídica, vozes autorizadas como celente monografia, estudou a matéria.
as de Temístocles Cavalcânti (Tratado em profundidade, concluindo no sen-
de D:reito Administ;l:Ltit·o, vols. lI, tido de que "a cláusula ,'ebus sic stan-
pág. 339, e VI, 396; Parecp.res do tibus encontra no direito admin!stra-
Consultor-Geral da República, págs. tivo um vasto campo de aplicação", po-
199 e 543), Oscar Saraiva (Revista dendo ser admit:da a revisão cO:ltra-
de Direito Adm.inistrativo, voI. 1, pág. tual "quando o aumento do material ou
32; voI. 5, pág. 277; vol. 10, pág. 284; da mão-de-obra decorra de ac:.mteci-
"V01. 25, pág. 357), Lúcio Bittencourt mento imprevisto e imprevisível, que
(Revista de Direito Administrativo, opere de maneira anormal e extraor-
vol. Ir, pág. 81~'), Carlos Medeiros dinária (Aspectos do eontrato ele em-
Silva (Rct'ista Forense, vol. 122, pág. preitada, 1955, pág. 72),
65), J, Gu:marães Menegale (Revista A análise da cláusula no direito
de Direito Adl111)LÍstrativo, vol. 23, pág. comparado foi feita, recentemente, por
312) e Akino Salazar (Revista de Di- .Juan Terraza MartoreH (ModifÍL.uión
,'cito Administrativo, vol. S'l, pág. 301). y 1'esolucwn. de los contratos por e~
No direito comparado, não se modi- cesiva onerosidad o il1~osibilidad Clt
fica o panorama. Na França, onde a su ejecución, Barcebnu, 1951, pág.
cláusula l'ebus sic stantibus l'enasceu 87/s.).
com a famosa decisão do Conselho de
Estado de 30 de março de 1916 (Com- III
lxlgn'e Générale d'Eclairage c/e Bor-
deaux c, 'V ille de Bordeall:!:) , a teoria A teoria da imprevisão é, contudo,
da imprevisão consolida os contratos uma ressalva extraordinária à regra.
administrativos, abalados pela álea ex- do cumprimento obrigatório dos con-
traordinária e intolerável. A ela S3 tratos. A sua invocação pressupõ~ um
referem, sem discrepância apreciável, estado de crise, uma transfiguração
os mestres do Direito Administrativo inaud:ta da matéria de fato, que sub-
gaulês, como Haur:ou (La jurispru- meta o empreiteiro, inesperadaynente.
dence administrative de 18l,.2 a 1929, a um prejuízo intolerável.
voI. lII, pág. 602), Jeze (Principios Não é d2mais lembrar o consdho de
gene rales del Derccho Administrativo, Gaston Jeze, quanto à sobriedade da
TOl. V, págs. 3 e segs.), Bonnard (Pré- terapêutica: ,. La tcoría de la imprl'-
eis de Droit Administratif, 1935, pág. visión es una teoria ex.cepcional; 1',)r
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