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18 E 19 DA CF
- Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.
- Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.
- Lei estadual que impõe a prestação de serviço de segurança em estacionamento a toda pessoa
física ou jurídica que disponibilize local para estacionamento é inconstitucional, quer por violar
a competência privativa da União para legislar sobre direito civil, quer por violar a livre iniciativa.
- O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente procedente ação direta para declarar a
inconstitucionalidade do art. 3º da Lei 11.743/2002 do Estado do Rio Grande do Sul. A lei
impugnada assegura às empresas patrocinadoras de bolsas de estudo para professores que
ingressam em curso superior a possibilidade de exigir dos beneficiários serviços para
implementação de projetos de alfabetização ou aperfeiçoamento de empregados dessas
empresas, bem como outras atividades compatíveis com a sua formação profissional. O art. 3º
da lei impugnada autoriza o Poder Executivo a conceder à empresa patrocinadora incentivo
equivalente a 50% do valor da bolsa, a ser deduzido do ICMS.
Ao conceder benefício fiscal de ICMS sem a antecedente deliberação dos Estados-
Membros e do Distrito Federal, caracteriza-se hipótese típica de exoneração
conducente à guerra fiscal, em desarmonia com a Constituição.
- O Plenário, por maioria, julgou procedente pedido formulado em ação direta para declarar,
com efeitos ex nunc, a inconstitucionalidade da Lei 15.054/2006 do Estado do Paraná. A norma
restabelece benefícios fiscais relativos ao ICMS, cancelados no âmbito dos programas “Bom
Emprego”, “Paraná Mais Emprego” e “Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Social do
Paraná” (PRODEPAR).
- É constitucional a lei estadual que proíbe o uso de produtos, materiais ou artefatos que
contenham quaisquer tipos de amianto no território estadual.
- É constitucional a expressão “privativas”, contida no caput do art. 3º (1) da Lei 8.234/1991, que
regulamenta a profissão de nutricionista, respeitado o âmbito de atuação profissional das
demais profissões regulamentadas.
- A Constituição Federal não proíbe a extinção de Tribunais de Contas dos Municípios. Esse é o
entendimento do Plenário que, por maioria, julgou improcedente pedido formulado em ação
direita de inconstitucionalidade ajuizada contra emenda à Constituição do Estado do Ceará, que
extinguiu o Tribunal de Contas dos Municípios desse ente federado.
- São constitucionais as normas federais que possibilitam a utilização, por parte da fiscalização
tributária, de dados bancários e fiscais acobertados por sigilo constitucional, sem a
intermediação do Poder Judiciário.
- Membros do Ministério Público não podem ocupar cargos públicos, fora do âmbito da
instituição, salvo cargo de professor e funções de magistério.
- É inconstitucional lei estadual que dispõe sobre a instituição de cadastro com os números das
linhas telefônicas dos assinantes do serviço de telefonia interessados no sistema de venda por
via telefônica, eis que compete à União explorar os serviços de telecomunicações, bem como
legislar privativamente sobre essa matéria (CF, artigos 21, XI e 22, IV).
- São constitucionais o parágrafo único do art. 741 do CPC/1973, bem como dos
correspondentes dispositivos do CPC/2015 (art. 525, § 1º, III e §§ 12 e 14, e art. 535, § 5º). Seriam
dispositivos que, buscando harmonizar a garantia da coisa julgada com o primado da
Constituição, apenas agregariam ao sistema processual brasileiro um mecanismo com eficácia
rescisória de certas sentenças inconstitucionais, em tudo semelhante às hipóteses de ação
rescisória (CPC/1973, art. 485, V; CPC/2015, art. 966, V).
- As associações que representam fração de categoria profissional não são legitimadas para
instaurar controle concentrado de constitucionalidade de norma que extrapole o universo de
seus representados.
- É inconstitucional lei estadual que instituiu a chamada Certidão de Violação aos Direitos do
Consumidor (CVDC). Tal documento passara a ser exigido dos interessados em participar de
licitações e celebrar contratos com órgãos e entidades estaduais, seja por meio de negociações
diretas ou de modalidades de licitação existentes. O STF entendeu que criar uma nova exigência
para habilitação no procedimento licitatório violaria a competência da União para estabelecer
normas gerais sobre licitações.
- É constitucional lei estadual que dispõe sobre a obrigatoriedade do plano de saúde de entrega
ao usuário, por escrito, de comprovante fundamentado com informações pertinentes a eventual
negativa, parcial ou total, de cobertura de procedimento médico, cirúrgico ou de diagnóstico,
bem como de tratamento e internação, eis que se trata de matéria relativa a direito do
consumidor (competência concorrente).
- É constitucional lei estadual que estabelece valor máximo da RPV, desde que se obedeça ao
princípio constitucional da proporcionalidade.