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DE EMPRE$A$F
Prof. Uanderson Rebula de Oliveira
-2-
UANDERSON REBULA DE
OLIVEIRA
Pós-graduado em Controladoria e Finanças-Universidade Federal de Lavras
Pós-graduado em Logística Empresarial-Universidade Estácio de Sá
Graduado em Ciências Contábeis-Universidade Barra Mansa
GE$TÃO FINANCEIRA
DE EMPRE$A$
PARTE ‐ 1
EMENTA
Administração financeira de curto prazo,
componentes do fluxo de caixa, construção do
fluxo de caixa e sua avaliação, decisões de
investimentos em condições de riscos e
incertezas, engenharia econômica.
OBJETIVO
Compreender as políticas e o planejamento
financeiro nas organizações, tanto de curto
quanto de longo prazo, mensurando o retorno de
investimentos em condições de certeza, incerteza
e risco em projetos. Compreender os conceitos e
técnicas de análise de investimentos.
Campus Resende
2 ed. 2010
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Sumário
-3-
Sumário
UNIDADE 1 ‐ ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO
1.1. Ciclo operacional e Ciclo de caixa, 5
1.2. Noções de capital de giro, 9
1.3. Calculo e dimensionamento de capital de giro, 10
1.4. Custo de capital de giro, 14
UNIDADE 2 ‐ COMPONENTES DO FLUXO DE CAIXA
2.1. Investimento, 16
2.2. Fluxo de caixa operacional (receitas, custos, depreciação e imposto de renda), 18
2.3. Valor residual, 22
2.4. Capital de giro, 23
2.5. TMA, 24
UNIDADE 3 ‐ CONSTRUÇÃO DO FLUXO DE CAIXA E SUA AVALIAÇÃO
3.1. Construção do fluxo de caixa a partir de seus componentes, 28
3.2. Avaliação do fluxo de caixa através de técnicas de análise de investimentos, 34
3.2.1. PAYBACK Simples e Descontado, 34
3.2.2. VPL, 40
3.2.3. TIR, 45
3.3. Efeito da inflação sobre o fluxo de caixa, 47
3.4. A carga tributária e a competitividade empresarial
3.5. Análise de Fluxo de caixa após o I. Renda
3.6. Análise com restrição de Capital (Investimentos com capital de terceiros)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 49
ANEXO A – EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES, 50
ANEXO B – MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA PARA PERÍODOS MÉDIOS NO CICLO OPERACIONAL, 51
ANEXO C – CÁLCULOS DE CAPITAL DE GIRO – DETALHAMENTO, 52
ANEXO D – LIVRO RECOMENDADO, 55
Unidade 1
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
DE CURTO PRAZO
FINANÇAS
É a arte e a ciência da gestão do dinheiro (GITMAN, 2004. p.4)
CURTO PRAZO
Período de até 1 ano ou o ciclo operacional da empresa, valendo o maior
(IUDÍCIBUS E MARION, 2007 p.32). As funções de curto prazo são normalmente
decorrentes das Atividades de Operação da Empresa, também chamadas
atividades operacionais (GUIMARÃES, 2004, p. 7).
CONCEITO DE CICLO OPERACIONAL
Período de TEMPO que vai desde o momento em que a empresa ADQUIRE A
MATÉRIA PRIMA, até o momento em que RECEBE O DINHEIRO pela venda do
produto.
Veja UM EXEMPLO na figura abaixo:
RECEBIMENTO pela
(105 dias) venda do produto
CICLO OPERACIONAL
EXEMPLOS DE CICLOS OPERACIONAIS (Iudícibus e Marion, 2007, p. 32):
relativamente rápido (em média 30 DIAS), pois as vendas são A
SUPERMERCADO
VISTA e o período de ESTOQUE É RÁPIDO.
(30 dias)
Período de estoque
Período de contas
a receber
tempo
mais lento que supermercado (em média 90 DIAS), pois, além de
METALÚRGICA
produzir, tradicionalmente vende a prazo.
INDÚSTRIA NAVAL tem um ciclo operacional mais demorado (mais de 1 ANO).
o ciclo, que vai desde o nascimento do bezerro até a venda do boi
PECUÁRIA
e o respectivo recebimento, pode ultrapassar 4 ANOS.
CONCEITO DE CICLO DE CAIXA
Período de TEMPO que vai desde o momento em que a empresa PAGA A MATÉRIA
PRIMA adquirida, até o momento em que RECEBE O DINHEIRO pela venda do
produto.
Veja o exemplo abaixo:
Venda do
AQUISIÇÃO de produto
matéria prima (60 dias) (45 dias)
Período de estoque Período de
contas a receber
No ciclo de caixa aparece um componente:
PERÍODO DE CONTAS A PAGAR, que é o tempo desde a AQUISIÇÃO DA MATÉRIA‐
PRIMA até seu PAGAMENTO (30 dias, em nosso exemplo).
NOTE que GASTAMOS dinheiro no dia 30, mas NÃO RECEBEMOS até o dia 105, totalizando 75
dias sem entrada de dinheiro no caixa. Esse período é o ciclo de caixa.
O ciclo de caixa, portanto, é o numero de dias transcorridos do pagamento do estoque
adquirido até o recebimento da venda do produto. Note que, com base em nossas definições, o
ciclo de caixa é a diferença entre o ciclo operacional e o período de contas a pagar:
Ciclo de caixa = ciclo operacional – período de contas a pagar
75 dias = 105 dias – 30 dias
1º EXERCÍCIO ‐ CICLO OPERACIONAL E DE CAIXA
1. Com base no quadro abaixo, informe os valores do Ciclo operacional e Ciclo de caixa.
2. Com base no quadro abaixo, informe os valores do Período de contas a receber e a pagar.
3. Elabore o ciclo operacional e o ciclo de caixa a partir das seguintes informações:
Período de estoque: 40 dias
Período de contas a receber: 25 dias
Período de contas a pagar: 35 dias
4. Elabore os períodos de contas a pagar e receber a partir das seguintes informações:
Ciclo operacional: 205 dias
Período de estoque: 120 dias
Ciclo de caixa: 105 dias
CONCEITO DE CAPITAL DE GIRO
Venda do
AQUISIÇÃO de produto
matéria prima (60 dias) (45 dias)
Período de estoque Período de
contas a receber
tempo
(30 dias) (75 dias)
Período de CICLO DE CAIXA
contas a pagar
Pagamento Recebimento pela
de matéria-prima NECESSIDADE CAPITAL DE GIRO venda do produto
(105 dias)
CICLO OPERACIONAL
FONTE: Adaptado de Ross et al (2002, p. 415)
Observe em nosso exemplo que, no período de 75 DIAS, NÃO HAVERÁ ENTRADA DE
DINHEIRO e a empresa necessitará de dinheiro para financiar os gastos operacionais.
O CAPITAL DE GIRO É O DINHEIRO NECESSÁRIO PARA ASSEGURAR A CONTINUIDADE DA
ATIVIDADE OPERACIONAL DA EMPRESA, CONSTITUINDO UMA ESPÉCIE DE RESERVATÓRIO
PARA FINANCIAR OS GASTOS OPERACIONAIS COM OS ESTOQUES DE MATÉRIAS‐PRIMAS E
PRODUTOS ACABADOS, OS CUSTOS DO PROCESSO EM OPERAÇÃO ETC,
Exemplos de GASTOS OPERACIONAIS:
‐ SALÁRIOS do pessoal da produção;
‐ PLR, FÉRIAS e 13º do pessoal da produção;
‐ REFEIÇÃO do pessoal da produção;
‐ ALUGUÉIS E SEGUROS do prédio da fábrica;
‐ MANUTENÇÃO das máquinas da fábrica;
‐ ENERGIA ELÉTRICA das instalações industriais, inclusive locais de estocagem;
‐ TRANSFERÊNCIA DE MATÉRIAS‐PRIMAS para as áreas de produção;
‐ COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES usados nas máquinas e equipamentos da fábrica;
‐ EMBALAGEM dos produtos.
A NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG) ANUAL (365 DIAS) PODE SER ESTIMADA
CONSIDERANDO AS ESTIMATIVAS RELEVANTES SEGUINTES, referentes à estimativa de venda
de um ano:
CONTAS A Das vendas anuais e do período de contas a receber, como porcentagem de
RECEBER um ano, obteremos o valor financiando por ano pela empresa.
Para atender à produção é necessário manter um estoque mínimo de
ESTOQUE matéria‐prima, definido por um determinado número de dias,
MATÉRIAS‐ considerando o risco de não conseguir produzir por falta de estoque.
PRIMAS Normalizando os dados, o valor monetário do estoque de matéria‐prima será
determinado em função do coeficiente de custo sobre o preço do produto.
Como a produção de uma unidade de produção demora um determinado
ESTOQUE número de dias, o produto em processo incorporará matéria‐prima, mão‐
PRODUTOS EM de‐obra e despesas gerais. Normalizando os dados, o valor monetário do
PROCESSO produto em processo será determinado em função do coeficiente de custo
sobre o preço do produto.
Para atender as vendas, considerando o risco de perder vendas por falta de
ESTOQUE estoque, a empresa necessita manter um estoque mínimo de produto
PRODUTOS acabado, definido por um determinado número de dias. Considerando as
ACABADOS vendas anuais, o capital de giro desta estimativa será obtido a partir do
número de dias de estoque, como porcentagem de um ano.
CONTAS A Como o fornecedor de matéria‐prima vende a prazo, a empresa estará
PAGAR recebendo financiamento sem nenhum custo aparente. Normalizando os
dados, o valor monetário do pagamento de fornecedores será determinado
em função do coeficiente de custo sob o preço do produto.
CONCEITO DE:
ESTOQUE MATÉRIAS‐PRIMAS/PRODUTOS EM PROCESSO/PRODUTOS ACABADOS.
ESTOQUE
MATÉRIAS‐PRIMAS
ESTOQUE
PRODUTOS EM PROCESSO
ESTOQUE PRODUTOS
Componentes que estão para ACABADOS
ser consumidos na produção
de bens que se tornarão
disponíveis para a venda. Totalidade das matérias‐
primas já requisitadas que
estão em processo de
transformação para o
produto acabado. Produtos já terminados oriundos
da produção da empresa e
disponíveis para venda.
EXEMPLO DE CÁLCULO DE NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO ‐ NCG
Conhecidos os dados que participam do cálculo do capital de giro do novo produto, registrados
na tabela seguinte, calcular o capital de giro anual, mostrando a participação de cada
estimativa relevante.
VENDAS ANUAIS (365 DIAS) $1.000.000
PERÍODOS EM DIAS
PERÍODO DE CONTAS A RECEBER 45 DIAS
PERÍODO DE ESTOQUE
Estoque matérias‐primas 30 DIAS
Estoque produtos em processo 15 DIAS
Estoque produtos acabados 30 DIAS
PERÍODO DE CONTAS A PAGAR 60 DIAS
CUSTOS PROPORCIONAIS SOBRE O PRODUTO ACABADO
Matérias ‐ primas 16%
Produtos em processo 48%
CÁLCULO DA NCG DE CADA ESTIMATIVA
RESULTADOS
VENDAS ANUAIS/RECEITAS $1.000.000 Demonstrativo de cálculos
NCG DAS CONTAS A RECEBER $123.288 (45/365) * 1.000.000
NCG ESTOQUE MATÉRIAS‐PRIMAS $13.151 (30/365) * (0,16*1.000.000)
NCG ESTOQUE PRODUTOS PROCESSO $19.726 (15/365) * (0,48*1.000.000)
NCG ESTOQUE PRODUTOS ACABADOS $82.192 (30/365) * 1.000.000
NCG DAS CONTAS A PAGAR ($26.301) (60/365) * (0,16*1.000.000)
VALOR DO CAPITAL DE GIRO ANUAL $212.055 123.288+13151+19726+82192‐(26.301)
TAXA DE CAPITAL DE GIRO ANUAL 21,2% (212.055/1.000.000)*100
OU SEJA, 21,2% SOBRE A RECEITA
COMENTÁRIOS AOS CÁLCULOS
• NCG DAS CONTAS A RECEBER. Das vendas anuais $1.000.000 e do período de contas a
receber como porcentagem de um ano 45/365 se obtém o valor financiado por ano pela
empresa de $123.288.
• NCG ESTOQUE MATÉRIAS‐PRIMAS. Considerando que os custos da matéria‐prima
representam 16% do preço de venda, o capital de giro relevante no estoque de matéria‐
prima será igual a $13.151 obtido como resultado de 0,16 x $1.000.000 x 30/365.
• NCG ESTOQUE PRODUTOS PROCESSO. Considerando que os custos dos produtos em
processo representam 48% do preço de venda, o capital de giro relevante dos produtos em
processo será igual a $19.726, obtido como resultado de 0,48 x $1.000.000 x 15/365.
• NCG ESTOQUE PRODUTOS ACABADOS. Considerando a venda anual de $1.000.000, o
capital de giro desta estimativa é $82.192, valor obtido a partir do número de dias de
estoque como porcentagem de um ano 30/365.
• NCG DAS CONTAS A PAGAR. Considerando que os custos da matéria‐prima representam
16% do preço de venda, o capital de giro relevante do benefício dado pelos fornecedores
de matéria‐prima será $26.301, valor obtido como resultado de 0,16 x $1.000.000 x 60/365.
Como este valor deve ser subtraído, ele é registrado com sinal negativo.
EM UM CICLO OPERACIONAL, A NCG CALCULADA NO EXEMPLO ACIMA FICARIA ASSIM:
($26.301)
RESUMINDO, DEVEMOS TER PRESENTE QUE:
• Como as vendas anuais podem variar, o capital de giro também poderá variar.
• O capital de giro é um investimento que não tem depreciação nem tributação, apenas o
plano de negócios de investimento deverá assumir o custo pelo uso deste capital.
• ESSE CALCULO É APENAS UMA ESTIMATIVA.
2º EXERCÍCIO – CÁLCULO DE CAPITAL DE GIRO
Conhecidos os dados que participam do cálculo do capital de giro do novo produto, registrados
na tabela seguinte, calcular o capital de giro anual, mostrando a participação de cada
estimativa relevante.
VENDAS ANUAIS (365 DIAS) $10.000.000
PERÍODOS EM DIAS
PERÍODO DE CONTAS A RECEBER 21 DIAS
PERÍODO DE ESTOQUE
Estoque matérias‐primas 08 DIAS
Estoque produtos em processo 10 DIAS
Estoque produtos acabados 46 DIAS
PERÍODO DE CONTAS A PAGAR 14 DIAS
CUSTOS PROPORCIONAIS SOBRE O PRODUTO ACABADO
Matérias ‐ primas 25%
Produtos em processo 75%
RESULTADOS
VENDAS ANUAIS (365 DIAS)/RECEITAS $10.000.000 Demonstrativo de cálculos
NCG DAS CONTAS A RECEBER
NCG ESTOQUE MATÉRIAS‐PRIMAS
NCG ESTOQUE PRODUTOS PROCESSO
NCG ESTOQUE PRODUTOS ACABADOS
NCG DAS CONTAS A PAGAR
VALOR DO CAPITAL DE GIRO ANUAL
TAXA DE CAPITAL DE GIRO ANUAL
Resposta: O Capital de giro equivale a 20% das vendas anuais.
60 dias 45 dias
Período de estoque Período de contas a receber
Analisando o ciclo operacional acima e supondo‐se uma TAXA DE 4% AO MÊS para operações
financeiras junto às INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS (excluindo‐se o BNDES), para uma necessidade
de pagamento de fornecedores apenas de $ 10.000, gerar‐se‐á uma necessidade de CAPITAL
DE GIRO de $750.000, que impactará em um CUSTO FINANCEIRO de R$ 30.000,00.
$750.000*4%=$30.000
As instituições financeiras possuem linhas de créditos especiais para capital de giro. Geralmente
cobram‐se taxas de juros anuais em torno de 30%, mais encargos financeiros.
Unidade 2
COMPONENTES DO
FLUXO DE CAIXA
FLUXO DE CAIXA
A expressão FLUXO DE CAIXA é utilizada para indicar as ENTRADAS e SAÍDAS de
DINHEIRO DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO.
Em outras palavras, o fluxo de caixa de um projeto é, portanto, um QUADRO
ONDE SÃO ALOCADAS, AO LONGO DA VIDA ÚTIL DO PROJETO, A CADA
INSTANTE DE TEMPO, AS ENTRADAS E SAÍDAS de DINHEIRO.
A seguir, estudaremos os elementos que compõem o fluxo de caixa de uma
empresa, que são:
) INVESTIMENTOS
) FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL (Receita, custo, depreciação e IR)
) VALOR RESIDUAL
) CAPITAL DE GIRO e
) TMA ou TAXA DE DESCONTO
2.1 INVESTIMENTO
É toda SAÍDA DE DINHEIRO da empresa para APLICAÇÃO EM RECURSO OU ATIVO, para
a obtenção de determinado retorno futuro.
EXEMPLOS DE INVESTIMENTOS:
Aquisição de novas linhas de produção, projetos industriais, criação de uma nova
empresa, aquisição de maquinários, veículos, construção de galpões, oficinas etc.
ESTIMATIVAS RELEVANTES EM UM PROJETO DE INVESTIMENTO
São considerados como investimento a aquisição de equipamentos ou outros ativos,
incluindo os desembolsos para pagamento de fretes, seguros, instalações, gastos
operacionais iniciais com materiais e mão‐de‐obra, treinamento do pessoal de operação
e manutenção etc. Veja abaixo os desembolsos citados:
DESEMBOLSOS NECESSÁRIOS PARA UM INVESTIMENTO
(‐) Valor dos ativos comprados (frete e seguros inclusos)
(‐) Gastos com instalação: materiais e mão de obra na montagem
(‐) Gastos operacionais iniciais: materiais e mão de obra
(‐) Gastos com treinamentos.
(=) INVESTIMENTO RELEVANTE
EXEMPLO:
Um PROJETO DE INVESTIMENTO exige que sejam realizados investimentos em diversos
equipamentos no VALOR TOTAL de $1.500.000 (frete e seguros inclusos).
) Para a instalação desses ativos será necessário desembolsar $250.000 em materiais
de montagem e $100.000 em mão de obra para montagem.
) Os gastos operacionais iniciais com materiais e mão de obra são $55.000.
) Os gastos com treinamentos do pessoal de operação e manutenção são $85.000.
QUAL O INVESTIMENTO relevante?
SOLUÇÃO: Com os dados preparamos uma tabela, onde obtemos o valor do investimento.
(‐) Valor dos ativos comprados (fretes e seguros inclusos) $1.500.000
(‐) Gastos com Instalação: materiais, mão de obra na montagem $350.000
(‐) Gastos operacionais iniciais: materiais e mão de obra $55.000
(‐) Gastos com treinamentos $85.000
(=) INVESTIMENTO RELEVANTE $1.990.000
3º EXERCÍCIO – CÁLCULO DE INVESTIMENTO RELEVANTE
Um PROJETO DE INVESTIMENTO exige que sejam realizados investimentos em diversos
equipamentos no VALOR TOTAL de $2.000.000 (fretes e seguros inclusos).
) Para a instalação desses ativos será necessário desembolsar $150.000 em materiais
e $300.000 em mão‐de‐obra.
) Gastos operacionais iniciais com materiais e mão de obra montagem de $60.000
) Gastos com treinamento do pessoal de operação e manutenção de $75.000.
QUAL O INVESTIMENTO relevante?
(‐) Valor dos ativos comprados (fretes e seguros inclusos)
(‐) Gastos com Instalação de equipamentos, materiais, mão‐de‐obra
(‐) Gastos operacionais iniciais: materiais e mão de obra
(‐) Gastos com treinamentos
(=) INVESTIMENTO RELEVANTE
MATERIAL ADICIONAL:
EM CASO DE VENDA DO EQUIPAMENTO SUBSTITUÍDO: Se o equipamento substituído for vendido, deverá ser
preparado para a venda gerando gastos de desmontagem e manutenção. Na data da venda, o equipamento
substituto tem um valor contábil, em geral, diferente do valor de mercado, seja para continuar como
equipamento de segunda mão ou como simples sucata. O resultado da diferença entre o valor da venda as
despesas de preparação do equipamento e seu valor contábil gera um ganho de capital sujeito à tributação. Se o
ganho de capital for positivo, então a venda será tributada, diminuindo o valor recebido da venda; caso contrário,
se o ganho de capital for negativo, a empresa poderá considerar esse prejuízo como despesa, assunto analisado
mais adiante quando tratarmos do valor residual. Nos dois casos possíveis, o resultado do impacto tributário do
ganho de capital é relevante, pois somente acontecerá se o projeto de investimento for aprovado.
Continuação do exemplo anterior:
(‐) Valor dos ativos comprados, incluindo fretes, seguros etc $1.500.000
(‐) Instalação de equipamentos, materiais, mão‐de‐obra etc $350.000
(‐) Despesas operacionais iniciais $55.000
(‐) Despesas de treinamento $85.000
(=) Investimento sem venda dos equipamentos substituídos $1.990.000
(+) Venda dos equipamentos substituídos (entrada de capital) $180.000
(‐) Despesas de preparação dos equipamentos $30.000
(‐) Tributação da venda $8.750
(=) Investimento relevante na data zero $1.848.750
Tabela auxiliar para cálculo da tributação na venda de equipamentos
(+) Venda líquida dos equipamentos substituídos $150.000
(–) Valor contábil dos equipamentos substituídos $125.000
(=) Ganho de capital $25.000
(=) Imposto de renda = $ 25.000 x 35% $8.750
RECEITA
É a ENTRADA de DINHEIRO ou DIREITOS A RECEBER correspondente à VENDA dos
produtos.
O DEPARTAMENTO DE MARKETING PREPARA AS ESTIMATIVAS DAS RECEITAS de um projeto
de investimento. Para isto realiza as seguintes atividades:
‐ Identifica público alvo do produto;
‐ Identifica tamanho do mercado;
PESQUISAS DE MERCADO ‐ Participação da empresa nesse mercado;
‐ Volume de vendas;
‐ Preço unitário do produto;
PESQUISAS DO ‐ Estados da economia;
COMPORTAMENTO DA ‐ Efeitos da publicidade;
RELAÇÃO ‐ Reação dos concorrentes;
“PREÇO‐VOLUME” ‐ Impostos incidentes (ICMS, PIS, COFINS, IPI etc)
• A pesquisa de mercado é o ponto de partida na maioria dos projetos. As informações geradas pelo estudo
de mercado são fundamentais para os demais estudos porque, a partir desta, podem ser estimadas a
capacidade de produção instalada, a necessidade de matérias primas dentre outras variáveis.
CUSTO
São todos os GASTOS relativos à PRODUÇÃO de um BEM.
NO FLUXO DE CAIXA DO PROJETO DE INVESTIMENTO DEVEM SER INCLUÍDOS OS CUSTOS
relevantes provocados pela aprovação do projeto, como exemplo:
‐ MATÉRIAS‐PRIMAS para a produção;
‐ SALÁRIOS do pessoal da produção;
‐ REFEIÇÃO do pessoal da produção;
‐ MANUTENÇÃO das máquinas da fábrica;
‐ ENERGIA ELÉTRICA das instalações industriais, inclusive locais de estocagem;
‐ TRANSFERÊNCIA DE MATÉRIAS‐PRIMAS para as áreas de produção;
‐ COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES usados nas máquinas da fábrica;
‐ EMBALAGEM DOS PRODUTOS acabados;
‐ ALUGUÉIS E SEGUROS do prédio da fábrica;
NA CONSTRUÇÃO DO FLUXO DE CAIXA do projeto agruparemos todos os custos relevantes,
numa única estimativa DENOMINADA SIMPLESMENTE “CUSTOS”.
DEPRECIAÇÃO
É a DIMINUIÇÃO do VALOR de um BEM (máquina, equipamento etc) em decorrência
de seu DESGASTE pelo USO ou OBSOLESCÊNCIA.
Quando uma empresa compra uma máquina, ela sabe que um dia terá de
substituir por outra máquina nova e mais moderna. Por isso, durante a “vida
útil” da máquina a empresa vai calculando o seu desgaste, que é incluído no
custo do produto, e vai formando uma reserva como “depreciação” usada
para adquirir a máquina nova.
TAXAS ANUAIS DE DEPRECIAÇÃO
A Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal ‐ SRF 162, de 31/12/98 (art. 1º)
estabelece as quotas de depreciação dos bens das empresas:
Depreciações autorizadas, tabela reduzida:
Prazo de Taxa anual de
BENS
vida útil depreciação
Instalações 10 ANOS 10%
Edificações 25 ANOS 4%
Construções pré‐fabricadas 25 ANOS 4%
Máquinas e equipamentos 10 ANOS 10%
Móveis e utensílios 10 ANOS 10%
Veículos (cargas ou passageiros) 5 ANOS 20%
Sistema de Processamento de Dados 2 ANOS 50%
EXEMPLO: DEPRECIAÇÃO DE UMA MÁQUINA (10% ao ano)
$10.000 Máquina = taxa 10% ao ano
$9.000 $8.000
$7.000
$6.000 $5.000
Compra $4.000
Máquina $3.000 $2.000 $1.000
$0.0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Como se vê, é adotado no Brasil o método de DEPRECIAÇÃO LINEAR, segundo o qual a
CARGA DE DEPRECIAÇÃO ANUAL SERÁ A MESMA, até o final do prazo de depreciação, isto é,
A CARGA TOTAL DE DEPRECIAÇÃO SERÁ RATEADA POR IGUAL, AO LONGO DOS ANOS.
OUTRAS TAXAS ANUAIS DE DEPRECIAÇÃO
A referida IN SRF 162 (art. 310) PERMITE ÀS EMPRESAS ADOTAREM QUOTAS
ADEQUADAS ÀS CONDIÇÕES DE DEPRECIAÇÃO DE SEUS BENS, desde que faça a prova
dessa adequação, podendo pedir perícia do Instituto Nacional de Tecnologia,
prevalecendo os prazos de vida útil recomendados por essas instituições.
IMPOSTO DE RENDA
As empresas devem pagar ao Governo Federal o Imposto de Renda, tendo como fato
gerador o LUCRO proveniente das VENDAS.
FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL – FCO
Ao se deduzir o valor do imposto de renda (IR) do lucro bruto operacional (Receitas – Custos),
obtém‐se o Fluxo de Caixa Operacional FCO, conforme demonstrado a seguir:
R representa as Receitas líquidas, livre de impostos.
FCO = R – C – IR C representa os Custos
IR representa o valor do Imposto de Renda a ser pago
O valor do IR pode ser obtido através dos seguintes cálculos:
R representa Receitas líquidas, livre de impostos.
IR=(R – C – D)*alíquota IR C representa Custos
D representa o valor da Depreciação
___________________
EXEMPLO DE CÁLCULO DE FCO
Calcular o FCO sendo a alíquota IR de 35% e as estimativas do fluxo de caixa do projeto são:
Receita = $3.000
IR=(R–C–D)*alíquota IR Custos = $1.850
Depreciação = $520
IR = ($3.000 ‐ $1.850 ‐ $520) * 0,35 = $220
FCO = R – C – IR → FCO = $3000 ‐ $1.850 ‐ $220 = $930
___________________
4º EXERCÍCIO ‐ CÁLCULO DE FCO
Calcular o FCO sendo a alíquota IR de 15% e as estimativas do fluxo de caixa do projeto são:
Receita = $4.000
IR=(R–C–D)*alíquota IR Custos = $1.950
Depreciação = $620
CONCLUSÃO.
Concluindo esta parte destacamos as premissas incluídas na construção e avaliação do fluxo de
caixa de um projeto de investimento:
) ANTES DE SER APROVADO O INVESTIMENTO ESTÁ SOMENTE NO PAPEL. O INVESTIMENTO
É APENAS UM PROJETO UTILITÁRIO E OS VALORES MONETÁRIOS DO SEU FLUXO DE CAIXA
SÃO ESTIMATIVAS.
) AS DECISÕES DE INVESTIMENTO DE CAPITAL SÃO REALIZADAS A PARTIR DO FLUXO DE
CAIXA GERADO PELO PROJETO E NÃO DO FLUXO DE LUCRO GERADO. A FORMAÇÃO DO
FCO MOSTRA A GERAÇÃO DE CAIXA REALIZADO PELO INVESTIMENTO PARA ATENDER ÀS
OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS DO CAPITAL INVESTIDO, O FLUXO DE CAIXA PARA O
INVESTIMENTO.
O fluxo de caixa de um projeto de investimento é o fluxo de caixa adicional que a empresa
espera obter se aprovar o investimento.
É o VALOR que se espera obter pela VENDA DE UM BEM DEPRECIADO (máquina,
equipamento etc), quando este for SUBSTITUÍDO ou retirado de serviço.
) UM BEM, MESMO DEPRECIADO, TEM ALGUM VALOR DE MERCADO.
CÁLCULO DO VALOR RESIDUAL
EXEMPLO 1. A venda de um equipamento gerará uma receita de $155.000. Calcular o valor
residual do investimento, considerando o valor contábil dos ativos na data terminal do projeto
de $100.000, a alíquota do imposto de renda 30% e os gastos com desmontagem de $5.000.
(+) Venda bruta de equipamento $155.000
(‐) Valor contábil $100.000
(‐) Gastos com desmontagem $5.000
(=) Ganho de capital $50.000
(=) Imposto de Renda sobre o ganho de capital (50.000 x 30%) $15.000
Valor residual = Vendas brutas – gastos com desmontagem – Imposto de Renda
Valor residual = $155.000 – $5.000 – $15.000
Valor residual = $ 135.000
INFORMAÇÕES SOBRE OS CÁLCULOS:
) A venda bruta refere‐se ao valor que o BEM foi vendido;
) O valor contábil corresponde ao valor do BEM – depreciação acumulada.
) A diferença entre o valor de venda menos os gastos com desmontagem do
equipamento e seu valor contábil gera um ganho de capital, sujeito à tributação;
) O valor do imposto de renda foi obtido da tributação em cima do ganho de capital.
GANHO DE CAPITAL POSITIVO = VENDA TRIBUTADA.
GANHO DE CAPITAL NEGATIVO = CONSIDERAR O PREJUÍZO COMO DESPESA
EXEMPLO 2
( + ) Venda bruta de equipamento $85.000
( ‐ ) Valor contábil $100.000
( ‐ ) Gastos com desmontagem $5.000
( = ) Ganho de capital ‐ $20.000
( = ) Imposto de Renda sobre o ganho de capital (‐20.000 x 30%) ‐ $6.000
Valor residual = Vendas brutas – gastos com desmontagem – Imposto de Renda
Valor residual = $85.000 – $5.000 – (–$6.000)
Valor residual = $ 86.000
Neste caso o ganho de capital estimado será negativo e igual a $20.000. O efeito tributário
originará um crédito de imposto de renda a pagar igual a $6.000 = 0,30 x $20.000.
O CAPITAL DE GIRO é o investimento relevante que DEVE SER INCLUÍDO NO FLUXO DE CAIXA
DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO.
• O CAPITAL DE GIRO NECESSÁRIO PARA O 1º ANO DE OPERAÇÃO É UM INVESTIMENTO
REALIZADO NA DATA ZERO.
• O CAPITAL DE GIRO É RECUPERADO NA DATA TERMINAL DO PROJETO.
• Se num determinado ano a necessidade de capital de giro aumentar, o acréscimo anual
deverá ser incluído no fluxo de caixa do plano de negócios como investimento em
capital de giro.
• Se num determinado ano a necessidade de capital de giro diminuir, o decréscimo anual
deverá ser incluído no fluxo de caixa do plano de negócios como recuperação do
investimento em capital de giro.
• Qualquer que seja a situação, o investimento ou a recuperação do capital de giro em
cada ano ocorrerá no início do próprio ano ou, pela convenção do fluxo de caixa, no
final do ano anterior.
• O capital de giro pode ser parcialmente recuperado durante o prazo de análise do plano
de negócios. Na data terminal do plano de negócios será recuperado o restante do
capital de giro ainda não recuperado.
2.5 TMA
TMA significa TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE
É A TAXA MÍNIMA DE JURO QUE A EMPRESA EXIGE PARA ACEITAR UM PROJETO
EXEMPLO SIMPLES:
Uma empresa pretende retirar R$100.000 da caderneta de poupança, com rentabilidade de 7%
ao ano (R$7.000), para investir no projeto de uma Máquina Industrial que lucra R$6.000 ao
ano (6% s/ capital investido). Esse investimento é viável?
Tipo de investimento
POUPANÇA MÁQUINA
Capital investido R$100.000 R$100.000
Rentabilidade (anual) R$7.000 R$6.000
Taxa de retorno (anual) 7% 6%
- Analisando esse caso, não é atrativo investir na Máquina, pois terá
uma rentabilidade MENOR do que em uma aplicação financeira (Poupança).
- Portanto, a taxa mínima de juro para aceitar este projeto seria de7 % ao ano; TMA = 7% a.a
- Em finanças, quando avaliamos a rentabilidade de um projeto de investimento,
confrontamos os resultados estimados com outras oportunidades de investimentos, como
exemplo, os produtos ofertados no mercado financeiro.
- É pertinente averiguar se o retorno do capital investido consegue superar a remuneração
proporcionada por outras opções de investimentos, como no mercado financeiro.
OPORTUNIDADE em OUTROS INVESTIMENTOS versus OPORTUNIDADE do PROJETO
Como padrão de TMA, costuma ser utilizada uma taxa de baixo grau de risco1 no mercado
financeiro, como CDBs, CDI, poupança, títulos de dívida pública etc. Entretanto, a TMA é
definida pelo risco do projeto. Assim, essa determinação também pode ser fundamentada no
mercado de capitais, que possui um risco maior.
A TMA escolhida é, então, comparada com o retorno estimado no projeto de investimento. Se
o retorno do projeto superar essa TMA, o negócio é considerado economicamente viável
(atraente). Caso contrário, diz‐se que o investimento não atingiu o patamar mínimo esperado
de rentabilidade, normalmente sendo descartado.
_____________________
1 Risco pode ser percebido como a possibilidade de perda financeira. Qual risco é maior: emprestar dinheiro para aposentado
(com débito na conta) ou para um desempregado?
ALGUMAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS.
INVESTIMENTOS FINANCEIROS RENTABILIDADE ANUAL EM 2006
Caderneta de poupança
Investimento tradicional no Brasil. Proporciona a mesma taxa de 7,6%
rendimento ao mês.
Certificado de depósito bancário – CDB
Investimento com prazo pré‐determinado, Quanto maior o tempo de 13,6%
aplicação, maior o juro oferecido pelo banco.
Fundo DI 13,2%
Taxa média de títulos negociados entre os bancos
Títulos do Governo Federal 12% a 20%, dependendo do
Títulos emitidos pelo governo para financiar a dívida pública. tempo de aplicação
Debêntures Geralmente 6% + correção da
Títulos emitidos pelas empresas com objetivo de captar recursos mais inflação.
baratos para investimentos ou financiamentos de capital de giro.
Fundos de renda fixa
Constitui uma carteira de investimentos compostas por CDBs, Títulos 13,8%
do governo federal, debêntures etc.
Fundos de ações
Investimento lastreado a ações de setores específicos (energia, 25,3%
petróleo, gás, siderurgia, bancos, construção civil etc)
Fundos multimercados
Combinação de investimentos em poupança, ações, câmbio, ouro, 16,4%
debêntures, títulos do governo, DI etc
Fontes: Adaptado de HOJI, 2009, pág 97; infomoney
Para saber mais: www.tesouro.fazenda.gov.br; www.comoinvestir.com.br; www.portaldoinvestidor.gov.br; www.bovespa.com.br
VALOR PRESENTE
Outro aspecto importante a ser observado é que quando estimamos os retornos a longo prazo (mais
de 1 ano) tais estimativas estão nos valores futuros. Portanto, na estimativa de um projeto trazemos
esses valores para o presente, descontando‐os.
EXEMPLO:
Se um investimento de $50.000 proporciona por 5 anos valores uniformes de $15.000 a uma
TMA de 7% ao ano, teremos os seguintes valores presentes:
Vp = Vf / (1+i)n
Valores com TMA MEMÓRIA DE CÁLCULO Vp: Valor Presente
Ano Valores Vf: Valor Futuro
7% a.a.
i: taxa de juros
0 (50.000) ‐ ‐ n: prazo
5º EXERCÍCIO – CÁLCULO DE TMA
1 ‐ Se um investimento de $80.000, proporciona por 5 anos valores uniformes de $18.000 a
uma TMA ou TAXA DE DESCONTO de 9% ao ano, teremos quais valores presentes?
Valores com TMA
Ano Valores MEMÓRIA DE CÁLCULO
9% a.a.
0 (80.000) ‐ ‐
1 18.000
2 18.000
3 18.000
4 18.000
5 18.000
2 ‐ Se um investimento de $100.000, proporciona por 5 anos os valores abaixo a uma TMA ou
TAXA DE DESCONTO de 12% ao ano, teremos quais valores presentes?
Valores com TMA
Ano Valores MEMÓRIA DE CÁLCULO
12% a.a.
0 (100.000) ‐ ‐
1 15.600
2 16.800
3 13.200
4 17.000
5 18.000
Unidade 3
CONSTRUÇÃO DO FLUXO
DE CAIXA E SUA AVALIAÇÃO
RELEMBRANDO OS COMPONENTES RELEVANTES DE UM FLUXO DE CAIXA:
) Investimentos
) Fluxo de Caixa Operacional (Receitas, custos, depreciação e imposto de renda)
) Valor Residual
) Capital de Giro
) TMA ou TAXA DE DESCONTO
Os exemplos seguintes mostrarão diversas situações que ajudarão na compreensão e aplicação
dos conceitos apresentados para construir o fluxo de caixa de um projeto de investimento.
EXEMPLO 1
A TABELA abaixo registra as RECEITAS e CUSTOS relevantes de um PROJETO DE INVESTIMENTO
com PRAZO de ANÁLISE de 4 ANOS.
Construir o fluxo de caixa do projeto, considerando:
) O investimento na data zero igual a $250.000
) A depreciação será TOTAL e LINEAR durante os 4 anos
) A alíquota do IR ‐ Imposto de Renda ‐ igual a 35%
Assim, teremos um complemento à tabela anterior, como segue:
Variáveis / anos
Data zero 1° ANO 2° ANO 3° ANO 4° ANO
(+) Receitas $1.280.000 $1.350.000 $1.400.000 $1.435.000
(‐)Custos $985.000 $1.010.000 $1.050.000 $1.050.000
(‐)Depreciação $62.500 $62.500 $62.500 $62.500
(‐)IR $81.375 $97.125 $100.625 $112.875
(=) FCO $213.625 $242.875 $249.375 $272.125
FC ($250.000) $213.625 $242.875 $249.375 $272.125
COMENTÁRIOS AOS CÁLCULOS DA TABELA ACIMA:
Os resultados registrados na tabela acima foram obtidos como segue:
Como a depreciação será TOTAL e LINEAR durante o prazo de 4 ANOS, o seu
Depreciação VALOR ANUAL será de $62.500, obtido da DIVISÃO do VALOR do
INVESTIMENTO na data zero de ($250.000) por 4.
O IR do 1° ANO igual a $81.375 foi obtido com a fórmula: IR = (R – C – D)*
IR alíquota IR, ou seja, IR = ($1.280.000 ‐ $985.000 ‐ $62.500) x 35% = $81.375
Os IR’s dos demais anos foram obtidos da mesma maneira.
O FCO do 1° ANO igual a $213.625 foi obtido com a fórmula: FCO = R – C – IR, ou
FCO seja, FCO = $1.280.000 ‐ $985.000 ‐ $81.375 = $213.625.
Os FCO’s dos demais anos foram obtidos da mesma maneira.
O valor de FC é encontrado a partir da SOMA do FCO com os respectivos investimentos em CAPITAL
FC DE GIRO e VALORES RESIDUAIS de venda/substituição de equipamentos. Como nesse exemplo não
temos nem investimento em capital de giro, nem valores residuais, então FCO = FC.
EXEMPLO 2
A TABELA abaixo registra as RECEITAS e CUSTOS relevantes de um PROJETO DE EXPANSÃO
com PRAZO de ANÁLISE de 5 ANOS.
1° ANO
Variáveis/anos 2° ANO 3° ANO 4° ANO 5° ANO
(+) Receitas $2.550.000 $2.650.000 $2.800.000 $2.850.000 $3.000.000
(‐) Custos $1.460.000 $1.550.000 $1.690.000 $1.765.000 $1.990.000
Construir o fluxo de caixa do projeto, considerando:
• O investimento na data zero igual à $ 2.750.000.
• A Depreciação será TOTAL e LINEAR durante os 5 anos.
• Alíquota do IR ‐ imposto de renda ‐ igual a 35%.
Assim, teremos um complemento à tabela anterior, como segue:
COMENTÁRIOS AOS CÁLCULOS DA TABELA ACIMA
Os resultados registrados na tabela acima foram obtidos como segue:
Como a depreciação será TOTAL e LINEAR durante o prazo de 5 anos, o seu
Depreciação VALOR ANUAL será de $550.000, obtido da DIVISÃO do VALOR do
INVESTIMENTO na data zero de ($2.750.000) por 5.
O IR do 1° ANO igual a $189.000 foi obtido com a fórmula: IR = (R – C – D) x
IR alíquota IR, ou seja, IR= ($2.550.000 ‐ $1.460.000 ‐ $550.000) x 35% = $189.000.
Os IR’s dos demais anos foram obtidos da mesma maneira.
O FCO do 1° ANO igual a $901.000 foi obtido com a fórmula: FCO = R – C – IR, ou
FCO seja, FCO = $2.550.000 ‐ $1.460.000 ‐ $189.000 = $901.000.
Os FCO’s dos demais anos foram obtidos da mesma maneira.
O valor de FC é encontrado a partir da SOMA do FCO com os respectivos investimentos em CAPITAL
FC DE GIRO e VALORES RESIDUAIS de venda/substituição de equipamentos. Como nesse exemplo não
temos nem investimento em capital de giro, nem valores residuais, então FCO = FC.
6º EXERCÍCIO ‐ CONSTRUÇÃO DE FLUXO DE CAIXA ‐ PARCIAL (sem incluir capital de giro e valor residual)
A TABELA abaixo registra as RECEITAS e CUSTOS relevantes de um PROJETO DE EXPANSÃO
com PRAZO de ANÁLISE de 4 ANOS.
Variáveis / anos 1° ANO 2° ANO 3° ANO 4° ANO
(+) Receitas $2.600.000 $2.550.000 $2.900.000 $2.800.000
(‐) Custos $1.300.000 $1.650.000 $1.700.000 $1.765.000
Construir o fluxo de caixa do projeto, considerando:
• O investimento na data zero igual à $ 3.000.000.
• A Depreciação será total e linear durante os 4 anos.
• Alíquota do IR ‐ imposto de renda ‐ igual a 35%.
Variáveis / anos Data zero 1° ANO 2° ANO 3° ANO 4° ANO
(+) Receitas $2.600.000 $2.550.000 $2.900.000 $2.800.000
(‐)Custos $1.300.000 $1.650.000 $1.700.000 $1.765.000
(‐)Depreciação
(‐)IR
(=) FCO
FC ($3.000.000)
COMENTÁRIOS AOS CÁLCULOS DA TABELA ACIMA
Depreciação
IR = (R – C – D) x alíquota IR
IR
FCO = R – C – IR
FCO
O valor de FC é encontrado a partir da SOMA do FCO com os respectivos investimentos em
FC
CAPITAL DE GIRO e VALORES RESIDUAIS de venda/substituição de equipamentos. Como nesse
exemplo não temos nem investimento em capital de giro, nem valores residuais, então FCO = FC.
CONTINUAÇÃO DO EXEMPLO 2 (pág. 27) ‐ CONSTRUÇÃO DO FC INCLUINDO CAPITAL DE GIRO
Depois de analisar o projeto de investimento, o Gerente Financeiro calculou a NCG para incluir
no Fluxo de Caixa e obteve o seguinte resultado:
TAXA DE CAPITAL DE GIRO ANUAL = 25% SOBRE AS RECEITAS (vide pág. 10)
Variáveis/anos Data zero 1° ANO 2° ANO 3° ANO 4° ANO 5° ANO
(+) Receitas $2.550.000 $ 2.650.000 $2.800.000 $ 2.850.000 $3.000.000
(‐) Custos $1.460.000 $ 1.550.000 $ 1.690.000 $ 1.765.000 $ 1.990.000
(‐)Depreciação $ 550.000 $ 550.000 $ 550.000 $ 550.000 $ 550.000
(‐) IR $ 189.000 $ 192.500 $ 196.000 $ 187.250 $ 161.000
(=) FCO 25% $ 901.000 $ 907.500 $914.000 $897.750 $849.000
NCG $637.500 $662.500 $700.000 $712.500 $750.000 +/‐
(+) Investimento ($637.500) ($25.000) ($37.500) ($12.500) ($37.500)
em capital de giro
$750.000
(+) Investimento ($2750.000) ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
inicial
FC ($3.387.500) $876.000 $870.000 $901.500 $860.250 $1.599.000
COMENTÁRIOS AO CÁLCULO DE NCG E INVESTIMENTO EM CAPITAL DE GIRO
1º ANO = $2.550.000 X 25% = $637.500
2º ANO = $2.650.000 X 25% = $662.500 NCG = 25% s/ RECEITA
NCG 3º ANO = $2.800.000 X 25% = $700.000
Observe que a receita altera todo
4º ANO = $2.850.000 X 25% = $712.500
ano, logo a NCG também se altera.
5º ANO = $3.000.000 X 25% = $750.000
($637.500) → é o investimento na data zero e o capital de giro do 1º ANO devendo
estar disponível no início do 1º ANO para operacionalizar o projeto
($25.000) → Como houve aumento da receita no 2º ANO, deverá ter um aumento
de capital de giro de $25.000 (obtido de $662.500 – $637.000).
($37.500) → Como houve aumento da receita no 3º ANO, deverá ter um aumento
(+) Investimento de capital de giro de $37.500 (obtido de $700.000 – $662.500).
em capital de giro
($12.500) → Como houve aumento da receita no 4º ANO, deverá ter um aumento
de capital de giro de $12.500 (obtido de $712.500 ‐ $700.000).
($37.500) → Como houve aumento da receita no 5º ANO, deverá ter um aumento
de capital de giro de $37.500 (obtido de $750.000 – $712.500).
750.000 → Capital de giro a ser recuperado no final do projeto.
(+) Investimento ($2750.000) – O valor do investimento inicial deve continuar na coluna “data zero”
inicial
DATA ZERO = Soma de ($637.500) + (2.750.000) = ($3.387.500)
1º ANO = $901.000 + (25.000) = $876.000
2º ANO = $907.500 + (37.500) = $870.000
FC FC = FCO + investimento
3º ANO = $914.000 + (12.500) = $901.500
4º ANO = $897.750 + (37.500) = $860.250
em capital de giro
5º ANO = $849.000 + 750.000 = $1.599.000
7º EXERCÍCIO ‐ CONTINUAÇÃO DO EXERCÍCIO 6º – INCLUSÃO DE CAPITAL DE GIRO
Construir o fluxo de caixa do projeto, considerando:
• O investimento na data zero igual à $ 3.000.000.
• A Depreciação será total e linear durante os 4 anos.
• Alíquota do IR ‐ imposto de renda ‐ igual a 35%.
• TAXA DE CAPITAL DE GIRO ANUAL = 20% SOBRE AS RECEITAS
Variáveis / anos Data zero 1° ANO 2° ANO 3° ANO 4° ANO
(+) Receitas $2.600.000 $2.550.000 $2.900.000 $2.800.000
(‐)Custos $1.300.000 $1.650.000 $1.700.000 $1.765.000
(‐)Depreciação $750.000 $750.000 $750.000 $750.000
(‐)IR $192.500 $52.500 $157.500 $99.750
(=) FCO $1.107.500 $847.500 $1.042.500 $935.250
NCG
(+)Investimento em
capital de giro
(+)Investimento
($3.000.000)
inicial
FC
Como a depreciação será TOTAL e LINEAR durante o prazo de 4 anos, o valor da depreciação anual será
Depreciação
$750.000, obtido da divisão do valor do investimento de ($2.750.000) por 4.
O IR do 1° ANO igual a $192.000 foi obtido com a fórmula: IR = (R – C – D) x alíquota IR, ou seja, IR=
IR
($2.600.000 ‐ $1.300.000 ‐ $750.000) x 35% = $192.000. Os demais IR’s foram obtidos da mesma maneira
O FCO do 1° ANO igual a $1.107.500 foi obtido com a fórmula: FCO = R – C – IR, ou seja, FCO = $2.600.000 ‐
FCO
$1.300.000 ‐ $192.500 = $1.107.500. Os FCO’s dos demais anos foram obtidos da mesma maneira.
1º ANO =
NCG NCG = 20% s/ RECEITA
2º ANO =
3º ANO =
4º ANO =
(+)
Investimento
em capital
de giro
1º ANO =
2º ANO = FC = FCO + investimento
em capital de giro
FC 3º ANO =
4º ANO =
5º ANO =
CONTINUAÇÃO DO EXEMPLO 2 (pág. 27) ‐ CONSTRUÇÃO DO FC INCLUINDO VALOR RESIDUAL
O Gerente Financeiro incluiu na data terminal do fluxo de caixa do projeto o VALOR RESIDUAL
dos ativos fixos igual a $91.000.
Variáveis/anos Data zero 1° ANO 2° ANO 3° ANO 4° ANO 5° ANO
(+) Receitas $2.550.000 $ 2.650.000 $2.800.000 $ 2.850.000 $3.000.000
(‐) Custos $1.460.000 $ 1.550.000 $ 1.690.000 $ 1.765.000 $ 1.990.000
(‐)Depreciação $ 550.000 $ 550.000 $ 550.000 $ 550.000 $ 550.000
(‐) IR $ 189.000 $ 192.500 $ 196.000 $ 187.250 $ 161.000
(=) FCO 25% $ 901.000 $ 907.500 $914.000 $897.750 $849.000
NCG $637.500 $662.500 $700.000 $712.500 $750.000 +
(+) Investimento ($637.500) ($25.000) ($37.500) ($12.500) ($37.500)
em capital de giro
$750.000
(+) Valor Residual $91.000
(+) Investimento ($2750.000) ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
inicial
FC ($3.387.500) $876.000 $870.000 $901.500 $860.250 $1.690.000
CÁLCULO DO VALOR RESIDUAL $91.000
¯ A venda do equipamento gerará uma RECEITA BRUTA de $150.000.
¯ O valor contábil do equipamento (que é o seu valor menos depreciação acumulada) será $0,
já que a depreciação prevista na data terminal do projeto é TOTAL e LINEAR.
Máquina = taxa 20% ao ano
$2.750.000 (considerado pelo projeto)
$2.200.000
$1.650.000 Depreciação
TOTAL
Compra $1.100.000
Máquina $550.000
$0 $0
¯ Os gastos com desmontagem é de $20.000
¯ A alíquota do imposto de renda 30%.
(+) Venda bruta de equipamento $150.000
(‐) Valor contábil $0
(‐) Gastos com desmontagem $20.000
(=) Ganho de capital $130.000
(=) Imposto de Renda sobre o ganho de capital (130.000 x 30%) $39.000
Valor residual = Vendas brutas – gastos com desmontagem – Imposto de Renda
Valor residual = $150.000 – $20.000 – $39.000
Valor residual = $ 91.000
FC com Com a inclusão do valor residual, o fluxo de caixa do 5º ano foi $849.000 +
valor $750.000 + 91.000 = $1.690.000
residual
Esse capítulo tem como objetivo apresentar os principais métodos utilizados para a avaliação
de fluxos de caixa. Serão analisados os métodos de PAYBACK Simples e Descontado, VALOR
PRESENTE LÍQUIDO (VPL) e TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR).
3.2.1 PAYBACK Simples e Descontado.
CONCEITO DE PAYBACK
A primeira avaliação de um projeto de investimento é determinar o tempo necessário para
recuperar o capital investido, a partir de um fluxo de caixa estimado do projeto de
investimento.
) Quanto mais alongado o prazo de recuperação do investimento, menos interessante ele se torna.
) Logicamente, investimentos de maior envergadura, como aqueles ligados à infra‐estrutura (hidrelétricas,
estradas de ferro, estradas de rodagem) ou na indústria mineral (minério de ferro, petróleo) e siderurgia,
poderão ter um prazo de recuperação do investimento dilatado, podendo ser superior a 10 anos.
PAYBACK é um MÉTODO QUE DETERMINA o TEMPO NECESSÁRIO PARA RECUPER O
CAPITAL INVESTIDO, que indica em quantos ANOS a empresa obtém de volta seu
investimento. Pode ser Simples ou Descontado.
PAYBACK Simples
Método fácil e direto que compara o tempo necessário para recuperar o capital
investido, SENDO CALCULADO SIMPLESMENTE ATRAVÉS DO COMPUTO DO VALOR
INVESTIDO e de ENTRADAS DE CAIXA.
EXEMPLO 1 – PERÍODO INTEIRO (1 ano, 2 anos, 6 anos etc).
Considere o projeto de investimento na data zero de $50.000 que gere FC ‐ fluxo de caixa de
$30.000 no 10 ano, $20.000 no 20 ano, $10.000 no 30 ano e $5.000 no 40 ano, conforme abaixo:
Para facilitar a visualização do TEMPO DE RECUPERAÇÃO DO INVESTIMENTO, poderíamos
padronizar a montagem da tabela acima da seguinte forma:
COMENTÁRIOS DOS CÁLCULOS DA TABELA:
) A fim de calcular o tempo necessário para recuperar o capital investido, construímos
a coluna Saldo do projeto, 3º coluna da tabela;
) Conforme indicado na tabela, o projeto de investimento é de $50.000. No 1º ANO o
projeto terá recuperado $30.000, e o saldo do projeto será ($20.000), resultado da
diferença entre o investimento inicial ($50.000) e o retorno de $30.000. No 2O ANO
terá recuperado $20.000. Desta forma, totalizando $50.000 de FC acumulado até o
2o ANO, podemos dizer que a empresa consegue recuperar o investimento em
exatamente 2 anos.
) Então: PERÍODO DE PAYBACK = 2 ANOS. Se exigíssemos um PAYBACK de 3 ANOS, o
investimento seria aceitável. Um investimento é aceito se seu período de PAYBACK
for menor que um número predeterminado de anos.
OUTROS EXEMPLOS – PERÍODO INTEIRO (1 ano, 2 anos, 6 anos etc).
PROJETO A PROJETO B
Investimento de $200.000 que gere FC – fluxo Investimento de $180.000 que gere FC – fluxo
de caixa de $50.000 de caixa de $60.000
Se dependesse apenas de PAYBACK, o investimento B seria preferido, pois seu prazo para
retorno do investimento é menor.
EXEMPLO 2 – PERÍODO FRACIONÁRIO (2,3 anos, 3,6 anos etc).
Em nosso exemplo, ocorreu que o PAYBACK foi exatamente de 4 anos (proj. A) e 3 anos (proj.
B). Naturalmente, isso não irá acontecer sempre. Quando o número não é exato (2 anos, 3
anos etc), é costume trabalhar com frações de anos (2,3 anos, 3,6 anos etc).
Veja abaixo um exemplo de PAYBACK Simples com período fracionário:
Considere o projeto de investimento na data zero de $500 que gere FC ‐ fluxo de caixa de $100
no 10 ano, $200 no 20 ano e $500 no 30 ano, conforme tabela abaixo:
Ano / variável FC Saldo do projeto ($200)/$500 = 0,4 anos
Data zero ($500) ($500) 2 anos+0,4 anos = 2,4 anos
1° ANO $100 ($400)
2° ANO $200 ($200)
PAYBACK = 2,4 ANOS
3° ANO $500 (/) $300
COMENTÁRIOS DOS CÁLCULOS DA TABELA:
) O investimento inicial é $500. Após o 1º e 2º ANO os fluxos de caixa totalizam
$300. Após o 3º ANO, os fluxos de caixa totalizam $ 800 e, portanto, o projeto
paga‐se em algum momento entre o final do ano 2 e do ano 3.
) Como o fluxo de caixa acumulado nos ANOS 1º e 2º é igual a $300, precisamos
recuperar outros $ 200 no 3º ANO. O fluxo de caixa do terceiro ano é de $500,
portanto devemos que esperar $ 200/500 = 0,40 anos para isso.
) O período de PAYBACK, portanto, é de 2,4 anos, ou cerca de 2 anos e 5 meses.
OUTROS EXEMPLOS – PERÍODO FRACIONÁRIO (2,3 anos, 3,6 anos etc).
PROJETO C PROJETO D
Cálculo do período fracionário Cálculo do período fracionário
($40.000)/$60.000 = 0,66 ($810)/$940 = 0,86
3 ANOS + 0,66 = 3,66 2 ANOS + 0,86 = 2,86
PAYBACK = 3,66 ANOS PAYBACK = 2,86 ANOS
PAYBACK Descontado
É um método que compara o tempo necessário para recuperar o dinheiro investido, nos
mesmos moldes do PAYBACK Simples, porém, LEVANDO‐SE EM CONSIDERAÇÃO O
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO.
) PROCEDIMENTO: Em cada ano do fluxo de caixa do projeto ADICIONAMOS A PERDA
OCASIONADA PELO TEMPO (TMA) e somamos de forma acumulada até alcançar o
valor do investimento, onde obtemos o PAYBACK DESCONTADO.
EXEMPLO. Aplicar o método de PAYBACK DESCONTADO no PROJETO D (exemplo do período
fracionário da pág.34), com AJUSTE, considerando uma TMA – taxa mínima de atratividade ‐ de
12% ao ano.
PROJETO D
Ano / variável FC FC descontado Saldo projeto Cálculo do FC descontado
Data zero ($2.500) ‐ ($2.500) ‐ Juros compostos
Cálculo do período fracionário
($407)/$623 = 0,65
3 + 0,65 = 3,65
PAYBACK DESCONTADO = 3,65 ANOS
COMENTÁRIOS AOS CÁLCULOS DA TABELA:
) O FC descontado do 1º ANO é igual a $714 obtido de 800/1,121 = $714,
considerando a taxa mínima de atratividade de 12% ao ano.
) Os demais FC’s descontados foram obtidos da mesma maneira que no 1º ANO (vide
tabela “Cálculo do FC descontado”, que demonstra como os cálculos dos juros
foram desenvolvidos).
) O tempo de recuperação do capital investido encontra‐se entre o 3º e 4º ano. No
3º ANO faltam $407 para completar o investimento. Dessa forma, temos 3 anos
inteiros e a parte “quebrada” obtemos através de $407/$623 = 0,65.
) PAYBACK DESCONTADO é igual a 3 + 0,65 = 3,65 anos.
8º EXERCÍCIO ‐ EXERCÍCIOS COM PAYBACK (para todos considerar TMA de 15% a.a.)
1. Qual o período de PAYBACK Simples e Descontado para os FC ‐ fluxos de caixa abaixo?
PAYBACK Simples
Anos FC Saldo do projeto Cálculo do período fracionário
Data zero
($3.000) ($3.000)
1º ANO $1.000
2º ANO $800
3º ANO $900
4º ANO $1.200 PAYBACK Simples =
PAYBACK Descontado – TMA 15% ao ano
Anos FC FC descontado Saldo projeto Cálculo do FC descontado
Data zero ‐ Juros compostos
($3.000) ‐ ($3.000)
1º ANO $1.000 1.000/1,15 = 1,151=1,15
2º ANO $800
3º ANO $900
4º ANO $1.200
Cálculo do período fracionário →
PAYBACK Descontado =
2. Um investimento gera FC ‐ fluxos de caixa de $850 durante 7 ANOS. Qual o período de
PAYBACK Simples e Descontado se o investimento inicial é de $2.500?
PAYBACK Simples
Anos FC Saldo do projeto Cálculo do período fracionário
Data zero
1º ANO
2º ANO
3º ANO
PAYBACK Simples =
4º ANO
5º ANO
6º ANO
7º ANO
PAYBACK Descontado – TMA 15% ao ano
Anos FC FC descontado Saldo projeto Cálculo do FC descontado
Data zero ‐ Juros compostos
‐
1º ANO /1,15 = 1,151=1,15
2º ANO
3º ANO
4º ANO
5º ANO
6º ANO
7º ANO
Cálculo do período fracionário →
PAYBACK Descontado =
3 Uma empresa automobilística exige um período MÁXIMO de PAYBACK de 2,5 anos em seus
projetos de investimento. Se a empresa possuísse os dois projetos seguintes, qual deles
deveria aceitar? Analisar nas situações de PAYBACK Simples e Descontado.
PROJETO X
PAYBACK Simples
Anos FC Saldo do projeto Cálculo do período fracionário
Data zero ($25.000)
($25.000)
1º ANO $15.000
2º ANO $9.000
3º ANO $3.000
4º ANO $3.000 PAYBACK Simples =
PAYBACK Descontado – TMA 15% ao ano
Anos FC FC descontado Saldo projeto Cálculo do FC descontado
Data zero ($25.000) ‐ Juros compostos
‐ ($25.000)
1º ANO $15.000 15.000/1,15 = 1,151=1,15
2º ANO $9.000
3º ANO $3.000
4º ANO $3.000
Cálculo do período fracionário →
PAYBACK Descontado =
PROJETO Y
PAYBACK Simples
Anos FC Saldo do projeto Cálculo do período fracionário
Data zero ($20.000)
($20.000)
1º ANO $7.000
2º ANO $7.000
3º ANO $6.000
4º ANO $200.000 PAYBACK Simples =
PAYBACK Descontado – TMA 15% ao ano
Anos FC FC descontado Saldo projeto Cálculo do FC descontado
Data zero ($20.000) ‐ Juros compostos
‐ ($20.000)
1º ANO $7.000 7.000/1,15 = 1,151=1,15
2º ANO $7.000
3º ANO $6.000
4º ANO $200.000
Cálculo do período fracionário →
PAYBACK Descontado =
3.2.2 VALOR PRESENTE LÍQUIDO ‐ VPL
) QUANDO ANALISAMOS O MÉTODO DO PAYBACK DESCONTADO NO PROCEDIMENTO
DE VALOR PRESENTE (FC Descontado) DISSEMOS QUE ESTE MÉTODO APROXIMA‐SE
DO MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO.
) NA VERDADE O VPL É SIMPLESMENTE A DEDUÇÃO DO INVESTIMENTO DE TODOS OS
FC’s DESCONTADOS.
) O OBJETIVO É IDENTIFICAR O VALOR PRESENTE DO PROJETO E DECIDIR SE ELE DEVE
OU NÃO SER ACEITO.
EXEMPLO 1. Calcular o VPL do PROJETO D, abaixo, considerando uma TMA de 12% ao ano.
PROJETO D
Ano / variável FC FC descontado Cálculo do FC descontado
Data zero ($2.500) ‐ ‐ Juros compostos
Soma dos FC’s descontado: $3.312
EXEMPLO 2. Calcular VPL do PROJETO K, considerando uma TMA de 15% ao ano
Projeto K
Ano / variável FC FC descontado Cálculo do FC descontado
‐ Juros compostos
Data zero ($30.000) ‐
1° ANO $6.000 $5.217
1
6.000/1,15 = 5.217 1,151=1,15
2° ANO $6.000 $4.537 6.000/1,152 = 4.537 1,152=1,323
3° ANO $6.000 (+) $3.945 6.000/1,153 = 3.945 1,153=1,521
4° ANO $6.000 $3.430 6.000/1,154 = 3.430 1,154=1,749
5° ANO $6.000 $2.983 6.000/1,155 = 2.983 1,155=2,011
6° ANO $6.000 $2.594 6.000/1,156 = 2.594 1,156=2,313
7° ANO $6.000 $2.255 6.000/1,157 = 2.255 1,157=2,660
8° ANO $8.000 $2.615 8.000/1,158 = 2.615 1,158=3,059
Soma dos FC’s descontado: $27.576
O PROJETO K NÃO É UM BOM INVESTIMENTO, POIS TRARÁ UM PREJUÍZO PARA O INVESTIDOR
DE $2.424.
PORTANTO, DIANTE DA ANÁLISE DOS PROJETOS D e K, CONCLUÍMOS:
VPL POSITIVO: VPL NEGATIVO
) Traz LUCRO para o investidor. ) Traz PREJUÍZO para o investidor.
) Deve ser ACEITO. ) Deve ser REJEITADO.
Na eventualidade pouco provável de que o valor presente líquido seja exatamente igual a zero,
ficaríamos indiferentes entre realizar ou não o investimento.
ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE O MÉTODO VPL:
) Como vimos, o valor presente líquido (VPL) é uma técnica sofisticada de análise de
orçamentos de capital, obtida subtraindo‐se o investimento inicial de um projeto do
valor das entradas de caixa, descontadas a uma taxa igual ao custo do capital da
empresa, ou seja, é uma técnica que considera explicitamente o valor do dinheiro
no tempo.
) Utilizando‐se o VPL, tanto as entradas como as saídas de caixa SÃO TRADUZIDAS
PARA VALORES MONETÁRIOS ATUAIS. Em outras palavras, o valor presente líquido
é uma medida de quanto valor é criado ou adicionado hoje por realizar um
investimento, e esse valor pode ser negativo – o que significa que o projeto não é
viável, ou positivo – o que significa que o projeto é viável.
) Imagine que estejamos pensando em construir uma fábrica de calças jeans. Através
de pesquisas, podemos estimar o custo de implantação desse negócio com uma
precisão razoável porque sabemos o que será necessário comprar e construir para
iniciar a produção. Será um bom investimento? Com base em nossa discussão, você
sabe que a resposta depende de o valor do novo negócio ser maior que o custo de
implantação. Em outras palavras, esse projeto tem VPL POSITIVO?
) QUANDO O VPL É POSITIVO, PODEMOS DIZER QUE HOUVE UM LUCRO EXTRA
GERADO PELO PROJETO.
) IMPORTANTE: NA MEDIDA EM QUE A TAXA TMA AUMENTA, O VALOR DO VPL
DIMINUI. VEREMOS ISTO NOS EXERCÍCIOS.
RUIM BOM
9º EXERCÍCIO ‐ EXERCÍCIOS ENVOLVENDO VALOR PRESENTE LÍQUIDO ‐ VPL
1 – Avaliando o FC ‐ fluxo de caixa abaixo, calcule o VPL do projeto a uma TMA de 10% a.a. A
empresa deveria aceitar o projeto? E se a TMA fosse de 14% a.a.?
2 – Um projeto que gera fluxos de caixa anuais de $400 ao longo de 7 anos, com investimento
de $1.500,00. Esse é um projeto que vale a pena quando a TMA é de 6%? E se for de 22% ?
1º ANO
2º ANO
3º ANO
4º ANO
5º ANO
6º ANO
7º ANO
Soma dos FC’s descontados VPL = +
VPL =
ACEITA? SIM ( ) NÃO ( )
Resposta
Para 6% VPL = $ 732,95
1º ANO
2º ANO
3º ANO
4º ANO
5º ANO
6º ANO
7º ANO
Soma dos FC’s descontados VPL = +
VPL =
Resposta ACEITA? SIM ( ) NÃO ( )
Para 22% VPL = $ ‐ 133,80
3 – Analisando o fluxo de caixa a seguir, qual é o VPL a uma TMA de 10% ? E se for de 20% ? E
se for de 30% ? Deve ou não ser aceito?
4 – Analisando os dois projetos a seguir, qual seria o VPL, caso fosse exigido uma TMA de 11%.
Qual projeto você escolheria?
PROJETO J
Ano FC ‐ J FC descontado 11% Cálculo do FC descontado 11%
Data zero ($12.500) ‐ Juros compostos
1º ANO 4.000
2º ANO 5.000
3º ANO 6.000
4º ANO 1.000
Soma dos FC’s descontados VPL = +
Resposta: para J VPL = $ 207,60 VPL =
PROJETO Y
Ano FC ‐ Y FC descontado 11% Cálculo do FC descontado 11%
Data zero ($12.500) ‐ Juros compostos
1º ANO 1.000
2º ANO 6.000
3º ANO 5.000
4º ANO 4.000
Soma dos FC’s descontados VPL = +
Resposta: para Y VPL = $ ‐438,48 VPL =
PROJETO A SER ESCOLHIDO: J ( ) Y ( )
3.2.3 TAXA INTERNA DE RETORNO ‐ TIR
Analise os valores dos VPL’s do FC ‐ fluxo de caixa com TMA’s de 0%, 10%, 13,07%, 15% e 20%.
$10
VPL
$5 3
0
$‐
‐$5 0% 10% 13,07% 15% 20%
‐3
‐$10 ‐9
‐$15
TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE ‐ TMA
) TIR do PROJETO = 13,07% a.a. Então, se a TMA for MAIOR que TIR = PROJETO REJEITADO.
Então, se a TMA for MENOR que TIR = PROJETO ACEITO.
) A TIR permite que o investidor compare o projeto com outras oportunidades de
investimentos, e saber se vale a pena ou não investir no projeto.
POR EXEMPLO:
) COM BASE NO GRÁFICO, CASO HOUVESSE UMA OUTRA OPORTUNIDADE DE
INVESTIMENTO (EM UM BANCO, POR EXEMPLO) COM UMA TAXA DE RETORNO DE 15%
a.a., QUAL VOCÊ OPTARIA? ESTE PROJETO OU A APLICAÇÃO NO BANCO?
ANÁLISE DA TIR
) Como vimos, a TIR está intimamente relacionada ao VPL, e nada mais é do que uma TMA
que faz com que o VPL de um investimento seja zero.
) PORTANTO a TIR de um investimento pode ser:
Maior do que a Taxa Mínima de Atratividade: significa que o investimento é economicamente
atrativo.
Igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento está economicamente numa situação de
indiferença.
Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o investimento não é economicamente atrativo,
pois seu retorno é superado pelo retorno de um investimento com o mínimo de retorno.
10º EXERCÍCIO DE CÁLCULO DA TIR
Qual é a TIR do FC ‐ fluxo de caixa abaixo? Se exigirmos uma TMA de 18%, deveremos aceitar
esse investimento?
Ano/variável FC FC desc. 0% FC desc. 5% FC desc. 10% FC desc. 15% FC desc. 20%
Data zero ($435) ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
1° ANO $ 100 $ 100
2° ANO $ 200 $ 200
3° ANO $ 300 $ 300
Soma FC’s desc. $ 600
VPL $ 165
Aceita o projeto?
Na preparação das estimativas relevantes do fluxo de caixa de um projeto de investimento, até
este momento, não foi mencionada a INFLAÇÃO durante o prazo de análise do investimento.
AS ESTIMATIVAS DO FLUXO CAIXA DEVEM SER REALIZADAS CONSIDERANDO OS EFEITOS DA
INFLAÇÃO DURANTE O PRAZO DE ANÁLISE DO PROJETO? E A TAXA MÍNIMA DE
ATRATIVIDADE?
Comecemos por lembrar que INFLAÇÃO É O AUMENTO GERAL E CONTÍNUO DE PREÇOS DE
PRODUTOS E SERVIÇOS. Na tentativa de medir a inflação, são definidos índices que
acompanham periodicamente a evolução dos preços das mercadorias e dos serviços.
Com os índices de preços de dois períodos seguidos é calculada a taxa de variação do índice,
conhecida TAXA DE INFLAÇÃO.
Por exemplo, consideremos a estimativa do preço unitário de venda do produto que gerará a
receita do projeto de lançamento do novo produto:
) Se o preço de venda do produto incluir os efeitos inflacionários durante o prazo
de análise do projeto, então a estimativa das receitas será realizada em moeda
corrente.
) Se o preço de venda do produto não incluir os efeitos inflacionários,
permanecendo constante durante o prazo de análise do projeto, então a
estimativa das receitas será realizada em moeda constante.
EXEMPLOS DE CÁLCULO DE INVESTIMENTO COM INFLAÇÃO
EXEMPLO 1
As estimativas relevantes do fluxo de caixa do novo projeto de investimento, realizadas em
moeda corrente estão registradas na tabela seguinte. Obter o fluxo de caixa em moeda
constante considerando a TAXA DE INFLAÇÃO de 5% ao ano, constante durante os 5 anos do
projeto.
Solução. Na terceira coluna da tabela foi registrado o fluxo de caixa em moeda constante a
partir do fluxo de caixa em moeda corrente registrado na segunda coluna da tabela,
considerando a taxa de inflação constante 5% ao ano.
EXEMPLO 2 – CONTINUAÇÃO DO EXEMPLO 1
Continuando com o exemplo acima. com o fluxo de caixa em moeda constante, verificar se este
projeto deve ser aceito considerando a taxa requerida em termos reais 8% ao ano
VPL $ 27.586
Solução. A terceira coluna da tabela seguinte registra os valores presentes dos capitais do fluxo
de caixa em moeda constante do Exemplo acima. A fórmula de cálculo usada no capital em
moeda constante do 2º ano $42.770 = $49.887/(1 + 0,08)2 foi aplicada nos restantes capitais.
Como o VPL = $27.586 é maior que zero, o projeto deve ser aceito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRITO, P. Análise e Viabilidade de Projetos de Investimentos. São Paulo. Editora Atlas, 2003.
GITMAN, Laurence J. Princípios da administração financeira. 10ª edição. São Paulo. Editora
Harbra, 2004.
HOJI, Masakazu. Administração financeira na prática. 2 ed.. São Paulo. Editora Atlas, 2009.
IUDÍCIBUS, Sergio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores.
São Paulo. 4° Edição. Ed. Atlas, 2007.
JUER, M. Matemática Financeira, praticando e aplicando. São Paulo. Editora Qualimark, 2003.
ANEXO – A – EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Dois projetos são analisados: ambos possuem 5 anos de vida útil e ambos terão $ 23.000,00 de
investimento inicial. Considerando que o primeiro tem entradas líquidas anuais de $ 6.000, $ 7.000, $
4.500, $ 7.600 e $ 4.000 e o segundo $ 6.500 todo ano, qual dos dois deve ser aceito pelo método do
payback simples? Qual dos dois deve ser aceito pelo método de payback descontado, considerando uma
TMA de 15% ao ano? Qual dos dois projetos deve ser aceito pelo método da TIR? Qual dos dois projetos
deve ser aceito pelo método do VPL, considerando uma TMA de 10%?
Respostas:
PAYBACK SIMPLES = 3,72 anos e 3,53 anos
PAYBACK DESCONTADO = não há payback para ambos os projetos
TIR = 8,74% e 12,75%
VPL = (R$ 704,83) e R$ 1.640,11
ANEXO ‐ B
MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA PARA PERÍODOS MÉDIOS NO CICLO OPERACIONAL
MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA ‐ É a média que multiplica fatores para fornecer diferentes pesos para diferentes dados
CÁLCULOS DO CICLO OPERACIONAL ENVOLVENDO PERÍODOS MÉDIOS
PERÍODO MÉDIO DE ESTOQUE
PERÍODO VALOR
ESTOQUE A 30 dias $12.000
ESTOQUE B 45 dias $30.000
ESTOQUE C 90 dias $60.000
Para saber o período médio de estoque Para saber o valor médio de estoque
(30 x $12.000) + (45 x $30.000) + (90 x $60.000) (30 x $12.000) + (45 x $30.000) + (90 x $60.000)
(12.000 + 30.000 + 60.000) (30 + 45 + 90)
360.000 + 1.350.000 + 5.400.000 = 69 dias é o PME 360.000 + 1.350.000 + 5.400.000 = $43.090 é o VM
102.000 165
Assim, temos:
PERÍODO VALOR
ESTOQUE A 30 dias $12.000
ESTOQUE B 45 dias $30.000
PME 69 dias $43.090
ESTOQUE C 90 dias $60.000
PERÍODO MÉDIO DE CONTAS A RECEBER
PERÍODO VALOR
CONTAS A RECEBER CLIENTE A 30 dias $12.000
CONTAS A RECEBER CLIENTE B 45 dias $30.000
CONTAS A RECEBER CLIENTE B 90 dias $60.000
Para saber o período médio de contas a receber Para saber o valor médio de contas a receber
(30 x $12.000) + (45 x $30.000) + (90 x $60.000) (30 x $12.000) + (45 x $30.000) + (90 x $60.000)
(12.000 + 30.000 + 60.000) (30 + 45 + 90)
360.000 + 1.350.000 + 5.400.000 = 69 dias é o PMCR 360.000 + 1.350.000 + 5.400.000 = $43.090 é o VMCR
102.000 165
Assim, temos:
PERÍODO VALOR
CONTAS A RECEBER CLIENTE A 30 dias $12.000
CONTAS A RECEBER CLIENTE B 45 dias $30.000
PMCR 69 dias $43.090
CONTAS A RECEBER CLIENTE B 90 dias $60.000
ANEXO C – DETALHAMENTO DO CÁLCULO DO CAPITAL DE GIRO
EMPRESA REVENDEDORA DE MERCADORIAS ‐ NÃO PRODUZ / NÃO TRANSFORMA MATÉRIA PRIMA / SOMENTE REVENDE
VENDAS ANUAIS ‐ $1.000.000
CAPITAL GIRO = ESTOQUE + CONTAS A RECEBER – CONTAS A PAGAR
CAPITAL GIRO = $165.000 + $123.000 ‐ ($82.000)
CAPITAL GIRO = $206.000 OU 20% DAS VENDAS
60/365 * 1.000.000
$165.000 45/365 * 1.000.000
$123.000
30/365 * 1.000.000
($82.000)
165.000 + 123000 – 82.000
CG = $206.000
CÁLCULO DO VALOR DO PERÍODO DE ESTOQUE EM RELAÇÃO ÀS VENDAS
REGRA DE TRÊS SIMPLES OU MODO SIMPLES
365 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ 100%
60 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ X% 60 X $1.000.000 = $165.000
365
X = 100 X 60 = 16,5%
365
$1.000.000 X 16,5% = $165.000
CÁLCULO DO VALOR DO PERÍODO DE CONTAS A RECEBER EM RELAÇÃO ÀS VENDAS ANUAIS
REGRA DE TRÊS SIMPLES OU MODO SIMPLES
365 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ 100%
45 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ X% 45 X $1.000.000 = $123.000
365
X = 100 X 45 = 12,3%
365
$1.000.000 X 12,3% = $123.000
CÁLCULO DO VALOR DO PERÍODO DE CONTAS A PAGAR EM RELAÇÃO ÀS VENDAS ANUAIS
REGRA DE TRÊS SIMPLES OU MODO SIMPLES
365 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ 100%
30 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ X% 30 X $1.000.000 = $82.000
365
X = 100 X 30 = 8,2%
365
$1.000.000 X 8,2% = $82.000
CAPITAL DE GIRO = CONTAS A RECEBER + ESTOQUES – CONTAS A PAGAR
CAPITAL GIRO = $ 165.000 + $123.000 ‐ ($82.000)
CAPITAL GIRO = $206.000 OU 20% DAS VENDAS
206.000/1.000.000 * 100
EMPRESA PRODUTORA ‐ PRODUZ / TRANSFORMA MATÉRIA PRIMA / VENDE OS PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
VENDAS ANUAIS ‐ $1.000.000
CÁLCULO DO VALOR DO PERÍODO DE ESTOQUE EM RELAÇÃO ÀS VENDAS
CALCULAR CUSTOS DAS MATÉRIAS PRIMAS / PRODUTOS EM PROCESSO / PRODUTOS ACABADOS
PERÍODO DE MATÉRIA PRIMA OU MODO RÁPIDO
365 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ 100% 30 X 0,16 x 1.000.000 = $13.151
30 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ X% 365
X = 100 X 30 = 8,2%
365
CUSTO DA MATÉRIA PRIMA: 16% DAS VENDAS
$1.000.000 X 16% = $160.000 (para 365 DIAS)
LOGO (normalizar para 30 DIAS):
$160.000 X 8,2% = $13.151
PERÍODO DE PRODUTOS EM PROCESSO OU MODO RÁPIDO
365 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ 100% 15 X 0,48 x 1.000.000 = $19.726
15 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ X% 365
X = 100 X 15 = 4,1%
365
CUSTOS DO PROCESSO/PRODUZIR = 48% DAS VENDAS
$1.000.000 X 48% = $480.000 (para 365 DIAS)
LOGO (normalizar para 15 DIAS):
$480.000 X 4,1% = $19.726
PERÍODO DE PRODUTOS ACABADOS OU MODO RÁPIDO
365 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ 100% 15 X 1.000.000 = $82.192
30 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ X% 365
X = 100 X 30 = 8,2%
365
$1.000.000 X 8,2% = $82.192
PERÍODO DE CONTAS A RECEBER OU MODO RÁPIDO
365 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ 100% 45 X 1.000.000 = $123.288
45 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ X% 365
X = 100 X 45 = 12,32%
365
$1.000.000 X 12,32% = $123.288
PERÍODO DE CONTAS A PAGAR OU MODO RÁPIDO
365 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ 100% 60 X 0,16 x 1.000.000 = $26.301
60 DIAS ‐‐‐‐‐‐‐‐ X% 365
X = 100 X 60 = 16,43%
365
CUSTOS DA MATÉRIA PRIMA = 16% DAS VENDAS
$1.000.000 X 16% = $160.000 (para 365 DIAS)
LOGO (normalizar para 15 DIAS):
$160.000 X 16,43% = $26.301
CAPITAL GIRO = CONTAS A RECEBER + ESTOQUES – CONTAS A PAGAR
CAPITAL GIRO = $ 123.288 + $115.069 ‐ ($26.301)
CAPITAL GIRO = $212.055 OU 21,2% DAS VENDAS
212.055/1.000.000 * 100
ANEXO D
LIVRO RECOMENDADO
Projetos de investimentos na empresa
Ano: 2007, 512 p.
A empresa oferece produtos ou serviços com valor percebido maior e/ou com preço
menor que o dos concorrentes. No entanto, havendo concorrência, a criação de valor
não se mantém e alguns produtos ou serviços devem ser abandonados. No constante
desafio de lançar novos produtos ou serviços diferenciados dos concorrentes e de
reduzir os custos, desenvolvem‐se projetos que estimam os benefícios de cada
oportunidade e quanto custa recebê‐los tendo em vista que, numa boa decisão, o custo
de aquisição será superado pelos benefícios gerados e o lucro aceitável é o que agrega
valor à empresa. Projetos de Investimento na Empresa ensina a identificar e quantificar
as estimativas de uma oportunidade ou projeto, a construir e avaliar o fluxo de caixa do
projeto para a empresa utilizando vários métodos, selecionar o melhor projeto,
detectar as incertezas e medir seu impacto no resultado da avaliação, analisar o risco do projeto, tomar a decisão
de investimento etc. Ao longo do livro, o leitor é conduzido num processo de descobrimento dos procedimentos
de avaliação, métodos de decisão, conceitos, premissas e relações, análise de risco com a análise de sensibilidade,
cenários, simulação Monte Carlo etc.
Você pode fazer uma compra segura, por meio de boleto ou cartão de crédito, diretamente pelos sites:
www.submarino.com.br link direto ‐ http://www.submarino.com.br/produto/1/1953041/projetos+de+investimento+na+empresa
www.livrariasaraiva.com.br
www.elsevier.com.br