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INOVAÇÃO
&TECNOLOGIA v. 01 · n. 01 · jan-fev/2017

TREINAMENTO DA CIPA POR INTERMÉDIO

DO LÚDICO
CIPA Training Through a Playful Way

Alessandro Garcia da Silva¹

Eletícia Campos da Silva²
Rafael Guglielmelli Sepulvene³
Graduandos do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (SP, Brasil)
Prof. Ms. Moacir Dias

E sse artigo aborda um problema que as organizações têm se deparado no treinamento da CIPA, funcionários
que participam obrigados e não por motivação. Devido a um conteúdo muito teórico, maçante e cansativo,
formando uma barreira no aprendizado. A NR 5, no item 5.34 diz que o treinamento terá carga horária de vinte
horas. Sendo assim, busca a iniciativa de apresentar um treinamento da CIPA diferenciado, com a implantação
de um jogo de tabuleiro buscando desenvolver nos participantes um aprendizado mais autônomo de forma
lúdica, proporcionando uma interação dos participantes com o “Jogo da CIPA, motivando-os no treinamento
e conduzindo-os ao aprendizado total da NR5. A pesquisa contida nesse artigo foi realizada por meio de
questionário contendo sete questões múltipla escolha na empresa ERA’s LTDA ME, onde anteriormente foi
realizado um treinamento tradicional. Por intermédio do treinamento proposto nesse artigo obtivesse um
feedback positivo da implantação do “Jogo da CIPA”.

Palavras-chave: Lúdico. CIPA. Aprendizado. Jogo. Desenvolvimento.

T his article addresses a problem that organizations have faced in training the CIPA members, since most of
the times employees are forced to attend training rather than being motivated to do so. In addition, a very
theoretical, boring and tiring content, generates a barrier in learning. The section 5.34 of the NR5 standard,
says that the training will have a workload of twenty hours. Therefore, we seek the initiative to present a
differentiated CIPA training, with the implementation of a board game, in order to develop a more autonomous
learning in a playful way, providing a real participants interaction with the “CIPA Game”, motivating them in
the Training and leading them to the full learning of NR5. The research conducted for this article was carried
out through a questionnaire containing seven multiple choice questions in the company ERA’s LTDA ME,
where a traditional training was previously performed. Tabulation of responses indicated positive feedback
from the implementation of the “CIPA Game”.

Keywords: Playful. CIPA. Learning. Game. Development.

Endereço eletrônico dos autores:

¹aleduda10@hotmail.com
²eleticiavida@gmail.com
³rafael.sepulvene@gmail.com

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54 Treinamento da CIPA por Intermédio do Lúdico
INTRODUÇÃO
Este artigo foi realizado por intermédio da pesquisa
e do treinamento da CIPA (Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes) aplicado na empresa
ERA’s LTDA ME que atua no ramo de serviços de
organização de feiras, congressos e festas há sete
anos no estado de São Paulo, buscando trazer através
da herança dos conhecimentos dos fundadores uma
experiência aprimorada na arte de atender seus
clientes, associada à uma equipe de profissionais
qualificados ao firme objetivo de fazer de um evento
o mais absoluto sinônimo de sucesso.
A pesquisa trata da implantação de um jogo em um
treinamento da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA), o qual busca mostrar a importância
de um treinamento mais dinâmico e lúdico, visando
torná-lo atrativo e menos convencional e maçante.
Tendo em vista que o treinamento é previsto em lei
e por ter duração mínima de 20h, escolheu-se um
tema de extrema importância, pois o treinamento
aborda assuntos referentes a primeiros socorros,
prevenção de acidentes dentro das organizações,
combate a incêndios, o uso apropriado do EPI
(Equipamento de Proteção Individual) e EPC
(Equipamento de Proteção Coletiva) e o controle
e prevenção da integridade da saúde e vida dos
funcionários, buscando executar ações para orientá-
los e conscientizá-los.
Em função deste cenário, o treinamento em um
modelo mais lúdico, proporcionaria flexibilidade,
agilidade e capacidade de aprender por meio de jogos,
proporcionando um aprendizado menos cansativo.
Procurou-se centralizar a pesquisa em um
questionamento principal que é: como tornar um
treinamento da CIPA mais atraente com o lúdico?
A palavra treinamento tem várias vertentes.
Antigamente treinar era uma forma de moldar o
colaborador dentro de seu cargo e funções. Atualmente
o treinamento é assíduo, aplicado para alavancar o
desenvolvimento do funcionário em suas atividades e
em seu cargo. Chiavenato (2010) corrobora no termo
“
de treinamento na atualidade como:
Modernamente, o treinamento é considerado um meio de
desenvolver competências nas pessoas para que se tornem mais
produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir melhor
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INOVAÇÃO
&TECNOLOGIA
para os objetivos organizacionais e se tornarem cada vez mais
valiosas (CHIAVENATO, 2010, p.387).
Chiavenato (2010) confirma o sentido de motivar e
alavancar as pessoas a executarem uma determinada
atividade com eficiência e qualidade, podendo ser
um treinamento intuitivo como ensinar habilidades
básicas que sejam necessárias constantemente no
cargo ou mesmo um treinamento para instigar uma
mudança e alavancar as atividades executadas,
mudando certos comportamentos direcionando-os
para os objetivos da organização.
TREINAMENTO E
APRENDIZAGEM
Ao analisar os modelos de treinamento da CIPA
tradicional contidos na grade mínima de 20h de
teoria, que trata a NR5 da Portaria 3214 do MTb
(Norma Regulamentadora da CIPA), compreende-
se que é um treinamento com muitas informações
e que os funcionários não absorvem plenamente as
informações, por ser cansativo, mesmo sendo a carga
horária distribuída Sendo assim, o treinamento perde
sua essência de alavancar e de instigar uma mudança,
pois a mensagem não pode ser compreendida com
clareza, desmotivando o indivíduo.
Segundo Boog (2007) afirma a importância de um
“
treinamento diferenciado em saúde e segurança do trabalho:
Vale ressaltar que o treinamento não ocorre apenas numa
sala de aula. Os programas de saúde e segurança precisam
ser abrangentes para ser eficazes, e todos os seus elementos
apresentam oportunidades de diferentes tipos de treinamentos
(BOOG, 2007, p.208).
Dessa forma, Boog (2007) corrobora que é
necessário no treinamento da CIPA ir além do método
tradicional, buscando uma alternativa, podendo
ser dinâmico e lúdico, quebrando o paradigma da
percepção de que todo treinamento da CIPA pode ser
um tanto enfadonho.
O objetivo geral deste trabalho é de extrema
relevância, pois busca interpretar a mensagem com
 INOVAÇÃO
&TECNOLOGIA
facilidade e clareza para o entendimento pleno do
treinamento, além da motivação, exercendo um
aprendizado contínuo e mudança de comportamento.
Dentro de um treinamento é importante enfatizar a
psicologia aplicada, que exerce um estudo amplo do
aprendizado e desenvolvimento dentro do processo de
capacitação empresarial de um ser humano. Segundo o
escritor Antônio Vieira de Carvalho (1974) afirma que:
“
A psicologia, como ciência do comportamento individual, fornece
a teoria da formação profissional uma visão do aprendiz em
termos de avaliação de suas condições de assimilação de matérias.
Diferenças de reação individual, bem como orienta um melhor
ajustamento do treinando ao processo de adaptação as tarefas que
lhe são ensinadas (CARVALHO 1974, p. 29).
Carvalho (1974, p.29) declara que a psicologia
cognitiva dentro de suas respectivas percepções
e aprendizados está ligada ao comportamento
individual de cada indivíduo, sendo assim, cada um
terá sua própria percepção da informação transmitida,
passando por adaptações intelectuais cognitivas
para absorver as ideias e conceitos do treinamento.
Existem diversos fatores que podem alimentar a
ciência cognitiva do indivíduo tais como: localização
e conforto do treinando, pois o ambiente pode
influenciar no treinamento do indivíduo, na qualidade
do processo de treinamento para eficácia na absorção
da mensagem, experiência e dinamização do instrutor
e ideias sempre novas nos recursos, inclinados para o
programa de desenvolvimento de talentos na empresa.
Segundo Carvalho (1974) é extremamente importante
compreender que aprendizagem é o processo dinâmico
do conhecimento para alcançar seu ponto culminante
que é o aprendizado, que se refere ao resultado final
do treinamento que é aprender. Sendo assim, aprender
é a mudança de um comportamento ou adquirir
um comportamento novo. Dentro da organização,
especificamente em um treinamento, é aprender a
executar uma tarefa empresarial antes desconhecida
ou mesmo adaptar novas ideias e executar suas tarefas
de maneiras diferentes. O professor Aguayo confirma
os argumentos referentes ao escritor Carvalho
“
afirmando que:
[...] aprender não quer dizer estudar livros, nem ouvir lições orais,
nem reter alguma coisa de memória (ainda que tudo isso possa ser
parte de uma aprendizagem), mas adquirir uma forma de conduta
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Treinamento da CIPA por Intermédio do Lúdico 55
ou modificar uma forma de conduta anterior (CARVALHO
apud AGUAYO 1974, p.30).
Aguayo e Carvalho (1974) mencionam que a
ciência cognitiva de cada indivíduo tem uma
forma de aprender ou modificar seus respectivos
comportamentos dentro de um treinamento onde
a aprendizagem é dinâmica e sendo lúdica pode
enlear a atenção e estimular a ciência cognitiva
de cada indivíduo, aumentando, a absorção de
todo o processo de aprendizagem dentro de um
treinamento, adquirindo o objetivo principal que é
o aprendizado.
DESENVOLVIMENTO
Dentro do conceito organizacional Carvalho
(1974) sustenta que a aprendizagem e o treinamento
são síncronos de processos que proporcionam ao
treinando adquirir um conhecimento novo, ou
remodelar seus conhecimentos técnicos, visando
sempre aprimorar e desenvolver suas práticas
profissionais dentro da empresa, portanto estão
simultaneamente ativos cognitivamente para
assimilar o CHA-Competências Habilidades e
Atitudes e burilar constantemente suas próprias
competências, habilidade e atitudes.
Dentre um ponto de vista psicológico, retrata
Carvalho (1974) que as atividades humanas se
distinguem em três classes interligadas entre elas,
“
mas que são agrupadas da seguinte forma:
Atividades motoras: andar, falar, aprender, manipular.
Atividade cognitiva: aquisição mental de conhecimento, pensar,
ver, ouvir, perceber, lembrar.
Atividades emocionais: riso e choro, alegria e tristeza, coragem
ou medo (CARVALHO 1974, p. 31).
Segundo Carvalho (1974) declara que na
metodologia da formação profissional circundam
todas essas atividades, mas evidentemente
destacando em especial as atividades motoras e
cognitivas, as quais surgem dos princípios básicos
do humano até o intelecto do indivíduo.
Os indivíduos estão constantemente interagindo
com o meio ambiente de convívio, exercendo um
escambo de experiências e expectativas expondo
seus conhecimentos e adquirindo influências supridas
56 Treinamento da CIPA por Intermédio do Lúdico
pelo âmbito de convívio, enriquecendo ou mesmo
adaptando seu comportamento inserido nos padrões
pessoais. ­­­­­­­­­No treinamento pode cingir quatro
tipos de mudanças de comportamento conforme
afirmados por Chiavenato (2009, p.389) como:
Transmissão de informação;
Desenvolvimento de habilidades;
Desenvolvimento ou modificação de atitudes;
Desenvolvimento de conceitos
A transmissão de informação é constituída pela
dimensão culminante do processo de treinamento que
é o conteúdo, pois profusas vezes a transmissão da
informação é genérica voltando sempre para informes
da empresa, políticas internas, sistemas e infraestrutura
da organização, podendo alienar nos conhecimentos
para obtenção de habilidades e atitudes.
O desenvolvimento de habilidades envolve o
treinamento, mirando o conhecimento exercido no
desenvolvimento das atividades no cargo hodierno,
impelindo diretamente as atividades, funções e
desempenho a serem realizadas.
O desenvolvimento é constituído pela mudança das
atitudes formidavelmente negativas para atitudes
positivas que consistem em envolver um novo
comportamento mais auspicioso e motivado entre os
colaboradores adquirindo possivelmente até novos
costumes, culturas e hábitos.
O resumo dos quatros tipos de mudanças é consistido
pelo desenvolvimento de conceitos, elevando os
níveis exercendo um olhar crítico na retenção de
ideias, tornando um conceito para assessorar na visão
geral e estratégica no comportamento do indivíduo.
A implantação do Jogo da CIPA é uma ferramenta
muito forte para o aprendizado no treinamento. O
jogo pode ser uma inovação no mercado e forma
de motivação para os funcionários, onde passa a
ser uma chave nesse treinamento, pois possibilita
o treinando a conhecer a NR5 na sua totalidade,
de forma mais divertida. Acredita-se que, com os
membros da CIPA capacitados por meio do auxílio
do lúdico, as chances de atingir o real objetivo do
jogo, que é o aprendizado dinâmico e descontraído,
possibilitando o aprendizado pleno do treinamento
e com grande chance de colocar diariamente em
prática o aprendizado através do lúdico.
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INOVAÇÃO
&TECNOLOGIA
O Jogo aplicado é transmitido de forma clara por um
treinador capacitado que possibilita que cada indivíduo,
dentro de seu comportamento e aprendizado único,
consiga de forma lúdica, absorver todas as informações
passadas dentro do treinamento. O jogo da CIPA acaba
sendo uma alavanca para um aprendizado mais fácil e
motivacional para cada indivíduo.
Vale ressaltar que o objetivo do Jogo da CIPA não é
criar um âmbito de competição, mas de cooperação,
onde os participantes interajam na execução do
jogo e criem uma cooperação para um aprendizado
contínuo. Afirma Falcão (2007. p.238) “os jogos
cooperativos estimulam nos treinando um processo
associativo, deixando-os abertos ao aprendizado,
prontos a colaborar e caminhar na direção do outro”.
O Jogo da CIPA é plenamente cooperativo, pois
o lúdico facilita a compreensão e cria um âmbito
interpessoal entre os participantes, em que a maior
razão de estar no treinamento é aprender e não
competir, pois um treinamento competitivo pode
prejudicar o aprendizado de cada indivíduo com
diversas barreiras. Essa cooperação tem a finalidade
de tornar o treinamento muito mais proveitoso.
OBJETIVO
As empresas que buscam a prevenção, segurança e
a saúde dos funcionários procuram constituir a CIPA
- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,
conforme o item 5.2 da NR5 – que orienta sobre a
constituição e quais as empresas e órgãos que devem
“
ter uma CIPA. De acordo com Campos (2015, p.291)
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em
regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades
de economia mista, órgãos da administração direta e indireta,
instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas,
bem como outras instituições que admitam trabalhadores como
empregados.
A CIPA tem o grande objetivo de orientar e
assegurar os colaboradores dentro do âmbito
profissional, buscando prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho de modo a tornar
compatível a preservação da vida e a promoção da
saúde. Além dos objetivos da CIPA, ela existe para
auxiliar a empresa na preservação e no controle
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&TECNOLOGIA

da saúde ocupacional dos funcionários através de
ações e aplicações de normas, valendo ressaltar que
a CIPA é prevista por lei, sendo assim, é necessário
constituir um treinamento para assegurar que será
exercida de forma adequada, pois o treinamento deve
ocorrer com os titulares e suplentes antes da posse. O
treinamento da CIPA obrigatório nas empresas ocorre
em primeiro mandato logo após a Posse da CIPA. Este
treinamento tem por obrigação o limite máximo de
20h, sendo sempre realizada dentro do horário normal
de expediente da empresa, contemplando no mínimo
os 7 itens previstos na NR5:
foi realizada por meio de questionário contendo sete
questões múltipla escolha. A indagação também foi
aplicada em curso de segurança no trabalho em
uma instituição de ensino, e como consequência,
conseguimos ter uma visão ampla no treinamento
dentro da organização. Ambos os públicos tiveram
acesso aos treinamentos tradicionais e monótonos
da CIPA, e o jogo foi uma proposta de aprendizado
diferenciado, onde ao todo foram respondidos 62
questionários, com exigência de nível mínima
alfabetizada. As questões relativas à pesquisa
encontram-se no apêndice.

Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem ANÁLISE DOS GRÁFICOS

como dos riscos originados do processo produtivo;
Metodologia de investigação e análise de acidentes
e doenças do trabalho;
Noções sobre acidentes e doenças do trabalho
decorrentes de exposição aos riscos existentes
na empresa;
Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida - AIDS, e medidas de prevenção;
Noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária
relativas à segurança e saúde no trabalho; GRÁFICO 1 - Preferência pelo treinamento
Princípios gerais de higiene do trabalho e de Fonte: Próprio autor.

medidas de controle dos riscos;

Organização da CIPA e outros assuntos necessários A primeira questão trata da real preferência de
ao exercício das atribuições da Comissão. treinamento, o lúdico ou tradicional. O gráfico aponta
que 97% das pessoas optaram pela preferência de
A metodologia do curso pode ser aplicada de um treinamento lúdico e que de certa forma, através
diversas formas, contemplar métodos tradicionais do Jogo da CIPA, conseguiram visualizar um
e convencionais, dinâmicos e lúdicos, os quais diferencial no método lúdico/dinâmico, afirmando
buscam facilitar o aprendizado dos participantes. que a opção pelo lúdico é mais satisfatória dentro de
Contudo não é qualquer pessoa que pode aplicar o uma teoria enfadonha da NR5.
treinamento sendo necessário como requisito mínimo
obter o domínio de conhecimento na área de saúde e
segurança do trabalho, assim como nos traz o item 5.35
da NR 5 e nos orienta para que o treinamento possa
ser ministrado pelo SESMT –Serviço Especializado
em Segurança e Medicina do Trabalho da empresa,
entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por
profissional que possuam conhecimentos a respeito
dos temas mencionados anteriormente.
Uma pesquisa aplicada na empresa ERA’s LTDA
GRÁFICO 2 - O treinamento é inovador?
ME, onde foi executado um treinamento tradicional Fonte: Própria autor.
anteriormente foi aplicado como forma alternativa um
treinamento com o jogo da CIPA com a finalidade de A segunda questão foi voltada diretamente para o
receber retorno sobre o aprendizado lúdico. A pesquisa Jogo da CIPA, onde a pergunta se referia à inovação.

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Conforme apresentado no segundo gráfico, 90%
das pessoas que responderam os questionários,
afirmaram que o Jogo é inovador e é excepcional no
treinamento da CIPA.
GRÁFICO 3: Você acha eficaz o treinamento com o lúdico?
Fonte: Próprio autor.
A terceira questão aborda o quanto o jogo é eficaz e
a importância da sua implantação em um treinamento
da CIPA. De acordo com o terceiro gráfico, 84% das
pessoas concordam plenamente com a mudança no
modelo de treinamento da CIPA, e 10% concordam
parcialmente, considerando que positivamente 94%
concordam com a implantação, pois muitas vezes
é de extrema importância dentro do treinamento o
contato com o lúdico e que podem aprender de uma
forma divertida e descontraída.
GRÁFICO 4 - Qual o seu nível de participação no treinamento?
Fonte: Próprio autor.
Na quarta pergunta foi questionado o nível de satisfação
dos participantes do treinamento com o Jogo da CIPA. É
importante observar no quarto gráfico que os níveis “1” e
“2” são de pouca satisfação, e ficaria um alerta em relação
ao jogo, o nível “3” como regular, em que parcialmente o
participante saiu satisfeito e absorveu apenas uma parte
do treinamento e o nível “4” e “5” como satisfatórios,
onde o Jogo da CIPA transmitiu com clareza a NR5,
possibilitando um aprendizado com o lúdico e além do
mais, saindo do treinamento satisfeito, portanto afirma-se
que 87% dos participantes se sentiram satisfeitos.
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&TECNOLOGIA
GRÁFICO 5 - O seu objetivo no jogo foi alcançado?
Fonte: Próprio autor.
A quinta questão foi direcionada aos objetivos
e expectativas dos participantes, e confirma a
pergunta anterior com relação ao nível de satisfação
dos mesmos. Conforme o quinto gráfico, 55%
dos participantes alcançaram o ponto culminante
nos seus objetivos com o Jogo da CIPA e 42%
concordam que o treinamento consegue atingir
suas metas e objetivos esperados, desse modo,
os objetivos de aprendizagem e entendimento da
Norma Regulamentadora NR5 – CIPA com o jogo
alcançam pelo menos 97% dos participantes, em que
de alguma forma, se divertiram e aprenderam.
GRÁFICO 6 - Fator que diferenciou o treinamento
Fonte: Próprio autor.
Na sexta pergunta foi questionado qual o fator
que conduziu o jogo a ser um diferencial dentro do
treinamento da CIPA. Pode-se observar que 42%
dos entrevistados escolheram a aprendizagem lúdica
como sendo um dos diferenciais no Jogo da CIPA,
confirmando a primeira questão onde a preferência
é pelo treinamento lúdico, pois há carência de
diversidades dentro de um assunto maçante.
Ressalta-se que a aplicação de forma correta é
fundamental para o treinamento com o Jogo que
é confirmado por 32% dos entrevistados, pois
a autoconfiança na aplicação traz segurança ao
dinamismo, possibilitando uma emissão clara
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&TECNOLOGIA

da mensagem e uma percepção fácil e correta do
treinamento, obtendo o aprendizado. Tratando-se da
opção “jogo/objetivo” com 19% dos entrevistados,
fez com que o fator principal fosse a mudança de um
treinamento teórico para o lúdico e assim conclui-se
que o jogo é apenas uma das bases para o treinamento
da CIPA, abrindo espaço pleno para o aprendizado de
forma atraente.
GRÁFICO 7 - Você indicaria o treinamento da CIPA com o lúdico?
Fonte: Próprio autor.
Na sétima pergunta foi questionado a respeito da
indicação do treinamento com o Jogo da CIPA para
outras pessoas. Ressalta-se que 90% dos participantes
gostariam que outros indivíduos tivessem a
oportunidade dessa experiência.
E na tabulação geral dos resultados, conclui-se que
o lúdico pode ser uma quebra de paradigmas entre o
tradicional e a inovação, portanto o treinamento da
CIPA tem que acompanhar o desenvolvimento atual
das organizações, das pessoas e do mundo, e o jogo
pode ser um diferencial levando o indivíduo ao maior
grau de aprendizado.
o conhecimento adquirido por meio do método de
treinamento lúdico.
Também é importante levar em consideração a
grande carência de inovação no treinamento da CIPA,
pois segundo a pesquisa de campo pode se afirmar
que o feedback transmitido pelos participantes do
treinamento foi positivo, possibilitando a expansão
para outras pessoas, por meio de um treinamento
atrativo, pela forma lúdica e divertida como foi
apresentada ao grupo participante.
Esta proposta busca integrar os funcionários aos
temas da CIPA de maneira lúdica, alavancando
o conhecimento, a motivação para participação
no treinamento, aproximando mais o indivíduo
em seu aprendizado autônomo com o alcance
do real objetivo do jogo, que é aprender jogando
e, consequentemente, fazendo com que, em seu
convívio diário, o funcionário valorize e cuide de
sua segurança e saúde no âmbito profissional.
Vale ressaltar que o grupo está analisando,
pesquisando e desenvolvendo uma adaptação
futura para o Jogo dentro do treinamento da CIPA,
buscando a inclusão de pessoas com deficiência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta apresentada com o Jogo da CIPA irá guiar
os funcionários pertencentes à CIPA a apreenderem
de forma lúdica, fazendo com que tudo que parece
ser complexo e cansativo torne-se um aprendizado
contínuo e dinâmico proporcionando quebrar o
paradigma convencional, criando uma alternativa
dentro do treinamento da CIPA.
O Jogo, além de facilitar a obtenção do
conhecimento, também trabalha o relacionamento
interpessoal do grupo, possibilitando aprender uns
com os outros, pois proporciona uma abertura para

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