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a) O objetivo declarado dos poetas desse movimento literário era um só: desenvolver a
beleza formal à poesia, eliminando o que consideravam os excessos sentimentalistas
românticos que comprometiam a qualidade artística dos poemas. Na base desse projeto
estava a crença de que a função essencial da arte era produzir o belo. O lema adotado –
a arte pela arte – traduz essa crença.
b) A preocupação dos artistas desse período não é mais a análise da sociedade. O
principal interesse é a sondagem do “eu”, a decifração dos caminhos que a intuição e a
sensibilidade podem descortinar, A busca é do eterno místico, não-consciente,
espiritual, imaterial.
c) O desejo de dar um caráter científico à obra literária define as condições de produção
dos textos dessa estética, Os escritores acompanham com interesse as discussões feitas
no campo da biologia e da medicina, acreditando na possibilidade de tornar esse
conhecimento como base para a criação de seus romances.
d) Essa estética substitui a exaltação da nobreza pela valorização do indivíduo e de seu
caráter. Em lugar de louvar a beleza clássica, que exige uma natureza e um físico
perfeito, o artista desse período literário elogia o esforço individual, a sinceridade, o
trabalho. Pouco a pouco, os valores burgueses vão sendo apresentados como modelos
de comportamento social nas obras de arte que começam a ser produzidas.
e) O modelo de vida ideal adotado pelos autores do período envolve a representação
idealizada da Natureza como um espaço acolhedor, primaveril, alegre. Os poemas
apresentam cenários em que a vida rural é sinônimo de tranquilidade e harmonia.
2º) Espcex (Aman) 2014
Quanto à poesia parnasiana, é correto afirmar que se caracteriza por
a) buscar uma linguagem capaz de sugerir a realidade, fazendo, para tanto, uso de
símbolos, imagens, metáforas, sinestesias, além de recursos sonoros e cromáticos, tudo
com a finalidade de exprimir o mundo interior, intuitivo, antilógico e antirracional.
b) cultivar o desprezo pela vida urbana, ressaltando o gosto pela paisagem campestre;
elevar o Ideal de uma vida simples, integrada a natureza; conter nos poemas elementos
da cultura greco-latina; apresentar equilíbrio espiritual, racionalismo.
c) apresentar interesse por temas religiosos, refletindo o conflito espiritual, a morbidez
como forma de acentuar o sentido trágico da vida, além do emprego constante de
figuras de linguagem e de termos requintados.
d) possuir subjetivismo, egocentrismo e sentimentalismo, ampliando a experiência da
sondagem Interior e preparando o terreno para investigação psicológica.
e) pretender ser universal, utilizando-se de uma linguagem objetiva, que busca a
contenção dos sentimentos e a perfeição formal.
ATIVIDADES DE ANÁLISE
Braços (Cruz e Souza)
Braços nervosos, brancas opulências,
Brumais brancuras, fúlgidas brancuras,
Alvuras castas, virginais alvuras,
Lactescências das raras lactescências.
As fascinantes, mórbidas dormências
Dos teus abraços de letais flexuras,
Produzem sensações de agres torturas,
Dos desejos as mornas florescências.
Braços nervosos, tentadoras serpes
Que prendem, tetanizam como os herpes,
Dos delírios na trêmula corte…
Pompa de carnes tépidas e flóreas,
Braços de estranhas correções marmóreas,
Abertos para o Amor e para a Morte!
1) Forma
2) Tipo de linguagem
3) Metrificação
4) Rimas
5) Figuras de linguagem: Aliteração/ Assonância
6) Figuras de estilo: Sinestesia / Metáfora/ Comparação
7) Referência a uma cor em específico?
8) Que tipo de relação entre amor e morte?
SIMBOLISMO
Ismália - Alphonsus de Guimaraens
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…
E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…
1) Forma
2) Tipo de linguagem
3) Metrificação
4) Rimas
5) Figuras de linguagem: