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35-52)
Créditos: Lara Siqueira Pereira; Matheus de Melo Mendonça; Mizael Zadoque da
Cunha Locio
A realidade da vida cotidiana é partilhada com outros. Mas, de que modo experimento
esses outros na vida cotidiana?
Essas ideias mostram o poder e a importância das situações face a face para
o autor e como são imprescindíveis para interação social, formando uma base para
todas a outras formas de relacionamento que seriam então derivadas destas.
Na situação face a face o outro é plenamente real. Sem dúvida o outro pode
ser real para mim sem que eu o tenha encontrado face a face, entretanto só se torna
real para mim no pleno sentido da palavra quando o encontro pessoalmente.
Evidentemente “conheço-me melhor” do que posso jamais conhecê-lo. Minha
subjetividade é acessível a mim de um modo em que a dele nunca poderá ser, por
mais "próxima" que seja nossa relação. Meu passado me é acessível na memória com
uma plenitude em que nunca poderei reconstruir o passado dele, por mais que ele o
relate a mim. Mas este "melhor conhecimento" de mim mesmo exige reflexão.
Este parágrafo demonstra, segundo autor, como percebemos os outros e a nós
mesmos de acordo com a interação social. É também interessante perceber como
moldamos o que é real para nós segundo o grau de proximidade de nossas relações
e como apresentamos diferentes percepções dos outros e de nós mesmos através
dos respectivos graus de subjetividade que temos acesso.
Segue-se que as relações com os outros na situação face a face são altamente
flexíveis. A realidade da vida cotidiana contém esquemas tipificadores em termos dos
quais os outros são apreendidos, sendo estabelecidos os modos como "lidamos" com
eles nos encontros face a face. Assim, apreendo o outro como ·'homem", "europeu".
"comprador'" "tipo jovial", etc. Todas estas tipificações afetam continuamente minha
interação com o outro, por exemplo quando decido divertir-me com ele na cidade antes
de tentar vender-lhe meu produto. Nossa interação face a face será modelada por
estas tipificações.
Desta forma o autor mostra como classificamos cada indivíduo que interagimos
e como essa “classificação” altera nossa forma de interagir com outros ao nosso redor.
Aqui o autor destaca como a interação social pode ser afetada pelo
afastamento, impessoalidade e outros aspectos das relações causando o que ele
chama de anonimato nas relações e mostra como a estrutura é parte fundamental do
que entendemos como real em nossas relações através das tipificações que
conferimos aos outros.