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SILVA, Reinaldo O. A Teoria Estruturalista. In: ______. Teorias da Administração.

São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. cap. 10, p. 256-264.

A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 1950 como um desdobramento das análises dos
autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela
Teoria das Relações Humanas.
Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com seu ambiente, que é a sociedade
maior. Daí, a sociedade de organizações caracterizada pela independência entre as organizações. Surge um novo
conceito de organização e um novo conceito do homem: o homem organizacional que desempenha papéis
simultâneos em diversas organizações diferentes.
A análise das organizações sob o ponto de vista estruturalista é feita dentro de uma abordagem múltipla e
globalizante: tanto a organização formal como a informal devem ser compreendidas, bem como as recompensas e
sanções materiais e sociais devem ser consideradas no comportamento das pessoas; todos os diferentes tipos de
organizações devem ser levados em conta, os diferentes níveis hierárquicos devem ser abrangidos pela análise
organizacional, bem como as relações externas da organização com outras organizações.
A análise organizacional, dentro dessa abordagem múltipla e globalizante, é facilitada com a utilização de
tipologias organizacionais, assunto em que os estruturalistas são mestres: Etzioni, Blau e Scott sugerem tipologias
simples e unidimensionais para analisar e comparar organizações.
Para avaliar a realização das organizações, os estruturalistas estudam os objetivos organizacionais que
representam as intenções das organizações. O seu alcance mostra até que ponto as organizações são eficazes e
bem-sucedidas.
A Teoria Estruturalista inaugura os estudos do ambiente dentro do conceito de que as organizações são
sistemas abertos em constante interação com seu contexto externo. Até então, a teoria administrativa havia se
confinado aos estudos dos aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema fechado.
Todavia as organizações não funcionam dentro de um mar de rosas. Existem conflitos e dilemas
organizacionais que provocam tensões e antagonismos envolvendo aspectos positivos e negativos, mas cuja
resolução conduz a organização à inovação e à mudança.
Numa avaliação crítica do estruturalismo dentro da administração, com seus aspectos positivos e suas
restrições e limitações, conclui-se que está é uma teoria de transição em direção à Teoria de Sistemas.

A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 1950, como um desdobramento das análises dos autores
voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela de Relações
Humanas.
Os autores estruturalistas (mais voltados para a Sociologia Organizacional) procuram interrelacionar as organizações
com seu ambiente externo, que é a sociedade maior. Daí, a sociedade de organizações caracterizada pela interdependência
entre as organizações. Surge um novo conceito de organização e um novo conceito do homem: o homem organizacional que
desempenha papéis simultâneos em diversas organizações diferentes.
A análise das organizações sob o ponto de vista estruturalista é feita dentro de uma abordagem múltipla e
globalizante: tanto a organização formal como a informal devem ser compreendidas (em uma alusão à Teoria Clássica e à de
Relações Humanas), bem como as recompensas e sanções materiais e sociais devem ser consideradas no comportamento das
pessoas; todos os diferentes tipos de organizações devem ser levados em conta (empresas industriais, comerciais, de serviços,
exércitos, igrejas, partidos políticos, universidades, hospitais etc.), os diferentes níveis hierárquicos devem ser abrangidos
pela análise organizacional, bem como as relações externas da organização com outras organizações (análise
interorganizacional).
A análise organizacional, dentro dessa abordagem múltipla e globalizante, é facilitada com a utilização de tipologias
organizacionais, assunto em que os estruturalistas são mestres: Etzioni, Blau e Scott sugerem tipologias simples e
unidimensionais para analisar e comparar organizações.
Para avaliar a realização das organizações, os estruturalistas estudam os objetivos organizacionais que representam as
intenções das organizações. Seu alcance mostra até que ponto as organizações são eficazes e bem-sucedidas.
A Teoria Estruturalista inaugura os estudos a respeito do ambiente dentro do conceito de que as organizações são
sistemas abertos em constante interação com seu contexto externo. Até então, a teoria administrativa havia se confinado aos
estudos dos aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema fechado.
Todavia, as organizações não funcionam dentro de um mar de rosas. Existem conflitos e dilemas organizacionais que
provocam tensões e antagonismos envolvendo aspectos positivos e negativos, mas cuja resolução conduz a organização à
inovação e à mudança.
A Teoria Estruturalista é eminentemente crítica e algumas sátiras à organização, como as de Parkinson, Peter,
Thompson, Jay e Dilbert são citadas e comentadas.
Em uma apreciação crítica do estruturalismo dentro da Administração, com seus aspectos positivos e suas restrições e
limitações, conclui- se que essa é uma teoria de transição em direção à Teoria de Sistemas.
SILVA, Reinaldo O. A Teoria de Sistemas. In: ______. Teorias da Administração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. cap. 14, p. 317-330.

A Teoria dos Sistemas é uma decorrência da Teoria Geral de Sistemas desenvolvida por Von
Bertalanffy e que se espalhou por todas as ciências, influenciando notavelmente a Administração.
A abordagem sistêmica contrapõe-se à microabordagem do sistema fechado.
O conceito de sistemas é complexo: para sua compreensão torna-se necessário o conhecimento
de algumas características dos sistemas - propósito, globalismo, entropia e homeostasia - bem como dos
tipos possíveis e dos parâmetros dos sistemas - entrada, processo, saída, retroação e ambiente. O sistema
aberto é o que melhor permite uma análise ao mesmo tempo profunda e ampla das organizações.
As organizações são abordadas como sistemas abertos, pois o seu comportamento é
probabilístico; e não-determinístico, as organizações fazem parte de uma sociedade maior, constituídas
de partes menores; existe uma interdependência entre as partes das organizações; a organização precisa
alcançar uma homeostase ou estado firme; as organizações possuem fronteiras ou limites mais ou menos
definidos; têm objetivos; caracterizam-se pela morfogênese.
Dentro dessa abordagem, avulta o modelo de Katz e Kahn - importação-processamento-
exportação - com características de primeira e segunda ordens.
Por outro lado, o modelo sociotécnico de Tavistock representa igualmente uma abordagem
sistêmica calcada sobre dois subsistemas: o técnico e o social.
Em uma apreciação crítica da Teoria de Sistemas, verifica-se que essa abordagem trouxe uma
fantástica ampliação na visão dos problemas organizacionais em contraposição à antiga abordagem do
sistema fechado. Seu caráter integrativo e abstrato e a possibilidade de compreensão dos efeitos
sinergísticos da organização são realmente surpreendentes. A visão do homem funcional dentro das
organizações é a decorrência principal sobre a concepção da natureza humana. Apesar do enorme
impulso, a Teoria de Sistemas ainda carece de melhor sistematização e detalhamento, pois sua aplicação
prática é ainda incipiente.
SILVA, Reinaldo O. A Teoria das Contingências. In: ______. Teorias da Administração.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. cap. 15, p. 331-359.

A Teoria da Contingência é a mais recente das teorias administrativas e marca um passo além da
Teoria de Sistemas. Suas origens remontam às pesquisas de Chandler, Burns e Stalker, Woodward e
Lawrence e Lorsch a respeito das organizações e seus ambientes. Essas pesquisas revelaram que a teoria
administrativa disponível era insuficiente para explicar os mecanismos de ajustamento das organizações
aos seus ambientes de maneira proativa e dinâmica.
Verificou-se que as características das organizações são decorrentes do que existe fora delas: seus
ambientes. Passou-se a estudar os ambientes e a interdependência entre a organização e o meio ambiente.
As organizações escolhem seus ambientes e depois passam a ser condicionadas por eles, necessitando
adaptar-se a eles para poderem sobreviver e crescer.
O conhecimento do ambiente passou a ser vital para a compreensão dos mecanismos
organizacionais. Entretanto, a análise ambiental ainda é bastante precária, requerendo muita pesquisa
pela frente.
Outra variável que condiciona a estrutura e o comportamento organizacional é a tecnologia
utilizada pela organização. Para defrontar-se com o ambiente, a organização utiliza tecnologias que
condicionarão a sua estrutura organizacional e o seu funcionamento. A partir da
Teoria da Contingência, a variável tecnologia passou a assumir um importante papel na teoria
administrativa. Alguns autores chegam a falar em imperativo tecnológico sobre a estrutura
organizacional.
A Teoria da Contingência parte para novos modelos organizacionais mais flexíveis e orgânicos,
como a estrutura matricial, a estrutura em redes e a estrutura em equipes. Também enfatiza o modelo do
homem complexo e abordagens contingenciais sobre motivação e liderança.
Em uma apreciação crítica, verifica-se que a Teoria da Contingência é eclética e interativa, mas
ao mesmo tempo relativista e situacional.
Em alguns aspectos, parece que a Teoria da Contingência é muito mais uma maneira relativa de
encarar o mundo do que propriamente uma teoria administrativa.

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