You are on page 1of 78

Manual para elaboração de

trabalhos acadêmicos

Manual para subsidiar a confecção de


trabalhos acadêmicos nas Faculdades
Borges de Mendonça, em seus diversos
cursos.

NEDE

2010
2

Não existe método infalível, nem tampouco padrões ou diretrizes


preestabelecidas que se adaptem a qualquer situação; sempre
ocorrerá a incidência de elementos pessoais próprios a cada
pesquisador que lhe indicarão caminhos específicos de ação.
(LEITE, 2000, p.18)
3

Sumário

1 APRESENTAÇÃO...............................................................................................................4

..............................................................................................................................6

2 CONHECIMENTO E CIÊNCIA..............................................................................................7

3 TRABALHOS ACADÊMICOS.............................................................................................10

........................................................................................................................................14

........................................................................................................................................14

4 REDAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS...............................................................................15

5 A PESQUISA ...................................................................................................................31

6 ESTAGIO SUPERVISIONADO...........................................................................................37

7 INDICATIVOS GERAIS DE FORMATAÇÃO DE TRABALHOS...............................................45

8 MODELOS.......................................................................................................................53

9 REFERÊNCIAS.................................................................................................................77
4

1 APRESENTAÇÃO

Em um curso de nível superior, a perspectiva é de o estudante ampliar e produzir


conhecimentos, o que não pode ser feito de qualquer forma, ou seja, “dizer ou fazer
qualquer coisa de qualquer maneira”. Com o objetivo de contribuir para que você
enfrente o desafio de saber-fazer os seus trabalhos neste nível de ensino, este
Manual tem a responsabilidade de lhe fornecer um conjunto de diretrizes básicas,
recursos metodológicos, e explicações que irão orientá-lo.
Não temos a pretensão de abranger todas as questões envolvidas na Metodologia
Científica, trata-se de um Manual para consulta por parte dos estudantes dos cursos
de graduação, podendo também contribuir aos estudantes de pós-graduação dos
cursos das Faculdades Borges de Mendonça.
5

DECÁLAGO DO PESQUISADOR
(AZEVEDO, 2000, p.8-9)

1 – Não cobiçaras o tema do teu próximo,


porque a grama do jardim do teu vizinho não é mais verde.

2 – Não pesquisarás o que está apenas na tua cabeça,


a menos que o estudo seja precisamente sobre ela.

3 – Não investigarás tem sem fonte,


porque a tua tarefa é fazer os dois e comunicarem.

4 – Não te perderás em meio à falta ou ao excesso de planejamento,


a menos que a tua genialidade te permita prescindir dele.

5 – Não desprezarás a rotina,


porque ela pode te liberar para o exercício da criatividade.

6- Não menosprezarás as normas,


a menos que pretendas transformá-la.

7 – Não te julgarás incompetente,


porque não és, até prova em contrário.

8- Não escreverás uma obra-prima, a menos que estejas maduro para produzi-la.

9 – Não farás uma colcha-de-retalhos,


porque és capaz de um trabalho verdadeiramente intelectual.

10 – Não ignorarás os teus leitores,


a menos que te aches mais importante do que eles.
6

Sugestão de Sites para pesquisa

http://www.scielo.br

Este endereço é do SCIELO em português. Um portal que dá acesso a várias revistas acadêmicas.
Esse site é ótimo porque é possível ter acesso a vários artigos sobre o mesmo assunto, mesmo que
estejam em revistas diferentes e além do resumo é possível ler o artigo na integra com acesso online.

http://www.teses.usp.br

Site da Biblioteca da USP. Disponibiliza banco de teses e dissertações na integra com acesso online.

www.rae.com.br/rae/

Este site é da Revista de Administração de Empresas. Mas a versão na internet só permite aceso aos
resumos dos artigos.

www.rausp.usp.br/

Revista de Administração da USP, acesso aos resumos.

http://read.adm.ufrgs.br/

REAd - Revista Eletrônica de Administração, publicada pela Escola de Administração da Universidade


Federal do Rio Grande do Sul. Disponibiliza os artigos na integra com acesso online.

www.anpad.org.br/rac/

Revista de Administração Contemporânea. Disponibiliza os artigos na integra com acesso online.

www.bu.ufsc.br

Neste site você encontra vários tipos de obras, inclusive monografias, dissertações e teses na integra
com acesso online.

www.bu.udesc.br

Neste site você encontra vários tipos de obras, inclusive monografias, dissertações e teses na integra
com acesso online.

Na Biblioteca da nossa Faculdade é possível ter acesso as seguintes revistas científicas


na área da administração:
RAP – Rio de Janeiro – Revista de Administração Pública (Fundação Getulio Vargas)
RAC – Revista de Administração Contemporânea
RAE _ Revista de Administração de Empresas
RAUSP - Revista de Administração da USP
Revista ADMpg Gestão Estratégica (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
Comunicação, Mídia e Consumo (Escola Superior de Propaganda e Marketing - São Paulo)
Revista da FAE (Centro Universitário Franciscano – Curitiba)
RBRS – Revista Brasileira de Risco e Seguro (Fundação Escola Nacional de Seguros)
Revista da UNIFEBE (Centro Universitário de Brusque)
7

2 CONHECIMENTO E CIÊNCIA

O ser humano “parece” ser o único animal, pelo que se sabe, que tem consciência
de sua existência e das relações sociais que o cercam, alias, se torna humano a medida que
estabelece relações com os outros.
Por ser existencial, tem que interpretar a si e ao mundo em que vive, atribuindo-lhes
significação, portanto, cria intelectualmente representações da realidade. A essas
representações chamamos conhecimento.
Por relacionar-se com o mundo de diferentes formas de vida, o homem utiliza-se
de diversas formas de conhecimentos, por intermédio dos quais evolui e faz evoluir o meio
em que vive, trazendo contribuições para a sociedade. Dentre esses conhecimentos
encontra-se o: Senso-comum; Filosófico; Teológico – religioso; Científico.

Conhecimento do tipo SENSO COMUM

É a forma mais usual de conhecimento, também chamado de ordinário, comum,


vulgar ou empírico.
É um conhecimento adquirido através das experiências vividas e acumuladas por
nós, no nosso dia-a-dia, independente de métodos ou pesquisa.
Ele é transmitido de geração para geração por meio da educação informal, por
tradição, herdado dos antepassados, e cada realidade possui o seu senso comum, de
acordo com o seu tempo. Por ser empírico, as idéias que temos em relação ao mundo, são
construídas sem questionamentos.
Trata-se de um tipo de conhecimento que não é refletido e se encontra misturado a
crenças e preconceitos.
Por ser fragmentado (porque difuso, assistemático) e não ser crítico, ele, em geral,
não explica a origem ou razão dos fatos.
É um saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado
ou estudado. É adquirido sem aplicação de um método e sem se haver refletido sobre algo.

Senso comum caracteriza-se por ser:


8

• Superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode


comprovar simplesmente estando junto das coisas. Expressa-se por frases como
“porque o vi”, “porque o senti”, porque o disseram”, “porque todo mundo o diz”;
• Sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida
diária;
• Subjetivo, pois, é o próprio sujeito que organiza suas experiências e
conhecimentos, tanto os que adquire por vivência própria quanto os que se
adquire “por ouvir dizer”;
• Assistemático, pois esta “organização” das experiências não visa uma
sistematização, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las;
• Acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o
sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica.

Conhecimento FILOSÓFICO

No conhecimento filosófico a reflexão sobre a realidade é orientada pela razão.


O conhecimento filosófico busca dar respostas as grandes indagações da
humanidade, porem o seu fundamento é a construção lógica de argumentos e raciocínio. A
atitude filosófica, portanto, é indagar. Perguntar o que, como e por que uma coisa, valor ou
idéia é: a filosofia indaga qual é a natureza e o significado de algo, qual é sua estrutura e as
relações que constituem; qual é a origem ou as suas causas.
O conhecimento filosófico é um trabalho intelectual, sistemático, pois não se
contenta em obter respostas para as questões colocadas, mas também exige que as
próprias questões sejam validas e que suas respostas sejam verdadeiras, relacionem-se
entre si, esclareçam umas as outras e possam ser testadas e provadas racionalmente.
(CHAUI, 1995).

Conhecimento TEOLÓGICO OU RELIGIOSO

As verdades acerca da realidade são alcançadas por meio do que aceito com
revelação divina, e não pela razão.
É baseado em crenças, valores e fé. A fé religiosa é construída baseada em
dogmas que são princípios, verdades sem questionamento ou necessidade de
demonstrações.

Características do conhecimento religioso


9

• Por inspiração, por não se basear na razão, sua fundamentação surge na mente,
soprado pela divindade que governa o objeto da crença, portanto, não verificável.
• Pressupõe que existe uma autoridade divina que repassa o conhecimento
(sagradas escrituras)
• Ele busca sua fundamentação na crença. Dessa forma, torna-se um
conhecimento de inspiração na divindade e não admite dúvida.
• Explica de forma global toda a realidade.

Conhecimento CIENTÍFICO

O conhecimento científico se caracteriza pelo tratamento metódico e sistemático


dos fatos referente à realidade. Ele compreende o mundo de forma sistemática, metódica e
crítica, portanto, vai para além do senso comum, da religião e da própria filosofia.
O conhecimento científico, tal como conhecemos hoje, data de um período muito
recente. O caráter científico dos estudos e pesquisas só adquiriu status de ciência na idade
moderna da história.
Com a utilização do método, a ciência passou a produzir conhecimento sistemático,
mais preciso em relação às outras formas, hoje sabemos que a verdade absoluta em
relação ao conhecimento não existe, ele é sempre aproximado. O c
onhecimento científico é mais um tipo de conhecimento que o homem faz uso para
compreender, ler e entender, a realidade social.
Ele surge não apenas da necessidade de encontrar soluções para os problemas e
as questões do cotidiano, mas do desejo de buscar respostas e soluções.
Assim, como vemos, a ciência é apenas mais uma forma de conhecer o mundo, ao
lado de outras, como o conhecimento filosófico e o conhecimento de senso-comum.
Características do conhecimento científico

• É um conhecimento eventual, na medida em que suas proposições ou hipóteses


têm veracidade ou falsidade conhecida por meio da experimentação e não
apenas pela razão, postura típica do conhecimento filosófico;
• É sistemático, pois se configura como um saber ordenado logicamente,
constituindo um sistema de idéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e
desconexos;
• É verificável, suas hipóteses ou pressupostos são confrontadas com a realidade,
objeto da investigação, que pode ser confirmada ou negada;
• É um conhecimento falível, pois não é definitivo, absoluto ou final;
10

• É aproximadamente exato, na medida em que novas proposições e o


desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.

3 TRABALHOS ACADÊMICOS

Temos utilizado com freqüência a expressão “trabalho científico” como se ela


se referisse a algo definido ou individual. Entretanto, existem diversos tipos de
trabalhos científicos: trabalhos de síntese (sinopse e resumos), resenhas críticas,
trabalhos de divulgação científica (notas ou comunicações científicas apresentadas
oralmente em simpósios, congressos ou outros eventos científicos; artigos em
publicações periódicas), relatórios e informes científicos, trabalhos monográficos
e/ou acadêmicos (monografia, ensaio, trabalhos de conclusão de cursos de
graduação e pós-graduação lato sensu, dissertação de mestrado ou tese de
doutorado)), paper (texto escrito a partir de uma comunicação oral) etc.
Um trabalho científico é uma aventura, uma expedição intelectual que se
assemelha ao ato de desvendar um mistério: é uma forma de exploração que nos
leva a descobertas (GIBALDI, 1999, p. 3 apud MATTAR, 2008, p. 157). Vejamos,
então, alguns destes trabalhos que nos aventuram.

Resenha
A resenha é o mesmo que o resumo crítico, ou seja, além do resumo da obra,
permite comentários e opiniões, inclui julgamento de valor, comparação com outras obras da
mesma área e avaliação da relevância da obra em relação às outras do mesmo gênero. A
resenha pode ser de um ou mais capítulos, de uma obra por inteiro ou mesmo de um filme.
Recomenda-se que a resenha não seja apresentada como um resumo a que se
acrescenta ao final uma avaliação ou crítica. A postura crítica deve estar presente desde a
primeira linha, resultando num texto em que o resumo e a voz crítica do resenhista se
interpenetram. A resenha não é, portanto, apenas um resumo.
Os itens apresentados abaixo ajudam na construção da resenha:
Autor (a) (es)

Titulo
1.Referência
Imprentas (local da edição, editora, data)
11

Numero de paginas
bibliográfica
Ilustração (tabelas, gráficos, fotos)

Informações gerais sobre o autor

Autoridade no campo científico

2. Credenciais do autor Quem fez o estudo?

Quando? Por quê? Em que local?

Resumo detalhado das idéias principais

Do que trata a obra? O que diz?

Tem alguma característica especial?


3. Conhecimento
Como foi abordado o assunto?

Exige conhecimentos prévios para entendê-lo?

O autor faz conclusões? (ou não?)

Onde foram colocadas? (final do livro, dos capítulos)


4. Conclusão do autor
Quais foram?

Modelo teórico

Que teoria serviu de embasamento?


5. Quadro de referencia
do autor Qual método utilizado?

a) julgamento da obra
• científica, didática, de divulgação?
• como se situa o autor em relação as escolas
ou correntes teóricas, em relação as circunstancias sociais,
econômicas, históricas...da época?
b) mérito da obra:
• qual a contribuição dada?
• idéias verdadeiras, originais, criativas?
• conhecimentos novos, amplos, abordagens
diferentes?
6. Apreciação c) estilo
• conciso, objetivo, simples?
• claro, preciso, coerente?
• linguagem correta?
d) forma
• lógica, sistematizada?
• há originalidade e equilíbrio da disposição das
partes?
e) indicação da obra
• a quem é dirigida: grande público,
especialistas, estudantes?
Fonte: LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de
metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
12

ARTIGO CIENTÍFICO

O artigo científico consiste na apresentação sintética dos resultados de pesquisas


ou estudos realizados a respeito de uma questão, contendo idéias novas ou abordagens
que complementam estudos já feitos, observando-se a sua apresentação em tamanho
reduzido, o que o limita de constituir-se em matéria para dissertação, tese ou livro.
Em geral é publicado em revistas ou outros periódicos especializados, mas também
pode ser solicitado como trabalho para conclusão de disciplina ou curso acadêmico. Tem
sido comum no meio acadêmico a solicitação de artigos que não necessariamente trata-se
de comunicações de resultados de pesquisas, mas textos com rigor científico que procedem
à revisão de literatura disponível em uma temática. Tais textos devem seguir as orientações
normativas dos trabalhos acadêmicos, observando-se em especial a NBR 6022/2003 -
ABNT que trata da apresentação de artigo em publicação periódica científica impressa.
O primeiro passo para a escrita de um artigo científico é a escolha do tema. Não
faltam evidentemente, temas para a pesquisa: a dificuldade está em decidir-se por um deles.
Para alguns são momentos de angustia. O tema pode surgir de um interesse particular ou
profissional, de algum estudo ou leitura ou mesmo de uma observação, mas deve ser
adequado à capacidade e à formação do pesquisador e corresponder às suas possibilidades
quanto ao tempo e aos recursos econômicos. Na escolha do tema deve-se, igualmente,
levar em conta o material bibliográfico, que deve ser suficiente e estar disponível. Evite fixar
a escolha sobre temas a respeito dos quais já existem ‘milhões’ de estudos exaustivos!
Escolhido o tema, deve-se delimitá-lo. Delimitar um tema é selecionar um tópico
ou parte a ser focalizada. Pode-se recorrer a algumas técnicas, por exemplo:
• Divisão do tema em suas partes constitutivas,
• Definição da compreensão dos termos
• Circunstâncias temporais (atualidade, outras datas passadas, comparação entre
períodos, etc.)
• Circunstâncias espaciais (abrangência local, regional, setorial, unidade, estudo de
um caso, uma área teórica, comparação entre teorias, etc.)
• Enfoque (administrativo, sociológico, educacional, quantitativo, qualitativo, etc.)

Quanto à estrutura, a Norma 6022/03 da ABNT indica a presença de elementos


pré- textuais, textuais e pós-textuais. Adaptamos a Norma para nossa realidade acadêmica
13

e apresentamos abaixo os elementos componentes do modelo de artigo cientifico seguido


pelas Faculdades Borges de Mendonça.
Elementos pré-textuais
a) título, e subtítulo (se houver) (o título deve conter o menor número de palavras
capazes de descrever com precisão o conteúdo do artigo);
b) nome(s) do(s) autor(es) (colocar na primeira pagina, em nota de rodapé, uma breve
apresentação do(s) autor(es);
c) resumo na língua do texto;
d) palavras-chave na língua do texto.
Elementos textuais
a) introdução: Parte inicial do artigo, onde devem constar a delimitação do assunto
tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema
do artigo;
b) desenvolvimento: Parte principal do artigo, que contém a exposição ordenada e
pormenorizada do assunto tratado. Caso necessário pode ser dividido em seções e
subseções.
c) considerações finais: Parte final do artigo, na qual se apresentam as conclusões
correspondentes aos objetivos e hipóteses.
Elementos pós-textuais
a) nota(s) explicativa(s); (opcional)

b) referências;

c) glossário; (opcional)
d) apêndice(s); (opcional)
e) anexo(s). (opcional)
14

TÍTULO DO ARTIGO CIENTÍFICO

Nome do Autor1

RESUMO

Trata-se de uma breve síntese informativa do conteúdo, descrevendo clara e concisamente os pontos mais
relevantes do trabalho. Ressalta o tema abordado no artigo, o objetivo e o conteúdo pesquisado, bem como a
síntese das considerações finais. Apresenta uma seqüência contínua de frases concisas e afirmativas. Deve
conter, segundo a ABNT, no caso de artigos de periódicos, entre 100 e 250 palavras. O resumo deve ser
digitado sem parágrafos e recuos e deve estar formatado com espaçamento entre linhas simples, alinhamento
do texto no modo justificado.

Palavras-chave: Palavra. Palavra. Palavra.

1 INTRODUÇÃO

Segundo a ABNT - NBR 14720 (2002, p. 5) a introdução é “A parte inicial do texto, onde devem constar a
delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do
trabalho.” Anuncia a idéia central do trabalho delimitando o ponto de vista enfocado em relação ao assunto e a
extensão; Situa o problema ou o tema abordado, no tempo e no espaço; Enfoca a relevância do assunto;
Apresenta o objetivo central do artigo.

2 DESENVOLVIMENTO - TÍTULO ESCOLHIDO PELO AUTOR

Conforme a ABNT - NBR 14720 (2002, p. 5) o desenvolvimento é “a parte principal do texto, que contém
a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Dividi-se em seções e subseções, que variam em função da
abordagem do tema e do método.”

2.1 SUBTÍTULO ESCOLHIDO PELO ACADÊMICO

Desenvolvimento desenvolvimento desenvolvimento desenvolvimento desenvolvimento desenvolvimento


desenvolvimento desenvolvimento desenvolvimento.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não deve ser um resumo da obra. Você deve acrescentar suas considerações mais pessoais, apontar novas
possibilidades de pesquisa. Deve ser breve, consistente e abrangente, sem acrescentar dados não apresentados
no texto. Sugere-se não utilizar citações nesta seção.

REFERÊNCIAS

1
Na primeira folha inserir uma nota de rodapé com uma breve apresentação do autor.
15

4 REDAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS

AZEVEDO, Israel. O prazer da produção científica. 10. ed. São Paulo: Hagnos, 2001.

O texto científico, independentemente de sua genealogia ou teleologia, constitui um


gênero próprio. Nele e por ele, o autor apresenta os resultados de sua pesquisa, que é, no
fundo, um pretexto para comunicar suas idéias. Como todo texto, a comunicação cientifica
também visa a persuasão. Isto não implica em ceder ao fácil para convencer. Significa
escrever de forma inteligível. Mais que isso, significa escrever para provocar prazer em sua
leitura. O prazer está precisamente no estilo.
O conhecimento cientifico está voltado para a interpretação e transformação da
realidade. Toda interpretação é um esforço para ordenar o caos. O texto é o estágio final
deste processo. A partir daí, o que vier a ocorrer independente dele, embora possa ter
nascido de sua leitura.
A aceitação destes pressupostos impõe maior responsabilidade ao autor. Seu texto
terá que perseguir os princípios básicos de qualquer comunicação, como clareza, concisão,
correção, encadeamento, consistência, contundência, precisão, originalidade e fidelidade,
entre outros compromissos. Esta não é uma tarefa menos fácil do que reunir e analisar os
dados.
Um texto pode ter as virtudes essenciais da clareza, da concisão e da precisão e ser
enfadonho. A advertência que se faz aos jornalistas se aplica aos cientistas. Há uma
dimensão estética no escrever, como no ler. Um texto é para ser fruído.
Para que haja uma boa comunicação cientifica, terá que ter havido uma boa
investigação cientifica, que é aquela que demonstra, por parte do autor, o domínio do
assunto escolhido, bem como sua capacidade de sistematizar, recriar e criticar o material
escolhido.
A seguir, são destacadas algumas qualidade globais da pesquisa cientifica, bem
como algumas falhas comuns. Mais adiante, discutem-se as qualidades específicas do
texto.
16

RECOMENDAÇÕES INICIAIS

Na redação do trabalho científico não se deve descuidar da linguagem, pois não se


concebem, num tratamento científico escrito, certos defeitos relevantes. Assim, importa
respeitar os seguintes aspectos fundamentais:

a) Correção gramatical: (convém solicitar a contribuição de um conhecedor da língua e da


gramática para nos auxiliar);
b) Exposição clara, concisa, objetiva, condizente com a redação científica;
c) Cuidado em evitar períodos extensos;
d) Preocupação em redigir com um estilo capaz de equilibrar a simplicidade com o
movimento , evitando o colóquio excessivamente familiar e vulgar, a ironia causticante,
os recursos retóricos;
e) Linguagem direta;
f) Precisão e rigor com o vocabulário técnico, sem cair no hermetismo;

O trabalho dissertativo requer a definição de um tema, a argumentação e


compreensão do mesmo, isto é, o domínio de uma visão sobre o que o contextualiza,
constitui o procedimento adequado para, a partir da pesquisa bibliográfica, produzir-se a
informação nova (SOUZA, 1997, p. 73);
A elaboração do relatório requer a aplicação de um conjunto de técnicas ou padrões
de natureza formal que auxiliam o estudante na melhora da exposição de sua
argumentação, enriquecendo a discussão que estará apresentando em seu texto (SOUZA,
1997, p. 73).
Ventura insiste que “é preciso ‘costurar’, explicitar os liames, entre uma oração e
outra” e reproduz um conjunto de expressões, no sentido de sistematizar as transcrições:

Finalidade Conjunções e locuções conjuntivas


Expressar idéias similares ou equivalentes E, nem, (tanto...) como ou (tanto) quanto.
e estabelecer uma relação de soma aos dois (Não só...) mas também, mais ainda, senão,
termos ou às duas orações também, como também.
(aditivas).
Expressar contrastes, compensação, isto é, Mas, porém, todavia, entretanto, contudo,
idéias que se opõem ou contrastam entre senão. No entanto, ao passo que, apesar
si. disso, não obstante. (adversativas).
Expressar uma relação de exclusão ou Ou...ou, ora...ora, já...já, quer ...quer,
alternância entre os dois termos ou entre as seja...seja. (alternativas).
duas orações, que não podem ser
17

simultâneos.
Expressar idéias conclusivas, Assim, logo, portanto, por isso, por
conseqüentes. conseguinte, por conseqüência. (conclusivas).
Expressar o motivo, a explicação do Que, porquanto, pois, porque. (explicativas)
primeiro termo ou da primeira oração.
Introduzir orações que expressam hipótese Se, caso, contanto que, desde que, salvo se,
ou condição. a menos que, a não ser que, dado que, sem
que. (condicionais).
Introduzir orações que indicam Porque, pois, que, como, porquanto, já que,
circunstâncias de causa. uma vez que, visto que, visto como, desde
que. (causais).
Introduzir orações que funciona como o Como, que, tal, (tão ...ou tanto...) quanto, bem
segundo elemento de uma comparação. como, assim como, o mesmo que, (mais,
menos, maior, menor, melhor ou pior...) que.
(comparativas).
Introduzir orações que indicam acordo ou Conforme, como, segundo, consoante
conformidade. (conformativas).
Introduzir orações que indicam uma (tal, tanto, tão ou tamanho...) que, de modo
conseqüência do fato traduzido na oração que, de forma que, de sorte que, de maneira
anterior. que.
Introduzir orações que expressam Porque (=para que), que (=para que), para
circunstância de finalidade. que, a fim de que.
Introduzir orações que expressam algum Embora, ainda que, mesmo que, mesmo
sentido de contrariedade, a qual, no quando, se bem que, por mais que, por muito
entanto, não impede que o fato se realize. que, por menos que, nem que, dado que, sem
que (=embora não), apesar de. (concessivas)
Introduzir orações que expressam À medida que, à proporção que, ao passo
simultaneidade, concomitância. que, quando mais ...mais, quanto
menos...menos. (proporcionais)
Introduzir orações que exprimem Quando, mal, apenas, logo que, assim que,
circunstâncias de tempo. antes que, depois que, até que, depois que,
até que, agora que, sempre que, cada vez
que, desde que. (temporais).
Fonte: MESQUITA, Roberto. Gramática da língua portuguesa. 3 ed. São Paulo: Saraiva,
1995. p. 366-370.

QUALIDADES DA INVESTIGAÇAO CIENTIFICA

DELIMITAÇAO PRECISA
18

Para que a pesquisa tenha direção e possa ser aferida, o objeto (ou problema ou assunto) a
ser investigado deve estar bem delimitado. Isto significa que precisa estar adequadamente
circunscrito (quanto ao tempo e ao espaço), definido (quanto às categorias que emprega) e
especificado (em relação à área maior do conhecimento em que se inscreve).
Boa parte das intenções de pesquisa não se materializa pela falta de uma delimitação
precisa. Mesmo quando é levada a cabo, a ausência deste pré-requisito dificulta a
elaboração da comunicação dos dados. Mesmo quando esta comunicação é concluída, o
leitor ainda se pergunta sobre o que afinal, pretendeu o autor.
Uma delimitação precisa é o primeiro passo para a adequada condução de uma pesquisa.
Por ela, o assunto tratado se torna reconhecível e claro, tanto para o autor quanto para os
leitores.

RELEVANCIA TEMÁTICA

O tema a ser tratado deve ser relevante e desenvolvido por meio da apresentação de dados
e discussão de idéias.
Assim, relevante é o tema que amplia os horizontes do conhecimento acerca de um objeto.
Para isso, deve ser original. Mesmo uma revisão bibliográfica pode preencher este requisito,
se reunir o material sob um eixo novo. De igual modo, relevante é o tema cujo conhecimento
faz alguma diferença da vida das pessoas, mesmo que elas não o percebam.

FUNDAMENTAÇAO TEORICA

O autor deve ter em mente que a pesquisa cientifica é um processo que consiste em
interpretar fatos segundo um referencial teórico. O resultado é, entre outras facetas, o
acumulo e a predição, o que contribui para a ampliação dos horizontes do próprio referencial
teórico, num fluxo de retroalimentação constante.

Cabe ao autor enunciar e fundamentar seu marco teórico. O sentido deste marco varia de
área para área do conhecimento. De qualquer modo, sempre dirá respeito ao modo de
observar e interpretar a realidade. Já que ninguém pesquisa ou escreve sem este quadro
teórico, ele precisa ser explicado.

CLAREZA NOS PROCEDIMENTOS

Uma boa investigação indica com clareza os procedimentos adotados, especialmente as


hipóteses de trabalho (que devem ser específicas, plausíveis, relacionadas com uma teoria
e a referencia empíricas) e os modelos de analise (sejam eles descritivos, explanatórios ou
prescritivos). Esses procedimentos devem permitir a verificabilidade dos dados, para permitir
a aceitação ou contestação das conclusões fornecidas. Alguns autores chamam-nos de
método ou metodologia.

RIGOR DOCUMENTAL

Um dos elementos essenciais na comunicação cientifica é o rigor na documentação,


entendido como a apresentação de informações sobre as fontes dos dados, sejam eles
obtidos pela observação ou pela leitura de autores. A documentação deve ser apresentada
19

segundo regras normativas universais e coerentes que permitam com facilidade e precisão a
identificação dessas fontes. Esse rigor é um dever ético indiscutível e uma condição
indispensável para a verificabilidade dos dados.

ORGANIZAÇAO LÓGICA

O material deve ser apresentado numa seqüência lógica. Cada tipo de estudo pede um tipo
de sequencia. Alguns elementos são essenciais nessa apresentação: introdução, revisão de
literatura, materiais e métodos, resultados e considerações finais.
Na introdução, cuida-se de delimitar e explicitar o tema, bem como indicar o quadro teórico
da pesquisa. Na revisão de literatura, faz-se um inventário do estatuto do conhecimento
acerca do estudo, a partir dos autores mais expressivos. Na seção materiais e métodos,
oferecem-se os procedimentos empregados na coleta e na analise dos dados. Nos
resultados, descrevem-se os dados levantados, os quais serão analisados na seção
seguinte: discussão. As considerações finais servem a uma revisão geral do material
apresentado e a uma indicação de potenciais desdobramentos da pesquisa.

ESTILO APURADO

O texto deve ser escrito de modo apurado. Isto significa tão somente dizer que precisa ser
redigido de modo gramaticamente correto, fraseologicamente claro, terminologicamente
preciso e estilisticamente agradável.

FALHAS COMUNS NA INVESTIGAÇAO CIENTIFICA

FALTA DE CLAREZA NOS PROPÓSITOS

O autor deve ter sempre em mente seus objetivos na condução da pesquisa, por isso, será
útil explicar os objetivos da investigação. Do contrário, o leitor poderá ficar com a sensação
de não ter entendido aonde o autor quer chegar.

FALTA DE ORIGINALIDADE DO MATERIAL

Desde a escolha do tema até a redação do texto final, passando pela definição do
referencial de analise e pela própria analise propriamente dita, o trabalho deve evidenciar
originalidade. Uma comunicação cientifica, mesmo um capítulo de revisão de literatura,
precisa do toque pessoal do seu criador. Há que ser sempre uma tentativa própria de
contribuição para a compreensão do objeto investigado.

MÁ ORGANIZAÇAO DO MATERIAL EXPOSITIVO

Os capítulos devem ser organizados de modo lógico, coerente e harmônico. Capítulos muito
longos devem ser divididos.
20

REPETIÇAO DE PALAVRAS, CONCEITOS E INFORMAÇOES

A remissão a informações já apresentadas deve ser mínima e apenas para recordar o leitor,
de quem não se deve abusar da paciência sob qualquer pretexto.

DESATUALIZAÇAO BIBLIOGRAFICA

Além de abundantes, as fontes devem ser atualizadas e adequadas. O compromisso de um


pesquisador é fazer avançar o conhecimento e não apenas repeti-lo; por isso, para estar em
dia com este conhecimento, precisa estar em dia com as fontes, sejam artigos, monografias,
ou teses. O critério da adequação deve acompanhar o da atualização.

EXCESSIVA DEPENDENCIA DAS FONTES

Os autores e materiais utilizados devem ser usados criticamente, mantida uma distância
entre eles e o autor do novo texto. Um texto científico não é e nem pode parecer uma
colagem.

INCORREÇAO OU INCOERENCIA NO SISTEMA DE REFERENCIAÇAO DAS FONTES

Seja qual for o sistema usado, deve seguir as normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).

DIMENSAO EXCESSIVAMENTE LONGA DE TITULOS DE CAPITULOS OU TOPICOS

Os títulos, subtítulos e entretítulos devem ser apenas indicativos do conteúdo que se


seguirá; não devem pretender sintetizá-lo.

INADEQUAÇÃO DA DEFINIÇÃO DE TERMOS

OS termos empregados devem ser explicitados, se isto for imprescindível; se são de


domínio comum, devem ser utilizados de modo consistente ao longo do texto.

Essas qualidades e essas falhas exigem cuidado por parte do autor, que deve se lembrar
que “o que é escrito sem esforço é lido sem prazer”.

PRINCÍPIOS DE COMUNICAÇÃO

1. ESCREVA PARA SER LIDO.


21

Por isso, pressuponha que está escrevendo para pessoas com interesses variados. Não
tenha em mente apenas o professor da disciplina que solicitou o trabalho ou o orientador da
pesquisa ou a banca que a julgará.
Seu texto deve evidenciar que você escreveu algo que vale a pena ser lido. Para tanto, você
precisa acreditar na relevância da sua pesquisa e na qualidade do seu texto. Se não
acredita, mude de assunto.
Não escreva para provocar sono, mas para incendiar a imaginação.

2. PROCURE O MELHOR MODO DE COMUNICAR SUAS IDÉIAS.


Se suas idéias valem a pena, procure o melhor meio para atrair e para informar o leitor.
Cada tipo de pesquisa exige um tipo de relatório. Descubra-o. Há várias maneiras de dizer
uma coisa: procure a melhor. Se, por exemplo, no seu texto há predominância de dados
numéricos, organize-os em tabelas e gráficos, tomando o cuidado de não repetir no texto os
dados apresentados na ilustração; ocupe-se da sua interpretação.

3. SEJA ORIGINAL.
Há sempre uma pilha de artigos e livros sobre a mesa dos leitores. Para selecionar os que
serão lidos, eles vão folhear os textos candidatos e, por fim, lerão aqueles que lhes
parecerem mais originais.
A originalidade está no tratamento do assunto, desenvolvido de um modo que ainda não foi
experimentado. A originalidade está numa redação autônoma, agradável e criativa. Escrever
de modo autônomo é redigir numa perspectiva pessoal, transformando o material em mãos
numa obra do espírito e não numa colcha de retalhos alheios, reescrevendo (a maioria) e
transcrevendo (quando indispensável) as idéias contidas nas fontes; escrever de modo
agradável é redigir de forma a despertar no leitor o prazer da leitura; escrever de modo
criativo é construir as frases de jeito a realçar os aspectos novos do problema tratado.
Originalidade é também riqueza vocabular, que se na manifesta na recusa ao uso das frases
feitas, dos lugares-comuns e dos jargões profissionais. Por isso, seja rigoroso na escolha
das palavras. Não basta que seu texto contenha idéias; ele precisa se desenvolver por meio
de um rico vocabulário. Essa riqueza permitirá evitar a cansativa repetição de palavras, que
revela apenas a escassez vocabular do autor, embora o leitor geralmente a confunda com
indigência mental mesmo.
Em síntese, original é o texto que reflete uma imagem nova, uma relação inédita, um
pensamento raro.

4. CULTIVE A SIMPLICIDADE.

Quanto mais se conhece a língua, mais se escreve com simplicidade.


Escrever bem não é escrever difícil: é provocar sensações nos leitores. A melhor
remuneração para um autor é despertar no leitor o seguinte comentário: "eu gostaria de ter
escrito este texto".
Quem escreve bem despreza o enfeite gratuito (seja um adjetivo ou frase rebuscada), a
falsa erudição (com citações desnecessárias e conceitos confusos), as frases empoladas
(que apenas dão a impressão de brilho), o vocabulário pernóstico (cheio de palavras de uso
raro, quando há as de uso comum e de mesma eficácia), entre outras afetações. Não
permita, por exemplo, que os adjetivos se tornem como os chocalhos das vacas destrui-
dores de cerca, que só servem para fazer barulho. Em resumo, o texto deve ser elegante,
conquanto não haja elegância sem simplicidade.

QUALIDADES A SEREM ALCANÇADAS

O texto científico deve ser redigido seguindo-se aqueles cuidados que lhe confiram clareza,
22

concisão, coerência, correção e precisão, entre outras qualidades.

CLAREZA - Escreva para ser entendido.

Todo texto deve ser escrito para ser entendido, até mesmo os diários íntimos. Na
comunicação científica este um princípio áureo a ser buscado. Por isto, a eventual
dificuldade do leitor pode residir na compreensão do assunto, por vezes complexo, jamais
na obscuridade do raciocínio do autor.
Um pensamento claro gera um texto claro, escrito segundo a ordem natural do pensamento
e das regras gramaticais. Dito de outro modo, "escreve claro quem concebe ou imagina
claro". Não escreva de modo a merecer a ironia de que "os escritores nebulosos têm um
deus à parte" e "talvez por isso não se dão ao trabalho de filtrar seu pensamento".
Ser claro não é escrever de modo óbvio. Não é renunciar à originalidade e à profundidade.
Sob a clareza de um texto devem estar as idéias mais densas. A profundidade, que todo
autor de texto científico almeja, não é alcançada com hermetismo. Aliás, há autores que
escrevem num dialeto próprio, como se sua leitura exigisse a presença permanente de um
tradutor.
Um bom teste para a clareza do seu texto é solicitar sua leitura por outra pessoa. Se ela
fizer alguma pergunta, não responda. Tome o texto e o reescreva. Depois, repita o teste.

CONCISÃO - Procure dizer o máximo no mínimo.

A clareza concorre para a concisão. Qualquer texto, principalmente o científico, precisa dizer
o máximo no menor número possível de palavras. Um dos critérios para a aceitação de
original para a publicação (de artigos e livros) é a extensão do texto. Quanto maior, menores
serão as suas chances. Ademais, um autor seguro do que quer dizer não se perde em meio
às suas palavras, que são um meio de dizer, e não um fim. Assim, por exemplo, não
escreva: "autores como lay e loy relatam que as decisões"; prefira a concisão: "para lay e
loy, as decisões". Também não diga: "isto envolve a necessidade de um novo estudo"; diga
logo: "isto requer um novo estudo".
Se é verdade que a clareza concorre para a concisão, igualmente o é que a concisão
concorre para a clareza.
A concisão se obtém com o exercício de reescrever. A cada vez que se faz isso, descobre-
se uma repetição de idéias ou de palavras, nota-se um vocábulo supérfluo encontra-se uma
maneira de dizer a mesma coisa com menos palavras.

CORREÇÃO - Escreva em português.

Todo texto tem um estilo próprio, mas a gramática é sempre a mesma para todos os textos.
O estilo depende da correção da linguagem. Neste sentido, a qualidade gramatical de textos
científicos, mesmo de alguns publicados, está muito aquém do nível das idéias que
apresenta, ao ponto de, às vezes, impedir a compreensão dessas mesmas idéias. Assim, a
língua, seja aquela usada no dia-a-dia das pessoas, seja a empregada na imprensa, seja
aquela pela qual se expressam professores e alunos, vem sendo objetos de involuntários,
mas violentos maus-tratos. Como acentuou George Orwell, referindo-se ao idioma inglês, a
língua se torna feia e imprecisa porque as idéias são tolas, mas a falta de apuro da
linguagem contribui para que se tenha idéias tolas. Por isto, "nada tem de frívola a guerra ao
mau uso da língua'.

Os maiores cuidados devem ser tomados em três dimensões principais: a ortografia, a


concordância e a pontuação. A ortografia, os editores de texto, com seus corretores
eletrônicos, já resolveram; não há dúvida que um dicionário não possa responder. A
23

concordância e a pontuação. A autovigilância é um dever. Solicitar a ajuda de quem não tem


este tipo de dificuldade é outro recurso. Contudo, depois que receber a primeira correção, O
melhor caminho é dedicar-se ao estudo da gramática nos pontos críticos.

Aprender é mais fácil do que depender de terceiros permanentemente.

PRECISÃO - Seja preciso nas palavras e nos conceitos.

A precisão conceitual e terminol6gica é absolutamente indispensável na comunicação


científica. A ambigüidade léxica é inaceitável. Quando os termos são usados na sua
acepção universal, não precisam de definição. No entanto, quando empregados numa
acepção particular, devem ser definidos num glossário ou numa nota-de-rodapé.
A precisão exige que se busque a palavra certa. Enquanto essa palavra não é encontrada, o
texto tende a se delongar, no temor de não ter sido claro.

CONSISTÊNCIA - Mantenha coerência nos termos.

O texto deve usar os tempos verbais, os pronomes de autotratamento e as grafias especiais


de um modo coerente ao longo do "texto.
Para os tempos verbais deve-se preferir a voz ativa. Muitos autores optam, por exemplo, por
descrever fatos do passado no presente do indicativo. É um recurso estilístico aceitável. a
problema é quando o pretérito e o futuro são usados para descrever o mesmo tipo de
situação. Esta inconsistência nada tem de elegante.
De igual modo, os pronomes ou palavras que o autor usa para se referir a si mesmo devem
guardar o mesmo cuidado. Para se referir a si mesmo como pesquisador, o autor pode
escolher um tratamento (eu, nós, “o pesquisador", "este pesquisador") ou buscar a
impessoalidade ("a pesquisa pretende"; "pretende-se"). O importante é manter a escolha
coerentemente ao longo de todo o trabalho.
O mesmo cuidado se aplica ao uso de numerais, à grafia de palavras estrangeiras, à
formatação das citações, às notas bibliográficas, etc.

CONTUNDÊNCIA - Provoque o leitor.

O texto deve ir direto ao ponto, afirmando o que tem que ser afirmado, negando o que tem
que ser negado, sem circunl6quios, sem eufemismos e sem explicações desnecessárias.
As afirmações devem ser fortes, seja para criar impacto e persuadir, seja para marcar as
posições do autor. A frase deve ser vigorosa e não frouxa. Assim, em lugar de dizer
vagamente, por exemplo, "parece-me que a escola, devido talvez a problemas de
administração, está em dificuldades financeiras", é melhor redigir: "os balancetes
demonstram que a escola está em dificuldades financeiras".

ORIGINALIDADE - Seja original.

Evite as frases feitas, as idéias batidas e as expressões vazias de novidade. Há sempre


uma maneira diferente de dizer as mesmas coisas. Procure até encontrar.

CORREÇÃO POLÍTICA - Escreva de modo politicamente correto.


24

Sem fazer disto uma obsessão, procure ser o mais politicamente correto que conseguir, à
luz dos seus conhecimentos, especialmente os etimológicos.
Escreva de modo "eticamente correto", para evitar o uso de expressões que sejam
ofensivas a grupos, especialmente os minoritários. Afaste-se do emprego de expressões de
conotação etnocentrista, especialmente as de cunho político (como "classes
desfavorecidas"), sexista e racista (como "judiar" ou "denegrir"). Fique atento, mas não se
desespere.

FIDELIDADE - Seja honesto com o assunto, com as fontes e com o leitor.

Na argumentação e no uso das fontes, o texto deve seguir parâmetros que impliquem em
respeito ao objeto de estudo e às fontes empregadas.
Na argumentação, não deve apelar a falácias lógicas, como as abaixo exemplificadas:
- argumentum ad populum: apelo à vaidade do leitor ("quem for inteligente, concordará com
a nossa hipótese"; "somente um leigo afirmaria');
- argumentum ad misericordiam: apelo à bondade do leitor para relevar falhas do redator:
("gostaria de ter me aprofundado no assunto, mas não foi possível"; "em virtude da
escassez de tempo, não foi possível").
- argumentum ad verecundiam: apelo à autoridade de um autor: ("porque Dermeval Saviani
disse...”);
No uso das fontes, faça tudo o que estiver ao seu alcance para não distorcer os que os
autores quiseram dizer. Ao anotar as informações, cuide dos detalhes, de modo a lhe
permitir indicar meticulosamente todas as elipses e interpolações.

PARA ESCREVER MELHOR

Procure ser claro e conciso. Para tanto, cuide de escrever frases breves, parágrafos curtos e
capítulos enxutos.
O alvo deve ser dizer o máximo com o menor número possível de palavras. Tenha sempre
em mente que o melhor texto é aquele que apresenta os resultados no menor número
possível de palavras. Se você pode usar uma palavra em lugar de duas, use uma e não
duas. Busque a qualidade, não a quantidade de palavras.
Na busca deste ideal, considere as seguintes recomendações.

A FRASE - Não sobrecarregue uma frase com dados e idéias. Cada' frase deve conter
apenas uma idéia forte e a informação indispensável, tanto para o autor quanto para o leitor.
Não se deve acumular numa mesma frase idéias que não se relacionam e que podem
compor outra frase.
Não torne desnecessariamente longas as frases, especialmente com apelos fáceis a
recursos como gerúndios ("sendo que", "fazendo com que") e pronomes relativos ("o qual",
"cujo"), entre outros. Abstenha-se de superlativos, aumentativos, diminutivos e adjetivos em
demasia.

O PARÁGRAFO - De igual modo, os parágrafos também não devem ser longos. Diante
deles, a tendência dos leitores é passar para o próximo. Embora um parágrafo deva conter
uma idéia completa, por vezes será melhor quebrá-lo em nome do interesse do leitor, que
25

dificilmente tolera um parágrafo com mais de linhas. As qualidades básicas de um bom


parágrafo são a unidade (contendo uma única idéia), a coerência (com as frases
conectando-se entre si) e a ênfase (com destaque para a idéia principal).

O CAPÍTULO - Os mesmos cuidados devem ser considerados para a extensão dos


capítulos, que não devem ser excessivamente longos. É recomendável que contenham
tópicos identificados por entretítulos. A numeração seqüencial deles não é indispensável,
mas é imprescindível que haja uma hierarquia entre eles, demonstradas pela numeração ou
pelo uso de tipos de letra diferentes. É bom também que os capítulos guardem um certo
equilíbrio quantitativo entre eles.

O ENCADEAMENTO - Encadeie as frases, os parágrafos, os tópicos e os capítulos entre si.


Procure tornar cada frase um desenvolvimento do que veio antes, numa seqüência lógica,
tanto para explicar, quanto para demonstrar, detalhar, restringir ou negar. Cada parágrafo
deve estar em harmonia e em tranqüila transição com o anterior e com o posterior. O mes-
mo vale para tópicos e capítulos. Faça o texto fluir naturalmente e não andar aos
solavancos.
As partes (frases, parágrafos, tópicos e capítulos) devem "ligar-se não com barbantes, mas
com a lógica das idéias, pela força do pensamento". Lembre-se que a construção de um
texto se assemelha ao trabalho de um pedreiro: "cada tijolo apóia o que lhe é posto em cima
e nenhum deve atrapalhar a harmonia do conjunto". Trata-se de observar a lógica, o
equilíbrio e a proporção.
Para alcançar essas qualidades, por vezes será necessário reescrever o texto até que
alcance a concisão indispensável, que sempre concorre para a clareza, meta permanente
de quem escreve.

A ESCOLHA DAS PALAVRAS

Pese cada palavra antes de escolhê-la.


Lembre-se que toda palavra tem um peso que varia segundo sua expressividade e "de
acordo com sua capacidade de sintetizar uma informação", que deve ser precisa, concisa e
clara.
Há uma especificidade nos textos científicos, que, no entanto, mantêm características
gerais, para serem compreendidos. Alguns aspectos específicos são aqui considerados.

VOCABULÁRIO TÉCNICO - Os termos utilizados devem ser precisos. Se isto se constitui o


que se convencionou chamar de vocabulário técnico, não tenha receio de empregá-la. Os
termos técnicos, por sua aceitação universal, evitam o rodeio de palavras. O problema,
portanto, não é o tecnicismo (uso de vocabulário específico de uma área do conhecimento),
mas a técnica (o abuso deste vocabulário desnecessariamente, apenas para demonstrar
erudição). Portanto, use esses termos, quando forem necessários e familiares à audiência.
Se forem palavras e expressões brasileiras, não será preciso aspá-Ios.

JARGÕES - Não confunda termo técnico com jargão, aqui entendido como a linguagem de
um determinado grupo. O jargão acaba se tornando uma espécie de dialeto inteligível só
26

para os iniciados. Trata-se de uma linguagem burocrática que não necessariamente


demanda o uso de termos especializados. 40 O jargão, pela sua capacidade de nada dizer,
deve ser evitado.

EUFEMISMOS - A linguagem acadêmica não admite eufemismos. Evite-os. As pessoas não


"falecem"; elas "morrem" mesmo.

GÍRIAS - Só devem ser empregadas se forem transcrição de depoimentos.

NEOLOGISMOS - Resista à tentação de criá-Ios. Não se deixe seduzir pelo fato de que uma
boa palavra para o termo já exista em língua estrangeira, especialmente o inglês. Veja
primeiro se a língua portuguesa já não tem o termo de que você precisa. Percorra primeiro o
dicionário. Se, de fato, for necessária, sua construção, seja parcimonioso. Consulte bons
autores. Se for o caso, justifique a criação numa nota-de-rodapé.

GRAFIAS ESPECIAIS

A seguir, para apoiá-lo na produção de um texto melhor, oferecem-se algumas regras


específicas consagradas pelo uso, para alguns tipos de palavras e expressões.

ABREVIATURAS E SIGLAS - Não se abreviam palavras no texto, exceto títulos de


tratamento, pesos, medidas e siglas de instituições e partidos.

Abreviaturas - No caso de títulos de tratamento, devem ser escritos preferentemente de


forma abreviada e sem qualquer destaque tipográfico. [Ex.: Prof., Profa., Sr., Sra., Dr., Dra.,
Cel., Excia., etc.]

Pesos, medidas, dias e horas também devem ser abreviados, com espaço entre o valor e a
unidade de medida, mas sem pontuação interna e sem plural. [Ex. 1 km, 4 km; 1 m, 30 m; 1
kg, 55 kg; 11, 331; 5ª feira; 16 h, 16h 15min 13s]

Siglas - Para a primeira ocorrência, o nome da instituição deve vir por extenso, seguido de
sigla entre parênteses. [Ex.: Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep).] Quando o
nome da sigla for mais conhecido, faz-se o procedimento inverso. [Capes (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).] Em alguns casos, nem isto é necessário,
quando as siglas alcançam o status de marcas [Ex.: Varig, Petrobrás] ou representam
partidos políticos. [Ex.: PT, PMDB, Prona.] As siglas com mais de três letras devem ser
grafados em letras minúsculas [Exemplos: Unimep, Banespa, Capes, USP, IBM, MEC],
exceto quando cada letra for pronunciada à parte [Ex.: CNPq, BNDES].
27

Quando houver uma profusão de siglas, é recomendável no início do texto apresentar uma
lista delas (também neologisticamente chamada de siglário), a exemplo do que se faz com
tabelas e gráficos.

NUMERAIS - A regra básica é grafá-Ios por extenso até dez e com algarismos a partir de
11, tanto para os cardinais quanto para os ordinais.

No caso dos cardinais, as exceções à regra são "cem", "mil", "milhão" e "bilhão", pela
simples razão que facilita a leitura. Se no parágrafo, há números abaixo e acima de 11, é
preferível escrevê-Ios com algarismos. A partir de mil, use ponto para os milhares, exceto na
indicação de anos. No caso de datas, não é necessário empregar O para dias e meses.
Números fracionários devem vir por extenso.

Use algarismo romanos apenas para títulos de reis e papas [Ex.: Luís XV] e nomes oficiais
[Ex.: I Exército, XV de Novembro]. Nos demais casos, fique com os arábicos [Ex.: Primeira
Guerra Mundial, 140 Congresso de Filologia]. Para a menção a século, por exemplo, prefira
algarismos arábicos. [Ex.: século 10, século 12].

Não se deve começar período com numerais. Se isto for necessário, o número deve vir por
extenso. O melhor é inverter a ordem da frase. Não se deve colocar entre parênteses o
número por extenso. Deve-se tomar muito cuidado com a concordância.

PALAVRAS EM OUTROS IDIOMAS - Em geral, as palavras estrangeiras devem ser


grafadas em itálico ou com aspas. Aquelas palavras de uso muito freqüente, como
marketing, software, shopping center, slide, para as quais não há correspondência em
português, devem ser grafadas em itálico. No entanto, você pode grafá-la sem qualquer
destaque, desde que o faça com consciência e de modo padronizado ao longo do texto.
Quando houver correspondência, não hesite em empregá-Ias. Assim, prefira balé (e não
ballet), encontro (e não meeting), padrão (e não standard) e desempenho (e não
performance).

No caso de nomes científicos em latim, a convenção é grafá-Ios em itálico, com a primeira


palavra começando com letra maiúscula [Ex.: Homo sapiens]. Quanto a outras expressões
em latim, use itálico ou aspas [Ex.: status quo,” status quo”]

Cuidado com aquelas palavras latinas que têm a mesma pronúncia em português mas são
grafadas diferentemente e devem aparecer em itálico. [Ex.: campus, campi, strito sensu, lato
sensu].

PALAVRAS COM HÍFEN - As regras para a grafia de palavras compostas (com hífen) são
bastante claras, embora seu domínio não seja muito comum. Preste atenção.

NOMES DE OBRAS E AUTORES - Os títulos das obras citadas, quando aparecem no texto,
devem vir entre aspas ou em itálico, em letras normais. Escolha um destes cuidados e o
mantenha ao longo do trabalho. Os nomes dos autores devem aparecer sem qualquer
destaque. Algumas normas exigem-nos em letras maiúsculas; neste caso, siga-as, embora
enfeiem o texto.
28

OUTROS CUIDADOS

 Evite abusar de destaques (negritos, itálicos, sublinhados, maiúsculas). Escreva de


tal modo que a ênfase decorra da impressão que o texto provoca no leitor.
 Evite apelar para generalizações (do tipo "a maioria acha", "todos sabem"). Seja
preciso nas suas informações.
 Evite recorrer, mesmo que involuntariamente, a modismos lingüísticos, como "em
nível de", "colocação", "Gadotti vai dizer que...”, etc. Essas expressões do jargão
universitário são vagas e imprecisas.
 Evite as redundâncias, como "os alunos são a razão de ser da Escola Prof. Pegado".
Em alguma escola, os alunos não são a sua razão de ser? Cada frase deve ser
produto de uma reflexão.
 Evite repetir conceitos ao longo do texto e palavras na frase (basta uma vez). Use
sinônimos.
 Evite perder-se em pormenores, detalhando superfluamente, e tratar de assuntos
alheios ao problema em consideração, o que redunda em superficialidade e
prolixidade.
 Evite as frases feitas.
 Evite empregar palavras rebuscadas, sejam neologismos, sejam vocábulos
dicionarizados, que pareçam demonstrar erudição. [ Ex.: conformamente, objetivar;
obstaculizar, oportunizar; etc.]
 Evite expressões que datam o texto, como "recentemente", "corrente ano", "neste
mês". Não deixe que seu texto envelheça logo. Considere que o seu texto terá uma
vida longa.

CUIDADO COM ESSAS PALAVRAS E EXPRESSÕES

Segue, agora, uma lista de palavras e expressões que são objeto de dúvidas, cuja consulta
pode ser útil.

Azevedo (2000, p.129-133) pede cuidado com certas palavras e expressões “perigosas” e
apresenta um rol delas, que se acha parcialmente transcrito a seguir:

Expressão Cuidado Sugestão


A maior parte (...) surgiram Concorda com o coletivo A maior parte (...) surgiu.
A maioria (...) afirmam Concordância condenável A maioria (...) afirma
À medida em que Errado À medida que
À nível de “a nível de”simplesmente Em nível de, em termos de
não existe apesar de seu
uso geral, por influência do
espanhol
Antes de mais nada É possível algo antes do
mais nada
A ponto do/da Errado A ponto de o/a
Ao ponto de
Ao invés de Quer dizer “ao contrário
de” e não “em lugar de”
29

Apesar de A contratação dificulta a Apesar de o autor achar


identificação do sujeito que
Apesar do
Assim como O verbo deve concordar O professor, bem como o
com o primeiro sujeito aluno, sabe da verdade.
Bem como
Até porque o autor “até” é desnecessário Porque o autor
Bimensal É duas vezes por mês
Bimestral É de dois em dois meses
Cerca de Concorde com o numeral Cerca de 200 pessoas
compareceram
Citar Deve ser usado apenas Mencionar
para referência a citações
Colocação Evite a frase feita “o autor O autor observa que
faz a seguinte colocação”
Com exceção de Prefira a concisão Exceto
Dar conta de Frase feita – evite
De encontro a Quer dizer contra.
Não confunda com “ao
encontro de”
Deixar claro Concorda com o objeto Deixar claras as coisas
Dentro É um adjunto adverbial de “Como parte de um
lugar – evite frases como processo de marketing
“dentro do processo de empresarial”
marketing empresarial”
Denegrir Palavra politicamente
incorreta e preconceituosa
Desapercebido Significa desprevenido
Despercebido Significa desatento
Desde um ponto de vista “desde” é uma preposição
para indicar tempo
De vez que “de vez”quer dizer “de Uma vez que ou vez que
maneira decisiva”
Dia-a-dia Indica rotina
Dia a dia Equivale a diariamente
Durante o tempo em que Prefira a concisão Enquanto
Elo de ligação Redundância, pois todo Elo
elo é de ligação
Em vez de Quer dizer “em lugar de”e
não “ao contrário de”
Embasamento Brasileirismo nada Fundamentação:
eufônico
Embasar fundamentar
Enquanto É adjunto adverbial de Na condição de
tempo. Evite enquanto pesquisador...(como
pesquisador pesquisador) penso que
Erário público Todo erário é público Erário
Excessão Erro crasso Exceção
Face a Locução inexistente Em face de
Fazem dez anos O verbo é impessoal Faz dez anos que...
Frente a Locução inexistente Em frente de, diante de
Fórum/Fóruns Exige acento
Garantir Modismo lingüístico Use sinônimos
Grande número Concordância singular
Grosso modo E não “a grosso modo”
30

Há anos atrás Se aconteceu “há anos”, Há anos


só pode ser “atrás”
Haja visto Errado Haja vista
Item Não tem acento
Judiar Palavra politicamente
inaceitável, por
preconceituosa contra os
judeus
Latu sensu Errado Lato sensu
Matéria-prima Palavra composta, exige
hífen
Na medida em que Errado Na medida que
Obra-prima Palavra composta, exige
hífen
Onde Use somente para lugar Em que, na qual
Não escreva no sentido
“em que”, “na qual”
Ou seja Não deve começar frase Em outras palavras
Paralelo a isto Evite Paralelamente a isto
Por sob Locução inexistente Sob
Pra Não é necessário o acento
Praticar preço Modismo; evite Cobrar
Quorum Não é acentuada Quorum
Palavra latina
Resgate histórico Lugar comum; evite
Sendo que Evite
Scritu sensu Errado Stricto sensu
Somente um leigo Deselegante
afirmaria
Suscinto Errado Sucinto
Sumarizar De fazer resumo Sumariar
Tanto quanto/tanto como Prefira o verbo no plural Tanto o professor quanto o
aluno optou por
Todo um processo Evite Um processo
Um grupo de (...) Um grupo de (...)
entrevistaram entrevistou
Uma grande quantidade Prefira a concisão Muitos
Via de regra Lugar comum Geralmente
Vigir Errado Viger
31

5 A PESQUISA

De certa forma, todos nós realizamos vários tipos de pesquisa ao longo de nossa
vida. A rigor, nosso próprio aprendizado sobre a vida constitui uma série de pequenas ou
grandes pesquisas.
A pesquisa cientifica é uma atividade voltada para a solução de problemas, através
do emprego de processos científicos. A pesquisa parte, pois, de uma dúvida ou problema e,
com o uso do método cientifico, busca uma resposta ou solução.
A pesquisa cientifica é a realização concreta de uma investigação planejada,
desenvolvida e redigida de acordo com as normas de metodologias consagradas pela
ciência. É o método de abordagem de um problema em estudo que caracteriza o aspecto
científico de uma pesquisa.
As características almejadas para o conhecimento científico exigem a utilização do
método e do rigor científicos em todas as etapas de uma pesquisa, desde o seu projeto até
a elaboração do relatório final e conseqüente comunicação de seus resultados. Nos
32

processos de comunicação, alguns protocolos devem ser observados, o que implica a


inclusão de elementos obrigatórios, utilização de linguagem e veículos apropriados,
apresentação lógica e encadeada dos assuntos, pois o conhecimento científico deve ser
comunicável, compartilhável, útil, aberto, aceito, racional objetivo, sistemático, geral
acumulativo, verificável e falível.
O pesquisador, principalmente na área social, lida com fatos e questões que
envolvem pessoas, organizações, histórias de vida, ou seja, é necessário ter ética e
algumas habilidades para que o ‘objeto’ de analise não sofra conseqüências negativas. É o
que veremos a seguir.

ELEMENTOS DA PESQUISA

A pesquisa científica deve ser planejada, antes de ser executada, porém o


principiante pode supor que elaborar projetos é perder tempo e que o melhor é começar
imediatamente o trabalho da pesquisa, no entanto:

[...] a experiência vai lhe ensinar que o início de uma pesquisa, sem projeto,
é lançar-se à improvisação, tornando o trabalho confuso, dando insegurança
ao mesmo, reduplicando esforços inutilmente e que, agir desta maneira, é
motivo de muita pesquisa começada e não terminada, é motivo de muita
pesquisa começada e não terminada, num lastimoso esbanjamento de
tempo e recursos (RUDIO, 1998, p. 45).

Para Severino (2000, p. 138) o projeto “define e planeja para o próprio orientando o
caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho de pesquisa e reflexão, explicitando
as etapas a serem alcançadas, os instrumentos e estratégias a serem usadas”.
Para Oliveira (1999, p. 15) o projeto de pesquisa serve de guia “para a realização
das etapas que deverão ser cumpridas até alcançar-se o objetivo final, que é a
apresentação e defesa da monografia jurídica”.
No entendimento de Hübner (1999, p. 39) a função primeira do projeto é esclarecer
ao leitor o objetivo principal do trabalho e o caminho (método) para atingi-lo, fornecendo-lhe
todos os elementos essenciais para que ele julgue a importância, pertinência e suficiência
do trabalho.
Azevedo (2000, p. 40), ressalta a importância do projeto, afirmando que é
“impossível executar-se uma pesquisa sem que se faça antes o seu projeto, que consiste n
planejamento das diversas etapas a serem seguidas e na definição da metodologia a ser
empregada ao longo da pesquisa”.
33

Eco (1998, p. 81), Pasold (2000, p. 133) e Leite (2000, p. 104), tratam do projeto
como sinônimo de plano, enquanto que Rudio (1998, p. 46) considera o projeto como um
todo, já que é integrado de partes, que são os planos, e Ventura (2000, p. 70), afirma que o
plano do trabalho e projeto responde ao planejamento concreto da execução da pesquisa.
O melhor conceito operacional foi formulado por Pasold (2000, p. 133, grifo do
autor), para que:

O Projeto de Pesquisa é o plano de intenções do investigador. Isto


significa que ali, o pesquisador colocará todos os aspectos básicos da
investigação que pretende encetar, e deve fazê-lo de forma organizada e
em linguagem objetiva, sempre atentado para a área de concentração do
Curso e enquadrando a sua pesquisa nas respectivas linhas de pesquisa.

A ESCOLHA DO TEMA

A escolha do tema é o primeiro passo no planejamento da pesquisa, mas não o


mais fácil. Não faltam evidentemente, temas para a pesquisa: a dificuldade está em decidir-
se por um deles. Para alguns são momentos de angustia. Temos que escolher entre tantos
interesses e ainda levar em conta a viabilidade da pesquisa. O tema pode surgir de um
interesse particular ou profissional, de algum estudo ou leitura ou mesmo de uma
observação. Às vezes seu orientador indica o tema, vinculando sua pesquisa a outras.

O tema deve ser adequado à capacidade e à formação do pesquisador e


corresponder às suas possibilidades, quanto ao tempo e aos recursos econômicos.
Na escolha do tema, deve-se, igualmente, levar em conta o material bibliográfico,
que deve ser suficiente e estar disponível.
Evite-se fixar a escolha sobre temas a respeito dos quais já existem ‘milhões’ de
estudos exaustivos!

• O primeiro passo é a escolha de qual será Seu campo específico de estudo.


Marketing, Finanças, Recursos Humanos???
• Escolhido a área de atuação, o próximo passo é a escolha do tema propriamente
dito. Qual assunto? Qual objeto? Qual temática?
• Escolhido o tema, deve-se DELIMITÁ-LO.

Delimitar um tema é selecionar um tópico ou parte a ser focalizada. Pode-se


recorrer a algumas técnicas, por exemplo:
34

Divisão do Definição da Circunstâncias Circunstâncias Enfoque Tipo de


tema em compreensão temporais espaciais pesquisa
suas partes dos termos
constitutivas

O próximo passo é pensar na viabilidade do projeto. É também importante levar em


consideração o tempo disponível para a realização da pesquisa, os custos envolvidos e a
possibilidade de se chegar a uma solução adequada.
Portanto, escolha um tema que possa ser abordado na organização escolhida, e
que esteja dentro de suas possibilidades em termos de custos, tempo e conhecimentos.
a. Você deve ser prático, buscar novos conhecimentos é importante, mas procure
um tema onde você possa aplicar o que aprendeu no curso.
b. Deve ser viável em termos de acesso às fontes de informação e aos dados, e do
tempo disponível;
c. Deve ser viável em termos de custo, disponibilidade de bibliografia e de
orientação;
d. Deve ser do interesse da organização aonde será feito o estágio e do orientador.

O problema de pesquisa

Escolhido o tema e feita sua delimitação, a fase seguinte é a transformação do


tema em problema. Isso pode acontecer na forma de formulação de perguntas.
O tema escolhido deve ser questionado, portanto deve o pesquisador transformá-lo
em problema de pesquisa, mediante seu esforço de reflexão e curiosidade. Deve levantar os
problemas que o tema envolve identificar as dificuldades que ele sugere, formular perguntas
e levantar hipóteses. A elaboração clara do problema é também fruto de uma revisão da
literatura, pelo menos previa, e da reflexão pessoal. É importante destacar que esta
operação requer uma série de pesquisas exploratórias tanto no ambiente organizacional
como na literatura.
Nunca se passa diretamente da escolha do tema à coleta de dados, pois as
vantagens da formulação do problema são muitas:

a) delimita, com mais precisão, qual tipo de resposta procurar;


b) leva o pesquisador a reflexão e maior segurança sobre o assunto;
c) fixa roteiros para levantamento bibliográfico e coleta de dados;
d) aponta a metodologia a ser adotada

Formulação de hipóteses

Podemos pensar em hipótese como a suposição de uma causa ou lei destinada a


explicar provisoriamente um fenômeno até que os fatos a venham contradizer ou afirmar.
As hipóteses têm função prática quando orientam o pesquisador, colocando-o na
direção da causa provável ou da lei que se procura. Para se ter hipóteses plausíveis, é
necessário certo conhecimento sobre o assunto, por isso uma revisão bibliográfica previa é
essencial.
35

Definição dos objetivos

Para facilitar o processo de construção dos objetivos, é conveniente ter uma


pergunta ou problema de pesquisa, um problema a solucionar. Isso significa que o
pesquisador deve analisar a realidade da organização na qual irá realizar a pesquisa, e
encontrar nela uma questão, um problema, uma falta, cuja resposta ou solução possa ser
dada por ele dentro do período estipulado. Um problema de pesquisa é, portanto, uma
questão ou problema dentro do tema, que guiará a pesquisa e as atividades da pesquisa
dentro da organização. E o objetivo deve levar a sua resposta ou solução. Os objetivos que
se têm em vista definem, muitas vezes, a natureza do trabalho, o tipo de problema a ser
selecionado, a metodologia de pesquisa e o material a coletar.
Um dos critérios mais importantes na avaliação do trabalho final é a medida
segundo a qual os objetivos propostos foram atingidos. Para garantir esse sucesso,
recomenda-se traçar ‘objetivos-meios’. Isso significa diferenciar objetivos que descrevem
resultados (produtos-fins mensuráveis) e aqueles que descrevem processos (meios). É
comum confundir os objetivos do projeto com os objetivos do programa que se está
sugerindo implantar. Esses últimos são resultados que o aluno não pode comprometer-se
em alcançar. Por exemplo, é indiscutível que um plano de marketing se destina entre outras
coisas a aumentar a fatia de mercado da empresa. No entanto, mesmo que seja possível
implantar um plano de marketing em uma empresa durante a pesquisa, é improvável que se
tenha tempo de avaliá-lo. Neste caso, recomenda-se formular o objetivo dessa forma:
‘implantar um plano de marketing na empresa X’ e não ‘aumentar a fatia de mercado da
empresa X’. Outro exemplo, um projeto que estava propondo o lançamento de um cartão de
crédito para uma loja, tinha como objetivo ‘aumentar as vendas da empresa’, mas seria mais
conveniente ter como objetivo ‘elaborar um plano para o lançamento de um cartão de
crédito’, pois não é possível se comprometer com o real aumento das vendas.
Objetivos gerais: determina, com clareza e objetividade, o propósito do pesquisador
com a realização da pesquisa. O objetivo geral possui uma visão global, abrangente, do
tema.

Ex.: Analisar a percepção dos funcionários acerca de alguns fatores de clima


organizacional, como subsídio para a implementação de mudanças administrativas e
gerenciais na 1ª Delegacia de Polícia da Capital.

Objetivos específicos: definir os objetivos específicos significa aprofundar as


intenções expressas nos objetivos gerais. Os objetivos específicos podem ser mais bem
compreendidos como sendo etapas de solução do problema, contidas no objetivo geral.
Dessa maneira, os objetivos específicos não podem, em hipótese alguma, ultrapassar os
limites estabelecidos pelo objetivo geral.

Ex.: a) identificação das políticas de recursos humanos na Secretaria de Segurança


Pública;

b) aplicação de um modelo de análise de clima organizacional desenvolvido


por Rizzatti (1995) com base nos seguintes fatores: a imagem e a avaliação;
desenvolvimento da política de recursos humanos, beneficio e incentivos; organização e
36

condições de trabalho; relacionamento interpessoal dos funcionários; sucessão político-


administrativa e comportamento das chefias; satisfação pessoal1.

A seguir alguns verbos que auxiliam na construção dos objetivos da pesquisa:

Conhecimento Compreensão Aplicação Análise Síntese Avaliação

Definir Deduzir Resolver Identificar Narrar Sustentar

Enunciar Descrever Aplicar Diferenciar Expor Justificar

Citar Demonstrar Manejar Isolar Sumariar Criticar

Relatar Ilustrar Empregar Separar Compilar Valorizar

Referir Interpretar Utilizar Fracionar Compor Escolher

Identificar Explicar Comprovar Decompor Simplificar Selecionar

Indicar Expor Produzir Examinar Agrupar Verificar

Distinguir Relacionar Aproveitar Detectar Combinar Constatar

Reconhecer Inferir Praticar Abstrair Contrastar Comprovar

Definir Induzir Discriminar Omitir Classificar Eleger

Organizar Extrapolar Localizar Dividir Gerar Medir

Mostrar Generalizar Operar Conceber Restringir Precisar

Fonte: LABES, Emerson M. Questionário. Chapecó: Grifos, 1998. p. 85.

Justificativa do tema

O próximo passo é justificá-lo, indicando a razão da escolha; a relevância do


estudo, seu significado social e sua contribuição para o aperfeiçoamento e crescimento da
área em questão ou para a instituição pesquisada. Algumas dicas:
Justificativa quanto à importância: È sempre importante melhorar uma prática ou
programa, e este são evidentemente os propósitos dos métodos e técnicas em
administração. Neste sentido, um caminho para justificar a importância do projeto é recorrer
aos objetivos-fins do plano ou programa (não confunda com os objetivos do projeto) que se
está querendo implementar, diagnosticar ou avaliar. Também é interessante pontuar a quem
o projeto é importante? As razões podem estar relacionadas com os objetivos da empresa,
com o bem-estar dos empregados, saciedade, clientes, meio ambiente, entre outros.
Justificativa quanto à oportunidade: A justificativa refere-se ao momento de
mudança na política governamental, financeira, social, levando a boa oportunidade de
mudança administrativa pelas empresas.

1
Exemplos do objetivo geral e específico tirado da dissertação de: SARTOR, F. de B. Analise de fatores
significativos do clima organizacional da Policia Civil de Santa Catarina: estudo de caso na 1ª
Delegacia de Policia da Capital. 141 p. Dissertação (Mestrado em Administração) – UFSC, Florianópolis, 2001.
37

Referencial teórico – revisão da literatura

Este referencial consiste numa primeira abordagem do conteúdo teórico referente


ao tema, como suporte para a definição do problema e dos objetivos. Um bom referencial
teórico abrange conteúdos que possam ser considerados relevantes ou necessários para
explicar o problema, e que oriente os métodos adotados no trabalho e os procedimentos
para a coleta e análise dos dados. Interessa rever o que pode ajudar na delimitação e
apresentação da temática, definições dos principais conceitos, abordagem, conceito e
resultados alcançados por outras pesquisas sobre o assunto.

Metodologia

A metodologia indica os procedimentos a serem utilizados na realização da


pesquisa. Significa descrever por quais meios os objetivos serão atingidos.
Nos trabalhos de campo, por exemplo, deve haver a indicação dos locais em que a
pesquisa será realizada, os tipos de abordagem utilizados, como: entrevistas, permanência
no campo; os instrumentos e as técnicas a serem usadas, como: a observação, a aplicação
de questionários, formulários, roteiros de entrevista etc. Já num trabalho de pesquisa
bibliográfica, onde a leitura é praticamente o único material utilizado, o aluno/pesquisador
pode explicar como pretende acessar suas fontes de consulta, fichá-las, lê-las e resumi-las;
como pretende construir seu texto, quais linhas teóricas irá abordar etc.

Cronograma e Orçamento

O cronograma se refere ao planejamento temporal do trabalho de estágio,


apresentando as etapas necessárias ao cumprimento das tarefas e atividades previstas ao
longo de períodos de tempo. E o orçamento é necessário caso precise solicitar o
financiamento com os gastos referentes à passagem, estadia, reprodução de cópias de
questionários ou formulários (em numero significativo), etc.

6 ESTAGIO SUPERVISIONADO

ETAPAS DO ESTAGIO SUPERVISIONADO

DECISAO DECISAO BORGES DE


CURRICULO NOVO CURRICULO VELHO MENDONÇA
38

3ª fase
Estagio de 7ª fase 7ª fase
Estagi
observação 100 h. TCC parcial TCC parcial
o1
Relatório de 150 h. 150 h.
observação

5ª fase
Estagio de 8ª fase 8ª fase
Estagi
observação 100 h. TCC final TCC final
o2
Relatório de 150 h. 150 h.
observação

7ª fase
Estagi Estagio de execução
o3 100 h.
TCC parcial

Estagi 8ª fase
o TCC final
4

PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES

O Estágio apresenta-se como uma oportunidade para que você possa


aplicar seus conhecimentos, aprimorando-os e qualificando-se para o exercício
profissional.
Ele deve propiciar a complementação do ensino e da aprendizagem,
portanto, deve ser planejado, executado, acompanhado e avaliado em conformidade
com os currículos, programas do curso, a fim de se constituir em instrumento de
integração, em termos de treinamento prático, de aperfeiçoamento técnico, cultural,
científico e de relacionamento humano.
39

Além dos conteúdos teóricos e práticos que integram as atividades


imprescindíveis para sua formação, o estágio é o momento em que se viabiliza o seu
contato com profissionais já formados, com empresas que necessitam de seus
préstimos e com o mercado de trabalho que irá recebê-lo.
O tema, área da organização, conteúdo, que você escolher para
pesquisar/estagiar deve estar de acordo com sua preferência, e, além disso, deverá
considerar:

• Que o tema deve ser adequado à sua capacidade e formação acadêmica e


corresponder às suas possibilidades quanto ao tempo e aos recursos
econômicos;

• Se há material bibliográfico disponível, e se é suficiente para realização do


trabalho;

• Se há professor disponível para lhe orientar teoricamente;

Lembre-se:

• Evite fixar a escolha em temas a respeito dos quais já existem ‘milhões’ de


estudos exaustivos;

• Leve em consideração a relevância teórica, social e acadêmica da escolha


temática.

• Não há numero de paginas estabelecidas, no entanto, é importante que o


acadêmico(a) tenha consciência do trabalho a desenvolver e de que a temática
deve ser apresentada com coerência e consistência.

• No momento de escrever seu TCC, lembre-se de seguir as Normas da ABNT


que regulamentam os trabalhos acadêmicos.

6.1 ESTAGIO DE OBSERVAÇÃO

O primeiro requisito que você tem que cumprir refere-se aos encaminhamentos
para regularizar o estágio e o contato com a empresa acordando em qual setor você fará a
observação.
40

É comum após este momento o aluno achar que já pode marcar o dia para
comparecer a empresa e se apresentar ao responsável pelo setor onde ocorrerá o estagio.
No entanto, é prudente que você primeiramente concentre-se em planejar sua
observação. Ou seja, você deve escrever um Projeto de Observação, pois não convém que
vá ao local do estágio apenas com uma “vaga idéia na cabeça”.
Planejando a pesquisa você terá maior clareza do que pretende
observar/descrever, do seu objeto de pesquisa, da sua abrangência. Assim, não correrá o
risco de coletar todo o material que encontrar pela frente e depois descobrir que foi
desnecessário, não deixará passar informações importantes, fará anotações mais precisas
e, estando mais focado, conseguirá ter sugestões e criticas para colaborar com a empresa.
Nesse momento comece respondendo as seguintes perguntas: O que quero
descrever no setor X? O que quero observar/descrever no setor X? Qual a pergunta que eu
quero responder?
Essas perguntas esclarecem seu objeto de pesquisa, ou seja, exatamente sobre o
que você vai observar/descrever. Por isso, construir uma pergunta ajuda você.
Ex.: Como é a logística de estoque no almoxarifado da loja X e como é organizada a saída
da mercadoria para o setor de entrega?
Após ter clareza da pergunta, escrever o objetivo fica mais fácil.
Ex.: Descrever como são armazenadas as mercadorias no almoxarifado;
Descrever como é o processo de saída da mercadoria para o setor de entrega.
Perceba que apesar de uma pergunta você tem dois objetivos. Ter essa clareza
ajuda, pois talvez você tenha, ou não, que buscar diferentes fontes de informação para
alcançar os objetivos da pesquisa.
Seu próximo passo será ler a respeito do que pretende pesquisar. Não é
aconselhável ir ao local da pesquisa sem algum conhecimento sobre o que ira observar.
Claro que você já estudou nas aulas a respeito do assunto, porém, relembre, lendo
novamente algum autor que considera importante na área.
Após ter mais clareza do seu objeto e objetivo de pesquisa, você deverá pensar em
como obter a resposta da sua pergunta. Quais pessoas podem lhe ajudar a encontrar a
resposta? Quais documentos? Quais manuais? Quais procedimentos?
Nesse momento planeje se terá que aplicar algum questionário ou entrevista, ou se
você terá que solicitar autorização para ter acesso a algum documento, livro ata, registro,
manual, protocolo... Não deixe para pensar nisso depois, pois poderá não obter autorização
e terá que rever seus planos.
Uma dica: No Relatório você terá que caracterizar a empresa que esta realizando o
estagio, portanto, enquanto estiver procedendo a etapa da observação, colete o máximo de
41

informações sobre a organização. Lembre-se: Quanto mais detalhes planejar, antever,


projetar, menos obstáculos encontrará durante o estágio.
Após realizar a observação você deve analisar o material (suas anotações,
documentos, questionários, entrevistas...).
Trace um esquema dos tópicos que detalhará no Relatório de estagio e procure ser
o mais organizado possível para facilitar a clareza das idéias e consequentemente da
escrita.
Procure ser criativo! Veja se pode construir um fluxograma para ilustrar seus dados,
gráficos, quadros, tabelas, enfim, procure vários recursos para descrever o seu objeto/tema
de pesquisa.
O relatório de Observação deve ter os seguintes itens:

• Capa
• Folha de rosto
• Documentos comprobatórios do estagio
• Dedicatória (opcional)
• Agradecimento (opcional)
• Epigrafe (opcional)
• Listas (símbolos, figuras, quadros, tabelas) (opcional)
• Sumário
• Introdução
• Caracterização da Empresa
• Desenvolvimento
• Considerações finais
• Referencias
• Apêndices (material produzido pelo pesquisador) (opcional)
• Anexos (material produzido por terceiros) (opcional)

Obs.: O relatório de observação pode ser entregue apenas grampeado, não é necessário
encaderná-lo.

6.2 ESTAGIO DE EXECUÇÃO - TCC PARCIAL

O TCC Parcial pode ser considerado uma espécie de projeto para o TCC final.
Nesse momento você deve, entre outros passos, aprofundar o Referencial Teórico que
42

esclarece, explica, conceitua seu objeto/tema de pesquisa e explicitar em detalhes a


metodologia que utilizará para chegar aos objetivos.
O Relatório – TCC Parcial deve ter os seguintes itens:

• Capa
• Folha de rosto
• Equipe tecnica
• Dados de identificação da empresa
• Dedicatória (opcional)
• Agradecimento (opcional)
• Epigrafe (opcional)
• Listas (símbolos, figuras, quadros, tabelas) (opcional)
• Sumário
1 Introdução
2 Fundamentação teórica
3 Metodologia
4 Cronograma
5 Orçamento
• Referencias
• Apêndices (material produzido pelo pesquisador) (opcional)
• Anexos (material produzido por terceiros) (opcional)

Item Detalhes
43

Introdução

(contém o relato da situação 1. Introdução


pesquisada, seus objetivos e 1.1 Especificação do problema (tema da pesquisa,problemática)
sua justificativa. 1.2 Objetivos (geral e específico)
1.3 Justificativa

Fundamentação teórica

(visa melhorar a análise das


atividades desenvolvidas, bem
2. Fundamentação teórica (detalhamento das teorias que
como a focalização e o
embasam a explicação, execução do seu objeto de pesquisa)
aprofundamento do trabalho
sobre determinada temática,
para fundamentar o estudo.)

Metodologia 3. Metodologia
3.1 Caracterização da pesquisa
3.2 Técnica de coleta de dados
3.3 Definição da área/população alvo do estudo e plano de
amostragem
3.4 Formas de analise de dados
Cronograma

(previsão de tempo que será


4. Cronograma de execução da pesquisa (geralmente em forma
gasto na realização do
de tabela com programação mensal)
trabalho de acordo com as
atividades a serem cumpridas)

Orçamento

(somente se você tiver que 5. Orçamento (podem estar divididos em Material Permanente,
despender verbas ou solicitá- Material de Consumo e Pessoal)
las a algum órgão financiador)

6.3 TCC FINAL


44

Nesta etapa você deverá concretizar seu TCC Parcial, ou seja, deverá proceder na
busca dos objetivos que traçou no semestre anterior.
Agora é o momento de coletar os dados, analisá-los a luz do referencial teórico
escolhido e sistematizar tudo na forma de Relatório.
Este relatório deve conter os seguintes itens:

• Capa
• Folha de rosto
• Folha de aprovação
• Equipe técnica
• Dedicatória (opcional)
• Agradecimento (opcional)
• Epigrafe (opcional)
• Folha de equipe técnica
• Dados de identificação da empresa
• Autorização para publicação
• Resumo
• Listas (símbolos, figuras, quadros, tabelas) (opcional)
• Sumário
1 Introdução
2 Caracterização da empresa
3 Fundamentação teorica
4 Metodologia
5 Descrição e analise dos dados
6 Considerações finais
• Referencias
• Apêndices (material produzido pelo pesquisador) (opcional)
• Anexos (material produzido por terceiros) (opcional)
• Declaração da empresa – cumprimento das horas
• Folha de assinaturas
45

7 INDICATIVOS GERAIS DE
FORMATAÇÃO DE TRABALHOS

FORMATAÇAO GRAFICA

Os indicativos formais de apresentação de trabalhos acadêmicos que seguem aplicam-se a


qualquer modalidade de resultado de pesquisa acadêmica. Estamos assumindo a utilização
do editor de texto Word da Microsoft (Office) em qualquer de suas versões.
Uma observação relevante a ser feita: não utilize publicações de editoras como referencial
metodológico. Razões do mercado editorial acabam determinando padrões diferentes de
formatação e de parâmetros metodológicos como citações, referências, notas de rodapé, a
utilização do “Ob. Cit.”, Índice, Índice Analítico, Índice Onomástico e assim por diante.
As diretivas que aqui oferecemos são simples indicativos de uniformização de formatação
dos trabalhos acadêmicos em geral, a maior parte extraídos da ABNT, a serem seguidos
nos cursos da Faculdade Borges de Mendonça.

1 PAGINAÇÃO

Cerca de 30 linhas por página é o suficiente. A quantidade de linhas certamente será maior
ou menor em função da existência e das dimensões das notas de rodapé.

Conforme a NBR 14.724/2002, todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem
ser contadas. A numeração, no entanto, deve ser colocada somente a partir da parte textual
(introdução), em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a dois centímetros
da borda superior, ficando o último algarismo a dois centímetros a borda direita da folha. Em
se tratando de trabalho com mais volume, deve ser mantida uma única sequência de
numeração das folhas, do primeiro ao último volume. As folhas com apêndice, anexos ou
índices devem ser numeradas de maneira contínua, e sua paginação deve dar seguimento à
do texto principal.

2 FONTE

A ABNT não determina o tipo de letra (fonte) a ser empregada em trabalhos acadêmicos,
entretanto, adotaremos como fonte padrão a Time New Roman ou Ariel, sendo o tamanho
12 para texto e o tamanho 10 para as notas de rodapé e citações longas.

3 MARGENS
46

Quando configurar a página, utilize três centímetros para a margem superior; dois
centímetros para a margem inferior, três centímetros para margem esquerda e dois para a
margem direita. Evidentemente que tudo isso no formato retrato, isto é, com as folhas
dispostas na vertical.

4 DIVISÃO INTERNA DO TEXTO

O conteúdo de seu trabalho deve ser apresentado sob a forma de uma interação lógica e
ordenada dos assuntos abordados e que possa também facilitar a sua localização no texto.
Na elaboração dessa divisão interna do seu trabalho, é necessária observância do sistema
de numeração progressiva das seções de um documento escrito estabelecido pela ABNT
(NBR 6.024/2003).

Seção é o nome que recebe cada parte componente da divisão interna de seu trabalho e
deverá ter seu título precedido por um indicativo numérico. Em uma seção serão
desenvolvidas as temáticas afins dentro de uma lógica de articulação de raciocínio de todo o
texto. As divisões principais do trabalho são denominadas seções primárias – o que se
entendia anteriormente por capítulos.

Cada seção primária (1; 2; 3), por sua vez, deverá atender a mesma intenção de ordenação
interna e coerente do texto e se subdividir em outras tantas partes, chamadas seções
secundárias (exemplo: 1.1; 1.2; 1.3). Uma seção secundária poderá, contudo, demandar
novas subdivisões e então teremos as seções terciárias (exemplo: 1.1.1; 1.1.2; 1.1.3) e
assim por diante até o limite das seções quinarias. No entanto, recomenda-se dividir o texto
até a seção terciária e, caso necessite de mais divisões, utilize alíneas.

Observe que cada seção do trabalho deve obrigatoriamente contemplar um texto a ela
pertinente. Então, não promova divisões de seções sucessivamente sem que entre os títulos
exista um trecho escrito de seu trabalho sobre o assunto referenciado no título de cada
seção.

Os títulos de cada seção são sempre alinhados à margem esquerda, sem recuos, e devem
ser destacados em relação ao texto mediante a utilização de recursos gráficos como negrito,
itálico, caixa alta, diferença de tamanho da fonte etc. e serão precedidos do indicativo
numerário da seção (primária, secundária, terciária, quaternária, quinaria) mais um espaço
(um caractere em branco).

No caso de títulos sem indicativos numéricos, como os resumos, listas em geral,


referências, anexos e outros, eles devem vir centralizados.
47

No caso de Relatórios de Estagio, TCC, abra sempre uma nova página iniciar uma seção
primária, mas as demais seções permanecem na seqüência do texto, ou seja, não é
necessário abrir nova pagina.

A numeração progressiva parte sempre do número de cada seção primária. As seções


primárias receberam indicativos numerários inteiros, contados a partir do número 1 seguido
de um espaço e o título em seguida, sendo que todas as letras devem estar em caixa alta e
em negrito:

Exemplo:

1 A FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO FRENTE FLEXIBILIZAÇÃO DAS NORMAS


TRABALHISTAS.

O indicativo numerário da seção secundária recebe o número da seção primária a que


pertence, mais um ponto, o número da sua sequência no assunto e em seguida o título,
sendo que todas as letras devem estar em caixa alta, mas sem negrito:

Exemplo:

1.1 HISTÓRICO GERAL

1.2 A INSPEÇÃO DO TRABALHO NO DIREITO INTERNACIONAL

O indicativo numerário da seção terciária recebe o número da seção secundaria a que


pertence, mais um ponto e o número da sua sequência terciária, sendo que somente a
primeira letra deve estar em caixa alta, e todo o titulo em negrito:

Exemplo:

1.2.1 A inspeção do trabalho assalariado

Esse sistema se repetirá até a última seção. Contudo, o ponto não é pronunciado na leitura
oral. Para 1.3.1, deve-se ler: um três um. Cuide para após o indicativo numerário de cada
seção somente um espaço anteceda seu título respectivo; portanto, não empregue qualquer
sinal, como ponto, hífen, travessão ou qualquer outro caractere.

Caso você subdivida seu texto em alínea, ela é indicada por uma letra minúscula, seguida
de um parêntese e deverá respeitar a ordem alfabética. O trecho final do parágrafo do corpo
do texto que antecede a alínea e ao qual ela se refere termina em dois-pontos, após os
quais cada alínea é apresentada em novo parágrafo reentrado em relação à margem
esquerda. Em cada parágrafo destinado a uma alínea, a segunda linha e as demais iniciam
ajustadas sob a primeira letra de seu próprio texto.

Exemplo:
48

a. Se correr demais e ganhar a prova;


b. Se seus companheiros de equipe subirem a montanha e descerem a ladeira com
velocidade superior a equipe anterior;
Há situações em que as alíneas são compostas de enunciados cumulativos; nesses casos,
após a penúltima alínea pode ser acrescentado e/ou, conforme o caso. E todas elas, salvo a
última, terminam com um ponto-e-vírgula.

Da mesma forma, uma alínea pode ser compartimentada em subalíneas que são precedidas
de um hífen mais um espaço. O hífen é ajustado sob a primeira letra do texto da alínea a
que elas pertencem e se inicia o texto correspondente logo por letras minúsculas.

5 ALINHAMENTO

Para o corpo do texto, utilize o alinhamento justificado, com o recuo de 1,25 na primeira
linha de cada parágrafo. Nos demais casos o alinhamento dependerá do que se trata:

a. Se o título sem numeração (referências, sumario...), o alinhamento será centralizado;


b. Se citação direta longa, alinhamento justificado, recuado 4 cm em relação à margem
esquerda e sem recuo de parágrafo na primeira linha;
c. Se a nota de rodapé, justificado e sem recuo de parágrafo na primeira linha.

6 ESPAÇAMENTO ENTRELINHAS

Para o texto utilize espaçamento entrelinhas 1,5 (Word). Não use o espaço duplo do editor
de texto Microsoft porque ficará demasiadamente grande. Além disso, procure separar o
titulo dos textos correspondentes por dois espaços.

As citações longas, as notas de rodapé, as referências e o resumo devem ser digitados em


espaço de entrelinhas simples (1,0).

7 PARÁGRAFOS DE CITAÇÕES DIRETAS LONGAS

Quando as citações diretas atingirem mais de três linhas no corpo do texto, transfira-as para
um parágrafo recuado 4 cm da margem, sem aspas, fonte 10pt no mesmo padrão do resto
do texto (Times New Roman). Nesse caso, o alinhamento continua justificado e não haverá
recuo da primeira linha. Da mesma forma, o espaçamento entrelinhas deve ser reduzido
para 1,0 (simples). Mas, em relação ao espaçamento entre o parágrafo anterior e o
posterior, procure distanciá-lo um ponto mais, de forma a ficar com uma apresentação visual
não poluída.
49

Adotaremos o SISTEMA AUTOR-DATA para as citações.

8 NOTAS DE RODAPÉ

As notas de rodapé devem ficar separadas do texto por um filete, recuado três centímetros a
partir da margem esquerda. Além disso, deve iniciar e terminar naquela mesma página!
Somente em casos excepcionais, em que for imprescindível a confecção de uma longa nota,
é admitida a sua continuação na página seguinte. A nota de rodapé deve vir na mesma fonte
do texto, mas em tamanho 10. O alinhamento é justificado, sem espaçamento antes e
depois do parágrafo, espaço entre linhas simples e sem recuo da primeira linha.

9 RESUMO

O resumo deve estar contido em uma só página, vir em parágrafo justificado e sem recuo da
primeira linha. O espaço entrelinhas é 1,0 linha (simples) e a fonte será a mesma do
restante do trabalho. Todo o resumo estará contido em um só parágrafo.

10 REFERÊNCIAS

Ao final do trabalho, as referências devem vir na mesma fonte e tamanho utilizados no corpo
do texto. Pelas novas normas da ABNT, não há mais recuo a partir da segunda linha, sendo
que as referências devem estar alinhadas a esquerda. O espaçamento entrelinhas deve ser
1,0 linha, mas, entre cada referência o espaço deve ser um duplo, o que é o mesmo que
dois simples (1,0).

11 ELEMENTOS GRÁFICOS E VISUAIS

Além do desenvolvimento das idéias no curso normal do texto, pode-se fazer necessária a
utilização de símbolos, abreviaturas, siglas, a apresentação de gráficos e tabelas,
ilustrações em geral e assemelhados. Nesse caso, observe os seguintes indicativos
norteados pela ABNT.

11.1 ILUSTRAÇÃO E TABELAS

Qualquer tipo de elemento ilustrativo no texto deve ser legendado. As ilustrações podem
ser: quadros, lâminas, plantas, figuras, fotografias, gráficos, organogramas, fluxogramas,
esquemas, desenhos etc.
50

As legendas são feitas da seguinte forma: para qualquer elemento relativo ilustrativo indique
uma palavra denominativa “figura”, “ilustração”, “gráfico”, seguida de sua numeração no
texto em algarismos arábicos, do título ou explicação e abaixo a “fonte” (caso a ilustração
seja produzida por você, coloque como fonte “o autor” ou “dados primários da pesquisa”). A
ABNT recomenda que as ilustrações devem ser inseridas o mais próximo possível do texto a
que corresponde.

A apresentação de tabelas deve observar as seguintes diretivas (NBR 14.724/2002):

a) numeração consecutiva e independente de qualquer numeração empregada nas


seções do texto e nas ilustrações;
b) o título vem precedido da palavra <Tabela>, de seu número de ordem em algarismos
arábicos e alocado na parte superior da própria tabela;
c) as fontes das tabelas e notas explicativas, estas últimas quando necessárias, devem
vir indicadas logo abaixo da mesma;
d) assim como as ilustrações, as tabelas devem ser localizada o mais próximo possível
da sua referência no corpo do texto;
e) caso não caiba em uma só página, a tabela pode continuar na página seguinte,
deixando o quadro com a linha final em aberto e repetindo-se seus títulos (cabeçalho)
na folha que se segue; e
f) fios horizontais e verticais são utilizados para separar os títulos de cada coluna no
cabeçalho e também para fechar tais colunas na sua parte inferior, devem-se evitar
fios verticais para separação das demais colunas.

11.2 ABREVIATURAS E SIGLAS

Por vezes, ao longo do texto, termos, expressões e nomes de Instituições são repetidos com
tamanha intensidade que justificam a adoção de abreviaturas ou a indicação de siglas por
economia de redação. Tal prática é, evidentemente, opcional, contudo alguns cuidados
devem ser tomados, como veremos a seguir.

Em primeiro lugar, somente abrevie as palavras que representam expressões ou termos


estratégicos, aqueles que acabam por constituir o próprio pano de fundo categorial de toda a
pesquisa.

Exemplo: uma pesquisa sobre Informática Administrativa que por seu recorte metodológico
tenha de operar com a concepção de Inteligência Artificial apresentará tantas vezes essa
expressão que se justifica, pelo estilo de redação adotado pelo autor, o uso da abreviatura
<I.A.> para ela se referir. Portanto, não se justifica abreviar palavras simples porque venham
51

a aparecer muitas vezes no texto, como para por p/, ou que por q., observando que para
essas regras cabe mais uma orientação: evite abreviar referências importantes, para não
evidenciar o descaso.

Exemplo: Constituição da República Federativa do Brasil por Const. Rep. Fed. do Brasil ou
algo parecido.

Em relação à adoção de siglas, tome o cuidado de não “fabricar” siglas aleatórias a despeito
das oficialmente existentes.

Exemplo: Supremo Tribunal Federal, a sigla oficial é STF e não Sup. Trib. Fed.

Segundo a ABNT (NBR 14.724/2002), a utilização de abreviaturas e siglas obriga o autor do


trabalho a indicação por extenso do significado de cada abreviatura ou sigla, acompanhado
da abreviatura ou sigla entre parênteses logo a seguir, toda primeira vez que tais
menções aparecerem no texto, sendo obviamente dispensada por extenso nas seções
seguinte.

No caso de títulos de tratamento, devem ser escritos preferentemente de forma abreviada e


sem qualquer destaque tipográfico. [Ex.: Prof., Profa., Sr., Sra., Dr., Dra., Cel., Excia., etc.]

Pesos, medidas, dias e horas também devem ser abreviados, com espaço entre o valor e a
unidade de medida, mas sem pontuação interna e sem plural. [Ex. 1 km, 4 km; 1 m, 30 m; 1
kg, 55 kg; 11, 331; 5ª feira; 16 h, 16h 15min 13s]

11.3 SÍMBOLOS, EQUAÇÕES E FÓRMULAS

No caso da utilização de símbolos, como, por exemplo, em trabalhos que de alguma forma
utilizem a Lógica simbólica ou outras linguagens simbólicas (gráficas), lembre-se de indicar
claramente sua convenção e não se esqueça de indicar seu significado quando aparecerem
pela primeira vez no corpo do texto.

No caso de equações e fórmulas, elas devem vir destacadas ou:

a) No próprio corpo do texto e, nesse caso, um espaçamento maior entre as linhas em


que é permitido; ou

b) Isoladas e centralizadas em parágrafos destinados exclusivamente a elas, nesse


último caso, as fórmulas e equações podem ou não ser numeradas conforme a
quantidade apresentada e a necessidade.
52

Se a equação ou fórmula não couber em uma linha, a quebra deverá ocorrer antes do sinal
de igualdade ou depois dos sinais de adição, multiplicação e divisão (NBR 14.724/2002)

11.4 NUMERAIS

A regra básica é grafá-Ios por extenso até dez e com algarismos a partir de 11, tanto para
os cardinais quanto para os ordinais. No caso dos cardinais, as exceções à regra são "cem",
"mil", "milhão" e "bilhão", pela simples razão que facilita a leitura. Se no parágrafo, há
números abaixo e acima de 11, é preferível escrevê-Ios com algarismos. A partir de mil, use
ponto para os milhares, exceto na indicação de anos. No caso de datas, não é necessário
empregar O para dias e meses. Números fracionários devem vir por extenso.

Use algarismo romanos apenas para títulos de reis e papas [Ex.: Luís XV] e nomes oficiais
[Ex.: I Exército, XV de Novembro]. Nos demais casos, fique com os arábicos [Ex.: Primeira
Guerra Mundial, 140 Congresso de Filologia].

Não se deve começar período com numerais. Se isto for necessário, o número deve vir por
extenso. O melhor é inverter a ordem da frase. Não se deve colocar entre parênteses o
número por extenso. Deve-se tomar muito cuidado com a concordância.

11.5 PALAVRAS EM OUTROS IDIOMAS

Em geral, as palavras estrangeiras devem ser grafadas em itálico ou com aspas. Aquelas
palavras de uso muito freqüente, como marketing, software, shopping center, slide, para as
quais não há correspondência em português, devem ser grafadas em itálico. No entanto,
você pode grafá-la sem qualquer destaque, desde que o faça com consciência e de modo
padronizado ao longo do texto. Quando houver correspondência, não hesite em empregá-
las. Assim, prefira balé (e não ballet), encontro (e não meeting), padrão (e não standard) e
desempenho (e não performance).

No caso de nomes científicos em latim, a convenção é grafá-los em itálico, com a primeira


palavra começando com letra maiúscula [Ex.: Homo sapiens]. Quanto a outras expressões
em latim, use itálico ou aspas [Ex.: status quo,” status quo”]

Cuidado com aquelas palavras latinas que têm a mesma pronúncia em português, mas são
grafadas diferentemente e devem aparecer em itálico. [Ex.: campus, campi, strito sensu, lato
sensu].
53

8 MODELOS

1 Modelo de Formatação

Segue modelo de folha de texto, evidenciando as margens determinadas pela NBR 14724.

Formato de Apresentação

3 cm

2cm

3cm

2cm

2 ESPACEJAMENTO
54

O espacejamento que você deve adotar na formatação do seu trabalho é:


a) espaço 1,5;
- todo o texto,

b) um espaço de 1,5;
- separa o texto da citação longa,
c) dois espaços 1,5;
- separa cada título das seções e subseções do texto que os precede e os que sucedem,

d) espaço simples, para;


- citações longas,
- notas de rodapé,
- referências,
- legenda e fonte das ilustrações e tabelas,
- ficha catalográfica,
- natureza do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetida e área de
concentração,

e) dois espaços simples;


- entre uma referência e outra, na lista de referências ao final do trabalho.

3 Ordem dos Trabalhos Acadêmicos


55

Ordem crescente dos elementos do trabalho acadêmico e contagem e impressão do número de


folhas

Folhas
Índice(s)
contadas com
Apendice(s numeração
) impresas
Anexo(s)
Glossário
Referências
Conclusão
Desenvolvi-
mento
Element
Introdução
os Pós-
Textuais Sumário
Referências Lista de
Abreviaturas e
siglas
Lista de
Elemento
Tabelas
s textuais Lista de
Ilustrações
Resumo de Folhas
língua contadas
estrangeira
Resumo em sem
língua numeração
vernácula impresas
Epígrafe

Agradeciment
os
Dedicatória

Elementos Folha de
Aprovação
Pré-textuais
Folha de Rosto

Capa

Fonte: Elaboração das autoras, 2010.


3.1 Elementos Textuais
56

3.1.1 Capa (obrigatória)

Proteção externa do trabalho, contém dados essenciais que identificam a obra:


autor, título, subtítulo (se houver) local (cidade da instituição onde deve ser
apresentado), data.

M ÁRCIA C RISTINA S IMÕES

Socialização e cidadania do menino


de rua

Belo Horizonte
1997

3.2 Folha de rosto – anverso (obrigatória)

O anverso da folha de rosto deve conter os elementos essenciais que identificam a obra,
na seguinte ordem:

 Autor(es)
 Título principal
 Subtítulo (se houver)
 Nota de apresentação
 Nome do orientador
 Local
 Data
57

M ÁRCIA C RISTINA S IMÕES


Digite seu nome

Socialização e cidadania do menino de


rua

Monografia apresentada na disciplina


Educação Social, da Escola de Serviço
Social da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais.
Orientadora: Beatriz Ricci

Belo Horizonte
1997

O verso da folha de rosto deve conter a ficha catalográfica; conforme o Código de


Catalogação Anglo-Americano vigente.

Dedicatória – Elemento opcional


Oferecimento do trabalho a determinada pessoa ou pessoas

Agradecimentos – Elemento opcional


Agradecimentos a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento do trabalho

Epígrafe – Elemento opcional


Pensamentos retirados de um livro, uma música, um poema, seguida de indicação de
autoria
58

Resumo em português – Elemento obrigatório constituído de uma seqüência de frases


concisas e objetivas, não ultrapassando 500 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras
representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, conforme
NBR 6028.

Resumo em língua estrangeira – Elemento obrigatório com as mesmas características do


resumo em língua portuguesa, digitado ou datilografado em folha separada. Deve ser
seguido das palavras representativas do conteúdo do trabalho na língua.

Listas – Elemento opcional.

Listagem das ilustrações, tabelas, símbolos, abreviaturas e siglas. No caso das ilustrações e
tabelas, deve-se indicar o número das páginas em que constam.

Sumário – Elemento obrigatório

Enumeração dos capítulos, seções e partes que compõem o trabalho, seguido de sua
localização dentro do texto.

Os títulos devem ser destacados gradativamente, usando-se os recursos de negrito, itálico


ou grifo, caixa alta e caixa baixa. Devem ser numerados de acordo com a Norma NBR
6024/1989 (Numeração progressiva).
59

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................. 08
2 REVISÃO DE LITERATURA..................................
11

2.1 Origem dos conceitos de beleza........................... 13

2.2 Estética facial........................................................ 16

2.2.1 Espessura da pele.............................................. 20

2.2.2 Protrusão dos lábios........................................... 23

3 PROPOSIÇÃO...................................................
31

4 MATERIAL E MÉTODOS......................................
59

5 RESULTADOS...................................................
65

5.1 Alteração no perfil facial........................................ 73

5.2 Mudanças na espessura dos tecidos...................... 86

As referências devem ser ordenadas alfabeticamente, em espaço simples, e espaço


duplo entre elas.
60

R EFERÊNCIAS B IBLIOGRÁFICAS

AMARAL, Rita. O homem urbano. Disponível em


<www.aguaforte.com/antropologia/homem.htm>
Acesso em 8 mar. 1999.

ARATO, Andrew. A antimonia do marxismo


clássico. In: HOBSBAWN, Eric. (Org.). História do
marxismo. 2.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
Cap.3, p.85148.

MARQUES, Benjamim Campolina. Legislação e


movimentos pendulares ambietais. Revista
Mineira de Engenharia, Belo Horizonte, v.3, n.6,
p.811, out. 1989.

MASCARENHAS, Maria das Graças. Sua safra, seu


dinheiro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 17

3.9 Lista de Símbolos

LISTA DE SÍMBOLOS

Identificação Referência
ASCII American Sandart Code for Information Interchange
CLP Controlador Lógico Programável
CR Carriage Return
CRC Cyclical Redundancy Checking
E/S Entrada e Saída
FP Fator de Potencia
HDLC High Level Data Link Control
HZ Herts
61

IEC Intenational Electrotechnical Commission


IED Instrumentos Eletrônicos Inteligentes
IHM Interface Homem Maquina

3.10 Lista de Figuras

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Título da figura........................................................................................ 00


Figura 2 Título da figura........................................................................................ 00
Figura 3 Título da figura........................................................................................ 00
Figura 4 Título da figura........................................................................................ 00
Figura 5 Título da figura........................................................................................ 00
Figura 6 Título da figura........................................................................................ 00

3.11 Lista de Quadros

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Título do quadro........................................................................................ 00


Quadro 2 Título do quadro........................................................................................ 00
Quadro 3 Título do quadro........................................................................................ 00
Quadro 4 Título do quadro........................................................................................ 00
Quadro 5 Título do quadro........................................................................................ 00
Quadro 5 Título do quadro........................................................................................ 00
62

3.12 Cronograma do Projeto Científico

Na fase do Projeto Científico, é preciso traçar um plano de ação considerando os objetivos,


o tempo disponível para atingi-los, o orçamento e a disponibilidade das fontes bibliográficas
e outras. Exemplo

Cronograma Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto

2010
Levantamento X X
bibliográfico
Pressupostos X X
teóricos
Procedimentos X X
da pesquisa
Procedimentos X X
da Análise
Conclusão X
Revisão, X
digitação, capa

Outros Exemplos:

Cronograma do Projeto de Pesquisa


ETAPAS MÊS MÊS

Levantamento bibliográfico e coleta de dados Do dia XX ao


dia

Análise dos dados Do dia XX ao


dia

Introdução Do dia XX ao
dia

Embasamento teórico Do dia XX ao


dia

Metodologia da pesquisa dia

Cronograma da pesquisa e estruturação provisória do artigo dia


científico

Pré-texto e pós-texto Do dia XX ao


dia

Revisão Do dia XX ao
dia
63

Entrega do Projeto de Pesquisa dia

Cronograma do Artigo Científico

ETAPAS ABRIL MAIO

Desenvolvimento Do dia XX ao dia

Conclusão Do dia XX ao dia

Introdução Do dia XX ao dia

Pré-texto e pós-texto Do dia XX ao dia

Revisão Do dia XX ao dia

Entrega do artigo científico Do dia XX ao dia

4 Forma de Apresentação do Trabalho

4.1 Papel:

Utiliza-se papel A4 (21 cm x 29,7 cm), impresso somente na frente da folha. No editor de
textos Word, vá à opção: Menu arquivo → Configurar Página → Papel → A4 → Largura: 21
cm → Altura: 29,7 cm → OK. Observe a figura abaixo:

4.2 Fonte

Times new roman, tamanho 12 para todo o texto, com exceção das citações que tenham
extensão superior a três linhas, notas de rodapé, legendas de ilustrações e números de
páginas, que devem ter tamanho 10. Devem ser digitados e impressos com tinta preta,
64

utilizando impressão colorida apenas para ilustrações e gráficos. No editor de textos Word,
vá à opção: Formatar → Fonte → Times new Roman → Estilo da fonte: normal → Tamanho:
12.
Cor da fonte: automático Estilo de sublinhado: nenhum OK. Observe a figura abaixo:

4.3 Margens

No editor de textos Word, vá à opção: Menu arquivo → Configurar Página → Margens →


Superior – 3 cm → Esquerda – 3 cm → Direita – 2 cm → Inferior – 2 cm → Orientação:
Retrato → Várias páginas: normal → OK. Observe a figura abaixo
65

4.4 Espacejamento

O texto deve ser digitado com espaço 1,5 entrelinhas, com exceção das citações com mais
de três linhas de extensão, das notas de rodapé e referências que devem ter espaço 1,0. No
editor de textos Word, vá à opção: Formatar → Alinhamento: justificado → Nível de tópico:
corpo de texto → Recuo: Esquerdo – 0 e Direito – 0 → Especial: nenhum → Espaçamento:
Antes- 0 e Depois- 0 → Entre linhas: Múltiplos: 1,5 cm → OK. Observe a figura abaixo:

4.5 Nota de rodapé

Devem ser digitadas dentro da margem, são separadas por um filete de 3,0 cm. Confira a
nota de rodapé no final desta página.
66

4.6 Citações

Há dois modos de citar material produzido por outro autor: diretamente ou indiretamente
(parafraseando). A NBR 10520:2002 define citação direta como “transcrição textual de
parte da obra do autor consultado” e citação indireta como “texto baseado na obra do autor
consultado”. Isso quer dizer que você sempre precisará dar crédito ao proprietário intelectual
da idéia mencionada em seu trabalho, ou seja, precisará fazer a chamada do autor.
Para citações longas em que há necessidade de recuo, veja como realizar o recuo:
67

4.7 Números de página

Todas as folhas, exceto a capa, devem ser contadas seqüencialmente, mas não
numeradas. A numeração é colocada a partir da introdução (primeira folha da parte
textual) e feita na parte superior da folha. Isso quer dizer que precisará abrir um novo
arquivo com a parte textual, caso contrário não conseguirá numerar adequadamente. No
editor de textos Word, vá à opção: Inserir → Números de páginas → Posição: Início da
página → Alinhamento: direita → (marque!) Mostrar número na 1ª página → Formatar
(Aparecerá outra janela: Formatar número de página) Formato do número: 1,2,3,... →
Numeração de página: Iniciar em 1 → OK . Observe as figuras abaixo:
68

4.8 Sumário

O primeiro passo, após definir todos os capítulos é criar um estilo para determinado tipo de
título. Para tanto, clique com o botão direito sobre o texto que irá para o sumário, como no
caso abaixo, a introdução, que se tornou o primeiro capítulo do trabalho, escolha a opção
"Estilos" e "Salvar Seleção como Novo Estilo Rápido".

Deve aparecer uma janelinha como a que está na figura a seguir. Nomeie o estilo de forma
que seja fácil de diferenciar depois...
69

Se você quiser, pode clicar no botão "Modificar..." e alterar algumas configurações, como
alinhamento, tamanho e tipo de fonte, espaçamento entre linhas, entre outros.

Depois de personalizar seu estivo clique em "OK" para voltar ao corpo do texto.

Repita esse procedimento para todos os níveis que tiver no seu trabalho, no caso eu tive 4
níveis de título. Não se esqueça das normas para configurar cada nível! No exemplo a
seguir, a justificativa se enquadra no nível 2, pois é "1.1". Se você não entendeu essa parte,
aconselho a ler um bom livro de metodologia antes mesmo de começar o trabalho...
70

Agora que já definiu os níveis, é só aplicar esses níveis para os outros títulos que se
enquadram na mesma configuração. Como anteriormente foi criado um estilo para
"Justificativa", que é do nível 2, para aplicar esse mesmo estilo aos outros elementos do
nível dois é muito simples, selecione o respectivo texto e clique no estilo que todas as
configurações valerão para esse título também. No caso, a "Hipótese", que tem numeração
"1.2" receberá as características da "Justificativa", ou melhor, vai receber as características
do estilo criado para o elemento "Justificativa".

Agora vem a parte mais interessante e fácil, a criação do sumário. Vá na aba "Referências" -
"Sumário" - "Inserir Sumário", como mostra a figura a seguir:
71

Aparecerá então uma janela como a seguir:

Nessa tela você pode alterar algumas configurações. Eu alterei o número que está em
"Mostrar níveis" de 3 para 1, para que o sumário fique todo alinhado a esquerda, ou seja,
com todos os títulos começando na mesma distância da borda da página.
72

Para completar, clique no botão "Opções..." e irá surgir uma tela como a mostrada a seguir:

Lembra dos estilos criados? Pois é, para aparecerem no sumário você deve colocar o
número "1" na caixa de texto a direita do estilo. Dê um OK e vai aparecer essa janelinha:

Agora clique no botão "OK" dessa telinha e pronto, o seu sumário estará criado!
73

Alternativamente

Para criar o seu sumário, voce tem que saber usar Estilos de acordo com o modelo abaixo:

Esta barra de estilo, você encontra no botão rápido Inicio. No Microsoft Office Word 2007,
os Estilos rápidos são conjuntos de estilos desenvolvidos para trabalharem juntos de modo
a criar um documento com uma aparência profissional.

Na maioria dos casos, você não irá alterar os estilos em um Estilo rápido, uma vez que eles
foram criados para se complementarem e é mais fácil usar um conjunto de Estilos rápidos
diferente.

Voce deve primeiro modificar o Estilo Titulo 1, para a configuração exigida de seu TCC.
Normalmente, é exigido para o TCC a seguinte formatação:

• Nome da fonte: ARIAL


74

• Estilo da Fonte: NEGRITO


• Tamanho da fonte: 12

Depois que você modificar o estilo para esta configuração e formatação, em todos os
capítulos você vai assim proceder:

1. Digitar o título;
2. Selecionar o titulo digitado;
3. Aplicar o Estilo Título 1.

Observação: Se voce vai utilizar uma configuração e ou formatação diferente para


subtítulos, modifique ou crie um Estilo para os subtítulos, e proceda de igual forma
nos mesmos.

É através deste simples passo que o seu sumário será construido pelo Microsoft Word 2007
em menos de 3 segundos assim que você terminar de digitar o seu TCC. Se você já digitou
o seu TCC, vá em cada capítulo e aplique o estilo.

“Você cria um índice analítico e ou sumário escolhendo os estilos de título , por exemplo,
Título 1, Título 2 e Título 3 , que deseja incluir no índice analítico. O Microsoft Office Word
procura títulos que correspondam ao estilo que escolheu, formata e recua o texto da entrada
de acordo com o estilo do título e insere o índice analítico no documento.

O Microsoft Office Word 2007 fornece uma galeria com vários estilos de sumário para você
escolher. Marque as entradas do sumário e clique no estilo de sumário que deseja usar a
partir das opções da galeria. O Office Word 2007 cria automaticamente o sumário a partir
dos títulos marcados.” – Help do Microsoft Office 2007 – MS Word

Método longo:

Vá para a página em que o Sumário deve ser inserido e siga esta sequencia de cliques, na
guia de comandos Inserir, clique Partes Rápidas. Escolha Campo.
75

Vai surgir a guia de Campos. Navegue na lista e encontre entre os nomes de campos, o
campo TOC. Depois clique no botão Sumário. Escolha as opções desejadas e clique em
OK.

O seu sumário vai aparecer em menos de 3 segundos.

Método Rápido:

Neste método você clica menos, mas, o resultado é o mesmo. Clique na guia Referências.
Ao lado esquerdo tem lá o botão Sumário. Clique em Sumário, e escolha um dos sumários
desejados.
76

Mas, pode sair um sumário diferente do seu texto, então, sugere-se que você clique na parte
de baixo, no comando: Inserir Sumário. Na tela que surge, escolha suas configurações, e
pronto.

Com este recurso da guia referâncias, você pode usar para criar um Indice Analítico do seu
documento. Os procedimentos são iguais a este processo de criar sumário.
77

9 REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: diretrizes para a


elaboração de trabalhos acadêmicos. 8 ed. São Paulo: Prazer de Ler, 2000.

___________l. O prazer da produção científica. 10. ed. São Paulo: Hagnos, 2001.

CHAUI, Marilena. Convite a filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 1995.

ECO, Humberto. Como se faz uma tese. 14 ed. Trad. Gilson César Cardoso, São Paulo:
Perspectiva, 1998.

GIBALDI, Joseph. MLA handbook for writers of research papers. 5 th ed. New York: MLA,
1999.

HÜBNER, Maria Martha. Guia para elaboração de monografia e projetos de dissertação


de mestrado e doutorado. São Paulo: Pioneira/Mackenzie, 1999.

LABES, Emerson M. Questionário. Chapecó: Grifos, 1998. p. 85.

LEITE, Eduardo de Oliveira. A monografia jurídica. 4 ed. São Paulo: Editora RT, 2000.

MATTAR, João. Metodologia científica na era da informática. 3 ed. rev. E atualizada. São
Paulo: Saraiva, 2008.

MESQUITA, Roberto. Gramática da língua portuguesa. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

OLIVEIRA, Olga Maria Boschi Aguiar de. Monografia Jurídica: orientações metológicas
para trabalhos de conclusão de curso. Porto Alegre: Sínteses, 1999.

PASOLD, Cesar Luiz. Prática da Pesquisa Jurídica: idéias e ferramentas úteis para o
pesquisador do direito. 3 ed. Florianópolis: OAB/SC Editora, 2000.

RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 22 ed. Petrópolis:


Vozes, 1998.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. Ed. São Paulo:
Cortez, 2000
78

SOUZA, Francisco das Chagas de. Escrevendo e normatizando trabalhos acadêmicos.


Florianópolis: Editora da UFSC, 1997.

VENTURA, Deisy. Monografia jurídica: uma visão prática. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2000.

You might also like