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com/andreiacoaching/
A mudança começa em mim – educador (mãe, pai ou outro cuidador) - e não
na criança ou adolescente. Sei que apetece culpar o outro pelo desequilíbrio
vivido, mas o equilíbrio parte de mim. O meu exemplo é o único ponto de
partida legítimo e consistente para transformar a relação.
O meu adolescente espelha-me e dá-me feedback do que não está a funcionar,
‘berrando’ a sua angústia e dificuldades de entendimento.
Partilho contigo passos fundamentais para a mudança na relação, partindo dos
‘erros’ para a transformação. Boa viagem!
O velho ditado ‘faz aos outros o que gostarias que te fizessem a ti’, enquadra-
se aqui? E podes dizer-me: ‘ Então, vou permitir que ‘berre’ por tudo e por
nada? – Não vou reagir? ‘ A resposta é Sim, não vais reagir e muito menos do
mesmo modo. Não é fácil (é difícil, no início), mas possível. E ainda me dirias:’
ele(a) é que vai mandar?’
O que quero partilhar é que não tem que haver um que manda. Os pais-
educadores têm o papel central de educar em segurança e afeto, o que implica
limites que podem e devem ser entendidos e negociados de acordo com as
idades. Na adolescência é fundamental dialogar – ouvir as partes – e
Isto faz sentido para ti? Viver relações mais positivas e felizes na família-
com os teus filhos?
Quando algo não corre bem ou que não vai ao encontro do esperado, é
importante centrarmo-nos no acontecimento e pensar soluções para o mesmo
e não decidir gostos condicionados aos nossos adolescentes fazerem e serem
quem nós queremos. Eles são quem são e estão a aprender, a crescer para
se conhecerem e enquadrarem na sociedade. Se bem te lembras, esta
etapa e processo de vida não é fácil, traz-nos muitas dúvidas que não se
dissipam com a entrada na idade ‘dita’ adulta. Ao condicionares o teu amor-
afeto pelo teu adolescente que mensagem estás a passar? Que se for como
queres, está tudo bem, senão… ‘ardeu! Nem meu filho é! Até o podes por na
rua, como acontece com muitos…’.
Quem gosta que lhe vão mexer nas coisas, ver as mensagens do telemóvel,
controlar as horas a que chega ou faz isto ou aquilo?
Eu sei o que estás a pensar -‘como é? Vão fazer o que querem? Sem
controle?’ Claro que não. Isso não seria educar de forma consciente e com
sentido. Seria ‘largá-los na selva e agora safa-te!’. Este erro de controlar
demasiado é habitual, até porque a dose ‘certa’ – equilibrada – não está em
nenhum livro de receitas. O controle para ser saudável precisa de deixar de
ser controle para ser LIMITES que apoiam um crescimento em segurança
e com margem para desenvolverem autonomia e crença em si próprios.
Estás recordado(a) das vezes em que te educaram por via destas estratégias?
Como te sentiste? O que te apeteceu fazer e fizeste? Procura colocar-te no
lugar do teu adolescente. Acredito que vão conseguir ajustes que mantenham
Exemplo: - negoceiam uma hora para chegar após uma saída com amigos. A
hora não é cumprida. Como agir? (E não reagir)
- sugestão: respirar fundo e alertar via sms que está na hora de regressar
conforme combinado. Aquando da chegada ‘tardia’, cumprimentar e depois ir
dialogar (ao quarto onde seguramente o adolescente se fechou) para saber o
que levou ao atraso? Escutar e partilhar que as horas que combinam são para
ser respeitadas para poderes confiar nele(a), tal como procuras comparecer
aos encontros que fazem juntos. E quando acontece algo que provoca demora,
gostarias de ser avisada por sms ou telef. E despedes-te com um sorriso ou bj
relembrando que contas poder continuar a confiar nele(a).
Não há pior sensação do que termos errado, ou ter feito escolhas menos
adequadas, e ouvir ‘eu bem te avisei! – já sabia que isto ia acontecer! – é bem
feito, para aprenderes!’
Bem, eu Não gosto. Por isso, a humildade é um dos meus valores centrais a
nutrir diariamente.
Este é o meu presente para ti. O que eu sei que faz toda a diferença. Se
viveres isto no teu dia a dia, já vais viver uma grande transformação para seres
mais feliz na família e com o teu adolescente, ‘que te dá cabo da cabeça’,
certo?
Eu sei como é. Lembra-te que ele também veio com uma missão e anda à
procura dela… em casa. Escutá-lo e observá-lo sem julgamento vai ajudar-
te a escolheres ações assertivas/responsáveis (respostas hábeis aos
desafios).
SURPRESA – esta emoção básica pode ser usada pela positiva ou pela
negativa. Surpreende o teu adolescente! Pela positiva, claro. Faz coisas que
ele(a) não esteja à espera. Em que invertes o teu processo de reação para
passar a agir de acordo com o que queres ver na vossa relação. Inspira-te na
mensagem de M. Gandhi ‘seja a mudança que quer ver no mundo’, e transfere
para a tua realidade – SÊ A MUDANÇA QUE QUERES VER NA RELAÇÃO
COM OTEU ADOLESCENTE.
2- Começas a fazer algo de diferente sozinha/o, por tua conta, com base
nestas partilhas;
OU