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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

CENTRO DE ARTES REITORA MARIA VIOLETA ARRAES DE ALENCAR


GERVAISEAU
CURSO DE LICENCIATURA EM TEATRO
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
DOCENTE: CARLOS HENRIQUE
DISCENTE: THIAGO S. GOMES

REFLEXÃO SOBRE AS PRIMEIRAS AULAS DE PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Os primeiros encontros da componente curricular Psicologia da Educação foram


pautados em uma mediação introdutória quanto à compreensão dessa matriz e sua localização
e importância em um curso de licenciatura em teatro. Iniciamos o primeiro encontro, traçando
uma reflexão acerca da grande área que é a Psicologia, tentando esboçar um breve
conceito/entendimento, para posteriormente criar as pontes e relações com a educação,
principalmente a educação em/sobre Artes.
A partir dos debates e questões que se instauraram na sala de aula, particularmente,
uma problemática ficou em evidência: sobre o processo de educação ser uma práxis que, pode
vir a ser, tanto emancipatória, quanto castradora. Outros desdobramentos surgem: “Como
promover uma educação emancipacionista? Como ela pode se converter em uma experiência
castradora? O ensino pode tolher a aprendizagem? Como melhorar a qualidade no ensino? O
que é ensinar?”. Tais inquietações surgem partindo, inicialmente, sobre a lucubração no que
tange processos cognitivos de aprendizagem.
Cada indivíduo possui formas distintas de aproximação e apropriação do que lhe é
ensinado. Mas quando uma determinada metodologia que deveria alcançar e compreender
todos os partícipes envolvidos na construção de conhecimento compreende apenas uma
parcela dos mesmos, inibindo a apreensão de outra parcela, devemos repensar as nossas
estratégias de mediação a fim de aproximar e/ou envolver os diferentes tipos de cognição. É
necessário cada vez mais refletir e buscar conexões entre a, muitas vezes, desarticulação entre
os procedimentos de ensino e aprendizagem.
Em uma correlação com a explanação sobre a matriz curricular, costurado com as
múltiplas implicações que surgiam (inclusive as que ficavam somente em nível de
pensamento), narramos no segundo encontro um pouco do nosso contato e experiência com as
artes, contextos que nos conduziram à tal profissão, percurso trilhados, áreas de atuação, entre
outros, o que me fez perceber o quanto o processo de formação de cada individuo e sua práxis
(no nosso contexto, no ensino de teatro) está tão imbricado com as experiências anteriores que
o mesmo vivenciou. Positiva ou negativamente, nosso percurso vai amalgamando uma série
de estratégias que utilizamos ao longo das situações recorrentes na nossa vida, seja ela em um
contexto de reprodução, avaliação, distanciamento, tomada de decisão, solução... a auto-
observação e autoconhecimento são essenciais para (re)pensarmos como nos portamos
perante o exercício de constante avaliação e devir que é o ensino.
Esse exercício de investigação de si nos possibilita uma maior porosidade para com o
outro, para com as questões, as dificuldades e como mediar perspectivas de sanar tais. Creio
que esse seja algo fundamental na relação ensino-aprendizagem, buscar a partir das suas
experiências e questões buscar a emancipação do outro, não nosso sentido de colonização, de
preceder os saberes do outro, mas de agregar, somar, relacionar, ampliar, favorecendo sua
imersão e engajamento no processo de aprender e suas várias implicações.
Acredito que nessa vivência com a componente Psicologia da Educação construiremos
um olhar mais atentivo e sensível às diversas concepções no que tange os processos de
aprendizagem e alternativas de como melhor lidar com os entraves do percurso. Estou
bastante motivado com os encontros, discussões e abertos aos novos conhecimentos que virão
para agregar na lida como artista-professor-pesquisador.

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