A história da Linguística Aplicada no Brasil (MOITA-LOPES, 2013, 2010, 2006;
KLEIMAN E CAVALCANTI, 2007; SIGNORINI, 2001; RAJAGOPALAN, 2003; MENEZES, SILVA E GOMES, 2009) é, sobremaneira, recente, se levarmos em consideração o tempo de estudos e de curricularização da Linguística nas Universidades brasileiras. Não obstante, a LA tem se consolidado como ciência interdisciplinar, mantendo relação estreita e direta com as demais ciências humanas e da linguagem. Dentre as ciências da linguagem, podemos destacar a LA em interface com os estudos dos Letramentos (TFOUNI, MONTE-SERRAT E MARTA, 2013; KLEIMAN, VIANNA, DE GRANDE, 2015; KLEIMAN E MATENCIO, 2005; MATENCIO,2009; SILVA E GOMIDE, 2013; STREET, 2014; E VÓVIO, SITO E DE GRANDE,2010) e os estudos da Análise do Discurso, aqui nesse caso específico, a AD francesa (FOUCAULT, 2000; 2003; 2004; 2009; PÊCHEUX, 1197; 2002; 2011; MAINGUENEAU, 1989; DUCROT, 1997; 2013; ORLANDI, 2013; 2009; 2005; POSSENTI, 2004; 2002), evidenciando potencialidades de investigação de objetos advindos de corpus em língua(gem) com interfaces em estudos inter e transdisciplinares, como as que realizamos no Grupo de Pesquisa em Linguística a Aplicada e Transdisciplinaridade1 (GELAT-UNEB-CNPQ), grupo a que integramos como pesquisadores. Para tanto, para sulear (já que nortear se apresenta com um sentido marcadamente colonialista) as discussões e investidas teóricas propostas para o GT, acolheremos pesquisas e estudos em andamento e/ou concluídas que tematizem as interfaces entre os estudos da LA, dos Letramentos e da Análise do Discurso, implicados com/em ações linguageiras, com vertentes sociais. A forma de apresentação das pesquisas será por meio de sessão coordenada de comunicações, com intervenções propositivas dos mediadores e dos comunicadores. Desse modo, espera-se que esse simpósio contribua com reflexões teóricas e empíricas para ampliações de quadros investigativos sobre pesquisas em linguagens em esferas profissionais e acadêmicas, já que, por intermédio de ações de interação sociocomunicativa, como a que propomos aqui, entram em cena perspectivas teóricas que indiciam facetas multidisciplinares de compreensões desses estudos, produção de conhecimentos e momento de trocas simbólicas de saberes operando na coletividade.