You are on page 1of 3

VESTIBULAR: RESUMOS

PROFESSOR: WALTER TADEU


MATEMÁTICA I

Progressão Aritmética
Uma sucessão aritmética é também chamada de Progressão Aritmética se a diferença entre seus termos
consecutivos for constante.
Termo Geral de uma Progressão Aritmética
Uma progressão aritmética genérica pode ser escrita da forma (a1, a2, a3, ... , an, ...) cuja a razão é r.
De acordo com a definição podemos escrever:
a2 = a1 + 1.r
a3 = a2 + r = (a1 + r) + r = a1 + 2r
a4 = a3 + r = (a1 + 2r) + r = a1 + 3r
.....................................................
Podemos deduzir das igualdades acima que: an = a1 + (n – 1).r (denominada termo geral da PA).
Dessa fórmula, temos que:
→ an é o termo de ordem n (n-ésimo termo);
→ r é a razão;
→ a1 é o primeiro termo da Progressão Aritmética – PA.

Propriedades de uma PA
- 1ª Propriedade: Em toda Progressão Aritmética (PA), um termo qualquer, excluindo-se os extremos, é
média aritmética entre o seu antecedente e o seu consequente.
ak 1  ak 1
Desta forma na P.A. temos: (a1, a2, ...ak-1, ak, ak+1 ... an-1, an) => ak 
2
Exemplo: P.A = (1,3,5,7,9,11,...) => 5  3  7 ; 9  7  11; etc.
2 2
- 2ª Propriedade: Em toda P.A. limitada, a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma
dos extremos. Na P.A. (a1, a2,..., an-1, an) temos a1  an  a2  an1  ...etc.

Exemplo: PA (1,2,3,...98, 99, 100) => Temos: 2 + 99 = 3 + 98 = ... = 1 + 100.

- 3ª Propriedade: Em toda P.A. de número ímpar de termos, o termo central ou termo médio é a média
aritmética dos termos equidistantes a ele..
3  11 5  9
Exemplo: PA (3, 5, 7, 9, 11) => 7  .
2 2
Soma dos termos uma Progressão Aritmética (P.A.): Soma dos termos de uma P.A. finita (ou limitada) é
igual ao produto da semissoma dos extremos pelo número de termos.
Demonstração. Se fizermos a soma dos n termos de uma PA finita ordenando de forma crescente e
decrescente os termos teremos:

S  a1  a2  a3  ...  an2  an1  an


 n
Sn  an  an1  an2  ...  a3  a2  a1
2.Sn  a1  an   a2  an1   a3  an2   ...  an2  a3   an1  a2   an  a1 

(a1  an ).n
Como há n termos de mesmo valor (a1 + an), pela propriedade 2, temos: S 
2

Exemplo: Calcular a soma dos 20 primeiros termos de uma P.A. (2, 5, 8...).

(a1  an ).n (2  59).20


Solução: a 20  2  (20  1).3  a 20  2  57  59  S    (61).(10)  610 .
2 2
1
Interpolação de uma Progressão Aritmética (P.A.): Interpolar ou inserir “k” meios aritméticos entre dois
extremos a1 e an, significa formar uma P.A. de n = k + 2 termos onde a1 e an são os extremos.
Como a1 e an são sempre dados, basta determinar a razão r.
Exemplo: Inserir 4 meios aritméticos entre 3 e 38.
Solução. 3, ____,____,____,_____,38

a1 = 3; an = 38; n = 6; r = ?
an = a1 + (n – 1)r => r = 7. Logo, PA (3, 10, 17, 24,31,38).

Progressão Aritmética de 2ª Ordem


A definição de progressão aritmética utilizada até agora, na verdade é um caso particular chamado
progressão aritmética de 1ª ordem, onde a subtração dos termos consecutivos é constante. No caso da PA
de 2ª ordem a segunda subtração de termos consecutivos e que será constante.
Exemplo 1: (1, 3, 6, 10, ...)
1ª subtração: 3 – 1 = 2; 6 – 3 = 3; 10 – 6 = 4, .... Observe que as diferenças não são constantes, mas os
resultados (2, 3, 4,...) formam um PA de razão constante igual a 1.

De forma geral, podemos escrever essa situação da seguinte forma:


i) a1, a2, a3, a4, ...., an representando a PA de 2ª ordem. ii) b1, b2, ...,bn-1 representando a PA de 1ª ordem.
a2 – a 1 = b 1
a3 – a 2 = b 2
a4 – a 3 = b 3
................
an – an -1 = bn-1

Adicionando os dois membros entre si, observamos que os termos simétricos do 1º membro se anulam
sobrando (an – a1) e no 2º membro forma-se uma soma de PA. Escrevendo essa expressão, temos:
(b1  bn1 ).(n  1) (b  bn1 ).(n  1)
an  a1   an  a1  1 .
2 2

Exemplo 2. “Números triangulares” são números que podem ser representados por pontos arranjados na
forma de triângulos equiláteros. E conveniente definir 1 como o primeiro
numero triangular. Apresentamos a seguir os primeiros números
triangulares. Se Tn representa o n-ésimo número triangular, então T1 = 1,
T2 = 3, T3 = 6, T4 = 10, e assim por diante. O valor de T100 é igual a:
a) 5.050 b) 4.950 c) 2.187 d) 1.458 e) 729

 (2  b1001 ).(100  1) (2  b 99 ).99


a100  1   1 (2  100).99 (102).99
 2 2  a100  1   1 .
b 99  2  (99  1).1  2  98  100 2 2

 a1  1  (51).(99)  1  5049  5050

Questão da UERJ:
A soma de todos os números desta tabela até a vigésima linha é:
Solução. Cada coluna da esquerda para a direita é uma PA de razões respectivamente, 3, 4 e 5. Calculando
as somas dos vinte termos de cada coluna, temos:
 a 20  3  (20  1).3  3  (19).3  3  57  60
i) 1ª : 
  (3  60).20 ;
 S 20  2
 (63).(10)  630
 .
  a  4  ( 20  1).4  4  (19).4  4  76  80
 20

ii) 2ª :  (4  80).20  Total : 630  840  1050  2520


 S 20  2
 (84).(10)  840

 a 20  5  (20  1).5  5  (19).5  5  95  100
iii) 3ª : 
  (5  100).20
 S 20  2
 (105).(10)  1050

2
Soma dos n primeiros termos de uma Progressão Aritmética de 2ª Ordem
Expressando a soma dos termos de an, temos:
a1  a1
a 2  a1  b1
a3  a 2  b 2  a1  b1  b 2  a1  b1  b1  r  a1  2b1  r
a 4  a3  b3  a1  2b1  r  b3  a1  2b1  r  b1  2r  a1  3b1  3r
a5  a 4  b 4  a1  3b1  3r  b 4  a1  3b1  3r  b1  3r  a1  4b1  6r
a 6  a5  b5  a1  4b1  6r  b5  a1  4b1  6r  b1  4r  a1  5b1  10r
a7  a 6  b 6  a1  5b1  10r  b 6  a1  5b1  10r  b1  5r  a1  6b1  15r
...
an  an1  bn1  a1  (n  1)b1  (1  3  6  10  ...  C).r
Somando os termos do 1º e igualando à soma dos termos (a1), (b1) e (r), temos:
a1  a2  a3  ...  an  n.a1  (1 2  ...  (n  1).b1  (1 3  6  10  ...C)r
n.(n  1)
a1  a2  a3  ...  an  n.a1  b1.  (1 3  6  10  ...C)r
2
O coeficiente da terceira parcela do 2º membro pode ser escrito da seguinte forma:
1 (1 2)  (1 2  3)  (1 2  3  4)  ...  (1 2  3  4  ...  k) -> (*)
Essa expressão representa a soma de soma de progressões aritméticas de razão 1. Temos:
k(k  1) k2 k
1  (1  2)  (1  2  3)  (1  2  3  4)  ...  (1  2  3  4  ...  k)     
2 2 2
k 1 1 k(k  1) k(k  1)
OBS :   . k  . 
2 2 2 2 4
Observação: Calculando k 2
, temos:

(0  1)3  03  3.0 2  3.0.1  1



(1  1)  1  3.1  3.1.1  1
3 3 2

(2  1)3  23  3.22  3.2.1  1


 
(3  1)  3  3.3  3.3.1  1
3 3 2

...

(k  1)3  k 3  3.k 2  12  3.3.1  1
13  23  33  ...  k 3  (k  1)3  13  23  33  ...  k 3  3.k 2  3.k  k  1 
3k.(k  1) 3k.(k  1)
 (k  1)3  3.k 2   k  1  3.k 2  (k  1)3   k 1
2 2
 3.k 2 
2(k  1)3  3k.(k  1)  2k  1
 k 2 

(k  1) 2(k  1)2  3k.  2


2 6
 k 2 

(k  1) 2k 2  4k  2  3k.  2 
 k 2 
(k  1) 2k 2  k.  k 2 
 k.(k  1).(2k  1)
6 6 6
No caso da soma dos termos da PA de segunda ordem, k = (n – 2).
n.(n  1) (n  2).(n  2  1).(2(n  2)  1) 3(n  2)(n  2  1)
a1  a 2  a 3  ...  an  n.a1  b1.  r. 
2 12 12
n.(n  1) (n  2).(n  1).(2n  3)  3
a1  a 2  a 3  ...  an  n.a1  b1.  r.
2 12
n.(n  1) r.n.(n  2).(n  1)
a1  a 2  a 3  ...  an  n.a1  b1. 
2 6

You might also like