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Welington J Ferreira
A eternidade possui momentos dramáticos. Assim como a vida
humana e seus percalços. Somos cercados de montes e vales,
paradoxos sem fim, a nossa vida se assemelha às vezes a uma folha
levada por intensa tempestade, outras vezes a uma gota que escorre
sobre um vidro translúcido. Gerações passam, vendo coisas
tremendas acontecerem, revoluções, guerras, desastres naturais,
enfermidades, sofrimento, terrores, angústias, sonhos, conquistas,
lutas, risos, lágrimas, realizações, descobertas, num turbilhão que
envolve o mundo, o tempo, o passado, o futuro, nascimento e morte.
Mas nenhuma dessas coisas acontece em vão. Nada ocorre sem que
forças espirituais estejam envolvidas. Nada acontece em nenhum
lugar da vastidão do cosmos que passe despercebido diante do
coração de Deus. Nada ocorre sem uma interação de forças e uma
ordem que se estabelece mesmo quando não ordem aparente
alguma. O universo não foi lançado sobre si mesmo. O cosmos não se
encontra abandonado. Não é o acaso ou a sorte que definirá o
amanhã da humanidade. Em meio a morte de milhões de seres
humanos, desastres tais como um terremoto que soterram milhares
de crianças na China, maremotos que destroem e varrem povoados,
inteiro, soterrando com lama culturas e civilizações, um grupo de
seres interage continuamente com a humanidade. Um grupo de seres
imortais, anteriores a criação da terra, testemunhas da geração
humana e conscientes das próprias forças que sustentam o universo,
caminham sobre essa terra ferida. E realizam ocultos por uma
dimensão indetectável coisas que jamais subiram ao coração
humano. A vida não se sustenta sozinha. Ela não é contida somente
pelo plano material. A vida humana interage com outro universo, que
chamamos de universo espiritual, na falta de nome melhor. Os anjos
enxergam nossa realidade e sua visão atravessa o tempo, o espaço e
as dimensões. Os anjos transitam entre o visível e a pátria que o
crente em Cristo almeja alcançar. Ou pela pátria TRANSITÓRIA Ele já
estava lá, antes do primeiro homem nascer. Na verdade o universo
caminha numa direção em que as realidades antigas, que se
iniciaram antes que o tempo iniciasse sua caminhada, estão prestes a
serem transformadas. Os anjos sabem, assim como os profetas a
quem já comunicaram, que tudo que existe está para terminar. O
universo que conhecemos é quase uma criança, comparado com o
que já havia antes de começar a existir. Isaías, Pedro, João e Cristo
anunciaram o momento em que o tempo e o espaço se dobram, em
que os elementos e a matéria se consomem em chamas para dar
origem a uma nova realidade. Essa nova realidade foi vista numa
visão dada por Jesus na ilha de Patmos. E os anjos preparam hoje a
espíritos humanos, para serem co-participantes de um reino, de uma
terra, de um mundo, de uma dimensão, de um cosmos, que jamais
será mudado e que jamais terminará.
"Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores,
enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a
salvação?” (Hebreus 1:14)

Os anjos representam um mistério. Um grandioso mistério da


eternidade. As Escrituras falam sobre sua existência, de sua atuação
na esfera humana, na sua interação com o universo que conhecemos
e com a sua vida espetacular manifesta numa dimensão por nós
desconhecida. A mais importante declaração sobre os anjos é sobre o
que fazem, dito para que possamos entender o que representam,
mais do que poderíamos compreender plenamente o que são.
Entendendo primeiro sobre sua função, sobre seu papel na vida que
Deus nos legou: Ministrar para àqueles que hão de herdar a salvação.
Vários conceitos de fundem nessa pequena declaração. Ministrar,
Herdar e Salvar. Ministrar-Servir, que nos mostra uma designação,
um propósito segundo a vontade de um Empreendedor, ou
empregador. Ministrar significa servir a algum propósito, ou a
alguém. Eles servem a seres que necessitam de cuidados para
alcançar uma necessidade. Na ordem em que o texto o declara:

“todos eles espíritos ministradores” – Significa que toda a


comunidade angelical possui os mesmos princípios que regem sua
existência, que possuem assim como os seres humanos um espírito,
tão proeminente em suas vidas que é usado pelo escritor de Hebreus
para classifica-los. Acima daquilo que são, sua natureza espiritual é
tamanha que são assim designados. “espíritos ministradores”.
Eles possuem corpos, eles tocam, voam, quebram cadeias, alteram
realidades físicas, interagem com pessoas, mas até seus corpos estão
além das limitações de nosso universo, chamados de corpos
celestiais. O escritor não traduz COMO eles são, pois está preocupado
em resumir O QUE eles são. “Todos eles”. Todos possuem uma
mesma vocação, um mesmo propósito pré-ordenado para suas vidas.
Que não está relacionado somente com eles. Quando Deus criou os
anjos estes estariam conectados ao destino humano, fariam parte de
nossa existência e sem nós, os anjos não estariam completos, no que
diz respeito a seu próprio destino. Os céus e a terra se interligam, a
eternidade e nosso mundo, o invisível e aquilo que é manifesto
segundo propósitos do coração de Deus. Um destes propósitos é que
um dia, numa época determinada, haveria seres diferentes dos anjos
que nasceriam numa realidade diferente da qual viviam que
necessitariam deles para obter algo, que por si mesmos não
poderiam conseguir. É interessante que antes que nascesse o
homem, Deus estabeleceria uma raça de seres que seria capacitada e
preparada para auxiliar a estes últimos, numa guerra espiritual que
seria travada num mundo de sofrimento desconhecido ainda, para
que tais seres, que ainda não existiam, pudessem participar de uma
herança celestial. A palavra herança fala de relações jurídicas que nos
reporta a uma realidade de morte. Pais legam para seus filhos seus
bens e novas gerações herdam das antecessoras o direito aos bens
que esta um dia possuiu. O propósito para a vida dos anjos foi
instituído de modo PROFÉTICO, num tempo anterior ao tempo, antes
da existência da morte, do sofrimento, da perda, da destruição, da
perdição, da guerra espiritual, da emancipação (por assim dizer) dos
poderes das trevas e mesmo da criação do primeiro ser humano.

Os anjos possuem uma hierarquia, declarada no termo grego para


“arcanjo - Archeangellos”. Arché – é um prefixo que significa
proeminência, precedência – Chefia. Uma ordem, um arranjo de
autoridade. Serão citadas nas Escrituras pelo menos quatro ordens
angelicais distintas: Anjos, Querubins, Serafins e Arcanjos.

São muito numerosos e segundo o relato bíblico têm graus diferentes


de dignidade e de poder (Zacarias 1:9, 11; Daniel 10:13; 12:1;
Efésios 1:21; Colossenses 1:16; 1 Tessalonicenses 4:16; Judas 1:9).
Quando os anjos foram realmente vistos sempre o foram em forma
humana (Gênesis 18:2; 19:1, 10; Daniel 3:25; Lucas 24:4; Atos
1:10), e expressões como “iguais aos anjos” (Lucas 20:36), os títulos
que lhes são dados e o fato de serem chamados filhos de Deus (Jó
1:6; 38:7) como Adão (Lucas 3:38), parecem todos indicar uma
grande semelhança entre eles e o homem (Juízes 13:6; Daniel
10:16).

No Novo Testamento a encarnação de Cristo introduz uma era nova


no ministério dos anjos: eles vêm com o seu Senhor para a terra para
servi-Lo enquanto está aqui. Eles predizem a Sua vinda (Mateus
1:20; Lucas 1:26-38), ministram a Ele depois da Sua tentação e da
Sua agonia (Mateus 4:11; Lucas 22:43), e declaram a Sua
ressurreição e ascensão (Mateus 28:2-8; João 20:12, 13; Atos 1:10,
11). O Senhor Jesus declarou que, se quisesse, Ele pediria ao Pai e
Ele mandaria mais de doze legiões de anjos para defendê-Lo dos
Seus agressores (Mateus 26:53): mas Ele tinha que sofrer nas mãos
dos homens, conforme as Escrituras, para cumprir a missão a que
veio, por isso não o fez.

Enquanto na terra, tendo chamado uma criança para perto de Si,


Jesus a colocou no meio dos Seus discípulos e lhes disse: “Vede, não
desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus
anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus.
Porque o Filho do Homem veio salvar o que se tinha perdido.”
(Mateus 18:10,11). Ele preveniu-lhes contra desprezarem as
crianças, porque Deus tem anjos empregados diante da Sua presença
para ministrarem pelo seu bem dentro do propósito do Seu plano
para salvar o que se havia perdido.

O Senhor Jesus também disse que “há alegria diante dos anjos de
Deus por um pecador que se arrepende”. (Lucas 15:10). Os anjos
estão envolvidos no plano de salvação de Deus e há alegria com o
arrependimento de cada pecador, e quando este morre eles levam a
sua alma para o paraíso (Lucas 16:22).

Depois da Sua ressurreição, o Senhor Jesus “está à destra de Deus,


tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as
autoridades, e as potências” (1 Pedro 3:22, Apocalipse 22:9,16). Ele
usou o ministério dos anjos para livrar os Seus apóstolos da prisão e
do perigo (Atos 5:19, 12:7-11, 27:23); Ele também os empregou
para levar a mensagem do Evangelho ao eunuco da Etiópia e ao
centurião romano Cornélio (Atos 8:26 e 10:3-11:13). Não
conheceremos toda a amplitude do trabalho que os anjos fazem
agora até que cheguemos ao céu.

Os casos de assistência dada pelos anjos aos homens, relatados no


livro de Atos, são clara indicação que eles realmente ministram aos
santos da igreja de Cristo, bem como a exortação: “Não vos
esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo,
hospedaram anjos.” (Hebreus 13:2). Provavelmente é uma referência
aos casos já conhecidos ocorridos com Abraão, Ló e Gideão, mas não
deixam de conter a sugestão que isso pode ocorrer novamente com
qualquer um de nós, incentivando-nos à prática da hospitalidade.

Um dia o Senhor Jesus voltará em glória com os Seus anjos, para dar
início ao Seu reino na terra. Os Seus anjos então darão andamento a
outro aspecto do seu ministério: o afastamento e punição dos ímpios
que estiverem vivos em todo o mundo naquela época: “Mandará o
Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o
que causa escândalo e os que cometem iniqüidade. E lançá-los-ão na
fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.” (Mateus
13:41-42). Assim os anjos abrirão o caminho para dar um bom início
ao reino milenar.

No sentido mais amplo, anjos demonstram ser agentes da


providência de Deus, e estão especialmente envolvidos na Sua
grande obra de redenção. Não há referência a aparições de anjos até
depois do chamado de Abraão. A partir dessa ocasião existem
menções freqüentes ao seu ministério na terra (Gênesis 19; 24:40;
28:12; 32:1). Eles aparentam repreender a idolatria (Juízes 2:1-4),
convocar Gideão (Juízes 6:11, 12), e consagrar Sansão (Juízes 13:3).
A partir de Samuel, os anjos geralmente aparecem aos profetas (1
Reis 19:5; 2 Reis 6:17; Zacarias 1:12; Daniel 4:13, 23; 10:10,13,
20, 21), no entanto ao rei gentílico Nabucodonosor foi dada a
oportunidade de ver um deles (Daniel 3:25).

Os anjos realizam coisas relacionadas a salvação humana, atuando


sobre esferas espirituais que não são alcançáveis pelo ser humano.
No livro de Zacarias:

Zacarias 3:1,3,4 e 5. “Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o


qual estava diante do Anjo do Senhor, e Satanás estava à mão direita
dele, para se lhe opor. Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava
diante do Anjo. Tomou este a palavra e disse aos que estavam diante
dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito que
passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de finos trajes. E disse eu:
ponham-lhe um turbante limpo sobre a cabeça. Puseram-lhe, pois,
sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios.”

Veremos anjos atuando sobre ordem divina para mudar a condição


espiritual de pecado de um sacerdote. Eles purificam o coração de
Josué (do coração é que procedem os maus pensamentos, aquilo que
sai do homem é o que o contamina, esse é o significado das vestes
imundas) agem conforme uma revelação do Espírito Santo dada a
Zacarias (profeta – que recebe uma visão daquilo que acontece
dentro da dimensão espiritual) agindo sobre o pecado de Josué. Veja,
anjos sobre a ordem divina atuando sobre o pecado. A
interação entre o Espírito de Deus e os anjos é tamanha que estes
agem como AGENTES da vontade de Deus, até nas coisas
relacionadas com forças malignas, poderes das trevas, pecado
humano, culpa humana. Eles são puros o suficiente para não se
contaminarem com a maldade do pecado, ou sofrerem com qualquer
efeitos por ele produzido. Anjos não podem PERDOAR o pecado
humano, só DEUS pode realizá-lo, só CRISTO possui tal ministério,
mas eles participam como agentes do poder de Deus, agentes da
vontade divina, cooperando com Deus para realização do que ele
determina. Essa questão da EXECUÇÃO da vontade de DEUS é vista
no salmo 113:
“Vós ministros seus que FAZEI sua vontade”
Um rei ordena, seus servos vão e realizam a obra. Deus envia a
palavra, seus anjos a entregam, Deus ordena a cura, os anjos são
enviados para ministrá-la, Deus ordena o milagre, anjos estarão no
lugar determinado, na hora determinada para realizar o que o PAI
designou.

São os anjos que ministram as curas nas congregações. Se um


profeta vir o instante de uma operação milagrosa, verá
instantaneamente um anjo presente ministrando a cura operada.
Toda reunião “ungida” ou reunião onde haverá ou há a manifestação
poderosa da presença de Deus, onde a congregação é permeada pela
paz, cheia de alegria, onde dons espirituais podem ser manifestos,
onde ocorrem curas ou há quebrantamento (choro fruto da confissão
dos pecados, ou fruto da emoção de corações sensibilizados pela
pregação inspirada pelo Espírito Santo, pela adoração sincera) ou
conversão de muitas pessoas que são constrangidas pelo amor de
Deus derramado, aceitando a Cristo como Senhor e Salvador em seus
corações, Toda reunião deste gênero é permeada pela presença
angelical. Os anjos são figuradamente falando quase um
“desdobramento” da presença do Espírito de Deus. Eles não são
Espírito Santo, mas sua presença inunda a igreja com a presença de
Deus, como se eles, continuamente, estivessem cheios do Espírito de
Deus. Anjos são ungidos, cheios do Espírito, imersos na unção, no
poder e da presença do Senhor.
Quando os homens são cheios do Espírito Santo eles se tornam
parecidos com anjos. A identidade entre eles e Deus é tamanha que
são chamados de “filhos de Deus”. (Atos 1:10), e expressões como
“iguais aos anjos” (Lucas 20:36), os títulos que lhes são dados e o
fato de serem chamados filhos de Deus (Jó 1:6; 38:7)

Estabelecem a proteção do perímetro de onde um culto é realizado.


Verifique que reuniões onde o poder de Deus é manifesto,
imediatamente pessoas endemoninhadas caem no chão. Quando a
igreja é reunida, o ambiente é guardado para que opressões e
poderes malignos não atrapalhem a comunhão dos crentes em Cristo.
Na rua ou praças, a presença de uma Igreja intercessora é sempre
pertubadora aos poderes malignos ali presentes.

Os anjos participam do louvor de uma congregação, para ministrar a


esta congregação e para honrar a presença de Cristo manifesta na
Congregação. Grupos de louvor e ministros em reuniões percebem ou
já viram por meios de centenas de visões a atuação angelical em
determinados momentos do culto cristão.

Certa feita um diácono viu um anjo que preparava instrumentos ao


lado de um instrumentista da igreja. Algumas melodias foram
inspiradas a músicos que a ouviram antes que pudessem tocá-las em
público. Um certo jovem músico ouvia corais com orquestrações de
vozes, certas noites antes de dormir, com arranjos, melodia e letra
por ele desconhecidas. Lemos nas Escrituras que os anjos cantam,
que eles estão relacionados com a musica. Na aparição aos pastores
em Belém, eles cantam numa multidão. Podem ministrar melodias se
assim Deus o permitir, inspirando, relembrando, mesmo cantando um
cântico, seja em visões ou em sonhos para inspiração dos adoradores
e para a edificação da Igreja de Cristo na área de adoração.
Certas cantoras e cantores já cantaram com a presença de anjos ao
seu lado, entoando a mesma melodia que entoavam. Muitos cânticos
espirituais ministrados á igreja foram primeiramente cantados a um
profeta antes que este o ministrasse audivelmente á congregação.

Os anjos interagem com os sonhos, visões e revelações ministradas á


Igreja de Cristo. Assim como o Espírito Santo possui acesso a áreas
do coração humano, anjos também podem atuar sobre nosso
coração, para concessão de alguma benção ou recurso espiritual,
debaixo da orientação divina. Seja nos sonhos dados a José ou a
Jacó, seja na visão dada ao sacerdote Zacarias sobre o filho que
nasceria e seria um grande profeta (João Batista), vemos a interação
entre DONS ESPIRITUAIS e MINISTRAÇÃO ANGELICAL, a união do
ministério do Espírito Santo e da operação Angélica. Essa unidade é
tão grande que GEROU falsas doutrinas e fantasiosas considerações
gnósticas sobre a DOMINAÇÃO angelical, que são uma DETURPAÇÃO
sobre a operação angelical segundo o domínio do Espírito Santo.
Jesus é Senhor da IGREJA terrena e da IGREJA celestial, ele é Senhor
dos homens e dos anjos. Não há intermediação entre homens e Deus
que não seja através de Cristo. O Gnosticismo, que é a doutrina de
centenas hierarquias angelicais entre o cristão e Deus, tornando-o
inacessível ao ser humano (uma releitura sociológica das castas
hindus sublevada a adoração religiosa). O resultado da aceitação de
tal visão é a apostasia, Jesus não é mais o SALVADOR para o
Gnóstico. Mas o Gnosticismo trouxe outro mal. A REJEIÇÃO
ABSOLUTA da operação angelical, que faz parte de uma releitura
filosófica materialista das Escrituras. Os anjos foram descartados,
juntamente com os dons do Espírito Santo. Duas mentiras, dois
desastres amaldiçoantes para a Igreja. Os dons são reais, as
operações angelicais são reais. Nosso HOJE é semelhante a época
apostólica, aos dias dos profetas do Velho Testamento ou mesmo ao
tempo do Édem. Não vivemos num mundo despido das manifestações
do Poder de DEUS. TODA doutrina que rejeita a ministração angelical,
assim como ao poder de Deus, e as operações do Espírito Santo, não
têm origem nas ESCRITURAS. É fruto de FÉ MORTA, afaste-se delas.
Afaste-se de professores que negam a eficácia do poder de Deus, que
negam a operação do Espírito de Deus. Que em nome de sua
incredulidade e fanatismo pela LETRA negam as Escrituras. Há uma
sinagoga de Satanás, há hoje uma igreja morta. Ela prega a Cristo,
mas nega-lhe seu PODER. Ela prega a bíblia, mas vomita sobre ela
nas coisas concernentes ao Espírito Santo. Qualquer ministro que
nega ao Espírito de Deus não lhe pertence. Negar ao Espírito de
Deus não é aceitar toda heresia dita ser revelação, o Espírito de
DEUS não CONTRADIZ as Escrituras, as Escrituras CONFIRMAM toda
a manifestação do Espírito. A Própria Escritura ORDENA: “provai aos
espíritos para ver se provêm de Deus”. Vivemos numa época de
desorientação espiritual, de banalização da Graça, da mundanização
da operação espiritual, da “privatização de DEUS” conforme colocou
certo jornalista. Lixo é lixo, seja de origem teológica, ou de origem
revelacional. O Espírito de Deus é coerente com sua Palavra, com sua
Sabedoria, com sua ORTODOXIA. Ou seja, O Espírito de Deus age
conforme o vemos agir nas suas Escrituras, sempre. Esse estudo
possui revelações espirituais, contudo nenhuma dessas revelações
contradiz as Escrituras. São frutos de visões e experiências reais, mas
são tão coerentes com a doutrina bíblica como qualquer aula falando
sobre Salvação e João 3:16. O autor acredita que revelações só
possuem validade se plausíveis, se coerentes, se baseadas nas
Escrituras. Inclusive o leitor é convidado a MEDITAR nas coisas
colocadas neste estudo, e a REJEITAR aquilo que lhe parece ser
inaceitável. Mas pese bem sua decisão. Porque o autor de tais textos
possui um razoável aporte de conhecimento bíblico.

Os anjos conduzem os que foram tidos como dignos de herdar a


Salvação, aos lugares celestiais. Visões estão sendo dadas que
mostram a realidade da presença angelical quando da morte de um
filho de Deus. Nas quais imediatamente após a morte tais seres
conduzem tais pessoas a um lugar semelhante ao mostrado nas
Escrituras em diversas passagens, de acordo com as promessas
divinas em diversos textos revelados. Há um mistério sobre a morte
que se cumpre na morte de Cristo. Há um “estado de coisas” que foi
alterado, lugares e situações espirituais foram mudados com a morte
e ressurreição de Jesus; A morte não é uma lei imutável, conforme
imaginam os espíritas. Desde os tempos antigos a humanidade
ansejou viver para sempre. A mumificação artificial, os ritos
funerários de diversos povos atestam a vontade humana de
continuara a viver, existir, entendendo que a morte não era o fim da
existência, que havia um lugar para onde a alma ou o espírito
humano deveria ir, um caminho que se deslumbrava além. Essa
consciência sobre a ‘permanência’ dessa essência humana invisível é
o motor de muitas culturas e civilizações. Mas o que é desconhecido e
imutável para o homem, não o foi para Cristo. Jesus veio em forma
humana, envolta na fraqueza humana, mas nele habitava a plenitude
do poder criador de Deus. Deus estava em Cristo, e nele enquanto
homem, havia um mistério e a capacidade de mudar tudo,
absolutamente tudo a sua volta, mesmo a estrutura da morte. Jesus
veio para libertar o gênero humano da condição mortal. Nele, na
pessoa de Cristo, habita o mistério da Vida Eterna, a resposta às
perguntas das civilizações, o poder para mudar a própria sorte, na fé
em seu Nome, acima e além de qualquer vestígio de ritual ou pratica
mágica que se realize debaixo dos céus. Jesus é a esperança para a
humanidade, ele é a resposta para a própria morte. A dimensão da
morte permaneceu inalterável por milhares de anos. Desde a morte
do primeiro homem, desde seu início no universo de Deus, algum dia
na eternidade passada. A morte é anterior ao homem, assim como os
lugares celestiais, as regiões celestiais – não tão celestiais assim –
para onde iriam todos os espíritos dos mortos. Em Cristo estava a
vitória contra a morte, e a declaração da mudança de sua relação
para com a alma humana. As leis que regem a vida pertencem a
DEUS e Jesus é imagem de DEUS. A morte obedece a Cristo. Ele
possui poder sobre a morte. Sobre sua morte. Sobre toda morte
humana. No momento em que Jesus morre no calvário, as estruturas
celestiais invisíveis que sustentam o império da morte, são
destruídas. O que existia desde antes do Édem até o advento de
Jesus, transformou-se. Milhares de espíritos presos nas regiões
inferiores foram livres pelo poder de Cristo. Uma prisão espiritual
invisível que impedia que os espíritos achados dignos por Deus,
alcançassem lugares preparados, onde habitam os anjos, foi rompida.
A morte foi quebrada. Diz as Escrituras:

Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons
aos homens. Ora, isto—ele subiu—que é, senão que também antes
tinha descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é
também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir
todas as coisas" (Ef. 4:8-10).

Os judeus chamavam a tal lugar de “seio de Abraão”.

Durante o evento da morte de Jesus, fica claro que independente do


que havia em tais lugares, somente imaginado pelos poetas,
sacerdotes, magos e sonhadores, já que o espírito humano não
possui acesso a eles, não enquanto vivos, a morte, a região da
morte, a história da morte, o reino da morte, foi ALTERADO. Tão
grande foi a ruptura que durante a morte de Jesus tais fatos
ocorreram:

"E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e


tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; e abriram-se os sepulcros,
e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e,
saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na
cidade santa, e apareceram a muitos." [Mateus 27:51-53]

Ocorreu uma única vez na história humana uma ‘ressurreição’


múltipla, dezenas de pessoas, algumas mortas talvez a centenas de
anos, saíram de seus sepulcros abertos por forte terremoto.
Certamente tais ressurretos morreriam anos após, mas são claros
sinais de que Jesus mudou a estrutura de nosso universo, que as
coisas celestiais foram alteradas.
Tal fato é que nos concede condição de entender o significado de uma
visão de anjos conduzindo pessoas as moradas celestiais. Porque o
véu que separava-nos de Deus, já não existe mais.

É também dito nas Escrituras que os anjos guardam determinados


lugares na terra. No livro de Apocalipse vemos anjos em
determinadas posições geográficas. Jesus vai até uma piscina de
banhos públicos em Jerusalém, tanque de Betesda, na frente de uma
associação judaica que distribuía alimentos aos pobres durante a
festa de Purim (Bestesda – Casa de misercórdia) onde um anjo descia
regularmente.

Tanques de Betesda.

Quando o rei Davi vai até o monte das oliveiras, na época


denominado eira de Orna, lá está parado um anjo. Davi havia
cometido um grave delito diante do Espírito de Deus, uma presunção
que significava “creio mais em minha capacidade que em teu poder”
colocando em risco a liberdade e a existência futura da nação de
Israel, que justamente por tal conduta de seus futuros governadores
deixaria de existir. Davi declarou voluntária e conscientemente diante
de todo Israel que era auto-suficiente, que o futuro de Israel estava
nas mãos de seu poderoso exército. Em um único dia enfermaram e
morreram 30.000 homens. Então Davi enxergou o que estava
fazendo.

I CR 21

15 E Deus mandou um anjo a Jerusalém para a destruir; e,


destruindo-a ele, o SENHOR olhou, e se arrependeu daquele mal, e
disse ao anjo destruidor: Basta, agora retira a tua mão. E o anjo do
SENHOR estava junto à eira de Ornã, o jebuseu.

16 E Davi, levantando os olhos, viu o anjo do Senhor, que estava


entre a terra e o céu, tendo na mão uma espada desembainhada
estendida sobre Jerusalém. Então Davi e os anciãos, cobertos de
sacos, se prostraram sobre os seus rostos. E, levantando Davi os
seus olhos, viu o anjo do SENHOR, que estava entre a terra e o céu,
com a sua espada desembainhada na sua mão estendida contra
Jerusalém; então Davi e os anciãos, cobertos de sacos, se prostraram
sobre os seus rostos.
18 Então o anjo do Senhor ordenou a Gade que dissesse a Davi
para subir e levantar um altar ao Senhor na eira de Ornã, o jebuseu.

Essa eira é onde um dia parte do templo se ergueria, monte Moriá,


mesmo lugar onde Abraão ofereceu seu filho Isaque.

Em algumas visões dadas sobre futuros templos, Deus mostrou a


presença de anjos nos terrenos consagrados a sua edificação. Anjos
já caminharam fisicamente sobre a terra, inclusive visitando famílias,
e caminharam sobre cidades, como Sodoma e Gomorra. O Velho
Testamento mostra um anjo caminhando por uma imensa extensão
de terra de Gilgal a Boquim.

Jz 2.1 - “E subiu o Anjo do SENHOR de Gilgal a Boquim e disse: Do


Egito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinha
jurado, e disse: Nunca invalidarei o meu concerto convosco.”

Havia um anjo próximo a muralha de Jericó. Porque anjos caminham


sobre a terra, ou porque ficam fixos em certos lugares? Eles
aguardam ordens, foram designados por Deus e num tempo
determinado realizam feitos. Quais não sei.

Em diversas visões, vêem-se anjos falando em línguas, juntamente


com as pessoas revestidas com este dom. “Ainda que eu falasse a
língua dos homens e dos anjos” é um dos poucos textos que lança luz
bíblica sobre essa visão. O outro texto é sobre a mão de um anjo que
escreve palavras numa parede, num palácio babilônico na festa do rei
Beltessazar, que não eram de uma língua conhecida. O dom de
línguas é muitas vezes compartilhado por uma operação espiritual
angelical no mesmo instante.

Nós não temos conhecido na medida correta a interação entre o


Espírito de Deus, nós e os anjos. Jesus fala de uma união entre nosso
espírito, ele, o Espírito Santo e o Pai, numa interação por nós
indecifrável. João 17: 'Para que todos sejam um, assim como Tu, Pai,
estás em mim e eu em Ti’. Nós limitamos as implicações das palavras
do Senhor, quase como um mecanismo de “não, não quero saber...
não... não me importo...” temos MEDO das coisas profundas, das
realidades que envolvem nosso chamamento, nossa vocação, dos
aspectos tremendos da REGENERAÇÃO, daquilo que nós fomos
tornados em Cristo. Em Cristo, no Espírito Santo, operações de
milagres, curas, sinais e maravilhas ocorrem em Nós e ao mesmo
tempo em DEUS; em Cristo e na Igreja, move-se o Espírito, move-se
nosso homem interior, nosso espírito e movem-se os anjos de Deus.
Uma Igreja no espírito, em comunhão com Jesus, interage com o Pai
de um modo mais profundo do que costumamos imaginar. Sobre tais
realidades é que nos foi dada a visão de Ezequiel 1:

14 E os seres viventes corriam, e voltavam, à semelhança de um


claräo de relámpago.
15 E vi os seres viventes; e eis que havia uma roda sobre a terra
junto aos seres viventes, uma para cada um dos quatro rostos.
16 O aspecto das rodas, e a obra delas, era como a cor de berilo; e
as quatro tinham uma mesma semelhança; e o seu aspecto, e a sua
obra, era como se estivera uma roda no meio de outra roda.
17 Andando elas, andavam pelos seus quatro lados; näo se
viravam quando andavam.
18 E os seus aros eram täo altos, que faziam medo; e estas quatro
tinham as suas cambotas cheias de olhos ao redor.
19 E, andando os seres viventes, andavam as rodas ao lado
deles; e, elevando-se os seres viventes da terra, elevavam-se
também as rodas.
20 Para onde o espírito queria ir, eles iam; para onde o espírito
tinha de ir; e as rodas se elevavam defronte deles, porque o
espírito do ser vivente estava nas rodas.
21 Andando eles, andavam elas e, parando eles, paravam elas
e, elevando-se eles da terra, elevavam-se também as rodas
defronte deles; porque o espírito do ser vivente estava nas
rodas.

Ezequiel era um profeta e viu seres celestiais, na verdade querubins,


a quem chama de seres viventes, interagindo com rodas, que
acompanhava-nos onde quer que fossem, que tinham nelas o espírito
dos próprios seres viventes. Elas são uma extensão deles mesmos,
agindo como uma parte separada de seus corpos celestiais.
A Igreja de Cristo é o seu Corpo na terra, ela é para Cristo, ou
deveria ser, o que as rodas são para os Querubins. Para onde o
espírito queria ir, elas iam... Parando ele, paravam elas, elevando-se
ele, elevavam-se elas...
Essa realidade diz respeito a uma Igreja que vive segundo o Espírito
de Deus, que age de acordo com seus desígnios, que aceita interagir
com sua sobrenaturalidade, que permite-se ser visitada por anjos,
que sente e deseja ir para onde o Espírito quer dirigi-la.
A visão na verdade incorpora inúmeros graus de interação espiritual,
ela fala de realidades celestes, fala de ministério angelical, fala-nos
de realidades celestiais (que irão mudar na ressurreição de Jesus) e
reflete o mistério do Espírito de Deus no espírito humano.

Os anjos são seres cuja natureza lhes permite perfeita interação com
o Espírito de Deus. Eles são vistos diversas vezes nas Escrituras
manifestando raios, trovões, glória, resplandecendo, queimando,
mesmas representações do poder e da glória do Espírito de Deus. O
Santo dos santos, parte sagrada do templo de Salomão e do
tabernáculo de Moisés possuía cortinas enfeitadas com querubins, e a
mais importante intercessão de um sumosacerdote era feita
ajoelhando diante de uma arca de ouro que possuía dois querubins
esculpidos em ouro puro, com suas asas viradas diante do outro,
ajoelhados e olhando em direção da arca. Dentro da Arca eram
guardados símbolos, relíquias: Um vaso do maná, o cajado que
pertenceu a Arão, e as tábuas da lei escritas por Moises. O Maná
representa a Cristo, pão da vida, a vara representa o Espírito de Deus
(numa disputa sobre direito ao sacerdócio, doze tribos separaram os
chefes dos clãs que depositaram cada um seu cajado diante da arca.
Na manhã seguinte um destes cajados havia florescido, o de Araão),
orientação e as tábuas da lei representam ao Pai. O sangue do
cordeiro imolado em sacrifício era depositado entre os dois querubins,
sobre a Arca. Por isso, dizer que os anjos são seres ungidos soa
quase como pleonasmo. Nós podemos ser cheios do Espírito, eles
TRANSBORDAM. Nós almejamos ser vasos do poder de Deus, neles o
poder divino opera de modo pleno.
Os anjos são instrumentos de Deus para operação de sinais, milagres
e prodígios. Até a operação de ressurreições conta com o apoio e a
presença angelical. Assim como no sepulcro, anjos estão sempre em
cena na operação de grandes maravilhas. Em algumas operações de
curas milagrosas em hospitais, anjos foram vistos entrando até o
quarto e tocando os enfermos em seus leitos, incluindo pessoas em
coma e mesmo mortos. O resultado é sempre o mesmo, a operação
milagrosa.

Os anjos participam dos ministérios da Igreja, apoiando, suprindo,


consolando, protegendo, impedindo operações malignas, revelando
planos ocultos e ministrando revelações e mandatos de Deus. Ou
não. Um ministério corrompido pela incredulidade ou pela
desonestidade não faz parte de tal maravilha. Um Igreja que não
ama, que não se importa, que não intercede, não toma parte de tal
ministração.

Dezenas de visões têm mostrado anjos quebrando cadeias, correntes,


rompendo amarras e coisas do gênero. São símbolos de opressão
maligna, de operação demoníaca. Os anjos são enviados para
cooperar com a Igreja em um dos seus maiores ministérios – a
destruição das obras de Satanás. Quebrar correntes significa libertar
o cativo, significa operação divina para restauração de vidas, onde
aquilo que impedia alguém de ter uma vida plena em Deus, foi
destruído pelo poder do Espírito.

Os anjos interagem com a operação dos dons espirituais. Nas visões


em cultos onde jovens recebem a plenitude do Espírito, o batismo
com Espírito Santo ou uma capacitação espiritual para
desenvolvimento de ministérios, anjos estão derramando cântaros de
óleo, enchendo candeias, abraçando e tocando pessoas.

Os anjos são capacitados especificamente por Deus. Realizam obras


diferentes, manifestam capacidades específicas. Em apocalipse vemos
um anjo que brilha como o sol. Outro, cujas asas ao bater são como
o som de muitas águas. Alguns são mostrados correndo como
relâmpagos, outros são vestidos com roupas sacerdotais. Alguns
trazem taças em suas mãos, outros são divisados com espadas
flamejantes em suas mãos. Alguns são vistos como gigantes, outros
possuem tanto poder que Daniel, Ezequiel e Davi caem prostrados
diante deles.
Em momentos de grande aflição ou da necessidade de orientações
específicas, anjos já conversaram com crentes em Cristo em diversas
situações.

Quando da imposição de mãos de membros da Igreja sobre pessoas,


anjos são vistos de pé impondo suas mãos em conjunto com aqueles
que impõem suas mãos.

Cada momento crítico que a Igreja de Cristo viveu sobre a terra, ali
estavam os anjos.

Toda vez que um momento profético de grande vulto, que impacta a


vida de muitas pessoas está para acontecer, anjos são vistos em
profusão. Em reuniões especiais, nos momentos de grande batalha
espiritual, no cumprimento de profecias. Certa feita um exército se
dirigia contra Jerusalém e Elizeu ora para que os olhos de seu
aprendiz de profeta, Geadi, sejam abertos para que possa divisar o
que envolve os céus, milhares de anjos. No nascimento de Jesus,
milhares são visto cantando louvores. No arrebatamento da Igreja
João em Apocalipse contempla milhões de anjos.

Os anjos não pertencem ao homem. São independentes do ser


humano, embora tenham uma ligação de propósito, uma ligação de
cooperação e serviço. Os anjos não obedecem ao ser humano,
somente as ordens e determinações do Senhor Jesus. Porém,
atendem a IGREJA, segundo orientação do Espírito Santo, interagindo
até onde o Espírito o permitir.

Os anjos são agentes da guerra espiritual lutando contra os poderes e


forças da maldade nesse nosso mundo. As Escrituras declaram que
Satanás e os demônios se opõe a Deus, e a tudo que se refere a ele.
Os espíritos imundos odeiam a raça humana e desejam
ardentementre a sua destruição. A realidade da existência de poderes
que são invocados pela humanidade desde seu nascedouro é negada
pela ciência, porém declarada nas Escrituras. Jesus em seu ministério
expulsou demônios, assim como os apóstolos e a Igreja de Cristo têm
enfrentado a mesma oposição das trevas. Os demônios negados pelo
iluminismo, abraçados pelo satanismo, invocados pelo ocultismo,
desprezados pelo espiritismo, humanizados pela filosofia e psicologia
como manifestações da psique humana, reduzidas a patologias
psiquiátricas, a distúrbios mentais e coisas afins, são enfrentados
pelos anjos, nas regiões celestiais, tendo seu poder maligno
destruído, seus planos frustrados pela manifestação de espíritos
ministradores. Em Apocalipse vemos anjos pelejando contra Satanás
e seus anjos, vemos numa visão anjos trazendo cadeias para prender
e subjugar demônios. Numa operação angelical uma taça da ira
divina é derramado sobre certo governo maldito (a taça anterior do
quinto anjo), e destes governantes saem três entidades malignas em
formas de rãs.

Ap 16

12 E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e


a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do
oriente.
13 E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso
profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs.
14 Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais
vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os
congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-
Poderoso.

Há de modo claro um confronto, uma oposição, uma separação clara


entre dois reinos, entre luz e trevas, vida e morte, restauração e
destruição, eternidade e temporalidade, o que está para terminar e o
que virá. Entre anjos que servem a Deus, e os demônios que servem
a Satanás.

Em determinadas situações espirituais os anjos serão enviados e


permanecerão permanentemente “acampados” ou situados
‘geograficamente’ numa região, para impedir que ali ocorra alguma
manifestação demoníaca ou para preparação de algum tipo de
operação milagrosa. No Velho testamento há um lugar em que
centenas de anjos foram vistos diversas vezes. Por este fato
esse lugar foi chamado de Maanaim – acampamento de anjos.
Devia ser o mesmo lugar onde certo profeta de nome Samuel
possuía um seminário que ensino profético que nos legou as
comunidades proféticas do antigo testamento. Soldados de
Saul e ele mesmo provaram (involuntariamente) do tremendo
poder manifesto nesses lugares ungidos.
A ausência dos anjos representa em última instancia, um lugar onde
a opressão é livre, manifesta. Assim como os anjos manifestam a
presença divina, em sua ausência os demônios manifestam a
presença do mal. Os demônios são envoltos por forças espirituais
malignas e sua simples presença é o que basta para transtornar um
ambiente. Sua presença gera a tristeza, angústias, terrores,
depressão, desânimo. Os demônios geram maus sentimentos, eles
trazem consigo algo genuinamente maligno.

As Escrituras foram manifestas por anjos, ao menos no que tange a


LEI. Eles são os mensageiros que as entregaram sussurrando,
gritando, clamando, inspirando, narrando, concedendo-a em visões e
sonhos, em êxtases e experiências, as palavras divinas. Na maioria
das cenas do Velho Testamento, ainda que não declarado, há a
intervenção angelical ou a sua interveniencia para a entrega da
Palavra. O modo com que o Espírito Santo tratava com os profetas
no Velho Testamento coopera com tal realidade.

Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até
que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi
posta pelos anjos na mão de um medianeiro. Gálatas 3:19
Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a
guardastes. Atos dos Apóstolos 7:53

Ou seja, grande parte do Velho Testamento é fruto de revelação


angelical. Nós cremos em textos dados por intermédio de anjos!

Nós lemos textos que anjos leram ou recitaram! Nós lemos e cremos
coisas que um dia foram palavras que estavam contidas em espíritos
ministradores. Na verdade eles repassaram, quais profetas celestiais,
para os profetas da terra, as palavras de Deus.

Então, os anjos falam as palavras do Espírito de Deus. Desde que


sejam anjos de Deus. Por isso o texto: PROVAI e vede se os
espíritos procedem de Deus. E Paulo: Ainda que um anjo do céu
desça e vos pregue UM OUTRO EVANGELHO, refutem como falso.
Porque os anjos que ministraram a Moisés, a Elias, a Isaías, a
Ezequiel, a Daniel e a Paulo, são, evidentemente, da universal
assembléia celestial, ou seja, OBREIROS de CRISTO da IGREJA
CELESTIAL, fazendo parte da IGREJA que HOJE está nos céus, onde
CRISTO se assenta a direita de Deus PAI. A igreja de Cristo na terra
não possui uma doutrina diferente daquela que habita os céus. O
MESTRE continua ENSINANDO, o ESPÍRITO SANTO é o mesmo que
ensinou aos anjos, aos profetas do Velho testamento, aos profetas do
Novo e a nós. Não há revelação diferente, que ensine que Jesus não
ressuscitou, ou que não há a vida eterna, ou que Jesus não voltará.
Não pode ser pregado pelos anjos um evangelho que traga um outro
Messias, um novo Cristo, um outro sumosacerdote (só há vaga para
um único sumosacerdote por ordem sacerdotal... Talvez por isso ele
seja chamado de Sumo...) ou supremo apóstolo de nossa confissão
que senão a Cristo, filho primogênito de Maria e José, filho unigênito
do Deus vivo, Senhor dos vivos e dos mortos, Senhor do universo,
Pai dos espíritos, Soberano sobre o presente e sobre o mundo que há
de vir. O Espírito que hoje envia os anjos é o mesmo que deu a vida
ao primeiro homem, e que dá a vida aos anjos. Temos de certa
forma, a mesma origem. Começamos em Deus, somos fruto de seu
poder, criados segundo sua vontade, originados no mesmo Espírito. O
Espírito Santo que tomava os braços de Sansão e o fazia lutar e
vencer mil homens, que enchia o coração de Adão no Édem e que
ressuscitou a Jesus dos mortos, o mesmo que opera através dos dons
espirituais, que unge e concede poder aos Querubins, que concede ao
homem nascer de novo, nos deu origem e nos convida a sermos
participantes de sua natureza eternamente.

Embora seja claro que a LEI foi ministrada por anjos, vemos também
os anjos ministrando profecias (como aquele que fala com Daniel por
uns dois capítulos, o anjo que fala com João por vários capítulos de
Apocalipse).

Respostas de intercessão. Como determinadas coisas que pedimos a


Deus são contra os propósitos do reino das trevas, ou seja, a benção
solicitada interfere diretamente numa atividade infernal de ordem
qualquer, haverá oposição maligna. Seja para a libertação de uma
pessoa do vício, da escravidão de uma enfermidade contínua, de uma
situação que limita a vida de qualquer meio. Anjos são vistos
possuindo em suas mãos objetos que simbolizam a resposta divina, a
destruição de uma situação ruim. Num sacrifício feito por Manoá, pai
de Sansão, um anjo ascende juntamente com as brasas da oferta;
em várias respostas a orações e sacrifícios no Velho Testamento
vemos FOGO ou RAIOS caindo sobre a oferta e a consumindo
integralmente como símbolo da aceitação divina e anjos estão
envolvidos na manifestação de poder. É dito nas Escrituras que “de
seus anjos faz raios abrasadores” e algumas vezes veremos anjos
misturados ás brasas incandescentes das chamas consagradas (até o
fogo que consumia o holocausto não poderia ser contaminado por
outra fonte – na primeira oferta do sacerdócio levita que se iniciava
enquanto Moisés orava, fogo divino - um raio celestial - caiu sobre o
holocausto e acendeu a madeira que ficava sobre o altar. Esse fogo
não deveria jamais ser apagado). Ou seja, o símbolo e a realidade
sobrenatural se entrelaçam nas Escrituras, fogo acesso por anjos,
simbolizava a própria presença divina. Essas operações de maravilhas
no Velho Testamento representam a ministração angelical para
resposta de orações e a manifestação dos poderes celestiais nessa
terra que Deus nos deu, para destruição de fortalezas malignas, de
poderes ou forças contrárias sobrenaturais. Anjos são enviados
fisicamente, para ministrar milagres, para recolher ou TESTEMUNHAR
nossas orações e declará-las diante de Deus. Num processo inverso
quando um anjo OUVE JESUS, diante do trono, o que ele deverá
realizar na terra. Anjos OUVEM o que dizemos e ascendendo as
regiões celestes REPETEM diante de Jesus a nossa petição. Questão:
Se o Espírito Santo é o Espírito de Deus, é onipresente,
conhece nossas súplicas antes que saia de nossa boca, porque
essa COMPLICAÇÃO toda? Esse TRANSITO celestial, essa ida e
vinda, esse COMERCIO entre céu e terra? Há coisas que não são
tratadas assim, o Espírito age sem intermediação alguma. Afinal,
Deus habita nossos corações. Porém, existem realidades que
não entendemos e que são tratadas assim. Há uma Jerusalém
celestial, há um lugar além do universo e há comunicação entre os
céus e a terra. Há uma relação estabelecida, há questões que vão
além da onipresença divina, assim como distintas operações
realizadas pelo PAI, pelo FILHO e pelo ESPÍRITO. Há um CRISTO
assentado a direita de DEUS num lugar que não sabemos onde fica.
Fisicamente assentado, fisicamente presente, embora espiritualmente
Jesus esteja presente em nossos corações. Questão II: Se Deus é
onipresente, porque necessita de anjos? Não sabemos. Ele o
quer assim, ele age assim, ele determina que seja assim e esse pobre
coitado que escreve essas pobres linhas não consegue ir além.
Entenda, no entanto, que o que vemos em Apocalipse é REAL, não é
uma parábola. Anjos descem e sobem sobre a IGREJA, relacionam-se
com ela CUMPRINDO ordens. Conforme DITO:

49 Natanael respondeu: «Rabi, Tu és o Filho de Deus, Tu és o rei de


Israel!» 50 Disse-lhe Jesus: «Acreditas só porque te disse: "Vi-te
debaixo da figueira"? No entanto, verás coisas maiores do que
estas». 51 E Jesus continuou: «Eu vos garanto: vereis o céu
aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do
Homem».

Jo 1, 49-51

O ministério de Jesus é pródigo em maravilhas, libertações e curas


espantosas. Porém, até onde me lembro, só um ÚNICO relato de
anjos acontece durante seu ministério: Quando ele sua sangue no
Getsêmani. Onde está, então, estes tais de “céu aberto” e “anjos de
Deus subindo e descendo sobre o filho do homem”? Justamente em
TUDO que ele faz. Só uma parte do invisível ao redor de Jesus nos foi
mostrado. As operações milagrosas no ministério de Cristo não
provêem de seu próprio poder, Jesus não fazia coisas usando a sua
Deidade, ele agia como Servo, submisso ao Poder do Espírito Santo
que o capacitou , conforme profetizado em Isaías 61: O ESPÍRITO
do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu,
para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os
contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a
abertura de prisão aos presos;
A unção operava em conjunto com os anjos os sinais e maravilhas.
Então, existe um ARRANJO de coisas celestiais que ocorrerão porque
DEUS assim o determinou, porque é necessário que seja assim,
independente das questões outras de nosotros incrédulos.

A ministração angelical é essencial, necessária, continua, eficaz,


fazendo parte das operações normais do Corpo, em conjunto com os
dons, em conjunto com a unção, em cooperação aos ministérios,
relacionando-se com intercessões, orações, louvores, cânticos, e etc
e tal.
Essa é a realidade demonstrada quando juntamos as peças do
quebra-cabeça: cinzas, raios, trovões, fogo, brasa, sacrifício, incenso,
anjos. Cristo presidindo sobre uma congregação de futuros habitantes
celestiais, que necessáriamente são impactados por poderes
celestiais.

Não poderia ser, tudo isso, somente um “tipo”, uma “figura” uma
representação do modo como Deus nos ouve, ou opera? Apocalipse
não é ‘espiritualmente’ discernível, ou seja, a maior parte daquilo que
vemos não seriam somente REPRESENTAÇÕES do modo operandis do
Espírito Santo?
Ou, a operação angelica que vemos em Apocalipse não diz respeito
AO FUTURO do planeta, aos tempos da Grande Tribulação?

Não. Não para as duas questões anteriores. Desde a ascensão do


Senhor para os céus, a realidade celestial continua semelhante. O céu
passou por mudanças, quando da morte e ressurreição do Senhor,
mas fora desse momento dramático, vivemos diante dos poderes que
operam desde PENTECOSTES, o mesmo tipo de operação e
ministração. Não houve uma ‘pausa’ do trabalho angelical, entre a
ressurreição e nós. O mundo continua ‘jazendo’ no maligno,
continuamos vivendo num ‘vale de sombra e de morte’, não vimos a
morte destruída, não vimos ainda o Novo Céu e a Nova Terra
prometidos na revelação do Senhor ao apóstolo João. Sendo assim,
até que chegue o milênio ou até que venha o arrebatamento, esse
arranjo de operação celestial continua valendo.

Breve relato sobre a eternidade:

Houve um céu onde não haviam demônios ou anjos caídos. Na


verdade há uma época celestial anterior aos anjos. Imagine o
momento da criação do primeiro anjo. Quem deve ser o primeiro
anjo? Não sei. Continuando, temos o que chamamos de ETERNIDADE
PASSADA, antes da queda. Uma época em que já há uma dimensão
celestial, já existem bilhões de anjos, querubins, serafins, um templo
celestial, um serviço de adoração. Este é o PRIMEIRO ESTADO. Logo
após isso, em algum momento após a criação do universo físico,
ocorre a Queda. Parte da comunidade celestial se revolta contra
Deus, anjos deixam seus principados e soberanias, Lúcifer se torna
Satanás, anjos são lançados em prisões eternas em abismos
inacessíveis, lugares celestiais de trevas e até mesmo a região do
Hades, Tártaro e Geena vêm a existir, juntamente com a região
celestial denominada por falta de palavra mais adequada, LAGO DE
FOGO (quem deu esse nome foi o apóstolo João, quando chegar no
céu, reclame com ele). Esse vou chamar de SEGUNDO ESTADO.
Cria-se a terra, gera-se a vida, cria-se o homem, vem o Édem.
Ocorre a queda do homem. Mais uma vez o tecido da ETERNIDADE é
modificado. De algum modo as coisas celestiais foram alteradas, os
demônios tem acesso ao universo espiritual que envolve nosso
mundo, acesso as almas, acesso aos espíritos, operando até mesmo
dentro do universo físico. O COSMOS foi contaminado pela essência
maligna dos poderes infernais. Esse é o TERCEIRO ESTADO. O
terceiro estado (essas divisões são só pra efeito didático, não gere
DOUTRINAS a partir delas, são um esboço pra que você, mulher e
homem de Deus se situem dentro das coisas que aconteceram) dura
até a ENCARNAÇÃO. O Advento, a vinda de JESUS muda mais uma
vez o Céu. Cristo saiu de Deus, houve uma RUPTURA, uma cisão,
uma divisão EM DEUS. A encarnação é um mistério inimaginável,
como foi, o que os anjos viram é indizível, além do que poderíamos
imaginar. Não há UMA ÚNICA LINHA NAS ESCRITURAS sobre o que
ocorreu durante tal momento, é um mistério absoluto. Porém, para
um estudante dedicado das Escrituras, não poderia deixar de
questionar certo fato. Os seres viventes mostrados em Ezequiel
possuem cada um quatro faces. São querubins que possuem seis
asas, e quatro rostos, leão, águia, homem e bezerro. Cada um deles
é assim,

Ezequiel 10
14 E cada um tinha quatro rostos; o rosto do primeiro era rosto
de querubim, e o rosto do segundo, rosto de homem, e do terceiro
era rosto de leão, e do quarto, rosto de águia. 15 E os querubins se
elevaram ao alto; estes são os mesmos seres viventes que vi junto
ao rio Quebar.

OU...Eram assim. Quando você vai até Apocalipse, quando você se


depara com os seres viventes pela segunda vez, algo aconteceu. Eles
já não possuem quatro faces. Cada um deles possui somente uma
das características que era comum aos quatro.
Apocalipse 4

6 E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao


cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais
cheios de olhos, por diante e por detrás. 7 E o primeiro animal era
semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um
bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o
quarto animal era semelhante a uma águia voando. 8 E os
quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao
redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não
descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo,
Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e
que há de vir.

O que aconteceu com os QUERUBINS?

Eles foram transformados. Eles mudaram. Eles metamorfosearam.


São os mesmos seres, ainda que chamados de ANIMAIS em
Apocalipse. De quatro rostos, passaram cada um a ter somente um
rosto, uma única característica.

Os querubins são seres intimamente ligados ao Espírito de Deus e a


pessoa do PAI. Eles representam a POTENCIA de Deus, seu poder,
sua glória.

Quando Jesus se separou FISICAMENTE do CORPO da DIVINDADE,


para habitar num corpo que seria suprido por um ser humano, no
caso, Maria, fez isso para todo sempre. Uma das pessoas de Deus se
tornou carne. Deus se fez carne e habitou entre nós. Uma dimensão
do Pai, habitaria por amor a nós uma tenda feita de carne, até o final
da eternidade.
A encarnação é um fato tremendo e a mudança dos Querubins
ATESTA ou APONTA para este fato.

Então temos o período entre a encarnação e a morte de Jesus. Que


não vou nomear.
A eternidade é um lugar onde, até a morte de JESUS, não habitavam
seres humanos. Nenhum homem jamais subiu até lá, somente anjos
tinham acesso a dimensão onde está o trono, o templo, e a Nova
Jerusalém.
Jesus morre no calvário. Nesse momento a ETERNIDADE passará por
outra tremenda mudança.

"E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo;


e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; e abriram-se os
sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram
ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição
dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos."
[Mateus 27:51-53]

O céu era desabitado de espíritos humanos até a morte de Cristo.


Num momento deslumbrante, bilhões de anjos descem as regiões
inferiores, destroem parte do hades, fazem desaparecer o seio de
Abraão, e levam a milhões de almas até o Paraíso, até as habitações
celestiais para que se cumpra:

E dirás no teu coração: Quem me gerou estes? Pois eu estava


desfilhada e solitária; entrara em cativeiro, e me retirara; quem,
pois, me criou estes? Eis que eu fui deixada sozinha; e estes
onde estavam? Isaías 49:21

CANTA alegremente, ó estéril, que não deste à luz; rompe em


cântico, e exclama com alegria, tu que não tiveste dores de parto;
porque mais são os filhos da mulher solitária, do que os filhos
da casada, diz o SENHOR. Isaías 54:1
Temos hoje acesso direto aos lugares celestiais. Davi, Moisés, Adão,
Paulo, Débora, Miriã, Maria, Lázaro, estão todos lá, juntamente com
aquele ladrão que pediu: “lembra-te de mim, quando entrares no teu
reino” para quem Jesus respondeu: “Em verdade te digo que HOJE
estarás comigo no paraíso”.
Jesus falou assim porque sabia que morreria antes do ladrão ( e que
o ladrão morreria AINDA naquele entardecer), que quando tal
ocorresse, as portas do hades seriam arrombadas, a véu seria
rasgado, o acesso seria dado.
Ainda não se completaram as mudanças celestiais.
A ressurreição não incorpora mudança celestial. A ressurreição
incorpora uma mudança TERRENA. O mundo foi mudado pela
ressurreição, a esfera de poder das hostes e potestades foi rompida
pela ressurreição.
Quarenta dias após a ressurreição, Jesus ascenderá aos céus. Deve
haver uma festa sem precedentes na chegada do Senhor, mas as
Escrituras nada falam sobre o que foi recepcionar o herói na sua
chegada celestial (ou falam e eu não atentei).
Então chegamos no QUARTO ESTADO, o estado celestial no qual nós
nascemos e vivemos. Dez dias após sua ascensão, Jesus derramou
sobre a terra o Espírito Santo e deu início ao seu ministério de
intercessão celestial.
O céu que conhecemos ainda passará por umas duas ou três
mudanças, mas esse breve relato já é bastante denso em
conhecimento.

As Escrituras revelam encontros espetaculares com anjos. Em


Sodoma anjos caminham por toda a extensão da cidade, são vistos
por milhares de pessoas que tencionaram assassiná-los. Quando eles
finalmente chegam na casa de Ló, uma turba se prepara para
interceptá-los na casa do estrangeiro. Os anjos conversam com Ló
sobre as intenções divinas e sobre o juízo que se aproxima da cidade,
ordena que Ló saia IMEDIATAMENTE da cidade, e ele recusa a sair
veementemente. Condoído da situação de seus genros, ele solicita o
tempo inútil de tentar convencê-los a abandonar a cidade condenada.
Os anjos sabem que é inútil o que ele intenta fazer. Ele passa horas
na cidade argumentando com os que haviam desposado suas filhas,
em vão. Uma horda de degenerados se encontra na porta da casa de
Ló, com um pedido inusitado. Eles querem que Ló abra suas portas e
permitam que eles possam pegar dos anjos para abusar sexualmente
deles. Eles perceberam a beleza dos seres que caminharam no meio
deles, mas ao em vez de serem tomados pela curiosidade, ao invés
de questionarem sobre quem eram os visitantes, cuja formosura os
espantara, tudo que sentiram foi vontade de violentá-los, tal era o
grau de degeneração da cidade. O grupo que vai para frente da casa
de Ló é formado por componentes de diversas classes sociais ou de
várias faixas etárias. Havia um consenso entre eles, consenso que
envolvia desde adolescentes até a maioridade, numa representação
significativa do pensamento da cidade, e este consenso era maldito,
era fruto de uma impiedade que era reflexo de seu padrão de
conduta, aceito por todos os cidadãos. Ló, numa atitude insensata,
numa mistura de honra e estupidez (toda vez que essa atitude de Ló
é lida diante de uma congregação mista, suscita muita raiva das
adolescentes presentes, das mulheres em geral, que consideram tal
ato tão desprezível, a luz da moral moderna, quanto os atos dos
próprios Sodomitas) na tentativa de salvaguardar a vida dos seus
hóspedes OFERECE suas filhas para satisfação da luxúria da multidão
de degenerados. A maldade dos habitantes era tal, seu desejo de
abusar dos anjos era tanta, que eles entenderam tal “oferta” como
OFENSIVA. A sua vontade maldosa devia prevalecer, ninguém
poderia se interpor entre seu “desejo” e a selvageria de sua
realização. Por tentar impedir que eles se “satisfizessem” Ló é
condenado imediatamente a morte, a perda dos bens, ao estupro e
morte das filhas e ainda assim eles “tomariam a força” aos
estrangeiros. Partem do discurso para a ação imediata, batendo em
Ló e tentando arrombar a porta da casa onde estão as filhas de Ló,
sua esposa e os anjos. Os anjos saem pela porta, toma a Ló das
mãos da horda, estendem suas mãos e eles são cegos pela luz que
suas mãos emitem. Toda a multidão perde a capacidade de enxergar.
Os Anjos entram com Ló e o ordenam a sair da casa. Ló ainda
demora a arrumar os pertences, sabendo bem o destino que aguarda
a cidade quando seus pés deixarem aquele lugar. Há algo que os
anjos sabem sobre o instante em que tal acontecerá. Há um decreto,
um tempo em que a cidade deixará de existir. E eles agem como se
tal cronograma fosse irrevogável. Eles Apressam a Ló, porque sabem
QUANDO tal fato irá ocorrer, e o tempo se esgota rapidamente. Eles
finalmente, LITERALMENTE, arrastam a família pelas mãos e correndo
vão com eles em direção a saída da cidade, ordenando
expressamente que não parem, que não olhem para trás. Pela última
vez LÓ ainda argumenta que NÃO QUER IR NA DIREÇÃO
DETERMINADA pelos anjos. Nesse momento eu creio que os anjos
fizeram uma pergunta aos céus: E AGORA? Deus em conversa íntima
com os anjos, sendo misericordioso com Ló, PERMITE que ELE ainda
ESCOLHA a direção para onde deseja ir. Os anjos permitem que ele
prossiga para onde quer ir, desde que não parasse, não OLHASSEM
para trás. O que acontecerá com Sodoma e Gomorra é um
cataclisma de dimensões atômicas. A região afetada é muito maior
que a soma das áreas de Hiroshima e Nagasaqui, onde algo
semelhante a queda de um meteoro, rompimento de placas
tectônicas ou a explosão de um vulcão gigantesco, ocorreu.
Conscientes do que IRIA ocorrer em MINUTOS os anjos se despedem
de LÓ...e RETORNAM para a cidade...
O cataclisma que tornará em cinzas Sodoma e Gomorra não será
capaz SEQUER de arranhar aos anjos de Deus...

Outra cena:

João ouve a voz de um anjo que o “convida” a falar com ele.


Apocalipse é uma revelação imersa em visões angelicais. Na verdade
um “arrebatamento”, uma operação espiritual específica na qual Deus
introduz o profeta DIRETAMENTE na dimensão onde habitam os
anjos, levando-o em espírito, ou numa condição espiritual, a um lugar
celestial. Escolhi uma dentre vários momentos em Apocalipse, para
terminar por ora este belíssimo estudo.
O anjo em questão segura nas mãos uma das taças da ira, ele
acabou de executar um juízo profético sobre a terra, representado
pelo objeto que tens nas mãos, do qual se disse derramar as últimas
pragas sobre a terra. Terra esta que se contorce em agonia, com
cataclismas, terremotos, maremotos e queda de gigantesco meteoro
que causou grande desastre ambiental. As cidades vistas por João
estão despedaçadas, a economia mundial paralizada, o comércio
marítmo impraticável, e o resultado dessa revolta da natureza,
tufões, geadas, mudanças climáticas tremendas, modificação na
formação da crosta terrestre, inundações quase continentais, é a
morte de milhões, talvez bilhões de seres humanos. O juízo divino,
pela morte de milhões de inocentes, infantes, crianças, pobres,
oprimidos de toda espécie pela barbárie humana, caiu sobre a terra e
infringiu pesado castigo. Logo após essa tragédia de proporções
mundiais, o anjo que participou do juízo, ainda com a taça na mão,
repentinamente vira-se para João que VIU a tudo isso acontecer
imediatamente após o derramar do que havia nos cálices, ouve a
ordem: VEM COMIGO. Eu não sei quanto a você, leitor. Mas se eu
ouvisse uma ordem dessas vindo de um ser que acabou de destruir
metade do planeta, teria uma certa dúvida em atender tal chamado.
Mas João não possui nenhuma escolha. Debaixo da ordem do
poderoso ser ele imediatamente é conduzido dentro do além, indo
mais LONGE ainda do que já se encontra nas regiões celestes, na
mais fantástica viagem que um dia um profeta já embarcou. Adentra
por lugares desconhecidos até uma região do universo celestial em
que avista uma cidade que resplandece como a luz do sol. A
gigantesca cidade se ergue sobre o nada, brilhando como a própria
luz, numa extensão que conforme será revelado ainda, ultrapassa
1200 km de comprimento e 1200 km de largura. Ele vai com o
formidável até a dita cidade, ultrapassando portais gigantescos, nos
quais avista doze anjos, que ao que parece já estão ali desde a
eternidade passada, guardando as portas da cidade. Entra com o
apóstolo em tal lugar e olhando para ele, mostra-lhe um outro
objeto. Um bastão de ouro maciço, da mesma forma com que os que
realizavam medidas de terrenos e fazendas se utilizavam. Se com
uma taça aquele anjo já havia feito tal estrago, imagina o que não
poderia fazer com um bastão. Se eu fosse o apóstolo teria desmaiado
na hora em que ele levantou o bastão me minha direção. Mas não
havia motivo para temor. O anjo ordena a João que meça a cidade
celestial, de onde saíram as medidas apresentadas no texto acima.
Um homem e um anjo, num lugar que não necessita de sol. João
segura em suas mãos algo que não foi feito na terra. Num lugar
inatingível. João testemunhou algo, que nunca fora visto por homem
algum, ou que ao menos, nunca foi permitido até ali, falar para
outros homens. Ele nos entregou tal mistério no livro de Apocalipse.
Muito para dizer, pouco tempo para escrever. Espero que essa
abreviada visão angelical possa dar uma idéia vaga, da interação
entre os céus e a terra, entre o amanhã e o hoje, entre Deus, os
anjos e sua Igreja.

Paz.

Welington J. Ferreira

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