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Welington J Ferreira
A eternidade possui momentos dramáticos. Assim como a vida
humana e seus percalços. Somos cercados de montes e vales,
paradoxos sem fim, a nossa vida se assemelha às vezes a uma folha
levada por intensa tempestade, outras vezes a uma gota que escorre
sobre um vidro translúcido. Gerações passam, vendo coisas
tremendas acontecerem, revoluções, guerras, desastres naturais,
enfermidades, sofrimento, terrores, angústias, sonhos, conquistas,
lutas, risos, lágrimas, realizações, descobertas, num turbilhão que
envolve o mundo, o tempo, o passado, o futuro, nascimento e morte.
Mas nenhuma dessas coisas acontece em vão. Nada ocorre sem que
forças espirituais estejam envolvidas. Nada acontece em nenhum
lugar da vastidão do cosmos que passe despercebido diante do
coração de Deus. Nada ocorre sem uma interação de forças e uma
ordem que se estabelece mesmo quando não ordem aparente
alguma. O universo não foi lançado sobre si mesmo. O cosmos não se
encontra abandonado. Não é o acaso ou a sorte que definirá o
amanhã da humanidade. Em meio a morte de milhões de seres
humanos, desastres tais como um terremoto que soterram milhares
de crianças na China, maremotos que destroem e varrem povoados,
inteiro, soterrando com lama culturas e civilizações, um grupo de
seres interage continuamente com a humanidade. Um grupo de seres
imortais, anteriores a criação da terra, testemunhas da geração
humana e conscientes das próprias forças que sustentam o universo,
caminham sobre essa terra ferida. E realizam ocultos por uma
dimensão indetectável coisas que jamais subiram ao coração
humano. A vida não se sustenta sozinha. Ela não é contida somente
pelo plano material. A vida humana interage com outro universo, que
chamamos de universo espiritual, na falta de nome melhor. Os anjos
enxergam nossa realidade e sua visão atravessa o tempo, o espaço e
as dimensões. Os anjos transitam entre o visível e a pátria que o
crente em Cristo almeja alcançar. Ou pela pátria TRANSITÓRIA Ele já
estava lá, antes do primeiro homem nascer. Na verdade o universo
caminha numa direção em que as realidades antigas, que se
iniciaram antes que o tempo iniciasse sua caminhada, estão prestes a
serem transformadas. Os anjos sabem, assim como os profetas a
quem já comunicaram, que tudo que existe está para terminar. O
universo que conhecemos é quase uma criança, comparado com o
que já havia antes de começar a existir. Isaías, Pedro, João e Cristo
anunciaram o momento em que o tempo e o espaço se dobram, em
que os elementos e a matéria se consomem em chamas para dar
origem a uma nova realidade. Essa nova realidade foi vista numa
visão dada por Jesus na ilha de Patmos. E os anjos preparam hoje a
espíritos humanos, para serem co-participantes de um reino, de uma
terra, de um mundo, de uma dimensão, de um cosmos, que jamais
será mudado e que jamais terminará.
"Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores,
enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a
salvação?” (Hebreus 1:14)
O Senhor Jesus também disse que “há alegria diante dos anjos de
Deus por um pecador que se arrepende”. (Lucas 15:10). Os anjos
estão envolvidos no plano de salvação de Deus e há alegria com o
arrependimento de cada pecador, e quando este morre eles levam a
sua alma para o paraíso (Lucas 16:22).
Um dia o Senhor Jesus voltará em glória com os Seus anjos, para dar
início ao Seu reino na terra. Os Seus anjos então darão andamento a
outro aspecto do seu ministério: o afastamento e punição dos ímpios
que estiverem vivos em todo o mundo naquela época: “Mandará o
Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o
que causa escândalo e os que cometem iniqüidade. E lançá-los-ão na
fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.” (Mateus
13:41-42). Assim os anjos abrirão o caminho para dar um bom início
ao reino milenar.
Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons
aos homens. Ora, isto—ele subiu—que é, senão que também antes
tinha descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é
também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir
todas as coisas" (Ef. 4:8-10).
Tanques de Betesda.
I CR 21
Os anjos são seres cuja natureza lhes permite perfeita interação com
o Espírito de Deus. Eles são vistos diversas vezes nas Escrituras
manifestando raios, trovões, glória, resplandecendo, queimando,
mesmas representações do poder e da glória do Espírito de Deus. O
Santo dos santos, parte sagrada do templo de Salomão e do
tabernáculo de Moisés possuía cortinas enfeitadas com querubins, e a
mais importante intercessão de um sumosacerdote era feita
ajoelhando diante de uma arca de ouro que possuía dois querubins
esculpidos em ouro puro, com suas asas viradas diante do outro,
ajoelhados e olhando em direção da arca. Dentro da Arca eram
guardados símbolos, relíquias: Um vaso do maná, o cajado que
pertenceu a Arão, e as tábuas da lei escritas por Moises. O Maná
representa a Cristo, pão da vida, a vara representa o Espírito de Deus
(numa disputa sobre direito ao sacerdócio, doze tribos separaram os
chefes dos clãs que depositaram cada um seu cajado diante da arca.
Na manhã seguinte um destes cajados havia florescido, o de Araão),
orientação e as tábuas da lei representam ao Pai. O sangue do
cordeiro imolado em sacrifício era depositado entre os dois querubins,
sobre a Arca. Por isso, dizer que os anjos são seres ungidos soa
quase como pleonasmo. Nós podemos ser cheios do Espírito, eles
TRANSBORDAM. Nós almejamos ser vasos do poder de Deus, neles o
poder divino opera de modo pleno.
Os anjos são instrumentos de Deus para operação de sinais, milagres
e prodígios. Até a operação de ressurreições conta com o apoio e a
presença angelical. Assim como no sepulcro, anjos estão sempre em
cena na operação de grandes maravilhas. Em algumas operações de
curas milagrosas em hospitais, anjos foram vistos entrando até o
quarto e tocando os enfermos em seus leitos, incluindo pessoas em
coma e mesmo mortos. O resultado é sempre o mesmo, a operação
milagrosa.
Cada momento crítico que a Igreja de Cristo viveu sobre a terra, ali
estavam os anjos.
Ap 16
Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até
que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi
posta pelos anjos na mão de um medianeiro. Gálatas 3:19
Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a
guardastes. Atos dos Apóstolos 7:53
Nós lemos textos que anjos leram ou recitaram! Nós lemos e cremos
coisas que um dia foram palavras que estavam contidas em espíritos
ministradores. Na verdade eles repassaram, quais profetas celestiais,
para os profetas da terra, as palavras de Deus.
Embora seja claro que a LEI foi ministrada por anjos, vemos também
os anjos ministrando profecias (como aquele que fala com Daniel por
uns dois capítulos, o anjo que fala com João por vários capítulos de
Apocalipse).
Jo 1, 49-51
Não poderia ser, tudo isso, somente um “tipo”, uma “figura” uma
representação do modo como Deus nos ouve, ou opera? Apocalipse
não é ‘espiritualmente’ discernível, ou seja, a maior parte daquilo que
vemos não seriam somente REPRESENTAÇÕES do modo operandis do
Espírito Santo?
Ou, a operação angelica que vemos em Apocalipse não diz respeito
AO FUTURO do planeta, aos tempos da Grande Tribulação?
Ezequiel 10
14 E cada um tinha quatro rostos; o rosto do primeiro era rosto
de querubim, e o rosto do segundo, rosto de homem, e do terceiro
era rosto de leão, e do quarto, rosto de águia. 15 E os querubins se
elevaram ao alto; estes são os mesmos seres viventes que vi junto
ao rio Quebar.
Outra cena:
Paz.
Welington J. Ferreira