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2) que o processo seja legítimo, legal. Pois, segundo o artigo 5º, LIII, "ninguém será
processado nem sentenciado senão pela autoridade competente" e o inciso LIV do
mesmo artigo "ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal".
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O inquérito, como o próprio nome diz, é . O indiciado não tem direito ao
contraditório, pois não se incrimina ninguém com o inquérito. O inquérito é apenas uma
peça informativa que vai auxiliar o promotor de justiça quando da denúncia. Mas, caso
o indiciado se recuse a atender ao chamado da autoridade policial, a fim de comparecer
à Delegacia para ser qualificado interrogado, identificado e pregressado, pode a
autoridade determinar-lhe a condução coercitiva, nos termos do art. 260, aplicável
também à fase pré-processual. Diga-se o mesmo em relação as testemunhas e até
mesmo às vítimas (CPP, arts. 218 e 201, parágrafo único).
Segundo o dizer de Y , o inquérito tem por finalidade fornecer ao titular da
ação penal, seja o MP, nos crimes de ação pública, seja o particular, nos delitos de
alçada privada, elementos idôneos que o autorizem a ingressar em juízo com a denúncia
ou queixa, iniciando-se desse modo o processo.
) aérea;
B) terrestre;
C) marítima.
) ostencia;
B) secreta.
lei 2.033, de 20/09/1871, foi a primeira regra que estabeleceu normas sobre o
inquérito policial. O artigo 42 desta lei (que trata da formação legal do inquérito
policial), corresponde ao atual artigo 4º do CPP:
O termo "jurisdição" a que se refere o artigo supra citado, deve ser entendido como
"circunscrição", pois somente o juiz tem jurisdição.
O inquérito abrange:
1) o inquérito policial;
2) o inquérito não policial - este feito por autoridades não policiais; como é o caso do
inquérito administrativo; inquérito parlamentar; inquérito feito quando do envolvimento
de membros do MP e da magistratura.
Deve-se ter como claro, que segundo o Código em questão, a autoridade policial não
tem competência, mas sim cc !.
Como bem prega os artigos 12, 27, 39,§5º, 46 §1º, todos do Código de Processo Penal,
o inquérito pode ser dispensado.
O próprio cidadão pode coletar informações sobre um determinado evento e levar de per
si ao juiz ou ao promotor. Se as informações forem precisas e contiverem todos os
requisitos necessários, o Promotor oferecerá a denúncia - rt. 27 do Código de Processo
Penal.
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Caso o inquérito não seja concluído dentro do prazo legal, pode solicitar o juiz a sua
dilação. Ver §3º do artigo 10 do CPP.
o inquérito não concluído dentro do prazo legal e estando o réu preso, cabe
, nos termos do art. 648, II do CPP.
É de bom tom ressaltar que não cumprido o prazo de 10 dias para a feitura do inquérito,
estando o réu preso, é válido impetrar
. Contudo, se o prazo estrapolou
um tempo mínimo devido a dificuldades comprovadas, e sendo o réu de alta
periculosidade, pode o juiz não conceder o writ.
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(c.cno inquérito:
não há contraditório no inquérito pois este é somente uma peça informativa. Conforme
nos mostra o rt. 14 do CPP: "O ofendido ou seu representante legal, e o indiciado
poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade".
Desta forma, vemos que é uma discrição da autoridade aceitar ou não a diligência.
Segundo Y , o indiciado - pretenso autor do fato típico - não é um sujeito
de direitos perante a autoridade policial e, sim, objeto de investigação, apenas devendo
ser respeitada a sua integridade física e moral.
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Deve-se realçar que o inquérito é simplesmente uma peça informativa; onde %$
#0 (art. 14 CPP). Contudo, no inquérito administrativo, no
falimentar é permitido o contraditório. Segundo Y , tratando-se de
inquérito judicial, pode ele ser contraditório, uma vez que o art. 106 da Lei de Falências
concede ao falido a faculdade de, no prazo de cinco dias, contestar as argüições contidas
nos autos do inquérito e requerer o que entender conveniente.
É o Promotor de Justiça, e, na esfera federal, o Procurador da República, quem deve
analisá-los e, então, tomar uma das seguintes providências: a) requerer o arquivamento
do inquérito; b) requerer a devolução dos autos à Polícia para novas diligências
imprescindíveis ao oferecimento da denúncia; c) requerer a extinção da punibilidade; d)
oferecer denúncia.
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c-c 1 :
1)
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, c !c-(c - é o conhecimento que o delegado
toma a respeito de um crime através de seus próprios atos. Ex: o delegado ao participar
de uma diligência acaba tomando conhecimento de um fato - ele adentra um bar para
realizar uma batida e presencia um homicídio. É necessário que o delegado esteja no
exercício do cargo.
2)
de
, c !-(c - é o conhecimento de fato delituoso
chegado ao delegado por meio de requerimento do ofendido ou por seu representante
legal. Pode-se dar também por meio do MP ou de JUIZ. É uma notitia criminis
postulatória em relação à vítima.
3)
de
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cc2 - quando o delegado toma
conhecimento do fato e o infrator já está sofrendo uma repressão. Ex: quando o
delegado toma conhecimento o sujeito já está preso; é coercitiva em relação ao autor do
fato.
Sempre que a utoridade Policial tiver notícia a respeito de uma infração penal cuja
ação penal seja pública, pouco importando se crime ou contravenção, deverá ele
determinar a instauração do inquérito.
Se se tratar de crime de ação penal privada - e quando o é a própria lei penal diz,
esclarecendo que "somente se procede mediante queixa" - ou se se tratar de crime de
crime de ação pública subordinada a representação, o inquérito somente poderá ser
instaurado se a pessoa, legitimada a ofertar queixa ou a fazer a representação, der a
devida autorização, seja requerendo, seja representando.
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É uma ordem emanada de uma autoridade. Se dá nos crimes de ação pública. Segundo
Y , a autoridade policial não pode indeferir a requisição. Requisitar é exigir
aquilo que deve ser feito e, além disso, a lei não cuidou da possibilidade de ser a
requisição indeferida, salvo quando a ordem é .
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É o fornecimento de informações feito por qualquer um do povo. Ver art. 301 CPP; art.
5º, §3º CPP
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ação penal é dita pública, quando o crime tiver relevância no sentido físico da
agressão (excetuado o crime de estupro), no sentido patrimonial e moral.
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O inquérito inicia-se com a c ou o (c!-
9 , . Y ainda coloca: através de cc.c do
promotor ou do juiz e através de c- da vítima.
Portaria é uma ordem de serviço, uma determinação do delegado de polícia para que o
escrivão de polícia e os agentes policiais iniciem o IP.
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3) a parte é ilegítima. Ex: vizinha comunica fato que não lhe diz respeito.
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Mesmo que a autoridade entenda ter havido legítima defesa, estado de necessidade, etc.,
deve instaurar o inquérito, pois cumpre-lhe investigar apenas o fato típico. O problema
atinente à antijuridicidade e à culpabilidade não lhe diz respeito.
Quando existe vestígio do ato criminoso, o Delegado deve pedir o laudo pericial.
prova da alegação incumbirá a quem a fizer; mas o juiz poderá, no curso da instrução
ou antes de proferir sentença, determinar, de ofício, diligência para dirimir dúvida sobre
ponto relevante - rt. 156 CPP.
O juiz, nos termos do artigo 502 poderá determinar outras provas que entender
necessárias. Claro que sempre com imparcialidade e desinteressadamente.
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Existem regras específicas para cada tipo de prova. É o que observamos no rito da prova
testemunhal.
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Por força do artigo 158, CPP, "quando a infração deixar vestígios, será indispensável o
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado". Esse artigo deve ser entendido juntamente com o art. 167, CPP - "não sendo
possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecidos os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta".
Por força do artigo 159 do CPP, os peritos são em número de dois. Contudo, o STF
entende que basta um, contrapondo-se a lei.
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Vide artigos: 11, 91, II, 124, 175, todos do CPP. Qualquer objeto encontrado deverá ser
periciado, tais como um pedaço de pau, cano, pois podem ter sido utilizados para
praticar o crime e neles poderão ser encontrados vestígios.
OBS: o interrogatório é meio de defesa para o réu. Na fase policial fala-se na fraqueza
do interrogatório, na medida em que este se vê coagido perante a autoridade policial.
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a) a autoria é desconhecida;
b) o fato é atípico;
4) Requerer a &3%*.
O art. 200 prevê a possibilidade da confissão ser retratada. Ex: réu confessa na fase
policial e nega em juízo.
s provas valem mais pela lealdade com que foram colhidas do que quanto ao local.
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STRECK, Lenio Luiz. 2 22 . Porto legre: Livraria
do dvogado, 1993. p. 39-45.