Professional Documents
Culture Documents
Para tanto, é necessário um novo tipo de estudo sobre a África que não deve ser
apenas um reflexo de uma visão eurocêntrica de maneira colonial, nem uma visão que
prevaleceu nos primeiros anos depois da descolonização. Isso pode ser pensado
através de uma nova onda de historiografia, crítica e realista, que se utiliza de diversas
fontes e metodologias.
1 LATOUCHE, S. (2004). Pode a África contribuir para resolver a crise do Ocidente? IV Congresso Internacional de
Estudos Africanos. Barcelona.
2 PEREIRA, Jose Maria Nunes. Colonialismos, racismo, descolonização. Caderno Cândido Mendes - Estudos Afro-
Asiáticos 2. Rio de Janeiro, maio – agosto de 1978.
3 PEREIRA, Jose Maria Nunes.O continente africano: Perfil histórico e abordagem geopolítica das macrorregiões. In:
Bellucci, B. (org.) Introdução à História da África e da Cultura Afro-Brasileira. Rio de Janeiro: Centro de Estudos Afro-
Asiáticos-UCAM/CCBB, 2003. P. 1
Independência em Resumo, J.D. FAGE
4 FAGE, J.D., Independência em Resumo. In: História da África, Lisboa: Edições 70, 1995.
do domínio estrangeiro poucos anos após a Segunda Guerra. A Argélia só saiu do jugo
francês depois de uma guerra dispendiosa.
De uma forma geral, antes dos anos 50, a quantidade de africanos das colônias
do centro e do leste que obtinham acesso a um nível elevado de educação era muito
pequena para alimentar uma atividade política permanente e elaborada. Na África
ocidental e central, na falta de organizações realmente políticas, as igrejas separatistas
serviram para mobilizar a população. Nessa região, os movimentos nacionalistas foram
mais bem-sucedidos, também por influência de ideologias internacionais de crítica ao
colonialismo (marxismo, pan-africanismo, negritude).
FAGE, J.D., Independência em Resumo. In: História da África, Lisboa: Edições 70,
1995.