You are on page 1of 52

MANUAL TÉCNICO

HIDRÁULICA
2
INFORMAÇÕES GERAIS

3
Curso: Treinamento em Mecânica – Técnico Hidráulica

SENAI-SP, 2009

Coordenação Marta Regina Pavelqueires (CFP – 6.02)

Elaboração e Diagramação Orlando Gomes Junior (CFP – 6.02)

Revisão Técnica Gislaine C. Cândido de Almeida (CFP – 6.02)

Colaboração Marco Antonio Gobesso (Santal Equipamentos Agrícolas S.A)


Antonio Carlos Vasconcelos (Santal Equipamentos Agrícolas S.A)
Edgar Daniel (Santal Equipamentos S.A)
Éder Rogério Daniel (Santal Equipamentos S.A)

SENAI RIBEIRÃO PRETO, TREINAMENTO EM MECÂNICA – TÉCNICO HIDRÁULICA, por Orlando Gomes Junior,
rev, atua, Ribeirão Preto, 2009.

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


CFP – 6.02 Escola Engenheiro Octávio Marcondez Ferraz
Setor de Treinamento
Rua Capitão Salomão, 1813 – Jardim Mosteiro
Ribeirão Preto – SP
CEP 14085-430

Telefone (16) 3632-6900


FAX (16) 3632-6900

E-mail senairibeiraopreto@sp.senai.br
Home Page www.sp.senai.br

4
5
Sumário

CONCEITOS BÁSICOS DE HIDRÁULICA....................................................................................................8

COMPONENTES DO SISTEMA HIDRÁULICO...........................................................................................10

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO.................................................................................................................13

TUBULAÇÕES E CONEXÕES....................................................................................................................14

VEDAÇÕES..................................................................................................................................................16

FLUÍDOS HIDRÁULICOS........................................................................................................................... 17

BOMBAS E MOTORES HIDRÁULICOS..................................................................................................... 18

BOMBAS HIDRÁULICAS – CAVITAÇÃO E AERAÇÃO............................................................................. 19

ATUADORES HIDRÁULICOS – CILINDROS............................................................................................. 20

VÁLVULAS.................................................................................................................................................. 22

TABELA PARA FATORES DE CONVERSÃO.............................................................................................24

SIMBOLOGIA HIDRÁULICA........................................................................................................................25

CIRCUITOS HIDRÁULICOS........................................................................................................................32

MOTORES SAUER-DANFOSS...................................................................................................................39

INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO DOS MOTORES.......................................................................47

DESMONTAGEM E MONTAGEM DO CILINDRO HIDRÁULICO...............................................................49

6
A SANTAL equipamentos é uma empresa brasileira que desenvolve tecnologia aplicada a
mecanização agrícola e fabrica colhedoras de cana desde 1960, data da sua fundação.
Nessas cinco décadas de história, a SANTAL já produziu mais de 20.000 máquinas, sendo
665 colhedoras de cana e seus produtos estão presentes em 14 países.
Parabéns você adiquiriu um produto com a tecnologia SANTAL.
Temos a certeza que escolheu o que há de melhor em colheita mecanizada de cana de
açúcar.
A melhor garantia para quem precisa de um equipamento bem projetado para a colheita de
cana de açúcar.
A colhedora SANTAL TANDEM é sua aliada para manter seus lucros e sua produtividade em
seu ponto mais alto.
Para quaisquer outras informações, consulte-nos:

MATRIZ E FÁBRICA: REPRESENTANTE: AM2 REPRES. LTDA


Av: Dos Bandeirantes, 384 – Vila Virgínia Av. Independência, 3320 – sala 05
CEP: 14030-680 – Cx. Postal 730 Cond. Salas Executivas – Alto da Boa Vista
Ribeirão Preto – SP, BABX (16) 2101-6622 CEP: 14025-230 – Ribeirão Preto – SP
FAX/VENDAS (16) 2101-6622 PABX (16) 3620-2840, FAX (16) 3620-2319
FAX/DIRETORIA (16) 2101-6600 E-Mail: am2.santal@yahoo.com.br
E-Mail: santal@santal.com.br
Home Page: http://www.santal.com.br

REPRESENTANTE SUL: CANAMAQ:


Rua Comendador José Zilio, 341.
CEP: 19800-000 – Cx. Postal 251
Assis – SP, PABX (18) 3322-8960
FAX (18) 3324-1120.
E-Mail: santal@canamaq.com.br

REPRESENTANTE NE: NORDESTE IMPLEMENTOS LTDA:


Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcanti
Q.15 – Tab. Martins – Maceió – AL. CEP: 57082-000
Tel.: (82) 3324-3041, FAX (82) 3324-3941.
E-Mail: santaldn@uol.com.br

REPRESENTANTE: NOROMAQ COM. DE MÁQ. LTDA:


Rua Clibas de Almeida Prado – Pq. Industrial
CEP: 16058-510 – Araçatuba – SP
PABX (18) 3441-2300, FAX (18) 3441-2300
E-Mail: santal@noromaq.com.br

7
CONCEITOS BÁSICOS DE HIDRÁULICA

CONCEITO DE PRESSÃO

A física nos ensina que pressão é a força distribuída por unidade de área, ou seja:

P=F
A

No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de força é o Newton (N) e a unidade de


área é o Metro Quadrado (m2). Então, no SI a unidade de pressão é o N/m2, que recebe o nome de
Pascal (Pa).
Porém na literatura industrial, ainda são utilizadas outras unidades de pressão, tais como:
Atmosfera (atm), Torricelli (torr), Quilograma-força por centímetro quadrado (kgf/cm2), Milímetro de
mercúrio (mm Hg), Bar, Libra força por polegada quadrada (lbf/pol2) também chamada de PSI (pound
per square inch), etc.
A fórmula de pressão nos informa que a pressão é inversamente proporcional a área, isto é,
quanto menor a área de atuação da força, maior será a pressão.

CONCEITO DE VAZÃO

Vazão (Q) é o volume (V) de um fluído que passa na secção transversal de uma tubulação
num certo intervalo de tempo (t). Matematicamente temos:

Q=V
t

No Sistema Internacional de Unidades (SI), a vazão é expressa em m3/s.


Outras unidades de vazão são: L/min, L/s e cm3/s.

PRINCÍPIO DE PASCAL

A palavra hidráulica provém do grego: Hydra significa Água e Aulos significa Cano. A
hidráulica consiste no estudo e uso dos fluídos confinados.
No século XVII, o ramo da hidráulica começou a ser utilizada. Baseava-se no princípio
descoberto por Pascal e consistia no uso confinado para transmitir e multiplicar forças.
Podemos resumir a Lei de Pascal em: A pressão exercida em qualquer ponto de um líquido
estático é a mesma em todas as direções e exerce forças iguais em áreas iguais.

8
1-Suponhamos uma garrafa cheia de um líquido, o qual
é, praticamente, incompressível.
2-Se aplicarmos uma força de 10kgf numa rolha de 1cm2
de área...

3-...o resultado será uma força de 10kgf em cada


centímetro quadrado das paredes da garrafa.

4-Se o fundo da garrafa tiver uma área 20cm2 e cada


centímetro estiver sujeito a uma força de 10kgf,
teremos, como resultante, uma força de 200kgf aplicada
ao fundo da garrafa.

A pressão é transmitida em todos os sentidos de um fluído confinado.


Durante a Revolução Industrial, um mecânico chamado Joseph Bramah veio a aperfeiçoar a
descoberta de Pascal, aplicando o princípio da Força x Área. Este princípio é utilizado em um
macaco hidráulico ou uma prensa hidráulica.

1-Uma força de 10kgf


aplicada em um pistão de
2
1cm de área...

2-...desenvolverá uma
2
pressão de 10kgf/cm
(10atm) em todos os
sentidos dentro deste
recipiente...

3-...esta pressão suportará


um peso de 100kgf se
tivermos uma área de
2
10cm

4-As forças são proporcionais às áreas dos pistões

ENTRADA 10kgf = 100kgf SAÍDA


1cm2 10cm2

9
O QUE É PRESSÃO?

A pressão é resultado da resistência ao fluxo de óleo. A resistência ocorre em função de:


• Carga de um atuador (ex: cilindros e motores);
• Restrição na tubulação ou mangueira.

COMPONENTES DO SISTEMA HIDRÁULICO


Reservatório de Fluído Hidráulico:

Reservatório é um depósito de fluído hidráulico a ser utilizado no sistema, além desta função
primordial o reservatório possui outras funções, tais como: ajudar no resfriamento do fluído e na
precipitação (decantação) das impurezas contidas no fluído hidráulico.
É construído no chassi da própria máquina, possui um engate rápido para abastecimento do
fluído hidráulico, tampa de inspeção e limpeza por ocasião da troca do fluído e dreno para esgotar o
fluído hidráulico.
Os acessórios que um reservatório deve ter:
• Visor de nível: controla os níveis mínimo e máximo;
• Engate rápido para abastecimento: serve para fazer o abastecimento do reservatório.

10
Visores de nível Engate rápido para abastecimento

Tanque Hidráulico Inferior

Tanque Hidráulico Superior

11
Filtros:

Filtros são dispositivos que tem a função de reter por meio de material poroso (elemento
filtrante), as impurezas sólidas do fluído hidráulico, para evitar o desgaste prematuro dos
componentes do sistema (bombas, válvulas, cilindros, etc).

Caixa de Filtros da Colhedora

Indicação das entradas do óleo Indicação das saídas do óleo

12
1

Na figura acima, em destaque o Tanque Hidráulico Superior (1), Tanque Hidráulico Inferior (2) e a
Caixa de Filtros (3).

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
Manômetros:

Com os manômetros, podemos indicar e medir as pressões do equipamento. Na foto abaixo


temos um manômetro utilizado na Colhedora Tandem. Quando a pressão aumenta a agulha move-se
no sentido horário, quando a pressão cessa a agulha volta a sua posição de repouso.

13
Vacuômetro:

O vacuômetro pode indicar se os filtros hidráulicos estão ou não em bom estado e dar alguns
indícios sobre o que está errado.
O vacuômetro pode ter escala numerada, zonas pintadas com cores diferentes ou
combinações de números e cores.
As unidades de depressão da máquina (vácuo parcial) são dadas em polegadas de mercúrio
(in Hg).
Quando temos na máquina mais do que 5” Hg (polegadas de mercúrio), temos um vácuo
parcial muito grande na entrada das bombas, isso pode causar uma falta de alimentação e causar
sobre aquecimento e também falta de lubrificação das bombas podendo causar fundição dos eixos e
buchas das bombas.

TUBULAÇÕES E CONEXÕES
Tubulações:

As tubulações hidráulicas podem ser do tipo:

• TUBULAÇÕES RÍGIDAS: Feitas em tubos de aço;

• TUBULAÇÕES FLEXÍVEIS: Feitas com mangueiras e borracha com reforços.

Para a tubulação flexível (mangueiras), a correta instalação das mangueiras deve ser
conforme as orientações do quadro abaixo, se a instalação for feita incorretamente as mangueiras
poderão sofrer rompimento.

14
2 3
1

4 5 6

8
9

10 11
12

1, 2, 3, 7, 8 e 9 – Maneiras incorretas de montagem de mangueiras;


4, 5, 6, 10, 11 e 12 – Maneiras corretas de montagem de mangueiras;

Conexões:

As conexões para tubulações hidráulicas mais usuais são do tipo de anel de penetração.
Estas conexões são bastante usadas devido as suas facilidades de instalação, manuseio e excelente
vedação. São fabricadas para atender ligações entre tubos e estes com os componentes do sistema
e estão disponíveis para reposição como: cotovelos, curvas, etc.

15
VEDAÇÕES
Vedações:

As vedações são elementos destinados a não permitir vazamentos do fluído nos


componentes hidráulicos.
• ESTÁTICAS: Vedam a passagem do fluído entre superfícies fixas. Ex. tampa de
válvulas;
• DINÂMICAS: Vedam a passagem de fluído entre superfícies em movimento. Ex.
cilindros.

Tipos:

• Anel “O” (“O” Ring): São anéis com a seção transversal circular. Os anéis “O” são
empregados em vedações estáticas.

• Anel “Copo”: O anel tipo “Copo” é usado em muitos êmbolos de cilindros. Ele atua por
pressão e a vedação é efetuada forçando-se o lábio do corpo contra a parede da camisa do
cilindro.

• Retentor: Os retentores são usados em dinâmicas rotativas. Deve-se sempre considerar as


características do projeto.

16
FLUÍDOS HIDRÁULICOS

Fluídos Hidráulicos:

As principais características de um fluído hidráulico são:


• Transmissão de energia;
• Lubrificar peças móveis;
• Vedar folgas;
• Resfriar e dissipar calor.
E as características complementares:
• Anti-espumante;
• Anti-oxidante;
• Anti-desgastante;
• Detergente;
• Viscosidade relativamente estável a variações de temperatura;
• Longevidade com baixo custo de troca.

Tipos:

Óleo Mineral: Para máquinas e equipamentos que trabalham em temperatura ambiente;


São derivados de petróleo e aditivados para corresponder as características do equipamento.
São utilizados na maioria das máquinas e equipamentos, pois trabalham em temperatura ambiente.

Fluídos Resistentes ao Fogo ou Sintéticos: Para máquinas e equipamentos que trabalham a


quente. São os fosfatos de ésteres e cloridratos de hidrocarbonetos, que devido as suas estruturas
químicas oferecem resistência ao fogo. Ex. Siderúrgica.

17
BOMBAS E MOTORES HIDRÁULICOS
Bomba de Engrenagens: Ao girar as engrenagens, o óleo é arrastado da câmara de sucção,
através dos vãos dos dentes, para o interior da câmara de pressão.

Bomba de Pistões: As bombas de pistões axiais trabalham, com os pistões paralelos, são
acionados pelo eixo motriz. O giro do eixo motriz transmite o movimento de rotação ao bloco que, por
sua vez, arrasta os pistões consigo provocando assim o movimento de vai e vem dos pistões. Desta
maneira os cilindros são cheios na câmara de sucção e esvaziados na câmara de pressão. A placa
inclinada possui um ponto de articulação e é mantida totalmente desinclinada pela ação das molas.

Motores Hidráulicos:

A construção do motor hidráulico é semelhante à construção da bomba. A diferença é que a


bomba empurra o fluído enquanto que o motor é empurrado por ele. O motor, a partir disso,
desenvolve torque e movimento rotativo contíno por meio de engrenagens, rotores e pistões. O motor
hidráulico transforma a energia hidráulica em energia mecânica de movimento rotativo
desenvolvendo torque.

18
BOMBAS HIDRÁULICAS – CAVITAÇÃO E AERAÇÃO
Cavitação e Aeração são anormalidades que acontecem nas bombas hidráulicas devido a
erros de concepção (projeto), montagem, manutenção e falta de limpeza no filtro de sucção. A
cavitação e aeração danificam a bomba como veremos a seguir:

Cavitação:

Cavitação é a presença de espaços vazios (vácuo) no fluído devido à deficiência de


alimentação da bomba. Como o fluído vaporiza no vácuo e submetido à pressão implodem
provocando arranque de material das partes rodantes da bomba. As crateras formadas têm a
superfície da cor do material.
Causas prováveis:
• Fluído muito viscoso;
• Rotação da bomba acima do permitido;
• Diâmetro da tubulação de sucção insuficiente;
• Filtro de sucção saturado.
Sintomas: Aumento do nível de ruído como se fossem esferas soltas dentro da tubulação.

19
Aeração:

A aeração é a ingestão de ar pelo fluído hidráulico. Quando temos a presença de ar no fluído,


a bomba será danificada por falta de refrigeração (falta de óleo) e o aquecimento provoca fusão nas
partes rodantes da bomba. As crateras formadas têm a superície escura.
Causas prováveis:
• Baixo nível do reservatório;
• Conexão de sucção mal fixada (apertada);
• Óleo hidráulico de má qualidade.
Sintomas: Ruído semelhante ao de uma metralhadora quando o sistema está pressurizado e
quando o sistema está despressurizado ouve-se o ruído somente do motor.

ATUADORES HIDRÁULICOS (Cilindros Hidráulicos)


Atuadores Lineares:

Os cilindros hidráulicos são formados por um tubo cilíndrico (camisa) e um êmbolo. Sua
função é transformar energia de pressão do líquido em energia mecânica. Todas as formas de
construção dos cilindros hidráulicos podem-se resumir em duas formas básicas:
• Cilindros de simples ação;
• Cilindros de dupla ação.

Atuadores de Simples Ação:

Neste tipo de construção o êmbolo é submetido à ação do fluído sob pressão apenas de um
lado. Por isso, ele exerce força em apenas um sentido. Quando o êmbolo alcança seu final de curso,
deverá retornar a sua posição inicial mediante força externa (peso da máquina, elevador, etc.) e o
fluído deverá sair da câmara do cilindro.

20
Atuadores de Dupla Ação:

Neste tipo de construção, o êmbolo é submetido à ação do fluído hidráulico sob pressão de
um lado ou de outro alternadamente. Na máquina são utilizados cilindros de dupla ação no flap, na
direção, etc.

Atuadores de Dupla Ação com Amortecimento:

Em cilindros que desenvolvem velocidades muito altas e com cargas muito pesadas
(elevador), é necessário impedir o choque mecânico do êmbolo contra os cabeçotes nos fins de
curso para não danificar o cilindro. Neste caso, os mesmos são dotados de amortecimento, isto é, no
final do curso do êmbolo o fluído que está saindo livremente para o tanque é desviado a passar por
uma válvula de estrangulamento e com isto haverá redução na vazão para o reservatório e redução
da velocidade do cilindro. A baixa velocidade, o choque contra o cabeçote é menor. Uma válvula de
retenção é incorporada para que na partida do cilindro o fluído hidráulico atue na área total do
êmbolo, assim o cilindro terá toda a força.

21
VÁLVULAS

Válvula de Retenção:

A válvula de retenção é usada nos circuitos hidráulicos para permitir a passagem do fluído
num determinado sentido e fazer seu bloqueio no sentido oposto. No equipamento esta válvula é
utilizada no cicuito da máquina principalmente nos motores dos extratores (primário e secundário),
para evitar que os mesmos ao serem desligados fiquem girando sem a lubrificação correta.

Válvula Limitadora de Pressão Máxima (Válvula de Alívio):

A finalidade dessa válvula é limitar a pressão máxima de trabalho a um determinado valor


ajustado. Com uma válvula limitadora de pressão protegemos a instalação contra pressões
excessivas do fluído. Essa válvula abre-se quando se passa a pressão ajustada. É constituído de um
corpo (1), um parafuso de ajuste (2), uma mola (3) e um cone ou esfera (4).
A válvula permanece fechada até que a força (F) supere a força da mola (3). Se a pressão do
fluído aumenta, a válvula abre-se e o fluído flui para a tubulação de retorno (T) até que a presão
diminua e a força da mola feche a válvula novamente.

22
Válvula de Sequencia:

A válvula de sequencia é usada em sistemas para acionar os cilindros em uma determinada


ordem e também manter uma pressão mínima pré-determinada na linha de saída. Essa operação
serve, por exemplo, para o movimento da direção da máquina no qual um cilindro deve começar a
atuar primeiro para que o outro também começe a girar, ou seja, se um cilindro começar a virar o
outro deve ter uma contra pressão na saída para que este não esvazie rapidamente durante a
operação.

23
TABELA PARA FATORES DE CONVERSÃO

24
REPRESENTAÇÃO BÁSICA – SIMBOLOGIA HIDRÁULICA

25
26
27
28
29
30
31
CIRCUITOS HIDRÁULICOS
85A ROLO PICADOR

32
85B DIREÇÃO

33
85C ELEVADOR

34
85D CILINDROS

35
85E BOMBAS DE TRANSMISSÃO

36
85F ROLOS, DIVISORES DE LINHA, CORTADORES LATERAIS, DESPONTADOR E
MOTOR DO TROCADOR DE CALOR

37
CIRCUITO HIDRÁULICO COMPLETO

38
MOTORES SAUER-DANFOSS
OMS200 – OMS250 – OMS315 – OMS400 – 10.000

Ferramentas:

Dispositivo de Impacto.............................................................................................................DATM018
Dispositivo de Montagem do Retentor (Bucha)........................................................................DATM019
Dispositivo de Montagem do Retentor (Eixo)...........................................................................DATM020
Dispositivo de Giro do Eixo Motor OMS315.............................................................................DATM021
Soquete 5/8” encaixe 1/2"
Cabo de força 1/2”
Torquímetro até 150 Nm
Chave estrela 1-1/2”

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Antes de remover o motor hidráulico para uma bancada, a máquina deverá estar limpa, ou
seja, isenta de resíduos, também deverá estar devidamente calçada, aumentando a segurança. Caso
a máquina ou local do componente a ser removido não estejam limpos, ocorrerá à entrada de
“Contaminantes”, comprometendo a durabilidade do sistema hidráulico em geral. A proteção ao Meio
Ambiente sempre deve ser respeitada, desta maneira, o técnico utilizará recipiente adequado para
coleta de qualquer tipo de vazamento de óleo que essa operação de remoção poderá causar. O
descarte deste óleo, também será em local correto.
Vale lembrar que ao trabalhar com equipamentos hidráulicos, o laboratório, a bancada de
trabalho e as ferramentas deverão estar livres de material contaminante (resíduos de terra, sujeira,
etc). Para isso, após retirar o motor hidráulico da máquina, utilize tampas plásticas vedando a
entrada e a saída de óleo e em seguida lave o motor externamente antes de desmontá-lo. Este
processo, além de evitar a contaminação, auxilia o técnico em prováveis diagnósticos.

Sequencia de Desmontagem:

1º Passo: Identificação do motor. 2º Passo: Posicionar e fixar o motor em uma


morsa.

39
3º Passo: Utilizando um cabo de força, soltar 6º Passo: Utilize um calço de madeira macia
os parafusos de fixação das carcaças. para desmontar o corpo de entrada e saída
de óleo.

4º Passo: Retire o corpo de entrada e saída


de óleo. 7º Passo: Impactar o conjunto para
desmontá-lo.

5º Passo: Preparar para desmontar o corpo Detalhe da Flange Distribuidora Móvel, Pino
de entrada e saída de óleo. e Mola.

40
11º Passo: Retire o Corpo Intermediário
Gerotor e corpo de saída.

8º Passo: Retire o Flange Distribuidor Móvel.

12º Passo: Retire o Eixo Acionador.

9º Passo: Retire a Luva Estriada


Sincronizadora.

13º Passo: Retire o Corpo Intermediário.

10º Passo: Retire o corpo intermediário-


dreno.
14º Passo: Inverter a posição do conjunto na
morsa e com o dispositivo de impacto,
remova o conjunto/eixo do Flange.

41
Estas vedações deverão ser substituídas em
todas as remanufaturas de motores
hidráulicos.

Detalhe da desmontagem do conjunto/eixo


do Flange.

2º Passo: Montar o retentor no Flange


utilizando o dispositivo de montagem

Sequencia da posição das peças do motor.

Sequencia de Montagem

Proceder a limpeza de todas as peças


a serem reutilizadas. O produto utilizado para 3º Passo: Inverter a posição do Flange e com
limpeza (lavagem) das peças, deverá ser o dispositivo, montar o retentor guarda-pó.
biodegradável, ou seja, a preocupação com o
meio ambiente deve ser constante.
Limpeza é fundamental em Hidráulica.

Detalhe do dispositivo para montagem do


eixo.

1º Passo: Preparar o Kit de vedação


SANTAL.

42
4º Passo: Montar o dispositivo no eixo. 7º Passo: Lubrificar com vaselina neutra e
sólida o anel de vedação, em seguida montar
em seu alojamento.

5º Passo: Fixe o Flange na morsa, encaixe o


conjunto Eixo com dispositivo para não
danificar o Retentor. 8º Passo: Montar o Defletor no Bloco de
dreno.

6º Passo: Com o dispositivo de impacto, Detalhe da posição correta do Defletor.


montar o conjunto Eixo no Flange,
verificando o encaixe correto.

43
9º Passo: Montar Bloco de Dreno no conjunto
Eixo/Flange.

12º Passo: Montar bloco Gerotor,


observando a posição do entalhado para
cima e alinhamento do furo de dreno.
10º Passo: Lubrificar com vaselina neutra e
sólida o anel de vedação, em seguida montar
em seu alojamento.

13º Passo: Montar 2 parafusos para ajustar o


sincronismo com o auxílio da chave estrela
1-1/2”, conforme figura acima.
11º Passo: Montar o eixo intermediário. Este
eixo não possui posição específica de
montagem.

14º Passo: Lubrificar com vaselina neutra e


sólida o anel de vedação, em seguida montar
em seu alojamento.
Detalhe do eixo intermediário montado.

44
17º Passo: Lubrificar com vaselina neutra e
sólida o anel de vedação, em seguida montar
em seu alojamento.

15º Passo: Montar a Luva estriada


sincronizadora, observando o corpo estriado
maior voltado para cima.

18º Passo: Montar o Flange Distribuidor


Móvel, alinhando furação com defesagem
anti-horária.

16º Passo: Montar o Bloco Intermediário


alinhando o furo de dreno.

19º Passo: Montar as esferas nos


respectivos alojamentos.

Detalhe do alinhamento dos furos.

20º Passo: Montar os anéis de vedação no


Flange Distribuidor Móvel, lubrificar com
vaselina sólida e neutra.

45
21º Passo: Montar a Mola do Flange 24º Passo: Montar o corpo entrada/saída,
Distribuidor no corpo de entrada/saída. observando o alinhamento entre as roscas e
furo de dreno (na mesma face).

22º Passo: Montar o Flange Distribuidor Fixo


alinhando com o pino elástico (cuidado ao 25º Passo: Montar os parafusos fechando o
enaixar a peça). conjunto. Torque especificado:
Duas etapas: 10 – 50 Nm (5 kgfm);
20 – 80 Nm (8 kgfm).

23º Passo: Montar o pino central, lubrificando


com vaselina sólida.
Detalhe do motor montado.

46
INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO
Caso exista a necessidade de inverter o sentido de rotação, proceder sincronizando
defasagem da flange distribuidora móvel, 150 Passo, com sentido horário, invertendo entrada de
alimentação para o ponto “B”.

Dados complementares referentes a montagem do motor Sauer OMS315


O processo de desmontagem e montagem dos motores SAUER-DANFOSS são similares,
porém, algumas informações complementares serão apresentadas a seguir.

Placa de identificação do motor OMS315 Detalhe do alinhamento do furo de dreno nas


peças do motor.

Observar o furo de dreno no lado oposto a


rosca externa de dreno (ver bujão)
Detalhe do sincronismo do conjunto Gerotor
utilizando dispositivo para eixo motor
OMS315

Observar entalhes para alinhamento e


encaixe dos parafusos de fixação do Flange.

Detalhe do alinhamento dos furos de dreno


na posição de montagem.
Detalhe da montagem alinhando os furos de
dreno.

Detalhe da montagem do Flange Distribuidor


Móvel com atraso anti-horário em relação a
furação da flange espaçadora entre o
conjunto gerotor e o corpo de entrada e Detalhe da montagem completa do motor
saída. OMS315.
Observe o alinhamento dos furos do corpo de
entrada/saída de óleo em relação as roscas
de dreno externa.
A rosca de dreno próximo a flange de fixação
do motor não é utilizada.

Anotações:

48
DESMONTAGEM E MONTAGEM DE CILINDROS
HIDRÁULICOS

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Antes de remover o cilindro da máquina, o mesmo deve estar limpo e acioná-lo para abrir a
haste favorecendo a desmontagem na bancada.
Antes de soltar as mangueiras, providenciar um recipiente adequado para coletar o óleo e
descartá-lo em local apropriado. Este óleo não poderá ser despejado diretamente no solo.
Caso o cilindro esteja com sua haste fechada, o técnico deverá abrir a mesma antes de
remover o guia da haste.

Sequencia de Desmontagem e Montagem

Não deixe o óleo cair no piso deixando-o


escorregadio, pois haverá risco de acidente.

1º Passo: Posicionar o cilindro em um


suporte seguro e adequado, em seguida,
soltar os 4 parafusos de fixação do Guia da
Haste. Êmbolo e Guia da Haste.

2º Passo: Remover os parafusos/porcas. 4º Passo: Posicionar a Haste no suporte


Utilizar um pino encaixando-o no olhal da apropriado, soltar a porca de fixação do
haste e com o auxílio de um martelo macio Êmbolo com ferramenta correta, ou seja,
aplicar golpes para deslocar a haste para soquete e cabo de força.
fora do cilindro.

3º Passo: Remover a haste do cilindro.


Utilizar recipiente apropriado para coletar o
óleo que está no interior do cilindro.
49
Haste fixada em suporte adequado sem o
Êmbolo e Guia de Haste. Kit de vedação do Êmbolo.

Guia da Haste.

Kit de vedação interna do Guia da Haste.

Êmbolo.
NOTA: Ao remover o kit de vedação interno
do Guia da Haste, devemos tomar o cuidado
no manuseio de ferramentas cortantes ou
pontiagudas, pois, do contrário haverá o risco
de acidentes.

Kit de vedação Guia da Haste/Cilindro.

50
7º Passo: Substituir o Guia da Haste caso
Anel “O” de vedação Haste/Êmbolo. apresente riscos profundos (conforme foto
acima).

8º Passo: Montar o conjunto Guia da Haste e


Êmbolo na Haste do cilindro.

9º Passo: Aplicar Trava Rosca 277 na porca


de fixação do Êmbolo.

10º Passo: Torquear a porca.


Torque especificado:
Aproximadamente 300 Nm (30 kgfm).

5º Passo: Substituir o Êmbolo caso 11º Passo: Remover a Haste do suporte na


apresente risco (conforme foto acima). Este bancada e posicionar o Cilindro neste
risco é causado por contaminantes (sujeiras) suporte.
que penetram no cilindro através do Anel
Raspador.

12º Passo: Encaixar a Haste no Cilindro


tomando o cuidado de não danificar o
Anel de Compressão (branco).
6º Passo: Verificar o encaixe perfeito do Anel
de Compressão em sua canaleta. 13º Passo: Montar a placa de fechamento
do Cilindro com o Guia da Haste.

51
SANTAL EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS S.A
Avenida dos Bandeirantes, 384 - Ribeirão Preto/ SP - CEP: 14030-680
Tel.: (16) 2101-6622. Fax (16) 2101-6602. Fone 2101-6671
E-mail: santal@santal.com.br - http://www.santal.com.br

You might also like