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Súmula Vinculante nº 23
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SÚMUL6 VINCUL6NTE Nº 23

6 JUSTIÇ6 DO TR6 6LHO É COMPETENTE P6R6 PROCESS6R E JULG6R 6ÇÃOPOSSESSÓRI6 6JUIZ6D6 EM DECORRÊNCI6 DO EXERCÍCIO
DO DIREITO DE GREVE PELOS TR6 6LH6DORES D6 INICI6TIV6 PRIV6D6

NOT6S D6 RED6ÇÃO

6 Súmula Vinculante nº 23 veio para pacificar conflito de competência oriundo de questionamento sobre a competência para apre ciação de ação
possessória ajuizada em razão de cerceamento de posse por causa do exercício de greve pelos trabalhadores de iniciativa priva da

6pós o advento da EC 45/04 algumas questões antes afetas à Justiça Comum, por guardarem conexão com a relação jurí dica de emprego, foram
transferidas à Justiça Especializada do Trabalho o que gerou alguns conflitos quando da análise das matérias pelo Judiciário

Passemos à explicação da controvérsia

O Precedente ocorreu em Minas Gerais em que Instituições Financeiras entenderam que o seu direito de posse quanto às suas agências bancárias
estava ameaçado, inclusive por causa do impedimento da entrada de seus funcionários que não aderiram à greve e clientes da ag ência, por causa
de exercício de greve comandado por sindi catos de classe 6ssim, entendeu-se que a ameaça consiste no bloqueio da passagem de quem pretende
adentrar tais estabelecimentos

6 controvérsia residiu no fato de que para alguns, até mesmo manifestação do próprio STJ quando da análise da matéria, com ba se no art 114, II da
CR/88, no sentido de que a pretensão buscada pelo autor com o ajuizamento da ação é o seu exercício à posse, e não a discussã o da greve em si,
razão pela qual a competência seria da Justiça Comum

Para estes poderia não haver ameaça a posse, mas tão somente ação coativa do sindicato e então se teria uma ameaça de lesão á posse, não
havendo relação com exercício do direito de greve Reconhecido como questão de Direito Privado, temos como exemplo o julgado abaixo:

EMENT6: 6GR6VO REGIMENT6L EM VIRTUDE D6 F6LT6 DE 6RGUMENTOS NOVOS, M6NTID6 6 DECISÃO 6NTERIOR GREVE INTERDITO
PROI ITÓRIO 6GÊNCI6S 6NCÁRI6S LIVRE FUNCION6MENTO 6CESSO DE FUNCIONÁRIOS E CLIENTES N6TUREZ6 POSSESSÓRI6
QUESTÃO DE DIREITO PRIV6DO E NÃO DE N6TUREZ6 TR6 6LHIST6 ENTENDIMENTO DEST6 CORTE INCIDÊNCI6 D6 SÚMUL6 83

I - Não tendo a parte apresentado argumentos novos capazes de alterar o julgamento anterior, deve -se manter a decisão recorrida

II - O caso em análise é de ação de interdito proibitório, intentada por um banco, porque poderá ter a posse de suas agências turbada por um
movimento grevista Matéria eminentemente de cunho civil Incidência da Súmula 83/STJ 6gravo improvido (6gRg no 6g 801134 / DF, Ministro
SIDNEI ENETI, T3 - TERCEIR6 TURM6, DJe 19/12/2008)

Entretanto, contra argumentou-se que a posse era cerceada justamente em razão da greve, e que o tema central em discussão seria a greve, razão
pela qual seria competência da Justiça do Trabalho após o advento da EC 45/04 que alterou o art 114, II da C R/88 Nesta esteira o entendimento é o
de que a causa de pedir reside no abuso no exercício do direito de greve prejudicava direito privado, qual seja, direito patr imonial ensejando a
necessidade de tutela jurídica consistente na posse do autor

Fundamentou o Ministro Sepúlveda Pertence que para fixação da competência o que deveria ser considerado por relevante é a relação juríd ica que
tem por suporte do pedido, vínculo com efeito à causa, que no caso seria a relação empregatícia e direito de greve 6ssim, presente o fato jurídico
denominado de ´piqueteµ há a relação com o direito de greve, estando o caso, portanto afeto à competência da Justiça Especial izada

6 Lei que regulamenta o exercício do direito de greve, Lei nº 7783/89, em seus arts 6º e 9º estab elece que o exercício de tal direito não pode violar
ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem Isso significa dizer que durante o exercício do direito de gre ve não podem os
grevistas invadir licitamente estabelecimentos comerciais ou e mpresariais O §3º do art 6º, inclusive, determina que as manifestações ou atos de
persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pess oa

Dessa forma, consoante as regras da CR/88 e da Lei 7783/89, entendeu-se que a realidade de ameaça, turbação ou esbulho à posse decorrente de
exercício de greve é afeta ao conhecimento da justiça do Trabalho, sendo certo que qualquer ameaça ou empecilho de acesso ao trabalho nestes
casos enseja ação possessória ajuizável na Justiça Especializada

Por amor ao debate, entendemos que já que a Justiça do Trabalho é a competente para julgar a greve em si, nada mais razoável que julgar as ações
possessórias que dela decorrem, haja vista que o Juiz do Trab alho já conhece a questão e ter-se-ia privilegiado a economia processual tão almejada
pela Carta Constitucional
6ssim, submetida a controvérsia à Suprema Corte entendeu o STJ pela competência da Justiça do Trabalho quando a posse for cer ceada em
qualquer de suas formas pelo exercício do direito de greve, ou seja, quando a questão de fundo da controvérsia girar em torno do exerc ício do
direito de greve com consequência de ameaça ou lesão à direito privado

Súmula Vinculante nº 22 determina competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações de
indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho
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SÚMUL6 (Fonte: wwwstfjusbr)

SÚMUL6 VINCUL6NTE Nº 22

6 JUSTIÇ6 DO TR6 6LHO É COMPETENTE P6R6 PROCESS6R E JULG6R 6S 6ÇÕES DE INDENIZ6ÇÃO POR D6NOS MOR6IS E P6TRIMONI6IS
DECORRENTES DE 6CIDENTE DE TR6 6LHO PROPOST6S POR EMPREG6DO CONTR6 EMPREG6DOR, INCLUSIVE 6QUEL6S QUE 6IND6 NÃO
POSSUÍ6M SENTENÇ6 DE MÉRITO EM PRIMEIRO GR6U QU6NDO D6 PROMULG6ÇÃO D6 EMEND6 CONSTITUCION6L Nº 45/04

NOT6S D6 RED6ÇÃO

Com relação à competência a Constituição Federal faz uma primária distribuição em cinco justiças, quais sejam: Justiça Milita r, Justiça do Trabalho,
Justiça Federal, Justiça Eleitoral e Justiça Estadual 6s quatro primeiras são consideradas Justiças E speciais, as quais têm suas competências
expressamente previstas na CR/88, já a Justiça Estadual por ter competência residual, é chamada de Justiça Comum e caberá aos Estados a sua
distribuição

6 etapa inicial para fixação da competência é verificar qual, dentre as cinco Justiças, é a Justiça competente No que tange à competência da
Justiça do Trabalho está definida nos termos do artigo 114 da CR/88, in verbis:

6rt 114 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constituc ional nº 45, de 2004)

I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucion al nº 45, de 2004)

II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregad ores; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; ( Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art 102, I, o; (Incluído pela Eme nda Constitucional
nº 45, de 2004)

VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trab alho; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sent enças que
proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabal ho, na forma da lei (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Note-se que, o dispositivo supra foi alterado pela EC 45/2004, a qual pode ser considerada como um marco temporal para a ampliação da
competência da Justiça do Trabalho

6 questão que se põe nesta Súmula Vinculante consiste em saber a quem compete processar e julgar as ações de reparação de danos morais e
patrimoniais advindos do acidente do trabalho

6 jurisprudência do supremo Tribunal Federal proclamou a competência da Justiça Tra balhista para o conhecimento das ações indenizatórias por
danos morais decorrentes da relação de emprego Pouco importando se a controvérsia comporta resolução à luz do Direito Comum, e não do
Direito do Trabalho Todavia, esse entendimento do STF exclui a ções reparadoras de danos morais, fundadas em acidente de trabalho (ainda que
movidas pelo empregado contra seu empregador) para incluí -las na competência da Justiça comum dos Estados por conta do inciso I, do art 109
CR/88, a seguir:
6  109 6 juíze fede  c     julg

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