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bronquite crônica (estreitamento e obstrução da luz estão aumentados em número nas vias respiratórias
de pequenas vias respiratórias; inflamação do grandes e pequenas, parênquima pulmonar e se
componente respiratório) concentram principalmente nas áreas em que há
enfisema pulmonar (perda do recolhimento elástico destruição da parede alveolar.
pulmonar; destruição do parênquima pulmonar) participam do processo inflamatório por meio da
asma liberação de mediadores como TNF-alfa, IL-8 e LTB4,
que promovem a quimiotaxia de neutrófilos.
Menos comuns:
Neutrófilos:
fibrose cística
bronquiectasia há o acúmulo de citocinas na luz brônquica (o número
pode estar relacionado com a gravidaden da doença)
como o aumento de IL-8, TNF-alfa e decréscimo de IL- Aumento anormal e permanente do tamanho dos ácinos
10 (citocina anti-inflamatória). pulmonares associado a destruição dos septos alveolares,
aumento da expressão de E-seletina e ICAM-1 sem fibrose evidente.
(moléculas de adesão; vasos submucosos e epitélio
brônquico; favorecem o acúmulo de neutrófilos).
elastase de neutrófilos é um potente secretagogo, É classificado em quatro tipos:
podendo contribuir para a hipertensão brônquica.
centroacinar ou centrolobular:
Células epiteliais: associado ao hábito de fumar e a bronquite
fontes de mediadores inflamatórios. crônica, a porção central do ácino pulmonar
eicosanoides, citocinas e moléculas de adesão (E- junto ao bronquíolo respiratório, mostra-se
selectina, recrutamento e adesão de neutrófilos). acometida, poupando-se os alvéolos mais
distais.
Outros: acomete preferencialmente os lobos
proteína quimiotática para macrófagos (MCP-1) superiores.
proteína 1 beta inflamatória macrofágica beta (MIP-1b),
recrutamento de macrófagos
fator estimulador de colônias de granulócitos e
macrófagos (GM-CSF), citocina importante para
aumentar a sobrevida neutrofílica
TGF-b e EGF, envolvidos no remodelamento das vias
respiratórias
Inflamação brônquica aguda e/ou infecção constituem
elementos constantes de agravamento do quadro clínico.
lesão crônica do epitélio respiratório
perda de células ciliadas
metaplasia mucosa e/ou escamosa
alterações reológicas do muco
Tais complicações comprometem significativamente os
mecanismos de clearence ciliar e favorecem aparecimento de
infecções.
tosse
hipersecreção de muco (se deve à atividade das
glândulas da submucosa brônquica (98%) e das células
mucosas do epitélio repiratório)
dispneia
hipercapnia
hipoxemia
cianose panacinar ou panlobular
relacionado à deficiência de alfa1-tripsina, todo o ácino
Complicações tardias:
está aumentado, tornando difícil a distinção entre
hipertensão pulmonar alvéolos e ductos alveolares.
cor pulmonale as lesões são mais graves nas bases pulmonares.
insuficiência cardíaca
ENFISEMA
O reconhecimento de cada um desses padrões é feito
pelo exame macroscópico dos pulmões, em alguns
casos, coexiste mais de um tipo anatômico de enfisema
em um mesmo paciente.
ácino pulmonar: porção do parênquima distal a uma
bronquíolo terminal (constituído pelo bronquíolo
respiratório, ductos e sacos alveolares e alvéolos)
lóbulo pulmonar: conjunto de três a cinco bronquíolos
terminais e seus respectivos ácinos constitui o lóbulo
parasseptal
acomete a porção distal do ácino, nas regiões
adjacentes à pleura e ao longo dos septos
interlobulares.
mais comum nas regiões superiores e em
áreas subjacentes a fibrose, cicatrizes ou
atelectasia.
causa frequente de pneumotórax espontâneo
em jovens.
irregular ou paracicatricial
muitas vezes assintomático.
envolve o ácino de forma irregular.
está associado a cicatrizes de processos
inflamatórios antigos.
O fumo e outras substâncias agressoras inaladas induzem Interação neutrófilos/endotélio é um fenômeno crítico no
aumento do número e da atividade de células inflamatórias, recrutamento dessas células da circulação para os locais de
que liberam enzimas hidrolíticas, radicais livres e outros inflamação tecidual, sendo modulada pela ação de moléculas de
compostos lesivos. adesão.
O fumo também inativa a alfa-antitripsina. O fumo estimula a liberação de elastase pelos neutrófilos e
aumenta a atividade proteolítica de elastases dos
macrófagos.
Etiopatogênese Radicais livres de O2, além de agredirem diretamente os
componentes da matriz extracelular, reduzem a eficiência do
Mecanismo protease-antiprotease, segundo a qual o enfisema sistema antiprotease, por inibirem a ação da alfa1-antitripsina.
resulta de desequilíbrio entre proteases e antiproteases, com
predomínio da ação das proteases e consequentes destruição Por tudo isso, o enfisema pulmonar parecer resultar da
dos septos alveolares. interação de fatores constitucionais (deficiência de alfa1-AT) e
ambientais (sobretudo fumo) que atuam sinergicamente e levam
Principal fonte de enzimas no trato respiratório baixo
a destruição tecidual característica da doença.
Neutrófilos: serinoelastase (maior quantidade)
A PATOGÊNESE da obstrução das vias respiratórias na DPOC
- está relacionada a associação de dois componentes: