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Sacro Império Romano-Germânico

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Sacrum Romanum Imperium (latim)
Heiliges Römisches Reich (alemão)
Sacro Império Romano-Germânico
Império
← Blank.png

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962 – 1806 ↓
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Sacro Império Romano-Germânico
As fronteiras do Sacro Império Romano-Germânico entre os anos de 962 a 1806, sobre as
fronteiras da Europa moderna
Continente Europa
Capital Nenhum especificado; sentado em Ratisbona 1594 - 1806.
Língua oficial Latim, alemão, italiano, Línguas germânicas ocidentais, Línguas românicas e
Línguas eslavas
ReligiãoCatolicismo romano;
Luteranismo
(oficialmente reconhecido desde a Paz de Augsburgo);
Calvinismo
(oficialmente reconhecido desde a Paz de Vestfália)
Governo Monarquia eletiva
Imperador
• 962 - 967 Otão I
• 1027–1039 Conrado II
• 1530–1556 Carlos V
• 1637–1657 Fernando III
• 1792–1806 Francisco II
Legislatura Reichstag
Período histórico Idade Média
• 2 de fevereiro de 962Otão I é coroado Rei da Itália
• 1034 Conrado II assume a coroa da Burgúndia
• 25 de setembro de 1555 Paz de Augsburgo
• 24 de outubro de 1648 Paz de Vestfália
• 6 de agosto de 1806 Dissolução
Precedido por Sucedido por
Blank.png Reino da Germânia
Blank.png Reino Itálico
Antiga Confederação Helvética Flag of Switzerland.svg
República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos Prinsenvlag.svg
Confederação do Reno Blank.png
Império Austríaco Flag of the Habsburg Monarchy.svg
Primeiro Império Francês Flag of France.svg
Reino da Prússia Flag of the Kingdom of Prussia (1803-1892).svg
História da Alemanha
Brasão de Armas da Alemanha
Antiguidade
Germanos
Grande Migração
Idade Média
Frância oriental
Reino da Germânia
Sacro Império Romano-Germânico
Colonização do Leste
Seccionalismo
Formando uma nação
Confederação do Reno
Confederação Germânica
Revolução de 1848
Confederação da
Alemanha do Norte
Unificação Alemã
Império
Império Alemão
Primeira Guerra Mundial
República
República de Weimar
Alemanha Nazi
Governo Flensburg
Pós-Segunda Guerra Mundial
Expulsão dos alemães
Ocupação Aliada
Alemanha Oriental
Alemanha Ocidental
Reunificação da Alemanha
Alemanha moderna
República Federal da Alemanha
ver • editar
O Sacro Império Romano-Germânico (em alemão Heiliges Römisches Reich; em latim Sacrum
Romanum Imperium) foi a união de territórios da Europa Central durante a Idade Média,
durante toda a Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea sob a autoridade do
Imperador Romano. Embora Carlos Magno seja considerado o primeiro Imperador Romano do
Ocidente da era medieval, coroado em 25 de dezembro de 800, a linha contínua de
imperadores começou apenas com Otão I em 962. O último imperador foi Francisco II, que
abdicou e dissolveu o império em 1806 durante as Guerras Napoleônicas. A partir do século
XV, este Estado era conhecido oficialmente como o Sacro Império Romano da Nação
Germânica.[1]
A extensão territorial do império variou durante sua história, mas no seu ápice englobou os
territórios dos modernos Estados da Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein, Luxemburgo,
República Tcheca, Eslovênia, Bélgica, Países Baixos e grande parte da Polônia, França e Itália.
Na maior parte da sua história, o império consistiu de centenas de pequenos reinos,
principados, ducados, condados, Cidades livres imperiais, e outros domínios. Apesar de seu
nome, na maior parte da sua existência o Sacro Império Romano-Germânico não incluiu a
cidade de Roma em seus domínios, e recebeu este nome em homenagem às glórias e ao poder
que o Império Romano deteve em quase todo o continente europeu.
Os primeiros soberanos do Sacro Império, por um curto período, foram os carolíngios, depois
os Guideshi, novamente a dinastia carolíngia, depois os Saxões, posteriormente a dinastia
saliana, os Süpplingerburg, os Hohenstaufen, os Guelfos, os Wittelsbach, e por maior tempo,
desde 1273 até a dissolução do império em 1806, em decorrência das Guerras Napoleônicas,
foram os Habsburgos.
Índice [esconder]
1 Nomenclatura
1.1 Um império "romano"?
2 Instituições
2.1 Rei dos Romanos
2.2 Patrimônio imperial
2.3 Reichstag
2.4 Cortes imperiais
2.5 Círculos imperiais
3 História
3.1 Dos Francos do Leste à Controvérsia da Investidura
3.2 Sob os Hohenstaufen
3.3 Crescimento territorial depois dos Staufen
3.4 Reforma imperial
3.5 Crise depois da Reforma
3.6 O longo declínio
3.7 Resquícios atuais
4 Análise
5 Impérios sucessores
6 Ver também
6.1 Instituições
6.2 História
6.3 Estados componentes
6.4 Outros
7 Notas
8 Referências
9 Bibliografia
10 Ligações externas
10.1 Mapas
Nomenclatura[editar | editar código-fonte]
O Sacro Império Romano-Germânico invocava o legado do Império Romano do Ocidente,
considerado como acabado com a abdicação de Rômulo Augusto em 476. Embora o papa Leão
III tenha coroado Carlos Magno como Imperator Augustus em 25 de dezembro de 800, e seu
filho, Luís I, o Piedoso, também tenha sido coroado como Imperador pelo Papa, o império e
toda sua estrutura não foram formalizados por décadas, devido principalmente à tendência
dos francos de dividir as heranças entre os filhos após a morte do rei. Isso é notável quando
Luís I coroou-se em 814, após a morte de seu pai, mas apenas em 816, o papa Estevão VI, que
sucedeu Leão III, foi a Reims e de novo coroou Luís. Com esse ato, o imperador fortaleceu o
papado, instituindo o papel essencial do papa nas coroações imperiais.[2] [3]
Terminologias contemporâneas para o império variaram muito durante os séculos. O termo
Império Romano foi usado em 1034 para denotar as terras sob o domínio de Conrado II, e
Império Sagrado em 1157. O uso do termo Imperador Romano para referir-se aos soberanos
da Europa Central começou com Otão II (imperador 973-983). Os imperadores de Carlos
Magno (imperador de 800 a 814) a Otão I (Imperador de 962-973) usavam simplesmente a
frase Imperator Augustus (ambos, sem a palavra "romano", eram os títulos preferidos em vez
de imperador romano). O termo preciso Sacro Império Romano (alemão: Heiliges Römisches
Reich; latim: Sacrum Romanum Imperium) data de 1254; a versão final Sacro Império Romano-
Germânico (alemão Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation) apareceu em 1512, depois de
diversas variações no fim do século XV.[notas 1]
Contemporâneos da época não sabiam ao certo como definir essa entidade. Na sua famosa
descripção de 1667, De statu imperii Germanici, publicada sob o codinome Severinus de
Monzambano, Samuel Pufendorf escreveu: "Nihil ergo aliud restat, quam ut dicamus
Germaniam esse irregulare aliquod corpus et monstro simile ...".
No seu Essai sur l'histoire generale et sur les moeurs et l'esprit des nations (1756), o filosofo
francês Voltaire descreveu o Sacro Império Romano como uma "aglomeração" que não é "nem
sagrada, nem romana, e nem um império".
Em Fausto I, numa cena escrita em 1775, o autor alemão Goethe era um dos bebedores no
Porão de Auerbach em Leipzig e perguntou "Nosso império romano e sagrado, jovens, o que o
mantém ainda unido?" Goethe tinha um longo, mas não muito favorável ensaio sobre suas
experiências como aprendiz no Reichskammergericht em seu trabalho autobiográfico Dichtung
und Wahrheit.
Um império "romano"?[editar | editar código-fonte]
De um ponto de vista jurídico o Império Romano, fundado por Augusto em 27 a.C. e dividido
por em duas "partes" após a morte de Teodósio I, em 395, havia sobrevivido somente na parte
oriental que, com a deposição do último imperador ocidental Rômulo Augusto, em 476, tinha
obtido também as insígnias da parte ocidental reunindo de um ponto de vista formal o Império
Romano.
A coroação de Carlos Magno pelo papa Leão III em 800 foi ato privado de perfil jurídico
legítimo: somente o imperador romano do Oriente (chamado "bizantino" mais tarde pelos
iluministas no século XVIII) seria digno de coroar um par seu na parte ocidental, razão pela
qual Constantinopla viu-se sempre com superioridade e suspeita aquele ato.
Este ato foi justificado, do ponto de vista formal, com dois expedientes:
O fato de que, na época, o Império Bizantino era governado por uma mulher, Irene de
Bizâncio, ilegítima aos olhos ocidentais, criava um vazio de poder que tornava possíveis
eventuais golpes de mão (de fato na época o Império Bizantino não tinha nenhuma
possibilidade de intervir diretamente na Europa ocidental);[4]
A questão que o papa se declarasse como direto herdeiro do Império Romano arrogando-se o
poder temporal graças ao documento (falso) da Doação de Constantino, com o qual
Constantino I teria cedido a soberania sobre a cidade de Roma (e seu território limítrofe) ao
papa Silvestre I; o documento, desmentido como falso já no século XV, foi redigido realmente
no século VIII, quando o papa, ameaçado pelo avanço dos lombardos, tinha que fazer valer a
própria autoridade. Naquela ocasião ele havia[5] feito outro ato análogo, entretanto
formalmente ilegítimo, com a coroação do rei dos francos Pepino o Breve, como
agradecimento pela ajuda recebida na luta com os lombardos.
Os imperadores romano-germânicos buscaram com muitos modos fazer-se aceitar pelos
bizantinos como seus pares: com relações diplomáticas, matrimônios políticos ou ameaças.
Algumas vezes porém não obtiveram os resultados esperados, porque de Constantinopla eram
sempre chamados como "rei dos germanos", jamais "imperador".
A pretensão de apresentar como herdeiro dos romanos, juridicamente discutível, teve alguns
inegáveis resultados positivos, como a recuperação do direito romano, a partir da metade do
século XII, que com as atividades da universidade, tornou-se presente no ocidente,
substituindo na parte as legislações germânicas, em vigor desde os tempos das invasões
bárbaras.
Instituições[editar | editar código-fonte]
A partir da Alta Idade Média em diante, o império estava sendo regido sob uma frágil
coexistência do império com a luta de duques locais para tirar o poder para longe dele. Com
uma grande extensão que encontrava outros reinados medievais como a França e a Inglaterra,
os imperadores eram incapazes de manter controle sobre as terras que oficialmente tinham.
Em vez disso, para assegurar sua própria posição e não ser deposto, os imperadores eram
forçados a dar mais e mais autonomia aos governantes locais: nobres e bispos. Esse processo
começou no século XI com a Controvérsia da Investidura e foi mais ou menos concluída em
1648 com a Paz de Vestfália. Diversos imperadores tentaram reverter essa dissolução da sua
autoridade, mas eram frustrados pelo papado e pelos príncipes do império.
Rei dos Romanos[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Rei dos Romanos

A coroa do Sacro Império Romano Germânico (segunda metade do século X), agora em
exposição no Schatzkammer de Viena

Parte do manto imperial, 1857


Um pretendente a imperador deveria primeiramente ser eleito como Rei dos Romanos (Rex
romanorum/römischer König). Reis eram eleitos desde muito tempo: no século IX pelos líderes
das cinco tribos mais importantes: (os francos sálios da Lorena, os francos ripuários da
Francônia, os saxões, os bávaros, e os suábios);depois pelos principais duques e bispos do
reino; finalmente apenas pelo chamado príncipe-eleitor. Esse colégio eleitoral foi formalmente
estabelecido em 1356 pelo rei da Boêmia, Carlos IV, através do decreto conhecido como Bula
Dourada. Inicialmente, havia apenas sete eleitores: o Eleitor do Palatinado, o Rei da Boêmia, o
duque da Saxónia, o marquês de Brandemburgo, e os arcebispos de Colônia, Mogúncia, e
Tréveris. Durante a Guerra dos Trinta Anos, o Duque da Baviera ganhou direito ao voto como
oitavo eleitor. Esperava-se de um candidato à eleição que oferecesse concessões de terra e
dinheiro para os eleitores para que assim pudesse assegurar os votos.
Em muitos casos, isso levava muitos anos enquanto o rei se ocupava de outras tarefas:
frequentemente ele precisava primeiro resolver rebeliões no norte da Itália, ou alguma
querela com o papa. Depois os imperadores dispensaram a coroação papal, contentando-se
com o título de Imperador-Eleito: o último imperador a ser coroado pelo papa foi Carlos V em
1530.
O imperador devia ser um homem de bom caráter com mais de dezoito anos. Esperava-se que
todos os seus quatro avós tivessem sangue nobre. Nenhuma lei exigia que ele fosse católico,
mas o direito imperial presumia que ele o fosse. E ele também não precisava ser alemão
(Carlos V e Afonso de Castela não eram, e Henrique VIII da Inglaterra foi candidato na eleição
de 1519). A partir do século XVII, os candidatos geralmente possuíam estados dentro do
império. Luís XIV, Rei da França, considerou permitir que a Alsácia-Lorena, recentemente
adquirida pelos franceses, voltasse a fazer parte do império de modo a habilitá-lo a candidatar-
se ao trono.
O imperador não podia simplesmente expedir decretos e governar o império de maneira
autônoma. Seu poder era severamente restrito pelos diversos líderes locais: no final do século
XV, o Reichstag estabeleceu-se como o corpo legislativo do império, uma complexa assembleia
que se reunia a períodos irregulares a pedido do imperador e cujo local de reunião variava. O
Reichstag se tornaria uma assembleia permanente somente após 1663.
Patrimônio imperial[editar | editar código-fonte]
Uma entidade era considerada Reichsstand (patrimônio imperial) se, de acordo com o direito
feudal, não fosse subordinada a mais ninguém exceto o próprio imperador. Eles incluíam:
Territórios governados por um príncipe ou duque, e em alguns casos reis. Governantes do
Sacro Império Romano-Germânico, com a exceção do Rei da Boêmia (um eleitor), não podiam
ser soberanos de reinos dentro do império, mas alguns tinham reinos fora dos domínios do
império, como era o caso do Reino Unido, onde o governante era também Príncipe-eleitor de
Hanôver desde 171] até a dissolução do império.
Territórios feudais liderados por um dignitário clérigo, que era então considerado príncipe da
Igreja. Num caso parecido de Príncipe-Bispo, o território temporal (chamado príncipe-bispado)
frequentemente excedia a sua – já grande – diocese, dando ao bispo tanto o poder temporal
quanto o clerical. São exemplos os três príncipe-arcebispados: Colônia, Tréveris, e Mogúncia.
Cidades Livres Imperais
O número de territórios era incrivelmente grande, chegando a aproximadamente 300 na
época da Paz de Vestfália. Muitos deles não possuíam mais do que alguns quilômetros
quadrados, razão pela qual o império era frequentemente descrito como uma "colcha de
retalhos" (Flickenteppich) (veja Kleinstaaterei). Para uma lista de Reichsstände em 1792, veja
Lista de participantes do Reichstag (1792).
Reichstag[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Reichstag
O Reichstag era o corpo legislativo do Sacro Império. Ela era dividido em três classes distintas:
O Conselho de Eleitores, que incluía os Eleitores do Sacro Império Romano.
O Conselho de Príncipes, que incluía tanto nobres quanto clérigos.
A bancada secular: Príncipes (aqueles com o título de Príncipe, Grão-Duque, Duque, Conde
Palatino, Marquês ou Conde) com votos individuais; alguns tinham mais que um voto porque
governavam diversos territórios. Ainda, o conselho incluía condes (grafs, que eram agrupados
em quatro colégios: Wetterau, Suábia, Francônia, e Vestfália. Cada colégio contava um voto no
total de votos.
A Bancada Eclesiástica: Bispos, certos abades, e os dois grão-mestres da Ordem Teutônica e da
Ordem de São João tinham votos individuais. Outros abades eram agrupados em dois colégios:
Suábia e o Reno. Cada colégio tinha um voto coletivo.
O Conselho das Cidades Imperiais, que incluía representantes das cidades imperiais livres eram
agrupados em dois colégios: Suábia e Reno. Cada colégio tinha direito a um voto coletivo. O
conselho das cidades imperiais não era totalmente igual aos outros; ele podia não votar em
várias votações como a admissão de novos territórios. A representação das cidades livres no
Reichstag se tornou comum desde a Alta Idade Média. No entanto, sua participação foi
formalmente reconhecida apenas em 1648, com a paz de Vestfália quando acabara a Guerra
dos 30 anos.
Cortes imperiais[editar | editar código-fonte]
O império tinha também duas cortes: o Reichshofrat (também conhecido como o Conselho
Áulico) baseada na corte do rei/imperador (depois em Viena), e a Reichskammergericht (Corte
da Câmara Imperial), estabelecida com a Reforma Imperial de 1495.
Círculos imperiais[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Círculo Imperial

O Sacro Império Romano-Germânico em 1512 e os círculos imperiais


Como parte da Reforma Imperial (Reichsreform), seis círculos imperiais foram estabelecidas
em 1500 e estendidos para dez em 1512. Esses eram grupos regionais compostos pela maioria
(mas não por todos) os vários estados do império com o propósito de defesa, impostos
imperiais, supervisão tributária, manter a paz e segurança pública. Cada círculo tinha seu
próprio Kreistag ("Dieta Circular").
História[editar | editar código-fonte]
Dos Francos do Leste à Controvérsia da Investidura[editar | editar código-fonte]
Ver artigos principais: Império Carolíngio e Questão das Investiduras
Seguindo a tradição franca, Carlos Magno tinha a intenção de dividir seu território quando
morresse entre seus filhos. Assim que ele morreu, apenas um filho tinha sobrevivido, Luís I, o
Piedoso. Luís concordou em herdar todos os domínios de seu pai e o título de imperador. A
resolução de Luís de quebrar com a tradição e passar todas suas terras para apenas um filho
levou para uma série de guerras civis que terminaram com o repartição de 843. É importante
distinguir o Frância oriental criado pela repartição dos territórios de Carlos Magno em 843 do
império. O título imperial foi primeiramente concedido a Lotário I filho mais novo de Luís I, o
Piedoso e depois passado a diversos ramos da dinastia carolíngia, freqüentemente tendo sido
sustentado por não mais que alguns monarcas do norte da península Itálica.
A Frância oriental desenvolveu-se como uma entidade separada até que um não-Carolíngio foi
eleito como rei no começo do século X. A posterior coroação de seu filho Otão I como sucessor
a imperador marcou o início da associação da Frância oriental com o título de imperador, uma
associação que se manteve intacta até a abdicação de Francisco II em 1806.
Com a divisão do reinado Franco com o Tratado de Verdun em 843, a dinastia carolíngia
prosseguiu independente nas três divisões. A parte oriental ficou sob o domínio de Luís o
Germânico, que foi substituído por diversos líderes até a morte de Luís, a Criança, o último
carolíngio da parte oriental.
Os líderes da Alamania, Baviera, França e Saxônia elegeram Conrado I dos Francos, que não era
um Carolíngio, como líder em 911. Seu sucessor, Henrique, I o Passarinheiro (r. 919-936), um
saxão eleito no Reichstag de Fritzlar em 919, conseguiu a aceitação de um Império Oriental
separado da parte Ocidental(ainda comandada pelos carolíngios) em 921, chamando a si
mesmo Rex Francorum Orientalum (Rei dos Francos do Leste). Ele fundou a dinastia otoniana.
Henrique indicou seu filho Otto, que foi eleito rei em Aquisgrano em 936, como seu sucessor.
Um casamento-aliança com a soberana viúva do Reino Itálico deu a Otto o controle de toda
essa nação. Sua posterior coroação como imperador Otão I (depois chamado "o Grande") em
962 marcaria um avanço importante, quando desde então a realeza Franco-Oriental – e não o
Reino Franco Ocidental que era o outro restante dos reinos francos – teria a bênção do Papa.
Otto ganhou muito do seu poder logo, quando, em 955, os Magiares foram derrotadas na
Batalha de Lechfeld.
Em contemporâneas e posteriores escrituras, essa coroação seria também referida como
translatio imperii, a transferência do "Império dos Romanos" para um novo império. Os
imperadores alemães ainda pensavam serem sucessores diretos daqueles do Império Romano;
por isso inicialmente chamavam-se Augustus. No começo eles não se chamavam imperadores
"romanos", provavelmente para não provocar um conflito com o imperador romano que ainda
existia em Constantinopla. O termo imperator romanorum apenas se tornou comum sob
Conrado II (sendo sua coroação em 1027, portanto na primeira metade do século XI) depois do
Grande Cisma do Oriente.
Nesse tempo, o reinado oriental não era "alemão", mas uma "confederação" de antigas tribos
germânicas de Bávaros, Alamanos, Francos e Saxões. O império era uma união política que
provavelmente sobreviveu por causa da influência do rei Henrique, o Saxão e seu filho, Oto.
Embora formalmente eleito pelos líderes das tribos germânicas, eles eram na verdade capazes
de indicar seus sucessores.
Isso mudou depois que Henrique II morreu em 1024 sem ter tido nenhum filho. Conrado II,
primeiro da Dinastia Saliana, foi então eleito rei em 1024 depois de um certo debate sobre.
Como exatamente era escolhido o rei aparentava ser uma complicada conglomeração de
influência pessoal, querelas tribais, heranças, e a aprovação pelos líderes no que acabou
tornando-se o colegiado de Eleitores.

O Sacro Império em 1097.


Já nesse tempo, o dualismo entre os territórios das tribos antigas enraizadas nas terras
francas, e o rei/imperador, ficou aparente. Cada rei preferia gastar mais tempo em suas
próprias terras; os Saxões, por exemplo, gastavam muito tempo em Palatinados em volta das
montanhas de Harz, entre elas a Goslar. Essa prática apenas mudou sob Otão III (rei 983,
imperador de 996 a 1002), que começou a usar bispados por todo o império como locais
temporários de governo. Além disso, seus sucessores Henrique II, Conrado II, e Henrique III,
aparentemente se organizavam para apontar os duques dos territórios. Nessa época não tinha
mais coincidência, a terminologia mudara e as primeiras denominações de regnum
Teutonicum (Reino Alemão) surgiam.
O império quase entrou em colapsou na Controvérsia da Investidura, na qual o Papa Gregório
VII declarou a excomunhão do rei Henrique IV (rei em 1056, imperador de 1084 a 1106).
Embora ele tenha voltado atrás em 1077 Caminhada a Canossa, a excomunhão teve fortes
conseqüências. Durante isso, os duques alemães elegeram um segundo, Rodolfo da Suábia, na
qual Henrique IV conseguiu derrotar apenas depois de uma guerra de três anos em 1080. Os
místicos pilares do império foram permanentemente abalados; o rei alemão foi humilhado.
Mais importante ainda, a igreja era claramente um jogador independente no sistema político
do império, não sujeita à autoridade imperial.
Sob os Hohenstaufen[editar | editar código-fonte]
Conrado III subiu ao trono em 1138, sendo o primeiro da Dinastia Hohenstaufen, que queria
restaurar a glória do império mesmo depois das condições de 1122, a Concordata de Worms.
Foi Frederico I "Barba Ruiva" (rei 1152, imperador de 1155 a 1190) que primeiro chamou o
império de "Sacro", com o qual ele pretendia mudar principalmente as leis e a legislação.

Adhemar de Monetel carrega a Lança Sagrada.


Ainda, sob Frederico Barbarossa, a ideia da romanização do império surgia de novo, o que
aparentava ser um esforço para justificar o poder do imperador independentemente do (agora
fortalecido) papa. Uma assembleia imperial nos arredores de Roncaglia em 1158
explicitamente contestou os direitos imperiais durante o conselho dos quattuor doctores do
emergente setor judicial da Universidade de Bolonha, citando frases como princeps legibus
solutus ("o imperador não é coberto pela lei") da Digestas do Corpo do Direito Civil. As leis
romanas foram criadas para um sistema totalmente diferente e não cobria a estrutura do
império que era obviamente secundária; o importante aqui foi que a corte do imperador fez
um esforço para criar uma constituição legal.
Direitos imperiais foram referidos como regalia desde a Controvérsia da Investidura, mas
foram citadas pela primeira vez em Roncaglia. Essa compreensível lista incluía estradas
públicas, tarifas, tributos, taxas punitivas, e a investidura. Esses direitos eram agora
explicitamente ditos na Lei Romana, um importante ato constitucional; no norte dos Alpes ele
era agora ligado à lei feudal, a mudança mais significativa da dissolução dos feudos de
Henrique, o Leão em 1180, o que levou a sua excomunhão pública. Barbarossa então
comandou por um tempo promovendo uma maior união dos duques germânicos para todo o
império.
Outra importante mudança constitucional de Roncaglia foi o estabelecimento de uma nova paz
(Landfrieden) para todo o império, num esforço para abolir hostilidades pessoais não apenas
entre os diversos duques locais, mas por outro lado ligar os subordinados do imperador ao
sistema legal de jurisdições e ao tribunal público de atos – um conceito primitivo do "Estado de
direito", em termos modernos, que na época, não era ainda inteiramente aceito.
Para resolver o problema de que o imperador não era (depois da Controvérsia da Investidura)
mais capaz de usar a igreja como mecanismo para manter o seu poder, o Staufer surgiu
lentamente tornando-se o ministerialia, antigo "militar não livre", que Frederico esperava ser
mais consistente do que os duques locais. Inicialmente usado principalmente para a guerra,
essa nova classe de povo formaria a base para os posteriores cavaleiros, outra base de poder
imperial.

Sacro Império Romano-Germânico, 1138–1254


Outro conceito novo da época era a fundação sistemática de novas cidades, tanto pelo
imperador como pelos duques locais. Isso acontecia parcialmente devido a explosão
populacional, mas também para concentrar o poder econômico em locais estratégicos, no
lugar de se ter apenas cidades sobre as fundações de antigas cidades romanas ou sob o
poderio dos antigos bispados. Cidades que foram fundadas no século XII incluem Friburgo,
possivelmente o modelo econômico de muitas outras futuras cidades, e Munique.
O reino do último imperador Staufer, Frederico II, era em muitos aspectos diferente dos
antigos imperadores. Ainda uma criança, ele primeiro foi o soberano do Reino da Sicília,
enquanto na Alemanha, o segundo filho de Barba Ruiva Filipe da Suábia e o filho de Henrique,
o Leão Oto IV competiam com ele pelo título de Rei dos Alemães. Depois de finalmente ser
coroado imperador em 1220, ele entrou em conflito com o papa quando clamou poder sobre
Roma. Surpreendentemente para muitos, ele organizou a Sexta Cruzada para tomar Jerusalém
em 1228 enquanto ainda estava excomungado pelo papa.
Enquanto Frederico trouxe a ideia mística do império até o último estágio, ele foi também o
primeiro a dar o maior dos passos que levariam à fragmentação. De um lado, ele concentrou o
poder ao criar um estado inovador na Sicília, com serviços públicos, finanças, e outras
reformas. Do outro lado, Frederico foi o imperador que mais deu poderes aos duques alemães
sob a forma de dois importantes privilégios que nunca mais seriam retirados pelo poder
central. Em 1220, Confoederatio cum principibus ecclesiasticis, Frederico deu um certo
número de regalias em favor dos bispos, dentre eles as tarifas e o fortalecimento. No Statutum
in favorem principum de 1232 ele estendeu esses privilégios aos outros territórios (não-
clericais) (Frederico II foi forçado a dar esses privilégios devido à rebelião de seu filho,
Henrique). Embora muitos desses privilégios tenham existidos antes, eles eram agora
garantidos globalmente, e de uma vez por todas, permitir aos duques alemães que
mantivessem a paz no norte dos Alpes enquanto Frederico concentrava-se na sua terra natal
na Itália. O documento de 1232 marcou a primeira vez que duques alemães foram chamados
de domini terræ, donos de suas terras, uma grande mudança na terminologia.
Os Cavaleiros Teutônicos foram chamados para a Prússia pelo duque Conrado de Masóvia para
cristianizar os Prussianos em 1226.
Durante o longo período dos imperadores da dinastia Hohenstaufen (1138-1254) na península
Itálica, os príncipes alemães se tornaram fortes e começaram, sucessivamente, a colonização
majoritariamente pacífica das terras eslavas ocidentais, assim a influência do império cresceu
fortemente e incluía a Pomerânia e a Silésia.
Crescimento territorial depois dos Staufen[editar | editar código-fonte]

Bandeira do Sacro Império Romano-Germânico 1200-1350

Os príncipes-eleitores
Depois da morte de Frederico II em 1250, nenhuma das dinastias nobres de produzir um rei
provaram serem capazes de tal, e os duques líderes elegeram diversos reis para a competição
a imperador. O período de 1246 (começando com a eleição de Henrique Raspe e Guilherme da
Holanda) até 1273, quando Rodolfo I de Habsburgo foi eleito rei, é geralmente referido como o
Interregno. Durante o interregno, muito do que restou da autoridade imperial foi perdido,
assim como os príncipes tiveram tempo de consolidar seus territórios e se tornar cada vez mais
independentes.
Em 1257, uma dupla eleição gerou uma conjuntura que garantiu um longo interregno.
Guilherme da Holanda tinha caído no ano anterior, e Conrado da Suábia tinha morrido três
anos antes. Primeiro, três eleitores (Eleitorado do Palatinado, Colônia e Mogúncia) (sendo a
maioria da persuasão de Guelfo) deram seu veredito para Ricardo da Cornualha que era o
sucessor de William da Holanda como rei. Depois de um tempo, um quarto eleitor, Boêmia,
aderiu a essa escolha. Entretanto, poucos meses depois, a Boêmia e os outros três eleitores
Tréveris, Brandemburgo e Saxônia votaram por Afonso X de Castela, este tendo como base o
partido de Gibelino. O Conselho agora tinha dois reis. Era permitido ao rei da Boêmia de
mudar o seu voto, ou a eleição estaria completa quando quatro eleitores escolhessem um rei?
Seriam os quatro eleitores juntos capazes de depor Ricardo alguns meses depois, se a eleição
tivesse sido válida?
As dificuldades em eleger um rei eventualmente levaram ao surgimento de um colégio fixo de
eleitores, o Kurfürsten, cuja composição e procedimentos foram estabelecidos na Bula
Dourada de 1356. Esse desenvolvimento provavelmente simboliza o surgimento da dualidade
entre Kaiser und Reich (imperador e reino), imperador e realeza, que não eram mais
consideradas a mesma coisa. Isso foi ainda mais exposto quando os reis pós-Staufen tentaram
sustentar seu poder. Antes, a força do império (e as finanças) era amplamente garantida pelas
próprias terras do império, o chamado Reichsgut que sempre pertenceu ao respectivo rei (e
incluía muitas cidades imperiais). Depois do século XIII, sua relevância perdeu força (muito
embora em algumas partes a situação continuou a mesma até o fim do império em 1806). Em
vez disso, o Reichsgut estava cada vez mais sob as mãos de duques locais, algumas vezes para
dar mais dinheiro ao império, mas mais freqüentemente, para recompensar a fidelidade deles
ou num esforço de civilizar alguns duques teimosos. A governança direta do Reichsgut não
fazia parte mais nem do desejo do rei nem dos duques.

Sacro Império Romano-Germânico de 1273-1378, e suas principais dinastias reais.


Em vez disso, os reis, começando com Rodolfo I de Habsburgo, se baseavam nas terras de suas
respectivas dinastias para dar suporte ao seu poder. Em contraste com o Reichsgut, que era
mais esparso e difícil de administrar, esses territórios era compactos e, portanto mais fáceis de
controlar. Em 1282, Rodolfo I deu o comando da Áustria e a Estíria para seus próprios filhos.
Com Henrique VII, a Casa de Luxemburgo entrava em cena. Em 1312, ele foi coroado como o
primeiro imperador desde Frederico II. Depois dele todos os reis e imperadores fortaleceram
as terras de suas próprias famílias (Hausmacht): Luís IV de Wittelsbach (rei 1314, imperador de
1328 a 1347) fortaleceram suas terras na Baviera; Carlos IV de Luxemburgo, neto de Henrique
VII, deu mais força à sua terra natal na Boêmia.
O século XIII também foi palco de mudança estrutural geral em como as terras eram
administradas. Em vez de deveres pessoais, o dinheiro se tornou cada vez mais comum o
representante do valor econômico da agricultura. Camponeses estavam sendo obrigados a
pagar tributos por suas terras. O conceito de "propriedade" estava substituindo formas mais
antigas de jurisdição, embora eles estivessem intimamente ligados. Nas dependências (não no
mesmo nível do império), o poder se tornou cada vez mais enriquecido: Não importa quem
tivesse a terra tinha jurisdição, de onde outros poderes se derivavam. É importante notar que,
entretanto, dentro da jurisdição, nessa época, não incluía legislação, o que virtualmente não
existia direito até o século XV. A prática do tribunal foi fortemente misturada com costumes e
hábitos tradicionais.
Foi durante esse tempo que essas regiões começaram a se transformar nos predecessores dos
estados modernos que surgiram depois. Esse processo variou bastante entre os territórios e foi
mais avançado nos territórios que eram mais semelhantes às terras das antigas tribos
germânicas, como por exemplo, Baviera. Foi mais lento naqueles territórios mais esparsos e
que foram fundados com privilégios imperiais.
Reforma imperial[editar | editar código-fonte]
A "constituição" do império ainda estava desorganizada no começo do século XV. Embora
alguns procedimentos e instituições tenham sido criados, como por exemplo, a Bula Dourada
de 1356, as regras de como o rei, os eleitores, e os outros duques deviam cooperar dentro do
império dependia mais da personalidade do respectivo rei. Isso foi provado ser fatal quando
Sigismundo de Luxemburgo (rei 1410, imperador de 1433 a 1437) e Frederico III de Habsburgo
(rei 1440, imperador de 1452 a 1493) ignorou as velhas terras do império e majoritariamente
morou nas suas terras natais. Sem a presença do rei, a velha instituição do Hoftag, a
assembléia dos homens da nobreza. O Reichstag como um órgão legislativo do império não
existia ainda. Pior ainda, duques freqüentemente iam aos seus feudos para organizarem
guerras locais contra outros duques.
Ao mesmo tempo, a igreja também estava em crise. O conflito entre diversos papas só foi
resolvido no Concílio de Constança (1414-1418). Depois de 1419, muita energia foi gasta na
luta contra a heresia dos Hussitas. A ideia medieval de um Corpus christianum unificado, na
qual o papado e o império eram as instituições líderes, começava a sucumbir.
Com essas mudanças dramáticas, muita discussão surgiu no século XV dentro do império.
Costumes antigos não eram mais adequados para descrever a estrutura da época, e um
reforço do antigo Landfrieden era necessário. Durante esse tempo, o conceito de "reform"
surgiu, no senso original do verbo em Latim re-formare, para reganhar a antiga identidade que
fora perdida.
Quando Frederico III precisou dos duques para financiar a Guerra contra o Reino da Hungria
em 1486 e no mesmo tempo que seu filho, Maximiliano I foi eleito rei, ele foi confrontado com
um pedido dos duques para a união de um conselho imperial. Pela primeira vez, a assembleia
de eleitores e outros duques, agora chamada de Reichstag (que mais tarde ganhou a união das
Cidades Imperiais Livres). Enquanto Frederico recusava-se a se unir ao conselho, seu filho, mais
conciliatório, finalmente compareceu ao Reichstag em Worms em 1495, depois da morte de
seu pai em 1493. Nisso, o rei e os duques concordaram em quatro propostas, geralmente
referidas como Reichsreform (Reforma Imperial): um conjunto de decretos legais para dar ao
império em estado de quase-fragmentação a sua estrutura original. Dentre outros, esse
decreto produziu os círculos imperiais e a Reichskammergericht (Câmara da Corte Imperial);
estruturas que iriam — em certo nível — persistir até a queda do império em 1806.
Entretanto, demorou mais algumas décadas até que as novas regulamentações fossem aceitas
e a nova corte entrasse em funcionamento; apenas em 1512 que os Círculos Imperiais ficariam
totalmente formados. O rei também deixou claro que a sua própria corte, o Reichshofrat,
continuasse funcionando paralelamente ao Reichskammergericht. É interessante notar que
nesse mesmo ano, o império recebeu o seu novo título, o Heiliges Römisches Reich Deutscher
Nation ("Sacro Império Romano da Nação Germânica").[1]
Crise depois da Reforma[editar | editar código-fonte]
Em 1517, Martinho Lutero iniciou o que seria depois conhecido Reforma Protestante. Nessa
época, muitos duques locais viram a chance para se opor à hegemonia do Carlos V. O império
então ficou dividido por linhas religiosas, com o Norte, o Leste e a muitas das grandes cidades
— Estrasburgo, Frankfurt e Nuremberga— tornando-se Protestante enquanto o Sul e o Oeste
permaneceram católicos. Conflitos religiosos emergiram em varias partes da Europa durante
um século, embora a região alemã estivesse quieta desde a paz de Augsburgo em 1555 até a
Defenestração de Praga em 1618. Quando os Boêmios rebelaram-se contra o imperador, o
resultado imediato foi uma série de conflitos conhecidos como a Guerra dos 30 Anos (1618-
1648), que devastou o império. Poderes externos, incluindo a França e a Suécia, intervieram no
conflito e fortaleceram o poder imperial, mas eles também tomaram consideráveis partes de
terra para eles mesmos. O longo conflito feriu o império de tal forma que ele nunca mais
recuperaria sua força total de novo.
O longo declínio[editar | editar código-fonte]

O império depois da Paz de Vestfália, 1648

O império em 1705, mapa "L’Empire d’Allemagne" de Nicolas de Fer


O fim do império veio em diversas etapas. A Paz de Vestfália em 1648, que acabou com a
Guerra dos 30 Anos, deu aos territórios autonomia quase que completa. A Confederação Suíça,
que já tinha conseguido uma quase-independência em 1499, e a Holanda do Norte deixaram o
império. Embora os estados constituintes ainda tivessem algumas restrições — em particular,
eles não podiam formar alianças contra o Imperador — o império a partir desse ponto foi uma
entidade impotente, existindo apenas no nome. Os imperadores Habsburgo focaram-se em
consolidar seus estados no Império Austríaco e outros lugares.
Com o avanço de Luís XIV, os Habsburgos ficaram dependendo da ajuda dos arquiduques da
Áustria para conter o avanço do Reino da Prússia, que estavam dominando alguns territórios
dentro do próprio império. Durante o século XVIII, os Habsburgos estavam envolvidos em
vários conflitos pela Europa, tal como a Guerra da Sucessão Espanhola, a Guerra da Sucessão
Polonesa e a Guerra da Sucessão Austríaca. O Dualismo alemão entre Áustria e Prússia
dominava a história do império desde 1740. A partir de 1792, a França revolucionária estava
em Guerra com varias partes do império interruptamente. O império foi formalmente
dissolvido em 6 de agosto de 1806 quando o último sacro imperador romano-germânico
Francisco II (a partir de 1804, imperador Francisco I da Áustria) abdicou, sendo seguido por
uma derrota militar pelos franceses sob o comando de Napoleão (ver Tratado de Pressburg).
Napoleão reorganizou muito do império na Confederação do Reno, um estado satélite francês.
Francisco da Dinastia de Habsburgo-Lorena sobreviveu ao desmanche do império, continuando
a reinar como Imperador da Áustria e rei da Hungria até a dissolução final do Império Austro-
Húngaro em 1918, como consequência da Primeira Guerra Mundial. Após, a Confederação
Napoleônica do Reno foi substituída pela Confederação Germânica e depois pela
Confederação Norte-Germânica, até que os territórios que falavam o alemão, menos a Áustria,
foram unidos sob a liderança do Reino da Prússia até 1871, depois como Império Alemão
(1871-1918). O Império Alemão seria extinto em 1918, como consequência da Primeira Guerra
Mundial, sendo sucedido pela República de Weimar (1919-1933).
Resquícios atuais[editar | editar código-fonte]
Às vezes é dito que o único atual sobrevivente do império é o pequeno principado de
Liechtenstein, localizado entre a Suíça e a Áustria.
Ainda existe um Habsburgo reclamando o trono imperial, Otto de Habsburgo. Entretanto, o
trono do império nunca foi meramente hereditário, e títulos de nobreza não são mais oficiais
na Alemanha e nas outras repúblicas da Europa Central.
Análise[editar | editar código-fonte]
Tem sido dito que a história moderna da Alemanha foi predeterminada por três fatores: o
Reich, a Reforma Protestante, e depois o dualismo entre Áustria e Prússia. Muitos esforços
têm sido feitos para entender por que o Reich nunca formou um poder forte e centralizado
sobre seus territórios, como aconteceu com a sua vizinha França.[1] Algumas razões incluem:
O império era um corpo federativo desde o início: ao contrário da França, que tinha feito parte
do Império Romano, na parte oriental do Reino Franco, as tribos germânicas que depois
fizeram parte da nação germânica (Saxões, Turíngios, Francos, Bávaros, Alamanos ou Suábios)
eram muito mais independentes e relutavam em ceder o poder a uma autoridade central.
Todas as tentativas de fazer o reino uma monarquia hereditária falharam; em vez disso, o rei
era sempre eleito. Depois, cada candidato para rei fazia promessas para o seu eleitorado, o
chamado Wahlkapitulationen (Capitulações eleitorais), assim dando aos nobres mais e mais
poder através dos séculos.
Devido às conotações religiosas, o império era uma instituição duramente afetada pela disputa
entre o Papa e os reis germânicos em suas respectivas coroações como imperador. Nunca
ficou claro sob quais condições o papa devia coroar o imperador e especialmente se todo o
poder do imperador era dependente do poder clerical do papa. Muito debate aconteceu sobre
isso, especialmente durante o século XI, levando à Controvérsia da Investidura e a Concordata
de Worms em 1122.
Se o sistema feudal do império, onde o rei era formalmente o topo da chamada "pirâmide
feudal", era a causa ou sintoma da fraqueza do império não é certo. Em qualquer caso, a
obediência militar, que – de acordo com a tradição germânica – estava intimamente ligada à
doação de terras aos tributários, sempre foi um problema: quando o império tinha que ir para
a guerra, as decisões demoravam e eram tímidas.
Até o século XVI, os interesses econômicos do sul e do oeste divergiam daqueles do norte,
onde a Liga Hanseática operava. A Liga Hanseática era muito mais ligada com a Escandinávia e
o Báltico do que com o resto da Alemanha.
A historiografia alemã de hoje vê o Sacro Império Romano-Germânico como um sistema
balanceado de organizar uma multidão de estados (efetivamente independentes) sob um
complexo sistema de regulamentos legais. Pequenos estados como os senhorios e as cidades
imperiais livres sobreviveram por séculos como entidades independentes, embora eles não
tivessem nenhum poderio militar. As cortes supremas, Reichshofrat e o Reichskammergericht
ajudaram a diminuir os conflitos, ou ao menos mantê-los como guerras de palavras em vez de
guerras verdadeiras.
O grande número de territórios diferentes com diferentes línguas (alemão, francês, italiano,
tcheco, esloveno, etc.), denominações religiosas e diferentes formas de governo levaram a
uma grande variedade de culturas, o que pode ser visto na atual Alemanha com as culturas
regionais, costumes e dialetos que mudam às vezes no raio de poucos quilômetros.
Impérios sucessores[editar | editar código-fonte]
Depois do fim das Guerras Napoleônicas uma nova União alemã foi criada em 1815. Ela
sobreviveu até 1866 quando o Reino da Prússia dissolveu a Confederação germânica para
formar a Confederação Norte-Germânica que se tornaria um estado-nação em 1871, o Império
Alemão.[6]
Otão I
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Otão I, o Grande
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Otto der Große.jpg
Otão I, o Grande
Governo
Reinado 2 de julho de 936—7 de maio de 973
Consorte Edite de Wessex (929–946)
Adelaide da Itália (951–973)
Sucessor(a) Otão II
Dinastia Otoniana
Vida
Nascimento 23 de novembro de 912
Wallhausen
Morte 7 de maio de 973 (60 anos)
Memleben
Sepultamento Catedral de Magdeburgo
Pai Henrique I
Mãe Matilde de Ringelheim
Otão I, o Grande (Otto I), também Oto I (Wallhausen, 23 de novembro de 912 — Memleben, 7
de maio de 973), filho de Henrique I, o Passarinheiro (Heinrich I.), rei dos Germanos, e Matilde
de Ringelheim, foi duque da Saxónia.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Início do reinado
3 Campanhas na Itália e Europa Oriental
4 O sistema otoniano
4.1 Renascença otoniana
5 Título imperial
6 Relações familiares
7 Referências
8 Ligações externas
Biografia[editar | editar código-fonte]
Com a morte do pai foi coroado rei dos Germanos em Aquisgrana (Aix-La-Chapelle, em francês,
ou Aachen, em alemão), em 936, segundo a tradição carolíngia. Em 955, em Lechefeld na
Alemanha, Otão I comandou os exércitos germânicos que derrotaram completamente os
húngaros, povo de origem eurasiana (semi-nômade), que vinha espalhando terror na Europa
ocidental. Foi, provavelmente, o primeiro Sacro Imperador Romano coroado pelo Papa João XII
em 962 (embora Carlos Magno tenha sido coroado imperador em 800, o seu império
desagregou-se devido às disputas entre os seus descendentes pela sucessão, e depois do
assassínio de Berengário de Friuli em 924, o trono imperial permaneceu vazio durante quase
quarenta anos).
Início do reinado[editar | editar código-fonte]
Otão sucedeu a seu pai como rei dos Alemães em 936. No seu banquete de coroação, Otão fez
com que os outros quatro duques do império (os duques da Francônia, Suábia, Baviera e
Lorena) o servissem como seus atendentes pessoais, seguindo a tradição carolíngia. Assim, do
começo de seu reinado, ele indicou que ele era o sucessor de Carlos Magno, cujos últimos
herdeiros na Frância Oriental morreram em 911, e que ele possuía o apoio da igreja alemã,
com seus poderosos bispos e abades. Otão pretendia dominar a igreja e usá-la como uma
instituição unificadora nas terras alemãs para estabelecer um poder imperial teocrático. A
igreja oferecia bens, poder militar e seu monopólio da educação. O imperador oferecia poder e
proteção contra os nobres.
Em 938, um rico veio de prata foi descoberto em Ramelsberga na Saxônia. A riqueza mineral
ajudou a fundar as atividades de Otão durante seu reinado.

Otão I aceitando a rendição de Berengário de Ivrea.


O início do reinado de Otão I foi marcado por uma série de revoltas ducais. Em 938, Everardo,
o novo duque da Baviera, recusou-se a reconhecê-lo. Após Otão depô-lo em favor de seu tio
Bertoldo, Eberardo da Francônia iniciou uma revolta, com o auxílio da nobreza saxã, que
tentou substituí-lo por seu meio-irmão mais velho Thankmar (filho da primeira esposa de
Henrique, Hateburgo). Embora Otão tenha vencido e matado Thankmar, a revolta continuou
no ano seguinte, quando Gilberto, duque de Lorena, jurou fidelidade ao rei Luís IV da França.
Nesse ínterim, o irmão mais novo de Otão, Henrique, conspirou com Frederico de Mogúncia,
para assassiná-lo. A rebelião terminou em 939 com a vitória otoniana na Batalha de
Andernach, onde pereceram os duques da Francônia e Lorena. Henrique fugiu para a França, e
Otão respondeu dando apoio a Hugo, o Grande na sua campanha contra o trono francês. Mas
em 941, Otão e Henrique se reconciliaram através dos esforços de sua mãe. No ano seguinte,
Otão saiu da França após Luís reconhecer sua suserania sobre o Ducado da Lorena.
Para evitar mais revoltas, Otão arranjou que todos os ducados importantes no Reino Alemão
pertencessem a membros próximos de sua família. Ele manteve o ducado que se tornou
vacante da Francônia como seu feudo particular e deu a Conrado, o Vermelho o ducado de
Lorena. Conrado posteriormente casou-se com sua filha Luitgarda. Nesse ínterim, Otão
arranjou que seu filho Liudolfo casasse com Ida, a filha do duque Hermano da Suábia e
herdasse este ducado quando Hermano morresse em 947. Um arranjo similar levou Henrique
a tornar-se duque da Baviera em 949.
Campanhas na Itália e Europa Oriental[editar | editar código-fonte]

Otão I ao lado de Adelaide na Catedral de Meissner


Enquanto essa história se desenvolvia no território que viria a ser a Alemanha, a Itália havia
caído num caos político. Com a morte (950), possivelmente envenenado, de Lotário de Arles, o
trono italiano foi herdado por uma mulher, Adelaide da Itália, respectivamente a filha, nora e
viúva dos três últimos reis da Itália. Um nobre local, Berengário de Ivrea, declarou-se rei da
Itália, abduziu Adelaide, e tentou legitimar seu reino forçando Adelaide a casar-se com seu
filho Adalberto. Entretanto, Adelaide conseguiu escapar para Canossa e requisitar a
intervenção alemã. Liudolfo e Henrique invadiram independentemente a Itália para se
aproveitar da situação, mas, em 951, Otão frustrou as ambições de seu filho e irmão ao invadir
a Itália ele mesmo. Ele foi recebido pela nobreza italiana, assumiu o título de rei dos
Lombardos e em 952 forçou Berengário e Adalberto a reconhecê-lo, permitindo que eles
reinassem a Itália como seus vassalos. Estando viúvo desde 946, casou-se ele próprio com
Adelaide.
Quando Adelaide deu à luz um filho, Liudolfo temeu por sua posição como herdeiro de Otão.
Em 953, se rebelou junto com Conrado, o Vermelho e o Arcebispo de Mogúncia. Embora Otão
tenha conseguido inicialmente restabelecer sua autoridade em Lorena, foi capturado
enquanto atacava Mogúncia, e no ano seguinte a rebelião se espalhou pelo reino. Entretanto,
Conrado e Liudolfo erraram ao se aliarem com os Magiares (húngaros). Pilhagens extensas no
sul da Alemanha pelos Magiares em 954 levaram os nobres alemães a se reunirem e, na
Convenção de Auerstadt, Conrado e Liudolfo perderam seus títulos e a autoridade de Otão foi
restabelecida. Em 955, fortaleceu sua autoridade ao expulsar as forças magiares na Batalha de
Lechfeld (10 de agosto de 955) e Obodritas na Batalha de Recknitz (16 de outubro de 955).
O sistema otoniano[editar | editar código-fonte]

O Sacro Império Romano-Germânico quando da morte de Otão I.


Mgft. = marca/margraviato
Hzt. = ducado
Kgr. = reino
Como elemento chave de sua política doméstica, Otão tentou fortalecer as autoridades
eclesiásticas, especialmente os bispos e abades, em detrimento da nobreza secular que
ameaçava seu poder. Para controlar as forças que a Igreja representava, Otão fez uso
consistente de três instituições. Uma foi a investidura real de bispos e abades. "Sob estas
circunstâncias a eleição clerical tornou-se uma mera formalidade e o rei preencheu o
episcopado com seus próprios parentes e com seus oficiais leais, que também foram
apontados como abades dos monastérios mais importantes" (Cantor, 1994 p. 213). A segunda
instituição estava mais estabelecida nos territórios otonianos, aquela da propriedade das
igrejas(Eigenkirchen). Na lei alemã, qualquer estrutura construída na terra de algum lorde
pertencia àquele, a menos que especificado explicitamente em contrário. Otão e sua
chancelaria agressivamente retomaram os direitos sobre muitas das terras das igrejas e
monastérios. O terceiro instrumento de poder otoniano foi o sistema de advocatus (alemão
Vogt). O advocatus era o gerente secular da terra eclesiástica, que tinha direito a parte da
produção agrícola e outros rendimentos e era responsável pela segurança e ordem. Este título
não era hereditário e era mantido apenas enquanto aprovado pelo imperador ao qual ele
servia.
Otão forneceu grandes tratos de terra aos bispados a abadias, sobre os quais as autoridades
seculares não podiam cobrar taxas nem tinham jurisdição legal. Como um exemplo extremo,
quando Conrado, o Vermelho perdeu seu título de duque, Otão apontou seu irmão Bruno I, já
arcebispo de Colônia como o novo duque de Lorena. Otão I fundou vários bispados nas terras
que conquistou dos Wends e outros povos Eslavos nas suas fronteiras orientais.
Devido ao fato de Otão I indicar pessoalmente os bispos e abades, sua autoridade central foi
fortalecida, e as classes superiores da igreja Alemã funcionavam de certa forma como parte da
burocracia imperial. Os conflitos por estes poderosos bispados pelos sucessores de Otão e o
poder crescente do papado durante as Reformas Gregorianas levariam eventualmente, no
século XI, ao Conflito da Investidura e a derrocada da autoridade central na Alemanha.
Renascença otoniana[editar | editar código-fonte]
Uma renascença limitada das artes e arquitetura foi patrocinada por Otão e seus sucessores
imediatos. A "Renascença Otoniana" manifestou-se no restabelecimento de algumas escolas
de catedrais, tais como as de Bruno I, Arcebispo de Colônia, e na produção de manuscritos
iluminados, a maior forma de arte dessa época, de alguns scriptoria, tais como o da Abadia de
Quedlimburgo, fundada por Otão em 936. As abadias e a corte imperiais tornaram-se centros
de vida espiritual e religiosa, lideradas pelo exemplo das mulheres da família real.
Escandalizado pelo estado da liturgia em Roma, Otão comissionou o primeiro Livro Pontifical
da história, um livro litúrgico contendo preces e rituais. A compilação do Pontifical Romano-
Germânico, como é chamado agora, foi supervisionada pelo arcebispo Guilherme de
Mogúncia.
Título imperial[editar | editar código-fonte]

Túmulo de Otão I em Magdeburgo


No início dos anos 960, a Itália novamente encontrava-se em tumulto político e quando
Berengário ocupou o norte dos Estados Papais, o Papa João XII pediu ajuda a Otão. Voltou a
Itália e em 2 de fevereiro de 962 o papa o coroou imperador. Dez dias depois o papa e o
imperador ratificaram o Diploma Ottonianum, sob o qual o imperador tornou-se o guardião da
independência dos estados papais. Esta foi a primeira garantia efetiva desta proteção desde o
Império Carolíngio. Após Otão deixar Roma e reconquistar os Estados Papais de Berengário,
entretanto, Joâo XII ficou temeroso do poder do imperador e enviou diplomatas aos Magiares
e ao Império Bizantino para formar uma liga contra Otto. Em novembro de 963, Otão retornou
a Roma e conclamou um sínodo de bispos que depôs João e coroou Leão VIII, na época um
leigo, como papa. Quando o imperador saiu de Roma, entretanto, ocorreu uma guerra civil na
cidade entre os que apoiavam o imperador e os que apoiavam João. João voltou ao poder no
meio de grande derramamento de sangue e excomungou aqueles que o depuseram, forçando
Otão a voltar a Roma pela terceira vez e depor em julho de 964 o Papa Benedito V (João havia
morrido dois meses antes). Nesta ocasião Otão conseguiu que os cidadãos de Roma
prometessem não eleger um papa sem aprovação imperial.
Otão atacou sem sucesso o sul da Itália em diversas ocasiões entre 966 e 972. Em 967, e deu o
Ducado de Espoleto para Pandulfo, príncipe de Benevento e Cápua, um aliado poderoso no
Mezzogiorno. No ano seguinte (968), Otão passou o cerco de Bari para o comando de
Pandulfo, mas o duque aliado foi capturado na batalha de Bovino pelos Bizantinos. Em 972, o
imperador bizantino João I Tzimisces reconheceu o título imperial de Otão e concordou com
um casamento entre o filho e herdeiro de Otão, Otão II, e sua sobrinha Teófano. Pandulfo foi
liberto.
Após sua morte em 973, Otão foi enterrado ao lado de sua primeira esposa Edite de Wessex na
Catedral de Magdeburgo.
Relações familiares[editar | editar código-fonte]
Foi filho de Henrique I, o Passarinheiro (876 – Quedlimburgo, Memleben, Sachsen, 2 de julho
de 936), rei dos Germanos, e de Matilde de Ringelheim (c. 895 — 14 de Março de 968)[1] .
Casou por mais de uma vez, um dos casamentos foi com Edite de Wessex (910 - 26 de janeiro
de 946) filha do rei Eduardo de Wessex e de Elfreda, com quem teve:
Ludolfo da Suábia (930 - 6 de setembro de 957), duque da Suábia,
Lutgarda da Germânia (931 - 18 de novembro de 953), casada com Conrado da Lorena (922 ou
930 - 10 de agosto de 955) "o Ruivo" ou "o vermelho"[2] , duque da Lotaríngia.
O segundo casamento aconteceu com Adelaide da Itália (931 - 16 de dezembro de 999), filha
de Rodolfo II da Borgonha (? — 11 de julho de 937), rei da Alta Borgonha, rei da Itália entre
922 e 925 e rei da Baixa Borgonha de 930 até sua morte[3] , e de Berta da Suábia, de quem
teve:
Henrique da Germânia (952 - 954),
Bruno da Germânia (953 - 957),
Otão II da Germânia (955 - 7 de dezembro de 983), que sucedeu ao pai e foi casado com
Teofânia Escleraina,
Matilde da Germânia (955 - 999), abadessa de Quedlimburgo.

Dinastia otoniana
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Otão I, o primeiro imperador romano-germânico da dinastia otoniana.


A dinastia otoniana, ou Casa de Liudolfinga, foi uma dinastia de reis da Germânia que
governou entre 919 e 1024. Recebeu esse nome devido ao nome do seu primeiro imperador
(Otão I), mas também é conhecida como dinastia saxônica devido à origem da família. A
própria família também é, às vezes, conhecida como os Liudolfingas, devido ao nome do seu
membro mais antigo conhecido e um de seus principais líderes, Liudolfo. Os governantes
otonianos também são consideradas como a primeira dinastia do Sacro Império Romano-
Germânico e como sucessores da dinastia carolíngia e de Carlos Magno, que é normalmente
visto como o fundador original de um novo Império Romano.
Índice [esconder]
1 História
2 Reis e imperadores otonianos
3 Outros membros da Casa de Liudolfingo
4 Ver também
5 Bibliografia
História[editar | editar código-fonte]
Embora nunca tenha sido imperador, Henrique I, o Passarinheiro, duque da Saxônia, foi
indiscutivelmente o fundador desta dinastia imperial, pois sua eleição como rei alemão tornou
possível ao seu filho, Otão I, assumir o controle do império. Desde Otão I, a maioria dos reis
alemães também foi coroada como sacro imperador romano-germânico. Sob o reinado dos
governantes otonianos, o reino oriental dos Francos acabou por se tornar a Germânia, com a
celebração da unificação dos ducados da Lorena, Saxônia, Francônia, Suábia, Turíngia e Baviera
em um império. Também a união da Germânia com o Sacro Império Romano, que dominou a
história alemã até 1806, iniciou-se com a coroação de Otão I, em Roma, em 962. Mas a
previsão do restabelecimento do Império Romano já fracassou com Otão III.
Após a extinção da dinastia otoniana com a morte de Henrique II da Germânia em 1024, a
coroa passou para a dinastia saliana. Liutgarde, uma filha do imperador Otão I, tinha casado
com o duque saliano Conrado, o Vermelho, da Lorena. Seu bisneto foi Conrado II, coroado
sacro imperador romano-germânico em 1027.
Reis e imperadores otonianos[editar | editar código-fonte]
Henrique I, o Passarinheiro, rei dos alemães e duque da Saxônia. Morreu em 936
Otão I e duque da Saxônia. Morreu em 973
Otão II: morreu em 983
Otão III: morreu em [[1002
Santo Henrique II da Germânia: morreu em 1024
Otão II
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Otão II
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Otto II.jpg
Otão II
Governo
Reinado 26 de maio de 961—
7 de dezembro de 983
Consorte Teofânia Escleraina
Sucessor(a) Otão III
Dinastia Otoniana
Vida
Nascimento 955
Morte 7 de dezembro de 983 (28 anos)
Roma
Sepultamento Basílica de São Pedro, Roma
Pai Otão, o Grande
Mãe Adelaide da Itália
Otão II ou Oto II (955 — Roma, 7 de dezembro de 983) foi o segundo Sacro Imperador
Romano-Germânico e terceiro governante germânico da dinastia otoniana, da Casa de
Saxónia. Era filho de Otão, o Grande e Adelaide da Itália.
Índice [esconder]
1 Biografia
1.1 Educação, primeiros anos do reinado
1.2 Alemanha
1.3 Itália
2 Ver também
Biografia[editar | editar código-fonte]
Educação, primeiros anos do reinado[editar | editar código-fonte]
Otão recebeu uma boa educação sob os cuidados de seu tio, Bruno, arcebispo de Colônia, e
seu meio-irmão ilegítimo, Guilherme, arcebispo de Mainz. Inicialmente co-reinou com seu pai,
Otão I mas foi escolhido como o rei alemão em Worms em 961, sendo coroado na Catedral de
Aachen em 26 de maio desse ano. Em 25 de dezembro de 967, Otão I foi coroado co-
imperador em Roma pelo Papa João XIII.
Casou-se com a princesa grega Teofânia Escleraina, sobrinha do imperador romano do oriente
João I Tzimisces, no dia 14 de abril de 972. Depois de participar das campanhas de seu pai na
Itália, voltou à Alemanha e tornou-se imperador único, sem qualquer oposição, após a morte
de seu pai em maio de 973.
Otão II prosseguiu a política do seu pai no sentido de fortalecer o domínio imperial na
Germânia, além de a estender de forma mais profunda na península Itálica.
Alemanha[editar | editar código-fonte]

Otão II
Após suprimir uma rebelião na Lorena, surgiram dificuldades no sul da Alemanha,
provavelmente devido a Otão ter recusado dar o ducado da Suábia a Henrique II da Baviera.
Em 974 a mãe de Henrique, Judite, iniciou uma conspiração contra o imperador, a qual incluiu
Henrique, o bispo Abraão de Frisinga, duques da Boémia e Polônia, e vários membros do clero
e da nobreza que estavam descontentes com a política do imperador. Entretanto, o plano foi
descoberto e facilmente suprimido. No mesmo ano, as forças de Otão conseguiram acabar
com uma tentativa de Haroldo I da Dinamarca de se liberar do jugo alemão; no entanto, sua
expedição contra os Boêmios em 975 foi um fracasso parcial devido ao início de mais
problemas na Baviera. No ano seguinte ele restabeleceu a ordem uma segunda vez na Lorena
e forçou Henrique II a fugir de Ratisbona para a Boémia. A Baviera foi dada a seu parente Otão
I da Baviera. Em 977, o rei realizou mais uma expedição à Boêmia, onde o rei Boleslau II
prometeu voltar à sua aliança anterior. Miecislau I da Polónia também foi subjugado.
Após Otão acabar com uma tentativa de Henrique de recuperar a Baviera, o rei Lotário da
França invadiu a Lorena com um exército de 20 000 homens e ocupou a capital Aquisgrano por
cinco dias. Otão inicialmente fugiu para Colónia e então para a Saxónia. Sua mãe, de origem
francesa, ficou do lado de Lotário e se mudou para a Borgonha. Em setembro de 978, com 30
000 homens, Otão retaliou invadindo a França. Encontrou pouca resistência, mas doença nas
suas tropas o obrigou a levantar o cerco de Paris e na viagem de volta a retaguarda de seu
exército foi destruída e a os bens que carregava tomado pelos franceses. Uma expedição
contra os poloneses seguiu uma paz com a França: Lotário renunciou a Lorena (980), e, em
troca, Otão reconheceu os direitos do filho de Lotário, Luís V.
Itália[editar | editar código-fonte]
Otão sentiu-se então livre para viajar para a Itália. O governo da Alemanha foi deixado nas
mãos do arqui-chanceler Willigis e do duque Bernardo I da Saxónia. Ele foi acompanhado de
sua esposa, seu filho, Otto da Baviera, dos bispos de Worms, Metz e Merseburgo e de vários
outros condes e barões. Cruzando os alpes através do que hoje é a Suíça, ele se reconciliou
com sua mãe em Pavia e celebrou o Natal de 980 em Ravena.
O Papa Benedito VI, eleito por seu pai, havia sido emprisionado pelos romanos no Castelo de
Santo Ângelo, onde ele morreu em 974. Seu sucessor, Bonifácio VII fugiu para Constantinopla e
Benedito VII, bispo de Sutri, tornou-se papa. Precedido por Benedito, Otão entrou
cerimoniosamente em Roma na Páscoa de 981.

Otão II e Teofânia Escleraina: Placa bizantina de marfim (Museu de Cluny)


Otão teve nesta cidade uma corte esplêndida, frequentada por príncipes e nobres de todas as
partes da Europa Ocidental. Requisitou-se então que ele punisse os ataques sarracenos na
Itália e, acima de tudo, a política agressiva do emir siciliano Abu Alcacim, cuja frota estava
atacando a Apúlia e cujas tropas haviam invadido a Calábria. Em setembro de 981, Otão
marchou para o sul da Itália. Inicialmente viu-se cercado dos conflitos entre os príncipes
lombardos locais, que haviam dividido a área após a morte de Pandolfo. Otão fracassou no
cerco de Manso I de Amalfi em Salerno, mas por fim obteve o reconhecimento de sua
autoridade de todos os principados lombardos. Em janeiro de 982 as tropas alemãs
marcharam em direção a Apúlia bizantina para anexar esta região ao Império Ocidental.
Quando Otão saiu de Taranto, ele teve uma grande derrota perto de Stilo em julho de 982 (na
qual, entre outros, alcacim foi morto). Sem revelar sua identidade, o imperador escapou num
navio grego até Rossano. Ele voltou a Roma em 12 de novembro de 982.
Numa dieta em Verona em junho de 983, em meio a diversos príncipes alemães e italianos, seu
filho Otão III foi confirmado como rei da Alemanha. Ele então preparou-se para outra
campanha contra os sarracenos. Ele também obteve um acordo com a República de Veneza,
cujo auxílio era muito necessário após a derrota em Stilo. Indo para Roma, Otão conseguiu
garantir a eleição de Pedro de Pávia como Papa João XIV.
Quando notícias de um levante das tribos eslavas na fronteira oriental da Alemanha o
alcançaram, ele morreu em seu palácio em Roma no dia 7 de dezembro de 983, vítima de uma
epidemia de malária. Deixou o futuro imperador Otão III e três filhas. Foi enterrado no átrio da
Basílica de São Pedro e, quando a igreja foi reconstruída, seus restos mortais foram movidos
para a cripta, onde seu túmulo pode ser visto ainda hoje.
Oto, algumas vezes chamado de o "Vermelho", era um homem baixo, por natureza corajoso e
impulsivo, e por treinamento um cavaleiro competente. Foi generoso com a igreja e ajudou no
avanço da cristandade de várias formas.
Henrique II (imperador do Sacro Império Romano-Germânico)
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Henrique.
Santo Henrique, Obl.S.B.

Henrique II e a esposa Santa Cunegunda


Imperador do Sacro Império Romano Germânico; Confessor
Nascimento 6 de maio de 973 em Baviera
Morte 13 de julho de 1024 (51 anos) em Castelo de Grona
Veneração por Igreja Católica
Canonização Julho de 1147 por Papa Clemente II
Principal templo Catedral de Bamberg, Bamberg
Festa litúrgica 13 de julho
Atribuições Coroa; espada
Padroeiro Oblatos beneditinos; Basileia, na Suíça
Gloriole.svg Portal dos Santos
Henrique II
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Heinrich II.jpg
Berengário, retratado como rei em manuscrito do século XII
Governo
Vida
Nascimento 6 de maio de 973
Morte 13 de julho de 1024 (51 anos)
Henrique II (em latim: Henricus II; Alemanha, 973 - Bamberg, 13 de julho de 1024), foi duque
da Baviera e mais tarde imperador do Sacro Império Romano Germânico. Foi coroado rei dos
alemães em 1002 e rei da Itália em 1004. Foi o único rei alemão canonizado pela Igreja
Católica.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Veneração
3 Referências
4 Ligações Externas
Biografia[editar | editar código-fonte]
Era filho de Henrique II da Baviera. Como seu pai rebelou-se contra dois imperadores, passou
parte da vida no exílio, tendo encontrado refúgio junto ao Bispo de Frisinga e sido educado na
escola da Catedral de Hildesheim, pelo bispo de Ratisbona, adquirindo assim toda uma
especial formação cristã[1] .
Estava a caminho de Roma para ajudar seu primo, o imperador Otão III quando soube da
morte dele a janeiro de 1002. Prevendo que haveria oposição a sua posse, rapidamente tomou
as insígnias imperiais. Com a ajuda do arcebispo de Mogúncia, assegurou sua eleição e
coroação em 7 de Junho desse mesmo ano de 1002, mas ainda sem a reconhecimento
universal.
Teve que organizar batalhas contra Boleslau I, da Reino da Polónia, e Arduíno de Ivrea, que
havia sido coroado rei da Itália. Foi coroado rei da Itália em 15 de maio de 1004, em Pávia, pelo
arcebispo de Milão, com a famosa coroa de ferro.
Como duque da Baviera, foi coroado imperador do Sacro Império Romano Germânico em 1014
pelo papa Bento VIII.
Ao lado da sua esposa, Santa Cunegunda, princesa de Luxemburgo, enquanto santo, Henrique
inspirou sua vida num alto modelo de religiosidade e integridade de costumes. Reinou solícito
ao bem-estar de seu povo, preocupando-se sempre em promover-lhe a elevação humana e
cristã.
Suas contribuições mais importantes, como imperador, são relacionadas a consolidação das
relações entre o estado e a igreja. Apoiou os bispos contra clérigos monásticos e ajudou-os a
estabelecer seus poderes temporais sobre os territórios que governavam, ajudando-os a
manter a ordem contra nobres rebeldes e familiares ambiciosos. Foi grande apoiador do
celibato e fundou a diocese de Bamberga.
Por sua insistência, o papa Bento VIII prescreveu o uso do credo niceno-constantinopolitano
aos domingos na missa em 1014. Tentava organizar, junto com o papa, um concílio para
clarificar as relações político-eclesiais quando morreu inesperadamente.
Faleceu em Bamberga, na Alemanha, aos 13 de junho de 1024. Segundo se conta, ele e sua
esposa fizeram votos de castidade e por isto não deixaram filhos.
Veneração[editar | editar código-fonte]
Henrique foi canonizado em julho de 1147 pelo papa Clemente II e sua esposa, Cunigundes, no
ano de 1200 pelo papa Inocêncio III. Suas relíquias foram carregadas em campanhas contra
exércitos heréticos em 1160. Sua tumba está na catedral de Bamberg.

Dinastia saliana
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Salyan (Azerbaijão).
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artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (desde maio de 2010)
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes, inserindo-as no
corpo do texto quando necessário.
A dinastia saliana foi uma dinastia na Baixa Idade Média de quatro reis germanos (1024 -
1125), também conhecida como a dinastia franca após a origem da família e o seu papel como
duques da Francônia. Todos estes reis foram também coroados sacro imperadores romano-
germânicos (1027-1125), cuja entidade, o termo 'dinastia sálica' refere-se também, como um
termo separado.
Após a morte do último saxão da dinastia otoniana, em 1024, o primeiro eleito da coroa Rei da
Germânia e, em seguida, três anos mais tarde, o eleita como sacro imperador romano-
germânico ambos passaram para o primeiro monarca da dinastia saliana na pessoa de Conrado
II, o único filho do conde Henrique de Speyer e Adelaide da Alsácia, os dois territórios na
Francônia. Ele foi eleito rei da Germânia em 1024 e coroado imperador em 26 de março de
1027.
Os quatro reis salianos da dinastia — Conrado II, Henrique III, Henrique IV e Henrique V —
governaram o Sacro Império Romano-Germânico de 1027 a 1125, e estabeleceram
firmemente a sua monarquia como uma grande potência europeia. A sua principal conquista
foi o desenvolvimento de um sistema administrativo permanente baseado numa classe de
funcionários públicos responsáveis perante a coroa.
Índice [esconder]
1 Origem
2 Governo no Sacro Império Romano-Germânico
3 Imperadores salianos
4 Referências
5 Ver também
Origem[editar | editar código-fonte]
A dinastia ancestral foi fundada por Werner de Worms e seu filho duque Conrado, o Vermelho
de Lorena, que morreu em 955. Conrado, o Vermelho foi casado com Liutgarda, filha do
imperador Otão I, seu filho foi Otão I da Caríntia (governou de 978 a 1004).
Os filhos do duque Oto foram: Bruno, que tornou-se Papa Gregório V; Conrado; e Henrique,
conde de Speyer. Henrique, foi o pai do primeiro imperador saliano Conrado II.
O Papa Leão IX tinha relações familiares com a dinastia, uma vez que seu avô Hugo III era
irmão de Adelaide, a avó de Henrique III.
Governo no Sacro Império Romano-Germânico[editar | editar código-fonte]
A principal razão para o sucesso dos primeiros salianos foi a sua aliança com a Igreja, uma
política iniciada por Otão I, que deu-lhes o apoio material de que precisavam para subjugar os
duques rebeldes. Com o tempo, porém, a Igreja chegou a lamentar esta estreita relação. As
relações foram rompidas em 1075, durante o que veio a ser conhecido como a Questão das
investiduras (ou Disputa das investiduras), uma luta na qual o papa reformista, Gregório VII,
exigiu que Henrique IV renunciasse seus direitos sobre a Igreja alemã. O papa também atacou
o conceito de monarquia por direito divino e ganhou o apoio de elementos significativos da
nobreza alemã interessados em limitar o absolutismo imperial. E ainda mais, o papa proibiu os
funcionários da Igreja, sob pena de excomunhão, de apoiar Henrique como haviam feito no
passado. Por fim, Henrique viajou para Canossa no norte da Itália em 1077 para fazer
penitência e receber a absolvição do papa. Contudo, ele retomou à prática de fazer
investiduras (nomeações de funcionários religiosos pelas autoridades civis) e organizou a
eleição de um antipapa.
A luta do monarca com o papado resultou em uma guerra que devastou o Sacro Império
Romano-Germânico de 1077 até a Concordata de Worms em 1122. Este acordo estabeleceu
que o papa era para nomear altos funcionários da Igreja, mas deu ao rei germânico o direito de
vetar a escolha do papa. O controle imperial da Itália foi perdido por um tempo, e a coroa
imperial tornou-se dependente do apoio político de facções aristocráticas concorrentes. O
feudalismo tornou-se também mais difundido uma vez que homens livres procuraram
proteção ao jurarem fidelidade a um senhor feudal. Esses poderosos governantes locais, dessa
forma adquiriram extensos territórios e grandes comitivas militares, assumiram a
administração de seus territórios e organizaram-no em torno de um aumento do número de
castelos. Os mais poderosos desses governantes locais passaram a ser chamados de príncipes,
em vez de duques.
Segundo as leis do sistema feudal do Sacro Império Romano-Germânico, o rei não tinha
direitos sobre os vassalos dos outros príncipes, apenas sobre aqueles que viviam no território
de sua família. Sem o apoio dos anteriormente vassalos independentes e enfraquecidos pela
crescente hostilidade da Igreja, a monarquia perdeu sua proeminência. Assim, a Questão das
investiduras fortaleceu o poder local no Sacro Império Romano-Germânico, em contraste com
o que estava acontecendo na França e na Inglaterra, onde o crescimento de um poder real
centralizado estava a caminho. A Questão das investiduras teve um efeito adicional. A longa
luta entre o imperador e o papa prejudicou a vida intelectual do Sacro Império Romano-
Germânico, neste período longamente confinada aos monastérios, e o império não conduziu,
nem acompanhou, a evolução observada na França e na Itália. Por exemplo, nenhuma
universidade foi fundada no Sacro Império Romano-Germânico até o século XIV.
O primeiro rei da Casa de Hohenstaufen, Conrado III, era neto do imperador saliano Henrique
IV. (A herdeira dos territórios da família saliana era Inês, filha de Henrique IV e irmã de
Henrique V: seu primeiro casamento produziu a real e imperial dinastia Hohenstaufen e seu
segundo casamento os ducais potentados Babenberg do Arquiducado da Áustria, que foi muito
elevado devido a essas ligações Privilegium Minus.)
Imperadores salianos[editar | editar código-fonte]
Conrado II 1024-1039, imperador 1027
Henrique III 1039-1056, imperador 1046
Henrique IV 1056-1106 imperador 1084
Henrique V 1106-1125, imperador 1111
Suas datas de reinado como imperadores são confundidas com a questão da eleição e
subsequente coroação.

Francos sálios
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Anel com sinete de Childerico I, rei dos francos sálios de 457 a 481. Inscrição CHILDERICI REGIS
("de Childerico o rei"). Encontrado em sua tumba em Tournai, agora no Monnaie de Paris.
Os francos sálios eram um subgrupo dos antigos francos que originalmente vivia ao norte das
fronteiras do Império Romano, na área costeira acima do Reno no norte dos atuais Países
Baixos, onde hoje ainda há uma região chamada Salland.
Os reis merovíngios, responsáveis pela conquista da Gália, eram de ascendência sália.
Do século III em diante, os francos sálios aparecem nos registros históricos como um povo
guerreiro germânico e piratas, assim como laeti (aliados dos romanos). Eles foram a primeira
tribo germânica vinda de fora das fronteiras que se estabeleceu permanentemente em terra
romana.
Os sálios adotaram completamente a identidade franca e cessaram de aparecer com seu nome
original a partir do do século V, quando eles transformaram-se em os francos por
excelência.[1] Isto ocorreu muito tempo antes que os francos ripuários fossem mencionados
pela primeira vez. A Lex Ripuaria, que se originou por volta de 630 nos arredores de Colônia,
tem sido descrita como um desenvolvimento posterior das leis francas conhecidas a partir da
Lex Salica. Ao contrário da opinião popular, não havia divisão dos francos entre sálios e
ripuários.[2]
Índice [esconder]
1 Etimologia
2 Cultura
2.1 Mitologia e religião
3 História
4 Localização
5 Ver também
6 Referências
7 Bibliografia
8 Ligações externas e fontes de consulta
Etimologia[editar | editar código-fonte]
A partir do início do século VII, o nome francos sálios (ou salii em latim) é usado em contraste
aos francos ripuários. Salii deve ser derivado do nome da região medieval alagadiça de Sall zee,
próxima ao Zuiderzee, ou do Issel, antes chamado Hisloa ou Hisla e de forma mais antiga de
Sala,[3] indicando esta região como a residência original dos sálios. Até hoje esta região é
chamada Salland. O nome pode eventualmente ser uma referência ao sal e, por extensão, ao
mar, referindo-se a localização costeira.[4]
Cultura[editar | editar código-fonte]
A língua dos francos sálios, a língua frâncica, pertence à família dos dialetos baixos francônios
(além de ser ancestral da mesma).
Os francos sálios são um dos povos fundadores da antiga cultura e da sociedade neerlandesa
(junto com, por exemplo, frísios, batavos e saxões). De acordo com pesquisadores modernos
como Robinson, sua língua evoluiu do francônio para o neerlandês. Após se estabelecer dentro
do território romano, eles desenvolveram uma sociedade organizada que cultivava a terra e
que não oferecia qualquer ameaça aos seus vizinhos romanos.
As tribos sálias constituíam uma confederação livre, que se ergueu unida para negociar com a
autoridade romana. Cada tribo era composta de grupos familiares estendidos, reunidos em
volta de uma família em particular, vista como especialmente renomada e nobre. A
importância de tal ligação familiar era deixada clara na Lei Sálica, que decretava que um
indivíduo não tinha direito a proteção caso ele não pertencesse a uma família.
Mitologia e religião[editar | editar código-fonte]
A mitologia antiga e a religião eram pagãs e germânicas nas suas naturezas. Suas crenças
politeístas floresceram entre os francos sálios até a conversão de Clóvis ao Cristianismo. Após
isso, o paganismo foi encolhendo lentamente.
História[editar | editar código-fonte]
A proximidade original dos francos sálios ao mar é confirmada nos primeiros registros
históricos.
Por volta de 286, o comandante militar romano Caráusio foi encarregado de defender o litoral
do estreito de Dover contra piratas saxões e francos.[5] Isto mudou quando os saxões os
conduziram para o sul dentro de território romano.
Entre outros, sua história é confirmada por Amiano Marcelino e Zósimo, que descreveram suas
migrações em direção ao sul dos Países Baixos e da Bélgica. Eles inicialmente cruzaram o Reno
durante as revoltas romanas e subsequente penetração germânica em 260 d.C. Quando a paz
retornou, o imperador romano Constâncio Cloro permitiu que os sálios se estabelecessem em
297 entre os batavos, onde eles logo dominaram a ilha batava no delta do Reno. Não se sabe
se este povo foi obrigado a servir o exército romano como os batavos antes deles ou se para
eles foi determinado outro território próximo ao mar Negro, porque assim as origens dos
francos marítimos, cuja história fora escrita durante o reinado do imperador Probo (276-282),
não são claras.
A história fala sobre um grande grupo que decidiu tomar alguns barcos romanos e retornar
com eles da Europa oriental - alcançando seus lares no estuário do Reno sem grandes perdas
passando pela Grécia, Sicília e Gibraltar, embora não sem causar desordem.[6]
Os francos pararam de ser associados com o mar quando outras tribos germânicas,
provavelmente saxões, os empurrou para o sul.
Os sálios receberam proteção dos romanos e em troca foram recrutados por Constâncio Galo -
junto com os outros habitantes da ilha batava. Todavia, isto não evitou o ataque das tribos
germânicas ao norte, especialmente dos chamavos. O subsequente estabelecimento "ousado"
dos sálios dentro de território romano em Toxandria (entre os rios Mosa e Escalda nos Países
Baixos e Bélgica) foi rejeitado pelo futuro imperador romano Juliano, o Apóstata, que os
atacou. Os sálios renderam-se a ele em 358, aceitando os termos romanos.[7]
Uma família sália em especial surge na história franca no começo do século V, no momento
apropriado para se tornar em merovíngios - reis sálios da dinastia merovíngia - assim
chamados a partir do nome do mítico Meroveu, pai de Childerico, cujo nascimento foi
atribuído a elementos sobrenaturais.
Da década de 420 em diante, liderados por um certo Clódio, eles expandiram seu território ao
Somme no norte da França. Eles formaram um reino naquela área com a cidade belga de
Tournai se tornando o centro de seus domínios.
Este reino foi estendido depois por Childerico I e especialmente por Clóvis I, que conquistou o
controle da Gália Romana, ou seja, da futura França, nome proveniente dos francos.
Em 451, Flávio Aécio, governante de facto do Império Romano do Ocidente, convocou seus
aliados germânicos ao solo romano para ajudá-lo a combater uma invasão dos hunos de Átila.
Os francos sálios responderam ao chamamento e lutaram juntos na batalha dos Campos
Cataláunicos, numa aliança temporária com romanos e visigodos, que realmente acabou com a
ameaça huna à Europa ocidental.
Clóvis, rei dos francos sálios, tornou-se o governante absoluto de um reino germânico de
população mista romano-germânica em 486. Ele consolidou seu governo com vitórias sobre os
galo-romanos e sobre todas as outras tribos francas e estabeleceu sua capital em Paris. Após
ter vencido os visigodos e os alamanos, seus filhos empurraram os visigodos para a Península
Ibérica e dominaram os burgúndios, alamanos e turíngios.
Após 250 anos desta dinastia, marcada por lutas destrutivas mutuamente, um declínio gradual
ocorreu. A posição na sociedade dos merovíngios foi tomada pelos carolíngios, que também
vieram de uma região ao norte, próxima do rio Maas, no que agora é a Bélgica e o sul dos
Países Baixos.
Na Gália, uma fusão das sociedades romana e germânica estava ocorrendo. Durante o período
do domínio merovíngio, os francos relutantemente começaram a adotar o cristianismo, a
partir do batismo de Clóvis I em 496, um evento que inaugurou a aliança entre o reino franco e
a Igreja Católica Romana. Diferente dos godos e lombardos, que adotaram o arianismo, os
sálios adotaram o cristianismo católico logo no início; eles tinham um relacionamento íntimo
com sua hierarquia eclesiástica, súbitos e territórios conquistados.
A divisão do reino franco entre os quatro filhos de Clóvis em 511 foi um precedente que
influenciaria a história franca por mais de quatro séculos. Até então a Lei Sálica estabelecera o
direito exclusivo à sucessão aos descendentes masculinos. Todavia, este princípio revelou-se
como um exercício de interpretação, ao invés da simples implementação de um novo modelo
de sucessão. Nenhum traço de uma prática estabelecida de divisão territorial pode de fato ser
descoberta entre os povos germânicos a não ser entre os francos.
No século IX, se não antes, a divisão entre francos sálios e ripuários tinha na prática se tornado
virtualmente inexistente, mas continuou por algum tempo a ter implicações no sistema legal
pelo qual uma pessoa poderia ser processada. O adjetivo sálio como aplicado ao povo franco é
a origem do nome da Lei Sálica.
Localização[editar | editar código-fonte]
Quando os romanos chegaram, várias tribos foram localizados na região dos Países Baixos, que
residiam nas partes habitáveis mais altas, especialmente no leste e sul. Essas tribos não
deixaram registros escritos. Todas as informações conhecidas sobre elas durante este período
pré-romano é baseada no que os romanos, mais tarde, escreveram sobre as mesmas.
Lei sálica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Lei Sálica)
Lei sálicas
Lex Salica
Lei sálica, cópia manuscrita em pergaminho do século VIII. Biblioteca Nacional da França, Paris
Lei sálica, cópia manuscrita em pergaminho do século VIII.
Biblioteca Nacional da França, Paris
Criado século V
Signatários Clóvis I
Propósito Inicialmente, aspectos da vida em sociedade no reino dos francos
A lei sálica (em latim: Lex Salica) é o código legal datado do reinado de Clóvis I no século V
utilizado nas reformas legais introduzidas por Carlos Magno. As leis sálicas regulavam todos os
aspectos da vida em sociedade desde crime, impostos, calúnia, estabelecendo indenizações e
punições. O sentido da expressão "lei sálica", porém, modificou-se a partir de sua criação.
Na Alta Idade Média, refere-se ao código elaborado entre o início do século IV e o século V
para os francos sálios - que constituíam uma das duas confederações francas e que habitavam
as margens do rio Issel, originalmente chamado Isala - dos quais Clóvis foi o primeiro rei. Esse
código, redigido em latim, com importantes empréstimos do direito romano,[1] estabelecia,
entre outras, as regras a serem seguidas por aqueles povos em matéria de herança.
Muitos séculos depois de Clóvis, já no século XIV, um artigo do código sálico foi desenterrado,
isolado do seu contexto e usado pelos juristas a serviço da dinastia capetiana dos Valois para
justificar a exclusão das mulheres da sucessão ao trono francês.
Para a evicção das mulheres do poder com base nessa lei, também teriam contribuído certos
erros de grafia, algumas mentiras e também omissões da história, que foram estudados pela
historiadora Éliane Viennot[2] . Viennot mostra também que essa exclusão feminina suscita
resistências e conflitos desde o século XIII.
De todo modo, no fim do Medievo e na Idade Moderna, a expressão lei sálica passa a designar
as regras de sucessão do trono da França - regras que posteriormente foram imitadas por
outras monarquias europeias.
Assim, é preciso não confundir lei sálica e sucessão agnatícia ou primogenitura masculina,
embora a lei sálica tenha sido utilizada para consagrar a primogenitura masculina, eliminando
assim as mulheres (inclusive as filhas dos soberanos) da ordem de sucessão.
Índice [esconder]
1 A lei sálica na França
2 A lei sálica no Reino Unido
3 A lei sálica em Portugal
4 A lei sálica na Espanha
5 Referências
A lei sálica na França[editar | editar código-fonte]
No século XIV, as leis sálicas estavam já em desuso por centenas de anos de reformas legais e a
evolução da sociedade européia. No entanto, a crise de sucessão que surgiu na França após a
morte de Carlos IV, fez ressuscitar uma disposição da lei sálica, que não era a mais importante
na época em que foi publicada, nomeadamente o papel das mulheres no direito sucessório.
A lei sálica estipulava que nenhuma mulher poderia herdar propriedades imóveis e que todas
as terras deveriam ser transmitidas aos membros masculinos da sua família. Mesmo quando
estava em vigor, esta norma raramente fora aplicada de forma consistente, e houve casos,
durante o reinado de Chilperico I, em que foram feitas exceções. A razão para o purismo
adoptado em França em 1328 estava relacionada com a luta pelo trono, que implicaria uma
mudança dinástica. Eduardo III de Inglaterra era o parente mais próximo de Carlos IV, mas por
linhagem feminina e, se subisse ao trono, a França perderia a independência. Assim, a
aplicação rigorosa da lei sálica tornou Filipe de Valois rei de França e salvaguardou a
independência do país. A partir de então, ficou definitivamente excluída a possibilidade de o
trono francês ser ocupado por uma mulher ou por um descendente do rei pela linha feminina.
A lei sálica no Reino Unido[editar | editar código-fonte]
Um caso em que a lei sálica foi aplicada foi na sucessão do rei Guilherme IV do Reino Unido,
também rei de Hanôver. A sua sobrinha Vitória sucedeu-o no Reino Unido, mas não pôde ser
rainha de Hanôver porque a lei sálica vigorava naquele Estado europeu.
Em outubro de 2011, a Commonwealth revogou a discriminação na linha de sucessão ao trono
britânico.[3] Foi igualmente levantada a proibição do monarca se casar com uma pessoa
pertencente à Igreja Católica Romana.[3]
A lei sálica em Portugal[editar | editar código-fonte]
Essa lei foi contrariada pela primeira vez com sucesso no Reino de Portugal, pelo jurista José
Ricalde Pereira de Castro, em 1777, na eleição de D. Maria I para rainha com direito de
governar o seu país em pleno. Mais tarde viria a suceder o mesmo no reinado da rainha D.
Maria II, fundadora da Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota.
A lei sálica na Espanha[editar | editar código-fonte]
Na Espanha, o rei Filipe V, ao subir ao trono após a Guerra de Sucessão Espanhola, fez
promulgar a lei sálica às Cortes de Castela, em 1713: segundo as condições da nova lei, as
mulheres somente poderiam herdar o trono no caso de não haver herdeiros varões na linha
principal (filhos) nem na linha lateral (irmãos e sobrinhos).
O rei Carlos IV da Espanha fez aprovar às Cortes em 1789 uma disposição para derrogar a lei
sálica, restaurando as normas estabelecidas pelo código das Siete Partidas. Contudo, a
Pragmática Sanção real não chegou a ser publicada até que o seu filho Fernando VII da
Espanha a promulgou em 1830, desencadeando o conflito dinástico do Carlismo.
Conrado II
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Conrado II
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Konrad II.jpg
Conrado II
Governo
Vida
Nascimento 990
Speyer, Alemanha
Morte 4 de junho de 1039 (49 anos)
Utrecht, Países Baixos
Sepultamento Catedral de Speyer
Filho(s) Henrique III, Sacro Imperador Romano-Germânico; Matilde da Francónia
Pai Henrique de Speyer
Mãe Adelaide da Alsácia
Conrado II (Konrad II, em alemão) (990 - Utrecht, 4 de junho de 1039), filho do conde Henrique
de Speyer[1] e Adelaide da Alsácia, foi eleito rei em 1024 e coroado Sacro Imperador Romano
em 26 de março de 1027, sendo o primeiro imperador da dinastia saliana.
Seu reinado demonstrou que a monarquia germânica se havia tornado uma instituição viável e
a sobrevivência desta não mais dependia de contratos entre o monarca e a nobreza composta
de senhores de terras.
Sobrinho do Papa Gregório V, sendo que o Papa e o Pai eram irmãos.
Índice [esconder]
1 Relações familiares
2 Ver também
3 Bibliografia
4 Referências
Relações familiares[editar | editar código-fonte]
Foi filho de Henrique de Speyer também denominada como Henrique de Francónia (971 - c.
995) [1] e de Adelaide da Alsácia, também denominada como Adeleide de Metz (? - 1037), filha
de Eberardo IV de Nordgau e de Eadiva.
Casou em 1016 com Gisela da Suábia (11 de Novembro de 999 - Suábia 14 de Fevereiro de
1042) filha de Hermano II da Suábia[2] , duque da Suábia e de Gerberga de Borgonha, de quem
teve:
Henrique III, Sacro Imperador Romano-Germânico (29 de outubro de 1017 — 5 de outubro de
1056), casado por duas vezes, a primeira com com Gunnhilde de Inglaterra e a segunda com
Inês de Poitou.
Matilde da Francónia c. (1010 - 1034) casada com Henrique I de França (Reims, 4 de Maio de
1008 — Vitry-aux-Loges, 4 de Agosto de 1060) [3] .
Henrique III, Sacro Imperador Romano-Germânico
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Henrique III
Sacro Imperador Romano-Germânico
Heinrich III. (HRR) Miniatur.jpg
Henrique III , em miniatura de 1040
Governo
Reinado 1039 — 1056
Antecessor(a) Conrado II
Sucessor(a) Henrique IV
Dinastia saliana
Vida
Nascimento 28 de outubro de 1017
Morte 5 de outubro de 1056 (38 anos)
Sepultamento Catedral de Speyer, Speyer, Alemanha
Filho(s) Henrique IV
Pai Conrado II
Mãe Gisela da Suábia
Henrique III (Heinrich III., em alemão) (28 de outubro de 1017 — 5 de outubro de 1056),
chamado o Negro, pertencia à dinastia saliana (ou francônia) dos sacro imperadores romanos.
Tornou-se rei da Germânia após a morte do pai, Conrado II, em 4 de junho de 1039. Foi
coroado imperador pelo Papa Clemente II em 1046.
Seu reinado foi marcado pela tentativa de reformar a Igreja e por seu uso de investiduras
laicas para atingir objetivos políticos e religiosos. Sua política continuou sob seu filho e
sucessor, Henrique IV, e levou ao conflito conhecido como a questão das Investiduras.
Relações familiares[editar | editar código-fonte]
Foi filho de Conrado II da Germânia (990 - Utrecht, 4 de junho de 1039) e da 1.ª esposa deste,
Gisela da Suábia (11 de Novembro de 999 - Suábia 14 de Fevereiro de 1042) filha de Hermano
II da Suábia[1] , duque da Suábia e de Gerberga de Borgonha
Casou-se pela primeira vez em 1036 com Gunhilda da Dinamarca (depois chamada
Cunegunda), filha do rei Canuto II da Dinamarca e de Ema da Normandia, com quem teve:
Beatriz (1037 - 13 de julho de 1061), abadessa da Colegiada de Quedlimburgo e da Abadia de
Gandersheim.
Com a morte de Gunhilda apenas dois anos depois do casamento, Henrique casou-se segunda
vez com Inês da Aquitânia (1023 - 14 de dezembro de 1077), em 1043, filha do Duque
Guilherme V da Aquitânia. Tiveram:
Adelaide II
Gisela
Matilde da Germânia, casada com Rodolfo da Suábia
Henrique IV, Sacro Imperador Romano
Conrado II, duque da Baviera
Judite da Suábia casada com Ladislau I da Polónia (1040 - 4 de junho de 1102)
Henrique IV (imperador)
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(Redirecionado de Henrique IV da Germânia)
Henrique IV
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Heinrich IV.jpg
Henrique IV
Governo
Reinado 1084 – 1105
Vida
Nascimento 11 de novembro de 1050
Goslar, Alemanha
Morte 7 de agosto de 1106 (55 anos)
Sepultamento Catedral de Speyer
Pai Henrique III, Sacro Imperador Romano-Germânico
Mãe Inês da Aquitânia
Henrique IV (Goslar, 11 de novembro de 1050 — Liége, 7 de agosto de 1106) foi rei da
Germânia desde 1056 e imperador do Sacro Império Romano-Germânico no período de 1084 a
1105. Foi o terceiro imperador da dinastia saliana.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Henrique e a luta pela investidura
2.1 Ida a Canossa para pedido de perdão ao papa Gregório VII
3 Vida familiar de Henrique IV
4 Ver também
5 Referências
6 Ligações externas
Biografia[editar | editar código-fonte]
Henrique foi o primogênito do imperador Henrique III e da sua segunda esposa Agnes de
Poitou e provavelmente nasceu palácio real de Goslar. Só foi batizado na Páscoa do ano
seguinte, de modo que o abade Hugo de Cluny pudesse ser um dos seus padrinhos mas,
mesmo antes desta cerimônia, durante o Natal, o seu pai exigiu que os nobres presentes à
consoada prometessem fidelidade a seu filho. Três anos mais tarde, ainda ansioso de
assegurar a sucessão, Henrique III convocou uma assembleia de nobres para elegerem o jovem
Henrique como seu sucessor e, a 7 de julho de 1054, fez com que ele fosse coroado rei da
Germânia pelo arcebispo Hermano de Colónia. Desta maneira, quando Henrique III morreu
repentinamente em 1056, a ascensão do seu filho de 6 anos não teve oposição, ficando sua
mãe, a imperatriz Agnes como regente.
Henrique e a luta pela investidura[editar | editar código-fonte]
O reinado de Henrique IV foi marcado por esforços para consolidar o poder do império mas, na
realidade, foi uma difícil tentativa de manter a lealdade dos nobres e o apoio do papa, que
Henrique pôs em causa quando, em 1075, insistiu no direito de um príncipe secular presidir à
investidura dos príncipes da igreja, especialmente os bispos, o que desencadeou o conflito
conhecido como a Controvérsia da investidura. Como consequência, o papa Gregório VII
excomungou (penalidade da Igreja católica que consiste em excluir alguém da totalidade ou de
parte dos bens espirituais comuns aos fiéis), Henrique no dia 22 de fevereiro de 1076.[1]
Ida a Canossa para pedido de perdão ao papa Gregório VII[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Penitência de Canossa
Quando por essa altura, o papa Gregório VII se encaminhava para uma dieta em Augsburgo,
soube que Henrique andava ao seu alcance e refugiou-se no castelo de Canossa (perto de
Régio da Emília), que pertencia a Matilda, condessa de Toscana. A intenção de Henrique,
contudo, era apenas de cumprir a penitência requerida para levantar a sua excomunhão, de
modo a poder continuar como rei. Ele ficou três dias, de 25 a 27 de janeiro de 1077, fora das
portas de Canossa, na neve, suplicando ao papa para anular a sentença. O papa levantou a
excomunhão, debaixo de certas condições, mas que Henrique rapidamente violou. Abdicou ao
trono em 1105.
Nos últimos anos da sua vida, Henrique IV enfrentou rebeliões por parte do seu filho mais
velho e a esposa dele. Morreu em Liège em 1106 e foi enterrado junto a seu pai, em Speyer.
Vida familiar de Henrique IV[editar | editar código-fonte]

Henrique IV
Em 21 de setembro de 1066 Henrique casou-se com Berta de Maurienne também conhecida
por Berta de Saboia (Maurienne, Saboia, França, 21 de setembro de 1091 - 27 de dezembro de
1086), filha de Otão I de Saboia e de Adelaide de Susa.
Em 1068, tentou divorciar-se dela, mas sem o conseguir. Berta faleceu no dia 27 de dezembro
de 1086 e foi enterrada na catedral de Speyer. Tiveram os seguintes filhos:
Inês da Alemanha (nascida em 1072 ou 1073 - 24 de setembro de 1143), que casou por duas
vezes, a primeira com Frederico I da Suábia, duque da Suábia e a segunda com Leopoldo III da
Áustria.
Conrado dos Romanos (12 de fevereiro de 1074 - 27 de julho de 1101) casado com Constança
de Altavila. Sucedeu seu pai no condado e foi Rei dos Romanos.
Adelaide, morta na infância.
Henrique, morto na infância;
Henrique V da Germânia (1081 - 23 de maio de 1125), que se tornou no sucessor, com os
títulos, primeiro de Henrique V da Germânia e, mais tarde, de imperador do Sacro Império
Romano-Germânico, casou com Matilde de Inglaterra (7 de fevereiro de 1102 - 10 de
setembro de 1169), filha do rei Henrique I de Inglaterra (1068 - 1 de dezembro de 1135) e de
Santa Matilde (1080 - 1 de maio de 1118).
Em 14 de agosto de 1089 Henrique IV casou-se com Eupraxia de Kiev (1071 - 20 de julho de
1109), filha de Vsevolod I de Kiev, príncipe de Kiev e de Maria Monomach, que adotou o nome
"Adelaide" quando foi coroada. Em 1094, Adelaide participou numa rebelião contra o seu
marido, acusando-o de mantê-la prisioneira, de forçá-la a participar em orgias e de pretender
fazer uma missa negra sobre o seu corpo desnudo.
Henrique V (imperador do Sacro Império Romano-Germânico)
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Henrique V
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Heinrich V.jpg
Henrique V
Governo
Vida
Nascimento 11 de agosto de 1086
Goslar, Alemanha
Morte 23 de maio de 1125 (38 anos)
Utrecht, Países Baixos
Sepultamento Catedral de Speyer
Pai Henrique IV, Sacro Imperador Romano-Germânico
Mãe Berta de Saboia
Henrique V (em alemão Heinrich V) (1081 - 23 de maio de 1125) foi imperador do Sacro
Império Romano-Germânico. Forçou a abdicação em 1105 de seu pai, Henrique IV, e obteve a
sua eleição como rei, sendo coroado Imperador em 1111. Foi o quarto e último governante da
dinastia saliana.

Henrique IV e Henrique V.
Apesar do apoio inicial do papa à sua coroação, Henrique continuou com a Questão das
Investiduras, começada por seu pai, opondo-se à insistência do Papa em controlar todas as
investiduras eclesiásticas na Germânia. Henrique invadiu a Itália duas vezes. A primeira, em
1110 designou o antipapa Silvestre IV para a chefia de Roma e a segunda, em 1116, atribuiu o
cargo a Gregório VIII, ambos contrários ao papa Pascoal II e seu partido dos guelfos. Mas, com
a eleição do novo papa pelos seus opositores terminou por celebrar a Concordata de Worms
(1122), um compromisso pelo qual o papa investiria os bispos nos cargos eclesiásticos e o
Imperador lhes concederia os direitos seculares.
Em 1114, em Mogúncia, casou-se com Matilde, filha de Henrique I de Inglaterra. Não tiveram
filhos, terminando assim a dinastia saliana.
Lotário II
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(Redirecionado de Lotário II, Sacro Imperador Romano-Germânico)
Lotário II
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
Lothaire III.jpg
Representação póstuma de Lotário III.
Governo
Reinado 4 de junho de 1133 - 4 de dezembro de 1137
Consorte Ricarda de Northeim
Antecessor(a) Henrique V
Sucessor(a) Conrado III
Casa Real Suplimburgo
Título(s) Duque da Saxônia, Rei dos Romanos
Vida
Nascimento junho de 1075
Morte 4 de dezembro de 1137 (62 anos)
Breitenwang, Tirol
Filho(s) Gertrudes
Pai Gerardo de Suplingemburgo
Mãe Edviges de Formbach
Lotário II (junho de 1075 – 4 de dezembro de 1137), foi duque da Saxônia (1106), rei da
Germânia (1125) e Sacro Imperador Romano de 1133 a 1137.
Índice [esconder]
1 Ascendência
2 Duque da Saxônia
3 Eleição ao trono da Germânia
4 A questão dos papas rivais e a sagração como imperador
5 Casamento e descendência
6 Ver também
7 Ligações externas
Ascendência[editar | editar código-fonte]
Era filho de Gerardo de Suplingemburgo, e de Edviges de Formbach. Gerardo pertencia à alta
nobreza da Saxônia e à oposição ao imperador Henrique IV. Ele morreu em batalha,
combatendo o exército real, na mesma época do nascimento de seu filho. Cinco anos depois,
Edviges casou novamente, com Teodorico II da Lorena. Tinha uma irmã mais velha, Ida, que
casou com Siegardo X de Tengling, e, pelo segundo casamento de sua mãe, dois meios-irmãos
mais novos, Simão I da Lorena, e Gertrudes de Lorena, esposa de Florêncio II da Holanda.
Duque da Saxônia[editar | editar código-fonte]
Quando o duque Magno da Saxônia morreu sem descendentes varões, em 1106, Henrique V, o
último da dinastia sália de imperadores do Sacro Império, elegeu Lotário ao ducado da
Saxônia. Sua eleição foi designada para limitar a influência crescente dos dois candidatos
óbvios Henrique, o Negro, da dinastia de Guelfo, e Otão de Ballenstedt, da dinastia ascaniana,
ambos genros do duque Magno. Todavia, o tiro saiu pela culatra, pois Lotário criou uma força
nova poderosa na política saxã.
Ele expandiu sua autoridade através de herança e de conquista. De sua avó materna, Lotário
herdou o importante condado de Haldensleben, nordeste de Harz, e de sua sogra, as terras de
Brunsvique. Ele estendeu a autoridade ducal à área fronteiriça da Nordalbíngia, com o auxílio
em particular de Adolfo de Schaumburgo, a quem ele enfeudou, em 1111, com o Holstein-
Stormarn ao norte e ao leste de Hamburgo.
Em poucos anos, Lotário transformara-se efetivamente no líder de uma nação saxônica,
infligindo uma derrota severa ao exército imperial, em 1115, em Welfesholz, próximo a
Mansfeld. Posteriormente, demonstrou autonomia do controle imperial ao conferir, em 1123,
a Marca da Lusácia a Alberto I de Brandemburgo, e a Marca de Meissen a Conrado de Wettin.
Lotário ascendeu a uma proeminência tal que era um candidato suficientemente crível para
suceder como rei da Germânia após a morte do imperador Henrique V, em 1125. Após sua
eleição como rei, Lotário reteve o ducado da Saxônia, que se tornou o núcleo do reino.
Eleição ao trono da Germânia[editar | editar código-fonte]
À morte de Henrique V, emergiram quatro candidatos ao trono da Germânia:
Frederico II da Suábia;
Carlos I de Flandres (apoiado por Frederico de Colônia)
Leopoldo III da Áustria
Lotário de Suplingemburgo, duque da Saxônia
Então, em 25 de agosto de 1115, Lotário foi eleito rei, em grande parte, através das manobras
de Adalberto de Mainz. A eleição de Lotário como rei refletia o poder crescente da nobreza
que demonstrava sua liberdade para escolher um candidato desligado da dinastia anterior. Ele
foi coroado, em 13 de setembro daquele ano, em Aquisgrão.
A numeração dos governantes germanos segue uma seqüência cujo início está no Império
Carolíngio e no Reino dos Francos Orientais. Lotário é assim visto como sucessor do imperador
Lotário I (que governou entre 843 e 855) e do rei Lotário II da Lotaríngia (855-869), cuja maior
parte do reino foi absorvida pela Germânia. Entretanto, como Lotário II não foi imperador e
nem governou a Germânia propriamente, alguns historiadores não o contam na sequência
germana e logo consideram Lotário de Suplingemburgo como o segundo de seu nome e não o
terceiro.
A questão dos papas rivais e a sagração como imperador[editar | editar código-fonte]
Em 1130, Lotário se envolveu na disputa entre os papas rivais Anacleto II e Inocêncio II, na
esperança de assegurar um retorno ao direito pleno de investidura. Lotário tomou o partido de
Inocêncio II enquanto que Anacleto II tinha o apoio de Rogério II da Sicília.
Em agosto de 1132, Lotário se encarregou de uma expedição à Itália pelo propósito duplo de
derrubar Anacleto e de ser coroado imperador por Inocêncio. A coroação tomou lugar enfim
em Latrão, em 4 de junho de 1133, estando Anacleto e seus partidários no seguro controle da
Basílica de São Pedro. Todavia, de outra maneira, a expedição tornou-se abortiva. Ele deu a
Inocêncio a posse das terras anteriormente pertencentes a Matilde da Toscana, em troca de
um usufruto sobre elas, e instalou seu genro, Henrique X da Baviera.
Após a expulsão de Inocêncio II de Roma por Rogério II da Sicília, em 1136, Lotário lançou uma
nova expedição à Itália, que também não se mostrou muito decisiva. Depois que o exército
imperial tomou Benevento e Bari, Rogério ofereceu negociações de paz, mas disputas
jurisdicionais entre o papa e o imperador, Lotário e seu exército retornaram para a Germânia.
Ele morreu durante a viagem, em Breitenwang, no Tirol, aos 62 anos. Seu corpo foi sepultado
em Königslutter, a leste de Brunsvique, na Baixa Saxônia.
Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]
Em 1100, Lotário casou com Ricarda de Northeim, a filha mais velha de Henrique I de
Northeim, e de Gertrudes de Brunsvique. O casal teve uma única filha, nascida após quinze
anos de união, durante as festas da Páscoa:
Gertrudes (18 de abril de 1115 - 18 de abril de 1143), casada, em 29 de maio de 1127, com
Henrique X da Baviera, para quem Lotário deu sua filha como recompensa pelo voto decisivo
em sua eleição como rei.
Pouco antes de morrer, Lotário, elegeu seu genro como seu sucessor no ducado da Saxônia,
mas ele não pôde prevalecer nisto contra Conrado de Hohenstaufen, irmão de seu
concorrente nas eleições, Frederico II da Suábia. Ele fora eleito anti-rei da Germânia por seus
partidários na Francônia e na Suábia, em dezembro de 1127, entretanto, foi finalmente
derrotado na Batalha de Mühlhausen, na Turíngia, em 1135.
Então, na eleição subsequente à morte de Lotário, Conrado derrotou Henrique e a era
Hohenstaufen de reis da Germânia e de imperadores começou.
Henrique morreu dois anos depois, provavelmente envenenado, combatendo Conrado. Seu
corpo foi sepultado junto ao de seu sogro. Ele e Gertrudes também tiveram um rebento, mas
um menino, nascido em 1129 chamado Henrique como o pai, cognominado o Leão, que viria a
recuperar sua herança tomada pelo novo rei.
Gertrudes casou novamente, em 1 de maio de 1142, com Henrique II, marquês da Áustria, e
morreu no parto de sua filha, Ricarda.
Ricarda de Northeim sobreviveu tanto a seu esposo quanto à filha e auxiliou seu neto a
recuperar a Saxônia, falecendo em 1141.

Dinastia de Hohenstaufen
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(Redirecionado de Hohenstaufen)

Hohenstaufen num postal de 1905.


A Casa de Hohenstaufen, também conhecida pela dinastia dos Staufer, foi uma importante
família nobre suábia, detentora de uma poderosa linhagem de príncipes suábios que nos
séculos XII e XIII dominou o Sacro Império Romano-Germânico e de onde provieram os
principais imperadores, reis e príncipes alemães. Por casamentos e alianças sucessivas, os von
Hohenstaufen ligaram-se à maioria das casas reais europeias medievais. O nome da família
deriva do castelo de Stauf, sito na região de Hohenstaufen, no bordo norte das montanhas da
Suábia, próximo de Göppingen, actual Estado de Baden-Württemberg, Alemanha.
Índice [esconder]
1 História dos Hohenstaufen
1.1 A fundação
1.2 Elevação à realeza
1.3 Frederico I. Barbarossa
2 Literatura
3 Ligações externas
História dos Hohenstaufen[editar | editar código-fonte]
A fundação[editar | editar código-fonte]
O primeiro von Hohenstaufen (von Stauf ou Staufer em alemão) conhecido pela História tinha
o nome de Frederico, nome que se repete ao longo de toda a sua linhagem, normalmente
atribuído ao filho mais velho. Dele apenas se sabe que tinha uma irmã casada com o duque
Bertoldo de Breisgau, no sudoeste da Alemanha. Há registo de um filho deste Frederico, do
mesmo nome, como monteiro-mor na Suábia em meados do século XI.
Desse Frederico descende novo Frederico que recebeu o senhorio do castelo suábio de Büren,
nas proximidades de Göppingen. A partir desta geração, por sucessivos casamentos e alianças,
os Hohenstaufen foram progressivamente alargando a sua influência, tornando-se numa das
mais aristocráticas famílias do sudoeste alemão, com fortes ligações na Suábia e na Alsácia.
A família inicia o alargamento da sua esfera de influência para além dos seus territórios de
origem quando em 1079 outro Frederico, então intitulado Frederico I da Suábia, é elevado à
categoria ducal pelo imperador romano-germânico Henrique IV (Heinrich IV ) e casa com Inês,
ou Agnes von Waiblingen, filha daquele imperador.
Aproveitando a ligação à casa imperial, Frederico eleva o castelo de Stauf e dota o convento de
Lorch, de que a família assume o padroado, consolidando o núcleo dominial dos
Hohenstaufen. Ele e os seus filhos Frederico (mais tarde Frederico II da Suábia) e Conrado
(mais tarde o imperador romano-germânico Conrado III) continuaram a engrandecer os
senhorios da família e a estreitar as relações entre a casa imperial e os Hohenstaufen,
tornando-os nos mais importantes aliados da dinastia Sálica, ou Francónia, no sudoeste
alemão.
Elevação à realeza[editar | editar código-fonte]
Quando em 1125 Henrique V morre sem herdeiro aparente e a dinastia saliana chega ao fim,
os seus sobrinhos Frederico e Conrado de Hohenstaufen, netos do imperador Henrique IV,
estão posicionados entre os principais pretendentes ao trono. Contudo, é Lotário de
Supplinburg o escolhido, reinando com o nome de Lotário II até 1137.
Daí resultou uma breve disputa entre o novo monarca e os Hohenstaufen sobre a herança
imperial, tendo estes de se submeter, sem se resignar, ao novo poder real. Após a morte de
Lotário (1137), chega finalmente a vez da casa dos Hohenstaufen: Conrado é eleito (1138) rei
da Germânia, elevando finalmente a casa de Stauf à realeza, governando como Conrado III.
À escolha opuseram-se os Welfs e seus aliados, liderados por Henrique o Orgulhoso,
intensificando a rivalidade entre ambas famílias na luta pela dignidade imperial.
Apesar de Conrado III ter mantido boas relações com Império Bizantino, tinha pouca aceitação
na bacia mediterrânica, não conseguindo dominar a realeza italiana. Daí que não tenha
conseguido ser investido plenamente na dignidade imperial através da tradicional coroação
em Roma.
O reinado de Conrado, se descontarmos o conflito mais ou menos latente com os guelfos, foi
pacífico e marcado pela paulatina consolidação da base de poder da família de Staufen,
continuando a forjar alianças com a aristocracia vizinha e alargando a sua área de influência.
Neste período o alargamento da esfera de influência imperial foi rápido, atraindo para a órbita
dos Hohenstaufen novos territórios.
Frederico I. Barbarossa[editar | editar código-fonte]
Frederico I Barbarossa e o seu filho numa miniatura da Crónica dos Guelfos (século XIII).
Após a morte em 1152 de Conrado III, o seu sobrinho Frederico, filho de Frederico II da Suábia,
conhecido por Frederico Barbarossa, foi o escolhido para o trono. Esta escolha trouxe a
esperança de paz com os guelfos, já que o novo monarca era com eles aparentado pela linha
maternal.
Suábia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Se procura região moderna, veja Suábia (Baviera).

Mapa do Círculo da Suábia (1572)


A Suábia (em alemão: Schwaben; em latim: Suebia) é uma região cultural, histórica e linguística
do sudoeste da Alemanha. Seu nome deriva do Ducado da Suábia (915–1313), um dos ducados
raiz que configuravam o território da Alemannia, cujos habitantes eram indiscriminadamente
chamados alemanni ou suebi. Na atualidade, seu território está dividido entre os estados
federados (Länder) da Baviera e Baden-Württemberg[1] .
Os Suábios (em alemão Schwaben, singular Schwabe) são os naturais da Suábia e falantes do
alemão suábio, que representavam em 2006 cerca de apenas 800 mil pessoas segundo o SIL
Ethnologue, se comparados à população total de 7,5 milhões das regiões de Tubinga,
Estugarda e Suábia.
Alamanos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Alemânia (laranja) e Alta Borgonha (verde) por volta do ano 1000

Francos e Alamanos na Bélgica romana


Os alamanos (em latim: Alamanni, Allemanni ou Alemanni) eram um povo germânico
ocidental, assim denominados pelos romanos, o povo de todos os homens. Eles próprios,
entretanto, preferiam chamar-se de Suábios. Desde o século III, tentaram infiltrar-se pela
fronteira romana do Reno-Danúbio. Séculos afora persistiram nesta pressão colonizadora,
sendo, porém, sempre contidos, principalmente pela oposição dos Francos. Tal resistência fez
com que os Alamanos se desviassem e se concentrassem nas atuais regiões da Alsácia, Lorena,
Baden-Württemberg e a Suíça.
Os alamanos eram uma aliança militar de tribos germânicas habitando a região em torno do
alto rio Meno, onde hoje é a Alemanha. A aliança era agressiva por natureza,[carece de fontes]
formada tendo como propósito atacar a província romana da Germânia Superior. Seguiram o
modelo da primeira aliança tribal germânica, a dos francos, que primeiro impediram os
romanos de prosseguir ao norte do baixo Reno e em seguida invadiram a províncias romana da
Germânia Inferior.
O Reno tornou-se a fronteira entre a Gália romana e a Germânia tribal. Germanos, celtas e
tribos etnicamente misturadas desses dois povos ali se fixaram, com os romanos estabelecidos
em dois distritos, Germânia Inferior e Superior, no baixo e alto Reno respectivamente. O nome
da alta Alemanha sobrevive no departamento francês do Alto Reno. Ele incluía a região entre o
alto Reno e o alto Danúbio (a Floresta Negra, bem maior que atualmente), que os romanos
chamavam de Campos Decúmanos. Os Decúmanos são ainda mais antigos, de proveniência
desconhecida.
Unidos, os alamanos atacaram a Germânia Superior e deslocaram-se para os Campos
Decúmanos. Lá eles se tornaram uma confederação, ocupando o que hoje é a Alsácia e se
expandindo para o Palatinado (região da Alemanha ao sul de Renânia-Palatinado), assim como
para partes das atuais Baviera e Áustria. Tornaram-se um Estado, às vezes independente, mais
freqüentemente sob domínio franco, sendo depois chamado Alemanha por causa deles
(Allemagne em francês, Alemania em espanhol).
A região sempre foi dispersa e compreendida de distritos diferentes, devido a sua origem
variada. A diocese de Estrasburgo data de cerca de 614, a de Augsburgo de 736, a de Mogúncia
(arquidiocese) de 745, a de Basileia, de 805. O Ducado da Alamânia na Suábia codificou suas
leis diferenciadas sob Carlos Magno.
Hoje, os descendentes dos Alamanos estão divididos entre quatro nações: França (Alsácia),
Alemanha (Suábia e outros lugares), Suíça e Áustria. Nestas regiões são falados diferentes
dialetos da língua alemã.

A submissão dos Alamanos. por Jean Leclerc.


Índice [esconder]
1 Língua
2 Formação
3 Conflitos com o Império Romano
3.1 Lista de batalhas entre romanos e alamanos
4 Cronologia
5 Alamanos e Francos
6 Lista de governantes alamanos
7 Cristianização
8 Alamanos modernos
9 Referências
10 Bibliografia
11 Ligações externas
Língua[editar | editar código-fonte]
A língua alemã falada pelos antigos alamanos é denominada alemânico, um subgrupo dos
dialetos do alto-alemão. Inscrições rúnicas alemânicas como o elevo Pforzen estão entre os
mais antigos testemunhos do alto-alemão antigo. Acredita-se que a segunda mutação
consonântica tenha se originado por volta do século V na Alemânia ou entre os lombardos.
Tribos alemânicas anteriores a essa época certamente não falavam um dialeto alto-alemão, e
sim provavelmente um dos ainda pouco diferenciados dialetos germânicos ocidentais.
Formação[editar | editar código-fonte]
Os alamanos emergiram a partir dos Hermiones. De acordo com Asínio Quadrato, seu nome -
"todos os homens" - indica que eles eram uma conglomeração de várias tribos formadas de
bandos guerreiros, similar aos seus contemporâneos hunos. Não há razão para duvidar dessa
etimologia, que é clara e específica. Outra fonte afirma que a raiz de alamano é al- da qual
também deriva a palavra grega allos, "diferente, estranho", e a palavra do antigo alto-alemão
Elisâzzo, "Elzaz ou Alsácia", que significa "a terra no outro lado do Reno".
Pode haver poucas dúvidas, contudo, que os antigos Hermúnduros formavam a maioria da
nação composta. Outros grupos incluíam os Brísgavos, Jutungos, Bucinobantes, Bentienses e
talvez os Armalausos. Aliados próximos dos alamanos eram os germânicos orientais suevos. Os
hermúnduros tinham aparentemente pertencido aos suevos, mas é provável que reforços de
novas tribos suevas os tenham deslocado para oeste. Nos últimos tempos os nomes alamanos
e suevos parecem ter se tornado sinônimos, embora alguns dos suevos tenham depois
migrado para a Hispânia e lá estabelecido um reino independente que durou até o século VI.
Conflitos com o Império Romano[editar | editar código-fonte]
Os alamanos estavam em estado contínuo de conflito com o Império Romano. Eles iniciaram a
mais importante invasão da Gália e norte da Península Itálica em 268, quando os romanos
foram forçados a expor grande parte da sua fronteira germânica enquanto respondiam à
massiva invasão dos godos. [1]
Seus saques em toda a Gália foram traumáticos: Gregório de Tours (morto c. 594) menciona
sua força destrutiva à época de Valeriano (r. 253–260) e Galiano (r. 260–268), quando os
alamanos reunidos sob seu "rei", a quem eles chamavam Croco, "pelo aviso, é dito, de sua
pátria, invadiram tudo dos gauleses, e destruíram todos os templos até as fundações, templos
que haviam sido construídos em tempos antigos. E, chegando a Clermont, incendiaram,
derrubaram e destruíram aqueles santuários que eles chamavam Vasso Galatae na língua
galesa", martirizando muitos cristãos (Historia Francorum Livro I.32–34). Dessa forma, galo-
romanos partidários de Gregório, cercados pelas ruínas dos templos romanos e prédios
públicos, atribuíram a destruição por eles vista às incursões saqueadoras dos alamanos.
No começo do verão de 268, o imperador Galiano parou o avanço dos alamanos na Península
Itálica, mas ele havia negociado com os godos. Quando a campanha gótica terminou na vitória
romana na batalha de Naísso em setembro, o sucessor de Galiano, Cláudio II (r. 268–270), se
voltou para o norte e negociou com os alamanos, que haviam se espalhado por toda Itália ao
norte do rio Pó.
Após os esforços para assegurar uma retirada pacífica falharem, Cláudio forçou os alamanos à
batalha do Lago Benaco em novembro. Os alamanos foram derrotados, forçados a voltar à
Germânia, e não ameaçaram o território romano por muitos anos depois.
Sua mais importante batalha contra Roma aconteceu em Argentorato (atual Estrasburgo) em
357, quando foram derrotados por Juliano, o Apóstata, último imperador pagão de Roma,
sendo o rei alamano Conodomário feito prisioneiro.
Em 2 de janeiro de 366, os alamanos cruzaram em grande número o Rio Reno congelado, para
invadir as províncias galesas.
Na grande invasão de 406, na qual várias tribos invadiram o Império Romano, os alamanos
parecem ter cruzado o rio Reno, conquistando e então se fixando onde hoje é a Alsácia e
grande parte da Suíça. A Crônica de Fredegário conta que em Alba Augusta (Aps) a devastação
foi tão completa que o bispado foi removido para Viviers, mas Gregório conta que em Mende,
também no coração da Gália, o bispo Privato foi forçado a realizar sacrifícios aos ídolos em
várias cavernas onde eles eram antes venerados, o que é suficiente para resumir os horrores
da violência bárbara.
Lista de batalhas entre romanos e alamanos[editar | editar código-fonte]
Ano Batalhas
259
Batalha de Mediolano (Milão) - o imperador Galiano derrota os alamanos e resgata Roma;
268
Batalha do Lago Benaco - os romanos, sob a liderança do imperador Cláudio II, derrotam os
alamanos;
271
Batalha de Placência - o imperador Aureliano é derrotado pelas forças alamanas que invadem
a Itália;
Batalha de Fano - Aureliano derrota os alamanos, que iniciam a retirada da Itália;
Batalha de Ticino - Aureliano destrói o exército em fuga dos alamanos;
298
Batalha de Lingones - o imperador Constâncio Cloro derrota os alamanos;
Batalha de Vindonissa - nova vitória de Constâncio sobre os alamanos;
356
Batalha de Durocortoro - o imperador Juliano é derrotado pelos alamanos;
357
Batalha de Estrasburgo - Juliano expulsa os alamanos da Renânia;
367
Batalha de Solícino - os romanos sob o imperador Valentiniano I derrota outra incursão
alamana;
378
Batalha de Argentovária - o imperador romano ocidental Graciano vence novamente os
alamanos.
Cronologia[editar | editar código-fonte]
213, Primeira aparição dos alamanos na Germânia superior;
253, Alamanos e Francos invadem a Gália;
277, O Imperador Probo entra na Gália e expulsa os alamanos para além do Reno;
352, Alamanos e Francos, derrotam o exército romano, tomam quarenta cidades entre o
Mosela e o Reno;
378, Alamanos invadem a atual Alsácia;
496, Francos derrotam os Alamanos em Zülpich, na Batalha de Tolbiac;
512, Fim das guerras entre os Francos e Alamanos.
Alamanos e Francos[editar | editar código-fonte]
O reino (ou ducado) da Alamânia entre Estrasburgo e Augsburgo durou até 496, quando os
alamanos foram conquistados por Clóvis I na batalha de Tolbiac. A guerra com os alamanos
formou o cenário da conversão de Clóvis, brevemente descrita por Gregório de Tours. [2] [3]
Subsequentemente os alamanos passaram a fazer parte dos domínios francos e foram
governados por um duque franco.
Em 746, Carlomano acabou com um levante alamano executando sumariamente toda a
nobreza alamana em Cannstatt, e por todo o século seguinte, a Alamânia foi governada por
duques francos. Após o Tratado de Verdun de 843, a Alamânia se tornou uma província do
reino oriental de Luís o Germânico, precursor do Sacro Império Romano-Germânico. [4] O
ducado persistiu até 1268.
Conrado III da Germânia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conrado III
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Konrad III.jpg
Conrado III
Governo
Reinado 1138 - 1152
Coroação 13 de março de 1138
Antecessor(a) Lotário III
Sucessor(a) Frederico I
Vida
Nascimento 1093
Bamberg
Morte 15 de fevereiro de 1152 (59 anos)
Bamberg
Pai Frederico I da Suábia
Conrado III de Hohenstaufen (Bamberg, 1093 - Bamberg, 15 de fevereiro de 1152) foi
imperador germânico (1138-1152), fundador da dinastia Hohenstaufen de imperadores do
Sacro Império. Filho mais novo de Frederico I, duque da Suábia, foi conde de Hohenstaufen.
Seu tio, o imperador Henrique V, nomeou-o duque da Francônia, em 1115, e regente da
Germânia, em 1116.
O governo de Conrado III caracterizou-se pela oposição crescente e acirrada entre as famílias
Hohenstaufen e Welfisch, partidária do rei Lotário II da Germânia. disputa entre os
Hohenstaufen e os Welfisch ficou em segundo plano durante a participação de Conrado na
fracassada Segunda Cruzada (1147-1149).

Conrado III, primeiro rei da dinastia Hohenstaufen no trono do Sacro Império Romano-
Germânico.

Frederico I da Germânia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Frederico I, Sacro Imperador Romano-Germânico)
Disambig grey.svg Nota: Se procura o pirata também conhecido por Barbaruiva ou Barbarossa,
veja Capitão Khizr.
Frederico Barbarossa
Imperador do Sacro Império Romano
Die deutschen Kaiser Friedrich I.jpg
O imperador Frederico I, por Max Barack
Governo
Reinado 1155 – 1190
Antecessor(a) Lotário III
Sucessor(a) Henrique VI
Vida
Nascimento 1122
Morte 10 de junho de 1190 (68 anos)
Cilícia
Pai Frederico II da Suábia
Mãe Judite de Guelfo
Frederico I da Germânia (Waiblingen ou Ravensburg, 1122 – Cilícia, 10 de junho de 1190) -
também conhecido por Frederico Barba-Ruiva, Frederico Barbarossa (ou simplesmente o
Barbarossa) e sob a forma aportuguesada de Frederico Barba-Ruiva - foi imperador do Sacro
Império Romano-Germânico (1152-1190), rei da Itália (1155-1190), e, com nome de Frederico
III, duque da Suábia (1147-1152, 1167-1168). Pertencia à poderosa família dos Hohenstaufen
(Staufen). O nome "Barbaroxa", forma aportuguesada do italiano "barbarossa" (isto é, barba
ruiva) popularizou-se apesar de seu evidente despropósito, pois o significado original é "barba
vermelha", devido à longa barba ruiva que ele usava.
Índice [esconder]
1 Governo
2 Relações familiares
3 Curiosidades
4 Bibliografia
Governo[editar | editar código-fonte]
O Sacro Império Romano-Germânico conheceu um momento de beleza com Frederico I Barba-
Ruiva, que conseguiu impor sua autoridade sobre o papado e assegurou a influência alemã na
Europa ocidental. No século XIX, foi reconhecido como precursor da unidade do povo alemão.
Sucedeu ao seu pai Frederico II da Suábia no ducado da Suábia, quando este faleceu em 1147.
À morte do seu tio, o imperador Conrado III, foi eleito rei da Alemanha em Frankfurt, no ano
de 1152.
Era seu desejo restaurar as glórias do Império Romano, motivo pelo qual decidiu consolidar a
posição imperial tanto na Germânia como na península Itálica. Inicialmente pretendeu
pacificar o país para depois se concentrar na dominação germânica na Itália, para onde o
imperador empreendeu numerosas expedições a fim de cumprir os seus objetivos.

Brasão da dinastia Hohenstaufen.


A pedido do Papa Adriano IV, foi para a Itália com o propósito de conquistar Roma, então em
poder de Arnaldo da Bréscia, que foi vencido e capturado. Frederico I foi proclamado, em
Pavia, rei da Itália pelo papa em 1155. Desde o começo de seu reinado desafiou a autoridade
papal e lutou para estabelecer o domínio germânico na Europa ocidental.
Depois de conquistar Milão, cujos governantes haviam tentado opor-se a ele, Frederico I
convocou a Dieta de Roncaglia, para definir e consolidar a autoridade imperial na Lombardia.
Entretanto, suas campanhas na Itália tiveram a oposição dos papas e das cidades italianas que
tentou subjugar. Em 1159, apoiou a nomeação de um antipapa, Vítor IV, em oposição ao papa
legítimo, Alexandre III, e três anos depois destruiu Milão. Constituíram-se então entre as
cidades do papado a Liga Lombarda e a de Verona, com o propósito de defender-se contra o
imperador.

Frederico I Barbarossa como um cruzado (iluminura do século XII).


Frederico lutou contra a Liga Lombarda, mas as cidades italianas aliaram-se ao Papa Alexandre
III e em 1176 derrotaram o invasor em Legnano. Após a derrota na batalha de Legnano,
Frederico I foi obrigado a reconhecer o papa Alexandre III as pretensões das vilas lombardas
aliadas ao papado, além de assinar a paz de Veneza. Fracassaram assim suas tentativas de
apoderar-se do norte da Itália, embora continuasse ameaçando os Estados Pontifícios nos
domínios de Toscana, Espoleto e Ancona.
Embora o controle imperial na Itália tivesse chegado virtualmente ao fim com a derrota em
Legnano, Frederico conseguiu aumentar seu prestígio na Europa Central. Fez da Polônia um
Estado tributário do império, elevou a Boêmia à categoria de reino e transformou o
margraviato da Áustria em ducado independente com caráter hereditário.
Frederico I tratou também de consolidar sua autoridade dentro da Alemanha, opondo-se ao
poderio crescente dos príncipes de seu império. Em 1180, clero e nobreza o apoiaram na
destituição de seu mais poderoso vassalo da Baviera e da Saxônia, Henrique, o Leão, castigado
por ter-se negado a ajudar na campanha italiana de 1176.
Depois de ter abdicado em favor de seu filho mais velho, Frederico empreendeu uma cruzada
no Oriente após a tomada de Jerusalém por Saladino (a Terceira Cruzada). Morreu na Cilícia,
em 10 de junho de 1190, ao tentar atravessar o Sélef (hoje Goksu), um dos rios da Anatólia,
quando caiu do cavalo e morreu afogado, pois não conseguiu se levantar devido ao peso da
armadura que vestia.
Relações familiares[editar | editar código-fonte]

Frederico I Barbarossa e o seu filho numa miniatura da Crónica dos Guelfos (século XIII).
Foi filho de Frederico II da Suábia, duque da Suábia (1090 - 1147) e de Judite de Baiern (1100 -
1132), filha de Henrique IX de Stolze "O negro", duque da Baviera e de Vulfilda da Saxônia.
Casou por duas vezes, a primeira em 1147 com Adelaide de Voburgo (1125 -?) de quem não
teve filhos e a segunda em 1156 com Beatriz I da Borgonha (1145 -1184), filha de Reinaldo III
da Borgonha (1093 - 1148) e de Ágata da Lorena (1122 - 1147) de quem teve:
Frederico V da Suábia, duque da Suábia (16 de julho de 1164 -?)
Henrique VI de Hohenstaufen (1165 - 1197), Imperador do Sacro Império Romano-Germânico,
casou com Constança de Altavila, princesa da Sicília.
Conrado de Hohenstaufen, duque da Suábia, (1172 -?), casou com Berengária de Castela
(Segóvia, 1 de junho de 1180 - Las Huelgas, 8 de novembro de 1246), infanta de Castela e mais
tarde Rainha de Castela.
Otão I da Borgonha (1175 -?), conde palatino da Borgonha, casou com Margarida de Blois.
Filipe da Suábia ou Filipe de Hohenstauten, como também é referido, duque da Suábia, (1176 -
1208) casou com Irene Angelina (1180 - 1208), Rainha de Constantinopla, filha de Isaac II
Ângelo (1156 - 1204) e de Margarida Maria de Monteferrat.
Beatriz de Hohenstaufen, casou com Guilherme II de Thiers, conde de Châlon
Inês de Hohenstaufen
Curiosidades[editar | editar código-fonte]
No jogo Age of Empires II, existe uma campanha em homenagem a Barbarossa, contando
desde a fundação do Sacro Império Romano até a sua morte, além de ter dois capítulos sobre
a traição de Henrique, o Leão (Henrique Guelfo), sendo que o próprio Henrique, o Leão é o
narrador da campanha.
No livro Baudolino, de Umberto Eco, ele é um dos personagens principais, sendo pai adotivo
de Baudolino, personagem que dá nome à obra. No livro ele não morreu afogado, mas sim
assassinado e depois teve o seu corpo jogado no rio.
A popularidade de Barbarossa foi tão grande e tamanha que deu origem a um mito messiânico
na Alemanha, em que se acreditava que Frederico I não havia morrido e um dia voltaria para
salvá-la do caos. Influenciou também o mito do Sebastianismo em Portugal.
O plano de invasão da URSS por forças do Eixo no verão de 1941 foi chamada de Operação
Barbarossa em sua homenagem.

Henrique VI da Germânia
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(Redirecionado de Henrique VI, Sacro Imperador Romano-Germânico)
Henrique VI
Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Heinrich VI.jpg
Henrique VI
Governo
Vida
Nascimento novembro de 1165
Nimegue, Países Baixos
Morte 28 de setembro de 1197 (31 anos)
Messina, Itália
Sepultamento Palermo, Itália
Pai Frederico I
Mãe Beatriz I da Borgonha
Henrique VI da Germânia ou Henrique VI de Hohenstaufen (Nimega, novembro de 1165 –
Messina, 28 de setembro de 1197), imperador do Sacro Império Romano-Germânico, casou
com Constança de Altavila, princesa da Sicília. Foi rei da Alemanha entre 1190 e 1197 e
imperador do Sacro Império Romano-Germânico entre 1191 e 1197.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Relações familiares
3 Ver também
4 Notas e referências
5 Bibliografia
Biografia[editar | editar código-fonte]

Henrique VI da Germânia, Códice Manesse, ca. 1300


Foi coroado como rei dos romanos em Bamberg em junho de 1169 e como Imperador do Sacro
Império Romano-Germânico em 1193, pela mão do papa Celestino III na cidade de Roma
juntamente com a sua esposa.
No ano de 1190 e também em 1193 tentou impor-se aos nobres alemães que lhe ofereciam
resistência e eram liderados por Henrique XII de Baviera também denominado por Henrique, o
Leão (Ravensburg, 1129 – Brunsvique, 1195) e que tiveram a ajuda do papado e do rei de
Inglaterra, na pessoa de Ricardo Coração de Leão, não tendo no entanto grande êxito pois
apesar da vitória alcançada não obteve o seu principal objetivo que era converter em
hereditário o trono da Alemanha que era sempre uma fonte de problemas da nobreza alemã
com o papado e a Inglaterra.
Em 1194, depois dos seus intentos estarem derrotados recebeu o trono da Sicília em 1191
praticamente pela força das armas e depois de o haver reivindicado devido à herança por
direito da sua esposa.
Em 1197, o poder tirânico do rei estrangeiro na Itália deu origem a revoltas, especialmente no
sul da Sicília, que os soldados alemães reprimiram cruelmente. No mesmo ano, Henrique
preparou a Cruzada, mas em 28 de setembro morreu na cidade italiana de Messina, por
malária[1] embora seja também aventada a hipótese de envenenamento.[2]
O seu filho Frederico II herdaria tanto o reino da Sicília como a coroa imperial.
Relações familiares[editar | editar código-fonte]

Constança da Sicília, em detalhe do Liber ad honorem Augusti de Pedro de Ebulo, 1196


Foi filho do imperador Frederico I da Germânia (Waiblingen ou Ravensburg, 1122 – Cilícia,
1190) e de Beatriz I da Borgonha (1145 - 15 de novembro de 1184)), condessa da Borgonha.
Casou em 27 de janeiro de 1186 com Constança da Sicília, (2 de novembro de 1154 - 27 de
novembro de 1198), de quem teve:
Frederico II (Jesi, Província de Ancona, 26 de dezembro de 1194 — Castel Fiorentino, Apúlia,
13 de dezembro de 1250), foi rei da Sicília (1197-1250), rei de Tessalónica, rei de Chipre e
Jerusalém, rei dos Romanos e rei da Germânia e imperador Romano-Germânico (1220-1250).
Casou por quatro vezes, com:
Constança de Aragão, (1179 – Catânia, 23 de junho de 1222) infanta de Aragão;
Isabel II de Jerusalém, (1212 – Andria, Itália, 25 de abril de 1228) rainha de Jerusalém;
Isabel da Inglaterra, (1214 – 1 de dezembro de 1241) princesa de Inglaterra;
Bianca Lancia (1200 ou 1210 - 1244).

Otão IV de Brunsvique
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Otão IV
Sacro Imperador Romano-Germânico

Sacro Imperador Romano-Germânico


Reinado 1209 - 1215
Coroação 21 de outubro de 1209,Roma
predecessor Henrique VI
sucessor Frederico II
Rei dos Romanos
Reinado 1198 - 1209
Coroação 12 de julho 1198,Aquisgrano
Predecessor Henrique VI
Sucessor Frederico II
Rei da Itália
Reinado 1208 – 1212
Predecessor Henrique VI
Sucessor Henrique VII
Rei da Borgonha
Reinado 1208 - 1215
Predecessor Filipe da Suábia
Sucessor Frederico II
EsposasBeatriz de Hohenstaufen
Maria de Brabante
Casa Casa de Guelfo
Pai Henrique, o Leão
Mãe Matilde de Inglaterra
Nascimento 1175
Morte 19 de maio de 1218 (43 anos)
Harzburg
Enterro Catedral de Brunsvique
ReligiãoCristianismo
Otão IV de Brunsvique (1175 ou 1176 – 19 de maio de 1218) foi um de dois imperadores rivais
do Sacro Império Romano-Germânico de 1198 em diante, rei único de 1208 em diante, e
imperador a partir de 1209. O único rei da dinastia Guelfo, foi deposto em 1215.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Otto nasceu na Normandia, filho de Henrique, o Leão, Duque da Baviera e da Saxônia, e de
Matilde de Inglaterra, Duquesa da Saxônia.
Ele cresceu na Inglaterra sob os cuidados de seu avô o rei Henrique II. Otão tornou-se amigo
de Ricardo I da Inglaterra, que tentou fazê-lo Conde de Iorque, e, através de casamento, rei da
Escócia. Ambos falharam e, em 1196, ele foi feito Conde de Poitou, por Ricardo, quando
participava na guerra contra a França no lado dele.

Otão IV e o Papa Inocêncio III se cumprimentando.


Após a morte do imperador Henrique VI, alguns dos príncipes do império elegeram seu irmão,
Filipe da Suábia, rei em março de 1198. O papado, sob a direcção do papa Inocêncio III,
aproveitou a oportunidade para estender suas influência e aproveitar a vulnerabilidade do
império e usou seu poder para eleger Oto, cuja família era oposta à casa de Hohenstaufen.
Otão também parecia disposto a conceder quaisquer reivindicações que Inocêncio fizesse.
Esses príncipes de oposição à dinastia Staufen também decidiram, por iniciativa de Ricardo da
Inglaterra, eleger um membro da dinastia dos Guelfos. O irmão mais velho de Oto, Henrique V,
conde palatino da Renânia, estava em uma cruzada na época, e por isso a escolha caiu sob
Oto. O favorito papal, logo reconhecido ao longo de todo o império, foi eleito rei pelos
príncipes do norte da Alemanha, em Colônia em 9 de junho de 1198.
Otão assumiu o controle de Aquisgrano, o lugar da coroação, e foi coroada pelo Arcebispo de
Colônia, em 12 de julho desse ano. A coroação foi feita com a falsa coroa, porque os poderes
reais estavam nas mãos do Staufen
Frederico II da Germânia
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Frederico II
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Friedrich II.jpg
Frederico II
Governo
Vida
Nascimento 26 de dezembro de 1194
Jesi, Província de Ancona
Morte 13 de dezembro de 1250 (55 anos)
Castel Fiorentino, Apúlia
Frederico II da Germânia (Jesi, Província de Ancona, 26 de dezembro de 1194 — Castel
Fiorentino, Apúlia, 13 de dezembro de 1250) teve os títulos de Rei da Sicília (1197-1250), Rei
de Tessalónica, Rei de Chipre e de Jerusalém, Rei dos Romanos, Rei da Germânia e imperador
do Sacro Império Romano-Germânico (1220-1250).
Filho de Henrique VI, que morreu em 1197, tendo Frederico apenas três anos, e de Constança
da Sicília, marcou a restauração da dinastia dos Hohenstaufen.
Esteve em luta quase constante com os Estados Pontifícios e, apesar de excomungado duas
vezes, tomou parte na VI Cruzada (1229), que conduziu como diplomata e não como guerreiro.
Inocêncio IV destituiu-o no concílio de Lyon (1245). Gregório IX chegou a chamá-lo de
Anticristo e, provavelmente por isto, quando ele morreu, surgiu a ideia de que ele voltaria a
reinar de novo em 1000 anos. Frederico II possuía relação parental com um dos mais
importantes doutores da Igreja Católica: era primo de Tomás de Aquino.[1]
Índice [esconder]
1 As coroações de Frederico II
2 O reinado de Frederico II
3 Frederico II e as artes
4 Campanhas políticas e militares de Frederico II
5 Inocêncio IV, o último e mais feroz opositor de Frederico II
6 O fim: a Batalha de Parma
7 Descendência
8 Referências
9 Ligações externas
As coroações de Frederico II[editar | editar código-fonte]
Com a morte do imperador Henrique VI, sua esposa Constança da Sicília, que era por direito
próprio rainha da Sicília, mandou coroar rei seu filho Frederico, ficando como regente. Em
nome de Frederico, dissolveu os laços da Sicília com o império e dispensou os conselheiros
alemães, renunciando ao trono da Germânia. Depois da morte de Constança, em 1198, o papa
Inocêncio III sucedeu-lhe como guardião de Frederico até à sua maioridade e assegurou a sua
educação formal em Roma.

O nascimento de Frederico II.


Otão IV da Germânia tinha sido coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico por
Inocêncio III em 1209 mas, em setembro de 1211, na Dieta de Nuremberga, Frederico foi eleito
in absentia Rei da Germânia por uma facção rebelde apoiada por Inocêncio, que tinha entrado
em choque pela forma como Otão o excomungara. Frederico foi formalmente eleito em 1212 e
coroado a 9 de dezembro, em Mogúncia. Uma terceira cerimónia de coroação teve lugar a 23
de julho de 1215 em Aachen, a do título de Rei da Germânia, que era tradicionalmente
precursor do de imperador. Ele foi ainda pretendente ao título de Rei dos Romanos desde
1212, o qual assumiu sem oposição a partir de 1215.
A autoridade de Frederico era, contudo, ténue até à Batalha de Bouvines, em 1214, sendo ele
reconhecido apenas no sul da Germânia, enquanto que no norte, centro da dinastia dos
Guelfos, enquanto que Otão continuava com as rédeas do poder real e imperial, apesar de
excomungado. A decisiva derrota de Otão em Bouvines fez-lhe perder o poder e ele retirou-se
para as terras hereditárias dos Guelfos, para vir a morrer, praticamente sem apoiantes, em
1218.
No entanto, só passados cinco anos, depois de demoradas negociações entre Frederico,
Inocêncio III e o Papa Honório III, que lhe sucedeu depois da sua morte em 1216, é que
Frederico foi finalmente coroado imperador, em Roma a 22 de novembro de 1220. Nessa
mesma ocasião, o seu filho mais velho Henrique tomou o título de Rei dos Romanos.
O reinado de Frederico II[editar | editar código-fonte]

Frederico II (à esquerda) dialoga com al-Kamil Muhammad al-Malik.


Ao contrário da maioria dos imperadores do Sacro Império, Frederico II passou pouco tempo
na Germânia. Por essa razão, ele promulgou, em 1220, o Tratado com os príncipes da igreja
(Confoederatio cum principibus ecclesiasticis), através do qual dava aos bispos da Germânia
poder secular, em troca do seu apoio à coroação de seu filho Henrique, como Rei da Germânia,
assegurando assim o domínio daquela parte do império.
Depois da coroação, passou os dias ora na Sicília ora em cruzadas até 1236, quando fez a sua
última viagem à Germânia. Voltou à Itália em 1237 e aí permaneceu durante os restantes treze
anos da sua vida, representado na Germânia pelo seu filho Conrado. No Reino da Sicília,
continuou a reforma das leis iniciada em 1146 pelo seu avô Rogério II. Ele promulgou a
Constituição de Melfi (em 1231, também conhecida como Liber Augustalis), uma coleção de
leis que foram fonte de inspiração por muito tempo e se tornaram num precedente para o
primado das leis escritas. Com relativamente poucas modificações, o Liber Augustalis
continuou a ser a base das leis Sicilianas até 1819. Ele tornou o Reino da Sicília numa
monarquia absoluta, sendo o primeiro estado centralizado da Europa a emergir do feudalismo.
Durante o seu reinado foram construídos o Castel del Monte e, em 1224, a Universidade de
Nápoles, atualmente chamada Università Federico II, que permaneceu como o único
atheneum do sul da Itália durante séculos.
Em 1226, por meio da Bula Dourada de Rimini, confirmou a legitimidade da administração das
terras da Prússia a leste do rio Vístula pelos Cavaleiros Teutónicos, comandados por Hermann
von Salza
Frederico II e as artes[editar | editar código-fonte]
Ao contrário de muitos monarcas do seu tempo, muitas vezes analfabetos, sabia expressar-se
em nove línguas e correspondia-se por escrito em sete. Era um dirigente moderno, patrono
das ciências e das artes: um dos seus conselheiros era o famoso astrólogo Guido Bonatti de
Forlì. Tinha ideias avançadas sobre economia, abolindo monopólios estatais, tarifas internas e
reformando os regulamentos de importação do Sacro Império Romano-Germânico. Tudo isto
estaria provavelmente relacionado com o tempo passado na corte de Palermo, onde
influências árabes, alemãs, latinas, bizantinas, normandas, provençais e meso-judias se
miscigenavam.
Foi mestre da Escola Siciliana de poesia, da qual emergiram, a partir de cerca de 1220, as
primeiras formas literárias numa língua ítalo-românica, a língua siciliana, o que representou
um corte no uso da língua toscana, que tinha sido a lingua franca preferida na Itália durante
pelo menos um século.
Ficaria conhecido como Stupor mundi ("a maravilha do mundo") e escreveu (ou reescreveu)
um manual sobre a arte da falcoaria, De arte venandi cum avibus ("Da arte de caçar com
aves"), do qual subsistem muitas cópias ilustradas dos séculos XIII e XIV.
Campanhas políticas e militares de Frederico II[editar | editar código-fonte]

Moeda de Frederico II,


(cunhada em Messina em 1231)
Apesar de temporariamente em paz com o papado, Frederico II não deixou de ter problemas
com os príncipes germânicos. Em 1231, o seu filho Henrique proclamou-se rei e aliou-se com a
Liga Lombarda contra o seu pai. A rebelião falhou, Henrique foi preso e substituído no seu
título real pelo seu irmão Conrado, que já tinha o título de Rei de Jerusalém. Frederico venceu
a decisiva batalha de Cortenuova contra a Liga Lombarda em 1237 e celebrou-a de forma
triunfal em Cremona, à maneira dos antigos imperadores romanos. Ele rejeitou as propostas
de paz, mesmo do Ducado de Milão, que tinha oferecido uma grande soma em dinheiro. Esta
exigência por uma rendição total levou à resistência por parte de Milão, Bréscia, Bolonha e
Piacenza e, em Outubro de 1238, ele foi forçado a fazer o cerco de Brescia, durante o qual os
seus inimigos tentaram capturá-lo, em vão.
Como aquelas cidades-estados eram vassalas do papa, Frederico foi excomungado pelo papa
Gregório IX em 1239, enquanto ele se encontrava em Pádua. O imperador respondeu
expulsando os menonitas e outros pregadores da Lombardia e nomeando o seu filho Enzio
para o cargo de "Vigário Imperial" para o norte da Itália. Em pouco tempo, Enzio anexou a
Emília-Romanha, Marcas e o Ducado de Espoleto, nominalmente parte dos Estados Pontifícios.
O pai anunciou que iria destruir a República de Veneza, que tinha mandado barcos de guerra
contra a Sicília. Em Dezembro desse ano, Frederico invadiu a Toscana, entrou triunfalmente
em Foligno e Viterbo, de onde ele pretendia partir à conquista de Roma, de forma a restaurar
o antigo esplendor do Império. O cerco, contudo, foi em vão e Frederico voltou para o sul da
Itália, saqueando Benevento, que era uma possessão papal.
Entretanto, a cidade gibelina de Ferrara tinha sido tomada e Frederico continuou para norte,
capturando Ravena e, depois dum longo cerco, Faenza. o povo de Forlì (que se tinha mantido
ligado aos Gibelinos mesmo depois do colapso do poder Hohenstaufen) ofereceu o seu apoio
na captura da cidade rival e, como sinal de gratidão, o imperador permitiu-lhes acrescentar ao
brasão da cidade a águia dos Hohenstaufen, junto com outros privilégios. Este episódio
exemplifica como as cidades independentes usavam a rivalidade entre o imperador e o Papa
para obterem o máximo de vantagens.

Castelo do Monte, em Andria, Apúlia


O Papa tinha convocado um concílio, mas a cidade gibelina de Pisa boicotou-o, capturando os
cardeais e prelados que se encontravam num barco partindo de Génova para Roma. Frederico
pensou que desta vez o caminho para Roma estava aberto e novamente dirigiu as suas forças
contra o Papa, deixando para trás as cidades arruinadas e queimadas de Úmbria e
Grottaferrata. Mas a 22 de agosto de 1240, Gregório morreu e Frederico, querendo mostar
que a sua guerra não era dirigida contra a Igreja de Roma, mas contra aquele papa, retirou as
suas tropas e libertou dois cardeais da prisão de Cápua. No entanto, nada mudou na relação
entre o Papado e o império e as tropas romanas assaltaram a guarnição imperial em Tivoli.
Como retaliação, o imperador rapidamente alcançou Roma. Esta situação ambígua repetiu-se
em 1242 e em 1243 e, embora vãs, estas expedições permitiram a Frederico capturar tesouros
da Igreja Católica nas cidades em que passava e deu-lhe a oportunidade de aproveitar a bela
natureza das colinas, lagos e bosques do Lácio.
Inocêncio IV, o último e mais feroz opositor de Frederico II[editar | editar código-fonte]
Um novo papa, Inocêncio IV, foi eleito a 25 de junho de 1243, membro da nobre família
imperial, com alguns familiares do lado de Frederico II e, por isso, o imperador ficou
inicialmente satisfeito com esta eleição, sem suspeitar que Inocêncio viria a ser o seu mais
feroz inimigo. No mesmo ano iniciaram conversações com vista à paz, mas a cidade de Viterbo
rebelou-se, por instigação do intriguista cardeal Ranieri de Viterbo. Frederico não podia perder
esta praça-forte próxima de Roma e lançou o Cerco de Viterbo. Inocêncio convenceu-o a
retirar as suas tropas, mas Ranieri, mesmo assim, atacou mortalmente a guarnição imperial a
13 de novembro.
O novo papa era um diplomata e assinou com Frederico um tratado de paz, mas Inocêncio
mostrou rapidamente a sua verdadeira face de guelfo e, juntamente com a maioria dos
cardeais, fugiu em naves genovesas para a república da Ligúria. O seu objectivo era chegar a
Lyon, onde um novo concílio teria início a 24 de junho de 1245. Então, Inocêncio IV destituiu
Frederico de imperador, caracterizando-o um "amigo do sultão de Babilónia", "com costumes
de sarraceno", "mantendo um harém guardado por eunucos" como o cismático imperador de
Bizâncio, em suma, um "herético". O papa decidiu então propor Heinrich Raspe, senhor de
Turíngia, para a coroa imperial e pôs em marcha um complô para matar Frederico e Enzio, com
o apoio do seu cunhado Orlando de Rossi, que era, até essa altura, amigo de Frederico.
Os conjurados, no entanto, foram desmascarados pelo conde de Caserta e a vingança foi
terrível: a cidade de Altavilla[desambiguação necessária], onde eles se tinham escondido, foi
arrasada e os implicados foram cegos, mutilados e queimados vivos ou enforcados. Uma
tentativa de invadir a Sicília, sob o comando de Ranieri, foi impedida em Spello por Marino de
Eboli, Vigário Imperial de Espoleto.
Inocêncio enviou ainda grandes somas de dinheiro para a Germânia a fim de boicotar o poder
de Frederico e os arcebispos de Colónia e Mogúncia chegaram a declarar Frederico deposto e,
em Maio de 1246, um novo rei foi eleito: Heinrich Raspe. A 5 de agosto, Heinrich, com dinheiro
do papa, derrotou uma divisão de Conrado, filho de Frederico, perto de Francoforte. No
entanto, Frederico fortaleceu a sua posição no sul da Germânia, adquirindo o Ducado da
Áustria, cujo titular tinha morrido sem deixar herdeiros e, um ano mais tarde, Heinrich morreu
também. O novo "anti-rei" era Guilherme II, Conde da Holanda.
Entre fevereiro e março de 1247, Frederico resolveu a situação em Itália durante a dieta de
Terni, nomeando familiares ou amigos seus vigários de várias terras, casando o seu filho
Manfredo com Beatriz de Saboia, filha de Amadeu IV de Saboia e, assegurando a submissão do
marquês de Monferrato, Frederico conseguiu ainda controlar as passagens dos Alpes orientais,
a caminho de Lyon, onde ele esperava resolver finalmente a disputa com o papa. Por seu lado,
Inocêncio pediu a protecção do rei de França, Luís IX, mas o rei era amigo do imperador e
acreditava no seu desejo de paz. O exército papal sob comando de Ottaviano degli Ubaldini
não conseguiu chegar à Lombardia e Frederico, acompanhado por um enorme exército,
realizou uma dieta em Turim.
O fim: a Batalha de Parma[editar | editar código-fonte]
Em junho de 1247, a importante cidade lombarda de Parma expulsou os funcionários imperiais
e aliou-se aos guelfos. Enzio da Sardenha, filho do imperador Frederico II, que o tinha colocado
como protector da cidade, não se encontrava presente e teve que pedir o apoio de seu pai,
que logo veio fazer cerco aos rebeldes, com o seu amigo Ezzelino da Romano, senhor de
Verona.
O imperador tinha construído uma verdadeira cidade à volta dos muros de Verona, onde ele
tinha o seu tesouro e todas as comodidades e à qual tinha pomposamente chamado Vittoria.
Pensando que os cercados não respondiam por falta de meios, Frederico aproveitava para
caçar e, a 18 de fevereiro de 1248, durante a sua ausência, Vittoria foi assaltada, a sua guarda
chacinada e a cidadela tomada pelos rebeldes. Na batalha que se seguiu, Frederico, sem o seu
tesouro, teve dificuldades em manter dominância. Pior que isso, algumas regiões, como a
Emília-Romanha, Marcas e Espoleto recusaram-se a continuar a pagar as suas contribuições ao
imperador.
Entretanto, Enzio foi capturado pelos bolonheses durante a Batalha de Fossalta, em maio de
mesmo ano. Com apenas 23 anos, Enzio foi colocado numa prisão para o resto da vida,
morrendo 24 anos depois, em 1272, e o título de Rei da Sardenha foi-lhe usurpado pelo
marquês Palavicino. Frederico perde ainda outro filho, Ricardo de Chieti, mas a luta continuou:
o Sacro Império Romano-Germânico perdeu Como e Modena, mas recuperou Ravena. Um
exército enviado para invadir o Reino da Sicília, comandado pelo cardeal Pietro Capocci, foi
derrotado em Marcas, na Batalha de Cingoli, em 1250. Em janeiro daquele ano, Ranieri de
Viterbo morreu e os condottieri imperiais reapossaram-se da Romanha, Marcas e Espoleto.
Conrado, Rei dos Romanos, ganhou igualmente várias vitórias na Germânia a Guilherme de
Holanda.

Sarcófago de Frederico II.


Frederico, doente, não tomou parte nas campanhas. Morreu em 13 de dezembro de 1250 em
Castel Fiorentino, na Apúlia, usando um hábito de monge cisterciense. Com a sua morte, a
posição proeminente do Sacro Império na Europa ficou ameaçada, mas não perdida, uma vez
que, no seu testamento, deixou ao seu filho legítimo Conrado as coroas imperial e da Sicília. O
testamento indicou também que todas as terras conquistadas à Igreja deveriam ser
restituídas, todos os prisioneiros libertados e todos os impostos reduzidos, desde que essas
reduções não pusessem em causa o império.
Com a morte de Conrado, quatro anos depois, a dinastia Hohenstaufen perdeu o poder e o
império conheceu um interregno, que durou até 1273, um ano depois da morte na prisão do
último Hohenstaufen, Enzio. Durante este período surgiu uma lenda segundo a qual Frederico
não estaria realmente morto, mas apenas adormecido nas montanhas Kyffhaeuser e um dia
iria despertar e reerguer o império. Mais tarde, esta lenda foi transferida para o seu avô,
Frederico I, o Barbarossa ("Barba Ruiva").
O seu sarcófago, feito de Pórfiro vermelho, está depositado na catedral de Palermo, ao lado
dos de seus pais, Henrique VI da Germânia e Constança da Sicília, e do seu avô, o rei normando
Rogério II da Sicília. Um busto de Frederico II encontra-se no Templo de Walhalla construído
por Luís I da Baviera.
A morte do imperador Frederico II Hohenstaufen, em 1250, provocou um longo período de
perturbações chamado "O Grande Interregno".
Descendência[editar | editar código-fonte]
Listam-se abaixo alguns dos descendentes mais famosos de Frederico II:
Henrique VII da Germânia, (não deve confundir-se com o sacro-imperador Henrique VII da
dinastia do Luxemburgo), nascido na Sicília em 1211, filho da primeira esposa de Frederico,
Constança de Aragão; Henrique teve os títulos de Rei da Germânia, Rei dos Romanos, Rei da
Sicília e foi pretendente ao título imperial. Depois de se rebelar contra seu pai e aliar-se à Liga
Lombarda, Henrique foi capturado e preso em 1236. Morreu em Martirano em 1242,
supostamente em consequência duma tentativa de suicídio.
Conrado IV, filho da sua segunda mulher, Yolande de Brienne, rainha de Jerusalém, nasceu a
25 de abril de 1228, em Andria, Apúlia. Tornou-se Rei de Jerusalém à nascença (a mãe morreu
no parto) e foi eleito Rei da Germânia e futuro imperador em 1237, em Viena, apesar de não
chegar a ser coroado. Em 1250, Conrado sucedeu a seu pai como Rei da Sicília e morreu a 1 de
maio de 1254 de malária num acampamento militar em Lavello.
Manfredo, Rei da Sicília, nascido em 1231, foi um filho ilegítimo de Frederico e de Bianca, filha
do conde Bonifacio Lancia. Manfredo foi regente do filho criança de Conrado, Conradino, e,
depois de 1258, como Rei da Sicília, continuou (depois de tentativas iniciais de reconciliação) a
luta de Frederico com o papa e foi igualmente colocado sob interdição papal. Manfredo
morreu a 26 de fevereiro de 1266 na Batalha de Benevento contra Carlos de Anjou, irmão do
rei da França, a quem o papa tinha entregue o Reino da Sicília. A sua esposa Helena e também
os seus filhos Frederico, Henrique e Enzio morreram na prisão; as crianças tinham vivido em
prisão solitária e nunca sequer aprenderam a falar.
Enzio (ou Enzo) teve os títulos de Rei da Sardenha e de Vigário Imperial para o norte da Itália.
Enzio é capturado pelos bolonheses durante a Batalha de Fossalta, a 26 de maio de 1249. Com
apenas 25 anos, Enzio é colocado numa prisão em Bolonha para o resto da vida, morrendo 24
anos depois, em 1272, e o título de Rei da Sardenha é-lhe usurpado pelos marquês Palavicino.
Conrado IV da Germânia
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Conrado IV da Germânia (25 de abril de 1228, Andria, Apúlia — 1 de maio de 1254, Lavello) foi
um filho de Frederico II da Germânia, imperador do Sacro Império Romano-Germânico e da
sua segunda mulher, Iolanda de Brienne, rainha de Jerusalém. Tornou-se rei de Jerusalém à
nascença (a mãe morreu no parto) como Conrado II de Jerusalém e foi eleito rei da Germânia
em 1237, em Viena, com vista a ser o futuro imperador. No entanto, em virtude do conflito
que opunha o império ao papado, não chegou a ser coroado e o império entrou num
interregno que durou até 1312, quando subiu ao trono Henrique VII de Luxemburgo.
Em 1250, Conrado sucedeu a seu pai como rei da Sicília e invadiu a Itália no ano seguinte com
o objetivo de conquistar Roma, mas sem sucesso. Foi excomungado em 1254 e morreu de
malária no mesmo ano num acampamento militar em Lavello. A luta foi continuada, ainda sem
resultados positivos, por seu filho Conradino, nascido em 1252 e decapitado aos 16 anos.
Gran Interregno
Gran Interregno es el período que transcurrió entre la muerte del emperador Federico II y la
elección de Rodolfo I como emperador (1250–1273), durante el cual el Sacro Imperio Romano
Germánico estuvo vacante o contó con emperadores nominales.

Acontecimientos[editar]
A la muerte del emperador Federico II dio comienzo una etapa de luchas internas, revueltas
ante un poder inexistente. Para intentar conseguir un mantenimiento de la paz en el Sacro
Imperio Romano Germánico se comenzaron a formar ligas, aunque no se consiguió
plenamente. Se procedió a nombrar a un nuevo emperador, eligiendo los Güelfos a Ricardo de
Cornualles y los Gibelinos a Alfonso X de Castilla. Ricardo fue coronado en Aquisgrán mientras
que en Castilla se dio inicio el Fecho del Imperio, la aspiración de Alfonso X de Castilla para
conseguir el trono imperial. Se convocaron Cortes en Castilla para recaudar dinero que hiciera
posible al rey el luchar por el trono imperial, pero las Cortes Castellanas le denegaron el dinero
al considerar que la aspiración del rey castellano era algo personal. Por ello, Alfonso X no
acudió a Alemania y no pudo ser coronado. Sin embargo, Ricardo de Cornualles murió y se
eligió a Rodolfo de Habsburgo, un noble mediano. Alfonso X de Castilla renunció finalmente a
sus derechos al trono imperial en 1284, dejando el camino libre a Rodolfo, quien buscó
favorecer su patrimonio familiar para asegurar su dinastía.

Durante estos reinados siempre se siguió buscando la expansión hacia el este del Vístula,
conquistando emplazamientos polacos, prusos, estonios, letonios… Un hecho de gran
importancia fue que en este período tan inestable el norte de Italia se separó definitivamente
del Sacro Imperio Romano Germánico, siendo a partir de entonces los emperadores alemanes
nombrados de iure reyes de Italia, pero no de facto. En Italia hubo también luchas entre
Güelfos y Gibelinos, pero con una ideología política diferente a la alemana, siendo luchas entre
familias italianas.

Aspirantes al trono imperial[editar]


Conrado IV (1237–1254), rey de Alemania y de los Romanos.
Enrique Raspe (1246-1247), electo rey de romanos por la facción güelfa.
Guillermo de Holanda (1247-1256) rey de romanos en 1247, coronado emperador por el
partido güelfo en 1248 tras la excomunión de Federico II Hohenstaufen.
Ricardo de Cornualles (1257), emperador electo.
Alfonso X (1257), emperador electo.

Rodolfo I da Germânia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rodolfo I da Germânia
250px
Cenotáfio de Rodolfo na catedral de Speyer
Rei da Germânia
(formalmente Rei dos Romanos)
Reino 29 de setembro de 1273 - 15 de julho de 1291
Coroação 24 de outubro de 1273, na Catedral de Aachen
Predecessor (Ricardo da Cornualha)
Interregno
Sucessor Adolfo I de Nassau
Duque de Áustria e Estíria
Reinado 26 de agosto de 1278 - 1° de fevereiro de 1286
Predecessor Otacar II
Sucessor Meinardo II de Caríntia
Cônjuge Gertrudes de Hemburgo
Isabel da Borgonha, Rainha de Germânia
Nome completo
Rudolf von Habsburg
Casa Real Casa de Habsburgo
Pai Alberto IV de Habsburgo
Mãe Edviges de Ciburgo
Nascimento 1 de maio de 1218 (798 anos)
Morte 15 de julho de 1291 (73 anos)
Enterro Catedral de Speyer

Lápide do túmulo de Rodolfo I em Speyer.

Representação de Rodolfo I da Germânia.

Rodolfo I da Germânia, vitral em Olomouc


Rodolfo I da Germânia ou Rodolfo IV de Habsburgo (Sasbach am Kaiserstuhl, 1° de maio de
1218 - Speyer, 15 de julho de 1291) foi o primeiro Habsburgo a ocupar um trono real.
Foi eleito Rei dos Romanos, em 1273, e sua eleição pôs fim ao Grande Interregno, período de
vacância do trono do Sacro Império (1245-1273), após a luta vitoriosa do Papado contra a
dinastia dos Hohenstaufen, que resultou na deposição do imperador Frederico II pelo papa
Inocêncio IV, em 1245.
Em sua época a ideia de monarquia imperial estava enfraquecida, de modo que Rodolfo
abandonou a suas pretensões de exercer a monarquia universal, bem como de controlar a
Itália. Assim, apesar de apoiado pelo papado, em virtude da instável política italiana, não
chegou a ser coroado imperador.
Rodolfo I era o primogênito de Alberto IV de Habsburgo, falecido por volta de 1240.
Rodolfo I de Habsburgo
Para otros usos de este término, véase Rodolfo de Habsburgo.

La tumba de Rodolfo I en Espira.


Rodolfo I de Habsburgo (Limburgo en Brisgovia, 1 de mayo de 1218 – Espira, 15 de julio de
1291) fue conde de Habsburgo y rey de Romanos.

Índice [ocultar]
1 Primeros años de vida
2 Ascenso al poder
3 Rey de Alemania
4 Muerte
5 Familia y descendencia
6 Bibliografía
7 Referencias
8 Enlaces externos
Primeros años de vida[editar]
Rodolfo nació en el Castillo de Limburgo cerca de Sasbach am Kaiserstuhl en la región de
Brisgovia. Hijo del conde Alberto IV de Habsburgo y de Eduviges, hija del conde Ulrico de
Kyburg. A la muerte de su padre en 1239, heredó grandes propiedades alrededor de la casa
solariega del Castillo de Habsburgo en la región de Argovia, en la actual Suiza, así como en
Alsacia. En 1245, Rodolfo se casó con Gertrudis de Hohenberg, hija del conde Burkhard III de
Hohenberg, convirtiéndose así en un importante vasallo en Suabia.

Rodolfo hizo visitas frecuentes a la corte de su padrino, el emperador Federico II


Hohenstaufen, y su lealtad a Federico y su hijo, el rey Conrado IV, fue recompensada con
creces por concesiones de tierras. En 1254, fue excomulgado por el papa Inocencio IV por ser
partidario del rey Conrado, debido a los conflictos políticos en curso entre el Emperador, quien
había ocupado el Reino de Sicilia y quería restablecer su poder en el Imperial Reino de Italia,
sobre todo en la región de Lombardía, y el Papado, cuyos Estados estaban en el medio y temía
ser dominado por el emperador.

Ascenso al poder[editar]
El conflicto en Alemania durante el Gran Interregno, tras la caída de la dinastía de los
Hohenstaufen, proporcionó una oportunidad al conde Rodolfo para aumentar sus posesiones.
Su esposa era una heredera Hohenberg, y al morir su tío materno sin hijos, el conde Hartmann
IV de Kyburg en 1264, también se apoderó de sus valiosas propiedades. Varios
enfrentamientos llevados a cabo con éxito contra los obispos de Estrasburgo y Basilea
aumentaron aún más su riqueza y reputación, incluyendo los derechos a través de varias zonas
de la tierra que él adquirió a abades y otros.

Estas diversas fuentes de riqueza e influencia hicieron que Rodolfo fuera el más poderoso de
los príncipes y nobles en el suroeste de Alemania (donde el ducado de Suabia tribal se había
desintegrado, dejando espacio para que sus vasallos llegaran a ser muy independientes)
cuando, en el otoño de 1273, los príncipes-electores se reunieron para elegir un rey después
de que Ricardo de Cornualles hubiera muerto en Inglaterra en abril de 1272. La elección de
Rodolfo en Fráncfort el 1 de octubre de 1273, cuando tenía 55 años, se debió en gran parte a
los esfuerzos de su cuñado, el burgrave Hohenzollern Federico III de Núremberg. El apoyo que
recibió del duque Alberto II de Sajonia y del elector Palatino Luis II se debía al compromiso de
matrimonio con dos de las hijas de Rodolfo.

Como resultado, el rey Otakar II de Bohemia (1230-1278) como candidato al trono y


emparentado con el difunto rey Hohenstaufen Felipe de Suabia (por ser el hijo de la hija
sobreviviente mayor), era casi el único en oponerse a Rodolfo dentro del colegio electoral.
Otros candidatos fueron el príncipe Sigfrido I de Anhalt y el margrave Federico I de Meissen
(1257-1323), un joven nieto del excomulgado emperador Federico II, que, sin embargo, no era
todavía ni siquiera titular de un principado porque su padre aún vivía. Al ser admitido el duque
Enrique XIII de Baja Baviera en lugar del rey de Bohemia como séptimo elector, Rodolfo ganó
los siete votos.

Rey de Alemania[editar]
Rodolfo fue coronado Rey de Romanos en la Catedral de Aquisgrán el 24 de octubre de 1273.
Para ganar la aprobación del Papa, Rodolfo renunció a todos los derechos imperiales en Roma,
el territorio papal, y Sicilia, y se comprometió a liderar una nueva cruzada. El papa Gregorio X,
a pesar de las protestas de Otakar II de Bohemia, no sólo reconoció a Rodolfo, sino que
convenció al rey Alfonso X de Castilla (otro nieto de Felipe de Suabia), que había sido elegido
como rival del rey alemán en 1257 para suceder al conde Guillermo II de Holanda, a hacer lo
mismo. Por lo tanto, Rodolfo superó a los dos herederos de la dinastía de los Hohenstaufen a
los que antes había servido tan lealmente.

En noviembre de 1274 se decidió por la Dieta Imperial en Núremberg que todos los Estados de
la corona incautados desde la muerte del emperador Federico II debían ser restaurados, y que
el rey Otakar II debía responder a la Dieta por no reconocer al nuevo rey. Otakar se negó a
comparecer o a devolver los ducados de Austria, Carintia, Estiria, con la Marca de Carniola, que
había reclamado a través de su primera esposa, una heredera Babenberg, y de la que él se
había apoderado mientras ellos disputaban con otro heredero Babenberg, el margrave
Herman VI de Baden. Rodolfo refutó la sucesión de Otakar al patrimonio Babenberg,
declarando que las provincias revirtieran a la Corona Imperial debido a la falta de herederos de
la línea masculina (una posición que, sin embargo, entraba en conflicto con las disposiciones
del Privilegium Minus de Austria). Otakar fue puesto bajo la proscripción imperial, y en junio
de 1276 se le declaró la guerra.

Habiendo persuadido al antiguo aliado de Otakar, el duque Enrique XIII de la Baja Baviera de
cambiar de bando, Rodolfo obligó al rey de Bohemia a ceder las cuatro provincias para el
control de la administración real en noviembre de 1276. Rodolfo entonces reinvistió a Otakar
con el Reino de Bohemia, prometiendo a una de sus hijas con el hijo de Otakar, Wenceslao II, e
hizo una entrada triunfal en Viena. Otakar, sin embargo, planteó cuestiones acerca de la
ejecución del tratado, hizo una alianza con algunos jefes Piastas de Polonia y se procuró el
apoyo de varios príncipes alemanes, incluyendo de nuevo a Enrique XIII de la Baja Baviera.
Para hacer frente a esta coalición, Rodolfo formó una alianza con el rey Ladislao IV de Hungría
y dio privilegios adicionales a los ciudadanos de Viena. El 26 de agosto de 1278, los ejércitos
rivales se encontraron en la Batalla de Marchfeld. Rodolfo reunió cerca de 20.000 soldados
que, sumados a los 18.000 aportados por Ladislao, consiguieron vencer a las tropas checas y
germánicas de Otakar, que murió en la batalla. La Marca de Moravia fue sometida y su
gobierno se encomendó a los representantes de Rodolfo, dejando a la viuda de Otakar,
Cunigunda de Eslavonia, la única provincia que rodea Praga, mientras que el joven Wenceslao
II fue nuevamente prometido a Judith, la hija menor de Rodolfo.

Rodolfo volvió a interesarse por las posesiones en Austria y las provincias adyacentes, que
pasaron al dominio real. Pasó varios años implantando su autoridad allí, pero encontró algunas
dificultades en el establecimiento de su familia como sucesores del imperio de esas provincias.
Por fin se superó la hostilidad de los príncipes. En diciembre de 1282, Rodolfo invistió en
Augsburgo a sus hijos, Alberto y Rodolfo II, con los ducados de Austria y Estiria y sentó las
bases del poder territorial de los Habsburgo en la Europa central. Además, hizo los doce años
de Rodolfo como duque de Suabia, una dignidad más que titular, como el ducado había estado
sin un gobernante real, tras la ejecución de Conradino de Hohenstaufen. El duque Alberto de
27 años de edad (casado desde 1274 con una hija del conde Meinhard II de Gorizia-Tirol (1238-
95) fue lo suficientemente capaz de mantener cierta influencia en el nuevo patrimonio.

En 1286 el rey Rodolfo invistió completamente en el ducado de Carintia, una de las provincias
conquistadas a Otakar, al suegro de Alberto, el conde Meinhard. Los Príncipes del Imperio no
permitieron a Rodolfo dar todo lo que se había recuperado de los dominios reales a sus
propios hijos, y sus aliados también necesitaban sus recompensas. Volviendo hacia el oeste, en
1281 obligó al conde Felipe I de Saboya a ceder parte de su territorio. A continuación, obligó a
los ciudadanos de Berna a pagar el tributo que habían estado negando, y en 1289 marchó
contra el sucesor del conde Felipe, Otón IV de Borgoña, obligándolo a rendir homenaje.

En 1281 murió su primera esposa. El 5 de febrero de 1284, se casó con Isabel de Borgoña, hija
del duque Hugo IV de Borgoña, vecino occidental del Imperio en el Reino de Francia.

Rodolfo no tuvo mucho éxito en el restablecimiento de la paz interna. Las órdenes fueron
efectivamente emitidas para el establecimiento de la paz en Baviera, Franconia y Suabia, y
después por todo el Imperio. Pero el rey no tenía el poder, los recursos o la determinación
para exigir su cumplimiento.

En 1291, trató de asegurar la elección de su hijo Alberto como rey alemán. Sin embargo, los
electores se negaron alegando incapacidad para soportar dos reyes, pero en realidad, tal vez,
recelosos del creciente poder de la Casa de Habsburgo. Tras la muerte de Rodolfo eligieron al
conde Adolfo de Nassau.
Muerte[editar]
Rodolfo murió en Espira el 15 de julio de 1291 y fue enterrado en la catedral de esta ciudad.
Aunque tuvo una numerosa familia, sólo le sobrevivió un hijo, Alberto, más tarde rey de
Alemania como Alberto I de Habsburgo. La mayoría de sus hijas también le sobrevivió, excepto
Catalina, que murió en 1282, y Hedwig, en 1285.

El reinado de Rodolfo es recordado, sobre todo, por el establecimiento de la Casa de


Habsburgo como una poderosa dinastía en la parte sudeste del reino. En los demás territorios,
continuaron los largos siglos de declive de la autoridad imperial, desde los días de la Guerra de
las Investiduras, y los príncipes se ocuparon principalmente de sus propios intereses.

En la Divina Comedia, Dante encuentra a Rodolfo sentado fuera de las puertas del Purgatorio
con sus contemporáneos, y le regaña por <<haber descuidado lo que debería haber hecho>>.

Familia y descendencia[editar]
Rodolfo se casó dos veces. Primero en 1245 con Gertrudis de Hohenberg y luego con Isabel de
Borgoña, hija de Hugo IV. Todos los hijos lo fueron de su primer matrimonio.

Matilde de Habsburgo (Rheinfelden, ca. 1251/53 – Munich, 23 diciembre de 1304), casada en


1273 en Aquisgrán con Luis II, duque de Baviera y madre de Rodolfo I, duque de Baviera y de
Luis IV de Baviera, Emperador del Sacro Imperio.
Alberto I de Habsburgo (julio de 1255 – 1 de mayo de 1308), Duque de Austria y de Estiria.
Catalina de Habsburgo (1256 – Landshut, 4 de abril de 1282), casada en 1279 en Viena con
Otón III Duque de Baviera, más tarde Bela V de Hungría. No tuvo descendencia.
Inés de Habsburgo (ca. 1257 – Wittenberg, 11 de octubre de 1322), casada en 1273 con
Alberto II de Sajonia y madre de Rodolfo I, duque de Sajonia-Wittenberg.
Eduvigis de Habsburgo (d. 1285/86), casada en 1270 en Viena con Otón VI, margrave de
Brandeburgo-Salzwedel, no tuvo descendencia.
Clemencia de Habsburgo (ca. 1262 – después del 7 febrero de 1293), casada en 1281 en Viena
con Carlos Martel de Anjou-Sicilia, el candidato papal al trono de Hungría, y madre del rey
Carlos I de Hungría y de la reina Clemencia de Francia.
Hartmann (Rheinfelden, 1263 – 21 de diciembre de 1281), ahogado en Rheinau.
Rodolfo II, duque de Austria y Estiria (1270 – Praga, 10 de mayo de 1290), duque de Suabia,
padre de Juan el Parricida de Austria.
Judit de Habsburgo (13 de marzo de 1271 – Praga, 18 de junio de 1297), casada el 24 de enero
de 1285 con el rey Wenceslao II y madre del rey Wenceslao III de Bohemia, Polonia y Hungría,
de la reina Ana de Bohemia (1290–1313) y de la reina Isabel I de Bohemia (1292–1330),
condesa de Luxemburgo.
Carlos (1276–1276).
Adolfo I de Nassau
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Adolfo de Nassau
Adolfo de Nassau (c. 1248 ou c. 1255 - 1298) foi rei dos Romanos e rei da Germânia.
Era um dos quatro filhos de Adelaide de Katzenelnbogen e Walram II de Nassau, conde de
Nassau-Wiesbaden, de Nassau-Weilburgo e Nassau-Idstein, em 1276, uma das mais antigas e
prestigiadas famílias da Europa. Perto de 1271 casou com Imagina de Limburgo, filha de
Gerlier ou Gerlach I, Conde de Isemburgo.
Tornou-se Rei dos romanos de 6 de janeiro de 1292 a agosto de 1298 por influência de
Venceslau II da Boêmia. Representava a reação do particularismo alemão à ambição dos
Habsburgos. Sua política foi oposta à de seu antecessor Rodolfo I da Germânia ou de
Habsburgo, trazendo ao Império maior atenção sobre o Ocidente.
Aliado de Eduardo I da Inglaterra contra Filipe IV de França, o Belo que invadira o Franche-
Comté e o Brabante. Em 1294 Alberto (1240-1314), o desnaturado, conde da Turíngia e
marquês da Mísnia, vendeu-lhe suas terras, o que provocaria uma longa guerra de reconquista
efetuada por seus filhos. Morreu em 1298, na Batalha de Göllheim contra seu rival Alberto de
Habsburgo.
Descendência[editar | editar código-fonte]
Gerlach ou Gerlier I (1288-1361), co-Conde de Nassau-Wiesbaden 1298-1324, Conde de
Nassau-Wiesbaden 1324, Conde de Nassau-Weilburgo 1298-1355, co-Conde de Nassau-
Weilburgo 1355 e Conde de Nassau-Idstein 1298.
Adolfo I (1307-1370), conde de Nassau-Wiesbaden, Conde de Nassau-Idstein em 1355, depois
da 2a partilha, 1361. É o tronco do Ramo Nassau-Idstein-Wiesbaden.
João I (1309-1371), Conde de Nassau-Weilburg em 1355 e tronco do Ramo Nassau-Weilburg-
Sarrebruck. Conde principesco em 1366.
Alberto I da Germânia
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Alberto I
Rei dos romanos

Governo
Reinado 24 de junho de 1298 –
1 de maio de 1308
Título(s) Duque da Áustria
Vida
Nascimento julho de 1255
Morte 1 de maio de 1308 (52 anos)
Sepultamento Catedral de Speyer
Alberto I (julho de 1255 — 1 de maio de 1308) foi rei dos romanos e duque da Áustria, o filho
mais velho de Rodolfo I, conde de Habsburgo, e depois imperador do Sacro Império Romano, e
de Gertrudes de Hohenberg.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Em dezembro de 1282, Alberto foi investido com os com os ducados da Áustria, da Estíria, da
Carniola, e da Marca Vindica, os quais ele governaria junto com seu irmão Rodolfo II, até que
este ser obrigado a abdicar pelo Tratado de Rheinfelden, de 1 de junho de 1283. Impopular na
Áustria, reprimiu a revolta do inverno de 1287-1288 em Viena e a revolta de fevereiro de 1292
na Estíria.
Ao morrer Rodolfo I, em 1291, Alberto foi forçado a aceitar a eleição de Adolfo I de Nassau
como rei dos romanos, mas, com a deposição deste, em 24 de junho de 1298, foi eleito seu
sucessor. Adolfo se recusou a aceitar sua deposição e foi morto por Alberto na Batalha de
Göllheim, em 2 de julho de 1298.
Ele foi eleito rei dos romanos em Frankfurt, em 27 de julho, e foi coroado em Aix, em 24 de
agosto. O papa Bonifácio VIII se negou a reconhecê-lo até 1303, quando Alberto admitiu o
direito do papa de conceder a coroa imperial e prometeu que nenhum de seus filhos seria
eleito rei sem o consentimento papal.
Alberto reverteu a política anti-francesa de seu antecessor, consolidando uma aliança com a
França ao prometer seu filho Rodolfo à irmã de Filipe IV.
Em 1306, ele assegurou a coroa da Boêmia para seu filho Rodolfo, mas tentou em vão impor
seus direitos na Turíngia, em 1307.
Sua ação em abolir todos os pedágios no Reno desde 1250 levou à formação de uma liga
contra ele liderada pelos arcebispos renanos e pelo conde palatino do Reno; todavia, auxiliado
pelas cidades, ele logo esmagou o levante.
Apesar de severo, tinha um aguçado senso de justiça quando seus interesses não estavam
envolvidos, e poucos dos reis da Germânia possuíram uma inteligência tão prática. Ele
estimulava as cidades e, não satisfeito em emitir proclamações contra a guerra privada,
formou alianças com príncipes para reforçar seus decretos. Os servos, cujos erros raramente
atraíam atenção numa época indiferente aos clamores da humanidade comum, encontraram
um aliado neste monarca severo, assim como os judeus.
Ele estava a caminho de suprimir uma revolta na Suábia quando foi assassinado, próximo a
Brugg, por seu sobrinho João, que se sentia defraudado de sua herança pelo tio. Seu corpo foi
sepultado no Convento Cisterciano de Wettingen, e, em 1309, foi transferido para a Catedral
de Speyer.
No local onde morreu, sua esposa e sua filha Inês ergueram o mosteiro de Königsfelden.
Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]
Em 1274, Alberto casou com Isabel de Gorizia-Tirol, filha de Mainardo IV, conde de Gorizia e
do Tirol, e de Isabel da Baviera, com quem teve doze filhos:
Ana (c. 1280 - 19 de março de 1327), casada primeiro com Hermano II de Brandemburgo, em
outubro de 1295, e segundo com Henrique VI, duque de Wroclaw, em 1310
Inês (18 de maio de 1281 - 10 de junho de 1364), casada com André III da Hungria, em 13 de
fevereiro de 1296
Rodolfo (1282 - 4 de julho de 1307), duque da Áustria e da Estíria e rei da Boêmia
Isabel (m. 13 de maio de 1353), casada com Frederico, futuro duque da Lorena, em 6 de agosto
de 1306
Frederico (1289 - 13 de janeiro de 1330), sucedeu ao irmão como duque da Áustria e da Estíria
e posteriormente eleito rei dos romanos
Leopoldo (4 de agosto de 1290 - 28 de fevereiro de 1326), duque da Áustria e da Estíria junto
com Frederico
Catarina (outubro de 1295 - 18 de janeiro de 1323), casada com Carlos da Sicília, duque de
Calábria, em 1316
Alberto (12 de dezembro de 1298 - 20 de julho de 1358), posteriormente, duque da Áustria, da
Estíria, da Caríntia, de Carniola e do Tirol Meridional
Henrique (1299 - 3 de fevereiro de 1327), casado, em outubro de 1314, com Isabel de
Virneburgo, filha de Ruperto II, conde de Virneburgo
Mainardo (*1300), que morreu jovem
Otão (23 de julho de 1301 - 26 de fevereiro de 1339), duque da Áustria, da Estíria, da Caríntia,
de Carniola e do Tirol Meridional junto com Alberto
Judite (m. 5 de março de 1329), com Luís VI, conde Oettingen, em 26 de abril de 1319
Henrique VII (imperador do Sacro Império Romano-Germânico)
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Henrique VII
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Heinrich VII.jpg
Henrique VII
Governo
Casa Real Casa de Luxemburgo
Vida
Nascimento 1275 (741 anos)
Valenciennes
Morte 24 de agosto de 1313 (38 anos)
Buonconvento
Sepultamento Campo dei Miracoli
Filho(s) João, o Cego
Maria do Luxemburgo
Beatriz de Luxemburgo
Pai Henrique VI do Luxemburgo
Mãe Beatriz d'Avesnes
Henrique VII (c. 1275 – 24 de agosto de 1313) foi Rei da Germânia (ou Rex Romanorum) a
partir de 1308 e Sacro Imperador Romano-Germânico a partir de 1312. Ele foi o primeiro
imperador da Casa de Luxemburgo. Durante seu breve mandato ele revigorou a causa imperial
na Itálica e inspirou elogios de Dino Compagni e Dante Alighieri.
Ele era filho do Conde Henrique VI do Luxemburgo e Beatriz de Avesnes. Seu filho, João de
Luxemburgo, foi eleito rei Boêmia em 1310. Em 15 de agosto de 1309, Henrique VII anunciou
sua intenção de viajar a Roma e esperava que suas tropas estivessem prontas em 1º de
outubro de 1310. Ele então viajou para Roma para ser coroado imperador, título vago desde a
morte de Frederico II. Sua coroação foi em 29 de junho de 1312.

Territórios comandados diretamente por Henrique VII


Como imperador ele planejou restaurar a glória do Sacro Império Romano-Germânico, e assim
restaurou o poder imperial em parte do norte da Itália, lutando contra a comuna anti-imperial
de Florença. Entretanto ele disputou com os Guelfos e Guibelinos, especialmente nas cidades
livres da Toscana, e o rei Roberto de Nápoles e o Papa Clemente V estavam ambos
preocupados sobre as políticas do império. Henrique quis punir Roberto de Nápoles por usa
ações desleais (Roberto era tecnicamente vassalo de Henrique), mas ele morreu em 24 de
agosto de 1313, próximo a Siena.
Henrique o famoso alto Arrigo no Paraíso de Dante Alighieri, no qual o poeta descreve o trono
de honra que espera por Henrique no paraíso. Dante também faz alusão a ele várias vezes no
Purgatório como o salvador que iria trazer o governo imperial de volta à Itália, e acabar o
controle temporal da Igreja Católica sediada em Avinhão. O sucesso de Henrique VII na Itália
não durou muito, e depois de sua morte as forças anti-imperiais reganharam o controle.
Depois da morte de Henrique VII, dois rivais, o imperador Luís IV de Baviera da Wittelsbach e
Frederico o Charmoso da Casa de Habsburgo, disputaram a coroa. A disputa culminou na
Batalha de Mühldorf em 28 de setembro de 1322, no qual Frederico perdeu.
Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]
Henrique casou-se, em Tervuren, a 9 de julho de 1292, com Margarida de Brabante, filha de
João I de Brabante, e teve a seguinte descendência:
João I da Boémia (10 de agosto de 1296 – 26 de agosto de 1346),
Maria do Luxemburgo (1304 – 26 de março de 1324, Issoudun-en-Berry), casou-se em Paris a
21 de setembro de 1322 com o rei Carlos IV de França.
Beatriz de Luxemburgo (1305–11 de novembro de 1319), casou-se em 1318 com o rei Carlos I
da Hungria.
Luís IV de Baviera
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Luís IV
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Ludwig der Bayer.jpg
Governo
Casa Real casa de Wittelsbach
Vida
Nascimento abril de 1282
Munique
Morte 11 de outubro de 1347 (65 anos)
Perto de Fürstenfeldbruck
Sepultamento Catedral de Nossa Senhora Bendita
Pai Luís II da Baviera
Mãe Matilda de Habsburgo

Margarida II de Hainaut, segunda esposa de Luís IV.


Luís IV de Baviera (em alemão:Ludwig; abril de 1282 — 11 de outubro de 1347), da casa de
Wittelsbach, foi rei da Germânia a partir de 1314, foi imperador do Sacro Império Romano-
Germânico desde 1328 até à sua morte, e foi ainda rei da Itália desde 1327 até à sua morte.
Luís IV foi também Duque da Alta Baviera a partir de 1294. Em 1301, começou a governar
conjuntamente com o seu irmão mais velho Rodolfo I da Baviera. Luís foi, até 1323, também
marquês de Brandemburgo e Eleitor do Palatinado até 1329, tornou-se também Duque da
Baixa Baviera em 1340 e Conde Hainaut, Holanda, Zelândia e Frísia em 1345.
Luís casou, em primeiro lugar com Beatriz da Silésia. A sua descendência foi:
Matilde (21 de junho de 1313 – 2 de julho de 1346, Meissen), casou em Nuremberga, a 1 de
julho de 1329, com Frederico II de Meissen (m. 1349)
uma criança(n. setembro de 1314)
Ana (1316 – 29 de janeiro 1319, Kastl)
Luís V da Baviera (1316–1361), duque da Alta Baviera, marquês de Brandemburgo, conde
doTirol.
Agnes (n.1318)
Estêvão II da Baviera (1319–1375), duque da Baixa Baviera.
Em 1324, ele casou com Margarida, Condessa de Hainaut e Holanda. A sua descendência foi a
seguinte:
Margarida (1325–1374), casou-se com:
em 1351, em Buda com Estêvão da Eslovénia (m. 1354);
em 1357/58 com Gerlach von Hohenlohe.
Ana (1326 – 3 de Junho de 1361, Fontenelles) casou com João I da Baviera (m. 1340)
Luís VI da Baviera (1328–1365), duque da Alta Baviera, eleitor de Brandemburgo
Isabel (1329 – 2 de agosto de 1402, Estugarda), casou com:
Cangrande II della Scala, Lorde de Verona (m. 1359) em Verona a 22 de novembro de 1350;
Conde Ulrich de Württemberg (morre em 1388 na Batalha de Döffingen) in 1362.
Guilherme V da Holanda (1330–1389), também Guilherme I como Duque da Baixa Baviera e
como Guilherme III como Conde de Hainaut.
Alberto I da Holanda (1336–1404), Duque da Baixa Baviera, Conde de Hainaut e da Holanda.
Otão V da Baviera (1346–1379), duque da Alta Baviera, eleitor de Brandemburgo
Beatriz da Baviera (1344 – 25 de dezembro de 1359), casou a 25 de outubro de 1356 com Érico
XII da Suécia
Agnes (Munique, 1345 – 11 de novembro de 1352, Munique)
Luís (outubro de 1347–1348)
Carlos IV do Luxemburgo
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Carlos IV
Sacro Imperador Romano-Germânico
Die deutschen Kaiser Karl IV.jpg
Carlos IV
Governo
Casa Real Luxemburgo
Título(s) Rei da Boêmia, Conde do Luxemburgo, Rei da Itália, Rei da Burgundia
Vida
Nascimento 14 de maio de 1316
Praga
Morte 29 de novembro de 1378 (62 anos)
Praga
Cônjuge(s)
Branca de Valois
Ana da Baviera
Ana de Swidnica
Isabel da Pomerânia
Pai João I da Boêmia
Mãe Isabel da Boêmia
Carlos IV do Luxemburgo (Praga, 1316 - 1378) foi o filho mais velho e herdeiro de João I do
Luxemburgo e neto do imperador Henrique VII. Com a morte do seu pai em 1346 na Batalha
de Crécy, Carlos herdou o Condado do Luxemburgo e o Reino da Itália e tornou-se rei da
Boémia (2 de setembro de 1347). No mesmo ano, tornou-se rei dos romanos com o apoio do
papa Clemente VI. Em 1355, torna-se imperador em Roma. No ano de 1356, através da Bula
Dourada, fixou a constituição do Sacro Império Romano-Germânico. Criou a Universidade de
Praga, a primeira da Europa Central.
Vida[editar | editar código-fonte]
Nascido em Praga como Wenceslaus (Václav), mais tarde escolheu o nome de Carlos após uma
ida à França, na corte de seu tio, Carlos IV da França, onde permaneceu sete anos.
Carlos recebeu uma educação francesa e tornou-se fluente em cinco línguas: Latim, Checo,
Alemão, Francês e Italiano. Em 1331 ganhou alguma experiência de guerra com seu pai na
Itália. A partir de 1333, administrou as terras da coroa da Boêmia devido à frequente ausência
de seu pai e mais tarde pela sua visão em deterioração. Em 1334, foi nomeado marquês da
Morávia, um título tradicional para os herdeiros da coroa. Dois anos mais tarde tomou o
governo de Tirol em nome de seu irmão João Henrique, e em breve tornou-se ativo na luta
pela posse do condado.
Wenceslao de Luxemburgo
Wenceslao de Luxemburgo
Rey de Romanos y Rey de Bohemia
VaclavIV.jpg
Wenceslao IV en la Biblia de Wenceslao, siglo XIV
Rey de Romanos
1376 - 1400
Predecesor Carlos IV
Sucesor Roberto del Palatinado
Rey de Bohemia
1363 - 1419
Predecesor Carlos I
Sucesor Segismundo
Información personal
Nacimiento 26 de febrero de 1361
Fallecimiento 16 de agosto de 1419
Familia
Dinastía Casa de Luxemburgo
Padre Carlos IV de Luxemburgo
Madre Isabel de Pomerania
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Wenceslao (en alemán, Wenzel, y en checo, Václav) (26 de febrero de 1361 – 16 de agosto de
1419) fue coronado rey de Bohemia en 1363 (Wenceslao IV) y en 1376 fue elegido Rey de
Romanos (Rey de Germania). También fue elector de Brandeburgo (1373-1378) y duque de
Luxemburgo (1383-1388) (Wenceslao II), pero no llegó a ser coronado emperador del Sacro
Imperio Romano Germánico. Fue hijo y sucesor de Carlos IV y pertenecía a la Casa de
Luxemburgo.

Biografía[editar]
Wenceslao era hijo del emperador germánico Carlos IV de Luxemburgo y su tercera esposa
Ana de Swidnica. Wenceslao casó en primeras nupcias con Juana de Baviera, el 29 de
septiembre de 1370, y tras su muerte, en segundas nupcias con Sofía de Baviera el 2 de mayo
de 1389. No obtante, no tuvo descendencia.

Hasta 1389 convocó frecuentes Dietas imperiales, pero a pesar de todo no pudo impedir las
continuas guerras entre las ligas de ciudades y los príncipes, que condujeron al Imperio a la
anarquía. El 2 de agosto de 1389, en la dieta en Eger (actual Cheb), se acordó una paz general.

A partir de 1389 abandonó Alemania y se retiró a Praga, por lo que los príncipes del Imperio
solicitaron el nombramiento de un Reichsverweser (vicario imperial) para Alemania, una
petición que fue rechazada por Wenceslao. Esto propició que empezara a fraguarse la idea en
los príncipes alemanes de deponer al rey. En 1395, el ascenso de Gian Galeazzo Visconti,
vicario imperial en Milán, al estatus de duque fue considerado como un desmembramiento del
Imperio e hizo posible que los electores actuaran como los defensores del la integridad del
Reich contra el rey derrochador.

En 1396 regresó a Alemania para atender las quejas de los príncipes, y pronto nombró regente
a su hermano Segismundo de Hungría antes de partir a Francia para intentar resolver el cisma
papal. Sin embargo, esto no impidió que los electores proclamaran en septiembre de 1399 su
intención de deponerle. Ahora el problema radicaba en encontrar un sucesor.

Escudo de armas de Wenceslao.


El 4 de junio de 1400, los cuatro electores renanos invitaron a Wenceslao a Oberlahnstein para
considerar medidas para la reforma del Imperio y amenazarle con liberarse de su juramento de
lealtad si él no aparecía. Como los esfuerzos del Rey para reunir apoyo a su causa eran
infructuosos, decidió permanecer en Bohemia. Por tanto, el Arzobispo de Maguncia hizo
público, el 20 de agosto, en nombre de los cuatro electores, la deposición de Wenceslao por
ser un rey incompetente e inútil, y liberó a los súbditos de su lealtad hacia él. Al día siguiente
los arzobispos eligieron a Roberto del Palatinado como Rey de Romanos.

El reinado de Wenceslao en Bohemia se caracterizó por conflictos reiterados con la nobleza


bohemia dirigida por su primo Jobst, el margrave de Moravia. Esto le condujo a estar varias
veces preso (en 1394 y en 1402) y a entregar el gobierno a un Consejo Real compuesto por
nobles, lo cual le indujo a permanecer inactivo y a buscar consuelo en la bebida. Aunque
inicialmente apoyó a Jan Hus y a sus seguidores, tras la condena de la Iglesia de sus doctrinas,
el rey no hizo nada para impedir su ejecución en la hoguera por hereje el 6 de julio de 1415.

Wenceslao murió de un ataque del corazón durante una caza en los bosques próximos a su
castillo Nový Hrádek cerca de Kunratice (actualmente un distrito de Praga), dejando el país en
una profunda crisis política.
Roberto del Sacro Imperio Romano Germánico
Roberto con su esposa Isabel de Nuremberg.

Roberto y su esposa Isabel de Nuremberg, detalle de su tumba en la iglesia del Espíritu Santo,
Heidelberg.

Escudo imperial de Roberto del Palatinado.


Roberto III pertenecía a la Familia Wittelsbach (Amberg, 5 de mayo de 1352 - Castillo
Landskron en Oppenheim, 18 de mayo de 1410) y sucedió a su padre Roberto II como Roberto
III, Conde Palatino del Rin (Palatinado) desde 1398 y fue desde 1400 rey de Romanos.

Índice [ocultar]
1 Biografía
2 Matrimonio e hijos
3 Referencias
4 Bibliografía
Biografía[editar]
Roberto era hijo del Elector Roberto II del Palatinado y su esposa Beatriz de Aragón-Sicilia.
Varias fuentes mencionan Amberg como el lugar de nacimiento del príncipe. El sacerdote
dominico y cronista religioso John Meyer (1422-1482)1 por otra parte, proporciona el
Monasterio Liebenau en Worms. Allí, vivía su abuela viuda Irmengard de Oettingen (esposa de
Adolfo el honesto) como monja y la madre de Roberto, Beatriz de Aragón-Sicilia, a menudo se
quedaba con ella. Aquí en Worms también fue hasta los 7 años educado por su abuela.

En 1374 se casó con Isabel de Núremberg (1358-1411), desde 1385 hasta 1386 emprendió un
Viaje en Prusia.2 Junto con el Arzobispo de Maguncia, Juan II de Nassau, Roberto se puso a la
cabeza de los cuatro príncipes-electores que se reunió en la Fortaleza de Lahneck en
Oberlahnstein el 20 de agosto 1400 y declararon depuesto al rey Wenceslao de Luxemburgo.
Al día siguiente, los mismos cuatro electores se reunieron en Rhens a votar por Roberto como
el próximo rey de Alemania, por lo tanto la mayoría del colegio incluyendo el propio voto del
Elector Palatino. La ciudad de Fráncfort del Meno había sido cancelada para ser el lugar de
elección debido al rechazo a su candidatura. La elección fue seguida de la coronación de
Roberto en Colonia por el arzobispo Federico III de Saarwerden el 6 de enero de 1401.

Al carecer de una sólida base de poder en el Imperio, su gobierno permaneció impugnada por
la poderosa Casa de Luxemburgo, aunque el propio Wenceslao no tomó ninguna acción para
recuperar su título. Después que Roberto había ganado cierto reconocimiento en el sur de
Alemania, hizo una expedición al reino de Italia, donde esperaba recibir la corona imperial y
aplastar el imperio de Gian Galeazzo Visconti en el próspero Ducado de Milán. En el otoño de
1401 cruzó los Alpes, pero sus tropas, controladas antes de Brescia, se dispersaron y en 1402
Roberto, demasiado pobre para continuar la campaña, tuvo que regresar a Alemania.

La noticia de este fracaso aumenta el desorden en Alemania, pero el rey se encontró con un
cierto éxito en sus esfuerzos por restaurar la paz. Se ganó el apoyo de Inglaterra, por el
matrimonio de su hijo Luis con Blanca, la hija del rey Enrique IV en 1401 y en octubre de 1403
fue reconocido por el Papa Bonifacio IX. Sin embargo, fue sólo la indolencia de Wenceslao que
impedía su derrocamiento, y después de los intentos de ampliar su alodio habían causado
conflictos con varios estados dirigido por el arzobispo de Maguncia en 1406, Roberto se vio
obligado a hacer ciertas concesiones. La pelea se complicó por el cisma papal, pero el rey
estaba empezando a hacer algunos avances cuando murió en su castillo de Landskrone cerca
de Oppenheim en 18 de mayo 1410 y fue enterrado en la iglesia del Espíritu Santo en
Heidelberg. Sus logros le valieron el apellido clemens. Le sucedió como conde palatino por su
hijo Luis III.

Matrimonio e hijos[editar]
El contrajo matrimonio en Amberg, el 27 de junio de 1374 con Isabel de Núremberg, hija de
Burgrave Federico V de Hohenzollern y de Isabel de Meissen. Ellos tuvieron los siguientes hijos:

Roberto Pipan (20 de febrero de 1375, Amberg – 25 de enero de 1397, Amberg).


Margarita (1376 – 27 de agosto de 1434, Nancy), casada en 1394 con el duque Carlos II de
Lorena.
Federico (ca. 1377, Amberg – 7 de marzo de 1401, Amberg).
Luis III del Palatinado (23 de enero de 1378 – 30 de diciembre de 1436, Heidelberg).
Inés (1379 – 1401, Heidelberg), casada en Heidelberg shortly before March 1400 con el Duque
Adolfo I de Cleves.
Isabel (27 de octubre de 1381 – 31 de diciembre 1408, Innsbruck), casada en Innsbruck, el 24
de diciembre de 1407 con el Duque Federico IV de Austria.
Condé Palatino Juan de Neumarkt (1383, Neunburg vorm Wald – 13–14 marzo de 1443).
Condé Palatino Esteban de Simmern-Zweibrücken (23 de junio de 1385 – 14 de febrero de
1459, Simmern).
Condé Palatino Otón I de Mosbach (24 de agosto de 1390, Mosbach – 5 de julio de 1461)
Segismundo de Luxemburgo
(Redirigido desde «Segismundo del Sacro Imperio Romano Germánico»)
Segismundo de Luxemburgo
Emperador del Sacro Imperio
Rey de Hungría y Croacia
Rey de Bohemia
Rey de Romanos
Pisanello - Portrait of Emperor Sigismund of Luxembourg - WGA17873.jpg
Emperador del Sacro Imperio Romano Germánico
Heiliges Römisches Reich - Reichssturmfahne vor 1433.svg
1433 - 1437
Predecesor Carlos IV
Sucesor Federico III
Rey de Hungría y Croacia (con María)
Coa Hungary Country History (14th century).svg
1387 - 1437
Predecesor María
Sucesor Alberto de Hungría
[mostrar]Otros títulos
Información personal
Nacimiento 14 de febrero de 1368
Núremberg
Fallecimiento 9 de diciembre de 1437
(69 años)
Znojmo
Entierro Gran Varadino
Familia
Dinastía Casa de Luxemburgo
Padre Carlos IV
Madre Isabel de Pomerania
Consorte María de Hungría
Bárbara de Celje
Descendencia Isabel de Luxemburgo
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Segismundo de Luxemburgo (en húngaro: Luxemburgi Zsigmond, en alemán: Sigismund von
Luxemburg, en croata: Žigmund Luksemburški, en checo: Zikmund Lucemburský) o también
frecuentemente reseñado como Segismundo de Hungría (en húngaro: Zsigmond magyar király;
Núremberg, 15 de febrero de 1368 - Znojmo, 9 de diciembre de 1437) fue elector de
Brandeburgo desde 1378 hasta 1388 y nuevamente desde 1411 hasta 1415, rey de Hungría y
Croacia desde 1387 hasta 1437, de Bohemia desde 1419, y emperador del Sacro Imperio
Romano Germánico desde 1433 hasta 1437; fue el último emperador de la Casa de
Luxemburgo. También fue rey de Italia desde 1431, y rey de Romanos desde 1411. Era hijo del
emperador Carlos IV y su cuarta esposa, Isabel de Pomerania. Dirigió un ejército cruzado
europeo contra los turcos, que habían irrumpido en Serbia y Bulgaria, pero fue derrotado de
manera contundente en Nicópolis en septiembre de 1396, apenas logrando escapar de la
captura. Segismundo fue uno de los impulsores del Concilio de Constanza que puso fin al cisma
papal, pero que al final también condujo a las guerras husitas que dominaron el último período
de la vida de Segismundo.

Durante su reinado fijó el centro de su imperio en la corte húngara de Buda (actual Budapest),
desde donde gobernó en sus últimos años a Bohemia y al Sacro Imperio Romano Germánico.
Fue enterrado en Nagyvárad (ahora llamada Oradea, en Rumania) junto a la tumba del rey San
Ladislao I de Hungría.

Índice [ocultar]
1 Biografía
1.1 Segismundo, margrave de Brandeburgo
1.2 Segismundo, rey de Hungría
1.2.1 Ascenso al trono húngaro
1.3 El rey húngaro contra los turcos invasores
1.4 Segismundo, rey cruzado
1.5 Emperador del Sacro Imperio Romano Germánico
2 Importancia de sus reinados
3 Referencias
4 Bibliografía
5 Enlaces externos
Biografía[editar]
Segismundo, margrave de Brandeburgo[editar]
Era el segundo hijo del emperador Carlos IV y nació en Núremberg. Fue margrave de
Brandeburgo en 1378 a los 10 años de edad, al suceder a su padre, hasta 1388 cuando
renunció a favor de su primo Jobst de Moravia. Después de la muerte de éste, en 1411,
Segismundo volvió a convertirse en margrave de Brandeburgo hasta 1415, cuando obsequió
con el territorio de esta marca a Federico I de Núremberg, dando lugar a que la familia de los
Hohenzollern pasase a ser la más importante de Alemania.

Segismundo, rey de Hungría[editar]


Ascenso al trono húngaro[editar]

Segismundo de Luxemburgo como emperador del Sacro Imperio Romano Germánico.


Para estrechar las ya cercanas relaciones políticas, el rey Luis I de Hungría y el emperador
germánico Carlos IV de Luxemburgo decidieron comprometer a sus dos hijos en matrimonio. El
hijo del emperador, Segismundo de Luxemburgo, fue enviado a los 11 años de edad a la corte
de Luis I en 1379, donde aprendió el idioma húngaro y pronto se sumió al ritmo de vida de la
corte, considerándose a sí mismo húngaro. En 1382, Luis I tomó su decisión final de dejar como
su heredero absoluto de Hungría al joven Segismundo de 14 años de edad y a su futura esposa
María, hija del rey húngaro, dejándolos como correyes. A los pocos meses del fallecimiento de
Luis I, la sucesión de acontecimientos no se desenvolvió como el fallecido rey húngaro o el
propio Segismundo lo habían planeado.

Primero ascendió sola al trono la joven reina María, aconsejada y protegida por su madre
Isabel de Bosnia, la viuda de Luis I. Sin embargo, Carlos II de Hungría, un pariente lejano de los
Anjou de Nápoles, fue llamado al reino por una facción de la nobleza húngara y fue coronado
como rey húngaro. Su reinado duró muy poco y, luego de que fuera asesinado por fieles de las
reinas Isabel y María, estalló una guerra civil en el reino húngaro, la cual fue apaciguada por
Segismundo dando enormes extensiones de territorio y puestos de gobierno a los nobles
descontentos. En este momento el reino se convirtió finalmente en la nación con grandes
latifundios que seguirá existiendo casi por más de medio milenio. El matrimonio de
Segismundo con la reina María I de Hungría, hija del fallecido Luis I de Hungría, aseguró su
estabilidad en el trono, y pronto hizo renunciar a su esposa a los derechos reales,
desplazándola a un segundo plano alrededor de 1388. Una de las condiciones para mantener
el trono era que Segismundo debería estar siempre rodeado de nobles húngaros y todos los
cargos públicos deberían ser ocupados por húngaros, lo que sucedió de esta manera. El rey ya
de por sí se sentía más cómodo entre los húngaros que entre la gente germánica, y cada vez
que tenía oportunidad hacía gala de su dominio del idioma y vestía ropas reales húngaras.

El rey húngaro contra los turcos invasores[editar]


En 1389, los turcos otomanos vencieron a la coalición de los Estados eslavos del sur, y Serbia
pasó a ser un Estado vasallo de los turcos. Esto modificó la vecindad del reino de Hungría,
colocando a los otomanos como una amenaza muy cercana. En 1390 comenzaron las
incursiones turcas dentro de los territorios húngaros del sur, y no conforme con esto,
Segismundo debió hacer frente en 1391 a aquellos nobles húngaros, que, a pesar de haber
recibido territorios, se sentían excluidos del gobierno. Los nobles colocaron a la cabeza de su
movimiento al hijo del fallecido rey Carlos II de Hungría, Ladislao I de Nápoles, para vengar así
la muerte de su padre y reclamar el reino húngaro para alguien de la misma dinastía del
fallecido rey Luis I.

Posteriormente, en 1392, Segismundo condujo una victoriosa campaña contra los turcos en
territorio húngaro, repeliéndolos hacia regiones serbias del sur, y en 1395 luchó contra ellos en
Valaquia y Moldavia. Por otra parte, la reina María falleció en 1395 al caer de su caballo
durante una cacería, dejando viudo al rey Segismundo, y de esta forma se concentró el poder
húngaro absoluto en el monarca. Segismundo hizo llevar el cuerpo de su fallecida esposa hasta
la ciudad de Gran Varadino, donde fue enterrada junto a la tumba del rey San Ladislao I de
Hungría, cuyo culto contaba con gran importancia en el reino, pues era el ejemplo del
caballero, rey y santo ideal. Segismundo ya desde pequeño había adoptado el culto a San
Ladislao (muy popular en la corte del rey Luis I) y en muchas ocasiones realizó donaciones al
monasterio, así como se ocupó de que varias estatuas fuesen erigidas en honor al santo rey
caballero húngaro.

La amenaza turca continuó avanzando, por lo cual el monarca húngaro decidió llamar a una
guerra cruzada, a la cual asistieron tropas francesas y se reunieron cerca de la actual Bulgaria.
Juan de Kanizsa, el arzobispo de Estrigonia, Nicolás Garai el Joven y muchos otros leales a
Segismundo avanzaron con sus ejércitos en 1396 hasta Nicópolis. Sin embargo, una apresurada
movida sobre la base de las estrategias del duque Juan I de Borgoña resultó en la derrota final
de los ejércitos cristianos frente a los otomanos del sultán Beyazid I en la Batalla de Nicópolis
(quedando registrado según muchos cronistas, por la imprudencia de los franceses que no
quisieron escuchar las sugerencias del rey húngaro). Segismundo consiguió escapar gracias a la
asistencia de uno de sus comandantes, el noble polaco Stibor de Stiboricz, quien era
igualmente amigo personal del monarca y voivoda de Transilvania. Al poco tiempo, una facción
de los nobles húngaros aún descontentos, y ahora frustrados por la derrota de Nicópolis, se
alzaron nuevamente contra Segismundo en 1401, arrestándolo y llevándolo luego al castillo de
Siklós. Ahí se formará la Liga de Siklós, donde Nicolás Garai el Joven y Armando II de Celje
liberarán al rey, asegurándole a él la corona y ellos recibiendo gran poder del monarca. Estos
dos nobles también conseguirán emparentarse con el rey Segismundo, comprometiendo en
matrimonio al monarca húngaro con Bárbara de Celje, hija de Armando, y a Nicolás Garai el
Joven con Ana de Celje.

En 1403, una nueva facción llamó al reino a Ladislao I de Nápoles, intentando sustituir a
Segismundo, pues éste era miembro de la Casa de Anjou, hijo del rey Carlos II de Hungría que
había sido asesinado en 1386 y estaba emparentado con el rey Luis I de Hungría. Ladislao de
Nápoles fue coronado ilegítimamente en los territorios húngaros del sur, pero pronto se
marchó temiendo la ira de Segismundo, y sin haber gobernado o siendo reconocido por los
historiadores húngaros como rey. Segismundo continuó en el poder durante los próximos
cuarenta años sin ninguna clase de obstáculo sucesorio.

Entre sus aliados más cercanos se hallaba el joven florentino Filippo de Ozora, quien
manejando hábilmente los números y cuentas pronto ascendió al grupo de los nobles más
poderosos del reino húngaro, destacándose también como un comandante militar eficiente.
Para crear una liga fuerte donde los monarcas vasallos de Hungría mostrasen su compromiso
en la lucha contra los turcos, Segismundo fundó la Orden del Dragón en 1408, y
posteriormente en 1409 y 1410 se enfrentó a la Orden Teutónica germánica. Tras la muerte
del rey Roberto del Sacro Imperio Romano Germánico (quien nunca había sido nombrado
emperador), Segismundo fue elegido en 1411 rey de Romanos, momento a partir del cual
luchó hasta 1413 contra Venecia. En 1419 murió el rey checo Wenceslao de Luxemburgo, y su
hermano menor, Segismundo de Hungría, heredó su trono. En 1424 se terminan las
remodelaciones en el palacio en Buda de Segismundo, su Sede real. Pero los otomanos no le
darán oportunidad de descansar, pues en 1427 atacaron y ocuparon la fortaleza de Galambóc
a orillas del Danubio al suroeste de Hungría.

A partir de 1430 el noble húngaro Juan Hunyadi (padre del futuro rey Matías Corvino de
Hungría) pasó a servir a Segismundo, convirtiéndose en caballero de su corte desde 1433 y
acompañándole inseparablemente en sus próximas batallas contra los protestantes husitas en
Bohemia. Igualmente viajó al Concilio de Basilea junto al rey húngaro, y posteriormente
cuando éste fue elegido emperador germánico, el noble húngaro estuvo presente en la
coronación de Segismundo (tras la muerte del monarca, Juan Hunyadi continuó apoyando al
nuevo rey Alberto de Hungría, yerno del fallecido rey).

Habiendo tenido ya a edad avanzada solamente una hija, Isabel de Luxemburgo, Segismundo
decidió resolver el problema sucesorio, nombrando heredero a Alberto de Habsburgo, quien
había tomado como esposa a la joven princesa húngara en 1421.

Segismundo, rey cruzado[editar]

Segismundo de Hungría. Ilustración del Códice de la Crónica húngara de Juan Thuróczy. Siglo
XV.
Contrajo un segundo matrimonio en 1406 con Bárbara de Celje. Dos años más tarde fundó la
enigmática Orden del Dragón, cuyo objetivo era «defender la Santa Cruz y luchar contra los
enemigos de la Cristiandad», aunque más bien sirvió para que Segismundo se mantuviese en el
poder. A esta orden pertenecieron, entre otros nobles, el príncipe Vlad III de Valaquia (actual
Rumanía), del cual posteriormente surgiría el personaje de Bram Stoker, Drácula.

Segismundo reinó en Bohemia a partir de 1419, al suceder a su hermano Wenceslao. Sin


embargo, se vio forzado a hacer frente a los movimientos religiosos de los husitas durante
quince años, y no fue reconocido por la mayor parte de las facciones checas hasta el año 1437.

Emperador del Sacro Imperio Romano Germánico[editar]


Fallecido el Rey de Romanos Roberto y tras una complicada elección, fue elegido Rey de
Romanos en el año 1410. Sus oponentes fueron Wenceslao de Bohemia, que no había
aceptado su deposición como rey diez años antes, y Jobst de Moravia, que fue elegido un mes
después y murió al cabo de pocos meses. Wenceslao renunció a favor de Segismundo,
permitiéndole ser reconocido emperador de forma unánime.

Durante los años de reinado de Segismundo como emperador germánico, las decisiones
políticas concernientes al Imperio se tomaron desde Hungría. Ante los otros príncipes
germánicos hostiles, el propio Segismundo habría dicho incluso en 1429: "Que si les place,
escojan para ellos mismos un nuevo rey, para mí será suficiente con Hungría. Ahí habría pan
para mí hasta el día de mi muerte."

Segismundo falleció en Znaim, el 9 de diciembre de 1437, y según sus designios fue enterrado
en la ciudad de Gran Varadino, junto a la tumba del rey San Ladislao I de Hungría. Tras su
fallecimiento, le sucedieron en el trono - como lo había previsto - su hija Isabel de Luxemburgo
(1409-1442), casada con el rey Alberto de Hungría.

Importancia de sus reinados[editar]


Durante los cinco años del reinado de Segismundo como emperador se celebró por primera
vez el Reichstag (asamblea imperial) fuera de las fronteras del Sacro Imperio, en la ciudad del
Reino de Hungría de Bratislava (durante la Edad Media los territorios de la actual Eslovaquia
estaban dentro del reino húngaro). De esta manera, al crearse la Orden del Dragón, la sede de
la corte y el centro político de Segismundo en Buda, Hungría ascendió a una posición
prominente en la Europa central y oriental. Se centró en ella la defensa de Europa contra los
otomanos y lentamente cambió la inclinación de los monarcas bohemios, que posteriormente
deseaban cada vez más hacerse con el trono húngaro, siendo éste un símbolo de prestigio
(todos los monarcas extranjeros siguientes que obtuvieron la corona húngara se mudaron de
inmediato a la ciudad real de Hungría y desde ahí dirigieron sus reinos, por ejemplo Alberto de
Hungría, Vladislao I Jagellón, Vladislao II Jagellón y Luis II de Hungría).
Alberto II da Germânia
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Alberto II de Habsburgo
Alberto II de Habsburgo (Albrecht, em alemão; Albert, em húngaro) (Viena, 10 de agosto de
1397 — Neszmély, perto de Esztergom, 27 de outubro de 1439) foi rei da Germânia (1438-
1439, formalmente "rei dos romanos"), rei da Hungria (1437-1439, como Alberto I), rei da
Boêmia (1437-1439, como Alberto I) e duque da Áustria (1404-1439, como Alberto V). Casou-
se com Isabel, filha e herdeira do imperador Sigismundo, que o designou como seu sucessor.
Eleito imperador, não chegou a ser coroado pelo papa em Roma, como exigia o costume, e
portanto não envergava o título imperial, mas apenas o de rei dos romanos.
rederico III de Habsburgo
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Frederico III
Sacro Imperador Romano-Germânico
Hans Burgkmair d. Ä. 005.jpg
Frederico III de Habsburgo
Governo
Título(s) Duque da Estíria, Caríntia, Carniola, Ferrette e Tirol, Landgrave da Alta Alsácia,
Duque da Áustria, Conde de Habsburgo
Vida
Nascimento 21 de setembro de 1415
Morte 19 de agosto de 1493 (77 anos)
Pai Ernesto I da Áustria
Assinatura Assinatura de Frederico III
Frederico III de Habsburgo, Frederico V da Áustria ou Frederico do Tirol (21 de setembro de
1415 — 19 de agosto de 1493), apelidado o do Lábio Grosso, foi Sacro Imperador Romano-
Germânico.
Família[editar | editar código-fonte]
Era o terceiro filho de Ernesto I, o Leão (1377–1424), Duque de Carniola e duque da Áustria em
1406 e Duque da Estíria ou Steiermark e Duque da Caríntia em 1411. Conde de Habsburgo, do
Tirol, de Ferrete, de Kyburg, Landgrave da Alta Alsácia, Arquiduque em 1414. Ernesto I casou-
se em 1392 com Margarida, enviuvando em 1410; era filha de de Bogislas V, Duque da
Pomerânia. Casou-se então em fevereiro de 1412 com Zimburga, também chamada
Gymburge, Cymbarka, Cymburge ou Cimburgis de Masóvia, nascida em Varsóvia, mais ou
menos em 1394 e morta em 1492. Era filha de Ziemovit IV Piast, Duque da Masóvia, e lhe deu
nove filhos.
Primeiros anos[editar | editar código-fonte]
Morto o pai, vivia na corte do tio e guardião Frederico IV, Conde do Tirol. Governou em 1424
com seu irmão Alberto a Estíria e a Caríntia, sozinho depois da morte do irmão, em 1463.
Ao morrer em 1439 o imperador Alberto II, foi eleito Rei dos Romanos como Frederico III. Foi
coroado em Frankfurt em 2 de fevereiro de 1440 e em Aachen ou Aix-la-Chapelle em 17 de
junho de 1442.
Sendo o membro mais velho da casa de Habsburgo, era guardião do conde Sigismundo do Tirol
e desde 1440 também guardião de Ladislau (1440-1457), filho póstumo de Alberto II, herdeiro
da Boêmia, Hungria e Áustria.
Em 1445, um tratado secreto com o Papa Eugénio IV, que se transformou na Concordata de
Viena de 1448 foi assinada com o Papa Nicolau V.
Imperador coroado em Roma em 19 de março de 1452 pelo Papa Nicolau V - sendo o último
imperador ali coroado. O título imperial dava prestígio, pois a função imperial ainda estava
ligada a toda uma mitologia, certo messianismo: o mito do último imperador, que esmagaria
os muçulmanos, reuniria os povos e retomaria Jerusalém. Os mitos se mantinham dada a
divisão da cristandade e à expansão otomana: Viena foi sitiada em 1529 e em 1583. Em 1486,
opôs-se em vão à coroação do filho como rei dos romanos e se retirou para Linz, dedicando-se
à botânica, alquimia, astronomia. Foi governante incapaz, indolente, apesar de suas excelentes
qualidades pessoais. Reuniu todas as terras dos Habsburgo em 1490.
Casamento e posteridade[editar | editar código-fonte]
Casou-se em Roma em 16 de março de 1452 com a infanta D. Leonor de Portugal (nascida em
Torres Vedras em 8 de setembro de 1436 e falecida em Viena em 3 de setembro de 1467 ou
1476, filha do rei D. Duarte.
Teve cinco filhos:
Cristóvão (1455–1456)
Helena (1460–1461)
Cunegunda (Wiener Neustadt 16 de março de 1465–morta em 6 de agosto de 1520 Munique).
Casada em 1487 com Alberto IV de Wittelsbach (1447-1508) o Sábio, Duque da Baviera.
João 1466–1467).
Maximiliano I da Germânia (1459–1519) ou de Habsburgo, Arquiduque da Austria, co-regente
com o pai em 1486; Rei dos Romanos em 1486, Imperador em 1493, Landgrave da Alsácia.
Maximiliano I de Habsburgo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maximiliano I
Sacro Imperador Romano-Germânico
Albrecht Dürer - Portrait of Maximilian I - Google Art Project.jpg
Maximiliano I, pintura de Albrecht Dürer, no Kunsthistorisches Museum
Governo
Reinado 1508-1519
Consorte Maria, Duquesa da Borgonha
Ana, Duquesa da Bretanha
Branca Maria Sforza
Título(s) Conde de Habsburgo, Arquiduque da Áustria,
Duque de Carniola, Duque da Caríntia, Duque da Estíria, Conde de Ferrete, Landegrave da Alta
Alsácia (1493), Conde do Tirol (1496), Rei dos Romanos 1486-1508.
Vida
Nascimento 22 de março de 1459
Wiener Neustadt
Morte 12 de janeiro de 1519 (59 anos)
Wels
Pai Frederico III de Habsburgo
Mãe Leonor de Portugal
Maximiliano I de Habsburgo (Wiener Neustadt, 22 de março de 1459 - Wels, 12 de janeiro de
1519) foi Sacro Imperador Romano de 1508 (de facto, a partir de 1493) até à sua morte.[1]
Maximiliano era filho do imperador Frederico III do Sacro Império Romano e da imperatriz D.
Leonor de Portugal[2] . Possuía também os títulos de conde do Tirol, duque da Estíria, senhor
da Suíça, duque da Caríntia e senhor da Suábia, por isso, ao conseguir ser eleito imperador do
Sacro Império, tornou-se o mais poderoso dos príncipes alemães desde Frederico II.
Casou-se em 1477 com sua prima materna a duquesa Maria de Borgonha (1457-1482) filha de
Carlos, o Temerário[3] . Enviuvando, Maximiliano lutou contra a França que queria anexar o
território borgonhês (o que de fato conseguiu). Reuniu um conselho de príncipes alemães,
para obter ajuda e se coroar rei da Itália, o que não veio a ocorrer[4] .
Em 1508, após reinar sobre o Sacro-Império por quinze anos sem o título, e com o
consentimento do Papa Júlio II, ele acaba com a necessidade de se cumprir a tradição do
Sacro-Imperador ser coroado pelo Papa para receber o título, bastando assim, somente a sua
eleição como tal[5] .
Foi sucedido no império por seu neto Carlos V de Habsburgo
Casamentos e posteridade[editar | editar código-fonte]
Maximiliano comprometeu-se em 1490 com Ana, Duquesa da Bretanha (1476-1514), mas o
casamento foi anulado em 1491 e Ana casou com o rei Carlos VIII de França, o Afável. Casou-se
ainda uma terceira vez em 1494 com Branca Maria Sforza (1472-1510), filha do Duque de
Milão Gian Galeazzo Sforza.
Filhos:
Margarida de Habsburgo, de Áustria ou de Saboia (n. 1480), que casou com:
Carlos VIII de França (anulado);
Infante João de Aragão (1478-1497), Príncipe das Astúrias
Felisberto II de Saboia (1480-1504), Duque de Saboia
Francisco (n. e m. 1481)
Filipe I de Castela (1478-1506), Rei de Espanha pelo casamento com a rainha Joana de Castela;
foi o pai de Carlos I de Espanha.
Ilegítimos:
Cornélio de Áustria (n.1507), filho de uma senhora de Salzburgo.
Jorge da Áustria (m. 1557).
Leopoldo de Áustria (1515-1557).
Carlos I de Espanha
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Carlos V & I

Retrato por Ticiano ou por Lambert Sustris, 1548


Sacro Imperador Romano-Germânico
Rei da Germânia e Itália
Reinado 28 de junho de 1519
a 27 de agosto de 1556
Coroações 26 de outubro de 1520 (Germânia)
22 de fevereiro de 1530 (Itália)
24 de fevereiro de 1530 (imperial)
Predecessor Maximiliano I
Sucessor Fernando I
Rei da Espanha
Reinado 23 de janeiro de 1516
a 16 de janeiro de 1556
Predecessora Joana (sozinha)
Sucessor Filipe II
Co-monarca Joana (1516–1555)
Senhor dos Países Baixos
e Conde Palatino de Borgonha
Reinado 25 de setembro de 1506
a 25 de outubro de 1556
Predecessor Filipe I de Castela
Sucessor Filipe II de Espanha
Esposa Isabel de Portugal
Descendência
Filipe II de Espanha
Maria da Áustria
Joana da Áustria
Casa Habsburgo
Pai Filipe I de Castela
Mãe Joana de Castela
Nascimento 24 de fevereiro de 1500
Gante, Flandres, Sacro Império Romano-Germânico
Morte 21 de setembro de 1558 (58 anos)
Mosteiro de São Jerónimo de Yuste, Cuacos de Yuste, Cáceres, Espanha
Enterro San Lorenzo de El Escorial, Madri, Espanha
ReligiãoCatolicismo
Assinatura
Brasão
Carlos V & I (Gante, 24 de fevereiro de 1500 – Cuacos de Yuste, 21 de setembro de 1558) foi o
imperador do Sacro Império Romano-Germânico como Carlos V a partir de 1519 e Rei da
Espanha como Carlos I de 1516 até sua abdicação em favor de seu irmão mais novo Fernando I
no império e seu filho Filipe II na Espanha.
Carlos era o herdeiro de três das principais dinastias europeias: a Casa de Habsburgo da
Monarquia de Habsburgo, a Casa de Valois-Borgonha dos Países Baixos Borgonheses e a Casa
de Trastâmara das coroas de Aragão e Castela. Ele governou vastos domínios na Europa
central, oriental e do sul, além das colônias espanholas nas Américas. Como o primeiro
monarca a governar Castela, Leão e Aragão simultaneamente, ele se tornou o primeiro Rei da
Espanha. Carlos tornou-se imperador em 1519. A partir de então seu império cobria mais de
quatro milhões de quilômetros quadrados pela Europa, Oriente e Américas. Grande parte de
seu reinado foi dedicado às guerras italianas contra a França, sendo militarmente bem
sucedidas apesar dos enormes gastos, levando a criação do primeiro exército profissional
europeu: o Terço. Suas forças recapturaram Milão e o Franco-Condado dos franceses depois
de uma decisiva vitória na Batalha de Pavia em 1525, forçando o rei Francisco I de França a
formar uma aliança franco-otomana. Solimão, grande rival de Carlos, conquistou a parte
central da Hungria em 1526 após derrotar os cristãos na Batalha de Mohács. Entretanto, o
avanço otomano parou depois de não conseguirem capturar Viena em 1529.
Além de suas realizações militares, Carlos é mais conhecido por seu papel contra a Reforma
Protestante. Vários príncipes germânicos abandonaram a Igreja Católica e formaram a Liga de
Esmalcalda para poder desafiarem a autoridade de Carlos com força militar. Não desejando
que guerras religiosas chegassem em seus domínios, ele forçou a convocação do Concílio de
Trento que iniciou a Contrarreforma. A Companhia de Jesus foi estabelecida por Inácio de
Loyola durante seu reinado para combater o protestantismo de forma pacífica e intelectual.
No Novo Mundo a Espanha conquistou os astecas do México e os incas do Peru, estendendo
seu controle por grande parte da América Central e do Sul. Carlos proveu Fernão de Magalhães
com cinco navios, cuja viagem acabou se tornando a primeira circunavegação da Terra e criou
as fundações para colonização das Filipinas.
Apesar de sempre em guerra, Carlos preferia a paz. "Não cobiça territórios", escreveu
Marcantonio Contarini em 1536, "mas o mais ganancioso de paz e tranquilidade". Carlos
abdicou em 1556 de todos os seus títulos. A Monaquia de Habsburgo passou para seu irmão
Fernando enquanto o Império Espanhol ficou com seu filho Filipe. Os dois impérios
permaneceriam aliados até o século XVIII. Carlos tinha apenas 54 anos na época de sua
abdicação, porém estava fisicamente exausto depois de governar energicamente por 34 anos e
procurava paz de um monastério, onde morreu dois anos depois.
Fernando I de Habsburgo
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Fernando I
Sacro Imperador Romano-Germânico
Hans Bocksberger der Aeltere 001.jpg
Fernando I
Governo
Reinado 1531 - 1556
Consorte Ana da Boêmia e Hungria
Antecessor(a) Carlos V, Sacro Imperador Romano-Germânico
Sucessor(a) Maximiliano II, Sacro Imperador Romano-Germânico
Dinastia Casa de Habsburgo
Título(s) Arquiduque e duque da Áustria, duque da Carníola, duque da Caríntia, duque
da Estíria e conde do Tirol a partir de 1520. Rei da Hungria e da Boêmia a partir de 1526; rei da
Croácia em 1540.
Vida
Nascimento 10 de março de 1503
Alcalá de Henares,
Morte 25 de julho de 1564 (61 anos)
Viena
Pai Filipe I de Castela
Mãe Joana I de Castela
Fernando I de Habsburgo (em alemão Ferdinand, em tcheco; Ferdinánd, em húngaro) (*Alcalá
de Henares, 10 de março de 1503 — †Viena, 25 de julho de 1564) foi imperador do Sacro
Imperador Romano-Germânico de 1556 até a sua morte.
Seus pais foram o arquiduque da Áustria Filipe I de Castela (também conhecido como Filipe I
de Espanha, apelidado "o Belo") e a rainha Joana I de Castela, apelidada "a Louca". Seu irmão
mais velho era Carlos I de Espanha (e Sacro Imperador como Carlos V).
Índice [esconder]
1 Dados biográficos
2 Rei da Boêmia e da Hungria
3 Sacro Imperador Romano
4 Casamento
5 Descendência
6 Ancestrais
7 Ver também
Dados biográficos[editar | editar código-fonte]
Em 1531, foi eleito Rei dos Romanos, o que fez dele herdeiro do Sacro Imperador Carlos V, seu
irmão; Fernando governava o império nas ausências do irmão. Assumiu a dignidade de Sacro
Imperador em 1556 (coroado em 1558).
Educado na Espanha, foi o neto favorito do rei Fernando II de Aragão, que previa para ele uma
regência espanhola nas ausências do irmão. Mas seu outro avô, Maximiliano, obteve para ele a
sucessão dupla na Boêmia e Hungria.
Carlos V reconhecera ao irmão pelo Tratado de Worms (1521) a posse e soberania plena dos
cinco Estados hereditários dos Habsburgos: os arquiducados e ducados da Alta e Baixa Áustria,
Caríntia, Estíria, Carníola, logo depois o condado do Tirol e possessões hereditárias de sua Casa
no sul da Alemanha. Esta partilha constituiu o patrimônio de Fernando. Foi nomeado para
governar o ducado de Vurtemberga e integrar o conselho de regência que governava a
Alemanha nas ausências do Imperador.
Pelas convenções de Bruxelas em 1522, recebeu o título de governador das regiões da
Alemanha do Sul, do Tirol e da Alta Alsácia.
A época era de expansão otomana, desde a queda de Constantinopla em 1453. Em 1529, Viena
esteve sob assédio turco. Até o século XVII, a Europa teria que conviver com o avanço das
forças turcas, ameaçando a Sicília, Malta e os territórios de Veneza.
Rei da Boêmia e da Hungria[editar | editar código-fonte]
Em 29 de agosto de 1526, morreu seu cunhado Luís II, rei da Boémia e da Hungria, derrotado
pelas tropas otomanas do sultão Solimão, o Magnífico, na batalha de Mohács.
Fernando foi escolhido rei da Boêmia e rei da Hungria. Coroado rei da Boêmia em Praga, em
fevereiro de 1527, não pôde assegurar a coroa da Hungria, pois ali João Zápolya, príncipe da
Transilvânia, apoiado por parte da nobreza e depois pelos turcos, mantinha a resistência,
embora compromisso posterior assegurasse a integridade das possessões dos Habsburgos. O
reino da Hungria tornou-se objeto de uma disputa dinástica entre Habsburgos e Zápolyas, cada
partido sendo apoiado por uma parcela da nobreza húngara. Fernando contava ademais com o
apoio de seu irmão Carlos V.
Em 1527, Fernando venceu a Batalha de Tokaj, porém não foi o suficiente para ganhar o
controle de toda Hungria. Em todo caso, fez-se coroar rei da Hungria em novembro de 1527,
sem tomar posse do país.
Em 1529, suas tropas repeliram com sucesso o ataque de Solimão à capital, Viena (Cerco de
Viena), mesmo com Fernando já tendo se retirado para Boêmia. Finalmente, em 1533
Fernando assinou tratado de paz com o Império Otomano, dividindo o reino da Hungria entre
os Habsburgos no oeste e João Zápolya no leste. Em 1527 os Habsburgos deram início a um
processo histórico que levaria à incorporação das terras das coroas da Boêmia e da Hungria às
suas possessões hereditárias.
Em 1538, pelo tratado de Nagyvárad, Fernando tornou-se o sucessor de Zápolya, sendo
entretanto incapaz de impor o acordo.
A vida de Fernando ficou marcada por uma luta dupla: contra o Islão, no Danúbio, onde, após a
morte de seu cunhado Luís II em 1526, foi eleito rei da Boêmia e Hungria, devendo conter o
avanço otomano sobre Viena. Não conseguiu tomar Buda em 1541 e teria que assinar uma
trégua de oito anos (1562) pagando tributo anual ao sultão e reconhecimento, na Transilvânia,
da dinastia rival de João Zápolya. Sua segunda luta foi contra os protestantes, com uma
relativa indiferença. Fernando, aluno e amigo dos jesuítas, deixara-se influenciar em sua
estada em Flandres pelos humanistas, sobretudo Erasmo. Participara da Assembleia de
Ratisbona em 1524, que decidiu a reforma católica na Alemanha, constituiu com os cinco
cantões católicos primitivos da Suíça uma União Cristã, em 1529, para combater a heresia
protestante, assinou com a Liga de Esmalcalda o Tratado de Kadan e esmagou revolta dos
senhores tchecos na Boêmia. Mas desejava sinceramente reformas na Igreja: tentou obter de
Roma a comunhão sob duas espécies em 1554 e esforçou-se por atenuar o conflito religioso,
negociando a Paz de Augsburgo em 1555.
Em 1540, João Sigismundo Zápolya, filho de João com Isabel Jagelão, foi eleito rei da Hungria,
inicialmente apoiado pelo rei seu tio, Sigismundo II da Polônia e Lituânia, irmão de Isabel. Em
1549 um tratado foi assinado entre os Habsburgos e o soberano polonês: a Polónia ficou
neutra no conflito com os Habsburgos e Sigismundo II se casou com Isabel de Habsburgo, filha
de Fernando I.
Como soberano da Áustria, Boêmia e Hungria, Fernando I tentou centralizar e construir uma
monarquia absoluta moderna. Em 1527, editou uma constituição para seus domínios
hereditários (Hofstaatsordnung) e estabeleceu instituições à moda austríaca em Bratislava
para a Hungria, em Praga para a Boémia e em Wrocław (Breslau) para a Silésia. Uma forte
oposição dos nobres forçou-o em 1559 a declarar tais instituições livres de supervisão pelo
governo central em Viena.
Em 1551 chamou os jesuítas a Viena e em 1556 a Praga, reativando o arcebispado desta
última. Príncipe católico, apoiou a Contra-Reforma.
Sacro Imperador Romano[editar | editar código-fonte]
Em janeiro de 1531, Fernando fora eleito rei dos Romanos em Colônia, o que era um passo
rumo à coroa imperial. Reconhecido herdeiro de Carlos V ao trono imperial em 1551, a
abdicação deste último em 1556 fez com que Fernando fosse coroado Sacro Imperador
Romano-Germânico em 1558, em Aachen.
Continuou a enfrentar a ameaça externa da política expansionista do sultão Solimão, o
Magnífico. Carlos V havia defendido Viena em 1529, mas as terras foram ameaçadas de novo
em 1532 e 1541. Enfrentou ainda, como o irmão, a ameaça interna das divisões entre católicos
e luteranos: em 1534, Filipe de Hesse, chefe político dos luteranos, arrancou Vurtemberga do
controle dos Habsburgos e Fernando I apoiou o imperador seu irmão na sua campanha de
1546-7 para destruir a Liga de Esmalcalda, formada por protestantes.
Talvez mais realista do que Carlos, deve-se a Fernando a Paz de Augsburgo, de 1555.
Carlos excluiu seu filho o infante Filipe, futuro Filipe II de Espanha, da sucessão imperial
germânica, que foi transmitida ao primogênito de Fernando, Maximiliano (1527–1576).
Casamento[editar | editar código-fonte]
Em 25 de maio de 1521, em Linz, Áustria, Fernando casou-se com Ana Jagelão, filha de
Vladislau II da Hungria e da Boêmia e de Ana de Foix-Candale.
Descendência[editar | editar código-fonte]

Mesa de Fernando I em 1558.


Filhos de Fernando e Ana:
Isabel de Habsburgo (1526-1545) - em Maio de 1543 casou com o rei Sigismundo II da Polônia,
filho de Sigismundo I, que ao enviuvar casou com a irmã de Isabel, Catarina.
Maximiliano II do Sacro-Império Romano-Germânico (1527-1576) - Casou-se a 13 de Setembro
de 1548 com sua prima, a infanta Maria de Espanha (1528-1603), filha de Carlos I de Espanha e
de Isabel de Portugal. Tiveram 16 filhos, dos quais 10 varões e seis filhas.
Ana de Habsburgo (1528-1590) - em 1546 casou-se com Alberto V, Duque de Baviera,
chamado O Magnânimo. Deste casamento nasceram 7 filhos.
Fernando II da Áustria (1529-1595) - casou morganaticamente em 1557 com Filipa Welser
(1527-1580), filha de Francisco A. Welser; tiveram cinco filhos. Enviuvando, Fernando II casou,
em 1582 com Ana Catarina de Gonzaga-Mântua (1566-1621), filha de Guilherme Gonzaga,
Duque de Mântua; tiveram três filhos.
Maria de Habsburgo (1531–1581) - casou, em 1546, com Guilherme III de Cleves, apelidado o
Rico, Duque de Jülich-Cleves-Berg, como sua 2.ª mulher. Tiveram 7 filhos.
Madalena de Habsburgo (1532-1590) - juntamente com as suas irmãs Margarida e Helena
fundou o Convento de Hall, construção iniciada em 1567 e completada dois anos depois.
Catarina de Habsburgo (1533-1572) - casou em primeiras núpcias em 1549 com Francisco III
Gonzaga, Duque de Mântua, morto em 1550; e em segundas núpcias em 1553 com o cunhado,
o rei Sigismundo II da Polônia, viúvo de sua irmã Isabel.
Leonor de Habsburgo (1534-1594) - casou, em 1561, com Guilherme Gonzaga, Duque de
Mântua.
Margarida de Habsburgo (1536-1567) - juntamente com as suas irmãs Madalena e Helena
fundou o Convento de Hall, construção iniciada em 1567 e completada dois anos depois.
João de Habsburgo (1538-1539) - morreu na infância.
Bárbara de Habsburgo (1539-1572) - casou, em 1565, com Afonso II d´Este.
Carlos de Habsburgo (1540-1590) - casado com Maria Ana de Baviera. Pais do imperador
Fernando II.
Úrsula de Habsburgo (1541-1543) - morreu na infância.
Helena de Habsburgo (1543-1574) - juntamente com as suas irmãs Margarida e Madalena
fundou o Convento de Hall, construção iniciada em 1567 e completada dois anos depois.
Joana de Habsburgo - casou com Francisco I de Médici, Grão-Duque da Toscana. Pais de Maria
de Médicis, rainha de França por se ter casado com o rei Henrique IV de Bourbon.
Maximiliano II de Habsburgo
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(Redirecionado de Maximiliano II da Germânia)
Maximiliano II
Sacro Imperador Romano-Germânico
Nicolas Neufchâtel 002.jpg
Maximiliano II
Governo
Consorte Maria de Espanha
Antecessor(a) Fernando I
Sucessor(a) Rodolfo II da Germânia
Dinastia Casa de Habsburgo
Título(s) Rei da Hungria
Rei da Croácia
Rei da Alemanha
Arquiduque da Áustria
Vida
Nascimento 31 de julho de 1527
Viena, Áustria
Morte 12 de outubro de 1576 (49 anos)
Ratisbona, Baviera, Alemanha
Sepultamento Catedral de São Vito, Praga, República Checa
Filho(s) Rodolfo II de Habsburgo
Ernesto, Arquiduque da Áustria
Matias de Habsburgo
Maximiliano III, Arquiduque da Áustria
Alberto VII, arquiduque da Áustria
Venceslau, arquiduque da Áustria
Filha(s) Ana, Rainha de Espanha e Portugal
Isabel da Áustria, rainha de França
Margarida, arquiduquesa da Áustria
Pai Fernando I de Habsburgo
Mãe Ana Jagelão
Maximiliano II de Habsburgo, também chamado Maximiliano II da Alemanha (Viena, 31 de
julho de 1527 - Ratisbona, 12 de outubro de 1576) foi coroado rei da Boêmia em 1562, da
Hungria e da Croácia em 1563 e Imperador do Sacro Império em 1564[1] , e permaneceu nos
cargos até sua morte.
Índice [esconder]
1 Dados biográficos
2 Políticas religiosas
3 Títulos
4 Casamento e posteridade
5 Ver também
6 Referências
7 Ligações externas
Dados biográficos[editar | editar código-fonte]

O jovem Maximilano.
Filho de Ana da Boêmia e Fernando I de Habsburgo, que o precedeu como imperador do Sacro
Império. Seu primo Rei Filipe II da Espanha, como filho de Carlos V, teria normalmente acesso
ao trono imperial, mas Maximiliano foi eleito em virtude de um acordo celebrado em 1553.
Maximiliano era considerado inteligente, tolerante e culto. Era patrono de artes e ciências e
decidiu transformar Viena em um grande centro intelectual[1] .
Políticas religiosas[editar | editar código-fonte]
Maximiliano, que se denominava "nem católico, nem protestante, mas cristão", embaraçava a
família por seus amplos conhecimentos sobre a religião dos protestantes. Como imperador,
assegurou liberdade aos luteranos e deplorava a intolerância espanhola e francesa.
Considerado por alguns como católico[2] , e por outros como protestante[3] . A sua declarada
simpatia pelos Luteranos[1] e pelos protestantes em geral[4] , fez com que, em 1562, ele fosse
obrigado a jurar viver e morrer na fé católica.
As políticas de Maximiliano sobre a neutralidade religiosa e a paz no Império dava aos católicos
e protestantes um espaço comum de liberdade de culto após as primeiras lutas da Reforma[1]
.
Apesar de decepcionar os príncipes protestantes alemães por sua recusa em investir nos
bispados administrados por protestante com seus feudos imperiais, Maximiliano concedeu
liberdade de culto à nobreza protestante, enquanto trabalhava para a reforma na Igreja
Católica Romana. Entre as suas propostas de reforma, estava uma que dava o direito aos
padres para se casarem, proposta que foi recusada por causa da oposição espanhola[1] .
Títulos[editar | editar código-fonte]
Arquiduque da Áustria, Duque de Carniola, Duque da Caríntia, Duque de Landgrave da Alta
Alsácia, Duque da Baixa Alsácia, Rei da Boêmia, Rei da Hungria e da Croácia e Imperador do
Sacro Império.
Maximiliano II também era membro da Ordem do Tosão de Ouro e da Ordem da Jarreteira.
Casamento e posteridade[editar | editar código-fonte]

Maximiliano II com sua família.


Casou-se em 13 de Setembro de 1548 com sua prima, a infanta Maria de Espanha ou de
Habsburgo (Madrid, 21 de Junho 1528 - Villamante, 26 de Fevereiro de 1603) filha de Carlos V
e de Isabel de Portugal. Tiveram 16 filhos, dos quais 10 varões e seis filhas.
Ana de Áustria (1 de Novembro de 1549 - 26 de Outubro de 1580) Rainha Consorte de Espanha
e Portugal, de Nápoles e da Sicília, Rainha titular de Jerusalém, Rainha da Sardenha e dos
Países Baixos. Casou-se em 1570 com Felipe II rei da Espanha e de Portugal, de quem foi a
quarta esposa, após Maria de Portugal, Maria I Tudor e Isabel de Valois. Teve cinco filhos.
Fernando de Áustria (28 de Março de 1551 - 25 de Junho de 1552).
Rodolfo II da Germânia (Viena, 2 de Julho de 1552 - Viena, 23 de Janeiro de 1612) Arquiduque
da Áustria, Duque de Carniola, Caríntia, Landgrave da Alta e da Baixa Alsácia. Rei da Hungria
em 1572, Rei da Boêmia em 1575, Rei dos romanos em 1575, Imperador do Sacro Império de
1576 a 1611, quando abdicou. Duque da Estíria de 1590 a 1611 e Conde do Tirol de 1595 a
1611.
Ernesto de Áustria (Viena, 15 de Julho de 1553 - Bruxelas, 21 de Março de 1595) Arquiduque
de Áustria, governador da Hungria 1578, Regente da Áustria 1590, Governador geral dos Países
Baixos em 1594. Morto sem posteridade.
Isabel (5 de Junho de 1554 - 22 de Janeiro de 1592) Rainha Consorte da França por ter-se
casado em 1570 com Carlos IX de Valois-Angoulême. Fundou o mosteiro de Ste-Marie-des-
Anges em Viena. Não teve do marido confiança nem afecto, e ainda recebia as desconfianças
da sogra, Catarina de Medicis que favorecia Marie Touchet. Ao enviuvar em 1574, regressou a
sua pátria onde viveu retirada.
Maria de Áustria (27 de Julho de 1555 - 25 de Junho de 1556).
Matias da Germânia (24 de Fevereiro de 1557 - 20 de Março de 1619) Arquiduque da Áustria,
Duque de Carniola, da Caríntia, da Estíria, conde do Tirol, Landgrave da Alta e da Baixa Alsácia,
Imperador do Sacro Império em 1611, Rei da Hungria e da Boémia de 1611 a 1617. Casou em
1611 com sua prima Ana do Tirol e sua segunda esposa foi Ana Catarina de Gonzaga
(fundadora da Igreja dos Capuchinhos, está sepultada com os Habsburgos, em Viena). Sem
posteridade, foi sucedido pelo primo Fernando II, filho do arquiduque Carlos da Estíria.
Um filho nado-morto (nascimento e morte em 20 de Outubro de 1557).
Maximiliano (12 de Outubro de 1558 - 2 de Novembro de 1618) Apelidado Die
Deutschmeister.
Alberto de Áustria (15 de Novembro de 1559 - 13 de Julho de 1621) Cardeal-Arcebispo de
Toledo, primaz de Espanha em 1594. Conde de Borgonha, Vice-Rei de Portugal de 1585 a 1595,
Governador dos Países Baixos em 1596. Renunciou a suas dignidades eclesiásticas com
dispensa do papa para casar-se em 1599 com a infanta Isabel de Espanha (1566-1633) filha de
Filipe II de Espanha.
Venceslau de Áustria (Viena, 9 de Março de 1561 - Madrid, 22 de Setembro de 1578).
Acompanhou a irmã à Espanha.
Frederico de Áustria (21 de Junho de 1562 - 16 de Janeiro de 1563)
Maria de Áustria (19 de Fevereiro de 1564 - 26 de Março de 1564) Nomeada assim em
homenagem a sua irmã mais velha já falecida.
Carlos de Áustria (26 de Setembro de 1565 - 23 de Maio de 1566)
Margarida de Áustria (Viena, 25 de Janeiro de 1567- Madrid, 5 de Julho de 1633)
Leonor de Áustria (4 de Novembro de 1568 - 12 de Março de 1580)
Rodolfo II de Habsburgo
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Rodolfo II
Sacro Imperador Romano-Germânico
Hans von Aachen 003.jpg
Rodolfo II
Governo
Antecessor(a) Maximiliano I
Sucessor(a) Matias I
Título(s) Rei da Hungria, Rei da Boêmia
Vida
Nascimento 31 de julho de 1527
Morte 20 de janeiro de 1612 (59 anos)
Rodolfo II (Viena, 18 de julho de 1552 - Praga, 20 de janeiro de 1612), da casa de Habsburgo foi
imperador do Sacro Império Romano-Germânico, rei da Boêmia e rei da Hungria.
Seu pai foi Maximiliano II, imperador do Sacro Império Romano, rei da Boêmia e rei da
Hungria; e sua mãe, Maria de Habsburgo, filha do imperador Carlos V. Outros títulos:
Arquiduque da Áustria, Duque de Carniola, Caríntia, Landgrave da Alta e da Baixa Alsácia 1576-
1608. Rei da Hungria (1572-1607), rei da Boêmia (1575-1607), rei dos romanos 1575,
imperador de 1576 a 1611, quando abdicou. Duque da Estíria 1590-1611, conde do Tirol 1595-
1611.
Dados biográficos[editar | editar código-fonte]
Na Espanha, recebeu severa educação católica; depois de conseguir suas três coroas,
favoreceu a Contrarreforma, impondo por armas um governo católico a uma cidade livre como
Aquisgrano (Aachen em alemão), em 1580.
Adotou o calendário gregoriano em 1583. Não conseguiu manter a coesão de seus estados.
Instalou a capital em Praga, atraindo a simpatia dos checos e a hostilidade dos alemães. Houve
revoltas na Áustria 1595-1597 e dos húngaros. A partir de 1597, sua saúde declinou e,
trancando-se no castelo chamado Hradcany, apaixonou-se pelas ciências e belas artes e se
tornou protetor de Tycho Brahe e Johannes Kepler. Seus irmãos se apoderam do poder. O
arquiduque Matias, vencedor dos otomanos, tratou diretamente com eles e obrigou Rodolfo a
lhe ceder a Áustria, a Morávia e a Hungria em 1608. O imperador conseguiu conservar a
Boêmia e a Silésia, dando aos súditos protestantes uma carta (lettre de majesté) em 9 de julho
de 1609, que lhes concedia, com certas restrições, liberdade de consciência e de culto.
Para enfrentar Matias, tentou inutilmente fazer eleger rei dos romanos outro irmão. Mas
Matias, reconhecido chefe da casa de Habsburgo, conseguiu dos estados da Boêmia que
exigissem a abdicação de Rodolfo em 1611, e este só conservou seu título imperial.

Coroa de Rodolfo II, posteriormente,Coroa Imperial da Áustria


Ao subir ao trono, Rodolfo II manteve a política de tolerância ao protestantismo de seu pai e
deu auxílio a Contrarreforma. Embora fosse um homem culto, parecia incapaz de governar por
ataques de melancolia e, mais tarde, ocasionalmente, de insanidade. Por isso, outros membros
da família começaram a intervir nos assuntos do império.
Após uma revolta na Hungria (1604-1606) liderada por Stephen Bocskay e seus aliados
otomanos, grande parte do poder foi transferido para o irmão de Rodolfo, Matias. A revolta foi
provocada pela tentativa de Rodolfo de impor o catolicismo romano na Hungria. Em 1608,
Matias forçou Rodolfo a lhe ceder a Hungria, a Áustria e a Morávia. Procurando ganhar apoio
dos estados boêmios, Rodolfo emitiu um documento real chamado Majestät em 1609, que
garantia a liberdade religiosa aos nobres e às cidades. Este esforço foi em vão e Rodolfo foi
forçado a ceder a Boêmia para Matias em 1611. O reinado turbulento de Rodolfo foi um
prelúdio para para a Guerra dos Trinta Anos.

Rodolfo II, retratado por Giuseppe Arcimboldo, como o deus romano Vertumnus
Rodolfo II foi um dos mais excêntricos monarcas europeus de todos os tempos. Colecionava
anões e possuía um regimento de gigantes em seu exército. Era rodeado por astrólogos e
fascinado por jogos, códigos e música. Rodolfo fazia parte dos nobres de seu período
orientados pelas ciências ocultas. Patrono da alquimia, financiou a impressão de literatura
alquimista. Além disso, seu gosto pelo excêntrico o fez um dos principais protetores e mecenas
de Giuseppe Arcimboldo pintor considerado por certos críticos um dos precursores ou
inspiradores do surrealismo, umas das principais vanguardas europeias do século XX. Uma das
principais obras do artista é justamente o retrato de Rodolfo II como o deus romano
Vertumnus pintado provavelmente entre 1590 e 1591 feito com vários tipos de frutas,
legumes, cereais e outros vegetais.
Deixou apenas uma filha bastarda, Carlota (morta em Malines em 1662) marquesa da Áustria,
que casou com Francisco Tomás (1589-1629 Besançon), príncipe de Cantecroix, da casa da
Borgonha-Ivrea.
Matias da Germânia
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Mateus
Sacro Imperador Romano-Germânico
Lucas van Valckenborch 003.jpg
Governo
Antecessor(a) Rodolfo II
Sucessor(a) Fernando II
Título(s) Rei da Hungria, Rei da Boêmia
Vida
Nascimento 31 de julho de 1527
Viena
Morte 20 de março de 1619 (62 anos)
Viena
Mateus I da Germânia (em alemão: Matthias von Habsburg) (Viena, 24 de fevereiro de 1557-
Viena, 20 de março de 1619), filho de Maximiliano II e da infanta Maria de Habsburgo, filha de
Carlos V. Irmão e sucessor de Rodolfo II, foi Arquiduque de Áustria, Duque de Carniola, da
Caríntia, da Estiria, Conde do Tirol, Landgrave da Alta e da Baixa Alsácia, foi rei da Hungria de
1608 e da Boêmia de 1611 até 1619 e finalmente foi eleito Imperador do Sacro Império em
1611 pela incapacidade mental de seu irmão, assumindo assim o título imperial até a morte
deste, em 13 de junho de 1612.
Casou em 1611 com sua prima Ana do Tirol (nascida em Innsbruck em 4 de outubro de 1585 e
morta em 15 de dezembro de 1618 em Viena), filha do Arquiduque Fernando I, Conde do Tirol,
e de sua segunda esposa Ana Catarina de Gonzaga; Ana foi a fundadora da Igreja dos
capuchinhos no mausoléu dos Habsburgos, em Viena. Sem posteridade, Mateus foi sucedido
como imperador por seu primo Fernando II da Germânia (1619-1637) filho do arquiduque
Carlos da Estiria.
Fernando II de Habsburgo
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Fernando II
Imperador romano-germânico
Kaiser Ferdinand II. 1614.jpg
Fernando II
Governo
Reinado 1619- 1637
Antecessor(a) Matias I
Sucessor(a) Fernando III
Dinastia Habsburgo
Título(s) Rei da Boêmia, Rei da Hungria
Vida
Nascimento 9 de julho de 1578
Graz
Morte 15 de fevereiro de 1637 (58 anos)
Viena
Fernando II de Habsburgo, (Graz, 9 de julho de 1578 – Viena, 15 de fevereiro de 1637) foi
imperador do Sacro Império Romano-Germânico de 1619 a 1637.
A totalidade do seu reinado desenrolou-se durante a guerra dos Trinta Anos, conflito que ele
contribuiu para deflagrar.
Outros títulos: Arquiduque da Áustria, (1617-1619 e novamente de 1620-1637), Duque da
Estíria de 1590-1637 e rei da Hungria de 1618-1625. Conde do Tirol 1632-1637; Rei da Boémia
1617-1619 e de 1620-1637; Rei da Hungria e Croácia 1619-1619 e de 1621-1637. Foi ainda
duque de Carniola, da Caríntia, landgrave da Alta e da Baixa Alsácia em 1619.
Sexto filho de Carlos II, arquiduque da Áustria, (1540-1590) e Maria Ana da Baviera (1551-
1608). Em 1615, foi escolhido como sucessor do imperador Matias (que morreria em 1619) no
reino eletivo da Hungria e Boêmia e como imperador, tendo os arquiduques mais velhos
renunciado aos seus direitos, e depois de ter ele comprado os direitos de Filipe III
prometendo-lhes a Alsácia. Os protestantes checos, entretanto, elegeram Frederico V, Eleitor
Palatino do Reno, e a luta entre os rivais iniciou a Guerra dos Trinta Anos.
Teve educação rígida pelos jesuítas da Universidade de Ingolstadt, na Baviera.
Governo[editar | editar código-fonte]
Católico fervoroso, seu reconhecimento como rei da Boêmia e a supressão do protestantismo
foram responsáveis pelos primeiros conflitos da Guerra dos 30 anos. Considerado o príncipe-
modelo da Contrarreforma.
Apoiado pelo exército da Santa Liga católica e campeão da Contrarreforma em seus Estados,
cujos nacionais tiveram que escolher entre a conversão e o exílio, e posteriormente no
império, onde quis restabelecer a autoridade imperial derrotando o protestantismo e
restabelecendo a unidade religiosa como católica.
Foi derrotado em Praga (Defenestração de Praga) e Frederico V, chefe da união protestante,
foi eleito em seu lugar Rei da Boêmia em agosto 1619.
Os checos, esmagados na Montanha Branca, perderam suas liberdades e sofreram repressão
severa. Em 8 de novembro de 1620 um exército de mercenários venceu os protestantes da
Boêmia, revoltados contra o Imperador, que atentava a sua liberdade de consciência. O conde
valão Jean de Tilly era comandante dos exércitos imperiais que liquidaram os adversários em
apenas duas horas numa colina nos arredores de Praga, chamada Montanha Branca ou, em
checo, Hila Bora. Após a batalha, o imperador exerceu feroz represália contra os súditos
protestantes na Boêmia. Em 21 de junho de 1621, dezenas de insurgentes foram decapitados
em Praga. Expulsa, a nobreza checa foi substituída por pequenos aristocratas católicos de
sangue alemão. A universidade foi entregue aos jesuítas e a germanófilos. Uma nova
constituição ligou a Boêmia aos demais Estados hereditários da família Habsburgo. Foi o final
da autonomia do reino, de população majoritariamente eslava, encravado no coração do
império germânico, onde teve sempre papel cultural e político importante. Mas foi também o
início de uma guerra entre protestantes e católicos que se espalhou pelo norte da Alemanha e
durou três dezenas de anos: a Guerra dos Trinta Anos. O resultado foi a diminuição da
população da Alemanha, reduzida à metade, e a ruína por dois séculos do seu poder político.
As tropas do duque da Baviera, católico, ocuparam o Alto Palatinado de 1621-3. Fernando III
atribuiu o Eleitorado do Palatinato ao duque da Baviera, Maximiliano, em 1623 e triunfou na
Dinamarca (com seu general Albrecht von Wallenstein) de 1625 a 1629. A conselho de
Wallenstein, tentou impor o Édito da Restituição, eleger seu filho como Rei dos Romanos.
Fracassou, dada a resistência dos príncipes alemães (católicos e protestantes) apoiados por
Richelieu.
A intervenção sueca, a diplomacia de Richelieu, a entrada da França e da Espanha na guerra,
em 1635, transformaram a luta em conflito internacional. Fernando não pode terminar
vitorioso e morreu sem ver o fim do conflito.
Casamento e posteridade[editar | editar código-fonte]
Em 23 de abril de 1600 casou-se com Maria Ana de Wittelsbach ou da Baviera (nascida em
Munique em 8 de dezembro de 1574 e morta em 8 de março de 1616 em Graz), filha de
Guilherme V o Pio Duque da Baviera. Tiveram sete filhos.
Casou em segundas núpcias em 4 de fevereiro de 1622 com Leonor Gonzaga (nascida em
Mântua em 23 de setembro de 1598 e morta em 27 de junho de 1655 em Viena), filha de
Vicente I Gonzaga, duque de Mântua, e de Leonor de Médici, princesa da Toscana.
Filhos:
Cristina (nascida e morta em 1601)
Carlos (nascido e morto em 1603)
João (nascido em 1605 e morto em 1619)
Cecília Renata (nascida em Graz, 16 de julho de 1611 e morta em Vilnius em 24 de março de
1644). Rainha da Polônia, pois em 1637 casou com Ladislau IV Vasa (1595-1648), rei da
Polônia; casou-se para obter apoio da Austria contra a Suécia. Enviuvando, ele ainda casou
com Maria Luísa Gonzaga.
Leopoldo Guilherme (nascido em Graz 6 de janeiro de 1614 e morto em Viena em 20 de
novembro de 1662), que foi Bispo de Passau, Bispo de Magdeburgo, de Bremen, de
Estrasburgo e de Breslau. Sebastião de Rostock, de nascimento modesto, foi vigário-geral e
administrador da diocese de Breslau durante seu bispado de 1565 a 1662 e o do arquiduque
Carlos José (1663-64), pois nenhum deles viveu no território de Breslau, e os sucedeu como
bispo.
João Carlos (nascido em Graz, 1 de novembro de 1605 e morto em Graz, 26 de dezembro de
1619).
Maria Ana (nascida em Graz em 13 de janeiro de 1610 e morta em Munique em 25 de
setembro de 1665 ). Kurfurstin da Baviera pois casou em 1635 com Maximiliano I de
Wittelsbach (?-1651) grande eleitor da Baviera.
seu terceiro filho e sucessor, Fernando III (nasceu em Graz, 13 de julho de 1608 e morreu em
Viena em 2 de abril de 1657).
Fernando III da Germânia
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Fernando III
Sacro Imperador Romano-Germânico
Frans Luycx 002.jpg
Fernando III
Governo
Reinado 1619- 1637
Antecessor(a) Fernando II
Sucessor(a) Leopoldo I
Dinastia Habsburgo
Título(s) Rei da Boêmia, Rei da Hungria
Vida
Nascimento 13 de julho de 1608
Graz
Morte 2 de abril de 1657 (48 anos)
Viena
Fernando III da Germânia (Graz, 13 de julho de 1608 – Viena, 2 de abril de 1657) foi
arquiduque austríaco da Casa dos Habsburgo e de 15 de fevereiro de 1637 até a sua morte em
1657, Sacro Imperador Romano-Germânico.
Índice [esconder]
1 Vida
1.1 Infância e juventude
1.2 Comandante-em-chefe
1.3 Imperador
2 A personalidade
3 Família
4 Ver também
5 Ligações externas
Vida[editar | editar código-fonte]
Infância e juventude[editar | editar código-fonte]
Fernando III foi o terceiro filho de Fernando II e Maria Ana da Baviera. Educado pelos jesuítas
em Ingolstadt, foi bom músico, letrado notável. Johann Jakob von Dhaun, cavaleiro da Ordem
dos Hospitalários, exerceu também grande influência na educação do príncipe.
Arquiduque da Áustria, em dezembro de 1625 foi corado, em 8 de dezembro de 1626, Rei da
Hungria e Croácia e em 21 de novembro de 1627, Rei da Boêmia. Depois disso, ele requereu o
comando supremo das tropas imperiais e a participação nas campanhas de Albrecht von
Wallenstein, unindo-se aos inimigos de Wallenstein e contribuindo para a sua destituição.
Comandante-em-chefe[editar | editar código-fonte]
Depois da morte de Wallenstein ele se tornou, em 2 de maio de 1634, comandante-em-chefe e
com o apoio dos generais Matthias Gallas e Octavio Piccolomini, tomou Donauwörth e
Ratisbona, venceu em setembro de 1634 a Batalha de Nördlingen e expulsou os suecos do sul
da Alemanha. Devido às suas conquistas ele adquiriu também influência política. Líder do
partido pacifista da corte, ele ajudou a negociar a Paz de Praga com os Estados protestantes,
especialmente com a Saxônia em 1635. Mais tarde seguiu as estratégias de guerra de seu
irmão, o Arquiduque Leopoldo Guilherme.
Imperador[editar | editar código-fonte]
Em 30 de dezembro de 1636 ele se tornou Rei dos Romanos, em 15 de fevereiro de 1637,
depois da morte de seu pai, Sacro Imperador Romano-Germânico. Herdando a situação criada
pela Guerra dos Trinta Anos, ele buscou incansavelmente estabelecer negociações de paz, que
foram iniciadas em 1644, mas só foram concluídas em 1648 com a Paz de Vestfália (Tratado de
Münster com a França e Tratado de Osnabrück com a Suécia). A firme recusa de Fernando em
permitir a liberdade de culto em seus territórios e a retomada da expulsão dos rebeldes
(Contrarreforma), contribuíram enormemente para o atraso da conquista dos acordos de paz.
Depois de Fernando ter conseguido que a Reichstag em Ratisbona elegesse seu filho, Fernando
IV, Rei dos Romanos, em 1653, apesar deste morrer antes dele em 9 de julho de 1654 e de ter
estabelecido uma aliança com os poloneses contra os suecos, ele morreu em 2 de abril de
1657.
A personalidade[editar | editar código-fonte]
Fernando tinha uma grande e imponente personalidade, igualmente religioso, porém menos
fanático e nacionalista que seu pai, ao mesmo tempo um protetor das artes e das ciências,
bom músico e compositor. Wolfgang Ebner publicou em 1648, em Praga, uma de suas árias
com 36 variações; uma canção para quatro vozes, Melothesia Caesarea, a primeira parte de
sua música sacra Masurgie, e uma simples canção para coral sobre o salmo Miserere foram
publicados no jornal de Leipzig Allgemeinen musikalischen Zeitung, em 1826.
Família[editar | editar código-fonte]
Em 20 de fevereiro de 1631 Fernando III casou com sua prima, a infanta Maria Ana de Espanha
(Madri, 18 de agosto de 1606 – Linz, 13 de maio de 1646), filha mais nova de Filipe III e de
Margarida da Áustria (1584-1611), Rainha e Regente da Espanha (1665-75). Tiveram seis filhos:
Fernando IV da Hungria apelidado Nando (Viena, 8 de setembro de 1633 – Viena, 9 de julho de
1654) Rei da Boêmia (1646), da Hungria e Croácia (1647), Rei dos Romanos (1653). Sem
posteridade.
Mariana da Áustria (Viena, 23 de dezembro de 1634 – Madri, 16 de maio de 1696). Rainha da
Espanha, de Nápoles, da Sicília, dos Países Baixos, Rainha titular de Jerusalém pois se casou em
1649 com seu tio materno viúvo, Filipe IV de Espanha (1605-1665). Foi Regente de seu filho
1665-75 Carlos II de Espanha, último rei da Casa dos Habsburgos a reinar sobre a Espanha,
Nápoles e Sicília.
Filipe Augusto, Arquiduque da Áustria (1637 – 1639).
Maximiliano Tomás, Arquiduque da Áustria (1638 – 1639).
Leopoldo I da Germânia (Viena, 9 de junho de 1640 – Viena, 5 de maio de 1705). Arquiduque
da Áustria em 1658.
Maria da Áustria (1646).
Enviuvando Fernando III casou, em 1648, com sua prima Maria Leopoldina (Innsbruck, 6 de
abril de 1632 – Viena, 7 de julho de 1649), Arquiduquesa da Áustria. Ela era a filha mais nova
do arquiduque Leopoldo V da Áustria, conde do Tirol e de Cláudia de Médici. Deste casamento
tiveram um único filho:
Carlos José da Áustria (Viena, 7 de agosto de 1649 – Linz, 27 de julho de 1664). Ele foi bispo de
Passau, de Olomouc, de Breslau e grão-mestre dos Cavaleiros Teutônicos de 1662 até sua
morte.
Em 1651, Fernando III casou com Leonor Gonzaga, princesa de Mântua (Mântua, 18 de
novembro de 1630 – Viena, 6 de dezembro de 1686), filha de Carlos de Gonzaga-Nevers,
Duque de Rethel e de Mayenne. Deste casamento nasceram quatro filhos:
Teresa Maria Josefa, Arquiduquesa da Áustria (1652 – 1653).
Leonor Maria Josefa, Arquiduquesa da Áustria (Ratisbona, 21 de maio de 1653 – Viena, 17 de
dezembro de 1697). Foi Rainha da Polônia pois casou em 1670 com Michał Korybut
Wiśniowiecki (31 de julho de 1640 – 10 de novembro de 1673), Rei da Polônia e depois com
Carlos V da Lorena (1643-1690).
Maria Ana Josefa, Arquiduquesa da Áustria (Viena, 20 de dezembro de 1654 – Viena, 4 de abril
de 1689). Condessa do Palatinado-Neuburgo porque casou em 1678 com João de Wittelsbach-
Duas-Pontes, Eleitor Palatino do Reno.
Fernando José, Arquiduque da Áustria (1657 – 1658).
eopoldo I da Áustria
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Leopoldo I
Sacro Imperador Romano-Germânico
Kaiser-Leopold1.jpg
Leopoldo I
Governo
Reinado 1658 — 1705
Antecessor(a) Fernando III
Sucessor(a) José I
Dinastia Habsburgo
Título(s) Arquiduque da Áustria
Vida
Nascimento 9 de junho de 1640
Viena
Morte 5 de maio de 1705 (64 anos)
Viena
Pai Fernando III da Germânia
Mãe Maria Ana de Espanha
Leopoldo I da Áustria, também chamado de Leopoldo de Habsburgo (Viena, 9 de junho de
1640 - 5 de maio de 1705) foi o segundo filho do imperador Fernando III, e de sua esposa
Maria Ana, infanta da Espanha, filha de Filipe III de Espanha.
Da dinastia de Habsburgo, foi o 38.º imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
Destinado à carreira religiosa, com a morte do irmão mais velho Fernando IV, herdeiro do
trono da Áustria, foi coroado rei da Hungria em 1655, aos 15 anos. Em 1656, rei da Boêmia e,
em 1658, com 18 anos, após a morte do pai, proclamado rei da Áustria. Reinou 47 anos e
casou-se três vezes. Em julho de 1658, foi eleito imperador do Sacro Império Romano-
Germânico em Frankfurt, um ano depois da morte do pai.
Títulos: Duque de Carniola, da Caríntia, da Estíria, Conde do Tirol, 1657. Arquiduque Leopoldo
VIII da Áustria em 1658.
Aliado da Polônia contra o rei Carlos X da Suécia, combateu o Império Otomano. Assinou o
Tratado de Nimegue com a França em 1679, integrou a Grande Aliança contra Luís XIV em
1689. Entrou com seus exércitos na Guerra da Sucessão da Espanha em apoio ao filho, o
Arquiduque Carlos, que pretendia o trono como Carlos III da Espanha contra o Duque de
Anjou, afinal Filipe V de Espanha.
Lutou contra o expansionismo francês de Luís XIV, para quem perdeu, em 1697, o território de
Estrasburgo pelo Tratado de Rijswijk ou Ryswick. Rechaçou os turcos otomanos, que chegaram
a sitiar Viena, capital da Áustria em 1683, graças principalmente ao talento militar do príncipe
Eugénio de Sabóia. Em 1699, através do Tratado de Karlowitz, tirou a Hungria do domínio
turco-otomano.
Reprimiu com rigor a revolta da nobreza húngara, na grande maioria calvinistas e contrários à
hegemonia dos Habsburgos, que ameaçavam iniciar a contra-reforma na Áustria.
Protetor das artes, transformou Viena em um importante centro artístico e cultural. No final
da vida, envolveu-se na guerra da sucessão de Carlos II da Espanha, na tentativa de colocar seu
filho Carlos de Habsburgo no trono espanhol, lugar que foi ocupado por Filipe V.
Morreu em Viena em 1705 tendo entrado para a história como o grande imperador austríaco
que estendeu e consolidou as fronteiras do Sacro Império Romano-Germânico e levou a
Áustria a se tornar potencia européia.
Casamentos e posteridade[editar | editar código-fonte]
em 12 de dezembro de 1666 casou com Margarida Teresa de Habsburgo, infanta de Espanha
nascida em Madrid em 12 de julho de 1651 e morta em 12 de março de 1673 em Viena, 2ª
filha de Filipe IV, rei de Espanha, e de Mariana de Áustria, a irmã de Carlos II.
Filhos:
1 - Fernando Venceslau, arquiduque da Áustria (1667-1668).
2 - Maria Antónia Josefa, arquiduquesa da Áustria (Viena, 18 de Janeiro 1669 - 24 de Dezembro
1692), casou com Maximiliano II Maria Manuel de Wittelsbach (1662-1726), Eleitor da Baviera.
3 - João Leopoldo, arquiduque da Áustria (1670).
4 - Maria Ana, arquiduquesa da Áustria (1672).
Em 1673 casou com Cláudia Felicitas (1653-1676) da Áustria-Innsbruck ou Áustria-Tirol, filha
do Arquiduque Fernando Carlos do Tirol (1630-1665).
Filhos:
5 - Ana Maria, arquiduquesa da Áustria (1674).
6 - Maria Josefa, arquiduquesa da Áustria (1675-1676).
Em 14 de dezembro de 1676 aos 36 anos casou com a condessa Leonor Madalena de
Neuburgo, nascida em Dusseldorf em 6 de janeiro de 1655 e morta em 19 de janeiro de 1720
em Viena. Princesa palatina de Neuburgo-Wittelsburg ou condessa palatina de Neuburgo, do
Palatinado-Neuburgo. Era filha de Filipe Guilherme de Neuburgo-Wittelsburgo, Eleitor do
Palatinado ou Palatino do Reno e Isabel Amália de Hesse-Darmstadt, irmã de Maria Ana de
Neuburgo (1667-1740), a 2ª esposa do rei da Espanha Carlos II e de Maria Sofia de Neuburgo,
esposa do rei Pedro II de Portugal. Mulher de família famosa pela fecundidade, terá dez filhos,
entre os quais os futuros José I, Carlos VI e Maria Ana Josefa.
Filhos:
7 - José I da Áustria, imperador da Alemanha (Viena, 26 de Julho 1678 - Viena, 17 de Abril de
1711). Arquiduque da Áustria, Rei da Hungria e Croácia (1687), eleito Rei dos romanos 1690,
sucedeu ao pai como Imperador do Sacro Império Romano e da Boémia, em 1705.
8 - Cristina, arquiduquesa da Áustria (1679).
9 - Maria Isabel de Áustria, (Linz, 13 de Dezembro 1680 - Mariemont, 26 de Agosto 1741),
governadora ou Stattholder dos Países Baixos;
10 - Leopoldo José (1682-1684), Arquiduque da Áustria
11 - Maria Ana, arquiduquesa da Áustria (Viena, 7 de Setembro 1683 - Lisboa, 14 de Agosto
1754). Casada em 1708 com João V, rei de Portugal.
12 - Maria Teresa, arquiduquesa da Áustria (1684-1696).
13 - Carlos VI da Áustria, imperador da Alemanha; (1685-1740). Último Habsburgo em linha
direta.
14 - Maria Josefa , arquiduquesa da Áustria (1687-1703).
15 - Maria Madalena , arquiduquesa da Áustria (Viena, 26 de Março 1689 - Viena, 1 de Maio
1743). Diretora da Ordem das Damas da Cruz Estrelada.
16 - Maria Margarida, arquiduquesa da Áustria. (1690-1691).
José I, Sacro Imperador Romano-Germânico
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José I
Sacro Imperador Romano-Germânico
Joseph I, Holy Roman Emperor.jpg
José I
Governo
Reinado 1705 — 1711
Antecessor(a) Leopoldo I
Sucessor(a) Carlos VI da Germânia
Dinastia Habsburgo
Título(s) Arquiduque da Áustria, Rei da Hungria
Vida
Nascimento 26 de julho de 1678
Viena
Morte 17 de abril de 1711 (32 anos)
Viena
Pai Leopoldo I, Sacro Imperador Romano-Germânico
Mãe Leonor Madalena de Neuburgo
José I, Imperador do Sacro Império Romano Germânico. José I foi filho do imperador Leopoldo
I da Germânia, nasceu em Viena em 26 de julho de 1678 e morreu em 17 de abril de 1711 em
Viena. Arquiduque da Áustria, foi rei da Hungria e da Croácia em 1687, eleito rei dos romanos
em 1690.
Sucedeu ao pai como imperador e como Rei da Boêmia em 1705, recebendo os títulos de
Duque de Carniola, da Caríntia, da Estíria, conde do Tirol em 1705, e mais tarde, em 1708,
Duque de Mântua.
Enquanto era imperador, o príncipe Eugênio derrotou Luís XIV. Derrubou muitas medidas
autoritárias do pai, mas se mostrou hostil aos jesuítas, de quem o pai recebera influência. Bom
autor de composições musicais.
Foi sucedido por seu irmão Carlos VI da Germânia.
Casamento e posteridade[editar | editar código-fonte]
Em 1699, casou com Guilhermina Amália de Brunsvique-Luneburgo (nascida em Luneburgo 21
de abril de 1673 e morta em 10 de abril de 1742 em Viena), filha de João Frederico, Duque de
Brunswick-Luneburgo, tendo três filhas.
1 - Maria Josefa, nascida em Viena em 8 de dezembro de 1699 e morta em Dresden em 17 de
novembro de 1757 ). Rainha da Polônia, Eleitora de Saxe porque em 1719 casou-se com
Frederico Augusto II (III) (?-1763) Eleitor de Saxe e Rei da Polônia.
2 - Leopoldo José, que nasceu em 1700 e viveu apenas um ano.
3 - Maria Amália de Áustria, nascida em Viena em 22 de outubro de 1701 e morta em 11 de
dezembro de 1756 em Munique. Eleitora da Baviera porque casou em 1722 com Carlos Alberto
I de Wittelsbach, eleitor e duque da Baviera desde 1726, imperador Carlos VII da Germânia, da
dinastia de Wittelsbach, nascido em Bruxelas em 6 de agosto de 1697 e morto em 20 de
janeiro de 1745 em Munique, o qual sucedeu a seu pai em 22 de fevereiro de 1726 e foi rei da
Boêmia em 1741.
Carlos VI, Sacro Imperador Romano-Germânico
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VI de França.
Carlos VI
Sacro Imperador Romano-Germânico
Johann Gottfried Auerbach 002.JPG
Governo
Reinado 12 de outubro de 1711 -
20 de outubro de 1740
Consorte Elisabeth Christine de Brunswick-Wolfenbüttel
Dinastia Habsburgo
Título(s)
Rei dos Romanos, Rei da Germânia
Rei da Hungria, da Croácia e da Boêmia
Arquiduque da Áustria
Duque de Parma e Piacenza (1735-1740)
Rei de Nápoles e da Sicília (1713-1738)
Rei da Sardenha(1713-1720)
Vida
Nascimento 1º de outubro de 1685
Viena
Morte 20 de outubro de 1740
Viena
Sepultamento Cripta Imperial de Viena
Pai Leopoldo I da Germânia
Mãe Leonor Madalena do Palatinado-Neuburgo
Carlos de Habsburgo, em em alemão: Karl von Habsburg, (Viena, 1º de outubro de 1685 -
Viena, 20 de outubro de 1740), foi imperador romano-germânico de 1711 a 1740, como Carlos
VI. No mesmo período, também rei da Hungria, como Carlos III. Seu reinado foi marcado por
querelas de sucessão entre as dinastias europeias, e os membros da sua própria dinastia
entrariam em conflito generalizado.
Carlos era o segundo filho de Leopoldo I da Germânia e de sua terceira esposa, Leonor
Madalena do Palatinado-Neuburgo. Chegou a assumir o trono de Aragão e Castela, como
Carlos III, tendo sido coroado em Madrid, mas abandonou a pretensão, ao assumir o trono
austríaco. Não consta na lista de reis espanhóis, pois Filipe, duque de Anjou, finalmente obteve
o trono como Filipe V de Espanha.
Educado por Anton Florian de Liechtenstein, foi o herdeiro contratado pelos Habsburgos
espanhóis, ramo em extinção. Carlos II da Espanha fez seu herdeiro o duque de Anjou, que
subiu ao trono espanhol como Filipe V, violando o contrato. A guerra pela coroa levou à Guerra
da Sucessão Espanhola, nos anos finais do século XVII.
Carlos chegou a Portugal, como arquiduque pretendente ao trono espanhol, em março de
1704. Foi recebido com muitos agasalhos: declaração de guerra à Espanha. Havia entretanto
desordem, bulhas, anarquia nas tropas, rivalidade entre os comandantes. Desde 1674, D.
Pedro II de Portugal não convocara mais as Cortes Gerais - instituição que outrora
representara a nação perante o rei -, uma consequência do absolutismo. O pretendente veio
na armada do almirante Rook, usando nome de Carlos III da Espanha. Um mês depois Filipe
d'Anjou iniciou hostilidades contra Portugal, ocorrendo as primeiras investidas na Beira e no
Alentejo. A invasão continuou até o exército português criar, em território espanhol, uma
segunda frente, o que significava encontrar-se completo o exército, com auxiliares
neerlandeses, comandados pelo barão Fagel, e ingleses chefiados pelo Conde de Galloway.[1]
Como seu irmão, o imperador José I da Germânia morrera subitamente, Carlos retorna à
Áustria, assume o trono austríaco e, em 1711, é eleito imperador romano-germânico em
Frankfurt.
Embora com pouco talento político, em seu reinado a Áustria atinge sua maior expansão.
Talvez em consequência dos anos que passara na Espanha, introduziu na corte de Viena o
cerimonial espanhol (Spanisches Hofzeremoniell) e mandou construir a famosa Escola
Espanhola de Equitação. Além do mais, construiu em seu reinado o Reichskanzlei ("chancelaria
do Estado") e a Biblioteca Nacional. Agregou também ao palácio de Hofburgo a ala Michaeler.
Muitos dos prédios barrocos atualmente existentes em Viena foram construídos em seu
reinado.
Tinha ambições musicais. Em menino, recebeu lições de Johann Joseph Fux, de modo que
compunha e tocava cravo e piano e por vezes se animou a reger a orquestra real.
Tendo apenas duas filhas (do casamento com Elisabeth Christine de Brunswick-Wolfenbüttel) e
não herdeiros varões, preparou cuidadosamente a Pragmática Sanção em 1713, pela qual
declarou que seu reino não poderia ser dividido, e filhas mulheres poderiam também herdar o
trono paterno. Entretanto, quando morreu, teve lugar a Guerra da Sucessão Austríaca. Por fim,
a Pragmática Sanção predominou, e sua filha Maria Teresa o sucedeu como Rainha da Hungria
e da Boêmia e Arquiduquesa de Áustria embora, sendo mulher, não tivesse sido eleita para o
Sacro Império Romano, o qual foi assumido Carlos VII.
Depois de Carlos VII, porém, o marido de Maria Teresa, Francisco III, duque da Lorena, foi
eleito Sacro Imperador como Francisco I, assegurando a continuação da linha dos Habsburgo.
Carlos Alberto da Baviera
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Carlos VII
Sacro Imperador Romano-Germânico
Charles VII.jpg
Carlos VII
Governo
Antecessor(a) Carlos VI
Sucessor(a) Francisco I
Dinastia Wittelsbach
Título(s) Rei da Polônia, Rei da Boêmia
Vida
Nascimento 6 de agosto de 1697
Bruxelas
Morte 20 de janeiro de 1745 (47 anos)
Munique
Carlos Alberto da Baviera ou Carlos VII da Germânia foi imperador do Sacro Império Romano-
Germânico. Carlos Alberto I pertencia à família Wittelsbach, há séculos no poder como duques
e depois eleitores da Baviera. Nasceu em Bruxelas em 6 de agosto de 1697 e morreu em
Munique em 20 de janeiro de 1745. Filho do eleitor Maximiliano Emanuel e de sua segunda
esposa Teresa Cunigunda Sobieska, filha de João III Sobieski, Rei da Polônia (1624-1696) e de
Maria Casimira Luísa de La Grange d'Arquien. Duque da Baviera, sucedeu ao pai em 26 de
fevereiro de 1726 e foi rei da Boêmia em 1741.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Tendo o pai tomado o partido de Luís XIV na Guerra da Sucessão Espanhola, a Baviera foi
ocupada por tropas estrangeiras. Ele e seu irmão Clemente (futuro arcebispo de Colônia)
foram levados para Viena prisioneiros, educados pelos jesuítas como condes de Wittelsbach.
Quando o pai foi restaurado ao eleitores, foi solto. Em 1717, liderou o contingente bávaro que
serviu no exército imperial do Príncipe Eugênio contra os turcos e teria se distinguido em
Belgrado. O tio da esposa, imperador Carlos VI da Germânia, arquiduque da Áustria, insistiu
que a Casa da Baviera reconhecesse a Pragmática Sanção, que estabelecia sua filha Maria
Teresa como herdeira dos domínios dos Habsburgos. O que foi por ele feito, embora com
reservas mentais e protestos secretos, pois os eleitores da Baviera tinham direito às posses
dos Habsburgos por testamento de Fernando I em 1564.
Quando, em 20 de outubro de 1740 morreu Carlos VI, entrou em liga contra Maria Teresa,
apoiado pelos franceses e foi eleito imperador em oposição ao marido de Maria Teresa,
Francisco de Lorena, Grão-Duque da Toscana, em 24 de janeiro de 1742, sendo coroado em
Frankfurt-am-Main em 12 de fevereiro de 1742. Com exército negligenciado, incapaz de
resistir às tropas austríacas, enquanto era coroado, seus domínios hereditários na Baviera
eram invadidos…
Durante esta Guerra da Sucessão Austríaca se tornou títere nas mãos da coalizão antiaustríaca.
Em 1743, reentrou na capital, Munique, para fugir dela logo depois. Foi restaurado por
Frederico, o Grande, da Prússia em outubro 1744, mas morreu exausto. Foi sucedido como
imperador por Francisco I , que inaugurou a casa de Habsburgo-Lorena.
Casamento e posteridade[editar | editar código-fonte]
Casou em 25 de setembro de 1722 com Maria Amélia de Habsburgo (Viena, 22 de outubro de
1701-Munique, 11 de dezembro de 1756), filha do imperador José I.
Nome Retrato Nascimento Morte Notas
Maximiliana Maria Coat of Arms of Charles VII Albert, Holy Roman Emperor.svg 1723
Morreu na infância.
Maria Antónia Walpurgis
Eleitora da Saxónia Maria Antonia Walpurgis von Sachsen.jpg 18 de julho de 1724
23 de abril de 1780 Casada em 1747 com seu primo Frederico Cristiano, Príncipe-
Eleitor da Saxónia, tiveram filhos.
Teresa Benedita Maria Theresa Benedikta of Bavaria.jpg 06 de dezembro de 1725
29 de março de 1743 Morreu jovem e solteira.
Maximiliano III
Eleitor da Baviera Desmarees workshop Maximilian III of Bavaria.jpg 28 de março de
1727 30 de dezembro de 1777 Casado em 1747 com seu prima Maria Ana Sofia da
Saxónia, no tiveram filhos.
José Luís Coat of Arms of Charles VII Albert, Holy Roman Emperor.svg 25 de agosto de
1728 2 de dezembro de 1733 Morreu na infância.
Maria Ana Josefa
Marquesa de Baden-Baden Maria Anna Josepha of Bavaria, Margravine of Baden-
Baden.jpg 7 de agosto de 1734 7 de maio de 1776 Casada em 1755 com Luís I da
Baden-Baden, não tiveram filhos.
Maria Josefa
Rainha-Consorte da Germânia e Imperatriz-Consorte do Sacro Império Romano-Germânico
Maria Josepha von Bayern.jpg 30 de março de 1739 28 de maio de 1767 Casada
em 1765 com José II, Sacro Imperador Romano-Germânico, no tiveram filhos.
Francisco I, Sacro Imperador Romano-Germânico
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Francisco I

Sacro imperador romano-germânico


Reinado 13 de setembro de 1745
a 18 de agosto de 1765
Predecessor Carlos VII
Sucessor José II
Duque de Lorena
Reinado 27 de março de 1729
a 18 de agosto de 1765
Predecessor Leopoldo, Duque de Lorena
Sucessor Estanislau I da Polônia
Esposa Maria Teresa da Áustria
Descendência
Maria Isabel da Áustria
Maria Ana da Áustria
Maria Carolina da Áustria
José II, Sacro Imperador Romano-Germânico
Maria Cristina da Áustria
Maria Isabel da Áustria
Carlos José da Áustria
Maria Amália da Áustria
Leopoldo II, Sacro Imperador Romano-Germânico
Maria Carolina da Áustria
Maria Joana da Áustria
Maria Josefa da Áustria
Maria Carolina da Áustria
Fernando Carlos de Áustria-Este
Maria Antonieta
Maximiliano Francisco da Áustria
Casa Lorena
Pai Leopoldo, Duque de Lorena
Mãe Isabel Carlota de Orleães
Nascimento 8 de dezembro de 1708
Nancy, França
Morte 18 de agosto de 1765 (56 anos)
Innsbruck, Sacro Império Romano-Germânico
Enterro Cripta Imperial de Viena,
Viena, Áustria
ReligiãoCatolicismo
Francisco I (Francisco Estêvão de Lorena), (8 de Dezembro de 1708 - 18 de Agosto de 1765) foi
um sacro imperador romano-germânico e grão-duque da Toscana, embora fosse a sua esposa
quem executava os poderes reais associados a essas posições. Juntamente com a sua esposa, a
imperatriz Maria Teresa, fundou a dinastia Habsburgo-Lorena. Entre 1728 e 1737 foi duque de
Lorena. Em 1737, o ducado de Lorena passou a ser gerido pela França de acordo com os
termos que resultaram da Guerra de Sucessão Polaca. Francisco e a Casa de Lorena receberam
o grão-ducado da Toscana no tratado de paz que pôs termo à guerra. Depois de subir ao trono
como sacro imperador romano-germânico, o ducado de Lorena passou, em nome, para as
mãos do seu irmão mais novo, o príncipe Carlos Alexandre de Lorena que era também
governante dos Países Baixos austríacos. Devido a uma série de alianças estratégicas, o ducado
acabaria por ser anexado pela França em 1766.
Embora, nominalmente, ocupasse uma posição superior à sua esposa, Maria Teresa,
arquiduquesa da Áustria e rainha da Hungria e da Boémia, Francisco que, apesar de
competente, era mais calmo, foi sempre ofuscado pela personalidade forte da sua esposa.[1]
Índice [esconder]
1 Primeiros anos
2 Casamento
3 Reinado
4 Descendência
5 Genealogia
6 Referências
Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Francisco Estêvão com a sua mãe, a princesa Isabel Carlota de Orleães.


Francisco nasceu em Nancy, no ducado de Lorena (actual território francês), sendo um dos
filhos do duque Leopoldo de Lorena e da sua esposa, a princesa Isabel Carlota de Orleães, filha
de Filipe I, duque de Orleães.
Era parente dos Habsburgos através da sua avó, a arquiduquesa Leonor, filha do sacro-
imperador Fernando III e esposa do duque Carlos Leopoldo de Lorena, o seu avô. Tinha uma
relação muito próxima com o seu irmão, o príncipe Carlos Alexandre, e com a irmã Ana
Carlota.
O sacro-imperador Carlos VI gostava da família dos Lorena uma vez que, além de serem seus
primos direitos, tinham prestado bons serviços à casa real austríaca. Tinha planeado casar a
sua filha, Maria Teresa, com o irmão mais velho de Francisco, o príncipe Leopoldo Clemente,
no entanto este acabaria por morrer pouco tempo depois. Após a morte do irmão, Francisco
ocupou o seu lugar não só como herdeiro do ducado de Lorena, mas também como futuro
genro do sacro-imperador. Mudou-se para Viena com a intenção de se casar com Maria Teresa
e, eventualmente, os dois acabaram por se afeiçoar um ao outro.
Aos 15 anos de idade, quando se mudou para Viena, Francisco estabeleceu-se no ducado
salesiano de Teschen, que tinha sido mediatizado e entregue ao seu pai pelo saco-imperador
em 1722. Francisco Estêvão de Lorena sucedeu ao seu pai como duque de Lorena em 1729. Em
1731, entrou na Maçonaria, na grande loja de Inglaterra, numa loja localizada
convenientemente em Haia, na casa do embaixador britânico, Philip Stanhpe, 4º conde de
Chesterfield.[2] Durante uma visita posterior a Inglaterra, Francisco foi elevado a mestre
manção numa outra loja localizada em Houghton Hall, a propriedade do primeiro-ministro
britânico, Robert Walpole, em Norfolk.[3]
Maria Teresa nomeou Francisco "Lorde Tenete" da Hungria em 1732. Francisco nunca se
mostrou interessado por esta posição, mas Maria deseja tê-lo por perto. Em Junho de 1732,
Francisco concordou em viajar até Pressburg.
Quando rebentou a Guerra da Sucessão Polaca em 1733, a França aproveitou a oportunidade
para ocupar Lorena, uma vez que o primeiro-ministro francês, o cardeal Fleury estava
preocupado que a influência dos Habsburgo nesse território trouxesse o poder austríaco para
demasiado perto de França.
Foi concluído um tratado de paz preliminar em Outubro de 1735 que foi rectificado mais tarde
no Tratado de Viena em Novembro de 1738. Nos termos desse acordo, Estanislau I, sogro do
rei Luís XV, que tinha perdido a sua pretensão ao trono da Polónia, ficou com o ducado de
Lorena enquanto que Francisco, em compensação da sua perda, foi nomeado herdeiro do
grão-ducado da Toscana, de cujos primeiros grão-duques era ainda descendente e ao qual
sucedeu em 1737.
Apesar de as batalhas terem terminado com o acordo de paz preliminar, foi necessário esperar
pela morte do último grão-duque da Toscana da família Medici, João Gastão, em 1737, para
que as trocas territoriais negociadas entrassem realmente em vigor.
Em Março de 1736, o sacro-imperador convenceu Francisco, o seu futuro genro, a trocar em
segredo o ducado de Lorena pelo grão-ducado da Toscana. A França tinha exigido que o noivo
de Maria Teresa entregasse o seu ducado ancestral para receber o rei deposto da Polónia. O
sacro-imperador também considerou outras possibilidades, como, por exemplo, casar a sua
filha com o futuro rei Carlos III de Espanha, antes de anunciar o seu noivado com Francisco. Se
algo corresse mal, Francisco teria sido nomeado governador dos Países Baixos austríacos.
Isabel Farnésio também queria que o grão-ducado da Toscana passasse para o seu filho, o rei
Carlos III de Espanha; João Gastão de Medici não tinha filhos e tinha um antepassado em
comum com Isabel: a sua bisavó, a princesa Margarida de Medici. Assim, o filho de Isabel tinha
bases para reivindicar o ducado.
A 31 de Janeiro de 1736, Francisco aceitou casar-se com Maria Teresa. Antes disso, tinha
hesitado três vezes e pousado a pena antes de assinar o documento. A sua mãe, a princesa
Isabel Carlota de Orleães, e o seu irmão, o príncipe Carlos Alexandre de Lorena, eram
particularmente contra o casamento, uma vez que não desejavam perder o ducado de Lorena.
A 1 de Fevereiro, Maria Teresa enviou uma carta a Francisco na qual afirmava que, caso o seu
pai viesse a ter descendentes masculinos, iria rejeitar o seu direito ao trono.
Casamento[editar | editar código-fonte]

Francisco com a sua esposa, Maria Teresa e o seu filho mais velho José, futuro sacro-
imperador da Áustria.
Francisco e Maria Teresa casaram-se a 14 de Fevereiro de 1736 na igreja augustina de Viena. O
tratado secreto assinado entre o sacro-imperador e Francisco foi assinado a 4 de Maio de
1736. Em Janeiro de 1737, as tropas espanholas deixaram a Toscana e foram substituídas por
6.000 soldados austríacos.[4] A 24 de Janeiro de 1737, Francisco recebeu oficialmente o grão-
ducado da Toscana das mãos do seu sogro. Até essa altura, Maria Teresa tinha sido duquesa
de Lorena.
João Gastão de Medici, que morreu a 9 de Julho de 1737, era primo em segundo grau de
Francisco. Em Junho de 1737, Francisco viajou até à Hungria para enfrentar novamente os
turcos. Em Outubro de 1738 regressou a Viena. A 17 de Dezembro de 1738, o casal viajou para
sul, acompanhados do irmão de Francisco, Carlos, numa visita a Florença que durou três
meses. Chegaram a 20 de Janeiro de 1739.
Em 1744, o irmão de Francisco casou-se com a irmã mais nova de Maria Teresa, a
arquiduquesa Maria Ana da Áustria. Em 1744, Carlos foi nomeado governante dos Países
Baixos Austríacos, uma posição que ocupou até à sua morte em 1765.
Reinado[editar | editar código-fonte]
No Tratado de Füssen, assinado a 13 de Setembro de 1745, Maria Teresa garantiu a sucessão
de Francisco ao sacro-imperador Carlos VII e nomeou-o co-regente dos seus domínios.
Francisco não se importou de deixar a governação à sua esposa que estava bem qualificada
para o cargo. O sacro-imperador era conhecido pelo seu bom senso e por um talento natural
para os negócios, tendo prestado uma grande ajuda a Maria Teresa na complicada tarefa de
governar nos domínios autríacos, mas não participava activamente em questões políticas. No
entanto, a sua esposa encarregou-o dos assuntos financeiros e Francisco geriu-os bem até à
sua morte.[5] No final da Guerra dos Sete Anos, a Áustria encontrava-se profundamente
endividada e perto da bancarrota, mas, na década de 1780, já se encontrava numa situação
financeira melhor do que a de França ou Inglaterra. Francisco interessava-se muito pelas
ciências naturais e pertencia à Maçonaria.
Francisco era também conhecido pelo seu gosto por mulheres e teve muitos casos amorosos
pouco discretos, sendo o mais conhecido com Maria Wilhelmina von Neipperg, trinta anos
mais nova do que ele. Este caso amoroso foi muito comentado em cartas e diários de
visitantes da corte austríaca da época e até dos seus filhos.[6]
O sacro-imperador morreu subitamente quando regressava de um espectáculo de ópera em
Innsbruck a 18 de Agosto de 1765. Foi enterrado no sepúlcro número 55 da Cripta Imperial em
Viena.
Maria Teresa e Francisco tiveram dezesseis filhos - a sua filha mais nova, foi a rainha Maria
Antonieta de França. Francisco foi sucedido oficialmente pelo seu filho mais velho, o sacro-
imperador José II, mas foi a sua esposa que continuou a exercer efectivamente o poder no
império. Outro dos seus filhos viria também a tornar-se no imperador Leopoldo II.
Descendência[editar | editar código-fonte]
Maria Isabel da Áustria (5 de Fevereiro de 1737 - 6 de Junho de 1740), morreu aos três anos de
idade.
Maria Ana da Áustria (6 de Outubro de 1738 - 19 de Novembro de 1789), morreu solteira e
sem descendência.
Maria Carolina da Áustria (12 de Janeiro de 1740 - 25 de Janeiro de 1741), morreu com poucos
meses de idade, provavelmente de varíola.
José II, Sacro Imperador Romano-Germânico (13 de Março de 1741 - 20 de Fevereiro de 1790),
casou-se primeiro com a princesa Isabel de Parma; com descendência. Casou-se depois com a
princesa Maria Josefa da Baviera; sem descendência.
Maria Cristina da Áustria (13 de Maio de 1742 - 24 de Junho de 1798), casou-se com o príncipe
Alberto, duque de Teschen; com descendência.
Maria Isabel da Áustria (13 de Agosto de 1743 - 22 de Setembro de 1808), morreu solteira e
sem descendência.
Carlos José da Áustria (1 de Fevereiro de 1745 - 18 de Janeiro de 1761), morreu aos quinze
anos de idade de varíola.
Maria Amália da Áustria (26 de Fevereiro de 1746 - 9 de Junho de 1804), casou-se com
Fernando, duque de Parma; com descendência.
Leopoldo II, Sacro Imperador Romano-Germânico (5 de Maio de 1747 - 1 de Março de 1792),
casou-se com a infanta Maria Luísa de Espanha; com descendência.
Maria Carolina da Áustria (nascida e morta a 17 de Setembro de 1748), morreu poucas horas
depois de ser baptizada.
Maria Joana da Áustria (4 de Fevereiro de 1750 - 23 de Dezembro de 1762), morreu de varíola,
sem descendência.
Maria Josefa da Áustria (19 de Março de 1751 - 15 de Outubro de 1767), morreu de varíola:
sem descendência.
Maria Carolina da Áustria (13 de Agosto de 1752 - 7 de Setembro de 1814), casou-se com o rei
Fernando I das Duas Sicílias; com descendência.
Fernando da Áustria, duque de Breisgau (1 de Junho de 1754 - 24 de Dezembro de 1806),
casou-se com Maria Beatrice d'Este, herdeira de Breisgau e Modena; com descendência.
Maria Antonieta (2 de Novembro de 1755 - 16 de Outubro de 1793), casou-se com o rei Luís
XVI de França; com descendência.
Maximiliano Francisco da Áustria (8 de Dezembro de 1756 - 27 de Julho de 1801), bispo-eleitor
de Colónia.
José II, Sacro Imperador Romano-Germânico
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José II
Sacro Imperador Romano-Germânico
Kaiser Joseph II by Georg Decker.png
Governo
Reinado 18 de agosto de 1765 a
20 de fevereiro de 1790
Consorte Isabel de Parma
Maria Josefa da Baviera
Antecessor(a) Francisco I
Herdeiro Leopoldo II
Casa Real Habsburgo-Lorena
Título(s) Rei da Hungria, Rei da Croácia, Rei da Boêmia, Arquiduque da Áustria
Vida
Nascimento 13 de março de 1741
Morte 20 de fevereiro de 1790 (48 anos)
Pai Francisco I
Mãe Maria Teresa I
José II (Viena, 13 de março de 1741 - 20 de fevereiro de 1790) foi imperador do Sacro Império
Romano-Germânico entre 1765 e 1790. Deteve ainda os títulos de rei da Boémia e da Hungria
e de Arquiduque da Áustria (1780-1790). Filho mais velho de Francisco I e de Maria Teresa. A
sua acção governativa valeu-lhe o título de "déspota esclarecido". Foi amigo dos
Enciclopedistas e dos Fisiocratas.
Em 1760, casou-se com Isabel de Parma que faleceu três anos depois. Sua mãe obrigou-o a
casar-se com Maria Josefa da Baviera, que morreu em 1767, sem dar um filho a José.
Com a morte do pai, em 1765, recebeu o título de imperador, mas só exerceu plenamente o
poder depois da morte de sua mãe em 1780, tendo praticado com ela a co-regência. Durante o
período da co-regência dedicou-se a viajar pelos estados austríacos e pelo estrangeiro.
Entre as primeiras reformas que empreendeu encontra-se a centralização administrativa do
império através da supressão dos órgãos colegiais e da criação de uma chancelaria com vastos
poderes.
Na economia, José II praticou políticas próximas do colbertismo. Procedeu-se a uma cadastro
das terras, construiu-se uma rede de estradas e fomentaram-se as indústrias, sobretudo na
Boémia.
Através do Édito de Tolerância de 1781 concedeu a liberdade de culto a todos os cristãos,
embora os protestantes não obtivessem todos os direitos. Os judeus deixaram de ser
obrigados de trazer sinais distintivos nas roupas e puderam frequentar as universidades.
Apesar de muito apegado ao catolicismo, não hesitou em colocar a Igreja sob sua autoridade,
exercendo uma política religiosa autónoma de Roma que ficou conhecida por "josefismo".
Suprimiu as ordens contemplativas e vendeu os bens destas em proveito das obras
assistenciais (1781), fez com que os clérigos seculares se tornassem funcionários civis e
instituiu seminários estatais. Limitou o culto das relíquias, os feriados e as peregrinações.
Na área social, José II aboliu a servidão (Novembro de 1781) e a tortura (1785). Fundou novos
hospitais, asilos e orfanatos. A educação passou a ser encarada como responsabilidade do
Estado, tendo sido decretado em 1773 o ensino primário obrigatório.
No campo da diplomacia fez uma aliança com Catarina II da Rússia contra os Turcos, mas José
fracassou nos intentos de os derrotar.
O alemão tornou-se língua obrigatória no império em 1784.[1]
As suas reformas viriam a provocar descontentamento entre os nobres da Hungria e entre o
clero, pelo que José teve que recuar em alguns aspectos. A orientação centralizadora que
imprimiu ao Estado provocou a revolta dos Países Baixos Austríacos. O seu sucessor, o seu
irmão Leopoldo II, viria mesmo a abandonar muitas dessas reformas.
Leopoldo II de Habsburgo-Lorena
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Leopoldo II
Sacro-Imperador Romano Germânico
Leopold II emperor.jpg
Leopoldo II
Governo
Reinado 30 de setembro de 1790 a
1 de março de 1792
Consorte Maria Luísa da Espanha
Antecessor(a) José II
Herdeiro Francisco II
Casa Real Habsburgo-Lorena
Título(s) Rei da Hungria, Rei da Croácia, Rei da Boêmia, Arquiduque da Áustria
Vida
Nascimento 5 de maio de 1747
Morte 1 de março de 1792 (44 anos)
Pai Francisco I
Mãe Maria Teresa I
Leopoldo II de Habsburgo-Lorena (em alemão Peter Leopold Joseph) (Viena, 5 de maio de 1747
- Viena, 1 de março de 1792), foi imperador do Sacro Império Romano Germânico. Era filho de
Francisco I e de Maria Teresa da Áustria. Sucedeu a seu irmão, José II.
Durante seu breve reinado, conseguiu sufocar rebeliões nos territórios húngaros e belgas,
firmou a Paz de Sistova em 1791 acordado com os turcos e fez um acordo (Declaração de
Pillnitz) com Frederico Guilherme II da Prússia, numa aliança contra os franceses
revolucionários, dado que a rainha Maria Antonieta era sua irmã. Casou-se com Maria Luísa da
Espanha, filha de Carlos III de Espanha.
Índice [esconder]
1 Outros títulos
2 Descendência
3 Ancestrais
4 Ver também
5 Ligações externas
Outros títulos[editar | editar código-fonte]
Foi também Rei da Hungria, Rei da Boêmia e Grão-Duque da Toscana.
Descendência[editar | editar código-fonte]
De seu matrimônio com Maria Luísa de Espanha (1745), tiveram 16 filhos, dos quais 14
nasceram vivos e chegaram à vida adulta.
Maria Teresa (1767 - 1827). Arquiduquesa da Áustria. Casada com Antônio, Rei da Saxônia.
Francisco (1768 – 1835), chegaria a ser imperador da Áustria.
Fernando (1769 – 1824). Arquiduque da Áustria e Grão-Duque da Toscana.
Carlos (1771 – 1847). Arquiduque da Áustria e Duque de Teschen (1822 - 1847).
Alberto (1773 - 1774)
Maximiliano (1774 - 1778)
José (1776 – 1847). Arquiduque da Áustria.
Maria Clementina (1777 – 1801). Arquiduquesa da Áustria, contraiu matrimônio com Francisco
I, Rei das Duas Sicílias.
Antonio Victor (1779 - 1835). Arquiduque da Áustria, brevemente Arcebispo-Eleitor de Colônia
e depois grande mestre da Ordem Teutônica
Maria Amália (1780 - 1798). Arquiduquesa da Áustria.
João (1782 – 1859). Arquiduque da Áustria
Rainier (1783 – 1853). Arquiduque da Áustria e vice-rei do Reino Lombardo-Vêneto (1818 -
1853). Casado com Isabel de Saboia.
Luís (1784 - 1864). Arquiduque da Áustria.
Rudolfo (1788 – 1831). Arquiduque da Áustria, cardeal-arcebispo de Olomouc, protetor de
Schüler e de Beethoven.
Alexandre Leopoldo
Foi sucedido por seu filho Francisco II, o último imperador do Sacro Império Romano-
Germânico e o primeiro do Império Austríaco, (Francisco I).
Francisco I da Áustria
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Francisco II & I

Retrato por Leopold Kupelwieser


Rei da Hungria, Croácia e Boêmia
Reinado 1 de março de 1792
a 2 de março de 1835
Coroações 6 de junho de 1792 (Hungria)
9 de agosto de 1792 (Boêmia)
Predecessor Leopoldo II
Sucessor Fernando V
Sacro Imperador Romano-Germânico
Reinado 5 de julho de 1792
a 6 de agosto de 1806
Coroação 14 de julho de 1792
Predecessor Leopoldo II
Imperador da Áustria
Reinado 11 de agosto de 1804
a 2 de março de 1835
Sucessor Fernando I
Rei de Lombardo-Vêneto
Reinado 9 de junho de 1815
a 2 de março de 1835
Sucessor Fernando I
EsposasIsabel de Württemberg
Maria Teresa da Sicília
Maria Luísa de Áustria-Este
Carolina Augusta da Baviera
Descendência
Maria Luísa, Duquesa de Parma
Fernando I da Áustria
Maria Leopoldina da Áustria
Clementina da Áustria
José Francisco da Áustria
Maria Carolina da Áustria
Francisco Carlos da Áustria
Maria Ana da Áustria
Nome completo
Francisco José Carlos
Casa Habsburgo-Lorena
Pai Leopoldo II do Sacro Império Romano-Germânico
Mãe Maria Luísa da Espanha
Nascimento 12 de fevereiro de 1768
Florença, Toscana, Sacro Império Romano-Germânico
Morte 2 de março de 1835 (67 anos)
Viena, Áustria
Enterro Cripta Imperial, Viena, Áustria
ReligiãoCatolicismo
Francisco II & I (Florença, 12 de março de 1768 – Viena, 2 de março de 1835) foi o último Sacro
Imperador Romano-Germânico como Francisco II de 1792 até sua abdicação em 1806 após sua
derrota na Batalha de Austerlitz para Napoleão Bonaparte, e também o primeiro Imperador da
Áustria como Francisco I de 1804 até sua morte. Por tal medida, Francisco é conhecido como o
único soberano de dois impérios ao mesmo tempo.[1] Além disso, ele também foi Rei da
Hungria, Croácia e Boêmia a partir de 1792. Também serviu como o primeiro presidente da
Confederação Germânica após a sua criação em 1815.
Francisco continuou o seu papel de liderança como um adversário da França nas Guerras
Napoleônicas, e sofreu várias mais derrotas depois Austerlitz. O casamento por procuração do
estado de sua filha Maria Luísa e Napoleão em 10 de março de 1810 foi, sem dúvida, a sua
derrota pessoal mais grave. Após a abdicação de Napoleão depois da Guerra da Sexta Coalizão,
a Áustria participou como um dos principais membros da Santa Aliança, no Congresso de
Viena, que foi amplamente dominado pelo chanceler Klemens Wenzel von Metternich
culminando em um novo mapa Europeu e ao restauração de antigos domínios de Francisco
(exceto o Sacro Império Romano que foi dissolvido). Devido ao estabelecimento dos territórios
originais da Europa antes das guerras napoleônicas, que em grande parte resistiu a populares
nacionalistas e tendências liberais, Francisco passou a ser visto como um reacionário mais
tarde em seu reinado.
Índice [esconder]
1 Primeiros anos
2 Reinado
2.1 Política interna
3 Últimos anos
4 Casamentos e descendência
5 Títulos
6 Referências
Primeiros anos[editar | editar código-fonte]
Francisco, com 2 anos de idade em 1770, por Anton Raphael Mengs.
Francisco era um filho do imperador Leopoldo II e sua esposa Maria Luísa da Espanha, filha de
Carlos III de Espanha. Francisco nasceu em Florença, capital da Toscana, onde seu pai reinou
como grão-duque entre 1765 e 1790. Embora ele tivesse uma infância feliz, cercada por seus
muitos irmãos,[2] sua família sabia que possivelmente ele seria um futuro imperador (seu tio,
o imperador José II, não tinha descendentes vivos a partir de qualquer de seus dois
casamentos), e assim, em 1784, o jovem arquiduque era enviado para a corte imperial em
Viena para ser educado e preparado para seu futuro papel.[2]
O próprio imperador José II se encarregou do desenvolvimento de Francisco. O imperador
escreveu que Francisco foi "atrofiado em crescimento", "para trás da destreza corporal e
comportamento", e "nem mais nem menos do que o filho de uma mãe mimada". José concluiu
que "... a maneira como ele foi tratado por mais de 16 anos não podia deixar de tê-lo
confirmado na ilusão de que a preservação da sua própria pessoa era a única coisa de
importância."[2]
De José, o método Martinet para melhorar o jovem Francisco era "medo e desconforto".[2] O
jovem arquiduque foi isolado, o raciocínio é que isso iria fazê-lo mais auto-suficiente, uma vez
que foi sentido por José que Francisco "falha[va] em conduzir a si mesmo, para fazer o seu
próprio pensamento". No entanto, Francisco admirava muito seu tio, se em vez temia. Para
completar a sua formação, Francisco foi enviado para se juntar a um regimento do exército na
Hungria e estabeleceu-se facilmente na rotina da vida militar.[2]
Após a morte de José II em 1790, o pai de Francisco tornou-se imperador. Ele tinha um gosto
precoce da alimentação enquanto atuando como representate de Leopoldo, em Viena,
enquanto o imperador atravessava o império para tentar reconquistar aqueles transferidos
pelas políticas de seu irmão.[2] Por causa da estirpe, Leopoldo ficou doente no inverno de
1791. Ele gradualmente piorou em todo início de 1792. Na tarde de 1 de março Leopoldo
morreu, na idade relativamente jovem de 44. Francisco, logo após seu 24º aniversário, tornou-
se imperador, muito mais cedo do que ele esperava.
Reinado[editar | editar código-fonte]

Francisco com 25 anos, em 1792.


Como o líder do grande multi-étnico Império Habsburgo, Francisco (conhecido como Francisco
II para o Sacro Império) se sentiu ameaçado pelas reformas sociais e políticas de Napoleão
Bonaparte, que estavam sendo exportadas para toda a Europa, com a expansão do Primeiro
Império Francês. Francisco tinha um grande relacionamento com a França: sua tia Maria
Antonieta, a esposa de Luís XVI, foi guilhotinada pelos revolucionários no início do seu reinado.
Francisco, em geral, era indiferente ao seu destino (ela não estava perto de seu pai, Leopoldo,
e embora Francisco tinha conhecido ela, ele era muito jovem na época para ter qualquer
memória de sua tia). Georges Danton tentou negociar com o imperador para a liberação de
Maria Antonieta, mas Francisco não estava disposto a fazer concessões em troca. [3]
Mais tarde, ele levou a Áustria nas Guerras Revolucionárias Francesas. Ele brevemente
comandou as forças aliadas durante a Campanha Flanders de 1794 antes de entregar o
comando a seu irmão, o arquiduque Carlos Teschen. Mais tarde ele foi derrotado por
Napoleão. Pelo Tratado de Campo Formio, ele cedeu a margem esquerda do Reno a França em
troca de Veneza e Dalmácia. Mais uma vez lutou contra a França durante a Segunda e Terceira
Coligação, quando depois de conhecer uma derrota esmagadora em Austerlitz, ele teve de
concordar com o Tratado de Pressburg, enfraquecendo o Império Austríaco e reorganizando
Alemanha sob a Confederação do Reno, chefiada por Napoleão. Neste ponto, ele acreditava
que sua posição como imperador do Sacro Império Romano tornou-se insustentável, por isso,
em 6 de agosto de 1806, ele abdicou do trono. Ele tinha antecipado perder a coroa do Sacro
Império Romano, no entanto, dois anos antes, como uma reação à Napoleão fazendo-se um
imperador, ele tinha levantado Áustria ao status de um império. Assim, depois de 1806, reinou
como Francisco I, Imperador da Áustria. [4]
Em 1809, Francisco atacou a França novamente, na esperança de tirar proveito da Guerra
Peninsular . Ele foi novamente derrotado, e desta vez obrigado a aliar-se a Napoleão, cedendo
território do império, juntando-se ao Bloqueio Continental, e dando em casamento sua filha
Maria Luísa para Bonaparte. As guerras napoleônicas enfraqueceram drasticamente a Áustria e
ameaçou sua primazia entre os estados da Alemanha, uma posição que ele acabaria por ceder
ao Reino da Prússia.
Em 1813, pela quarta e última vez, a Áustria voltou-se contra França e juntou-se a Grã-
Bretanha, Rússia, Prússia e Suécia em sua guerra contra Napoleão. A Áustria desempenhou um
papel importante na derrota final da França. Em reconhecimento a isso, Francisco,
representado por Klemens Wenzel von Metternich, presidiu o Congresso de Viena, ajudando a
redesenhar o mapa político, dando início a uma era de conservadorismo na Europa. A
Confederação Germânica, uma associação fraca dos estados da Europa Central, foi criada pelo
Congresso de Viena, em 1815, para organizar os estados sobreviventes do Sacro Império
Romano. O Congresso foi um triunfo pessoal para Francisco, que sediou os dignitários sortidos
em conforto,[2] embora Francisco minou aliados, como o czar Alexandre e Frederico
Guilherme III da Prússia pela negociação de um tratado secreto com o rei francês restaurado
Luís XVIII.[2]
Política interna[editar | editar código-fonte]

Francisco, por Friedrich von Amerling, 1832.


Os violentos acontecimentos da Revolução Francesa impressionou-se profundamente na
mente de Francisco (assim como todos os outros monarcas europeus), e ele veio a desconfiar
do radicalismo de qualquer forma. Em 1794, a "conspiração jacobina" foi descoberta nos
exércitos austríacos e húngaros.[2] Os líderes foram levados a julgamento, mas o veredicto só
contornou o perímetro da conspiração. O irmão de Francisco, Alexandre Leopoldo (naquele
tempo Palatino da Hungri ) escreveu ao imperador admitindo que apesar de ter pego um
monte de os culpados, não sabiam realmente quem chegou ao fundo daquele negócio. No
entanto, dois policiais fortemente implicados na conspiração foram enforcados e, enquanto
muitos outros foram condenados à prisão (muitos dos quais morreram das condições).[2]
Francisco foi, a partir de suas experiências, suspeito de criar uma extensa rede de espiões da
polícia e censores para monitorar a dissidência[2] (no que ele estava seguindo o exemplo de
seu pai, como o grão-duque da Toscana tinha a polícia secreta mais eficaz na Europa).[2] Até
mesmo sua família não escapou a atenção. Seus irmãos, os arquiduques Carlos e João, tiveram
suas reuniões e atividades espionadas.[2] A censura também foi predominante.
Nos últimos anos de seu reinado, ele limita os gastos militares, exigindo que não ultrapassam
quarenta milhões de florins por ano; por causa da inflação isso resultou em um financiamento
inadequado, com a participação do exército do orçamento encolhendo desde a metade em
1817 para apenas vinte e três por cento em 1830.
Francisco se apresentou como um monarca aberto e acessível (ele regularmente acordava de
manhãs duas vezes por semana para atender seus súditos imperiais, independentemente de
status, por nomeação, em seu escritório, mesmo falando com eles em sua própria língua), mas
a sua vontade era soberana. Em 1804, ele não teve pudores em anunciar que, através de sua
autoridade como imperador do Sacro Império Romano, ele declarou que ele era agora
Imperador da Áustria (na época um termo geográfico tinha pouca ressonância). Dois anos mais
tarde, Francisco pessoalmente enceou o moribundo Sacro Império Romano da Nação
Germânica. Ambas as ações foram de legalidade constitucional duvidosa.
Últimos anos[editar | editar código-fonte]
Em 2 de março de 1835, 43 anos e um dia após a morte de seu pai, Francisco morreu em
Viena, de uma febre repentina aos 67 anos, na presença de muitos membros de sua família e
com todos os confortos religiosos. O seu funeral foi magnífico, com seus súditos vienenses
respeitosamente passando pelo seu caixão na capela do Palácio de Hofburg durante três dias.
Francisco foi enterrado no lugar de descanso tradicional dos monarcas de Habsburgo, a Cripta
Imperial de Viena. Ele está enterrado no túmulo número 57, cercado por suas quatro esposas.
Francisco deixou um ponto principal no testamento político que ele deixou para seu filho e
herdeiro Fernando, para "preservar a unidade na família e considerá-la como um dos maiores
bens." Em muitos retratos (particularmente aqueles pintado por Peter Fendi), ele foi retratado
como o patriarca de uma família amorosa, cercado por seus filhos e netos.
Casamentos e descendência[editar | editar código-fonte]
Francisco se casou quatro vezes:
Em 6 de janeiro de 1788 com Isabel de Württemberg (21 de abril de 1767 – 18 de fevereiro de
1790).
Em 15 de setembro de 1790 com sua prima Maria Teresa da Sicília (6 de junho de 1772 – 13 de
abril de 1807), filha de Fernando I das Duas-Sicílias.
Em 6 de janeiro de 1808, com sua prima Maria Luísa de Áustria-Este (14 de dezembro de 1787
– 7 de abril de 1816).
Em 29 de outubro de 1816 com Carolina Augusta da Baviera (8 de fevereiro de 1792 – 9 de
fevereiro de 1873)
Títulos[editar | editar código-fonte]
Depois de 1806 ele usou os títulos: Francisco, o primeiro, pela graça de Deus, Imperador da
Áustria; Rei de Jerusalém, Hungria, Boêmia, Dalmácia, Croácia, Eslavônia, Galiza e Lodoméria;
arquiduque da Áustria; duque de Lorena, Salzburgo, Würzburgo, Francônia, Estíria, Caríntia e
Carniola; Grão-Duque da Cracóvia; Grão-príncipe da Transilvânia, marquês da Morávia, Duque
de Sandomir, Masóvia, Lublin, Alta e Baixa Silésia, Auschwitz e Zator Teschen e Friul ; Príncipe
de Berchtesgaden e Mergentheim; conde principesco de Habsburgo, Gorizia e Gradisca e do
Tirol, e marquês de Alta e Baixa Lusácia e em Ístria.

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