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Departamento de Aerodinâmica
Mecânica dos Fluidos
Daniel Chin
David Araujo Holanda
Fidel Esteves do Nascimento
Geune Vieira Quintino
Lorenzo Pellizzaro Lima
Rafael Barreto Mendes
Victor Régis Mesquita
Professores:
Vitor Kleine
Cap. Rodrigo Moura
1
Lista de Figuras
1 Ilustração da medição do fio quente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2 Ilustração de estágio da transição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3 Amplitude das oscilações de velocidade medidas pelo fio quente. . . . . . . 9
4 Amplitude das oscilações de velocidade medidas pelo fio quente. . . . . . . 9
5 Amplitude das oscilações de velocidade medidas pelo fio quente. . . . . . . 10
6 Espressura teórica da camada limite para U∞ /ν = 372000 m−1 . . . . . . . 10
7 Auto similaridade do regime turbulento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
8 Comparação de Log(cf ) com Log(Re) para o regime laminar . . . . . . . . 13
9 Comparação de Log(cf ) com Log(Re) para o regime de transição . . . . . . 14
10 Comparação de Log(cf ) com Log(Re) para o regime turbulento . . . . . . . 14
11 Perfil de transição de escoamento para x = 0,6 m e Re = 4, 66 × 105 . . . . 16
12 Perfil de transição de escoamento para x = 0,7 m e Re = 5, 27 × 105 . . . . 16
13 Perfil de transição de escoamento para x = 0,8 m e Re = 4, 55 × 105 . . . . 17
14 Perfil de transição de escoamento para x = 0,7 m e Re = 3, 77 × 105 . . . . 17
15 Perfil de transição de escoamento para x = 1 m e Re = 4, 06 × 105 . . . . . 18
16 Perfil de laminar de escoamento para x = 0,7 m e Re = 2, 92 × 105 . . . . . 18
17 Perfil de laminar de escoamento para x = 0,4 m e Re = 1, 63 × 105 . . . . . 19
18 Perfil de laminar de escoamento para x = 0,6 m e Re = 2, 61 × 105 . . . . . 19
19 Perfil de laminar de escoamento para x = 0,7 m e Re = 2, 55 × 105 . . . . . 20
20 Perfil de laminar de escoamento para x = 0,8 m e Re = 3, 39 × 105 . . . . . 20
21 Perfil de turbulento de escoamento para x = 0,6 m e Re = 6, 86 × 105 . . . . 21
22 Perfil de turbulento de escoamento para x = 0,7 m e Re = 6, 95 × 105 . . . . 21
23 Perfil de turbulento de escoamento para x = 0,8 m e Re = 7, 56 × 105 . . . . 22
24 Perfil de turbulento de escoamento para x = 0,9 m e Re = 6, 04 × 105 . . . . 22
25 Perfil de turbulento de escoamento para x = 1,05 m e Re = 7, 14 × 105 . . . 23
26 Flutuações de velocidades normalizadas para os perfis laminares . . . . . . 23
27 Nı́vel de turbulência para os perfis laminares. . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
28 Flutuações de velocidades normalizadas para os perfis de transição. . . . . 24
29 Nı́vel de turbulência para os perfis de transição. . . . . . . . . . . . . . . . 25
30 Nı́vel de turbulência para os perfis turbulentos. . . . . . . . . . . . . . . . 25
31 Flutuações de velocidades normalizadas para os perfis turbulentos. . . . . . 26
32 Flutuações de velocidades normalizadas para os perfis laminares . . . . . . 26
33 Variação do fator de intermitância γ na camada limite turbulenta para
placa com o ângulo de inclinação 0°. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
34 Propagação de spots turbulentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2
Conteúdo
1 Introdução 4
1.1 Objetivos do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Aparato Experimental e Instrumentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Condições Ambientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Metodologia 6
4 Conclusão 29
3
1 Introdução
Motivo de estudo de um caso particular desta prática, a camada limite foi enunciada
pela primeira vez por Ludwig Prandlt em 1904. Ela é definida como um camada de fluido
que se forma nas imediações de uma superfı́cie delimitadora.
Sua importância para a construção de aeronaves e outros veı́culos está relacionada
ao fato de se controlar a formação da camada para se minimizar o arrasto. Além disso,
deve-se considerar dois efeitos importantes nos projetos de engenharia. O primeiro é que a
camada limite aumenta a espessura efetiva do corpo, o que aumenta a pressão de arrasto.
Em segundo lugar, tem-se que as forças de cisalhamento na superfı́cie da asa criam arrasto
de fricção na superfı́cie.
Para esta prática, estudou-se os efeitos do desenvolvimento da camada limite sobre
uma placa plana com ângulo de ataque nulo nos regimes laminar, de transição e turbulento.
Considerou-se um escoamento imcompresı́vel, sendo o padrão de escoamento uma função
do número de Reynolds.
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1.3 Condições Ambientes
Ao todo, ao longo da realização do experimento foram tomadas 5 leituras da Pamb e
da Tamb . Os valores expressos na Tabela 1 são as médias dos valores lidos.
Pressão Temperatura
946,54 mbar 23,93 ºC
Tabela 2: Resultados.
Viscosidade Densidade
1, 84x10−5 kg/m.s 1,11 kg/m3
5
2 Metodologia
A metodologia aplicada para este experimento visou, a priori, obter os perfis de velo-
cidade para a camada limite sobre a placa plana, de modo a avaliar a auto similaridade
dos mesmos.
Para isso, foram estimadas previamente as posições sobre a placa e velocidades do
escoamento para que pudessem ser capturados todos os regimes (laminar, transição e
turbulento). Esses valores se encontram na tabela abaixo:
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3 Análise dos Resultados
Inicialmente, foi feita a calibração. Como o processo de calibração dos equipamentos
é complexa e demorada, o professor a realizou de ante-mão, cabendo ao grupo preparar
uma planilha para encontrar os coeficientes de calibração linear com base no material
entregue pelo professor.
Primeiramente, foi determinada a faixa de valores de Re correspondentes à transição.
Para isso fixou-se o anemômetro em uma posição especı́fica da placa e variou-se a veloci-
dade de forma a obter uma grande faixa de números de Reynolds. Com base na literatura,
como mostra a Figura 1, foi possı́vel identificar em tempo real, pelo software LabView,
os regimes laminar, de transição e turbulento, e assim estimar a faixa de Re para o re-
gime laminar, obtido na Figura 4. A Referência [6] caracteriza os regimes laminar, de
transição e turbulento, percebidos pelo anemômetro de fio quente. O regime de transição
caracteriza-se pela intermitência de grandes variações do módulo da velocidade medida
pelo anemômetro, causada pelos spots de turbulência. O regime de transição começa
a partir da presença, ainda menos frequente, dos spots, e termina quando eles dominam
completamente os escoamento. A faixa de transição foi estimada então em Re = 2, 95×105
a 4, 98 × 105 . O regime turbulento foi obtido na Figura 5. Como pode ser observado na
Figura 3, notamos a presença de ondas de de Tollmien-Schlichting para Re ligeiramente
menor que 2, 95 × 105 . Conforme indicado na referência [6], Figura 2. Essas ondas são
bidimensionais, e causam flutuações de velocidade menores que os spots turbulentos.
O inı́cio dessas ondas marca o fim do regime laminar. Para maiores valores de Re utili-
zados, obtivemos curvas de tensão vs. tempo como a indicada na Figura 5. Aumentando-
se ainda mais o número de Reynolds, mais especificamente fazendo-o chegar a 4,98 x 105 ,
pudemos notar a presença de ondas de amplitude considerável, notando-se assim o inı́cio
da turbulência, Figura 4.
7
Figura 1: Ilustração da medição do fio quente
A - laminar ; B - Transição ; C - Turbulento
Fonte: [6]
8
Figura 3: Amplitude das oscilações de velocidade medidas pelo fio quente.
Perfil tı́pico das ondas Tollmien-Schlichting.
9
Figura 5: Amplitude das oscilações de velocidade medidas pelo fio quente.
Perfil tı́pico do regime turbulento.
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3.1 Camada limite laminar e de transição
As Figuras 16, 17, 18, 19 e 20 correspondem aos gráficos obtidos para o perfil de
velocidades no regime laminar seguidos pelos gráficos do nı́vel de turbulência. Observa-se
que o nı́vel de turbulência máximo ocorre para y/δ aproximadamente meio.
Embora o regime seja laminar nas figuras indicadas há a presença de um certo grau de
turbulência por volta de 0,03. Tal resultado é explicado pelo surgimento ”spots”turbulentos
rapidamente amortecidos. Uma vez que o alto fator de forma H = 2.59 [3] do regime tur-
bulento implica em um alto fluxo de momentum, os ”spots”são rapidamente dissipados.
Perturbações no escoamento amplificam a frequência e a intensidade de pequenas ondas
propagantes. No regime laminar, são predominantes ondas bi-dimensionais denominadas
de ondas de Tollmien-Schlichting, que carregam o processo de transição [3]. O processo de
transição pode ser entendido como uma sucessão de ondas de Tollmien-Schlichting, sendo
sucedido por estruturas em vortex de maior amplitude e maior frequencia, predominantes
na transição, e, mais a jusante da transição e predominantes no regime turbulento, pelos
’spots’. As perturbações acrescentam energia às ondas do escoamento e o processo de
transição acima acontece mais a montante do escoamento.
Em todos os perfis de escoamento laminar, o nı́vel de turbulência teve comportamento
semelhante, tendo picos no meio da camada-limite com valores não muito altos.
Os perfis de velocidade mostrados à esquerda das figuras mostram um alto grau de
auto-similaridade, com os pontos experimentais tendendo à curva teórica calculada nume-
ricamente. Dessa forma, pode-se afirmar com segurança que perfis de velocidade laminar
estão associados a um baixo grau de turbulência.
As Figuras 11, 12, 13, 14 e 15 correspondem aos gráficos obtidos para o perfil de
velocidades no regime de transição seguidos pelos gráficos do nı́vel de turbulência. Observe
que, para a Figura 11, o perfil de velocidades experimental se aproxima muito mais do
regime turbulento. Dessa forma, como o esperado, o nı́vel de turbulência é bem maior
que aquele notado no regime laminar, dessa vez próximo de 0,11. O mesmo é notado nas
Figuras 12, 13 e 14.
A Figura 15, por sua vez, se aproxima mais do regime laminar, com leves tendências
ao turbulento. Nesse caso, o nı́vel de turbulência não chega a 0,05, embora seja maior
que o observado para a camada limite laminar. Além disso, o seu pico está para um valor
de y/δ próximo de 0,6. Na Figura 15, é possı́vel observar que a curva para este ponto
se assemelha bastante a uma curva caracterı́stica de perfil laminar. Isso permite afirmar
que este perfil apresenta um caráter laminar acentuado, mesmo não apresentado uma
correlação tão forte quanto àquela dos perfis laminares preciamente mencionados. Desta
forma, o ponto estudado deve estar no inı́cio da transição.
Observa-se um padrão entre os perfis do nı́vel de turbulência entre as Figuras 11
e 14 entre 12 e 13. O primeiro par apresenta um nı́vel de turbulência praticamente
constante acima dos 10% da espessura, iniciando uma redução suave a partir dos 50% da
espessura da camada limite, até que fosse alcançado o escoamento completamente fora da
camada-limite, onde a turbulência é desprezı́vel. Essa região (entre 10 e 50% da camada-
limite) tem um comportamento que pode ser associado à formação de ondas de Schlichting
deformadas, como o mostrado na referência da Figura 2. De fato, o par de gráficos das
Figuras 11 e 14 são relacionados a números de Reynolds de transição menores que aqueles
utilizados nas Figuras 12 e 13. Nota-se que para números mais altos de Reynolds de
transição, a turbulência continua se formando acima dos 10% da camala-limite, embora
tenha um comportamento diferente. O desenvolvimento de instabilidades não-lineares [5]
marca o fim do regime de transição. O perfil do nı́vel de turbulência para esse caso pode
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ser plotado e exibiu um padrão.
Como o esperado, o regime de transição não exibe auto-similaridade entre medidas
para diferentes Re. Isso se dá pois, conforme aumenta-se o número de Reynolds, o perfil
de transição se afasta daquele esperado para a camada limite-laminar e se aproxima do
perfil para camada-limite turbulenta, não havendo um meio termo em comum para todos
os regimes de transição.
A espessura da camada limite foi calculada teoricamente, como apresentado na Figura
6. Para isso, foi desenvolvido um método simples de interpolação das derivadas parciais
das espessuras, δ, com relação ao comprimeto x. Buscou-se assim uma curva de δ suave
em todo o domı́nio. Não foi possı́vel, entretanto, comparar essa curva teórica com as
medidas experimentais, pois estas apresentam valores de Re e x diversos. A curva teórica
foi feita levando em conta o Re e a posição x = 0,8 m, utilizados na determinação da
faixa de transição. É possı́vel visualizar na Figura 6 que a espessura da camada limite
cresce rapidamente quando no regime turbulento, uma previsão teórica confirmada pelas
medidas experimentais desta prática.
12
Figura 7: Auto similaridade do regime turbulento.
13
Figura 9: Comparação de Log(cf ) com Log(Re) para o regime de transição
14
Dos dados obtidos em laboratório foi possı́vel realizar a estimativa do coeficiente de
atrito local. Utilizaram-se dois métodos para tal estimativa: um método numérico para
os dados experimentais, cuja descrição encontra-se em [1]; e a abordagem teórica. A
abordagem teórica utilizou as soluções de Blasius para o caso turbulento e as soluções da
raiz sétima e a solução de Prandtl da raiz quinta, todas encontradas em [4].
Da literatura, sabe-se que os valores de cf são maiores para o regime turbulento do
que para o regime laminar. Com isso, é razoável supor que os valores para o regime
de transição se encontrem entre os outros dois, devido ao fato de ser um intermediário
entre eles, apesar de não existir uma estimativa teórica definitiva para esse caso. Por
isso, optou-se por comparar os resultados experimentais desse caso tanto com a solução
do regime laminar quanto com as soluções do regime turbulento. Assim, os gráficos de
Log(Re) vs. Log(cf ) para cada um dos modos de escoamento encontram-se abaixo:
Como esperado, os valores de cf para o regime de transição se encontram entre os
tratamentos numéricos de caso laminar e turbulento. Com exceção ao ponto abaixo da reta
laminar, os dados apresentam forte tendência linear, mas que não pode ser corroborada
por falta de embasamento teórico. Porém, tanto para o caso laminar quanto para o
caso turbulento, verifica-se grande divergência dos valores experimentais com os valores
estimados pela teoria. Para ambos os casos, houveram medidas dos dois primeiros pontos
que comprometeram análise de tendência dos pontos. A parábola deveria se adequar não
somente aos primeiros três pontos do perfil, mas deveria manter certa proximidade com
o perfil de maneira geral, para que fosse válido o cálculo da derivada em y = 0. Porém,
não era o que acontecia, até com casos que a parábola tinha concavidade oposta à direção
que era ditada pelo perfil de velocidades. Para o caso turbulento em especı́fico, em que
houve maior divergência, o tratamento ainda foi mais prejudicado pois na região próxima
à parede; na qual uma maior definição de dados é necessária para uma estimativa mais
coerente, não foi possı́vel capturar os dados devido às restrições do laboratório. Por fim,
apesar das divergências, os pontos para o caso laminar se concentraram em torno da reta
teórica, o que indica que o método numérico foi mais adequado para a estimativa para o
caso laminar do que para o caso divergente.
15
Figura 11: Perfil de transição de escoamento para x = 0,6 m e Re = 4, 66 × 105 .
16
Figura 13: Perfil de transição de escoamento para x = 0,8 m e Re = 4, 55 × 105 .
17
Figura 15: Perfil de transição de escoamento para x = 1 m e Re = 4, 06 × 105 .
18
Figura 17: Perfil de laminar de escoamento para x = 0,4 m e Re = 1, 63 × 105 .
19
Figura 19: Perfil de laminar de escoamento para x = 0,7 m e Re = 2, 55 × 105 .
20
Figura 21: Perfil de turbulento de escoamento para x = 0,6 m e Re = 6, 86 × 105 .
21
Figura 23: Perfil de turbulento de escoamento para x = 0,8 m e Re = 7, 56 × 105 .
22
Figura 25: Perfil de turbulento de escoamento para x = 1,05 m e Re = 7, 14 × 105 .
23
Figura 27: Nı́vel de turbulência para os perfis laminares.
24
Figura 29: Nı́vel de turbulência para os perfis de transição.
25
Figura 31: Flutuações de velocidades normalizadas para os perfis turbulentos.
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Figura 33: Variação do fator de intermitância γ na camada limite turbulenta para placa
com o ângulo de inclinação 0°.
Fonte: [3]
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3.3 Fonte de erros
Nesta seção será apresentado possı́veis erros que influenciaram nas diferenças, ainda
que poucas, entre resultados teóricos e experimentais na obtenção da espessurra da ca-
mada limite e na identificação do regime de transição.
Além disso, a temperatura da superfı́cie da placa influencia na espessura da camada
limite. Se a placa está fria, de acordo com a equação de estado p = ρRT , a densidade
do ar próximo à placa é maior. Neste caso, a massa do ar na camada-limite pode ser
acomodada dentro de uma menor espessura de camada-limite; então, o efeito de uma
placa fria é afinar a camada-limite; o efeito de uma placa mais quente é o aumento da
espessura da camada-limite, em consequência da diminuição da densidade do ar próximo
à placa. Outrossim é a umidade relativo do ar. A presença de vapor no ar faz com que
este, de acordo com a Lei de Dalton, apresente uma pressão total menor do que aquela
se estivesse sem a presença de vapor, ar seco; sendo a pressão menor, a função de estado
mostra que a densidade do ar é menor, o que tem por consequência um aumento da
espessura da camada limite.
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4 Conclusão
Primeiramente, pode-se afirmar que a prática forneceu resultados aceitáveis, ocor-
rendo poucas divergências inerentes do método experimental utilizado bem como fatores
externos não levados em conta no experimento: temperatura e rugosidade da superfı́cie,
umidade relativa do ar, gravidade e outros fatores.
Para a estimativa da faixa de transição natural, obtivemos valores do número de
Reynolds próximos aos da teoria, onde o valor encontrado do número de Reynolds de
transição foi 4, 98 × 105 , enquanto que o valor teórico é 5 × 105 .
Quanto aos gráficos elaborados com base nos dados do anemômetro, foi encontrado
uma boa precisão com a teoria para o regime laminar, houve divergências no regime tur-
bulento, enquanto que foi encontrado padrões intermediários para o regime de transição.
Quanto a auto-similaridade, apenas no regime laminar foi possı́vel obtê-la, algo que já
era esperado pela análise teórica. Para o de transição, não há parâmetros para a análise de
auto-similaridade. Quanto ao turbulento, houve auto-similaridade aproximada, ou seja,
houve algumas divergências.
Em todos os ensaios, foi feita a análise de flutuações, obtendo resultados que corres-
pondem a teoria. No regime laminar, as flutuações tendem a ser atenuadas, no regime
turbulento as flutuações tendem a crescer, enquanto que no regime de transição as flu-
tuações existem, mas não predominam. A análise das flutuações indica que, de fato, a
turbulência se origina devido à presença da parede, que causa uma restrição geométrica
para o crescimento dos turbilhões, o que pode ser amplificado ou atenuado dependendo
do tipo de forças que predominam no escoamento.
Foram estimados os valores do coeficiente de fricção local. Os mesmos apresentaram
um comportamento fora do esperado, fugindo do comportamento linear quando traçada
a curva log10 (cf ) vs. log10 (Re). Isso foi devido ao método empregado, pois foi feito
uma aproximação quadrática utilizando os primeiros dois pontos e o ponto zero, porém
a parabola obtida não se adequava bem ao perfil de velocidades, gerando um valor de
du/dx não confiável.
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Referências
[1] Departamento de Aerodinâmica. Apostila de Laboratório de AED-01. 2018.
[4] F. M. WHITE. Viscous fluid flow. McGraw-Hill, New York, 3 edition, 2006.
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