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TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
10ª Câmara de Direito Privado

DESPACHO
Nº Proc. - Classe: 2157479-95.2018.8.26.0000 - Agravo de Instrumento

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 2157479-95.2018.8.26.0000 e código 92579B0.
Origem: Comarca de São Paulo
Partes: Agravante: Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo -
bancoop

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por SILVIA MARIA FACCHINA ESPOSITO MARTINEZ, liberado nos autos em 31/07/2018 às 16:51 .
Agravados: Arlete Correia de Lucia Barros, Edson de Souza, Leandra
Franco de Oliveira, Greice Cristina de Oliveira, Vera Lucia Deboni,
Jose Carlos Maldonado, Walasse Ferraz Costa, Maria Regina
Macedo, Daniel Maldonado, Erica Ferreira Carillo, Devanir Cardim
Junior, Marcio Hernandez, Marcelo Salles, Rinaldo Barbosa Fortes,
Vicente Texeira, Fernanda de Caires Viana, Alberto Borges Moraes,
Tânia Santos Rosa Borges Moraes, Ramatis Braga Reis, Rita de
Cassia Damico, Ana Claudia de Souza, Sueli Maria Leite, Valdir
Antonelli, Vera Lucia Pereira, Odilon de Carvalho Alves Conserva,
Viviane Milani Manarini, Ana Maria de Oliveira e Paulo Sinion Lopes

MMa Juíza de 1º Grau: Juliana Pitelli da Guia

Relator: ELCIO TRUJILLO


D 1285 (L)

Vistos.

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto contra a r. decisão proferida


às fls. 1591/1593 dos autos da Ação Ordinária proposta por Alberto Borges Moraes e outros
26 autores em face da Cooperativa Habitacional dos Bancários.

A D. Magistrada de Primeiro Grau concedeu a tutela de urgência e


determinou que não fossem votados os itens I, II e IV da pauta da Assembleia da BANCOOP
designada para hoje (31/07/2018) às 17h00 e de qualquer item relacionado à respectiva
dissolução.

Nesta sede, a recorrente pleiteou a suspensão dos efeitos da decisão,


alegando que, caso contrário, a AGOE restaria prejudicada.

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Entendia a recorrente que não existiriam provas de que a votação dos itens
impugnados causaria prejuízos aos cooperados (agravados), não havendo sequer evidências de
qualquer ato ilícito ou desvio de finalidade praticados pelo BANCOOP e os novos dirigentes

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por SILVIA MARIA FACCHINA ESPOSITO MARTINEZ, liberado nos autos em 31/07/2018 às 16:51 .
no simples ato de convocar a assembleia.

Além disso, “a realização da AGOE com a votação de todos os seus itens


de pauta atenderia aos interesses de todos os cooperados devidamente convocados para
deliberar em assembleia acerca da 'Proposta de Dissolução Voluntária', com observação a
finalidade de solucionar todas as questões pendentes de seus cooperados”.

Requereu a suspensão de todos os efeitos da decisão agravada,


possibilitando a realização da assembleia ou, alternativamente, a suspensão dos efeitos apenas
em relação aos itens I e II da pauta, “uma vez que se tratam unicamente de questão de
aprovação de contas e destinação de resultados, sendo claro que caso sejam aprovadas as
contas da Cooperativa, nenhum prejuízo será causado aos Agravados”.

Subsidiariamente, pleiteou fosse autorizada a realização da assembleia,


sendo suspensos apenas os respectivos efeitos, a fim de se evitar prejuízos à Cooperativa e aos
cooperados.

É O RELATÓRIO.

Com efeito, a partir de uma análise sumária do recurso, não se verificou a


presença dos requisitos para a suspensão dos efeitos da decisão agravada.

Nota-se que o “decisum” foi suficientemente fundamentado, estando


inclusive amparado na manifestação do Ministério Público (fls. 1582/1585), no qual ficou
consignado que o parquet havia instaurado diversos inquéritos civis para investigar as
condutas da Cooperativa, a qual teria praticado atos em desvio de finalidade, resultando em

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duas ações civis públicas (583.00.2007.245877-1 e 0159572-66.2012.8.26.0100, havendo

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pedidos de intervenção judicial, determinação de indisponibilidade de bens e liquidação
judicial da BANCOOP, sendo inclusive nomeados interventores provisórios, demonstrando a
complexidade do caso em discussão.

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Destarte, respeitadas as argumentações trazidas no recurso, indefiro a
liminar, mantendo a decisão recorrida, pelo menos em princípio, com o objetivo de
resguardar os interesses dos autores da ação, os quais recomendam cautela na análise da
medida em tão curto período .

De todo modo, a assembleia foi designada para as 17h00, não havendo


tempo suficiente para a apreciação das mais de 1600 folhas do processo originário, razão pela
qual não seria razoável a suspensão dos efeitos da decisão neste momento.

Intimem-se os recorridos para apresentar a contraminuta, no prazo legal.

Após, à D. Procuradoria para parecer.

Int.
São Paulo, 31 de julho de 2018 .

SILVIA Maria Facchina ESPÓSITO MARTINEZ


Juíza Substituta (medidas urgentes)
16h:50min

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