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A Pop Art é um movimento artístico que floresceu nos finais dos anos 50 e 60, sobretudo nos

Estados Unidos e no Reino Unido. A paternidade do nome é atribuída ao crítico de arte Lawrece Alloway,
que fazia assim alusão à utilização, pelos artistas deste movimento, de objetos banais do quotidiano nas suas
obras.
A Pop Art também refletia a sociedade de consumo e de abundância na forma de representar. As
garrafas de Coca-cola de Warhol, os corpos estilizados das mulheres nuas de Tom Wesselman — onde se
evidencia o bronzeado pela marca do biquíni ou ainda os objetos gigantes de plástico, como o tubo de pasta
de dentes de Claes Oldenburg, são exemplos da forma como estes artistas interpretavam uma sociedade
dominada pelo consumismo, o conforto material e os tempos livres.
Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a Arte Pop teve expressões diferentes e alguns críticos
consideram que a corrente americana foi mais emblemática e agressiva que a britânica. Na altura, a Pop Art
foi acusada pelos críticos de ser frívola e superficial, e mal compreendida pelo público. Mas foi um marco
decisivo.
A Pop Art não foi feita pelo povo, mas sim para o povo.
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Características da Art Pop
Uma das principais características da pop arte era a crítica irônica que fazia a sociedade, por meio
dos objetos de consumo. Temas da publicidade, quadrinhos, ilustrações entre outros, eram constantemente
utilizados como inspiração para compor sua trajetória no mundo das artes.
-Quebrar qualquer barreira entre ARTE e VIDA COMUM.
-Interesse voltado para o dia-a-dia das grandes cidades: as imagens, o ambiente, a tecnologia
industrial.
-Ela elevou a ícones os mais crassos objetos de consumo, como hambúrgueres, louça sanitária,
estojos de batons, pilhas de macarrão e celebridades como Elvis Presley e Marilyn Monroe.
Os símbolos e os produtos provenientes do mundo da propaganda nos Estados Unidos na década de
50, passaram a transformá-los em tema de suas obras.
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Principais artistas da Art Pop
Robert Rauschenberg (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou pretas reforçadas com
jornal amassado do início da década de 1950, criou as pinturas "combinadas", com garrafas de Coca-Cola,
embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados. Esses trabalhos tiveram como temas
episódios da história americana moderna e da cultura popular.
Roy Lichtenstein (1923-1997). Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características
das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os
procedimentos gráficos. Empregou a técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das historietas.
Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto
visual. Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas.
Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais,
símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.
Andy Warhol (1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais controvertida do pop art, Warhol
mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de
retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as
personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da
mesma forma, e usando, sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido
em massa para o consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e
dinheiro. Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma
revista mensal.
Um dos desdobramentos da Pop-art nos EUA é o hiper-realismo, que se propõe a reproduzir em
pinturas e esculturas cenas do cotidiano com a maior fidelidade possível. As obras, em geral em cores
vibrantes e tamanhos enormes, exibem automóveis, paisagens urbanas e anúncios publicitários.
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Pop ART no Brasil


Esse movimento até hoje inspira não apenas artistas plásticos, mas também músicos, escritores,
cineastas, arquitetos, designers. Enfim, todos aqueles que se preocupam em pensar o mundo pelo prisma
libertador da arte, de preferência com muitas cores, referências da cultura pop e colagens.
Pop Art no Brasil e nos Estados Unidos nos dois países, o movimento Pop Art era extremamente
crítico; a diferença reside nos “alvos” dessa reflexão.
Nos Estados Unidos, criticava a cultura de massa, o culto às celebridades, o vazio existencial
provocado pelo consumismo, manchetes sensacionalistas e o próprio mercado de arte. No território norte-
americano surgiu no período pós-guerra, quando a cultura do consumo apresentou um elevado crescimento e
o modo de vida americano predominava.
No Brasil em plena ascensão da ditadura militar, o movimento adquiriu um forte aspecto político.
Embora constituísse um movimento menos organizado, o Pop Art no Brasil utilizava materiais reutilizados
em conteúdos impressos com duras críticas à tortura e à violência da ditadura, assim como reflexões ao
cotidiano banal e aos problemas sociais.
Os principais nomes da pop art brasileira são:

Romero Britto (1963)

Antonio Dias (1944)

Rubens Gerchman (1942-2008)

Claudio Tozzi (1944)

Lobo

alguns elementos da Pop-art norte-americana influenciam trabalhos de Rubens Gerchman, como a


serigrafia Lindonéia, a Gioconda do Subúrbio, e Claudio Tozzi (1944-), em O Bandido da Luz Vermelha.
Distantes da preocupação com a realidade brasileira, mas muito identificados com a arte moderna e
inspirados pelo Dadá estão os pintores Ismael Nery e Flávio de Carvalho (1899-1973). Na pintura merecem
destaque ainda Regina Graz (1897-1973), John Graz (1891-1980), Cícero Dias (1908-) e Vicente do Rego
Monteiro (1899-1970).
Di Cavalcanti retrata a população brasileira, sobretudo as classes sociais menos favorecidas. Mescla
elementos realistas, cubistas e futuristas, como em Cinco Moças de Guaratinguetá. Outro artista modernista
dedicado a representar o homem do povo é Candido Portinari, que recebe influência do Expressionismo.
Entre seus trabalhos importantes estão às telas Café e Os Retirantes.
Os autores mais importantes são Oswald de Andrade e Mário de Andrade, os principais teóricos do
movimento. Destacam-se ainda Menotti Del Picchia e Graça Aranha (1868-1931). Oswald de Andrade
várias vezes mescla poesia e prosa, como em Serafim Ponte Grande.
Outra de suas grandes obras é Pau-Brasil. O primeiro trabalho modernista de Mário de Andrade é o
livro de poemas Paulicéia Desvairada. Sua obra-prima é o romance Macunaíma, que usa fragmentos de
mitos de diferentes culturas para compor uma imagem de unidade nacional.
Embora muito ligada ao simbolismo, a poesia de Manuel Bandeira também exibe traços
modernistas, como em Libertinagem.
Heitor Villa-Lobos é o principal compositor no Brasil e consolida a linguagem musical
nacionalista. Para dar às criações um caráter brasileiro, busca inspiração no folclore e incorpora elementos
das melodias populares e indígenas.
Nas artes plásticas destaca-se Wesley Duke Lee (1931-2010), desenhista e artista plástico que
acompanhou as primeiras manifestações de arte pop em Nova York (EUA). Foi pioneiro na implantação do
olhar e da linguagem pop na arte brasileira.
Mas o Pop Art brasileiro ultrapassou o âmbito do pincel e da tinta. Na música brasileira, a
Tropicália é o movimento que mais bebeu da fonte da Pop Art. Em suas criações, alçavam elementos típicos
da cultura popular brasileira ao status de arte, ao mesmo tempo em que se opunha à ordem imposta pelo
governo militar.
É impossível não falar também do trabalho do carioca Hélio Oiticica, o inventor dos famosos
“parangolés”.
Oiticica é considerado um dos maiores expoentes da Pop Art no Brasil. Referencia diretamente esse
movimento quando pinta o amigo apelidado de “Cara de Cavalo” — abatido pela polícia sob os dizeres
“Seja Marginal, Seja Herói”.
Nomes como Rubens Gerchman, Claudio Tozzi e Antônio Dias também se apropriaram de suportes
e referências usados pelos ícones da Pop Art americana (como silkscreen, colagens, gibis e desenhos
animados) para criar obras que denunciavam, direta ou indiretamente, o momento de asfixia pelo qual
passava a democracia no país.
Obras: “O Filiarcado – Ensaio alquímico com jogos infantis” – Wesley Duke Lee (1999)/
“Tropicália” – Helio Oiticica (1960).
Pop Art no Brasil hoje nas artes plásticas brasileiras, o Pop Art nunca perdeu força.
Vik Muniz é o representante contemporâneo com suas fotografias cobertas por balas e geleias;
Nelson Leirner com sua fixação com bonecos da Disney e até o polêmico Romero Britto, sucesso
de público e fracasso de crítica com seus gatinhos estilizados em cores primárias.
Dono de um estilo peculiar e cheio de personalidade, o artista plástico Lobo é considerado
referência em Pop Art, no Brasil e no mundo.
Sua inspiração vem de uma geração new wave, embalada por The B-52s, David Bowie, Sig Sig
Sputnik, entre outros. A imagem do Robert Smith (The Cure) pintada em sua primeira tela é prova de que a
música, mesmo que de forma indireta, foi uma grande influência no início de sua carreira. E o Pop foi
vorazmente assimilado por ele, que gosta de Keith Haring, Andy Warhol, Peter Max e Pollock.
Seu estilo foi surgindo com o tempo e o aprendizado diário é visto em suas obras. Lobo acredita
que o colorido do Brasil deu o tom ao seu estilo Pop Art. Autodidata, conhecido por seu colorido vibrante e
alegre, Lobo tem obras espalhadas por todo Brasil e exterior. Sua arte de traços marcantes e cores vibrantes
busca retratar a história das pessoas, que ilustram com vigor e emoção os ícones das principais cidades do
Mundo. Admirado também em outros continentes, Lobo tem suas pinturas espalhadas por diversos países.

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Tropicalismo na arte brasileira (década de 1960)

O tropicalismo foi um movimento musical surgido no Brasil, no final da década de 1960, que
atingiu outras esferas culturais (artes plásticas, cinema, poesia): o marco inicial foi o III Festival de Música
Popular Brasileira (MPB) realizado pela Rede Record de Televisão em 1967. Sofreu grande influência da
cultura “pop” – brasileira e internacional – e de correntes da vanguarda artística (como o concretismo que se
instalou na poesia e nas artes plásticas e visuais).Também conhecido como movimento da “Tropicália”, o
tropicalismo revelou-se transgressoramente inovador ao mesclar aspectos tradicionais da cultura nacional
com inovações estéticas ostensivamente importadas, como a “pop art”. Também inovou ao possibilitar um
sincretismo entre vários estilos musicais originalmente heterogêneos como o rock, a bossa-nova, o baião, o
samba e o bolero. As letras das músicas possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e abordando
temas do cotidiano de uma forma inovadora.
O movimento tropicalista não estabeleceu, como seu objetivo principal, utilizar a música como
arma de combate político à ditadura militar que vigorava no país e, por este motivo, foi muito criticado por
aqueles que defendiam as chamadas “músicas de protesto”., Antes de qualquer coisa, os tropicalistas
acreditavam que a inovação estética musical já era uma forma por si só revolucionária. Outra crítica que os
tropicalistas frequentemente receberam diz respeito ao uso de guitarras elétricas em suas músicas. Muitos
músicos tradicionais e nacionalistas acreditavam que esta era uma forte influência da cultura “pop-rock”
americana, o que fatalmente prejudicaria a música brasileira, denotando uma influência nefasta e uma
invasão cultural estrangeira.
Os principais representantes do tropicalismo foram Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e
Maria Bethânia (todos baianos), Os Mutantes, Torquato Neto, Tom Zé, Jorge Mautner, Jorge Ben e Rogério
Duprat. Dentre os lançamentos em vinil, os discos tropicalistas que mais sucesso fizeram na época foram
“Louvação” (de Gilberto Gil, em 1967), além de “Tropicália ou Panis et Circenses” (diversos artistas), “Os
Mutantes”, “Caetano Veloso” e “A Banda Tropicalista do Duprat” (com arranjos e regência do maestro
Rogério Duprat), todos lançados em 1968. Entre as músicas tropicalistas mais tocadas nas paradas de
sucesso do momento constam: “Tropicália”, “Alegria, alegria” (composições de Caetano Veloso que
apareceram em 1968), “Panis et Circenses”, também dele em parceria com Gilberto Gil (1968) e ainda, em
1969, “Atrás do trio elétrico” (de Caetano Veloso), “Cadê Teresa?” (de Jorge Ben) e “Aquele abraço” (de
Gilberto Gil).
Logo após a sua explosão inicial, o tropicalismo transformou-se num termo corrente da indústria
cultural e da mídia. E, a despeito das polêmicas geradas inicialmente, acabou consagrado como ponto de
clivagem ou ruptura, em diversos níveis: comportamental, político-ideológico, estético. Ora apresentado
como a face brasileira da contracultura, ora como o ponto de convergência das vanguardas artísticas mais
radicais (como a antropofagia modernista dos anos 1920 e a poesia concreta dos anos 1950, passando pelos
procedimentos musicais da bossa nova”), o tropicalismo e seus maiores nomes passaram a ser amados ou
odiados com a mesma intensidade.

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