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Estados Unidos e no Reino Unido. A paternidade do nome é atribuída ao crítico de arte Lawrece Alloway,
que fazia assim alusão à utilização, pelos artistas deste movimento, de objetos banais do quotidiano nas suas
obras.
A Pop Art também refletia a sociedade de consumo e de abundância na forma de representar. As
garrafas de Coca-cola de Warhol, os corpos estilizados das mulheres nuas de Tom Wesselman — onde se
evidencia o bronzeado pela marca do biquíni ou ainda os objetos gigantes de plástico, como o tubo de pasta
de dentes de Claes Oldenburg, são exemplos da forma como estes artistas interpretavam uma sociedade
dominada pelo consumismo, o conforto material e os tempos livres.
Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a Arte Pop teve expressões diferentes e alguns críticos
consideram que a corrente americana foi mais emblemática e agressiva que a britânica. Na altura, a Pop Art
foi acusada pelos críticos de ser frívola e superficial, e mal compreendida pelo público. Mas foi um marco
decisivo.
A Pop Art não foi feita pelo povo, mas sim para o povo.
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Características da Art Pop
Uma das principais características da pop arte era a crítica irônica que fazia a sociedade, por meio
dos objetos de consumo. Temas da publicidade, quadrinhos, ilustrações entre outros, eram constantemente
utilizados como inspiração para compor sua trajetória no mundo das artes.
-Quebrar qualquer barreira entre ARTE e VIDA COMUM.
-Interesse voltado para o dia-a-dia das grandes cidades: as imagens, o ambiente, a tecnologia
industrial.
-Ela elevou a ícones os mais crassos objetos de consumo, como hambúrgueres, louça sanitária,
estojos de batons, pilhas de macarrão e celebridades como Elvis Presley e Marilyn Monroe.
Os símbolos e os produtos provenientes do mundo da propaganda nos Estados Unidos na década de
50, passaram a transformá-los em tema de suas obras.
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Principais artistas da Art Pop
Robert Rauschenberg (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou pretas reforçadas com
jornal amassado do início da década de 1950, criou as pinturas "combinadas", com garrafas de Coca-Cola,
embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados. Esses trabalhos tiveram como temas
episódios da história americana moderna e da cultura popular.
Roy Lichtenstein (1923-1997). Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características
das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os
procedimentos gráficos. Empregou a técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das historietas.
Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto
visual. Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas.
Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais,
símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.
Andy Warhol (1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais controvertida do pop art, Warhol
mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de
retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as
personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da
mesma forma, e usando, sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido
em massa para o consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e
dinheiro. Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma
revista mensal.
Um dos desdobramentos da Pop-art nos EUA é o hiper-realismo, que se propõe a reproduzir em
pinturas e esculturas cenas do cotidiano com a maior fidelidade possível. As obras, em geral em cores
vibrantes e tamanhos enormes, exibem automóveis, paisagens urbanas e anúncios publicitários.
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Lobo
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O tropicalismo foi um movimento musical surgido no Brasil, no final da década de 1960, que
atingiu outras esferas culturais (artes plásticas, cinema, poesia): o marco inicial foi o III Festival de Música
Popular Brasileira (MPB) realizado pela Rede Record de Televisão em 1967. Sofreu grande influência da
cultura “pop” – brasileira e internacional – e de correntes da vanguarda artística (como o concretismo que se
instalou na poesia e nas artes plásticas e visuais).Também conhecido como movimento da “Tropicália”, o
tropicalismo revelou-se transgressoramente inovador ao mesclar aspectos tradicionais da cultura nacional
com inovações estéticas ostensivamente importadas, como a “pop art”. Também inovou ao possibilitar um
sincretismo entre vários estilos musicais originalmente heterogêneos como o rock, a bossa-nova, o baião, o
samba e o bolero. As letras das músicas possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e abordando
temas do cotidiano de uma forma inovadora.
O movimento tropicalista não estabeleceu, como seu objetivo principal, utilizar a música como
arma de combate político à ditadura militar que vigorava no país e, por este motivo, foi muito criticado por
aqueles que defendiam as chamadas “músicas de protesto”., Antes de qualquer coisa, os tropicalistas
acreditavam que a inovação estética musical já era uma forma por si só revolucionária. Outra crítica que os
tropicalistas frequentemente receberam diz respeito ao uso de guitarras elétricas em suas músicas. Muitos
músicos tradicionais e nacionalistas acreditavam que esta era uma forte influência da cultura “pop-rock”
americana, o que fatalmente prejudicaria a música brasileira, denotando uma influência nefasta e uma
invasão cultural estrangeira.
Os principais representantes do tropicalismo foram Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e
Maria Bethânia (todos baianos), Os Mutantes, Torquato Neto, Tom Zé, Jorge Mautner, Jorge Ben e Rogério
Duprat. Dentre os lançamentos em vinil, os discos tropicalistas que mais sucesso fizeram na época foram
“Louvação” (de Gilberto Gil, em 1967), além de “Tropicália ou Panis et Circenses” (diversos artistas), “Os
Mutantes”, “Caetano Veloso” e “A Banda Tropicalista do Duprat” (com arranjos e regência do maestro
Rogério Duprat), todos lançados em 1968. Entre as músicas tropicalistas mais tocadas nas paradas de
sucesso do momento constam: “Tropicália”, “Alegria, alegria” (composições de Caetano Veloso que
apareceram em 1968), “Panis et Circenses”, também dele em parceria com Gilberto Gil (1968) e ainda, em
1969, “Atrás do trio elétrico” (de Caetano Veloso), “Cadê Teresa?” (de Jorge Ben) e “Aquele abraço” (de
Gilberto Gil).
Logo após a sua explosão inicial, o tropicalismo transformou-se num termo corrente da indústria
cultural e da mídia. E, a despeito das polêmicas geradas inicialmente, acabou consagrado como ponto de
clivagem ou ruptura, em diversos níveis: comportamental, político-ideológico, estético. Ora apresentado
como a face brasileira da contracultura, ora como o ponto de convergência das vanguardas artísticas mais
radicais (como a antropofagia modernista dos anos 1920 e a poesia concreta dos anos 1950, passando pelos
procedimentos musicais da bossa nova”), o tropicalismo e seus maiores nomes passaram a ser amados ou
odiados com a mesma intensidade.
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